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Aula 04 AFRFB 2009 ÉTICA

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CURSO ON-LINE − ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
CURSO REGULAR − TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ 
 
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AULA 04: 
 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal (Decreto nº 1.171, de 22/6/1994). 
Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal (Decreto nº 
6.029, de 1º/2/2007). 
Conflito de Interesses no Serviço Público (Resolução nº 08, de 
25/9/2003, da Comissão de Ética Pública da Presidência da 
República). 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Na administração pública, a ética tem sido um assunto bastante 
frequente e atual (ao menos na teoria, rs). Com efeito, certas condutas que 
recentemente eram consideradas normais na administração pública, tais como 
nepotismo, “valimento do cargo”, já não são mais aceitas. 
 Nesse contexto, recentemente, foram editados diversos normativos 
estabelecendo regras de condutas para todos os agentes públicos. Como 
exemplo, posso citar: 
• Código de Conduta da Alta Administração Federal (Exposição de Motivos 
nº 37, de 18/08/2000); 
• Código de Conduta dos Agentes Públicos em exercício na Presidência e 
Vice-Presidência da República (Decreto nº 4.081/02); 
• Sistema de Correição do Poder Executivo Federal (Decreto nº 5.480/05); 
• Sistema de Gestão Ética do Poder Executivo Federal (Decreto nº 
6.029/07). 
 
Segundo Adolfo Sanches Vázquez, Ética é a ciência que tem a moral 
como objeto. Em termos mais singelos, Ética é a ciência da moral, da 
probidade, da moralidade. 
 
2. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO 
CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL (CEPSPCPEF) 
 
2.1. DESTINATÁRIOS 
 
 O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal foi aprovado pelo Decreto nº 1.171/94. Portanto, trata-se de 
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um ato normativo que estabelece padrão de conduta a ser observado no 
âmbito do funcionamento da Administração Pública Federal. 
 Percebam que esse Código de Ética aplica-se aos servidores da 
Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional, bem 
como aos empregados das sociedades de economia mista e das 
empresas púbicas. Em outras palavras, aplica-se aos órgãos e às 
entidades da Administração Pública Federal, direta ou indireta. 
 Com efeito, as empresas estatais federais, independentemente de 
explorarem atividade monopolizada ou não, sujeitam-se às regras do Código 
de Ética, assim como seus dirigentes e empregados. 
 
IMPORTANTE: 
Sujeitam-se a esse Código: 
• Servidores do Poder Executivo Federal: SIM 
• Empregados e dirigentes de EP ou SEM da União: SIM 
• Militares: NÃO 
• Servidores dos Poderes Legislativo ou Judiciário: NÃO 
• Servidores dos Poderes Executivos Estaduais, Distritais ou 
Municipais: NÃO 
 
 Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por 
servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de 
qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, 
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde 
que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, 
como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em 
qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado (item XXIV). 
 De acordo com o art. 24 do Decreto nº 6.029/07, as normas do Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal 
aplicam-se, no que couber, aos agentes públicos neles referidos, mesmo 
quando em gozo de licença. 
Por fim, nos termos do art. 15 do Decreto nº 6.029/07, todo ato de posse, 
investidura em função pública ou celebração de contrato de trabalho 
dos agentes públicos deverá ser acompanhado da prestação de 
compromisso solene de acatamento e observância das regras 
estabelecidas pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil 
do Poder Executivo Federal. 
 
2.2. REGRAS DEONTOLÓGICAS 
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 O Código de Ética traz um rol de valores que sempre deverão ser 
buscados pelos servidores públicos durante o desempenho de suas atribuições. 
Esses valores, que são chamados de regras deontológicas, representam o 
padrão ético desejável na Administração Pública Federal, ou seja, expressam 
valores éticos destinados a orientar a prática dos atos administrativos. 
 Em linhas gerais, tais regras estão relacionadas à dignidade, ao 
decoro, ao zelo, à honestidade, ao respeito ao cidadão, à cortesia, à boa 
vontade etc. Tendo em vista o que já estudamos em nosso curso, certamente 
vocês não encontrarão dificuldade para compreender cada regra contida neste 
Código de Ética. 
 Ainda assim, é imprescindível que haja um esforço de todos na busca de 
conhecer a literalidade dessas normas. Pois, as questões de provas apenas 
reproduzem esses dispositivos. Para facilitar a missão de vocês, destacarei os 
pontos mais importantes. 
 Eis as 13 regras deontológicas (valores): 
 
I. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos 
princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor 
público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que 
refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, 
comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra 
e da tradição dos serviços públicos. 
 
IMPORTANTE: 
II. O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua 
conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o 
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o 
inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, 
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4º, da Constituição 
Federal. 
 
Esse enunciado exprime que a finalidade do ato administrativo influencia a 
sua análise sob o aspecto da moralidade. 
 
IMPORTANTE: 
III. A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção 
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é 
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, 
na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato 
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administrativo. 
 
IV. A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos 
direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, 
como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, 
como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-
se, como consequência, em fator de legalidade. 
 
V. O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade 
deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, 
como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser 
considerado como seu maior patrimônio. 
 
IMPORTANTE: 
VI. A função pública deve ser tida como exercício profissional e, 
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, 
os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada 
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
 
IMPORTANTE: 
VII. Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse 
superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em 
processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de 
qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia (não é 
requisito de validade; lembram-se da aula demonstrativa?)e moralidade, 
ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, 
imputável a quem a negar. 
Regra: publicidade 
Exceções: (1) segurança nacional, (2) investigações policiais e (3) interesse 
superior do Estado e da Administração Pública. 
 
IMPORTANTE: 
VIII. Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou 
falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa 
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer 
ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão, 
ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana 
quanto mais a de uma Nação. 
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IX. A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço 
público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que 
paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da 
mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio 
público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas 
uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os 
homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas 
esperanças e seus esforços para construí-los. 
 
X. Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que 
compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de 
longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, 
não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas 
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. 
 
COMENTÁRIO: 
As longas filas que se formam nas repartições públicas, ou qualquer 
outra espécie de atraso na prestação do serviço, podem ser 
qualificadas como causadoras de grave dano moral aos usuários dos 
serviços públicos. 
 
XI. O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus 
superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando 
a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios 
tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência 
no desempenho da função pública. 
 
XII. Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator 
de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à 
desordem nas relações humanas. 
 
XIII. O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, 
respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode 
receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o 
crescimento e o engrandecimento da Nação. 
 
2.3. PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO 
 
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 Amigos(as), saibam que o Código de Ética não se restringe a estabelecer 
a conduta que se esperada dos servidores públicos. Pois, aponta também 
deveres que serão observados com o propósito de que esses valores sejam 
alcançados. A seguir, sob a ótica do Código de Ética, veremos os deveres do 
servidor público. São deveres fundamentais do servidor público (item XIV): 
 
a) Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego 
público de que seja titular; 
 
b) Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento 
(lembram-se do princípio da eficiência?), pondo fim ou procurando 
prioritariamente resolver situações procrastinatórias (atrasadas, 
demoradas), principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie 
de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, 
com o fim de evitar dano moral ao usuário; 
 
c) Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu 
caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a 
melhor e a mais vantajosa para o bem comum; 
 
COMENTÁRIO: 
Quando estiver diante de duas opções, é dever do servidor escolher, 
sempre, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum. 
A escolha não será feita em função do interesse do governo. 
 
d) Jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da 
gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; 
 
e) Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o 
processo de comunicação e contato com o público; 
 
f) Ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que 
se materializam na adequada prestação dos serviços públicos; 
 
g) Ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a 
capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, 
sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, 
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, 
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; 
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h) Ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar 
contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o 
Poder Estatal; 
 
i) Resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de 
contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, 
benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais 
ou aéticas e denunciá-las; 
 
COMENTÁRIO: 
Não é dever do servidor abster-se de denunciar os superiores 
hierárquicos. 
 
j) Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da 
defesa da vida e da segurança coletiva; 
 
l) Ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência 
provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o 
sistema; 
 
m) Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou 
fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; 
 
n) Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os 
métodos mais adequados à sua organização e distribuição; 
 
o) Participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria 
do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem 
comum; 
 
p) Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da 
função; 
 
q) Manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a 
legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; 
 
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r) Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções 
superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com 
critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem. 
 
s) Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito; 
 
t) Exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe 
sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos 
interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados 
administrativos; 
 
COMENTÁRIO: 
O servidor não pode utilizar-se, a todo tempo, das prerrogativas 
funcionais que lhe sejam atribuídas. 
 
u) Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade 
com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando 
as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; 
 
v) Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência 
deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. 
 
A seguir, reproduzo o quadro comparativo das infrações éticas com as 
infrações disciplinares da Lei nº 8.112/90. Essa tabela muito didática foi 
apresentadapor José Leovegildo Oliveira Morais, na obra Ética e Conflito 
de Interesses no Serviço Público, ESAF, 2009. Vejamos: 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DO 
SERVIDOR PÚBLICO CIVIL 
NORMA CORRELATA 
NA LEI Nº 8.112/90 
Deveres – item XIV Deveres – art. 116 
a) desempenhar, a tempo, as 
atribuições do cargo, função ou 
emprego público de que seja titular; 
I - exercer com zelo e dedicação as 
atribuições do cargo; 
b) exercer suas atribuições com 
rapidez, perfeição e rendimento, 
pondo fim ou procurando 
prioritariamente resolver situações 
V - atender com presteza: 
 a) ao público em geral, 
prestando as informações requeridas, 
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procrastinatórias, principalmente 
diante de filas ou de qualquer outra 
espécie de atraso na prestação dos 
serviços pelo setor em que exerça 
suas atribuições, com o fim de evitar 
dano moral ao usuário; 
ressalvadas as protegidas por sigilo; 
 b) à expedição de certidões 
requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
 c) às requisições para a defesa 
da Fazenda Pública. 
c) ser probo, reto, leal e justo, 
demonstrando toda a integridade do 
seu caráter, escolhendo sempre, 
quando estiver diante de duas opções, 
a melhor e a mais vantajosa para o 
bem comum; 
II - ser leal às instituições a que 
servir; 
 
d) jamais retardar qualquer prestação 
de contas, condição essencial da 
gestão dos bens, direitos e serviços 
da coletividade a seu cargo; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
 
e) tratar cuidadosamente os usuários 
dos serviços aperfeiçoando o processo 
de comunicação e contato com o 
público; 
XI - tratar com urbanidade as 
pessoas; 
f) ter consciência de que seu trabalho 
é regido por princípios éticos que se 
materializam na adequada prestação 
dos serviços públicos; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
 
g) ser cortês, ter urbanidade, 
disponibilidade e atenção, respeitando 
a capacidade e as limitações 
individuais de todos os usuários do 
serviço público, sem qualquer espécie 
de preconceito ou distinção de raça, 
sexo, nacionalidade, cor, idade, 
religião, cunho político e posição 
social, abstendo-se, dessa forma, de 
causar-lhes dano moral; 
XI - tratar com urbanidade as 
pessoas; 
h) ter respeito à hierarquia, porém 
sem nenhum temor de representar 
contra qualquer comprometimento 
indevido da estrutura em que se 
funda o Poder Estatal; 
VI - levar ao conhecimento da 
autoridade superior as irregularidades 
de que tiver ciência em razão do 
cargo; 
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i) resistir a todas as pressões de 
superiores hierárquicos, de 
contratantes, interessados e outros 
que visem obter quaisquer favores, 
benesses ou vantagens indevidas em 
decorrência de ações imorais, ilegais 
ou aéticas e denunciá-las; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
 
j) zelar, no exercício do direito de 
greve, pelas exigências específicas da 
defesa da vida e da segurança 
coletiva; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
 
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, 
na certeza de que sua ausência 
provoca danos ao trabalho ordenado, 
refletindo negativamente em todo o 
sistema; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
 
m) comunicar imediatamente a seus 
superiores todo e qualquer ato ou fato 
contrário ao interesse público, 
exigindo as providências cabíveis; 
VI - levar ao conhecimento da 
autoridade superior as irregularidades 
de que tiver ciência em razão do 
cargo; 
n) manter limpo e em perfeita ordem 
o local de trabalho, seguindo os 
métodos mais adequados à sua 
organização e distribuição; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
 
o) participar dos movimentos e 
estudos que se relacionem com a 
melhoria do exercício de suas 
funções, tendo por escopo a 
realização do bem comum; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
 
p) apresentar-se ao trabalho com 
vestimentas adequadas ao exercício 
da função; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
q) manter-se atualizado com as 
instruções, as normas de serviço e a 
legislação pertinentes ao órgão onde 
exerce suas funções; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
 
r) cumprir, de acordo com as normas 
do serviço e as instruções superiores, 
as tarefas de seu cargo ou função, 
tanto quanto possível, com critério, 
I - exercer com zelo e dedicação as 
atribuições do cargo; 
 
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segurança e rapidez, mantendo tudo 
sempre em boa ordem. 
s) facilitar a fiscalização de todos atos 
ou serviços por quem de direito; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
t) exercer com estrita moderação as 
prerrogativas funcionais que lhe 
sejam atribuídas, abstendo-se de 
fazê-lo contrariamente aos legítimos 
interesses dos usuários do serviço 
público e dos jurisdicionados 
administrativos; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
u) abster-se, de forma absoluta, de 
exercer sua função, poder ou 
autoridade com finalidade estranha ao 
interesse público, mesmo que 
observando as formalidades legais e 
não cometendo qualquer violação 
expressa à lei; 
II - ser leal às instituições a que 
servir; 
IX - manter conduta compatível com a 
moralidade administrativa; 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
IX - valer-se do cargo para lograr 
proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função 
pública; 
v) divulgar e informar a todos os 
integrantes da sua classe sobre a 
existência deste Código de Ética, 
estimulando o seu integral 
cumprimento. 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
 
(*) Toda conduta prevista no Código de Ética como um dever do servidor ou 
uma proibição de agir e para a qual não haja norma específica na Lei nº 
8.112/1990 constitui violação ao dever de “observar as normas legais e 
regulamentares”, estabelecido no inciso III do art. 116 dessa Lei. 
 
2.4. VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO 
 
 O Código de Ética cuida de comportamentos vedados, os quais, 
geralmente, correspondem as condutas que são qualificadas como crime 
contra a administração pública (que veremos na próxima aula), como atos de 
improbidade administrativa (aula 02) ou como infrações disciplinares (aula 
03). Assim, é vedado ao servidor público (item XV): 
 
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a) O uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e 
influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; 
 
COMENTÁRIO: 
Essa conduta pode configurar crime de corrupção passiva (Código Penal, 
art. 317). 
 
b) Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de 
cidadãos que deles dependam; 
 
COMENTÁRIO: 
Essa conduta pode resultar em ação indenizatória por danos morais. 
 
c) Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou 
infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
 
COMENTÁRIO: 
Essa conduta pode configurar crime de condescendência criminosa 
(Código Penal, art. 320). 
 
d) Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de 
direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; 
 
COMENTÁRIO: 
Essa conduta pode configurar crime de prevaricação (Código Penal, art. 
319). 
 
e) Deixar de utilizar os avançostécnicos e científicos ao seu alcance ou 
do seu conhecimento para atendimento do seu mister; 
 
f) Permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou 
interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os 
jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou 
inferiores; 
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COMENTÁRIO: 
Essa conduta, que viola o princípio da impessoalidade, pode configurar 
crime de prevaricação (Código Penal, art. 319). 
 
g) Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de 
ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de 
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento 
da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; 
 
COMENTÁRIO: 
Essa conduta pode configurar crime de corrupção passiva (Código Penal, 
art. 317). 
 
h) Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para 
providências; 
 
i) Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em 
serviços públicos; 
 
COMENTÁRIO: 
Essa conduta pode configurar ato de improbidade administrativa que 
atenta contra os princípios da administração pública. 
 
j) Desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
 
COMENTÁRIO: 
Essa conduta pode configurar ato de improbidade administrativa que 
importa enriquecimento ilícito, bem como infração disciplinar (Lei nº 
8.112/90, art. 117, XVI). 
 
l) Retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, 
qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; 
 
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COMENTÁRIO: 
Essa conduta pode configurar ato de improbidade administrativa que 
importa enriquecimento ilícito, bem como infração disciplinar (Lei nº 
8.112/90, art. 117, II). 
 
m) Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de 
seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de 
terceiros; 
 
COMENTÁRIO: 
• Essa conduta pode configurar ato de improbidade administrativa 
que atenta contra os princípios da administração pública. 
• Essa regra se aplica mesmo quando a informação afetar interesse 
do próprio servidor. 
 
o) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
 
p) Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a 
honestidade ou a dignidade da pessoa humana; 
 
q) Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
 
 Para facilitar o entendimento de vocês, novamente utilizo o quadro 
comparativo das infrações éticas com as infrações disciplinares da Lei nº 
8.112/90, do Professor José Leovegildo Oliveira Morais. Desta vez, a 
comparação se dá em relação às proibições previstas item XV do Código de 
Ética. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DO 
SERVIDOR PÚBLICO CIVIL 
NORMA CORRELATA 
NA LEI Nº 8.112/90 
Proibições – item XIV Deveres – art. 116 e 
Proibições – art. 117 
a) o uso do cargo ou função, 
facilidades, amizades, tempo, posição 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
IX - valer-se do cargo para lograr 
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e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para 
outrem; 
proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função 
pública; 
b) prejudicar deliberadamente a 
reputação de outros servidores ou de 
cidadãos que deles dependam; 
 
Art. 116. São deveres do servidor: 
IX - manter conduta compatível com a 
moralidade administrativa; 
Lei nº 8.429/92, Art. 11. Constitui ato 
de improbidade administrativa 
(...): 
I - praticar ato visando fim proibido 
em lei ou regulamento ou diverso 
daquele previsto, na regra de 
competência; 
c) ser, em função de seu espírito de 
solidariedade, conivente com erro ou 
infração a este Código de Ética ou ao 
Código de Ética de sua profissão; 
 
Se se tratar de superior hierárquico 
do infrator, poderá configurar o crime 
de condescendência criminosa, 
tipificado no art. 320 do Código Penal. 
Nesse caso, a pena administrativa é a 
de demissão, nos termos do art. 132, 
I, da Lei nº 8.112/90, por ser crime 
contra a Administração Pública. 
d) usar de artifícios para procrastinar 
ou dificultar o exercício regular de 
direito por qualquer pessoa, 
causando-lhe dano moral ou material; 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
IV - opor resistência injustificada ao 
andamento de documento e processo 
ou execução de serviço; 
e) deixar de utilizar os avanços 
técnicos e científicos ao seu alcance 
ou do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister; 
Art. 116. São deveres do servidor: 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; (*) 
f) permitir que perseguições, 
simpatias, antipatias, caprichos, 
paixões ou interesses de ordem 
pessoal interfiram no trato com o 
público, com os jurisdicionados 
administrativos ou com colegas 
hierarquicamente superiores ou 
inferiores; 
 
Violação do princípio da 
impessoalidade (CF, Art. 37, caput); 
Lei nº 8.429/92, art. 11, caput 
(imparcialidade), e incisos I e II: 
I - praticar ato visando fim proibido 
em lei ou regulamento ou diverso 
daquele previsto, na regra de 
competência; 
II - retardar ou deixar de praticar, 
indevidamente, ato de ofício; 
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g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir 
ou receber qualquer tipo de ajuda 
financeira, gratificação, prêmio, 
comissão, doação ou vantagem de 
qualquer espécie, para si, familiares 
ou qualquer pessoa, para o 
cumprimento da sua missão ou para 
influenciar outro servidor para o 
mesmo fim; 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
IX - valer-se do cargo para lograr 
proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função 
pública; 
 
h) alterar ou deturpar o teor de 
documentos que deva encaminhar 
para providências; 
Crime Contra a Administração Pública 
(Código Penal, Art. 229). Lei nº 
8.112/90, Art. 132, I. 
i) iludir ou tentar iludir qualquer 
pessoa que necessite do atendimento 
em serviços públicos; 
Improbidade Administrativa – violação 
do dever de honestidade. 
j) desviar servidor público para 
atendimento a interesse particular; 
 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
XVI - utilizar pessoal ou recursos 
materiais da repartição em serviços 
ou atividades particulares; 
l) retirar da repartição pública, sem 
estar legalmente autorizado, qualquer 
documento, livro ou bem pertencente 
ao patrimônio público; 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
II - retirar, sem prévia anuência da 
autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição; 
m) fazer uso de informações 
privilegiadas obtidas no âmbito 
interno de seu serviço, em benefício 
próprio, de parentes, de amigos ou de 
terceiros; 
Lei nº 8.429/92, Art. 11: 
VII - revelar ou permitir que chegue 
ao conhecimento de terceiro, antes da 
respectiva divulgação oficial, teor de 
medida política ou econômica capaz 
de afetar o preço de mercadoria, bem 
ou serviço. 
n) apresentar-se embriagado no 
serviço ou fora dele habitualmente; 
 
Se configurar conduta escandalosa na 
repartição, pode dar causa à 
demissão, nos termos do art. 132, V, 
da Lei nº 8.112/90. 
o) dar o seu concurso a qualquer 
instituição que atente contra a moral, 
a honestidade ou a dignidade da 
pessoa humana; 
Art. 116. São deveres do servidor: 
IX - manter conduta compatível com a 
moralidadeadministrativa; 
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p) exercer atividade profissional 
aética ou ligar o seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
Art. 116. São deveres do servidor: 
IX - manter conduta compatível com a 
moralidade administrativa; 
(*) Toda conduta prevista no Código de Ética como um dever do servidor ou 
uma proibição de agir e para a qual não haja norma específica na Lei nº 
8.112/1990 constitui violação ao dever de “observar as normas legais e 
regulamentares”, estabelecido no inciso III do art. 116 dessa Lei. 
 
2.5. COMISSÕES DE ÉTICA 
 
 De acordo com o item XVI do Código de Ética, em todos os órgãos e 
entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica 
e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça 
atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma 
Comissão de Ética. 
 
IMPORTANTE: 
Onde deve existir uma Comissão de Ética? 
• Em cada órgão ou entidade da APF direta e indireta; 
• Em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições 
delegadas pelo poder público. 
 
 Cada Comissão de Ética será encarregada de orientar e aconselhar 
sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o 
patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou 
de procedimento susceptível de censura. 
 À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da 
execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua 
conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para 
todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público (item 
XVIII do Código de Ética). 
 Segundo o art. 5º do Decreto nº 6.029/07, cada Comissão de Ética, será 
integrada por 3 membros titulares e 3 suplentes. Esses membros serão 
escolhidos entre servidores e empregados do quadro permanente do 
respectivo órgão ou entidade. Ademais, serão designados pelo dirigente máximo 
da respectiva entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes de 3 anos. 
 
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IMPORTANTE: 
COMISSÃO DE ÉTICA: 
• 3 titulares + 3 suplentes 
• Servidores/empregados do quadro permanente 
• Designação = dirigente máximo 
• Mandatos não coincidentes = 3 anos 
 
 Cada Comissão de Ética contará com uma Secretaria-Executiva, 
vinculada administrativamente à instância máxima da entidade ou órgão, para 
cumprir plano de trabalho por ela aprovado e prover o apoio técnico e 
material necessário ao cumprimento das suas atribuições (Decreto nº 
6.029/07, art. 7º, §1º). 
 As Secretarias-Executivas das Comissões de Ética serão chefiadas 
por servidor ou empregado do quadro permanente da entidade ou órgão, 
ocupante de cargo de direção compatível com sua estrutura, alocado sem 
aumento de despesas (Decreto nº 6.029/07, art. 7º, §2º). 
À Comissão de Ética compete (art. 7º do Decreto nº 6.029/07): 
I - atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no âmbito de 
seu respectivo órgão ou entidade; 
II - aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal, devendo: 
a) submeter à Comissão de Ética Pública (CEP) propostas para seu 
aperfeiçoamento; 
b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar 
sobre casos omissos; 
c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo 
com as normas éticas pertinentes; e 
d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou 
entidade a que estiver vinculada, o desenvolvimento de ações 
objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas 
de ética e disciplina; 
III - representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do Poder 
Executivo Federal; e 
IV - supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta 
Administração Federal e comunicar à Comissão de Ética Pública (CEP) 
situações que possam configurar descumprimento de suas normas. 
 
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É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública Federal, 
direta e indireta (Decreto nº 6.029/07, art. 6º): 
I - assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de Ética 
cumpram suas funções, inclusive para que do exercício das atribuições de seus 
integrantes não lhes resulte qualquer prejuízo ou dano; 
II - conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética conforme 
processo coordenado pela Comissão de Ética Pública. 
 
2.5.1. PROCESSO DE APURAÇÃO DE INFRAÇÕES ÉTICAS 
 
 O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao preceituado 
no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal será instaurado, de ofício ou em razão de denúncia fundamentada 
(art. 12 do Decreto nº 6.029/07). 
É importante destacar que o item XVII do Código de Ética, revogado 
pelo Decreto nº 6.029/07, exigia a identificação do denunciante. Logo não era 
possível a denúncia anônima. Todavia, à luz do Decreto, a identificação do autor da 
denúncia ou representação não é mais requisito necessário ao seu processamento. 
Portanto, como não há expressa vedação à aceitação de denúncia 
apócrifa, é possível que a Comissão de Ética, diante de uma denúncia anônima 
que esteja devidamente fundamentada, instaure de ofício o processo 
apuratório. 
 Assim, visando à apuração de infração ética imputada a agente público, 
órgão ou setor específico de ente estatal, qualquer cidadão, agente público, 
pessoa jurídica de direito privado, associação ou entidade de classe 
poderá provocar a atuação de Comissão de Ética (art. 11 do Decreto nº 
6.029/07). 
 
IMPORTANTE: 
Sujeitam-se ao Código de Ética: 
• Servidores do Poder Executivo Federal: SIM 
• Empregados e dirigentes de EP ou SEM da União: SIM 
• Militares: NÃO 
• Servidores dos Poderes Legislativo ou Judiciário: NÃO 
• Servidores dos Poderes Executivos Estaduais, Distritais ou 
Municipais: NÃO 
 
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Para os fins do Decreto nº 6.029/07, agente público é todo aquele que, 
por força de lei, contrato ou qualquer ato jurídico, preste serviços de 
natureza permanente, temporária, excepcional ou eventual, ainda que 
sem retribuição financeira, a órgão ou entidade da administração pública 
federal, direta e indireta (art. 11, parágrafo único). 
 A Comissão de Ética sempre respeitará as garantias do contraditório 
e da ampla defesa. Nesse sentido, o investigado poderá produzir prova 
documental necessária à sua defesa (art. 12, §1º). 
 Além disso, a Comissão de Ética deverá notificar o investigado para 
manifestar-se, por escrito, no prazo de 10 dias (art. 12). Se, após essa 
manifestação, novos elementos de prova forem juntados aos autos da 
investigação, o investigado será notificado para nova manifestação, no 
prazo de 10 dias (art. 12, §3º). 
Mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do 
procedimento investigatório, a pessoa investigada tem os seguintes direitos 
(art. 14): 
• Saber o que lhe está sendo imputado, 
• Conhecer o teor da acusação, 
• Ter vista dos autos, no recinto das Comissões de Ética, 
• Obter cópia dos autos e de certidão do seu teor. 
 
A Comissão de Ética poderá requisitar os documentos que entenderem 
necessários à instrução probatória e, também, promover diligências e solicitar 
parecer de especialista (art. 12, §2º). Os órgãos e entidades da Administração 
Pública Federal darão tratamento prioritário às solicitações de documentosnecessários à instrução dos procedimentos de investigação instaurados pelas 
Comissões de Ética (art. 20). As autoridades competentes não poderão 
alegar sigilo para deixar de prestar informação solicitada pelas Comissões de 
Ética (art. 20, §2º). 
Ressalta-se que esses trabalhos serão desenvolvidos com celeridade e 
observância dos seguintes princípios (art. 10): 
I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; 
II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob 
reserva, se este assim o desejar (Notem que não será sempre); e 
III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração 
dos fatos. 
 O Decreto dispõe ainda que os trabalhos na Comissão de Ética são 
considerados relevantes e têm prioridade sobre as atribuições próprias dos 
cargos dos seus membros, quando estes não atuarem com exclusividade na 
Comissão (art. 19). 
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 Até que esteja concluído, qualquer procedimento instaurado para 
apuração de prática em desrespeito às normas éticas será mantido com a 
chancela (marca, identificação) de “reservado” (art. 13). Assim 
permanecerão até a conclusão da investigação e a deliberação da Comissão de 
Ética (art. 13, §1º). 
 É possível que nesses autos exista documento protegido por sigilo 
legal. Nesse caso, o acesso a esse tipo de documento somente será 
permitido a quem detiver igual direito perante o órgão ou entidade 
originariamente encarregado da sua guarda (art. 13, §2º). 
 Depois de concluído o processo de investigação, a Comissão de Ética 
tomará as medidas necessárias para que esses documentos sigilosos sejam 
desentranhados (separados) dos autos, lacrados e acautelados. Tal 
procedimento visa a resguardar o sigilo dos documentos (art. 13, §3º). Pois, 
como vimos, após a conclusão do processo de apuração, os autos perdem a 
classificação de reservados. 
Concluída a instrução processual, a Comissão de Ética proferirá decisão 
conclusiva e fundamentada (art. 12, §4º). Se a conclusão for pela existência 
de falta ética, a Comissão de Ética tomará as seguintes providências, no que 
couber (art. 12, §5º): 
• Encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de 
confiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão 
de origem, conforme o caso; 
• Encaminhamento, conforme o caso, para a CGU ou unidade 
específica do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal, para 
exame de eventuais transgressões disciplinares; e 
• Recomendação de abertura de procedimento administrativo, se a 
gravidade da conduta assim o exigir. 
• Fornecimento, aos organismos encarregados da execução do quadro de 
carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o 
efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais 
procedimentos próprios da carreira do servidor público (Decreto nº 
1.171/94, item XVIII). 
 
 Ademais, sempre que constatar a possível ocorrência de ilícitos 
penais, civis, de improbidade administrativa ou de infração disciplinar, 
a Comissão de Ética encaminhará cópia dos autos às autoridades 
competentes para apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas de sua 
competência (art. 17). 
 A Comissão de Ética não poderá deixar de proferir decisão sobre 
matéria de sua competência alegando omissão do Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
 A omissão eventualmente existente será suprida pela analogia 
(utilização de disposições aplicáveis a casos semelhantes) e invocação aos 
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princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
(LIMPE) (art. 16). 
 E, se houver dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética 
competente deverá ouvir previamente a área jurídica do órgão ou 
entidade (art. 16, §1º). 
 As decisões da Comissão de Ética serão resumidas em ementa 
(sumário, sinopse) e, com a omissão dos nomes dos investigados, 
divulgadas no sítio do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão de 
Ética Pública (art. 18). 
 Nos termos do item XXII do Código de Ética, a pena aplicável ao 
servidor público pela Comissão de Ética é a de censura. A fundamentação 
constará do respectivo parecer, assinado por todos os integrantes da Comissão 
de Ética, com ciência do faltoso. 
 
IMPORTANTE: 
• A censura é única pena que pode ser aplicada pela Comissão 
de Ética. 
• As penalidades previstas no art. 127 da Lei nº 8.112/90 não 
podem ser aplicadas pela Comissão de Ética. 
• Da decisão da comissão de ética deve constar: 
 a fundamentação da pena aplicada; 
 a assinatura de todos os integrantes da Comissão de 
Ética; 
 a ciência do faltoso. 
 
3. SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL 
 
O Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal foi 
instituído pelo Decreto nº 6.029/07. Esse Sistema foi criado com a finalidade 
de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito 
do Executivo Federal (art. 1º). 
 
IMPORTANTE: 
O Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal foi criado com 
a finalidade de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética 
no âmbito do Executivo Federal. 
 
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Compete ao SGEPEF: 
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética 
pública; 
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a 
transparência e o acesso à informação como instrumentos fundamentais 
para o exercício de gestão da ética pública; 
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e 
interação de normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética 
pública; 
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de 
incentivo e incremento ao desempenho institucional na gestão da ética 
pública do Estado brasileiro. 
Integram o SGEPEF (art. 2º): 
• Comissão de Ética Pública - CEP, 
• Comissões de Ética do Decreto no 1.171/94; e 
• Demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos 
do Poder Executivo Federal. 
 
 
SGEPEF 
CEP 
Comissões de Ética (Decreto no 1.171/94) 
Comissões de Ética (entidades e órgãos do PEF) 
 
A CEP será integrada por 7 brasileiros (natos ou naturalizados) que 
preencham os requisitos de idoneidade moral, reputação ilibada e notória 
experiência em administração pública. Os membros da CEP serão designados 
pelo Presidente da República, para mandatos de 3 anos, não coincidentes, 
permitida uma única recondução. 
Além disso, a CEP contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à 
Casa Civil da Presidência da República. À Secretaria-Executiva da CEP competirá 
prestar o apoio técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão. 
 
IMPORTANTE: 
 CEP: 
• 7 brasileiros 
• Idoneidade moral + reputação ilibada + notória experiência em 
administração pública 
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• Designação = Pres.Rep. 
• Mandatos não coincidentes = 3 anos 
• Permitida uma única recondução 
 
IMPORTANTE: Comissões de Ética 
(Decreto no 1.171/94) 
CEP 
Membros 3 titulares + 3 suplentes 7 brasileiros 
 
Requisitos 
Servidores e empregados 
do quadro permanente 
Idoneidade moral, reputação 
ilibada e notória experiência 
em administração pública. 
Designação Dirigente máximo Presidente da República 
Mandato 3 anos, não coincidentes 3 anos, não coincidentes 
Recondução Não Sim (única) 
 
Acerca da CEP,o Decreto nº 6.029/07 estabelece as seguintes regras: 
• A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração para 
seus membros. 
• Os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de 
relevante serviço público. 
• O Presidente terá o voto de qualidade nas deliberações da Comissão. 
• Os mandatos dos primeiros membros serão de 1, 2 e 3 anos, 
estabelecidos no decreto de designação. Tal medida permite que os 
demais mandatos não coincidam. 
 
 São competências da CEP (art. 4º): 
I - atuar como instância consultiva do Presidente da República e 
Ministros de Estado em matéria de ética pública; 
II - administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração 
Federal, devendo: 
a) submeter ao Presidente da República medidas para seu 
aprimoramento; 
b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, 
deliberando sobre casos omissos; 
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c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com 
as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele 
submetidas; 
III - dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal; 
IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética 
Pública do Poder Executivo Federal; 
V - aprovar o seu regimento interno; e 
VI - escolher o seu Presidente. 
 
 O parágrafo único do art. 15 do Decreto nº 6.029/07, prevê mais uma 
competência da CEP. Pois, a posse em cargo ou função pública de autoridade 
submetida às normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal 
deve ser precedida de consulta à CEP acerca de situação que possa suscitar 
conflito de interesses. 
 Também são competências da CEP: 
• Apurar infração de natureza ética cometida por membros de Comissão de 
Ética (art. 21). 
• Manter banco de dados de sanções aplicadas pelas Comissões de 
Ética e de suas próprias sanções, para fins de consulta pelos órgãos ou 
entidades da administração pública federal, em casos de nomeação para 
cargo em comissão ou de alta relevância pública. Esse banco de dados 
engloba as sanções aplicadas a qualquer dos agentes públicos (art. 22). 
 
O art. 9º do Decreto nº 6.029/07, constitui a Rede de Ética do Poder 
Executivo Federal. A Rede de Ética tem o objetivo de promover a 
cooperação técnica e a avaliação em gestão da ética. 
 Composição da Rede de Ética: 
• Representantes da CEP 
• Representantes das Comissões de Ética (Dec. nº 1.171/94) 
• Representantes das Comissões de Ética (entidades e órgãos do PEF) 
 
Os integrantes da Rede de Ética se reunirão sob a coordenação da 
Comissão de Ética Pública, pelo menos uma vez por ano, em fórum 
específico, para avaliar o programa e as ações para a promoção da ética 
na administração pública. 
 
 
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Rede 
de 
Ética 
Representantes da CEP 
Representantes das Comissões de Ética (Decreto no 
1.171/94) 
Representantes das Comissões de Ética (entidades e órgãos 
do PEF) 
 
Os trabalhos da CEP também serão desenvolvidos com celeridade e 
observância dos seguintes princípios (art. 10): 
I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; 
II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob 
reserva, se este assim o desejar (Notem que não será sempre); e 
III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração 
dos fatos. 
 
 Visando à apuração de infração ética imputada a agente público, órgão 
ou setor específico de ente estatal, qualquer cidadão, agente público, 
pessoa jurídica de direito privado, associação ou entidade de classe 
poderá provocar a atuação de CEP (art. 11 do Decreto nº 6.029/07). 
 
IMPORTANTE: 
Quem poderá provocar a atuação da CEP? 
• Cidadão, 
• Agente público, 
• PJ de direito privado 
• Associação 
• Entidade de classe 
A quem poderá ser imputada a infração ética? 
• Agente público 
• Órgão 
• Setor específico de ente estatal 
 
4. CONFLITO DE INTERESSES 
 
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 O Conflito de interesses abarca situações relacionadas com a influência 
de interesses privados sobre o comportamento funcional do servidor público. A 
fim de orientar as autoridades submetidas ao Código da Conduta da Alta 
Administração para que identifiquem situações que possam fazer nascer 
conflitos de interesses, a Comissão de Ética Pública da Presidência da 
República editou a Resolução Interpretativa nº 8, de 25/09/2003. 
De acordo com a referida Resolução: 
 Causa conflito de interesses o exercício de atividade que: 
a) em razão da sua natureza, seja incompatível com as atribuições do 
cargo ou função pública da autoridade, como tal considerada, inclusive, a 
atividade desenvolvida em áreas ou matérias afins à competência 
funcional; 
b) viole o princípio da integral dedicação pelo ocupante de cargo em 
comissão ou função de confiança, que exige a precedência das atribuições do 
cargo ou função pública sobre quaisquer outras atividades; 
c) implique a prestação de serviços a pessoa física ou jurídica ou a 
manutenção de vínculo de negócio com pessoa física ou jurídica que 
tenha interesse em decisão individual ou coletiva da autoridade; 
d) possa, pela sua natureza, implicar o uso de informação à qual a 
autoridade tenha acesso em razão do cargo e não seja de conhecimento 
público; 
e) possa transmitir à opinião pública dúvida a respeito da integridade, 
moralidade, clareza de posições e decoro da autoridade. 
 
IMPORTANTE: 
A ocorrência de conflito de interesses independe do recebimento de 
qualquer ganho ou retribuição pela autoridade. 
 
 A autoridade poderá prevenir a ocorrência de conflito de interesses 
ao adotar, conforme o caso, uma ou mais das seguintes providências: 
a) abrir mão da atividade ou licenciar-se do cargo, enquanto perdurar a 
situação passível de suscitar conflito de interesses; 
b) alienar bens e direitos que integram o seu patrimônio e cuja manutenção 
possa suscitar conflito de interesses; 
c) transferir a administração dos bens e direitos que possam suscitar 
conflito de interesses a instituição financeira ou a administradora de carteira de 
valores mobiliários autorizada a funcionar pelo Banco Central ou pela Comissão 
de Valores Mobiliários, conforme o caso, mediante instrumento contratual que 
contenha cláusula que vede a participação da autoridade em qualquer decisão 
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de investimento assim como o seu prévio conhecimento de decisões da 
instituição administradora quanto à gestão dos bens e direitos; 
d) na hipótese de conflito de interesses específico e transitório, 
comunicar sua ocorrência ao superior hierárquico ou aos demais 
membros de órgão colegiado de que faça parte a autoridade, em se tratando 
de decisão coletiva, abstendo-se de votar ou participar da discussão do 
assunto; 
e) divulgar publicamente sua agenda de compromissos, com 
identificação das atividades que não sejam decorrência do cargo ou função 
pública. 
 Em cada caso, a Comissão de Ética Pública deverá ser informada pela 
autoridade sobre as medidas adotadas para prevenir a ocorrência de conflito 
de interesses. Então, a CEP opinará sobre a suficiência da medida adotada. 
 
IMPORTANTE: 
A participação de autoridade em conselhos de administração e 
fiscal de empresa privada, da qual a União seja acionista, 
somente será permitidaquando resultar de indicação institucional 
da autoridade pública competente. Nestes casos, essa autoridade 
não poderá participar de deliberação que possa suscitar conflito de 
interesses com o Poder Público. 
 
IMPORTANTE: 
No trabalho voluntário em organizações do terceiro setor, sem 
finalidade de lucro, também deverá ser observado o disposto nesta 
Resolução. 
 
 Por fim, as consultas dirigidas à Comissão de Ética Pública deverão estar 
acompanhadas dos elementos referentes aos aspectos legais da 
situação exposta. 
 
 
 
 
 
 
 
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5. RESUMO 
1) 
IMPORTANTE: 
Sujeitam-se a esse Código: 
• Servidores do Poder Executivo Federal: SIM 
• Empregados e dirigentes de EP ou SEM da União: SIM 
• Militares: NÃO 
• Servidores dos Poderes Legislativo ou Judiciário: NÃO 
• Servidores dos Poderes Executivos Estaduais, Distritais ou 
Municipais: NÃO 
 
2) Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor 
público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato 
jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou 
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado 
direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as 
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer 
setor onde prevaleça o interesse do Estado (item XXIV). 
 
3) Todo ato de posse, investidura em função pública ou celebração de 
contrato de trabalho dos agentes públicos deverá ser acompanhado da 
prestação de compromisso solene de acatamento e observância das 
regras estabelecidas pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal. 
 
4) 
IMPORTANTE: 
II. O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua 
conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o 
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o 
inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, 
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4º, da Constituição 
Federal. 
 
Esse enunciado exprime que a finalidade do ato administrativo influencia a 
sua análise sob o aspecto da moralidade. 
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5) 
IMPORTANTE: 
III. A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção 
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é 
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, 
na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato 
administrativo. 
 
6) 
IMPORTANTE: 
VI. A função pública deve ser tida como exercício profissional e, 
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, 
os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada 
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
 
7) 
IMPORTANTE: 
VII. Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse 
superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em 
processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de 
qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia (não é 
requisito de validade; lembram-se da aula demonstrativa?) e moralidade, 
ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, 
imputável a quem a negar. 
Regra: publicidade 
Exceções: (1) segurança nacional, (2) investigações policiais e (3) interesse 
superior do Estado e da Administração Pública. 
 
8) 
IMPORTANTE: 
VIII. Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou 
falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa 
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer 
ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão, 
ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana 
quanto mais a de uma Nação. 
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9) 
IMPORTANTE: 
Onde deve existir uma Comissão de Ética? 
• Em cada órgão ou entidade da APF direta e indireta; 
• Em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições 
delegadas pelo poder público. 
 
10) 
IMPORTANTE: 
COMISSÃO DE ÉTICA: 
• 3 titulares + 3 suplentes 
• Servidores/empregados do quadro permanente 
• Designação = dirigente máximo 
• Mandatos não coincidentes = 3 anos 
 
11) À Comissão de Ética compete (art. 7º do Decreto nº 6.029/07): 
I - atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no âmbito de 
seu respectivo órgão ou entidade; 
II - aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal, devendo: 
a) submeter à Comissão de Ética Pública (CEP) propostas para seu 
aperfeiçoamento; 
b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar 
sobre casos omissos; 
c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo 
com as normas éticas pertinentes; e 
d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou 
entidade a que estiver vinculada, o desenvolvimento de ações 
objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas 
de ética e disciplina; 
III - representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do Poder 
Executivo Federal; e 
IV - supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta 
Administração Federal e comunicar à Comissão de Ética Pública (CEP) 
situações que possam configurar descumprimento de suas normas. 
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12) É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública Federal, 
direta e indireta (Decreto nº 6.029/07, art. 6º): 
I - assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de Ética 
cumpram suas funções, inclusive para que do exercício das atribuições de seus 
integrantes não lhes resulte qualquer prejuízo ou dano; 
II - conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética conforme 
processo coordenado pela Comissão de Ética Pública. 
 
13) O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao preceituado 
no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal será instaurado, de ofício ou em razão de denúncia fundamentada 
(art. 12 do Decreto nº 6.029/07). 
 
14) 
IMPORTANTE: 
Sujeitam-se ao Código de Ética: 
• Servidores do Poder Executivo Federal: SIM 
• Empregados e dirigentes de EP ou SEM da União: 
SIM 
• Militares: NÃO 
• Servidores dos Poderes Legislativo ou Judiciário: NÃO 
• Servidores dos Poderes Executivos Estaduais, Distritais 
ou Municipais: NÃO 
 
15) A Comissão de Ética sempre respeitará as garantias do contraditório e 
da ampla defesa. Nesse sentido, o investigado poderá produzir prova 
documental necessária à sua defesa (art. 12, §1º). 
 
16) Mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do 
procedimento investigatório, a pessoa investigada tem os seguintes direitos 
(art. 14): 
• Saber o que lhe está sendo imputado, 
• Conhecer o teor da acusação, 
• Ter vista dos autos, no recinto das Comissões de Ética, 
• Obter cópia dos autos e de certidão do seu teor. 
 
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17) Os trabalhos da Comissão de Ética serão desenvolvidos com celeridadee 
observância dos seguintes princípios (art. 10): 
I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; 
II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob 
reserva, se este assim o desejar (Notem que não será sempre); e 
III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração 
dos fatos. 
 
18) Concluída a instrução processual, a Comissão de Ética proferirá decisão 
conclusiva e fundamentada (art. 12, §4º). Se a conclusão for pela existência 
de falta ética, a Comissão de Ética tomará as seguintes providências, no que 
couber (art. 12, §5º): 
• Encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de 
confiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão 
de origem, conforme o caso; 
• Encaminhamento, conforme o caso, para a CGU ou unidade 
específica do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal, para 
exame de eventuais transgressões disciplinares; e 
• Recomendação de abertura de procedimento administrativo, se a 
gravidade da conduta assim o exigir. 
• Fornecimento, aos organismos encarregados da execução do quadro de 
carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o 
efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais 
procedimentos próprios da carreira do servidor público (Decreto nº 
1.171/94, item XVIII). 
 
19) Sempre que constatar a possível ocorrência de ilícitos penais, civis, de 
improbidade administrativa ou de infração disciplinar, a Comissão de 
Ética encaminhará cópia dos autos às autoridades competentes para 
apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas de sua competência (art. 
17). 
 
20) A Comissão de Ética não poderá deixar de proferir decisão sobre 
matéria de sua competência alegando omissão do Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
A omissão eventualmente existente será suprida pela analogia (utilização de 
disposições aplicáveis a casos semelhantes) e invocação aos princípios da 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (LIMPE) (art. 
16). 
 
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21) As decisões da Comissão de Ética serão resumidas em ementa (sumário, 
sinopse) e, com a omissão dos nomes dos investigados, divulgadas no 
sítio do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão de Ética Pública 
(art. 18). 
 
22) 
IMPORTANTE: 
• A censura é única pena que pode ser aplicada pela 
Comissão de Ética. 
• As penalidades previstas no art. 127 da Lei nº 
8.112/90 não podem ser aplicadas pela Comissão de 
Ética. 
• Da decisão da comissão de ética deve constar: 
 a fundamentação da pena aplicada; 
 a assinatura de todos os integrantes da Comissão 
de Ética; 
 a ciência do faltoso. 
 
23) 
IMPORTANTE: 
O Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo 
Federal foi criado com a finalidade de promover atividades 
que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do 
Executivo Federal. 
 
24) 
 
SGEPEF 
CEP 
Comissões de Ética (Decreto no 1.171/94) 
Comissões de Ética (entidades e órgãos do PEF) 
 
 
 
 
 
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25) 
IMPORTANTE: Comissões de Ética 
(Decreto no 1.171/94) 
CEP 
Membros 3 titulares + 3 suplentes 7 brasileiros 
 
Requisitos 
Servidores e empregados 
do quadro permanente 
Idoneidade moral, reputação 
ilibada e notória experiência 
em administração pública. 
Designação Dirigente máximo Presidente da República 
Mandato 3 anos, não coincidentes 3 anos, não coincidentes 
Recondução Não Sim (única) 
 
26) 
 
Rede 
de 
Ética 
Representantes da CEP 
Representantes das Comissões de Ética (Decreto no 
1.171/94) 
Representantes das Comissões de Ética (entidades e órgãos 
do PEF) 
 
27) 
IMPORTANTE: 
Quem poderá provocar a atuação da CEP? 
• Cidadão, 
• Agente público, 
• PJ de direito privado 
• Associação 
• Entidade de classe 
A quem poderá ser imputada a infração ética? 
• Agente público 
• Órgão 
• Setor específico de ente estatal 
 
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28) 
IMPORTANTE: 
A ocorrência de conflito de interesses independe do recebimento de 
qualquer ganho ou retribuição pela autoridade. 
 
29) 
IMPORTANTE: 
A participação de autoridade em conselhos de administração e 
fiscal de empresa privada, da qual a União seja acionista, 
somente será permitida quando resultar de indicação institucional 
da autoridade pública competente. Nestes casos, essa autoridade 
não poderá participar de deliberação que possa suscitar conflito de 
interesses com o Poder Público. 
 
30) 
IMPORTANTE: 
No trabalho voluntário em organizações do terceiro setor, sem 
finalidade de lucro, também deverá ser observado o disposto nesta 
Resolução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. EXERCÍCIOS 
 
6.1. DA ESAF 
 
421. (ATA/MF/2009) Conforme disciplinado pelo Decreto n. 1.171, de 22 de 
junho de 1994, são deveres fundamentais do servidor público federal, exceto: 
a) utilizar-se, a todo tempo, das prerrogativas funcionais que lhe sejam 
atribuídas. 
b) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da 
defesa da vida e da segurança coletiva. 
c) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento. 
d) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria 
do exercício de suas funções. 
e) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito. 
 
422. (Analista/ANA/2009) De acordo com o Decreto n. 1.171/1994 (Código 
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal), é 
vedado ao servidor público: 
I. aceitar ajuda financeira, para si ou para familiares, fornecida pela parte 
interessada, para fins de praticar ato regular e lícito, inserido em sua esfera de 
atribuições; 
II. fazer uso de informação privilegiada obtida no âmbito interno do seu 
serviço, salvo quando a informação afetar interesse do próprio servidor; 
III. utilizar, para fins particulares, os serviços de servidor público subordinado; 
IV. utilizar-se da influência do cargo para obter emprego para um parente 
próximo; 
V. procrastinar a decisão a ser proferida em processo de sua competência 
porque tem antipatia pela parte interessada. 
Estão corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, II, III e IV. 
c) apenas as afirmativas I, III, IV e V. 
d) apenas as afirmativas I, II, III e V. 
e) apenas as afirmativas III, IV e V. 
 
423. (Analista/ANA/2009) De acordo com o Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal: 
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I. a ética no serviço público exige do servidor uma conduta não apenas de 
acordo com a lei, mas, também, com os valores de justiça e honestidade; 
II. o servidor não pode omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da 
Administração; 
III. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia 
e moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer o sigilo; 
IV. as longas filas que se formam nas repartições públicas não podem ser 
qualificadas como causadoras de dano moral aos usuários dos serviços 
públicos porque não decorrem de culpa do servidor,mas sim da 
Administração; 
V. para consolidar a moralidade do ato administrativo é necessário que haja 
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade na conduta do servidor. 
Estão corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, II, III e V. 
c) apenas as afirmativas I, II, III e IV. 
d) apenas as afirmativas I, III, IV e V. 
e) apenas as afirmativas I, III e IV. 
 
424. (Processo Seletivo Simplificado/2008) De acordo com o Decreto nº 
1.171/1994 ( Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal ), são deveres éticos do servidor público: 
I. tratar cuidadosamente os usuários dos serviços públicos. 
II. ser assíduo e freqüente ao serviço. 
III. abster-se de exercer as prerrogativas da sua função com finalidade 
estranha ao interesse público. 
IV. abster-se de denunciar os superiores hierárquicos, em respeito ao princípio 
da hierarquia. 
V. apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da 
função. 
Está(ão) correta(s): 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, III e IV. 
c) apenas a afirmativas I, II, III e V. 
d) apenas as afirmativas I e III. 
e) apenas a afirmativa III. 
 
425. (Processo Seletivo Simplificado/2008) De acordo com o Decreto n. 
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1.171/1994 ( Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal ), é vedado ao servidor público: 
I. praticar agiotagem. 
II. retardar indevidamente decisão de sua competência porque o interessado é 
seu desafeto. 
III. valer-se do prestígio do cargo para obter emprego para um familiar. 
IV. deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance, ou do 
seu conhecimento, para atendimento do seu mister funcional. 
V. receber vantagem de qualquer espécie para a prática de ato da sua 
competência. 
Estão corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, II, III e V. 
c) apenas as afirmativas III e V. 
d) apenas as afirmativas II e V. 
e) apenas as afirmativas I e III. 
 
426. (AFT/2006) De acordo com o Decreto n. 1.171/1994 (Código de 
Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal), é vedado ao 
servidor público: 
I. determinar a um servidor que lhe é subordinado que vá ao banco pagar suas 
contas pessoais (contas do mandante). 
II. informar a um amigo sobre ato de caráter geral que está para ser 
publicado, cujo teor o beneficia (o amigo), mas que ainda é considerado 
assunto reservado no âmbito da Administração Pública. 
III. exercer atividade no setor privado. 
IV. ser membro de organização que defende a utilização de crianças como 
mão-de-obra barata. 
V. representar contra seus superiores hierárquicos. 
Estão corretas: 
a) apenas as afirmativas I, II e IV. 
b) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
c) apenas as afirmativas I e IV. 
d) apenas as afirmativas I, II, IV e V. 
e) apenas as afirmativas II e IV. 
 
427. (AFT/2006) Ética no Setor Público pode ser qualificada como: 
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I. agir de acordo com o que está estabelecido em lei e, também, com os 
valores de justiça e honestidade. 
II. responsabilidade do servidor público por aquilo que fez e, também, por 
aquilo que não fez mas que deveria ter feito. 
III. equilíbrio entre a legalidade e finalidade do ato administrativo, visando à 
consolidação da moralidade administrativa. 
IV. não omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da Administração. 
V. respeito ao cidadão, não protelando o reconhecimento dos seus direitos nem 
criando exigências além das estritamente necessárias. Estão corretas: 
a) apenas as afirmativas I e V. 
b) apenas as afirmativas I, III e V. 
c) apenas as afirmativas III e V. 
d) apenas as afirmativas II e V. 
e) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
 
428. (Analista/ANEEL/2006) De acordo com o Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, "a moralidade da 
Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo 
ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre 
a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor, é que poderá consolidar a 
moralidade do ato administrativo". 
Esse enunciado expressa: 
I. um valor ético destinado a orientar a prática dos atos administrativos. 
II. uma regra de conduta consubstanciada num dever. 
III. a impossibilidade de um ato administrativo, praticado de acordo com a lei, 
ser impugnado sob o aspecto da moralidade. 
IV. que a finalidade do ato administrativo influencia a sua análise sob o 
aspecto da moralidade. 
V. que todo ato legal é também moral. 
Estão corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, II, III e IV. 
c) apenas as afirmativas II, IV e V. 
d) apenas as afirmativas II, III e IV. 
e) apenas as afirmativas I e IV. 
 
429. (Analista/ANEEL/2006) De acordo com o Código de Ética Profissional 
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do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor 
público: 
I. ser sócio de empresa que explore atividade considerada ilegal ou imoral. 
II. sugerir ao usuário do serviço público que dê uma colaboração em dinheiro 
para as reuniões de confraternização da repartição. 
III. deixar de dar regular andamento a um processo administrativo porque o 
interessado é seu desafeto. 
IV. determinar a servidor subordinado que realize serviços do seu interesse 
particular (interesse do mandante). 
V. deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu 
conhecimento para atendimento do seu mister. 
Estão corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, II, III e IV. 
c) apenas as afirmativas II, III e IV. 
d) apenas as afirmativas II e IV. 
e) apenas as afirmativas III e IV. 
 
430. (Técnico/ANEEL/2006) Ética no setor público pode ser qualificada 
como: 
I. atuação de acordo com a confiança que a sociedade deposita nos agentes 
públicos. 
II. conjunto de valores e regras estabelecidos com a finalidade de orientar a 
conduta dos servidores públicos. 
III. observância de valores como honestidade, dignidade, integridade, cortesia 
e zelo, entre outros. 
IV. transparência dos atos praticados, de modo a proporcionar aos cidadãos o 
conhecimento das razões que levaram à adoção de decisão do interesse 
público, num sentido ou noutro. 
V. não revelar a verdade que contrarie os interesses do governo. Estão 
corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, II, III e IV. 
c) apenas as afirmativas II, III, IV e V. 
d) apenas as afirmativas II, III e IV. 
e) apenas as afirmativas IV e V. 
 
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431. (Técnico/ANEEL/2006) De acordo com o Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor 
público: 
I. retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, bem 
pertencente ao patrimônio público. 
II. efetuar determinado investimento que, em face de informação obtida em 
razão do cargo e ainda não divulgada publicamente, sabe que será altamente 
lucrativo. 
III. participar de organização que atente contra a dignidade da pessoa 
humana. 
IV. representar contra o seu superior hierárquico, perante a Comissão de Ética. 
V.

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