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Aula 03_Obrigação tributária principal e acessória; Fato gerador da obrigação tributária; Domicílio tributário - Parte 2

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CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E 
ICMS/RJ 
PROFESSOR: EDVALDO NILO 
 
1 
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Aula 3 - Obrigação tributária principal e acessória; Fato 
gerador da obrigação tributária; Domicílio tributário 
 
1. Introdução 
 
E aí pessoal? Beleza? 
 
Primeiro, quero pedir desculpa. 
 
Nesta semana, tomei posse oficialmente no cargo de Procurador do 
Distrito Federal e a semana foi muito corrida. Muito mesmo!!! Tive que 
juntar toda a documentação, realizar exames laboratoriais, outros exames 
médicos, autenticar a documentação, transferir a carteira da OAB para 
Brasília, entregar convites etc. E não consegui terminar toda a aula sobre 
contribuições. 
 
Assim, com o propósito de sempre primar pela qualidade da aula, 
inverti a aula de contribuições com a de hoje. 
 
Na verdade, esta mudança não acarreta nenhum tipo de prejuízo 
para o nosso curso, que segue o seu fluxo normal, a saber: Aula 3 - 
Contribuições tributárias (10/06); Aula 4 - Competência Tributária, 
Limitações Constitucionais do Poder de Tributar, Imunidades, Princípios 
Constitucionais Tributários (17/06); Aula 5 - Legislação Tributária (24/06); 
Aula 6 - Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração da Legislação 
Tributária (01/07); Aula 7 - Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. 
Capacidade Tributária (08/07); Aula 8 - Responsabilidade Tributária; 
(15/07); Aula 9 - Crédito e Lançamento Tributário (22/07); Aula 10 - 
Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário. Extinção do Crédito 
Tributário. Pagamento Indevido (29/07); Aula 11 - Exclusão do Crédito 
Tributário. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário (05/08); Aula 12 - 
Administração Tributária. Fiscalização. Dívida Ativa. Certidões Negativas 
(12/08); Aula 13 - Tributos de Competência dos Estados. Tributos de 
Competência dos Municípios (19/08); Aula 14 – Simples Nacional (26/08). 
 
Então, vamos lá. 
 
2. Obrigação Tributária Principal e Acessória 
 
2.1. Conceito 
 
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PROFESSOR: EDVALDO NILO 
 
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Obrigação, no sentido jurídico, significa o vínculo ou relação que 
une duas ou mais pessoas no cumprimento de um dever estabelecido por 
uma norma de Direito. 
 
Assim, pode-se dizer facilmente que a obrigação tributária (em 
geral) é a relação em que o sujeito ativo (fisco) exige do sujeito passivo 
(contribuinte ou responsável tributário) um dever estabelecido pela norma 
de Direito Tributário. 
 
O objeto da obrigação tributária é a prestação a que deve se 
submeter o sujeito passivo da relação tributária, podendo ser uma prestação 
de dar, de fazer ou não fazer algo. 
 
A obrigação de dar e a obrigação de fazer são classificadas como 
obrigações positivas e a obrigação de não fazer é uma obrigação negativa 
ou omissiva. 
 
Nesse rumo, o CTN separa a obrigação tributária em principal e 
acessória. 
 
A obrigação principal é a prestação representante do ato de pagar 
(tributo ou multa), sendo, portanto, uma obrigação de dar, com cunho 
pecuniário (dinheiro). 
 
Ou seja, o elemento fundamental da obrigação principal é a sua 
natureza pecuniária, com a consequência de ser o pagamento de 
determinada quantia em dinheiro. 
 
Com efeito, o CTN estabelece que a obrigação tributária principal 
nasce com a ocorrência do fato gerador, tendo por objeto o pagamento de 
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito 
dela decorrente (art. 113, §1º). 
 
A causa ou fonte da obrigação tributária principal é a lei, que, neste 
caso, quer dizer lei complementar, lei ordinária, lei delegada ou a famosa 
medida provisória. 
 
Mas já é importante adiantar que cabe apenas à lei complementar 
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como 
em relação a definição dos impostos, discriminados nesta Constituição, a 
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dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) 
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários, de 
acordo com o art. 146, inc. III, alíneas “a” e “b”, da CF/88 (vamos estudar 
detalhadamente o tema da legislação tributária na aula 5). 
 
Aqui não há que se falar em livre manifestação de vontade ou 
autonomia da vontade das partes da relação tributária, mas sim em 
manifestação do pode estatal por meio da lei, sendo chamada a obrigação 
tributária de obrigação de direito público. 
 
Deve-se salientar também que a obrigação tributária principal 
pode ter como objeto o pagamento de uma penalidade pecuniária 
(multa), mas isto não significa que o tributo pode ser equiparado a uma 
multa, pois o art. 3°, do CTN, estabelece que tributo não constitui sanção 
de ato ilícito. 
 
Preste atenção: o tributo e a multa são objetos da obrigação 
tributária principal, tendo natureza jurídica de prestação pecuniária, mas 
um e outro não se confundem. Tributo não pode ter natureza de multa, 
exatamente porque o art. 3°, do CTN, dispõe que tributo não constitui 
sanção de ato ilícito. E sanção de ato ilícito significa, em outras palavras, 
multa. 
 
Por sua vez, a obrigação tributária acessória significa obrigação 
de fazer (positiva) ou não fazer (negativa), despida do cunho pecuniário. 
 
Alguns autores ainda falam em dever de suportar ou tolerar 
(obrigação negativa), que pode aparecer desta forma em concurso público 
ou ser considerada a mesma coisa que obrigação de não fazer. Por 
exemplo, permitir a consulta a livros fiscais ou a fiscalização da empresa. 
 
Assim, o fazer ou não fazer, o agir ou não agir, o dever de suportar, 
dissociados do ato de pagar, podem representar obrigações tributárias 
acessórias. 
 
São obrigações tributárias acessórias, por exemplo, a emissão de 
notas fiscais, a escrituração de livros fiscais, a entrega declarações de 
rendimentos, o dever de suportar ou não obstar o acesso do fisco aos livros 
contábeis da empresa, o de não danificar ou rasurar a escrituração contábil 
da empresa, o preenchimento de guias de recolhimento de tributo, dentre 
outras. 
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 A obrigação tributária acessória tem como fundamental objetivo 
auxiliar e permitir uma maior eficiência na arrecadação ou fiscalização do 
tributo pelo fisco. 
 
É importante dizer que a obrigação tributária acessória independe 
da obrigação tributária principal. 
 
Por isso, a doutrina também chama as obrigações acessórias de 
deveres instrumentais ou deveres formais, pois não poderia, em 
princípio, ser denominada de obrigação acessória se é independente da 
obrigação principal. 
 
Assim sendo, a obrigação tributária acessória é autônoma em 
relação à obrigação tributária principal. Mesmo que o contribuinte não 
esteja obrigado a cumprir a obrigação principal, a acessória subsiste. 
 
Por exemplo, aqueles que se aposentam com uma moléstia grave 
(AIDS, câncer) estão isentos de pagar o imposto sobre a renda (obrigação 
principal), mas nem por isso estarão dispensados de entregar uma 
declaração anual de rendimentos (obrigação acessória). 
 
Decerto, o CTN define que a obrigação acessória decorre da 
legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização 
dos tributos (art. 113, §2º). 
 
Neste dispositivo, o CTN dispõe que a obrigação acessória decorre 
da legislação tributária, que compreende não somente as leis (inclusive 
tratados e convenções internacionais), como também os decretos e as 
normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos 
e relações jurídicas a eles pertinentes (art. 96 do CTN). 
 
Portanto, a obrigação acessória, ao contrário daobrigação 
principal, pode ter origem num decreto do Poder Executivo ou num ato 
normativo ou instrução normativa expedida por autoridade administrativa 
competente. 
 
Noutro ponto, normalmente, quando o contribuinte descumpre uma 
obrigação acessória incide uma multa fiscal. 
 
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Isto é, o auditor fiscal não pode constranger ou obrigar 
coercitivamente o contribuinte a cumprir com suas obrigações tributárias 
acessórias nas datas corretas, mas sim aplicar uma multa pecuniária no caso 
de desobediência, sendo que o contribuinte agora, em princípio, fica com a 
obrigação de pagar a multa e de cumprir a obrigação acessória. 
 
Por exemplo, a declaração de ajuste anual do imposto de renda na 
data estipulada pela legislação tributária é uma obrigação tributária 
acessória. E no caso de descumprimento da obrigação de declaração de 
ajuste anual do IR nesta data (obrigação acessória), aplica-se uma multa 
(penalidade pecuniária), sendo que o pagamento desta multa seria uma 
obrigação principal. 
 
Neste sentido, o CTN dispõe que a obrigação acessória, pelo 
simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária (Art. 113, §3°). 
 
Isto significa, noutras palavras, que quando o contribuinte 
descumpre o dever de realizar a declaração de rendimentos (obrigação 
acessória) faz surgir uma obrigação principal, que é o dever de pagar a 
multa fiscal. 
 
Deste modo, é verdadeira a assertiva afirmando que no direito 
tributário a multa originada do descumprimento da obrigação acessória 
equivale a uma obrigação principal. 
 
Ou seja, a obrigação de pagar a multa é uma obrigação tributária 
principal, mas a própria multa não pode ser considerada um tributo. 
 
É o que diz a lei tributária e para concurso público não podemos 
discutir com o dispositivo literal de lei. E aqui vale as lições do meu amado 
pai: “filho, em concurso público lei é lei e ponto final, desde que não seja 
inconstitucional ou não recepcionada pela CF/88”. 
 
Fique atento na distinção: 
 
Obrigação tributária principal = obrigação pecuniária (conteúdo 
patrimonial) = obrigação de dar ≠ Obrigação tributária acessória = 
obrigação não pecuniária (conteúdo extra-patrimonial) = obrigação de fazer 
ou não fazer algo. 
 
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Vamos para as questões da aprovação. É isso aí: 
 
1. (ESAF/PFN/2005 - adaptada) Considerando o tema “obrigação tributária” e 
as disposições do CTN, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a 
falsa, assinalando ao final a opção correspondente. 
( ) Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela quer se referir aos 
procedimentos exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do 
pagamento. 
( ) A multa pode ser considerada espécie do gênero tributo, já que está 
abrangida, pelo Código Tributário Nacional, no conceito de “obrigação 
tributária principal”. 
( )A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador e 
independe de providência da autoridade fiscal para ser exigida. 
a) V, V, V. 
b) F, V, F. 
c) F, F, F. 
d) V, F, V. 
e) V, F, V. 
 
2. (AFTN/98/ESAF) A multa por descumprimento de obrigação acessória 
relativa ao imposto de renda 
a) tem a natureza de tributo, por converter-se em obrigação tributária principal 
o descumprimento de obrigação acessória. 
b) tem a natureza de imposto, porque sua natureza específica é dada pelo 
respectivo fato gerador. 
c) não tem a natureza de tributo, mas a de uma obrigação tributária acessória. 
d) não tem natureza tributária porque a penalidade por descumprimento de 
obrigação acessória é de caráter administrativo. 
e) não tem a natureza de tributo por constituir sanção de ato ilícito. 
 
3. (TRF/2005/ESAF) Sobre a obrigação tributária acessória, é incorreto 
afirmar-se que 
a) tem por objeto prestações positivas previstas na legislação tributária. 
b) tal como a obrigação principal, supõe, para o seu surgimento, a ocorrência 
de fato gerador. 
c) objetiva dar meios à fiscalização tributária para a investigação e o controle 
do recolhimento de tributos. 
d) sua inobservância converte-se em obrigação principal, relativamente a 
penalidade pecuniária. 
e) realizar matrícula no cadastro de contribuintes, emitir nota fiscal e apresentar 
declarações ao Fisco constituem, entre outros, alguns exemplos. 
 
4. (AFRF/2002-1/ESAF) Avalie as afirmações abaixo e marque a opção que 
corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, 
respectivamente). 
1. Multa decorrente de obrigação acessória constitui obrigação principal. 
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2. Se a lei impõe a determinados sujeitos que não façam alguma coisa, está a 
impor-lhes uma obrigação tributária acessória. 
3. Quando um sujeito passivo não está sujeito ao imposto, mas apenas a prestar 
informações ao fisco sobre matéria de interesse da fiscalização, esta é sua 
obrigação tributária principal. 
a) V, V, V 
b) V, V, F 
c) V, F, F 
d) F, F, F 
e) F, F, V 
 
5. (Auditor/Diadema/SP/2000) A obrigação acessória: 
a) jamais se converte em obrigação principal. 
b) apenas por sua inobservância, converte-se em principal para todos os efeitos. 
c) pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal, 
relativamente ao pagamento do imposto. 
d) pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal, 
relativamente à penalidade pecuniária. 
e) se converte em principal, pela sua observância. 
 
6. No que tange às espécies de obrigações tributárias diz-se que 
(A) o descumprimento da acessória converte-se em principal, relativamente à 
penalidade pecuniária. 
(B) a acessória consiste em levar dinheiro aos cofres públicos como pagamento 
de impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
(C) a principal corresponde ao cumprimento de obrigação positiva ou negativa 
de caráter não pecuniário. 
(D) todas são decorrentes de atos administrativos emanados da autoridade 
competente para tributar. 
(E) a existência de um ato legislativo, um sujeito ativo e outro passivo são 
suficientes para constituir a principal ou a acessória. 
 
7. (FCC/Auditor/ Município de São Paulo/2007) É INCORRETO afirmar que a 
obrigação tributária acessória 
(A) decorre da legislação tributária. 
(B) converte-se em obrigação principal, relativamente ao tributo devido, ao 
deixar de ser observada. 
(C) tem por objeto prestações positivas ou negativas nela previstas. 
(D) é instituída no interesse da fiscalização. 
(E) é instituída no interesse da arrecadação. 
 
8. (FCC/Auditor/Município de São Paulo/2007) De acordo com o Código 
Tributário Nacional, a obrigação tributária principal 
(A) surge com a ocorrência do fato gerador, previsto em lei ou em decreto 
regulamentador. 
(B) surge com a ocorrência do fato gerador, previsto na legislação tributária. 
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(C) tem por objeto o pagamento de tributo, de penalidade pecuniária e de 
demais acréscimos previstos em lei ou em decreto. 
(D) tem por objeto o pagamento de tributo ou de penalidade pecuniária. 
(E) tem por objeto o pagamento de tributo, mas não o de penalidade pecuniária. 
 
9. (FCC/Procurador municipal/Recife/2008) Os deveres de pagar multa por 
infração à legislação tributária e de fazer declaração de ajuste anual do imposto 
de renda classificam-se como obrigação 
(A) principal e acessória, respectivamente. 
(B) acessória e principal, respectivamente. 
(C) acessórias, ambas. 
(D) principais, ambas, mas só a segunda é instrumental. 
(E) instrumentais, ambas. 
 
10. (Juiz Federal/4° Região/2008/adaptada) Asmultas, porque constituem 
sanção ao inadimplemento da obrigação tributária, abrangem-se no conceito de 
tributo. 
 
11. (CESPE/Auditor Tributário Municipal/Teresina/2008) Se um contribuinte 
for autuado para pagamento de multa devido ao fato de não ter emitido nota 
fiscal de serviço, sua obrigação de pagar será acessória. 
 
12. (CESPE/Promotor de Justiça /Rondônia/2008) Caso uma lei crie para o 
contribuinte obrigação de fazer, mensalmente, determinada declaração para o 
Fisco e imponha multa de R$ 1.000,00 por seu descumprimento, nesse caso, é 
correto afirmar que aquela obrigação é considerada acessória. 
 
 
A primeira questão é a letra “c” (F, F, F). 
 
A primeira alternativa é falsa, uma vez que quando a lei se refere à 
obrigação tributária acessória, ela quer se referir aos procedimentos 
exigidos do contribuinte para assegurar a melhor fiscalização do 
pagamento. E não obrigação tributária principal como diz a questão. 
 
A segunda alternativa é falsa, eis que a multa não pode ser 
considerada espécie do gênero tributo, já que está abrangida, pelo Código 
Tributário Nacional, no conceito de “obrigação tributária principal”. O art. 
3°, do CTN, define que tributo não constitui sanção de ato ilícito. 
 
A terceira alternativa é falsa também, sendo assunto a ser tratado na 
aula sobre crédito e lançamento tributário. Mas já adiantando um pouco, a 
obrigação tributária acessória e também a obrigação principal apenas torna-
se líquida e exigível pela constituição do crédito tributário através do 
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lançamento tributário feito pela autoridade administrativa competente, 
conforme o art. 142 do CTN. 
 
A segunda questão é a letra “e”. A multa por descumprimento de 
obrigação acessória relativa ao imposto de renda não tem a natureza de 
tributo por constituir sanção de ato ilícito. O art. 3°, do CTN, dispõe que 
tributo não constitui sanção de ato ilícito. 
 
A terceira questão é a letra “a”. 
 
O examinador da ESAF entendeu que a primeira assertiva (letra 
“a”) estava incompleta, dizendo que a obrigação tributária acessória tem 
por objeto prestações positivas previstas na legislação tributária. 
 
Na verdade, a obrigação tributária acessória tem por objeto 
prestações positivas (fazer) e negativas (não fazer ou tolerar), previstas na 
legislação tributária, no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos 
tributos. 
 
A letra “b” foi considerada verdadeira, eis que o examinador 
compreendeu que a obrigação tributária acessória tal como a obrigação 
principal, supõe, para o seu surgimento, a ocorrência de fato gerador. 
Vamos estudar fato gerador no próximo item desta aula. 
 
A letra “c” é verdadeira, pois a obrigação tributária acessória 
objetiva dar meios à fiscalização tributária para a investigação e o controle 
do recolhimento de tributos. 
 
A letra “d” é verdadeira, porque inobservância da obrigação 
tributária acessória converte-se em obrigação principal, relativamente a 
penalidade pecuniária. 
 
A letra “e” é verdadeira, porque são exemplos de obrigação 
tributária acessória a realização de matrícula no cadastro de contribuintes, a 
emissão de nota fiscal e a apresentação de declarações ao Fisco. 
 
A quarta questão é a letra “c” (V, F, F). 
 
O primeiro item é verdadeiro, pois a multa decorrente de obrigação 
acessória constitui obrigação principal. 
 
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Como eu disse na aula, quando o contribuinte descumpre o dever de 
realizar a declaração de rendimentos (exemplo de obrigação acessória) faz 
surgir uma obrigação principal, que é o dever de pagar a multa fiscal. 
 
Deste modo, é verdadeira a assertiva afirmando que no direito 
tributário a multa originada do descumprimento da obrigação acessória 
equivale a uma obrigação principal. 
 
O segundo item é falso, pois a afirmativa é incompleta. Se a lei 
impõe a determinados sujeitos que não façam alguma coisa, está a impor-
lhes uma obrigação tributária acessória ou qualquer outro tipo de 
obrigação, que não necessariamente será tributária, podendo ser civil, 
penal, comercial, trabalhista etc. Faltou o item enunciar que deve ser no 
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
 
O terceiro item é falso, porque quando um sujeito passivo não está 
sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informações ao fisco sobre matéria 
de interesse da fiscalização, esta é sua obrigação tributária acessória e 
não principal. 
 
A quinta questão é a letra “d”, a sexta questão é a letra “a” e a 
sétima “b”. 
 
A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, 
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade 
pecuniária, de acordo com §3°, do art. 113 do CTN. 
 
A oitava questão é a letra “d”, pois, de acordo com o Código 
Tributário Nacional (art. 113, §1°), a obrigação tributária principal tem por 
objeto o pagamento de tributo ou de penalidade pecuniária e extingue-se 
juntamente com o crédito dela decorrente. 
 
A nona é letra “a”, eis que o dever de pagar multa por infração à 
legislação tributária é uma obrigação tributária principal e o dever de fazer 
declaração de ajuste anual do imposto de renda é uma obrigação tributária 
acessória (dever instrumental ou formal). 
 
A décima é falsa, porque a multa não é abrangida pelo conceito de 
tributo. 
 
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A décima primeira é falsa, uma vez que o pagamento de multa 
(penalidade pecuniária) devido ao fato de não ter emitido nota fiscal de 
serviço é uma obrigação tributária principal. 
 
A décima segunda é verdadeira, pois a obrigação do contribuinte de 
fazer, mensalmente, determinada declaração para o Fisco é considerada 
uma obrigação tributária acessória ou um dever instrumental ou formal. 
 
 
2.2 Fato Gerador da obrigação tributária 
 
O estudo do fato gerador é fundamental no direito tributário. 
 
A doutrina crítica a nomenclatura “fato gerador” estabelecida pelo 
CTN, dizendo que este deveria fixar nomes diferentes para duas realidades 
distintas, a saber: 
 
(a) A situação prevista em lei como necessária e suficiente à 
ocorrência da obrigação tributária. Esta situação prevista 
abstratamente na lei poderia ser chamada de hipótese de 
incidência. Como exemplo, o CTN prevê auferir renda como 
hipótese de incidência do IR. 
 
Assim, segundo a mesma doutrina, a hipótese de incidência (fato 
gerador in abstrato) representa o momento abstrato e geral, previsto 
em lei, hábil a deflagrar a relação tributária. Portanto, a hipótese de 
incidência caracteriza-se, como a escolha feita pelo legislador, de 
fatos que possam representar capacidade contributiva (prestar 
serviços – ISS; ter a propriedade de um automóvel – IPVA; ter a 
propriedade de um imóvel na zona rural - ITR e assim por diante). 
Outras nomenclaturas conhecidas para a hipótese de incidência são: 
hipótese tributária ou pressuposto legal do tributo. 
 
(b) O momento concreto e individualizado de realização desta 
previsão normativa, ou seja, a realização da hipótese de incidência 
no mundo da vida real (chamado pela ESAF de fato da vida). Por 
exemplo, o momento em que a pessoa ganha na loteria esportiva e 
consequentemente aufere renda; a ocasião em que a pessoa compra 
um automóvel e consequentemente se torna proprietário de um 
veículo automotor etc. Este momento aqui é também denominado 
pela doutrina de fato imponível, de fato jurídico tributário, de 
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hipótese de incidência realizada e de facto tributário. 
 
Vejamos o quadro para facilitar: 
 
Fato gerador in abstrato Fato gerador inconcreto 
Hipótese de incidência, Hipótese 
tributária e Pressuposto legal do 
tributo. 
Fato imponível, Fato jurídico 
tributário, Hipótese de incidência 
realizada e Facto tributário. 
Previsão abstrata em lei Acontecimento na vida real (fato da 
vida) 
 
É importante você saber esta diferença, porque volta e meia os 
concursos teimam em cobrá-la. 
 
Entretanto, é importante saber que o CTN não diferencia estas 
realidades e coloca tudo “no mesmo barco”, e, na maioria das vezes, as 
bancas examinadoras cobram o tema como está definido na lei. 
 
Por sua vez, como está muito difundida na doutrina, destaca-se aqui 
o conceito consagrado de regra-matriz de incidência tributária (RMIT) 
elaborado pelo professor da USP Paulo de Barros Carvalho, a saber: é uma 
norma de conduta, a qual disciplina a relação do Estado com aqueles que 
estão subordinados à lei e pertencem as relações tributárias, visando 
disciplinar, sobretudo, as contribuições pecuniárias compulsórias (tributo). 
 
A RMIT é composta de uma hipótese e uma consequência. 
 
Na hipótese encontramos o comportamento de uma pessoa (critério 
material), condicionado no tempo (critério temporal) e no espaço 
(critério espacial). 
 
Na consequência temos o sujeito ativo e o sujeito passivo (critério 
pessoal) e a base de cálculo e a alíquota (critério quantitativo). 
Acontecendo a hipótese, deve ser a conseqüência, que, por sua vez, 
prescreve a obrigação tributária que vai se instaurar. 
 
A função da hipótese é instituir a previsão de um fato jurídico, já a 
função do conseqüente é prescrever direitos e obrigações para as pessoas 
físicas ou jurídicas envolvidas no acontecimento deste fato jurídico. 
 
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Em outras palavras, a RMIT é o esqueleto da norma tributária, 
tendo “sido utilizada com bom êxito na elaboração de livros, artigos e 
trabalhos profissionais e acadêmicos acerca das espécies tributárias, no 
Brasil e no exterior, demonstrando, uma vez mais, a operatividade dessa 
construção teórica”. 
 
Vejamos três exemplos (IPTU, IPI e ISS) do próprio mestre Paulo 
de Barros Carvalho: 
 
(1) IPTU – (i) Hipótese: a) Critério material - ser proprietário de 
bem imóvel; b) Critério espacial - no perímetro urbano de 
determinado Município; c) Critério temporal - normalmente, no dia 
1.° do ano civil; (ii) Consequencia: a) Critério pessoal - sujeito 
ativo é a Fazenda Municipal e sujeito passivo, em princípio, o 
proprietário do imóvel; b) Critério quantitativo - base de cálculo é o 
valor venal do imóvel e a alíquota é a fixada na legislação tributária 
municipal. 
 
(2) IPI – (i) Hipótese: a) Critério material - industrializar produtos; 
b) Critério espacial - qualquer lugar do território nacional; c) 
Critério temporal - em princípio, o momento da saída do produto do 
estabelecimento industrial; (ii) Consequencia: a) Critério pessoal - 
sujeito ativo é a União e sujeito passivo, em princípio, o titular do 
estabelecimento industrial; b) Critério quantitativo - base de cálculo 
é o preço da operação, na saída do produto, quando o produto for 
nacional, e a alíquota, a percentagem constante na Tabela de 
Incidência do IPI – TIPI. 
 
(3) ISS – (i) Hipótese: a) Critério material - prestar serviços; b) 
Critério espacial - qualquer ponto dentro do território do Município; 
c) Critério temporal - instante em que o serviço, pronto e acabado, é 
entregue ao tomador; (ii) Consequencia: a) Critério pessoal - sujeito 
ativo é Fazenda do Município e sujeito passivo é o prestador de 
serviço; b) Critério quantitativo - base de cálculo é o valor do 
serviço prestado e a alíquota a percentagem apontada pela 
legislação municipal em vigor (X%). 
 
Por outro lado, o CTN dispõe que o fato gerador da obrigação 
principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua 
ocorrência (art. 114). Preste atenção: o CTN fala em necessidade e 
suficiência. São requisitos cumulativos. 
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É situação necessária, pois sem o fato gerador não há obrigação 
tributária. É situação suficiente, eis que basta o fato gerador para surgir a 
obrigação tributária. Assim sendo, não é preciso a atuação do fisco para o 
surgimento da obrigação tributária, porque o fato gerador é situação 
prevista em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. 
 
Em consequência, o fato gerador da obrigação principal ou fato 
imponível tem natureza jurídica constitutiva, pois dá concretude à 
hipótese de incidência e faz nascer a obrigação tributária principal. 
 
E o fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, 
na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que 
não configure obrigação principal (art. 115, do CTN). 
 
Noutro ponto, o CTN também dispõe acerca do momento da 
ocorrência do fato gerador (art. 116 e 117). 
 
Deste modo, estabelece que, salvo disposição de lei em contrário, 
considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: 
 
(i) tratando-se de situação de fato, desde o momento em 
que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a 
que produza os efeitos que são delas decorrentes. Por 
exemplo, o fato gerador do IR é a aquisição da disponibi-
lidade econômica ou jurídica do rendimento (situação de 
fato). Outro exemplo, o imposto sobre importação (II) tem 
como fato gerador a entrada do produto no território 
nacional, mas a lei ordinária, de acordo com o CTN, 
considera o fato gerador como ocorrido na data do registro 
da declaração de importação na repartição aduaneira 
(situação de fato). 
 
(ii) tratando-se de situação jurídica, desde o momento em 
que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito 
aplicável. Isto significa que se deve analisar, neste caso, 
também outro ramo do direito para se verificar quando a 
situação está definitivamente concluída ou constituída. Por 
exemplo, em princípio, deve-se analisar o Código Civil para 
se saber quando a propriedade é transmitida para fins de 
incidência do imposto municipal de transmissão de bens 
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imóveis (ITBI). No caso, com o registro do título aquisitivo 
da propriedade no cartório de registros públicos. 
 
Com efeito, tratando-se de situação jurídica, e na hipótese de atos 
ou negócios jurídicos condicionais, o CTN estabelece que, salvo 
disposição de lei em contrário, reputam-se perfeitos e acabados: 
 
(iia) se a condição é suspensiva, ocorre o fato gerador no 
momento em que se realiza a condição, isto é, o momento 
de seu implemento. 
(iib) se a condição é resolutória, ocorre o fato gerador 
desde que o negócio jurídico foi celebrado. 
 
Condição significa uma cláusula decorrente da vontade das partes, 
que subordina o efeito do negócio a um evento futuro e incerto. 
 
A condição suspensiva é aquela que suspende a eficácia do 
negócio, enquanto a condição não se verificar. 
 
No direito tributário, quando suspensiva a condição, verificam-se os 
efeitos tributários quando acontece a condição. 
 
Por exemplo, a doação de objeto valioso de um pai para a filha 
condicionada ao casamento da filha com um rapaz. Enquanto o casamento 
não se confirmar, não terá eficácia a doação. 
 
Portanto, é necessário o implemento desta condição suspensiva 
(casamento) para se verificar a ocorrência do fato gerador do imposto 
estadual sobre doações (ITCMD). 
 
Noutro exemplo, vamos supor que a lei estabelece que a ocorrência 
do fato gerador do ICMS (critério temporal) acontece no momento da 
venda de mercadorias ao consumidor final. 
 
Assim, na “venda a contento”, em que o consumidor leva a 
mercadoria para casa e o pacto firmado estabelece que o negócio apenas 
aconteceráno momento em que o cliente se declarar satisfeito com a 
mercadoria, sendo que o comerciante dá determinado prazo para o 
consumidor dizer se está satisfeito com o produto, é caso de condição 
suspensiva. 
 
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 Deste modo, no decorrer do prazo estipulado, o fato gerador do 
imposto reputar-se-á perfeito e acabado apenas no implemento da condição 
suspensiva da aceitação do cliente. 
 
Já na condição resolutiva ou resolutória, para fins de incidência 
tributária, é aquela em que fato gerador ocorre desde o momento em que o 
ato jurídico é celebrado, independentemente da condição. 
 
 Assim, quando resolutória a condição, verificam-se os efeitos 
tributários desde o momento da prática do ato ou celebração do negócio. 
 
Neste caso, é irrelevante para o direito tributário a condição, que 
significa, na verdade, o desfazimento do negócio. 
 
Por exemplo, o contrato de compra e venda de imóvel sujeito a 
condição resolutória de o comprador ter um futuro filho. 
 
Decerto, feito o negócio e registrado o imóvel, dá-se o fato gerador 
do imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI), pois aconteceu a 
transmissão da propriedade. 
 
Não importa para o direito tributário se, depois, o negócio é desfeito 
por causa do acontecimento da condição resolutória (nascimento do filho 
do comprador do imóvel). 
 
Outro exemplo de condição resolutiva no direito tributário 
fornecido pela jurisprudência é o seguinte: 
 
“O negócio jurídico sujeito à condição resolutória reputa-se 
perfeito e acabado, desde o momento da prática do ato ou da celebração do 
negócio. A retrovenda ou pacto de resgate é uma venda sob condição re-
solutiva. Praticado o ato, verificou-se o fato gerador do imposto de renda 
(IR), pouco importando que, posteriormente, a condição se realize. Não 
ocorrendo à transcrição (registro), a repercussão é sobre a transferência do 
domínio, nada alterando o negócio jurídico da venda”. 
 
Por sua vez, é relevante você saber que a autoridade 
administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador 
do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação 
tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei 
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ordinária (art. 116, parágrafo único, do CTN). 
 
Esta regra citada acima é chamada de “norma antielisão”, pois 
busca combater os procedimentos de planejamento tributário praticados 
pelo contribuinte com abuso de forma ou/e abuso de direito. Parte da 
doutrina também denomina o art. 116, parágrafo único, do CTN, de norma 
geral “antievasiva” ou “anti-simulação”. 
 
Para prova de concursos públicos, é necessário você saber que: (a) é 
a autoridade administrativa e não a judicial que poderá desconsiderar 
(não é desconstituir) atos ou negócios jurídicos praticados com a 
finalidade de dissimular (igualmente denominado pela ESAF de eclipsar) 
a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos 
constitutivos da obrigação tributária; (b) a regra do art. 116, parágrafo 
único, do CTN, necessita de lei ordinária para ser aplicada, pois o 
dispositivo estabelece que “observados os procedimentos a serem 
estabelecidos em lei ordinária”. 
 
Destarte, cabe distinguir aqui também evasão, elisão e elusão 
tributária. 
 
Segundo o entendimento majoritário, de acordo com a doutrina 
originária de Sampaio Dória, a evasão é a conduta ilícita do sujeito passivo 
de ocultar a ocorrência do fato gerador com o objetivo de não pagar o 
tributo devido conforme a lei. A evasão objetiva evitar o conhecimento da 
ocorrência do fato gerador e, em princípio, acontece após o fato gerador. 
Por exemplo, emitir notas fiscais falsas ou prestar declaração falsa às 
autoridades fazendárias. 
 
Assim, a evasão abrange a sonegação fiscal, a fraude e o conluio. 
 
A sonegação fiscal é toda ação ou omissão dolosa tendente a 
impedir ou retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da 
autoridade fazendária: (i) da ocorrência do fato gerador da obrigação 
tributária principal, sua natureza ou circunstâncias materiais; (ii) das 
condições pessoais de contribuinte, suscetíveis de afetar a obrigação 
tributária principal ou o crédito tributário correspondente (art. 71 da Lei 
4.502/1964). Por exemplo, negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, 
nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou 
prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo 
com a legislação. 
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A fraude é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou 
retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação 
tributária principal, ou a excluir ou modificar as suas características 
essenciais, de modo a reduzir o montante do tributo devido a evitar ou 
diferir o seu pagamento (art. 72 da Lei 4.502/1964). Na hipótese, o dolo é a 
intenção deliberada de praticar a conduta fraudulenta. 
 
Por exemplo, deixar de recolher dolosamente, no prazo legal, o 
valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na 
qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres 
públicos. 
 
O conluio é o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas naturais ou 
jurídicas, visando qualquer dos efeitos da sonegação fiscal ou da fraude 
(art. 73 da Lei 4.502/1964). 
 
Segundo o mesmo entendimento majoritário, a elisão é a conduta 
lícita ou legítima que ocorre antes do fato gerador, com o objetivo de pagar 
menos tributo, evitando a ocorrência do fato gerador ou a ocorrência com 
um valor menor a pagar. É a busca pela economia de tributos, sendo 
congruente coma idéia de planejamento tributário. 
 
Existe posicionamento doutrinário, que distingue elisão lícita 
(explicada acima) e elisão ilícita, abusiva ou ineficaz (denominada de 
elusão tributária). 
 
A elisão ilícita ou elusão tributária ocorre antes ou depois do fato 
gerador, sendo uma conduta praticada pelo sujeito passivo com abuso da 
forma jurídica ou abuso de direito, que seria a real discordância entre a 
forma de determinado negócio jurídico e o conteúdo econômico que lhe 
corresponde. 
 
A doutrina cita o seguinte exemplo: “Carlos quer doar um imóvel a 
Roberta. Entretanto, lavram a escritura de compra e venda por um preço 
irrisório, no sentido de impedir o pagamento do imposto sobre doações, 
supostamente mais oneroso, e se sujeitar ao imposto de transmissão de bens 
imóveis. A substância econômica (doação) destoa da forma jurídica 
adotada (compra e venda)”. 
 
Doutro lado, cumpre mencionar que a definição legal do fato 
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gerador é interpretada abstraindo-se: (a) da validade jurídica dos atos 
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, 
bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; (b) dos efeitos dos 
fatos efetivamente ocorridos (art. 118, incs. I e II, do CTN). 
 
Decerto, são irrelevantes, para a interpretação da ocorrência do 
fato gerador, a validade jurídica dos atos efetivamente praticados, a 
natureza do objeto dos atos praticados e os efeitos dos atos. 
 
Deste modo, todos os que realizarem o fato gerador deverão, em 
princípio, pagar o tributo. Não se deve avaliar a nulidade ou anulabilidade 
do ato jurídico, a capacidade civil do sujeito passivo, ou mesmo a ilicitude 
do ato praticado. 
 
Com efeito, é legítima, por exemplo, a cobrança do imposto 
municipal sobre serviços (ISS) do advogado que presta serviços de 
consultoria jurídica,mesmo em situação irregular perante a OAB. 
 
Noutra perspectiva, repete-se aqui a informação de que uma 
atividade criminosa não pode ser prevista em lei como fato gerador do IR. 
 
Todavia, a atividade criminosa (atividade ilícita) pode gerar a 
obrigação de pagar o IR, porque a forma como os atos são efetivamente 
praticados pelo contribuinte não importa para a incidência tributária. 
 
Outro exemplo, uma pessoa que adquire renda derivada do 
exercício do jogo do bicho (atividade ilícita) deve pagar o imposto de 
renda, uma vez que o fato previsto em lei é a aquisição de renda e não o 
exercício do jogo do bicho. 
 
Neste sentido, o STF entende que a tributação sobre o tráfico ilícito 
de entorpecentes é legal, adotando-se a aplicação do princípio da igualdade 
tributária e do princípio do pecunia non olet (o dinheiro não tem cheiro). 
 
Olhe a decisão do STF: “Sonegação fiscal de lucro advindo de 
atividade criminosa: princípio pecunia non olet (dinheiro não tem cheiro). 
Drogas: tráfico de drogas, envolvendo sociedades comerciais organizadas, 
com lucros vultosos subtraídos à contabilização regular das empresas e 
subtraídos à declaração de rendimentos - caracterização, em tese, de crime 
de sonegação fiscal. Irrelevância da origem ilícita, mesmo quando criminal, 
da renda subtraída à tributação. A exoneração tributária dos resultados 
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econômicos de fato criminoso - antes de ser corolário do princípio da 
moralidade - constitui violação do princípio da isonomia fiscal, de 
manifesta inspiração ética”. 
 
A seguinte decisão também é esclarecedora: “O critério adotado 
pelo art. 118 do Código Tributário Nacional atende ao princípio da 
isonomia tributária, posto que aplicado em matéria de Imposto de Renda, 
sobreeleva, exclusivamente, o aspecto econômico do fato gerador, indepen-
dentemente da origem dos rendimentos que lhe deram causa, e, assim, está 
sujeito à tributação tanto o trabalhador assalariado, que exerce uma 
atividade laboral lícita e aufere rendimentos tributáveis, como aquele que 
quer fazer do crime meio de vida e sobrevivência”. 
 
Para concluir, reporta-se a classificação de fatos geradores 
instantâneos, periódicos e continuados. 
 
O fato gerador instantâneo ocorre quando sua realização se dá 
num exato instante no tempo. Por exemplo, o imposto de importação (II) se 
dá com o registro alfandegário da declaração apresentada pelo importador à 
autoridade fiscal competente da União. 
 
O fato gerador periódico (também denominado de complexivo, 
completivo, continuativo ou de formação sucessiva) acontece quando sua 
realização se completa ao longo de um espaço de tempo. Por exemplo, o 
fato gerador do IR, eis que acontece ao longo de um período de tempo, que, 
segundo a legislação do IR, é de 1° de janeiro até 31 de dezembro do 
mesmo ano. 
 
O fato gerador continuado ocorre quando é representado por uma 
situação que se conserva no tempo, entretanto, a lei tributária fixa para fins 
de praticidade tributária um determinado momento para ocorrido o fato 
gerador. Por exemplo, o IPTU e o IPVA. 
 
No IPTU, a situação de ser proprietário de um imóvel é uma 
situação que se perdura no tempo, sendo que a legislação tributária fixa um 
determinado instante para se considerar como o momento de ocorrência do 
fato gerador (normalmente, 1.º de janeiro do ano civil). 
 
Noutra perspectiva, existem autores que entendem que os fatos 
geradores são exclusivamente instantâneos, uma vez que a legislação 
tributária sempre estabelece somente um único momento para fixar a 
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ocorrência do fato gerador. Na hipótese do IR, é o último momento do dia 
31 de Dezembro do ano civil. No caso do IPTU, é o dia 1.º de janeiro do 
ano civil. Deste modo, não se poderia falar em fato gerador periódico ou 
continuado. 
 
Vamos agora para as importantes questões: 
 
1. (ESAF/AFTN) A obrigação que tem por objeto o pagamento de multa é 
chamada de obrigação _______________ . _______________ dessa 
obrigação é a situação definida em lei como necessária e suficiente à 
ocorrência desta. A validade jurídica dos atos efetivamente praticados não 
interessa na interpretação de norma definidora _______________ . 
 
Escolha a opção que contenha as palavras que, correta e respectivamente, 
preencham o sentido dos períodos acima. 
 
a) principal / O fato gerador / do fato gerador 
b) impositiva / O efeito / do lançamento 
c) penal / O lançamento / da cobrança 
d) sancionatória / O fato gerador / da condição suspensiva 
e) punitiva / A fonte / da outorga de isenção 
 
2. (ESAF/AFRF/2005) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), 
conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a 
exata seqüência. 
( )A situação definida em lei, desde que necessária para o nascimento da 
obrigação tributária principal é o seu fato gerador. 
( )Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de 
um ato que não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação 
tributária acessória. 
( )Atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a 
ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos 
da obrigação tributária, desde que legítimos perante a legislação civil, não 
podem ser desconsiderados pela autoridade tributária. 
a) V V V 
b) F V V 
c) F F F 
d) F F V 
e) V F V 
 
3. (ESAF/AFTE/RN/2005 - adaptada) Marque a resposta correta, considerando 
as formulações abaixo. 
I – A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da 
validade jurídica dos atos praticados. 
II - A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, 
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária. 
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III - O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas 
provenientes de atividades ilícitas. 
IV - De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à 
autoridade judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os 
atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza 
dos elementos constitutivos da obrigação tributária. 
a) Somente I é verdadeira. 
b) Somente I e II são verdadeiras. 
c) Somente I, II e III são verdadeiras. 
d) Somente II, III e IV são verdadeiras. 
e) Somente III e IV são verdadeiras. 
 
4. (ESAF/IRB/2006) Assinale a alternativa correta. 
a) A validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelo sujeito passivo é 
um dos elementos que devem ser considerados na interpretação da definição 
legal do fato gerador. 
b) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do 
tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os 
procedimentos do Código Tributário Nacional. 
c) A definição legal do fato gerador não pode ser verificada se for abstraída a 
validade jurídica dos atos praticados. 
d) uma vez verificado o nascimento da obrigação tributária, com a realização 
do fato gerador, o sujeito passivo torna-se imediatamente compelível ao 
pagamento do tributo pertinente, sendo desnecessária a prática de quaisquer 
atos formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipóteses. 
e) O Código Tributário Nacional admite que a autoridade administrativa, desde 
que observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária, 
desconsidere atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de 
dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos 
constitutivos da obrigação tributária. 
 
5. (ESAF/AFRF/2003)Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V 
as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. 
( ) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e 
existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento 
em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os 
efeitos que normalmente lhe são próprios. 
( ) A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do 
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, 
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. 
( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob 
condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em 
que se verificar a condição. 
a) F, V, V. 
b) F, F, V. 
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c) F, F, F. 
d) V, V, F. 
e) V, F, F. 
 
6. (ESAF/Gestor/MG/2005) Assinale a opção correta. 
a) A obrigação tributária nasce com o lançamento. 
b) A aplicação de multa pelo atraso no pagamento do tributo é a única forma de 
obrigação tributária acessória que a lei pode prever. 
c) Segundo o Código Tributário Nacional, a renda obtida com a prática do 
crime de contrabando não pode ser tributada. 
d) O fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente para 
que se considere surgida a obrigação tributária. 
e) A hipótese de incidência é o fato da vida que gera, diante do que dispõe a lei 
tributária, o dever de pagar o tributo. 
 
7. (ESAF/AFTE/MG/2005) Considerando o tema “obrigação tributária”, 
marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a 
opção correspondente. 
( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador, 
contudo depende sempre de uma providência a ser tomada pela autoridade 
fiscal. 
() A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da 
validade jurídica dos atos praticados. 
( ) O legislador não poderá autorizar a desconsideração dos atos ou negócios 
jurídicos praticados com a finalidade de eclipsar a ocorrência do fato gerador 
do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, 
desde que observados pelo sujeito passivo as normas próprias do direito 
privado. 
( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob 
condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em 
que se verificar a condição. 
( ) É vedado aos Estados instituírem contribuição de melhoria. 
 
a) F, V, F, V, F. 
b) F, V, F, V, F. 
c) F, V, V, V, F. 
d) V, F, V, F, V. 
e) V, V, V, V,V. 
 
8. (ESAF/AFTM/FORTALEZA/2003) Com base em disposições expressas do 
Código Tributário Nacional, avalie as formulações seguintes, relativas aos 
temas obrigação tributária e fato gerador, e, ao final, assinale a opção que 
corresponde à resposta correta: 
I. Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei, 
que impõe a prática ou a abstenção de ato não caracterizador de obrigação 
tributária acessória. 
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II. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser considerados na 
interpretação da definição legal do fato gerador. 
III. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e 
existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento 
em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os 
efeitos que normalmente lhe são próprios. 
IV. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios 
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato 
gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação 
tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. 
a) Apenas a formulação IV é correta. 
b) Apenas as formulações II e IV são corretas. 
c) Apenas as formulações III e IV são corretas. 
d) Apenas as formulações I, II e III são corretas. 
e) Apenas as formulações II e III são corretas. 
 
9. (ESAF/TTN/94) Sendo o fato gerador de um tributo, em certo caso, um 
negócio jurídico condicional, tem-se como ocorrido o fato gerador 
a) desde o momento do implemento da condição, se esta for suspensiva. 
b) desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio, se a 
condição for suspensiva. 
c) desde o momento da implementação da condição, se esta for resolutória. 
d) desde o momento da implementação da celebração do negócio, seja a 
condição resolutória ou suspensiva. 
e) na data da publicação do negócio jurídico condicional. 
 
10. (ESAF/AFTN/94) Para efeito de determinar o momento da ocorrência do 
fato gerador, os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e 
acabados, sendo resolutória a condição, 
a) no ano seguinte ao da celebração da avença. 
b) desde o momento de seu implemento. 
c) no exaurimento do negócio. 
d) durante o prazo de contratação. 
e) desde a celebração do negócio. 
 
11. (ESAF/AFTN/94) O art. 3º do Código Tributário Nacional define tributo 
como uma prestação que não constitua sanção de ato ilícito. De tal assertiva 
podemos inferir que 
a)os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não 
são tributáveis, sujeitando-se, contudo, a pesadas multas em decorrência da 
prática de atividade ilícita. 
b)os rendimentos advindos da exploração de lenocínio são tributáveis, 
porquanto não se confunde a atividade ilícita do contribuinte com o fato 
tributário de auferir renda. 
c)os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não 
são tributáveis, em conformidade do que reza o princípio do non olet. 
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d)as atividades ilícitas não devem ser tributadas, pois de outro modo o Estado 
estará locupletando-se com ações que ele mesmo proíbe e, assim, ferindo o 
princípio da estrita legalidade. 
e)atividades ilícitas como a exploração do lenocínio e do jogo do bicho podem 
ser tributadas, posto que a sanção de ato ilícito converte-se, pelo simples fato 
de sua inobservância, em obrigação tributária principal. 
 
12. (ESAF/AFTN/96) Analisar as seguintes proposições: 
I - O “fato gerador” de uma multa tributária pode ser um fato lícito. 
II - Os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio 
não são tributáveis, pois trata-se de prática de atividade ilícita. 
III - Rendimentos decorrentes de ato ilícito não são tributáveis, conforme reza 
o princípio do non olet. 
a) os três enunciados são falsos. 
b) os três enunciados são verdadeiros. 
c) o I e II são verdadeiros e o II é falso. 
d) tão-só o III é verdadeiro. 
e) o I e o III são falsos e o II é verdadeiro. 
 
13. (Auditor/Diadema/SP/2000) Alberto vendeu a Francisco um terreno de sua 
propriedade, constando como cláusula contratual a obrigação de Francisco, no 
prazo de 10 anos, edificar, no referido terreno, um orfanato. Em caso de 
inadimplemento da condição, o bem voltaria ao patrimônio de Alberto. 
Considerando a transmissão da propriedade de bens imóveis como fato gerador 
do imposto municipal de transmissão, no caso descrito, a obrigação se 
constitui: 
a) Com o implemento da condição contratual, que é de caráter suspensivo. 
b) Com o lançamento do crédito tributário pela autoridade administrativa. 
c) Quando o bem retornar ao patrimônio de Alberto pelo inadimplemento da 
condição resolutiva. 
d) No décimo ano após a celebração do contrato com a consolidação do direito 
de propriedade de Francisco sobre o imóvel. 
e) Com a celebração do contrato e consequente transmissão da propriedade de 
Alberto para Francisco, porque a condição constantedo contrato é resolutiva. 
 
14. (ESAF/ATA/MF/2009) No que se refere ao fato gerador, dispõe o Código 
Tributário Nacional que 
a) o fato gerador da obrigação principal é situação definida na Constituição 
como indicativa da possibilidade de imposição de obrigação de pagar, por parte 
de ente público que detenha competência para fazê-lo. 
b) a autoridade administrativa poderá considerar como ocorrido o fato gerador 
e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento 
em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os 
efeitos que normalmente lhe são próprios. 
c) o fato gerador da obrigação acessória é situação definida em lei 
complementar, que impõe prática ou abstenção de ato, ainda que 
originariamente este se configure como obrigação principal. 
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d) a autoridade administrativa deverá considerar como ocorrido o fato gerador 
e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação de fato, desde o momento 
em que esteja definitivamente constituída, nos termos da legislação de 
regência. 
e) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do 
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, 
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. 
 
15. (FGV/ICMS/RJ/2007) Assinale a afirmativa incorreta. 
(A) Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência. 
(B) Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da 
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure 
obrigação principal. 
(C) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e 
existentes os seus efeitos, tratando-se de situação de fato, desde o momento em 
que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os 
efeitos que normalmente lhe são próprios. 
(D) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e 
existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento 
em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. 
(E) A definição legal do fato gerador é interpretada considerando-se a validade 
jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou 
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. 
 
16. (FGV/Procurador de Contas/RJ/2008) A definição legal do fato gerador é 
interpretada considerando-se a validade jurídica dos atos efetivamente 
praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da 
natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. 
 
17. (FCC/Auditor/ Estado de São Paulo/2006) Em relação à obrigação 
tributária, é correto afirmar: 
(A) O fato gerador da obrigação principal tem natureza constitutiva, pois dá 
concretude à hipótese de incidência e faz surgir a obrigação principal. 
(B) A obrigação acessória necessita estar expressa em Lei. 
(C) A obrigação tributária principal decorre de lei, surge com a ocorrência do 
fato gerador e, como regra geral, torna-se exigível 
desde logo pelo sujeito ativo, independentemente de qualquer formalidade, 
pois se trata de dívida líquida e certa. 
(D) As circunstâncias materiais ou jurídicas relativas ao lançamento do crédito 
afetam inexoravelmente a obrigação tributária. 
(E) A validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, 
bem como a natureza do seu objeto ou dos seus efeitos é elemento essencial na 
definição legal do fato gerador e nascimento da obrigação tributária. 
 
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18. (FCC/Auditor/ Estado de São Paulo/2006) Imposto hipotético tem como 
fato gerador previsto em lei o negócio jurídico de venda de mercadorias a 
consumidor final. O comerciante varejista O. Paiva Ltda. oferece uma 
promoção da chamada “venda a contento” de televisores, na qual o cliente leva 
o aparelho para casa e ambos estabelecem que o negócio se realizará no 
momento em que o cliente se declarar satisfeito com o aparelho, para o que O. 
Paiva lhe dá uma semana de prazo. Feita a declaração no prazo referido acima, 
o fato gerador do imposto reputar-se-á perfeito e acabado 
(A) na saída do televisor do estabelecimento O. Paiva Ltda. para a residência 
do cliente. 
(B) no implemento da condição resolutória da aceitação do cliente em até uma 
semana. 
(C) no implemento da condição suspensiva da aceitação do cliente em até uma 
semana. 
(D) no implemento da condição resolutória da aceitação do cliente, após 
exatamente uma semana. 
(E) no implemento da condição suspensiva da aceitação do cliente, após 
exatamente uma semana. 
 
19. (Juiz Federal/4° Região/2008) A sonegação é toda ação ou omissão dolosa 
tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato 
gerador da obrigação tributária, ou a excluir ou modificar as suas 
características essenciais, de modo a reduzir o montante do imposto devido, ou 
a evitar ou diferir o seu pagamento. 
 
20. (CESPE/PGE/PB/2008) No que se refere à ocorrência do fato gerador e ao 
surgimento da obrigação tributária, assinale a opção incorreta. 
A Quando um negócio jurídico é fato gerador de um tributo e é celebrado sob 
condição resolutiva, a ocorrência deve ser considerada desde a celebração do 
negócio. 
B O fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente para a sua ocorrência. 
C Quando o negócio jurídico expressa uma situação fática, a ocorrência 
somente deve ser caracterizada quando presentes todos os elementos essenciais 
para que a situação produza os efeitos que lhes são peculiares. 
D Quando um negócio jurídico é fato gerador de um tributo e é celebrado sob 
condição suspensiva, a ocorrência somente deve ser considerada quando se 
realiza a condição. 
E O fato gerador da obrigação acessória é a situação definida em lei que obriga 
o sujeito passivo às prestações de fazer ou não-fazer que constituam objeto da 
obrigação. 
 
21. (CESPE/PGE/AL/2008) Assinale a opção correta a respeito de fato 
gerador. 
A O fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da 
legislação tributária, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure 
obrigação principal. 
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B O fato gerador da obrigação principal é a situação definida na legislação 
tributária que impõe uma sanção administrativa. 
C Considera-se, via de regra, caracterizado o fato gerador quando da 
verificação, pelo fisco, da ocorrência do mesmo. 
D Tratando-se de situação jurídica, considera-se ocorrido o fato gerador e 
existentes seus efeitos, após declarada pelo fisco a validade do ato. 
E O fato gerador de um imposto pode ser definido por meio de lei ordinária. 
 
22. (CESPE/PGE/ES/2008) A doutrina designa fato gerador continuado aquele 
cuja realização ocorre ao longo de um espaço de tempo, como no caso do 
imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. 
 
23. (ESAF/ATA/MF/2009) A obrigação tributária principal: 
a) extingue-se, com o pedido de parcelamento acompanhado do recolhimento 
da primeira prestação. 
b) decorre da legislação tributária e tem por objeto prestações positivas ou 
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos 
tributos. 
c) pelo simples fato de seu não adimplemento suscita imediata inscrição em 
dívida ativa, independentemente de abertura de prazo para impugnação do 
lançamento, por parte do interessado. 
d) surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o pagamento do 
tributo ou penalidade pecuniária. 
e) suspende-se, como devido lançamento, nas três modalidades previstas pelo 
Código Tributário Nacional. 
 
 
A primeira questão é a letra “a”, pois a obrigação que tem por 
objeto o pagamento de multa é chamada de obrigação principal (art. 113, 
§1°, do CTN). 
 
O fato gerador dessa obrigação é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à ocorrência desta (art. 114, do CTN). 
 
A validade jurídica dos atos efetivamente praticados não interessa 
na interpretação de norma definidora do fato gerador (art. 118, inc. I, do 
CTN). 
 
A segunda questão é letra “c” (F, F, F). 
 
O primeiro item é falso, porque o fato gerador da obrigação 
principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua 
ocorrência. Faltou no item suficiente. Pois é. É o detalhe do detalhe 
fazendo a diferença. 
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O segundo item é falso, porque a não é qualquer situação que, na 
forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que não tenha por 
objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária acessória. 
Esta decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, 
positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da 
fiscalização dos tributos. 
 
O terceiro item é falso, porque diz que atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do fato gerador do 
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, 
desde que legítimos perante a legislação civil, não podem ser 
desconsiderados pela autoridade tributária. 
 
O art. 116, parágrafo único, do CTN é claríssimo: “A autoridade 
administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados 
com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a 
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os 
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária”. 
 
A terceira questão é letra “a”. Somente I é verdadeira. 
 
O primeiro item é verdadeiro, porque a definição legal do fato 
gerador independe da validade jurídica dos atos efetivamente praticados 
pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do 
seu objeto ou dos seus efeitos; 
 
O segundo item é falso, porque a obrigação tributária acessória, 
pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária. E a questão dispõe de forma 
errada que é “não pecuniária”. 
 
O terceiro item é falso, porque o Código Tributário Nacional (CTN) 
permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas, como 
demonstrado nesta aula. 
 
O quarto item é falso, porque o Código Tributário Nacional não 
estabelece que cabe exclusivamente à autoridade judicial competente 
desconsiderar, os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de 
dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, 
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mas sim a autoridade administrativa observados os procedimentos a serem 
estabelecidos em lei ordinária. 
 
A quarta questão é letra “e”. 
 
A letra “a” é incorreta, uma vez que a validade jurídica dos atos 
efetivamente praticados pelo sujeito passivo não devem ser considerados na 
interpretação da definição legal do fato gerador. 
 
A letra “b” é incorreta, uma vez que a autoridade administrativa 
poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a 
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou dos 
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os 
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária e não no Código 
Tributário Nacional (lei complementar). 
 
A letra “c” é incorreta, uma vez que a definição legal do fato 
gerador pode ser verificada se for abstraída a validade jurídica dos atos 
praticados. 
 
A letra “d” é incorreta (assunto da aula de lançamento tributário), 
pois a obrigação tributária apenas torna-se líquida e exigível pela consti-
tuição do crédito tributário através do lançamento tributário feito pela 
autoridade administrativa competente, conforme o art. 142 do CTN, e não 
com a realização do fato gerador. 
 
A quinta questão é letra “a” (F,V,V). 
 
O primeiro item é falso, porque, salvo disposição de lei em 
contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, 
tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja 
definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável (art. 116, 
inc. II, do CTN). 
 
O segundo item é verdadeiro, porque a autoridade administrativa 
poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a 
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a 
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os 
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária (art. 116, par. Único, 
do CTN). 
 
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O terceiro item é verdadeiro, porque quando o fato gerador da 
obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, 
considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a 
condição (art. 117, inc. I, do CTN). 
 
A sexta questão é letra “d”. É dispositivo literal do CTN. Fato 
gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária 
e suficiente à sua ocorrência (art. 114) 
 
A letra “a” é incorreta, uma vez que a obrigação tributária não 
nasce com o lançamento e sim com o fato gerador. 
 
A letra “b” é incorreta, uma vez que a obrigação de pagar a multa 
pelo atraso no pagamento do tributo é uma obrigação tributária principal. 
 
A letra “c” é incorreta, uma vez que a renda obtida com a prática do 
crime de contrabando pode ser tributada. 
 
A letra “e” é incorreta, pois o fato da vida que gera, diante do que 
dispõe a lei tributária, o dever de pagar o tributo é o fato imponível (fato 
gerador in concreto) e não a hipótese de incidência (fato gerador in 
abstrato). 
 
A sétima questão é letra “a” (F, V, F, V, F). 
 
O primeiro item é falso, porque a obrigação acessória decorre da 
legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, 
nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
 
O segundo item é verdadeiro, porque a definição legal do fato 
gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos 
atos praticados. 
 
O terceiro item é falso, porque o legislador poderá autorizar a 
autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos 
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do 
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. 
 
O quarto item é verdadeiro, porque quando o fato gerador da 
obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, 
considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a 
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condição. 
 
O quinto item é falso, porque não é vedado (proibido) aos Estados 
instituírem contribuição de melhoria. 
 
A oitava questão é letra “a”. Apenas a formulação IV é correta. 
 
O primeiro item é falso, porque o fato gerador da obrigação 
principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua 
ocorrência. 
 
O segundo item é falso, porque os efeitos dos fatos efetivamente 
ocorridos não devem ser considerados na interpretação da definição legal 
do fato gerador. 
 
O terceiro item é falso, porque, salvo disposição de lei em contrário, 
considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se 
de situaçãojurídica, desde o momento em que esteja definitivamente 
constituída, nos termos de direito aplicável. 
 
O quarto item é verdadeiro, porque a autoridade administrativa 
poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a 
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a 
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os 
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. 
 
A nona questão é letra “a”, pois sendo o fato gerador de um tributo, 
em certo caso, um negócio jurídico condicional, tem-se como ocorrido o 
fato gerador desde o momento do implemento da condição, se esta for 
suspensiva. 
 
A décima é letra “e”, porque para efeito de determinar o momento 
da ocorrência do fato gerador, os negócios jurídicos condicionais reputam-
se perfeitos e acabados, sendo resolutória a condição, desde a celebração do 
negócio. 
 
A décima primeira é letra “b”, porque os rendimentos advindos da 
exploração de lenocínio são tributáveis, porquanto não se confunde a 
atividade ilícita do contribuinte com o fato tributário de auferir renda. 
 
A décima segunda é letra “a”, porque os três enunciados são falsos. 
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O primeiro item é falso, porque o “fato gerador” de uma multa 
tributária é um fato ilícito. 
 
O segundo é falso, porque os rendimentos advindos do jogo do 
bicho e da exploração do lenocínio são tributáveis, independentemente de 
ser prática de atividade ilícita. 
 
O terceiro é falso, porque os rendimentos decorrentes de ato ilícito 
são tributáveis, conforme reza o princípio do non olet. 
 
A décima terceira é letra “e”. 
 
Alberto vendeu a Francisco um terreno de sua propriedade, 
constando como cláusula contratual a obrigação de Francisco, no prazo de 
10 anos, edificar, no referido terreno, um orfanato. 
 
Em caso de inadimplemento da condição, o bem voltaria ao 
patrimônio de Alberto. 
 
Considerando a transmissão da propriedade de bens imóveis como 
fato gerador do imposto municipal de transmissão (ITBI), no caso descrito, 
a obrigação se constitui com a celebração do contrato e consequente 
transmissão da propriedade de Alberto para Francisco, porque a condição 
constante do contrato é resolutiva, pois negócio jurídico condicional 
reputa-se perfeito e acabado desde o momento da prática da celebração do 
negócio. 
 
A décima quarta é letra “e”, sendo feita com base na literalidade do 
art. 116, parágrafo único, do CTN, incluído pela LC nº 104/2001, a saber: 
“A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios 
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato 
gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação 
tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei 
ordinária”. 
 
A letra “a” é falsa, porque se deve considerar para concurso público 
o conceito de fato gerador da obrigação principal disposto no art. 114, 
caput, do CTN, que é a situação definida em lei como necessária e 
suficiente à sua ocorrência. 
 
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A letra “b” é falsa, eis que a autoridade administrativa deverá 
considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, 
tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja 
definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável (art. 116, 
inc. II, do CTN). 
 
A letra “c” é falsa, porque o fato gerador da obrigação acessória é 
qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou 
a abstenção de ato que não configure obrigação principal. 
 
O conceito de legislação aplicável, de acordo com a jurisprudência 
dominante, não é somente lei em sentido estrito aprovada pelo Poder 
Legislativo, mas também as normas complementares previstas no art. 100, 
do CTN. 
 
O art. 96 do CTN estabelece que a expressão “legislação tributária” 
compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos 
e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre 
tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. E o art. 100 do CTN estatui 
que são normas complementares das leis, dos tratados e das convenções 
internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas 
autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou 
coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia 
normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades 
administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios (o estudo do tema está 
reservado especialmente para a aula 5). 
 
A letra “d” é falsa, uma vez que a autoridade administrativa deverá 
considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, 
tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem 
as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que 
normalmente lhe são próprios (art. 116, inc. I, do CTN). 
 
A décima quinta é letra “e” e a décima sexta é errada, uma vez que 
a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se (significa 
não considerando) a validade jurídica dos atos efetivamente praticados 
pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do 
seu objeto ou dos seus efeitos (art. 118, incs. I e II, do CTN). As demais 
são verdadeiras. 
 
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A décima sétima é letra “a”, pois o CTN dispõe que o fato gerador 
da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e 
suficiente à sua ocorrência (art. 114, caput). É situação necessária, pois 
sem o fato gerador não há obrigação tributária. É situação suficiente, eis 
que basta o fato gerador para surgir a obrigação tributária. Assim sendo, 
não é preciso a atuação do fisco para o surgimento da obrigação tributária, 
porque o fato gerador é situação prevista em lei como necessária e 
suficiente à sua ocorrência. 
 
Por conseguinte, o fato gerador da obrigação principal ou fato 
imponível tem natureza jurídica constitutiva, pois dá concretude à 
hipótese de incidência e já faz nascer a obrigação tributária principal. 
 
As demais são falsas, sendo que a letra “d” (assunto da aula sobre 
crédito e lançamento tributário) é falsa, porque as circunstâncias materiais 
ou jurídicas relativas ao lançamento do crédito não afetam 
inexoravelmente a obrigação tributária, eis que a modificação introduzida, 
de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos 
critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do 
lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito 
passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua 
introdução (art. 146 do CTN). E as circunstâncias que modificam o crédito 
tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a 
ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação 
tributária que lhe deu origem (art. 140 do CTN). 
 
A décima oitava é letra “c”, como já explicado e exemplificado no 
corpo da aula. 
 
A décima nona é “errada”, trocando os conceitos de sonegação 
fiscal e fraude fiscal. 
 
A sonegação fiscal é toda ação ou omissão dolosa tendente a 
impedir ou retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da 
autoridade fazendária: (i) da ocorrência do fato gerador da obrigação 
tributária principal, sua natureza ou circunstâncias materiais; (ii) das 
condições pessoais de contribuinte, suscetíveis de afetar a obrigação 
tributária principal ou o crédito tributário correspondente (art. 71 da Lei 
4.502/1964). Por exemplo, negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, 
nota

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