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Memorex PCCE 04

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Memorex PC CE – Rodada 04 
 
 
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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
Você está tendo acesso agora à Rodada 04. As outras 02 rodadas serão 
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: 
 
Material Data 
Rodada 01 Disponível Imediatamente 
Rodada 02 Disponível Imediatamente 
Rodada 03 Disponível Imediatamente 
Rodada 04 Disponível Imediatamente 
Rodada 05 04/08 
Rodada 06 11/08 
 
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS 
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no 
resultado final. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÍNDICE 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................. 4 
INFORMÁTICA ...................................................................................... 13 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ................................................................. 17 
LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE .................................................... 25 
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................ 32 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................... 44 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................... 48 
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA...................................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
DICA 01 
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL 
As palavras "esta" e "essa" existem na língua portuguesa e estão corretas. 
São pronomes demonstrativos, sendo as formas femininas dos pronomes este e esse. 
Enquanto pronomes demonstrativos, situam alguém ou alguma coisa no tempo, no 
espaço e no discurso em relação às próprias pessoas do discurso: quem fala (este e 
esta) ou com quem se fala (esse e essa). 
Assim, embora parecidas, estas palavras são utilizadas em situações diferentes. 
O que as diferencia é uma questão referencial. 
DICA 02 
DIFERENCIAÇÃO NO ESPAÇO: 
Esta é usado quando o que está sendo demonstrado está perto da pessoa que fala. 
Essa é usado quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e 
perto da pessoa a quem se fala. 
DIFERENCIAÇÃO NO TEMPO: 
Essa é usado no tempo passado ou futuro em relação à pessoa que fala. 
Esta é usado no tempo presente em relação à pessoa que fala. 
DIFERENCIAÇÃO NO DISCURSO: 
Essa é usado para referir o que foi mencionado no discurso. 
Esta é usado para referir o que vai ser mencionado no discurso. 
DICA 03 
EXEMPLOS COM ESTA: 
Ex.: Esta boneca aqui é minha. (espaço) 
Ex.: Esta é a melhor fase da minha vida. (tempo) 
Ex.: Esta comparação que eu faço é por sua causa. (discurso) 
EXEMPLOS COM ESSA: 
Ex.: Essa boneca aí é sua. (espaço) 
Ex.: Essa foi a melhor fase da minha vida. (tempo) 
Ex.: Essa comparação foi incorreta. (discurso) 
DICA 04 
EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE 
CONECTORES E OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL. 
CONJUNÇÃO COMPARATIVA 
Toda as vezes que for estabelecida uma relação de comparação, TANTO FAZ USAR A 
CONJUNÇÃO ''QUE'' OU ''DO QUE''. 
O ''do'' é facultativo. 
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5 
Ex.: Eu comi mais do que você. (CERTO) 
Ex.2: Eu comi mais que você. (CERTO) 
DICA 05 
A EXPRESSÃO “ANTE A” ESTÁ ERRADA! 
"Ante" "a" trata-se de erro gramatical, pois são duas preposições. NUNCA SE PODE 
USAR DUAS PREPOSIÇÕES SEGUIDAS! 
DICA 06 
ONDE 
Ex.: o vocábulo “ONDE”, no trecho “o lugar onde nós vivemos juntos” pode ser 
substituído por “EM QUE”. 
ONDE X AONDE 
 ONDE: é utilizando nas hipóteses em que os verbos pedem a preposição “EM” 
Ex.: Onde ele mora? Ele mora em Natal. 
 AONDE: é utilizando nas hipóteses em que os verbos pedem a preposição “A” 
Ex.: Aonde você vai com tanta pressa? (Quem vai, vai a algum lugar) 
DICA 07 
EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS 
MODOS DO INDICATIVO: 
PRESENTE DO INDICATIVO: antes do verbo colocar HOJE. Ex.: (HOJE) Eu 
canto, sinto, sou (...) 
PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO: colocar ONTEM antes do verbo. Ex.: 
(ONTEM) Eu cantei. 
PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO: antes do verbo colocar 
ANTIGAMENTE. Palavras terminadas em (VA) e (IA); verbos terminados em 
(NHA) tinha ou vinha, por exemplo; ERA/ERAM. Ex.: (ANTIGAMENTE) Eu 
cantava. 
PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO INDICATIVO: verbos terminados em 
(RA). Ex.: Eu cantara. 
FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO: antes do verbo colocar AMANHÃ. 
Ex.: Ex.: (AMANHÃ) Eu cantarei. 
FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO: colocar ATÉ. Verbos terminados em 
(RIA) e (RIE). 
Ex.: 
(ATÉ) Eu cantaria - terminado com “RIA” 
 
 
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6 
VERBOS TÊM: 
 3 MODOS INDICATIVO (fato concreto, certo e real) Ex.: Ele chegou. 
 SUBJUNTIVO (fato duvidoso, incerto, hipotético) Ex.: Se eu fosse você. 
 IMPERATIVO (ordem, conselho, pedido) Ex.: Cale a boca! 
 
 3 TEMPOS PASSADO 
 PRESENTE 
 FUTURO 
 
 3 FORMAS NOMINAIS GERÚNDIO Ex.: O Atleta cruzou sorrindo a linha de 
chegada. 
 PARTICÍPIO Ex.: O senador tem um papel destacado aqui. 
 INFINITIVO Ex.: Fez-se noite em meu viver. 
 
DICA 08 
MODO INDICATIVO 
TEMPO CARGA SEMÂNTICA 
 
 
 
 
PRESENTE DO INDICATIVO 
É EMPREGADO: 
● Indicar fato que ocorre no momento 
da fala (presente momentâneo). 
Ex.: Eu estou aqui. 
● Indicar fato habitual (presente 
habitual). Ex.: Não bebo, mas fumo. 
● Expressar ações e estados 
permanentes, conceitos filosóficos, 
científicos ou religiosos (presente 
durativo). Ex.: O homem é mortal. 
● Narrar fato histórico, ideia que ele 
estivesse acontecendo no momento 
da fala. (presente histórico). Ex.: 
Napoleão invade e ataca a Rússia. 
 
 
PRETÉRITO PERFEITO DO 
INDICATIVO 
 
Fato concluído pontual (acontece uma 
vez só e acabou; INDICA UM FATO 
CONCLUÍDO NO PASSADO) 
Ex.: Saí ontem cedo. 
 
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO 
DO INDICATIVO 
Anterioridade em relação a outro fato, 
ação que ocorreu antes de outra ação 
já passada. 
Ex.: Quando cheguei, o trem já partira. 
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PRETÉRITO IMPERFEITO DO 
INDICATIVO 
 
Ação inacabada no passado: 
Emprega-se para apresentar fato como 
anterior ao momento atual, todavia não 
concluído no passado referido. 
 
(Ex. Eu lia o livro quando você chegou 
Estou lendo ainda) 
 
Ação continuidade no passado: 
Fatos que aconteciam frequentemente no 
passado. 
(Ex. Ela lia Machado de Assis na infância - 
Ela lia sempre) AÇÃO FREQUENTE NO 
PASSADO! 
 
Tempo indefinido (Ex. era uma vez... Ex. 
ela amava a vida) 
 
 
DICA 09 
MODO INDICATIVO 
TEMPO CARGA SEMÂNTICA 
 
 
FUTURO DO PRESENTE DO 
INDICATIVO 
Coisas que digo hoje com intenções 
futuras. 
PREVISIBILIDADE, FATOS 
CERTOS e PROVÁVEIS 
Ex.: Amanhã, sairei cedo. 
 
 
FUTURO DO PRETÉRITO DO 
INDICATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
Indica futuro dentro do passado, 
frequentemente o fato passado édependente do primeiro e inclui 
condição, Incerteza, DÚVIDA, 
hipótese em relação a um fato 
passado. Ex.: Eu chegaria se 
houvesse bom tempo. 
 
Isenção de responsabilidade 
autoral (toda isenção é hipótese) 
(ex. a mulher, que teria matado o 
marido, foi presa ontem) 🡪 discurso 
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FUTURO DO PRETÉRITO DO 
INDICATIVO 
 
polifônico. 
OBS.: nem toda hipótese vai gerar 
isenção. 
 
Possibilidade (possibilidade plausível 🡪 
dá uma olhada no argumento) 
 
 
Pode ser usado para indicar polidez 
ou Hipótese. Ex.: Ela me ajudaria 
com o dever? 
Ex.: Ela seria uma boa mãe, se 
tivesse filhos. 
 
DICA 10 
SUBJUNTIVO 
 
 
 
Presente do subjuntivo 
(Dica de Conjugação: “QUE”, 
“TALVEZ”) 
 
 
 
Indica uma ação subordinada a outra, e 
que se desenvolve no momento atual. 
Traduz DÚVIDA, POSSIBILIDADE, 
SUPOSIÇÃO. 
Indica, ainda, frases isoladas que 
manifestam desejos. 
 
Ex.: Espero que realize seu sonho. 
Ex.2: Talvez ele possa vir. 
 
 
 
Pretérito Imperfeito do 
Subjuntivo (OS verbos terminam 
em SSE) 
(Dica de Conjugação: “SE”) 
 
 
 
 
Ação passada, porém posterior, 
dependente de outra já passada. 
 
✓ DÚVIDA 
✓ POSSIBILIDADE 
✓ CONECTOR 
Ex.: Não foi possível impedir que o fogo 
chegasse à floresta. 
 
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Futuro do Subjuntivo (R) + 
conectivo 
(Dica de Conjugação: “SE” ou 
“QUANDO”) 
 
Ação futura dependente de outra 
também futura. 
 
✓ - DÚVIDA 
✓ POSSIBILIDADE 
✓ CONECTOR 
 
Ex.: Se for possível, iremos até lá. 
 
DICA 11 
Verbos no pretérito mais-que-perfeito do indicativo podem ser substituídos pela 
forma composta desse tempo verbal, que se constitui dos verbos auxiliares “ter” ou 
“haver” no pretérito imperfeito do indicativo: 
 “TINHA” OU “HAVIA” + PARTICÍPIO 
Ex.: INVERTERA = TINHA/HAVIA INVERTIDO 
DICA 12 
O tempo verbal que marca fato que ocorre repetidamente no passado e que se 
prolonga até o presente consiste no pretérito perfeito composto do indicativo. 
 PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO INDICATIVO = “TER” OU “HAVER” NO 
PRESENTE DO INDICATIVO + PARTICÍPIO 
Ex.: Tenho largado. 
DICA 13 
VOZ ATIVA X PASSIVA 
Da voz ativa para a passiva: altera o sentido, mas não altera gramaticalmente (vice e 
versa). 
Da voz passiva analítica para passiva sintética: não altera nem o sentindo e nem a 
gramática. 
DICA 14 
VOZES VERBAIS 
Relação existente entre o verbo e o seu sujeito. 
 
Para passar da VOZ ativa para VOZ passiva → tem que ter OD (VTD ou VTDI) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1) Voz Ativa 2) Voz Passiva 3) Voz Reflexiva 
 
 
O menino pulou o muro 
Sujeito VTD OD 
 
→Sujeito (menino) pratica 
a ação 
 
 
Voz passiva analítica: 
 
 
O muro foi pulado pelo 
menino. 
sujeito locução verbal 
 
→Sujeito (muro) sofreu 
ação 
 
Voz passiva sintética: 
 
Pulou-se o muro. 
PA Sujeito 
PA: Se “partícula 
apassivadora! 
→ (VTD ou VTDI) 
 
 
 
O menino se cortou. 
sujeito OD VTD 
pronome reflexivo 
 
→ O menino cortou a si 
mesmo. (pratica/sofre) 
 
Obs.: para ser voz reflexiva 
tem que ter pronome 
reflexivo. Todo pronome 
reflexivo tem função 
sintática de OD ou OI 
 
→(VTD/VTI/VTDI) 
 
 
Ela é linda. 
Suj. VL (verbo de ligação) 
 
 
 
Não dá para passar 
para voz passiva! 
 
 
 
O dólar caiu. 
Sujeito VI 
 
 
 
Não dá para passar 
para voz passiva! 
 
 
 
Gosto de você. 
(eu) VTI OI 
Suj. 
 
 
Não dá para passar 
para voz passiva! 
 
 
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OBS.: Observe-se que a voz passiva sintética é equivalente à voz passiva 
analítica. 
Ex.: Vendem-se carros <=> os carros são vendidos. 
”Carros” é o sujeito paciente. 
DICA 15 
CORRELAÇÃO VERBAL 
Futuro do Subjuntivo Futuro do Presente 
Ex.: Quando obtivermos apoio, abriremos a empresa. 
Ex.2: Quando tivermos obtido apoio, abriremos a empresa. 
Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Pretérito 
Ex.: Se obtivéssemos apoio, abriríamos a empresa. 
Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo 
Ex.: Desejo que seja grato. 
Futuro do Presente Presente do Indicativo 
Ex.: Direi ao médico que você vai à consulta. 
Futuro do Presente Futuro do Presente 
Ex.: Direi ao médico que você irá ao consultório. 
Pretérito Perfeito ou Imperfeito Imperfeito do Subjuntivo 
Ex.: Mandei que você pegasse água para mim. 
Ex.2: Queria que você pensasse no assunto. 
DICA 16 
TEMPO COMPOSTO 
Os tempos compostos são formados pelos verbos “ter” e “haver” + particípio do 
principal. 
ATENÇÃO! SOMENTE OS AUXILIARES SE FLEXIONAM! 
DICA 17 
TEMPO COMPOSTO DO INDICATIVO 
Pretérito perfeito 
composto do 
indicativo 
Verbo auxiliar ter/haver: presente 
do indicativo 
Verbo principal: particípio 
(Eu) tenho estudado 
(Tu) tens estudado 
(Ele) tem estudado 
(Nós) temos 
estudado 
(Vós) tendes 
estudado 
(Eles) têm estudado 
Pretérito mais-que-
perfeito 
composto do 
indicativo 
Verbo auxiliar ter/haver: pretérito 
imperfeito do indicativo 
Verbo principal: particípio 
(Eu) tinha estudado 
(Tu) tinhas estudado 
(Ele) tinha estudado 
(Nós) tínhamos 
estudado 
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(Vós) tínheis 
estudado 
(Eles) tinham 
estudado 
DICA 18 
TEMPO COMPOSTO DO INDICATIVO 
Futuro do presente 
composto do 
indicativo 
Verbo auxiliar ter/haver: futuro do 
presente simples do indicativo 
Verbo principal: particípio 
(Eu) terei estudado 
(Tu) terás estudado 
(Ele) terá estudado 
(Nós) teremos 
estudado 
(Vós) tereis estudado 
(Eles) terão estudado 
Futuro do pretérito 
composto do 
indicativo 
Verbo auxiliar ter/haver: futuro do 
pretérito simples do indicativo 
Verbo principal: particípio 
(Eu) teria estudado 
(Tu) terias estudado 
(Ele) teria estudado 
(Nós) teríamos 
estudado 
(Vós) teríeis estudado 
(Eles) teriam 
estudado 
 
DICA 19 
USO DOS TEMPOS COMPOSTOS DO INDICATIVO 
Pretérito perfeito composto do indicativo: indica uma ação que ocorreu no passado 
de forma repetida, prolongando-se até ao momento presente. 
Ex.: Eu tenho visto sua irmã na escola todos os dias. 
DICA 20 
Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo: indica uma ação que ocorreu no 
passado, antes de outra ação também ocorrida no passado. 
Ex.: Eu tinha visto sua irmã na loja antes de a encontrar na rua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INFORMÁTICA 
 
DICA 21 
Mozilla Firefox/Google Chrome – Internet 
Conceitos de URL 
URL: Uniform Resource Locator é o endereço que digitamos na barra do navegador para 
acessar algo. Segue um padrão: https://pensarconcursos.com 
o https é o protocolo que é utilizado para acessar a página. Pode ser HTTP ou 
HTTPS, neste último caso, significa que a comunicação entre quem está acessando e o site 
é criptografada. 
O caminho é o endereço que deseja acessar, neste caso, pensarconcursos (dizemos que 
pensarconcursos é o nome do domínio) por fim o TLD, que é o nome de domínio de 
alto nível pode ser .com .org .net No nosso caso, é .com 
O nome de domínio deve ser observado para evitarmos problemas com criminosos, por 
exemplo, um site falso poderia ser https://penssarconcursos.com parece verdadeiro, mas 
o SS torna o site falso 
Muitos endereços de sites maliciosos podem se aproveitar dos encurtadores de URL. Para 
evitar URL longa, é comum utilizarmos encurtadores, porém, esses encurtadores podem 
esconder um site malicioso. Por exemplo, no caso acima, o encurtador esconderia o erro 
do SS. 
DICA 22 
Conceitos de links, sites, busca e impressão de páginas. 
Link: É uma ligação entre imagens ou palavras que leva a outra URL. Por exemplo, 
se está em um site e neste site tem endereços de outro sites, estes são links para acessar 
outros sites. Pode acontecer do link estarquebrado e nesse caso não retornar o que 
queremos, retornando o valor 404 - Não encontrado 
Sites: São páginas acessíveis na internet a partir de um endereço, para acessar os 
sites geralmente utilizamos um browser, como Google Chrome ou Mozilla Firefox 
Busca: Podemos realizar buscas nas páginas da internet através do navegador com o 
atalho CTRL + F. 
Impressão de páginas: Podemos imprimir a página do site que queremos, basta utilizar 
o atalho CTRL + P. O navegador irá adaptar a página do site ao formato de uma folha 
comum A4 
 JÁ CAIU NA BANCA IDECAN! 
(Ano: 2017 Banca: IDECAN Órgão: Câmara de Coronel Fabriciano - MG Cargo: 
Assistente) 
Alguns dos conceitos de Internet afirma que: “um ______________ é um ponto de 
conexão entre partes de um site ou de um site para outro.” Assinale a alternativa que 
completa corretamente a afirmativa anterior. 
a) Link b) Portal c) Provedor d) Backbone 
Resposta: a 
 
 
 
https://pensarconcursos.com/
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DICA 23 
Redes Sociais 
Um tipo de site onde usuários compartilham informações, conhecimentos e 
interesses em comum. 
Exemplos de redes sociais Twitter, Instagram, Facebook, Linkedin, Whatsapp, Badoo 
Tem perfis privados e públicos e é possível até realizar pagamentos através de redes 
sociais. 
DICA 24 
Google Chrome 
Ao clicar no seguinte ícone é possível gerenciar extensões no chrome. 
O chrome possui navegação anônima, isso significa que o navegador não irá armazenar 
dados sobre os sites que acessou. Porém, isso não impede que este acesso esteja 
disponível para terceiros caso seja parte de uma rede administrada. 
O google chrome conta com uma opção de salvar senhas e sincronização entre 
aplicativos, isso torna mais seguro o uso de senhas, pois desta forma pode-se utilizar 
diferentes senhas sem a necessidade de lembrá-las. 
A versão atual do Google Chrome dispõe de recurso que permite avisar o usuário sobre a 
possibilidade de ele estar utilizando uma combinação de senha e de nome de usuário 
comprometida em um vazamento de dados em um sítio ou em um aplicativo de 
terceiros. 
DICA 25 
Google Chrome - Atalhos 
 
Abrir uma nova aba CTRL + T 
Fechar uma aba CTRL + W 
Abrir janela anônima CTRL + SHIFT + N 
Atualizar página F5 
Tela Cheia F11 
Fechar Janela ALT + F4 
Selecionar todo o texto CTRL + A 
Abrir Downloads CTRL + J 
Buscar na Página CTRL + F 
 
 
DICA 26 
Mozilla Firefox 
É um navegador Web gratuito e código livre com possibilidade instalar extensões, assim 
como o chrome. 
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Possui o recurso Firefox Sync, que sincroniza uma página web de uma dispositivo para 
outro dispositivo, para isso, basta o Mozilla Firefox estar instalado em ambos 
ATALHOS 
Abrir nova guia CTRL + T 
Abrir navegação anônima CTRL + SHIFT + P 
Abrir nova janela CTRL + N 
Imprimir página CTRL + P 
 
Assim como o navegador Chrome, também possui o modo de navegação privativa, isso 
significa que os dados acessados não ficarão armazenados no computador, porém isso não 
garante que os dados seja acessados por terceiros, como administrador da rede. 
 JÁ CAIU NA BANCA IDECAN! 
(Ano: 2016 Banca: IDECAN Órgão: Prefeitura de Natal Cargo: Administrador) 
 
Um usuário utiliza o navegador Mozilla Firefox (configuração padrão – Idioma Português 
Brasil) para acessar sites e realizar as suas atividades diárias. Para executar uma 
atividade sigilosa, o usuário necessita navegar na internet sem que o navegador armazene 
informações sobre os sites e páginas visitadas. Considerando a ferramenta em questão, é 
correto afirmar que o recurso que pode atender a demanda do usuário é: 
a) Navegação Limpa b) Navegação Oculta c) Navegação privativa 
d)Navegação Assíncrona 
Resposta: c 
DICA 27 
Sistema Operacional: Windows 
Conceito de pastas, diretórios, arquivos 
Pastas são utilizadas para agrupar itens, é uma forma de organização. Um diretório 
tem a mesma função que uma pasta. 
Um arquivo é um componente que tem conteúdo, que tem informação. Ele pode ser 
do tipo Texto, Dado, Binário, Executável etc. 
No Windows, pastas e arquivos têm permissão de acesso, que é definido no menu 
de contexto na opção propriedades ao clicar com botão direito sobre o item, na aba 
segurança. 
Arquivos têm extensões, elas representam qual o tipo de arquivo e facilitam qual 
programa pode abri-lo. Por exemplo Arquivo1.docx é um arquivo do Word 
Executavel.exe é um arquivo que será executado pelo windows. 
DICA 28 
Atalhos 
Abrir gerenciador de tarefas CTRL + SHIFT + ESC 
Enviar uma interrupção e abrir opções como 
Bloquear, Sair, Trocar Usuário e abrir gerenciador de 
CTRL + ALT + DEL 
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tarefas. 
Abrir Windows Explorer WIN + E 
Abrir Janela Executar WIN + R 
Bloquear Computador WIN + L 
Excluir arquivo sem enviá-lo a lixeira SHIFT + DEL 
Acesso rápido a ferramentas do sistema WIN + X 
Alternar entre janelas ALT + TAB 
Exibir menu de contexto SHIFT + F10 
Abrir Menu Iniciar WIN ou CTRL + ESC 
Ir para área de trabalho WIN + D 
Abrir Visão de Tarefas WIN + TAB 
Abrir Facilidade de acesso WIN + U 
Abrir ajuda do windows WIN + F1 
 
DICA 29 
Área de transferência e Área de trabalho 
Uma área do Windows responsável por guardar algo que desejamos copiar. Por 
exemplo, ao utilizar o CTRL + C para copiar um arquivo, este será colocado na área de 
transferência. O mesmo acontece ao utilizar o atalho CTRL + X, porém, com este 
comando, o arquivo será movido de lugar quando for utilizado o CTRL + V. Caso o 
computador seja desligado, a área de transferência é limpa. 
Também é útil com textos, caso um texto seja copiado, é guardado as informações de 
formatação do texto, como fonte, cor, tamanho. 
Vale ressaltar que só pode ser colocado um bloco por vez, caso um arquivo seja copiado, 
se desejar mais deve-se copiá-los ao mesmo tempo. 
DICA 30 
Manipulação de arquivos e pastas 
O gerenciamento de arquivos e pastas no windows é feito através do Windows 
Explorer. 
Compõem o windows explorer: Painel de Navegação, Painel de Detalhes, Painel de 
Visualização, Campo de pesquisa. 
Arquivos e pastas podem ser renomeados através do atalho F2 ou do menu de contexto, 
podem ser movidos para locais diferentes, excluídos e enviados à lixeira. 
 
 
 
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL 
DICA 31 
MOEDA FALSA 
 Falsificar moeda fabricando (contrafação) ou alterando; 
 Se o agente apenas alterar o número de série ou diminuir o valor da nota não 
configurará o delito; 
 Pode ser moeda nacional ou estrangeira, desde que de curso legal; 
 Aquele que falsifica e coloca em circulação comete apenas um crime; 
 Não se aplica o princípio da insignificância; 
 São condutas equiparadas: importar, exportar, adquirir, vender, trocar, ceder, 
emprestar, guardar ou introduzir em circulação. 
DICA 32 
MUITA ATENÇÃO!!! 
 Se a falsificação for grosseira será crime impossível em relação a moeda falsa mas 
pode constituir estelionato (súmula 73 STJ); ou seja, para que o crime de moeda falsa se 
configure é preciso que a falsidade seja capaz de enganar o homem padrão. 
DICA 33 
MOEDA FALSA PRIVILEGIADA 
Acontece quando o agente recebe de BOA-FÉ a moeda falsa e somente depois 
percebe que é falsa, mas ao perceber a falsidade, coloca a moeda em circulação. 
É infração de menor potencial ofensivo, ou seja, se tramita nos Juizados Especiais. 
DICA 34 
FALSIFICAÇÃO DE PAPÉIS PÚBLICOS 
Importante estar atento ao que é papel PÚBLICO para diferenciar do documento público, 
vamos ver: 
 selo tributário; 
 papel de crédito público; 
 vale postal; 
 cautela de penhor; 
 caderneta de depósito de caixa econômica 
 talão, recibo, guia, alvará; 
 bilhete, passe de transporte público. 
 CUIDADO: se lembre que moeda é papel público, mas tem crime próprio. 
 
 
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DICA 35 
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS PÚBLICOSO crime se configura se o agente faz o documento completamente falso ou altera parte do 
documento verdadeiro; 
Se o agente é funcionário público, a pena aumenta em 1/6; 
 Equipara-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao 
portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial e os livros 
mercantis; 
 PEGADINHA DE PROVA: o testamento PARTICULAR é equiparado a DOCUMENTO 
PÚBLICO! 
DICA 36 
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PARTICULAR 
O cartão de DÉBITO ou de CRÉDITO é equiparado a documento particular! 
MUITO CUIDADO para que a banca não o induza a erro dizendo que é cartão de débito 
de banco público. 
DICA 37 
FALSIDADE IDEOLÓGICA 
 Na falsidade ideológica há a falsidade de uma INFORMAÇÃO dentro de um documento 
PÚBLICO ou PARTICULAR verdadeiro; 
Ex.: o indivíduo que vai tirar um documento de identidade e mente sobre a sua idade, por 
exemplo. O Documento gerado será verdadeiro, mas a informação ali contida (data de 
nascimento) será falsa! 
 Se o agente for funcionário público ou se a falsidade se der em assento de registro civil 
a pena será aumentada em 1/6. 
DICA 38 
CERTIDÃO OU 
ATESTADO 
IDEOLOGICAMENTE 
FALSO 
FALSIDADE 
MATERIAL DE 
ATESTADO OU 
CERTIDÃO 
FALSIDADE DE 
ATESTADO MÉDICO 
Atestar ou certificar 
falsamente 
Falsificar, no todo ou 
em parte, atestado ou 
certidão, ou alterar o 
teor de certidão ou de 
atestado verdadeiro. 
 
Dar atestado falso 
Em razão da função 
pública 
Qualquer pessoa O médico, no exercício da 
profissão 
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19 
Fato ou circunstância que 
habilite alguém a obter 
cargo público, isenção de 
ônus ou de serviço de 
caráter público, ou 
qualquer outra vantagem 
Para prova de fato ou 
circunstância que 
habilite alguém a obter 
cargo público, isenção 
de ônus ou de serviço 
de caráter público, ou 
qualquer outra 
vantagem 
Sem fim específico 
Tipo de falsidade 
ideológica, pois o 
documento é verdadeiro, 
mas o conteúdo é falso. 
Tipo de falsidade 
material, pois o 
documento em si se 
torna falso pela 
adulteração. 
Tipo de falsidade 
ideológica, pois o 
documento é verdadeiro, 
mas o conteúdo é falso. 
 
DICA 39 
USO DE DOCUMENTO FALSO 
 um mesmo crime para quem usa documento falso, seja ele público ou particular; 
 a pena é a mesma! 
 CUIDADO para não confundir com o crime de supressão de documento, em que a 
pena para o documento público é maior. 
 DICA 40 
FALSA IDENTIDADE 
 O crime consiste em atribuir a si ou a terceiro uma falsa identidade, dizendo ser outra 
pessoa que não é; 
 O crime exige que seja praticando visando uma VANTAGEM ou causar DANO; 
O suspeito que dá nome de terceira pessoa COMETE o crime de FALSA IDENTIDADE, 
pois entende que essa ação não está abarcada pelo princípio de não auto-incriminação; 
 O crime também se consuma quando o agente utiliza qualquer documento de 
identidade de outra pessoa para se passar por ela. 
DICA 41 
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
PECULATO 
APROPRIAÇÃO/PRÓPRIO 
Apropriar-se o funcionário público de 
dinheiro, valor ou qualquer outro bem 
móvel, público ou particular, de que tem 
a posse em razão do cargo. 
DESVIO/PRÓPRIO 
Desviar, em proveito próprio ou alheio, 
o funcionário público de dinheiro, valor 
ou qualquer outro bem móvel, público ou 
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20 
particular, de que tem a posse em razão 
do cargo. 
FURTO/IMPRÓPRIO 
O funcionário público, embora não tendo 
a posse do dinheiro, valor ou bem, o 
subtrai, ou concorre para que seja 
subtraído, em proveito próprio ou alheio, 
valendo-se de facilidade que lhe 
proporciona a qualidade de funcionário. 
CULPOSO 
Funcionário concorre culposamente 
para o crime de outrem 
MEDIANTE ERRO DE OUTREM 
Apropriar-se de dinheiro ou qualquer 
utilidade que, no exercício do cargo, 
recebeu por erro de outrem. 
 
DICA 42 
PECULATO CULPOSO 
ATENÇÃO: a reparação do dano no peculato culposo pode ter consequências distintas, a 
depender do momento em que é feito: 
Antes da sentença irrecorrível (tj) → extinção da punibilidade 
Depois do trânsito em julgado → diminuição de pena em metade 
DICA 43 
PECULATO ELETRÔNICO - INSERÇÃO PECULATO ELETRÔNICO - 
MODIFICAÇÃO 
Inserir ou facilitar a inserção, alterar, 
excluir dados de sistemas 
informatizados bancos de dados. 
Modificar ou alterar sistema de 
informações ou programa de informática. 
FUNCIONÁRIO AUTORIZADO FUNCIONÁRIO NÃO AUTORIZADO 
Obter vantagem OU causar dano Sem fim especial 
---------------------------------------- 
Causa de aumento de pena: dano para 
a Administração Pública ou Administrado 
 
DICA 44 
CONCUSSÃO 
EXIGIR + EM RAZÃO DA FUNÇÃO (fora ou antes) + VANTAGEM INDEVIDA 
 Não precisa haver ameaça específica, basta o temor genérico da função; 
 Pode ocorrer durante licença, férias ou antes da posse; 
 Doutrina majoritária entende que pode ser vantagem de qualquer natureza, uma vez 
que o crime não se encontra no título de crimes contra o patrimônio; 
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21 
 É delito formal, que se consuma com a exigência, sendo o recebimento da vantagem 
mero exaurimento; OU SEJA, mesmo que o agente não receba a vantagem o crime estará 
consumado; 
 Se aplicar violência ou grave ameaça, praticará o crime de EXTORSÃO; 
 Se apenas SOLICITAR será corrupção passiva; 
DICA 45 
EXCESSO DE EXAÇÃO 
 Espécie de concussão; 
Na primeira modalidade o crime consiste em exigir o recolhimento de 
tributo/contribuição social que SABE (dolo direto) ou que DEVERIA SABER (dolo 
eventual) indevido; 
 Também haverá crime quando, embora devido o tributo, seja cobrado de forma 
vexatória ou gravosa; 
 Modalidade qualificada: quando a agente desvia para si o que arrecado; 
 Se aplicar violência ou grave ameaça, praticará o crime de EXTORSÃO. 
DICA 46 
CORRUPÇÃO PASSIVA 
SOLICITAR, RECEBER OU ACEITAR PROMESSA + EM RAZÃO DA FUNÇÃO (antes 
ou fora) + VANTAGEM INDEVIDA 
 O crime se consuma simplesmente com o ato de solicitar, receber ou aceitar a 
promessa, mas se em razão disso o funcionário público não praticar o ato legal ou 
demorar para praticá-lo, haverá causa de aumento; 
 Na corrupção passiva o agente não pode exigir, mas simplesmente solicitar, receber 
ou aceitar; 
DICA 47 
CORRUÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA 
PRATICAR, DEIXA DE PRATICAR OU RETARDAR + PEDIDO OU INFLUÊNCIA DE 
OUTREM 
 Difere da concussão pois aqui não há exigência, há pedido, solicitação de vantagem 
indevida. 
 Solicitar, receber ou aceitar promessa. 
 A corrupção passiva pode ser própria (quando praticada por ato ilícito) ou 
imprópria (ato lícito). 
 Pode ser antecedente (quando se paga a vantagem antes) ou subsequente (quando 
a vantagem vem depois). 
 É crime formal ou de consumação antecipada, que independe do resultado. 
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22 
 O vereador que solicita dinheiro para ser aprovada emenda parlamentar pratica o 
crime. 
 É crime unilateral, pois a existência de corrupção passiva não exige a de corrupção 
ativa. 
Se o funcionário realmente deixar de praticar o ato ou o retardar incidirá causa de 
aumento de pena. 
DICA 48 
PREVARICAÇÃO 
RETARDAR, DEIXAR DE PRATICAR OU PRATICAR CONTRA A LEI + SATISFAZER 
INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL 
 Na prevaricação, o agente deixa de praticar o ato ou o retarda não porque quer 
uma vantagem, mas porque tem um interesse pessoal ou sentimento pessoal, como 
amizade, por exemplo; 
 Há também modalidade de prevaricação especial, que ocorre quando o DIRETOR DE 
PENITENCIÁRIA ou o agente público permite que entre no estabelecimento 
prisional aparelho telefônico, rádio ou similar. 
DICA 49 
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA 
 Deixar de responsabilizar o subordinado ou de comunicar ao chefe responsável, 
quando não o for; 
 Prática de infração por outro funcionário, seja administrativa ou penal, mas que 
tenha sido cometida em razão da função; 
 Movido por sentimento de indulgência:clemência, tolerância, vontade de perdoar; 
CUIDADO para não confundir a prevaricação com a corrupção passiva privilegiada e a 
condescendência criminosa: 
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA PEDIDO OU INFLUÊNCIA 
PREVARICAÇÃO INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL 
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA INDULGÊNCIA 
 
DICA 50 
FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
 Funcionário público para fins penais é todo aquele que exerce: 
 Cargo, emprego ou função; 
 Caráter permanente ou transitório; 
 Com ou sem remuneração; 
 Cargo, emprego ou função de entidade paraestatal; 
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23 
 Empresa prestadora de serviço público. 
Além disso, é importante saber que todos os crimes contra a administração pública 
praticados por funcionário público terá a pena aumentada em 1/3 se: 
 Ocupantes de cargo em comissão; 
 Função de direção ou assessoramento; 
 Administração direta ou indireta. 
DICA 51 
RESISTÊNCIA DESOBEDIÊNCIA 
OPOR-SE À EXECUÇÃO DE ATO LEGAL 
 
DESOBEDECER À ORDEM 
VIOLÊNCIA OU AMEAÇA PACIFICAMENTE 
FIGURA QUALIFICADA: SE O ATO NÃO 
SE REALIZAR 
 
 
DICA 52 
DESACATO 
 O Superior Tribunal de Justiça possui entendimento consolidado no sentido de que o 
crime de desacato permanece vigente no ordenamento jurídico pátrio; 
As ofensas devem ser proferidas na presença do funcionário público. Na sua 
ausência poderá configurar o crime de injúria; 
As ofensas devem se relacionar com o exercício da função. 
DICA 53 
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA 
 Solicitar, exigir, cobrar ou obter ; 
 Vantagem ou promessa de vantagem; 
 A pretexto de influir em ato praticado por funcionário público; 
 CUIDADO: se disser que é para influir em funcionário da justiça (juiz, promotor) o 
crime será de EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO. 
DICA 54 
CORRUPÇÃO ATIVA 
 Oferecer ou prometer; 
 Vantagem indevida a funcionário público; 
 Para praticar, omitir ou retardar ato. 
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24 
DICA 55 
DESCAMINHO CONTRABANDO 
ILUDIR O PAGAMENTO DE DIREITO OU 
IMPOSTO 
IMPORTAR OU EXPORTAR 
ENTRADA, SAÍDA OU CONSUMO ENTRADA OU SAÍDA 
MERCADORIA MERCADORIA PROIBIDA 
CRIME FORMAL CRIME FORMAL 
 A importação não autorizada de cigarros ou de gasolina constitui crime de 
contrabando, insuscetível de aplicação do princípio da insignificância; 
 A importação clandestina de medicamentos configura crime de contrabando, 
aplicando-se, excepcionalmente, o princípio da insignificância aos casos de importação não 
autorizada de pequena quantidade para uso próprio; 
 É desnecessária a constituição definitiva do crédito tributário na esfera 
administrativa para a configuração dos crimes de contrabando e de descaminho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25 
LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE 
DICA 56 
LEI 9.605/1998 (CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE). 
Os Tribunais Superiores entendem ser possível a responsabilização penal da pessoa 
jurídica por delitos ambientais independentemente da responsabilização da pessoa 
física que agia em seu nome. 
DICA 57 
LEI 9.605/1998 (CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE). 
Suspensão condicional da pena nos crimes ambientais 
Nos crimes previstos na lei 9.605/98 (crimes contra o meio ambiente) a suspensão 
condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de 
liberdade não superior a 3 (três) anos. 
DICA 58 
LEI 9.605/1998 (CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE). 
Multa nos crimes ambientais 
Geralmente os crimes ambientais são praticados por grandes empresas, portanto, a lei 
9.605/98 tratou de deixar mais rígida a multa a ser paga. 
O art. 18 da lei supra citada dispõe que a multa será calculada segundos os critérios do 
Código Penal e caso se revele ineficaz mesmo que aplicada no valor máximo, poderá ser 
aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida. 
DICA 59 
LEI 9.605/1998 (CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE). 
Da apreensão do produto e do instrumento de infração 
O art. 25 da lei 9.605/98 trata de como deve ser o destino dos produtos e animais 
apreendidos, assim dispondo: 
 
Animais 
- Prioritariamente libertados em seu 
habitat; 
- Se inviável ou não recomendável 
entregues a zoológicos, fundações ou 
entidades assemelhadas, para guarda e 
cuidados sob a responsabilidade de técnicos 
habilitados. 
Produtos perecíveis ou 
madeiras 
- Avaliados e doados e doados a 
instituições científicas, hospitalares, penais 
e outras com fins beneficentes. 
Produtos e subprodutos da fauna 
não perecíveis 
- Destruídos ou doados a instituições 
científicas, culturais ou educacionais. 
Instrumentos utilizados na 
prática da infração 
- Vendidos, garantida a sua 
descaracterização por meio da reciclagem. 
 
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26 
DICA 60 
LEI 9.605/1998 (CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE). 
Transação penal nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo 
Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo (pena máxima de até 2 anos, 
cumulada ou não com multa), a transação penal somente poderá ser proposta depois de 
ter havido a prévia composição do dano ambiental, salvo impossibilidade 
comprovada. 
O STJ entende que as ações de reparação de dano ambiental são imprescritíveis. 
DICA 61 
LEI 9.605/1998 (CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE). 
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE 
Dos crimes contra a fauna 
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, 
nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da 
autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: 
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. 
§ 1º Incorre nas mesmas penas: 
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo 
com a obtida; 
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; 
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou 
depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou 
em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de 
criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da 
autoridade competente. 
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada 
ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de 
aplicar a pena. 
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, 
migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de 
seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas 
jurisdicionais brasileiras. 
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. 
 
A incidência de questões em concurso dos crimes contra o meio ambiente é em sua 
maioria letra de lei, o que reitera a importância da leitura da lei seca. 
 
 
 
 
 
 
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27 
Aumento de pena nos crimes previstos no art. 29: 
A pena é aumentada de METADE, se o crime é praticado: 
Contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no 
local da infração; 
Em período proibido à caça; 
Durante a noite; 
Com abuso de licença; 
Em unidade de conservação; 
Com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em 
massa 
A pena é aumentada até o TRIPLO Se o Crime decorre do exercício de caça 
profissional. 
 
DICA 62 
LEI 9.605/1998 (CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE). 
Exclusão de crime ambiental 
O art. 37 da lei de crimes ambientais 9.605/98 narra um tipo permissivo, que prevê 
situações em que não será considerado crime o abate de animal. Vejamos: 
NÃO é crime o abate de animal quando realizado: 
Em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família 
Para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora 
de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade 
competente; 
Por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizadopelo órgão competente. 
 
DICA 63 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
Trata-se de uma lei de extrema importância com recorrente cobrança em provas. Foi 
cobrada pela IDECAN (banca do concurso da Polícia Civil do Ceará) em 39 questões. 
Para fins de aplicação do ECA, a idade é analisada na data do fato. 
Para começar a tratar do Estatuto da Criança e do Adolescente, faz-se necessário 
conceituar o que é criança e adolescente para a lei, vejamos: 
CRIANÇA: até 12 ANOS de idade INCOMPLETOS; 
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28 
ADOLESCENTE: entre 12 anos completos e 18 anos de idade. 
Esse conceito já foi cobrado pela IDECAN: 
Ano: 2017 Banca: IDECAN Órgão: Câmara de Coronel Fabriciano - MG Prova: 
IDECAN - 2017 - Câmara de Coronel Fabriciano - MG - Técnico de Contabilidade 
Em 1990, com a promulgação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), Lei nº 
8.069/90, crianças e adolescentes passaram a ser considerados pessoas, pois, 
anteriormente, as crianças e adolescentes não eram vistas como pessoas, nem 
culturalmente nem pelo próprio ordenamento jurídico. De acordo com o ECA, considera-
se: 
Resposta: criança, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela 
entre doze e dezoito anos de idade. 
 
DICA 64 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
Aplicação do ECA a maiores de 18 anos. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser aplicado excepcionalmente às pessoas 
entre 18 e 21 anos de idade. 
De acordo com a súmula 605 do STJ: A superveniência da maioridade penal não 
interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa 
em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. 
DICA 65 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
O art. 4º do ECA dispõe que é dever da família, da comunidade, da sociedade em 
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos 
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar 
e comunitária. 
Trata-se do princípio da prioridade absoluta. 
A garantia de prioridade compreende: 
 Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
 Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; 
 Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; 
Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a 
proteção à infância e à juventude. 
DICA 66 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
Foi incluído o art. 8-A pela lei 13.798/2019 que criou a semana nacional de prevenção da 
gravidez na adolescência: 
Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, 
a ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o 
objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam 
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29 
para a redução da incidência da gravidez na adolescência. 
Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto no caput deste artigo ficarão a 
cargo do poder público, em conjunto com organizações da sociedade civil, e serão dirigidas 
prioritariamente ao público adolescente. 
 
DICA 67 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
Violência contra Criança e Adolescente 
Os casos em que haja suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento 
cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão 
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem 
prejuízo de outras providências legais. 
DICA 68 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
Do direito à liberdade, ao respeito e à dignidade da Criança e do Adolescente 
 
Conforme determina o caput do art. 15 do ECA, a criança e o adolescente têm direito à 
liberdade, respeito e à dignidade como pessoas humanas e em processo de 
desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na CF. 
 Atenção! Caiu na IDECAN: 
Ano 2014 Banca: IDECAN Órgão: Prefeitura de Duque de Caxias - RJ Prova: 
IDECAN - 2014 - Prefeitura de Duque de Caxias - RJ - Assistente social 
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) são direitos da criança e 
do adolescente: a liberdade, o respeito e a dignidade como pessoas humanas em processo 
de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais. Considerando os 
aspectos compreendidos pelo direito à liberdade da criança e do adolescente, marque V para 
as alternativas verdadeiras e F para as falsas. 
(V) Culto religioso e crença. 
O direito de LIBERDADE compreende: 
Ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições 
legais 
Opinião e expressão 
Crença e culto religioso 
Brincar, praticar esportes e divertir 
Participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação 
Participar da vida política, na forma da lei 
Buscar refúgio, auxílio e orientação. 
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30 
 
(V) Ressalvadas as restrições legais, ir, vir e permanecer em logradouros públicos e espaços 
comunitários. 
(V) Praticar esportes, brincar e divertir-se. 
(F) Prioridade em programas sociais. 
(V) Participar, sem discriminação, da vida comunitária e familiar. 
 
Resposta: V, V, V, F, V. 
A prioridade em programas sociais constitui, na verdade, uma garantia de prioridade e não 
um direito à liberdade. Inteligência do art. 4º, parágrafo único, "c", ECA: Art. 4º É dever 
da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com 
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade 
compreende: c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; 
 
 
DICA 69 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
Proibição de castigos físicos contra criança e adolescente 
O art. 18-A do ECA discorre sobre proibição aos castigos físicos e tratamento cruel ou 
degradante: 
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem 
o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de 
correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes 
da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas 
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-
los ou protegê-los. 
 
CASTIGO FÍSICO: TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE: 
Ação de natureza disciplinar ou 
punitiva aplicada com o uso da força 
física sobre a criança ou o 
adolescente que resulte em: 
Conduta ou forma cruel de tratamento em 
relação à criança ou ao adolescente que: 
Sofrimento físico; ou Humilhe; 
Lesão. Ameace gravemente; 
-------------------------- Ridicularize. 
 
 
 
 
 
 
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DICA 70 
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) 
Sanções em caso de aplicação de castigo físico ou tratamento cruel ou 
degradante: 
Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos 
executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de 
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo 
físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, 
educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções 
cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: 
 Encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; 
 Encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
 Encaminhamentoa cursos ou programas de orientação; 
 Obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; 
 Advertência. 
Essas medidas serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras 
providências legais. O que pode resultar na perda do poder familiar ou ainda 
caracterizar crime. 
 
 
 
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32 
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
DICA 71 
AUTÓPSIA E EXUMAÇÃO DE CADÁVER 
O exame de corpo de delito é apenas uma das espécies de perícias realizadas no âmbito 
criminal. Há outras, como a perícia grafotécnica, a perícia contábil etc. Aqui, nós vamos 
analisar os principais pontos acerca das demais espécies de perícias previstas no CPP. 
AUTÓPSIA: é o exame cadavérico, realizado pelo médico, para determinar a causa e o 
modo da morte. Deve ser feita pelo menos SEIS HORAS depois do óbito, EXCETO se 
os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele 
prazo. 
EXUMAÇÃO DE CADÁVER: exumação é o desenterro da pessoa, retirando seus restos 
mortais do local onde foi sepultada. Pode ser importante para identificação da causa da 
morte ou ainda se houver dúvidas quanto a identidade da pessoa. Nesses casos, a 
autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a 
diligência, devendo o administrador do cemitério indicar o lugar da sepultura. 
Nos exames cadavéricos (autópsia e exumação de cadáver), os cadáveres são sempre 
fotografados na posição em que forem encontrados, bem como todas as lesões 
externas e vestígios deixados no local do crime. 
Caso haja dúvida quanto a identidade do cadáver exumado, deve-se realizar o 
reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística, lavrando-se auto de 
reconhecimento e identidade. 
DICA 72 
INTERROGATÓRIO 
ESSA É IMPORTANTE! 
O interrogatório judicial é o ato por meio do qual o juiz ouve o acusado sobre sua pessoa 
e sobre a imputação que lhe é feita. 
NATUREZA JURÍDICA: Prevalece o entendimento de que o interrogatório possui 
natureza mista, na medida em que funciona como de MEIO DE DEFESA, sendo um 
desdobramento do princípio da autodefesa; mas, eventualmente, quando o acusado 
decidir responder as perguntas do juiz, pode funcionar como meio de prova. 
Veja a importância do interrogatório: é a oportunidade que o acusado tem de, 
pessoalmente, exercer o seu direito de autodefesa, dando a sua versão ao juiz da causa. 
MOMENTO: o interrogatório é SEMPRE o último ato do procedimento. O interrogatório 
ocorre depois da oitiva das testemunhas, da vítima. É sempre o último ato! 
 Há alguns procedimentos (ex.: lei de drogas) em que a LEI prevê que o interrogatório 
seja o primeiro ato do procedimento. Todavia, o STF (HC 127.900) já decidiu que o 
interrogatório deve ser o último ato do procedimento, interpretação compatível 
com o exercício da ampla defesa, devendo ser dada a oportunidade do acusado se 
manifestar pessoalmente sobre todas as provas produzidas no processo. 
CONDUÇÃO COERCITIVA: o art. 260 do CPP prevê a possibilidade de condução 
coercitiva do acusado que, intimado, não comparecer ao interrogatório. Todavia, o STF, na 
ADPF 444, decidiu pela não recepção desse artigo pela Constituição Federal, proibindo 
expressamente a condução coercitiva de investigados para o interrogatório. Isso 
porque existe o direito de não produzir prova contra si mesmo. A partir do momento 
em que o interrogatório é uma manifestação do direito de autodefesa, o réu pode não 
comparecer ao interrogatório, ou ainda comparecer e permanecer calado. 
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33 
CURIOSIDADE QUE FIXA: Independente de qualquer juízo de valor sobre os méritos ou 
deméritos da operação, essa é uma das críticas feitas por parte da doutrina ao ex-juiz 
Sérgio Moro, na condução da Operação Lava-Jato. Isso porque ele determinou diversas 
vezes, em atos transmitidos ao vivo pela televisão, a condução coercitiva de diversos 
investigados (Lula foi um deles, p. ex.) para o interrogatório, o que seria vedado, 
consoante decisão do STF. 
DICA 73 
INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA 
INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA 
CABIMENTO: É possível o interrogatório por videoconferência de forma excepcional. 
Exige-se decisão judicial fundamentada, podendo ser determinada de ofício ou a 
requerimento da parte. 
HIPÓTESES: É cabível para: 
 Prevenir risco à segurança pública, quando existir suspeita de que o preso 
integre organização criminosa ou que, por outra razão, possa fugir durante o 
deslocamento; 
 Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando houver 
dificuldade do seu comparecimento em juízo, por doença, enfermidade, etc; 
 Impedir a influência do réu sobre a testemunha ou a vítima, desde que não 
seja possível colher o depoimento delas por videoconferência. Ou seja, primeiro 
deve haver tentativa de colher o depoimento da vítima ou da testemunha por 
videoconferência. Apenas na impossibilidade é que se toma o depoimento do 
interrogado por meio de recursos tecnológicos. 
 Em razão de gravíssimas questões de ordem pública. 
INTIMAÇÃO DAS PARTES: As partes devem ser intimadas acerca da decisão 
que determinar o interrogatório por videoconferência, com no mínimo 10 dias de 
antecedência. 
 
DICA 74 
CONFISSÃO 
A confissão é a admissão feita pelo acusado acerca da materialidade e autoria do crime. 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Confissão judicial – feita no âmbito do processo penal, na presença do juiz. 
 Confissão extrajudicial – feita na fase investigatória, na delegacia. Não pode, por si 
só, embasar uma condenação, conforme art. 155 do CP. 
 Confissão simples – o réu confessa a prática do crime e não invoca nenhuma 
excludente da ilicitude ou da culpabilidade. 
 Confissão qualificada – o réu confessa a prática do crime, mas alega que o praticou 
sob a proteção de alguma excludente da ilicitude ou culpabilidade. 
 
 
CARACTERÍSTICAS: 
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34 
A confissão é RETRATÁVEL. É perfeitamente possível que o acusado, após confessar o 
crime, decida se retratar. 
Além disso, a confissão é DIVISÍVEL. O acusado pode confessar a prática de um dos 
crimes imputados pela acusação, mas negar o outro. 
Nesse sentido, o art. 200 do CPP diz que “a confissão será divisível e retratável, sem 
prejuízo do convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto”. 
VALOR PROBATÓRIO DA CONFISSÃO: 
A confissão NÃO é mais tida como a rainha das provas. Pelo contrário, a confissão tem o 
mesmo valor probatório dos outros meios de prova, devendo ser interpretada com as 
demais provas obtidas no processo. 
É por isso que se diz que a confissão tem valor relativo, devendo ser confrontada com as 
demais provas do processo. 
Nesse sentido, o art. 197 do CPP: “o valor da confissão se aferirá pelos critérios 
adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação, o juiz deverá 
confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe 
compatibilidade ou concordância”. 
CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE: de acordo com o art. 65, inciso III, alínea “d” do Código 
Penal, a confissão funciona como circunstância atenuante, que atenua (diminui) a 
pena, incidindo na segunda fase da dosimetria. De acordo com o STJ, mesmo na 
CONFISSÃO QUALIFICADA (em que o réu confessa, mas alega uma excludente de 
ilicitude) aplica-se a atenuante quando utilizada pelo juiz como elemento de convicção. 
DICA 75 
DECLARAÇÕES DO OFENDIDO (VÍTIMA) 
O ofendido é a vítima do crime. Sempre que possível, deve ser ouvido. 
O ofendido NÃO deve ser confundido com as testemunhas. Ofendido não é testemunha 
e por isso não presta o compromisso legal de dizer a verdade. 
Ao contrário do que ocorre no interrogatório (STF – ADPF 444), caso o OFENDIDO tenha 
sido intimado para prestar suas declarações e não compareça, é possível a sua condução 
coercitiva (art. 201, §1º). 
DICA 76 
PROVA TESTEMUNHAL – pontos mais relevantes 
Testemunha é a pessoa capaz de deporperante a autoridade e que declara o que sabe 
acerca de fatos que interessam à causa. 
Quem pode ser testemunha (art. 202): qualquer pessoa pode ser testemunha, 
desde que dotada de capacidade física para depor. 
A incapacidade jurídica é IRRELEVANTE. Isso porque, no processo penal, os menores 
de 18 ou 16 anos, e os deficientes mentais, por exemplo, podem prestar depoimento 
como testemunha. É possível e de certa forma até comum que crianças sejam ouvidas 
como testemunha no processo penal. 
ORALIDADE (art. 204, CPP): O depoimento da testemunha é prestado oralmente, não 
sendo permitido à testemunha levá-lo escrito e fazer sua leitura. Todavia, quando o fato 
for complexo, ele pode fazer consulta a alguns breves apontamentos. 
Todavia, há algumas autoridades (Presidente e Vice-Presidente da República, 
presidentes do Senado, da Câmara e do STF) que podem optar pela prestação de 
depoimento escrito, conforme art. 221, §1º do CPP. 
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35 
TOMADA ANTECIPADA DO DEPOIMENTO (art. 225, CPP): caso haja algum risco de 
alguma testemunha se ausentar, ou, por enfermidade ou velhice, houver receio de que no 
momento da instrução criminal ela já não mais exista, poderá o juiz determinar, de ofício 
ou a requerimento das partes, a tomada antecipada do depoimento. 
SISTEMA DE PERGUNTAS: O CPP adotou como regra o sistema do cross examination. 
Ou seja, as perguntas são feitas pelas partes (acusação e defesa), diretamente à 
testemunha. O juiz só deve interferir e não admitir as perguntas que puderem induzir 
as respostas das testemunhas, ou que não tiverem relação com a causa ou ainda que 
importarem na repetição de outra pergunta já respondida. 
Vejam: o Brasil NÃO adotou o sistema presidencialista, em que as partes fazem as 
perguntas ao juiz e o juiz as refaz às testemunhas. 
DICA 77 
TESTEMUNHA OUVIDA POR CARTA PRECATÓRIA / ROGATÓRIA 
A testemunha deve ser ouvida perante o juiz do lugar de sua residência (art. 222). 
Assim, caso a testemunha resida em comarca distinta daquela em que está ocorrendo a 
instrução criminal, deve ser expedida CARTA PRECATÓRIA para a sua oitiva. Nesse 
caso, o juiz depreca a outro juízo, de outra comarca, a oitiva da testemunha. O juízo toma 
o depoimento da testemunha e, após, devolve a carta precatória. 
A expedição da carta precatória não suspende a instrução criminal. Ou seja, o juiz 
pode dar andamento ao processo e à sua instrução enquanto a carta precatória não é 
devolvida pelo juízo deprecado. Inclusive o julgamento pode ser realizado antes da 
devolução da precatória, mas, uma vez cumprida, ela será juntada aos autos a 
qualquer tempo (art. 222, §2). 
No caso de testemunha que more no exterior, deve ser expedida CARTA ROGATÓRIA. 
Nesse caso, considerando a dificuldade e demora no seu cumprimento, a carta rogatória 
só será expedida se a parte demonstrar previamente a sua imprescindibilidade, arcando 
com todos os custos de envio (art. 222-A). 
DICA 78 
DEVER DE PRESTAR DEPOIMENTO 
IMPORTANTE! 
As pessoas que testemunharem a prática de um crime possuem o dever de depor. Se, 
devidamente intimadas, podem inclusive ser conduzidas coercitivamente pela 
autoridade policial (art. 218), podendo inclusive ser aplicada multa à testemunha faltosa. 
Apesar dessa obrigatoriedade, há certas pessoas que podem se recusar a depor (art. 
206), e outras que são inclusive impedidas de depor (art. 207). 
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36 
 
 
 
DICA 79 
COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE (art. 203) 
 IMPORTANTE! 
Ao contrário do interrogatório do réu e das declarações da vítima, na oitiva das 
testemunhas há o compromisso de dizer a verdade. Isso significa que a testemunha 
deve dizer o que sabe, não pode se omitir ou calar o que sabe. 
Antes do início do depoimento da testemunha, o juiz faz a tomada do seu compromisso de 
dizer a verdade. Caso a testemunha minta ou cale a verdade, cometerá o crime de falso 
testemunho, previsto no art. 204 do Código Penal. 
Todavia, não é toda testemunha que presta o compromisso de dizer a verdade. O art. 208 
elenca as pessoas que NÃO PRESTAM o compromisso, sendo essas exceções 
importantíssimas para a prova de vocês. 
De acordo com o art. 208, as pessoas desobrigadas de dar depoimento são: 
 CADI (Cônjuge, Ascendente, Descendente e Irmão); 
 os deficientes mentais; e 
 os MENORES DE 14 ANOS. 
Veja que essas pessoas podem dar o seu depoimento, mas serão consideradas como 
declarantes ou informantes, pois não prestam o compromisso de dizer a verdade. É 
por isso que as suas informações podem ser levadas em consideração pelo magistrado na 
sentença, mas com certa cautela e parcimônia. 
 
 
Exceções à 
obrigatoriedade 
do depoimento
São 
DESOBRIGADO
Sou seja, podem 
se RECUSAR a 
depor (art. 206)
CADI
(Cônjuge, 
Ascendente, 
Descendente, 
Irmão)
A lei não proíbe 
de depor, mas 
apenas prevê que 
elas podem se 
recusar.
SALVO quando não 
for possível, por outro 
modo,obter a prova 
do fato. Nesse caso, 
NÃO prestam o 
compromisso.
São 
IMPEDIDOS
de depor (art. 
207)
Pessoas 
que, em 
razão de 
sua função, 
devam 
guarda 
segredo
SALVO se:
1) forem
desobrigadas pela
parte interessada;
2) QUISEREM dar o
seu testemunho.
Exemplo: padre,
psicólogo, advogado.
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37 
 CUIDADO COM O PEGUINHA: 
Prestem bem atenção. Os MENORES DE 14 ANOS são desobrigados de prestar o 
compromisso. CUIDADO, pois as bancas adoram trocar isso, falando que são “menores 
de 16 anos” ou “menores de 18 anos” os desobrigados a dar depoimento. 
Além disso, vejam que as pessoas IMPEDIDAS de depor, nas hipóteses em que a lei as 
admite dar o depoimento, devem prestar o depoimento. 
 
 
 
DICA 80 
NÚMERO DE TESTEMUNHAS 
 IMPORTANTE! 
As testemunhas devem ser apresentadas pela acusação no momento do 
oferecimento da peça acusatória (denúncia ou queixa-crime). Já a defesa deve 
apresentar o rol de testemunhas na resposta à acusação. 
A quantidade de testemunhas varia de acordo com o procedimento a ser adotado. No rito 
dos Juizados, por exemplo, a quantidade de testemunhas é menor, dada a maior 
simplicidade e celeridade do procedimento. Abaixo, elaborei um quadro-resumo com a 
quantidade de testemunhas para facilitar o seu estudo e revisão: 
 
 
NÃO prestam o 
compromisso de dizer a 
verdade 
(são considerados
informantes)
Art. 208, CPP
As pessoas do art. 206, ou seja, 
aquelas desobrigadas de dar 
depoimento, que podem se recusar a 
depor. 
São os CADI (Cônjuge, 
Ascendente, Descendente, Irmão)
Doentes e 
deficientes 
mentais
Os menores de 
14 ANOS
PROCEDIMENTO QUANTIDADE DE TESTEMUNHAS 
Ordinário (art. 401, CPP) 8 testemunhas 
Sumário (art. 532, CPP) 5 testemunhas 
Sumaríssimo (Lei 9.099/95) 3 testemunhas 
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38 
 
DICA 81 
RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS 
O reconhecimento é um procedimento por meio do qual se verifica se uma pessoa ou 
coisa identifica e reconhece como alguém ou algo que já havia visto. Essa é uma das 
provas mais polêmicas. Os críticos alegam que há grande possibilidade da autoridade 
policial induzir a pessoa que está reconhecendo à pessoa sob a qual recai a persecução 
penal. 
Além disso, há um procedimento para a colheita dessa prova, descrito no art. 226 do CPP, 
de observância obrigatória pela autoridade, sob pena de nulidade. 
DICA 82 
ACAREAÇÃO 
Acarear significa colocar em presença uma da outra, cara a cara, pessoas cujas 
declarações são diferentes. 
Por força do art. 229 do CPP, a acareação é admitida entre acusados, entre acusado e 
testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e 
entre pessoas ofendidas, sempre que suas declarações divergirem. Os acareados são 
reperguntados para que expliquem pontos de divergência. 
Veja que há previsão inclusive da possibilidade de acarear o acusado x vítima, pessoas 
que não estão obrigadas a prestar compromisso de dizer a verdade. 
O art. 230 do CPP traz uma previsão um tanto quanto curiosa:a acareação por carta 
precatória. A intenção do legislador é possibilitar a acareação de uma testemunha que 
resida em outra comarca. 
DICA 83 
PROVA DOCUMENTAL 
As partes podem apresentar documentos em qualquer fase do processo, salvo as 
limitações da própria lei. São considerados documentos quaisquer escritos, papéis, 
instrumentos, sejam eles públicos ou particulares. 
No Júri, não será permitida a leitura de documento durante o julgamento que não tiver 
sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 dias úteis. 
A produção da prova documental pode ser espontânea (quando há juntada pelas partes), 
ou provocada (quando o juiz determina, independente de requerimento das partes, a sua 
juntada aos autos, nos termos do art. 234). 
CARTAS – as cartas são invioláveis, nos termos do art. 5º, inciso XII. É por isso que o 
art. 233 do CPP prevê que as cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios 
criminosos, não são admitidas em juízo. Isso, porém, não impede a juntada de cartas por 
parte de um dos destinatários, nos termos do art. 233, p. único. 
 
 
Tribunal do Júri 
1ª fase: 8 testemunhas 
2ª fase: 5 testemunhas 
Lei de Drogas (art. 54, inciso III) 5 testemunhas 
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DICA 84 
INDÍCIOS 
CONCEITO: são circunstâncias conhecidas e provadas que permitam, por indução, 
concluir-se pela existência de outras circunstâncias (art. 239 do CPP). 
Atentem-se a este conceito legal do art. 239. Se cair indício, vai ser o seu conceito legal. 
Mas visando o melhor entendimento, vou tentar explicar com outras palavras: 
O indício é um fato, comprovado, que permite através de um juízo de inferência, concluir 
pela ocorrência de um outro fato (este não provado). Exemplo: a testemunha viu o réu 
com a faca ensanguentada na mão e a vítima caída no chão, com sangue ainda fresco 
escorrendo. Embora a testemunha não tenha visto efetivamente o esfaqueamento, é 
possível, através de métodos indutivos, concluir que o réu foi o autor do crime. 
DICA 85 
BUSCA E APREENSÃO 
CONCEITO: A busca é o ato de procurar algo ou alguém. A apreensão é a medida de 
constrição, que guarda algo ou alguém. Pode haver busca sem apreensão, ou vice-versa. 
INICIATIVA E DECRETAÇÃO: 
O art. 242 do CPP prevê que “a busca pode ser determinada de ofício ou a 
requerimento de qualquer das partes”. Todavia, acerca da iniciativa, é necessário 
distinguir a busca pessoa da busca domiciliar, pois o tratamento é distinto. 
A BUSCA PESSOAL pode ser determinada pela autoridade policial ou pela autoridade 
judiciária. Nas hipóteses do art. 244 do CPP, a busca pessoal INDEPENDERÁ de 
mandado judicial. 
Ou seja, a busca pessoal NÃO DEPENDERÁ de mandado judicial no caso de prisão ou 
quando houver FUNDADA SUSPEITA de que: 
 a pessoa esteja na posse de arma proibida; 
 a pessoa esteja na posse de objetos ou papéis que constituam corpo de delito; 
 Quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar 
Já a BUSCA DOMICILIAR somente pode ser realizada através de mandado expedido 
pela autoridade judiciária (art. 241) 
BUSCA PESSOAL: recai sobre o próprio indivíduo e seus pertences. 
A busca em mulher será feita por outra mulher, se isso não importar retardamento ou 
prejuízo da diligência (art. 249). 
DICA 86 
PERSERGUIÇÃO (art. 250) 
Há casos em que o agente suspeito empreende fuga durante uma busca e apreensão 
realizada pelos policiais podendo inclusive ultrapassar a jurisdição daquela autoridade 
policial (ex.: suspeito que, em SP, empreende fuga e se evade para o Estado de Minas 
Gerais). 
Dever de se apresentar à autoridade local: Nesses casos, o art. 250 do CPP prevê a 
autoridade ou seus agentes poderão ingressar no território de jurisdição alheia, 
ainda que de outro Estado, quando forem no seguimento de pessoa ou coisa para o fim 
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de apreensão, devendo APRESENTAR-SE À AUTORIDADE LOCAL, antes ou depois da 
diligência. 
Considera-se em seguimento da pessoa ou coisa quando: 
 Tendo conhecimento direto de sua remoção ou transporte, as autoridades a 
seguirem sem interrupção, embora depois a percam de vista; 
 Ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por informações fidedignas ou 
circunstâncias indiciárias, que está sendo removida ou transportada em determinada 
direção, forem ao seu encalço. 
DICA 87 
BUSCA DOMICILIAR 
Busca domiciliar é a ocorrida no âmbito da residência da pessoa investigada. 
Não podemos confundir a BUSCA DOMICILIAR com as hipóteses em que a Constituição 
Federal autoriza a invasão de domicílio (art. 5º, inciso XI, CF). 
Diz o art. 5º, inciso XI, CF que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém 
podendo penetrar sem o consentimento do morador, SALVO em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial”. 
Portanto, a CF autoriza a invasão do domicílio: 
 no caso de flagrante delito ou desastre; 
 para prestar socorro; 
 por determinação judicial, durante o dia. 
A busca domiciliar diz respeito à parte final deste artigo, ou seja, aquela determinada 
pela autoridade judicial durante o dia. 
Disso já podemos perceber que A NOITE é possível a invasão do domicílio, mas não 
para o cumprimento de mandado de busca domiciliar. É possível em caso de 
flagrante ou para prestar socorro, mas NÃO para cumprir o mandado de busca 
domiciliar!!! 
No caso de busca domiciliar, que só pode ser realizada por determinação judicial, 
mediante mandado, a autoridade só poderá ingressar durante o DIA. 
Sobre o conceito do que seria “dia”, a nova Lei de Abuso de Autoridade prevê que é 
CRIME de abuso de autoridade o agente cumprir mandado de busca domiciliar após às 
21h ou antes das 5h (Lei 13.869/2019, art. 22, §11 inciso III). 
 ATENÇÃO: no caso de flagrante delito NÃO se exige mandado. 
Sabem qual a consequência prática disso? Olhem só! 
Nos crimes permanentes, a consumação se protrai no tempo. Com isso, a situação de 
flagrante também perdura enquanto não cessado o crime!!! 
Então, por exemplo, se a autoridade policial sabe que uma determinada residência é 
utilizada para depósito de drogas (crime de tráfico previsto no art. 33 da Lei de Drogas, 
na modalidade “ter em depósito”), é possível a invasão do domicílio independente de 
mandado judicial, considerando a situação de flagrância do crime permanente. 
Veja o art. 303 do CPP: “nas infrações permanentes, entende-se o agente em 
flagrante delito enquanto não cessar a permanência”. 
 
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DICA 88 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA – parte 01 
A CF prevê, no art. 5º, inciso XII, que é inviolável o sigilo das comunicações telegráficas, 
de dados e das comunicações telefônicas, SALVO, neste último caso, por ordem 
judicial para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL: Pela Constituição, para a quebra do sigilo das comunicações 
telefônicas é INDISPENSÁVEL a autorização judicial. No plano infraconstitucional, a 
regulamentação dessa quebra de sigilo das comunicações telefônicas foi regulamentada 
pela Lei 9296/96. 
CONCEITO: interceptação telefônica significa captar a comunicação telefônica de outra 
pessoa, passando a descobrir o conteúdo da comunicação. Todavia, há algumas 
terminologias e distinções relevantes para a sua prova: 
Interceptação 
telefônica 
É a captação da comunicação telefônica alheia por um terceiro, 
sem o conhecimento de nenhum dos comunicadores. 
 
Escuta 
telefônica 
É a captação da comunicação por um TERCEIRO, com o 
conhecimento de um dos comunicadores e desconhecimento do 
outro. 
Gravação 
telefônica 
clandestina 
É uma autogravação. Ou seja, a gravação por um dos 
comunicadores, normalmente feita sem o conhecimento do outro 
comunicador. 
 
Comunicação 
ambiental 
Refere-se às comunicações realizadas diretamente num ambiente, 
como numa sala, num carro etc. Normalmente realizado por cabos 
de fibra óticas. 
Escuta 
ambiental 
É a captação deuma comunicação no ambiente feita por TERCEIRO 
com o consentimento de um dos comunicadores. 
Gravação 
ambiental 
É a captação da comunicação no ambiente feita por um dos 
comunicadores. 
 
DICA 89 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA – parte 02 
 ESSA É IMPORTANTE! 
A Lei 9.296/96 regulamenta tanto os requisitos, hipóteses de cabimento e o procedimento 
das interceptações telefônicas. 
Há alguns requisitos à decretação judicial da interceptação telefônica. Nesse sentido, o 
art. 2º da Lei 9296/96 é IMPORTANTÍSSIMA, sendo imprescindível a sua leitura. 
Primeiramente, só pode haver decretação da interceptação telefônica se houver indícios 
razoáveis de autoria ou participação em infração penal. 
Além disso, mencione-se o caráter RESIDUAL da interceptação telefônica. Ela só pode ser 
decretada quando os fatos não puderem ser provados por outros meios. 
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42 
Por fim, mencione-se que o crime investigado deve ser punido com PENA DE RECLUSÃO. 
Se a pena do crime investigado for de DETENÇÃO, não será admitida a quebra do sigilo 
das comunicações telefônicas!!! 
 
 
PRAZO: a interceptação telefônica pode ser decretada pelo juiz, em decisão 
fundamentada, pelo prazo de 15 DIAS, renovável por igual tempo UMA VEZ, 
comprovada a indispensabilidade da prova. 
DICA 90 
CAPTAÇÃO AMBIENTAL 
 ESSA É IMPORTANTE! VAI CAIR!!!!!! 
A captação ambiental é a quebra do sigilo da comunicação realizada num ambiente, 
e não através de meios telefônicos, como na interceptação telefônica. 
Exemplo: num reality show da televisão, quando uma das participantes se infiltra e se 
esconde no ambiente para ouvir a conversa dos demais, está havendo captação 
ambiental das comunicações. No meio policial isso é um pouco mais “sofisticado”, já 
que muitas vezes há recursos tecnológicos à disposição da polícia para interceptar a 
comunicação dos investigados. 
Essa captação ambiental foi regulamentada pelo PACOTE ANTICRIME, que incluiu o art. 
8º-A na Lei de Interceptações Telefônicas (lei 9296/96). 
Segundo esse artigo, a captação ambiental pode ser determinada em sede de investigação 
ou instrução penal, dependendo de autorização judicial após requerimento do MP ou 
da autoridade policial, e desde que observados os seguintes REQUISITOS: 
 
 
NÃO será admitida 
interceptação telefônica
(art. 2º, Lei 9.296/96)
1) NÃO houver indícios razoáveis
da autoria ou participação em infração 
penal
2) a prova puder ser feita 
por outros meios 
disponíveis
3) o fato investigado 
constituir infração punida, 
no máximo, com pena de 
DETENÇÃO
CAPTAÇÃO 
AMBIENTAL
(art. 8º-Aº, Lei 
9.296/96)
1) A prova não puder ser feita por 
outros meios disponíveis e igualmente 
eficazes
2) Elementos probatórios 
razoáveis de autoria ou 
participação
3) Infrações penais com pena 
máxima superior a 4 ANOS, ou em 
infrações penais conexas.
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43 
 
PRAZO: A captação ambiental NÃO PODE EXCEDER o prazo de 15 dias, renovável por 
iguais períodos através de nova decisão judicial, desde que comprovada a 
indispensabilidade do meio de prova, e quando presente atividade criminal permanente, 
habitual ou continuada. 
 CUIDADO: Na interceptação telefônica, só pode prorrogar o prazo de 15 dias 
uma vez. Na captação ambiental, pela lei, pode prorrogar tal prazo por sucessivos 
períodos. 
O requerimento do MP ou da autoridade policial deve descrever detalhadamente o 
local e a forma de instalação do dispositivo de captação ambiental. 
A instalação do dispositivo de captação ambiental pode ser realizada por meio de operação 
policial disfarçada, se necessário, ou ainda no período noturno, EXCETO na casa (art. 
8º-A, §2º). 
A gravação ambiental (captação feita por um dos interlocutores sem o prévio 
conhecimento do outro), sem o prévio conhecimento da autoridade policial ou do MP pode 
ser utilizada em MATÉRIA DE DEFESA, quando demonstrada a integridade da gravação 
(§4º). Isso nos remete a uma observação feita nas rodadas anteriores, que diz respeito à 
possibilidade de utilização da prova ilícita em favor do réu. 
Abaixo, um quadro-resumo das principais distinções entre interceptação telefônica e 
captação ambiental. Não confundam. Isso vai estar na sua prova! 
 
Interceptação telefônica Captação ambiental 
É a captação da comunicação 
telefônica de terceiros. 
É a captação da comunicação realizada no 
ambiente, e não por meios telefônicos. 
Só pode ser decretado para 
infrações penais punidas com 
RECLUSÃO. Não pode para crimes 
punidos com DETENÇÃO. 
Só pode para infrações penais punidas com pena 
máxima superior a 4 anos, ou em infrações 
penais conexas. 
Pode ser decretada pelo prazo de 15 
dias, prorrogável uma única vez. 
Pode ser decretada pelo prazo de 15 dias, 
prorrogáveis por iguais períodos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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44 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
DICA 91 
AUTOEXECUTORIEDADE 
O ato administrativo, para sua execução, independe de ordem judicial. 
Por possuir presunção de legitimidade, não há necessidade de exame prévio pelo Poder 
Judiciário. 
Vale destacar que não é necessário o prévio exame pelo Poder Judiciário, mas pode 
ocorrer seu controle. 
DICA 92 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
A classificação dos atos exige cuidado do candidato, pois geralmente é questionado nas 
provas os conceitos, porém, um mesmo ato poderá ser enquadrado em mais de uma 
ou em todas elas. 
Os atos são classificados quanto ao: 
 Destinatário; 
 Alcance; 
 Objeto; 
 Vinculação; 
 Formação; 
 Eficácia; 
 Elaboração; 
 Efeitos; 
 Resultado; 
DICA 93 
DESTINATÁRIO 
Atos Gerais: não possuem destinatário determinado, mas alcançam todos os que estão 
na mesma situação. 
Ex: multa por excesso de velocidade. 
Atos Individuais/Especiais: são aqueles com destinatários certos, específicos. 
O mesmo ato pode abranger um ou mais sujeitos, desde que sejam 
individualizados. 
Ex: nomeação em concurso público. 
DICA 94 
ALCANCE 
Atos Internos: São atos destinados a produzir efeitos dentro das repartições 
administrativas (órgãos e agentes). 
Atos Externos: São atos destinados a produzir efeitos fora da administração, 
alcançam os administrados. 
 
 Memorex PC CE – Rodada 04 
 
 
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DICA 95 
OBJETO 
Atos de Império: São atos praticados pela administração usando sua supremacia sobre 
o administrado ou servidor, que obriga o atendimento, expressando sua vontade 
soberana. 
Atos de Gestão: A administração pratica os atos sem usar a supremacia. Quando 
praticados regularmente geram direitos subjetivos e permanecem imodificáveis. 
Ex: autorização e licença. 
Atos de Expediente: São aqueles que se destinam a dar andamento aos processos 
dentro das repartições públicas, para que seja proferida decisão pela autoridade 
competente. 
DICA 96 
VINCULAÇÃO / LIBERDADE 
Atos Vinculados: São os atos que a lei estabelece os requisitos e condições, ficando 
o administrador vinculado a tais regras, sem margem de liberdade. 
Atos Discricionários: São atos também prescritos em lei, mas com certa margem de 
liberdade (juízo de conveniência e oportunidade) para colocá-lo em prática. 
DICA 97 
FORMAÇÃO 
Atos Simples: São os que resultam da manifestação de vontade de um único órgão 
ou de apenas um agente público. 
Ato Composto: São os que resultam da vontade única de um órgão ou agente, mas que 
depende da aprovação de outro órgão para produzir efeitos. 
Ato Complexo: São os que precisam do encontro de vontades de mais de um órgão. 
Essas vontades têm de estar em conjunto, diferentemente do ato composto, que depende 
da aprovação. No ato complexo, todas as vontades têm o mesmo nível. 
DICA 98 
EFICÁCIA 
Válido: Ato de acordo com a lei. 
Nulo: Ato com vício insanável, não admite convalidação, ou seja, o defeito não 
permite correção. 
Inexistente: Tem aparência de regular, mas não se aperfeiçoa, não gera efeitos. 
DICA 99 
ELABORAÇÃO 
Perfeito: O

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