Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública Municipal Estigma, invisibilidade e seletividade penal Eduardo Pazinato da Cunha 1ª Edição Coordenação de Educação a Distância Faculdade de Direito de Santa Maria - FADISMA Copyright © 2020 - FADISMA - Todos os direitos reservados Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 1 ENTENDA OS ÍCONES Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Biografia: é um breve resumo biográfico acerca do autor. Interatividade: remete o tema para outras fontes: livros, filmes, músicas, sites, programas de tv, etc. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Nota explicativa: tem por objetivo explicar algo que foi mencionado no texto. Pense nisso: instiga para refletir sobre o assunto. Saiba mais: informações que enriquecem o assunto, podem ser curiosidades ou notícias relacionadas ao tema. Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 2 ESTIGMA, INVISIBILIDADE E SELETIVIDADE PENAL Para início de estudo O presente conteúdo abordará questões relacionadas às políticas públicas de segurança e justiça a partir da análise sobre o estigma, a invisibilidade e a seletividade penal e o impactos dessas questões no funcionamento dos órgãos, agências e instituições da segurança pública e justiça criminal. Especificamente, serão apresentadas algumas letras, músicas e testemunhos da potência do Hip Hop e do Slam (Batalha de Poesias e Ocupação de Espaços Públicos), com o objetivo de apresentar aos e às estudantes uma perspectiva social que tem ganhado relevância nos estudos sociológicos e de segurança pública, de modo a contribuir para uma visão crítica sobre o sistema penal brasileiro. Para tanto, o conteúdo desta apostila divide-se em dois pontos principais: 1. Noções gerais sobre estigma, invisibilidade e seletividade penal no sistema de justiça criminal brasileiro; 2. Letra, música e testemunho: a contribuição do Hip Hop e do Slam nas políticas públicas de segurança e justiça. 1. Noções gerais sobre estigma, invisibilidade e seletividade penal no sistema de justiça criminal brasileiro A seletividade penal diz respeito a quem o Estado acusa e condena, e, ainda, por qual razão determinados crimes são considerados mais graves e problemáticos que outros. O problema da seletividade penal, como afirma Jacqueline Sinhoretto (2014, p. 401), é "entender como e por Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 3 que o Estado privilegia a perseguição de certas condutas ou de certos grupos criminosos ou é tolerante com outras condutas e grupos sociais". A seletividade penal produz estigmas a determinados grupos sociais e indivíduos, que passam a ser considerados não integrantes legítimos de uma sociedade, desviantes. Estigma é um sinal ou marca que alguém possui, que recebe um significado depreciativo. No início era uma marca oficial gravada a fogo nas costas ou no rosto das pessoas. Entretanto, não se trata somente de atributos físicos, mas também de imagem social que se faz de alguém para inclusive poder-se controlá-lo e até mesmo de linguagem de relações, para empregar expressão de Erving Goffman, que compreende que o estigma gera profundo descrédito e pode também ser entendido como defeito, fraqueza e desvantagem. (BACILA, 2015, p. 30). Uma das formas de analisar a seletividade penal no caso brasileiro é a partir do seu sistema carcerário. Quem são as pessoas que ficam presas no Brasil? Quais delitos elas cometeram? Se analisarmos os números do sistema carcerário veremos de forma clara os estigmas, a invisibilidade e a seletividade penal no sistema de justiça criminal brasileiro. Há no Brasil atualmente, segundo dados do INFOPEN, sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro do Governo Federal, aproximadamente 750 mil presos e presas. Os crimes contra a patrimônio (como o roubo e furto, por exemplo) ocupam o primeiro lugar de maior incidência, seguido dos delitos da Lei de Drogas. Além disso, segundo estatísticas divulgados pelo INFOPEN em junho de 2017, a maior parte da população carcerária é composta por jovens. Entre estes, 29,9% possuem entre 18 a 24 anos, seguido de 24,1% entre 25 a 29 anos e 19,4% entre 35 a 45 anos. Somados o total de presos até 29 anos de idade totalizam 54% da população carcerária. Além de jovens, as pesquisas demonstram que há uma representação da população preta e parda no sistema prisional brasileiro. As estatísticas mostram que, 46,2% das NOTA EXPLICATIVA O banco de dados Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias – Infopen contém informações de todas as unidades prisionais brasileiras, incluindo dados de infraestrutura, seções internas, recursos humanos, capacidade, gestão, assistências, população prisional, perfil das pessoas presas, entre outros. Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 4 http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/relatorios-sinteticos/infopen-jun-2017-rev-12072019-0721.pdf pessoas privadas de liberdade no Brasil são de cor/etnia parda, seguido de 35,4% da população carcerária de cor/etnia branca e 17,3% de cor/etnia preta. Somados, pessoas presas de cor/etnia pretas e pardas totalizam 63,6% da população carcerária nacional. Mais surpreendentes se tornam os números quando sabemos que somados, o total de pardos e pretos representam 55,4% da população brasileira. Figura 1 - Etnia/Cor das pessoas privadas de liberdades e da população total. Fonte: Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias - Infopen, Junho de 2017 e PNAD Contínua 2017. Assim, é possível afirmar que majoritariamente estão presos e presas no país jovens, pretos ou pardos, que cometeram crimes contra o patrimônio ou delitos relacionados à lei de drogas. Uma outra forma de analisar a seletividade penal é a partir da seletividade da letalidade policial. Trata-se de um assunto que precisa ser discutido na sociedade brasileira e pelos agentes de segurança pública com maior atenção. Um estudo realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao analisar 7.952 registros de intervenções policiaisde todos os estados federados, com exceção da Bahia, identificou o perfil das vítimas dessas mortes e, concluíram que, é possível evidenciar a seletividade da letalidade policial em relação a determinados grupos. No que diz respeito ao sexo, homens representam 99,26% das vítimas da letalidade policial em relação às mulheres. Salta GLOSSÁRIO Letalidade policial: mortes resultantes de ações policiais. Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 5 http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Anuario-2019-FINAL-v3.pdf http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Anuario-2019-FINAL-v3.pdf aos olhos também a seletividade racial, em que os negros são 75,4% dos mortos pela polícia. O perfil também evidencia que pessoas jovens, pessoas com baixa escolaridade e que vivem em território de baixa renda compreendem a grande parcela das vítimas da letalidade policial. Dessa forma, é preciso que os profissionais da segurança pública, especialmente os da segurança pública municipal, possam estabelecer outros mecanismos para estabelecer um diálogo com a população, sobretudo jovens, com o objetivo de atraí-los para projetos de prevenção social e inclusão social. 2. Letra, música e testemunho: a contribuição do Hip Hop e do Slam nas políticas públicas de segurança e justiça Considerando a existência de um sistema de justiça criminal seletivo na sociedade brasileira, as políticas públicas de segurança e justiça precisam ser pensadas para auxiliar no combate às discriminações e desigualdades sociais. Neste tópico, ressaltamos a contribuição do Hip Hop e do Slam nas políticas públicas de segurança e justiça, as quais problematizam a seletividade penal, a estigmatização e a vitimização das juventudes pobres e negras das periferias do Brasil e da América Latina. O hip-hop é um fenômeno cultural que engloba estéticas artísticas, como o break ou street dance (dança de rua), o grafite (pintura aerográfica), o DJ (como produção musical) e o rap (como a combinação de ritmo e poesia cantada). De fato, cabe ressaltar que essas diferentes manifestações estéticas foram difundidas de modo heterogêneo, e o rap foi o mais difundido como cultura popular de uma juventude globalizada. O hip-hop, desde sua origem, tem sido associado a uma arte voltada para segmentos excluídos no espaço urbano, como jovens imigrantes, negros, mulheres, entre outros. (TAVARES, 2010, p.310. Grifos nossos). Já o Slam surge na contemporaneidade como um novo fenômeno de poesia oral e performática, a partir de batalhas de poesias, especialmente em espaços públicos, que dão Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 6 vozes a poetas das periferias, os quais relatam seu cotidiano e temas de relevante valor social como a violência, por exemplo. (NEVES, 2017). Tanto o Hip Hop, como o Slam, podem ser considerados elementos culturais extremamente ricos para o enfrentamento da criminalidade. O espaço de reconhecimento social de jovens é muito importante para uma cultura de paz e para a promoção de uma política de segurança cidadã. Um exemplo empírico de como o Hip Hop pode atuar no combate às mais diversas violências e criminalidade é a atuação da Associação da Cultura Hip Hop de Esteio (ACHE), fundada em 2016 no município de Esteio, no Rio Grande do Sul. A Associação, sem fins lucrativos, atua nos campos da educação, da cultura e das juventudes a partir da perspectiva dos Direitos Humanos, oferecendo gratuitamente oficinas de dança, teatro, cinema, grafite e DJ, além de outras atividades e serviços. A partir desse processo de mobilização de jovens nas periferias e favelas das mais diversas regiões do país, alternativas são vislumbradas como respostas civis à violência. Os grupos discutem e debatem os sofrimentos e as situações vivenciadas no cotidiano e buscam produzir: imagens alternativas aos estereótipos da criminalidade associados a esse segmento da sociedade e “disputam” os jovens dessas áreas com o tráfico de drogas, exercendo uma sedução ligada ao glamour da arte, à visibilidade e ao sucesso. (RAMOS, 2007, p. 77). Tratam-se de alternativas que, somadas aos demais esforços que devem surgir das políticas de segurança pública (em âmbito nacional, estadual e municipal), podem contribuir de forma expressiva tanto no combate à criminalidade, como no sentido de “dar voz” cada vez mais ao debate da seletividade penal no Brasil. Vejamos, a seguir, alguns trechos de letras de músicas de artistas que nos fazem refletir sobre as mais diversas situações de violência, entre eles: Racionais MC, Criolo e INTERATIVIDADE "Slam-Voz de Levante" é um documentário que, segundo a sinopse, “testemunha o crescimento da cena brasileira desde 2008, inaugurada pela poeta e MC Roberta Estrela D’Alva, que nos leva em viagem às origens, nos EUA, e acompanha a campeã brasileira de 2016, Luz Ribeiro, até a Copa do Mundo de Slam em Paris, representando uma nova onda feminista e negra que tem se firmado pela virulência poética do verbo politizado”. Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 7 https://www.facebook.com/cchesteio/ Emicida. Diário de Um Detento Racionais MC's “São Paulo, dia 1º de Outubro de 1992, oito horas da manhã Aqui estou, mais um dia Sob o olhar sanguinário do vigia Você não sabe como é caminhar com a cabeça na mira de uma HK Metralhadora alemã ou de Israel Estraçalha ladrão que nem papel Na muralha, em pé, mais um cidadão José Servindo o Estado, um PM bom Passa fome, metido a Charles Bronson Ele sabe o que eu desejo Sabe o que eu penso O dia tá chuvoso, o clima tá tenso Vários tentaram fugir, eu também quero Mas de um a cem, a minha chance é zero Será que Deus ouviu minha oração? Será que o juiz aceitou a apelação? Mando um recado lá pro meu irmão Se tiver usando droga, tá ruim na minha mão Ele ainda tá com aquela mina Pode crer, moleque é gente fina Tirei um dia a menos ou um dia a mais, sei lá Tanto faz, os dias são iguais Acendo um cigarro, e vejo o dia passar Mato o tempo pra ele não me matar Homem é homem, mulher é mulher Estuprador é diferente, né? Toma soco toda hora, ajoelha e beija os pés E sangra até morrer na rua 10 Cada detento uma mãe, uma crença Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 8 https://www.letras.mus.br/racionais-mcs/ Cada crime uma sentença Cada sentença um motivo, uma história delágrima Sangue, vidas e glórias, abandono, miséria, ódio Sofrimento, desprezo, desilusão, ação do tempo Misture bem essa química Pronto, eis um novo detento (...) Ratatatá, mais um metrô vai passar Com gente de bem, apressada, católica Lendo jornal, satisfeita, hipócrita Com raiva por dentro, a caminho do centro Olhando pra cá, curiosos, é lógico Não, não é não, não é o zoológico Minha vida não tem tanto valor Quanto seu celular, seu computador Hoje tá difícil, não saiu o Sol Hoje não tem visita, não tem futebol Alguns companheiros têm a mente mais fraca Não suportam o tédio, arruma quiaca Graças a Deus e à Virgem Maria Faltam só um ano, três meses e uns dias Tem uma cela lá em cima fechada Desde Terça-feira ninguém abre pra nada Só o cheiro de morte e Pinho Sol Um preso se enforcou com o lençol (...)” Cria de Favela Criolo “Oh laraie Tava escutando Fela Da boca da minha janela Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 9 https://www.letras.mus.br/criolo/ Suco de seriguela Azedo não vai ficar Moleque da biqueira Que tava no corre corre Quando escuta reggae e Bob Biqueira não vai voltar Oh laraie Menino você não pode voltar Porque a biqueira não é seu lugar Quem vai lucrar com essa patifaria É gente da alta na papelaria Delação premiada jogo de poder E se for pra rua tentam me deter Mozinho tá longe Eu vivo a sofrer Criado em favela é melhor não mexer Oh laraie Menino você não pode voltar Porque a biqueira não é seu lugar Quem vai lucrar com essa patifaria É gente da alta na papelaria Delação premiada jogo de poder E se for pra rua tentam me deter Mozinho tá longe Eu vivo a sofrer Me aposentar só depois de morrer Oh laraie” A Cada Vento Emicida “Hoje de manhã, atravessando o mar Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 10 https://www.letras.mus.br/emicida/ Vou me perder, vou me encontrar, a cada vento que soprar Cada dia é uma chance pra ser melhor que ontem O sol prova isso quando cruza o horizonte Vira fonte que aquece, ilumina Faz igualzinho o olhar da minha menina Outra vez, a esperança na mochila eu ponho Quanto tempo a gente ainda tem pra realizar o nosso sonho? Não posso me perder não Vários trocou sorriso por dim, hoje tão vagando nas multidão Sem rosto, na boca o gosto da frustração To disposto a trazer a cor dessa ilustração No meu posto, dedico o tempo por fração Pra no fim não levar comigo interrogação Ação sem câmera, só luz pra conduzir Sinceridade pra sentir a alma reluzir Os inimigo não vai me alcançar, não vai me pegar, não vai me tocar Nem me ofender, eles não podem me enxergar, quem dirá me entender Eu sei que cada orixá vai me proteger Pq minhas rima são, oração de coração Homenagem a quem volta cansado dentro dos busão Então, sucesso na missão parceiro É ter paz quando pôr a cabeça no travesseiro Conseguir manter quem te faz bem, perto Parabéns mamãe, seu projeto de homem feliz deu certo! (...)” Conclusão Refletir sobre a seletividade penal é pensar muito além dos códigos, das leis, das normas e resoluções. É refletir Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 11 sobre problemas sociais, econômicos e políticos que merecem destaque e atenção nos estudos de segurança pública. O presente conteúdo abordou questões relacionadas às políticas públicas de segurança e justiça a partir da análise sobre o estigma, a invisibilidade e a seletividade penal. Especificamente, trouxe o exemplo da arte da música e da poesia, como a potência do Hip Hop e do Slam, com o objetivo de demonstrar que existem diversas alternativas viáveis e importantes para auxiliar na promoção de direitos e no combate à violência e criminalidade no país. Para refletir Qual é a importância de fenômenos culturais, como a música, para a promoção de políticas de segurança pública no Brasil? Revisão de conceitos ➔ Estigma: sinal ou marca que alguém possui, que recebe um significado depreciativo. No início era uma marca oficial gravada a fogo nas costas ou no rosto das pessoas. Entretanto, não se trata somente de atributos físicos, mas também de imagem social que se faz de alguém para inclusive poder-se controlá-lo e até mesmo de linguagem de relações, para empregar expressão de Erving Goffman, que compreende que o estigma gera profundo descrédito e pode também ser entendido como defeito, fraqueza e desvantagem. (BACILA, 2015). ➔ Seletividade penal: diz respeito a quem o Estado acusa e condena, e, ainda, por qual razão determinados crimes são considerados mais graves e problemáticos que outros. ➔ Hip-Hop: fenômeno cultural que engloba estéticas artísticas, como o break ou street dance (dança de rua), o grafite (pintura aerográfica), o DJ (como Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 12 produção musical) e o rap (como a combinação de ritmo e poesia cantada). (TAVARES, 2010). ➔ Slam: novo fenômeno contemporâneo de poesia oral e performática, a partir de batalhas de poesias, especialmente em espaços públicos. (NEVES, 2017). Para complementar os estudos Dica de documentário: "Slam - Voz de Levante", de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D'Alva. ➔ Sinopse: “Platéia, poetas, poemas próprios e jogo de cintura: essa é a fórmula dos Poetry Slams, campeonatos performáticos de poesia falada que vem se espalhando pelo mundo. O filme testemunha o crescimento da cena brasileira desde 2008, inaugurada pela poeta e MC Roberta Estrela D’Alva, que nos leva em viagem às origens, nos EUA, e acompanha a campeã brasileira de 2016, Luz Ribeiro, até a Copa do Mundo de Slam em Paris, representando uma nova onda feminista e negra que tem se firmado pela virulência poética do verbo politizado”. Dica de filme: "A 13ª Emenda" (Netflix), de Ava DuVernay. ➔ Descrição: Estudiosos, ativistas e políticos analisam a correlação entre a criminalização da população negra dos EUA e o boom do sistema prisional do país, a partir da 13ª Emenda: “"Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito à sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado". Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 13 Referências bibliográficas BACILA, Carlos Roberto. Criminologia e estigmas: um estudo sobre os preconceitos. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2015. FBSP - Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019. Disponível em: http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019 /09/Anuario-2019-FINAL-v3.pdf. NEVES, Cynthia Agra de Brito. Slams - Letramentos literários de reexistência ao/no mundo contemporâneo. In: Linha D'Água (Online), São Paulo, v. 30, n. 2, p. 92-112, out. 2017. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/134615/1 35272. RAMOS, Silvia. Direito à segurança, um desafio parao Brasil. In: Instituto de Estudos Socioeconomicos - Pensando uma agenda para o Brasil: desafios e perspectivas. Brasília: Inesc, 2007, pp. 68-85. Disponível em: https://www.ucamcesec.com.br/textodownload/direito-a-seg uranca-uma-agenda-para-o-brasil/. SINHORETTO, Jacqueline. Seletividade penal e acesso à justiça. In: LIMA, Renato Sérgio de; RATTON, José Luiz; AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de (orgs). Crime, polícia e Justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014. TAVARES, Breitner. Geração hip-hop e a construção do imaginário na periferia do Distrito Federal. In: Revista Sociedade e Estado - Volume 25 Número 2 Maio / Agosto, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010 2-69922010000200008. Versão 1.0 - Atualizada em 15 de maio de 2020 14 http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Anuario-2019-FINAL-v3.pdf http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Anuario-2019-FINAL-v3.pdf http://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/134615/135272 http://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/134615/135272 https://www.ucamcesec.com.br/textodownload/direito-a-seguranca-uma-agenda-para-o-brasil/ https://www.ucamcesec.com.br/textodownload/direito-a-seguranca-uma-agenda-para-o-brasil/ https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922010000200008 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922010000200008
Compartilhar