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Memorex PC PA - Rodada 01 1 Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 2 Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua aprovação. Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: Material Data Rodada 01 Disponível Imediatamente Rodada 02 10/12 Rodada 03 24/12 Rodada 04 02/01 Rodada 05 07/01 Rodada 06 14/01 Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no resultado final. Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada uma das dicas. Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas para: atendimento@pensarconcursos.com Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 3 ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 11 NOÇÕES DE INFORMÁTICA ......................................................................................... 13 CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DO PARÁ ............................................... 16 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 19 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 25 NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 31 NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 37 LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 42 CONTABILIDADE ............................................................................................................... 47 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA ........................................................................................... 49 Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 4 LÍNGUA PORTUGUESA DICA 01 PARA FACILITAR... ⇨ Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição. ⇨ Sentido do texto/Semântica: Significado das palavras. ⇨ Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral, conjunção, interjeição. ⇨ Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração, período. Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento nominal. DICA 02 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS * Apoiar-se EXCLUSIVAMENTE no texto! * Ao ler todas as todas as assertivas buscar a MAIS COMPLETA (geralmente, sempre haverá duas mais aceitáveis); * Sempre PROCEDER ELIMINANDO HIPÓTESES e comparar o SENTIDO DAS PALAVRAS (uma palavra pode decifrar a melhor resposta); * É de suma importância ENCONTRAR O TÓPICO FRASAL, ou seja, a frase que bem resume o sentido básico do texto; * Via de regra, se a dúvida persistir, a CONCLUSÃO do texto será a melhor alternativa. DICA 03 ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS – COMO ELIMINÁ-LAS? - Extrapolam o texto, ACRÉSCIMO de informações alheias ao texto. -Limitam o texto, CARÊNCIA de informações essenciais. - NÃO ABORDAM o texto! - CONTRADIZEM o texto. - Emitem JUÍZO DE VALOR DIVERSO do autor 🡪 parcialidade! DICA 04 *São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES FALSAS quando: 1. Generaliza; 2. Extrapola; 3. Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela. *São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES VERDADEIRAS quando: Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 5 1. Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos; 2. Literalidade, usando sinônimos; 3. Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo. DICA 05 SUBSTANTIVO NOMEIAM lugares, objetos, pessoas, animais, ações, estados ou qualidades tomadas como seres (ex.: bondade, feiura). ADJETIVOS MODIFICA o substantivo. Exprime modo de ser, aparência ou qualidade. ARTIGOS DETERMINA OU GENERALIZA o substantivo. Indicando-lhe o gênero e o número. NUMERAIS ENUMERAM, ordenam as coisas. PRONOMES ACOMPANHAM ou SUBSTITUEM os nomes. VERBOS Expressam AÇÃO, ESTADOS OU FENÔMENOS. ADVÉRVIOS MODIFICAM verbos, adjetivos ou outros advérbios. PALAVRAS DENOTATIVAS ALTERAM o sentido de uma outra palavra ou da oração. PREPOSIÇÕES LIGAM dois termos da oração, subordinando-os. É palavra INVARIÁVEL. CONJUNÇÕES UNEM termos de uma oração ou orações. É palavra INVARIÁVEL. Podem ser coordenativas ou subordinativas. INTERJEIÇÕES EXPRIMEM emoção, sensação, estado de espírito. É palavra INVARIÁVEL. Ex.: Viva! Uau! Nossa! (“frases resumidas”) Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 6 DICA 06 MAU X MAL Em suma: MAU É O CONTRÁRIO DE BOM; POSSUI A FUNÇÃO DE ADJETIVO! Ex.: Bruno é um homem mau. MAL É O CONTRÁRIO DE BEM; POSSUI A FUNÇÃO DE ADVÉRBIO (1), DE SUBSTANTIVO (2) OU DE CONJUNÇÃO (3). Ex.1: Ela me interpretou mal (advérbio/modo). Ex.2: O mal jamais pode prevalecer (substantivo). Ex.3: Mal chegou e ele já foi para a rua (conjunção temporal). Obs.: Como conjunção, mal possui os seguintes significados: assim que, logo que, quando. E aí querem um macete para nunca errarem?! Apenas substitua mal por bem e mau por bom, como mágica, a dúvida desaparece de imediato! Já foi COBRADO PELA BANCA AOCP: VAMOS VER?! SÓ APLICAR O MACETE! Mau chegou em casa e já brigou com a esposa. A multa paga pela mineradora será mau utilizada. O homem julgou mau o seu oponente. Devido às suas falhas de caráter, foi considerado um homem mal. Os recursos serão mal utilizados. (CORRETA) DICA 07 TOME NOTA! Quando se compara duas qualidades do mesmo ser, pode-se empregar as formas “mais grande”, “mais bom”, “mais mau”. Ex.: Leandro é mais bom do que mau. DICA 08 NUNCA MAIS ERREM! Em se tratando de adjetivos derivados de substantivo abstrato pelo acréscimo de sufixo, apontando a característica de quem apresenta/carrega aquela “coisa” denominada pelo substantivo – estaremos diante do sufixo – OSO (masculino) ou OSA (feminino), os quais serão grafados com “S”. Ex.1: gosto (substantivo abstrato) / gostoSo (adjetivo) Ex.2: honra (substantivo abstrato) / honroSo (adjetivo) ***COMO FOI COBRADO PELA AOCP? Assinale a alternativa que apresenta a palavra grafada corretamente: ANSIOZO (ERRADO) = ANSIOSO (CERTO) CRITERIOZO (ERRADO) = CRITERIOSO (CERTO) Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 7 AGORA QUE JÁ SABEM NÃO CAIAM NESSA! DICA 09 CRASE *A crase é um fenômeno sintático assinalado pelo acento grave. *A crase depende de dois fatores: o termo regente e o termo regido. *Condiçõesde ocorrência* O termo regente deve exigir a preposição “A” O termo regido deve admitir o artigo “A” ou ser um pronome demonstrativo iniciado pela letra “A” (aquele, aquela, aquilo, a) Exemplos: - Obedeceu às leis da escola. VTI(a) - Procedeu à reunião da hora marcada. VTI (proceder de dar início - pede preposição “a”) -Voltou àquele lugar. VI (a) (quem volta, volta a...) - Referiu-se à moça VTI OS CASOS PROIBIDOS PREVALECEM SOBRE QUAISQUER OUTROS!!! DICA 10 CRASE PROIBIDA: * Antes de palavras masculinas. Ex.: Pinto a óleo. * Palavras no plural sem artigo. Ex.: Volto daqui a dois dias. * Diante de verbo. Ex.: Estou disposta a passar no concurso. * Entre palavras repetidas que constituem expressões idiomáticas (com sentido generalizado na língua). Ex.: Estava cara a cara, dia a dia, uma a uma, cota a cota. * Antes de artigo feminino indefinido. Ex.: Referia-me a uma dança. * Antes de pronomes: Pessoais, demonstrativos, indefinidos, tratamento e relativos. Ex.: Dirigi-me a ela. Refiro-me a esta carta. Refiro-me a certa valsa. Falei a Vossa Santidade. Conheço a moça cuja mãe faleceu. * Depois de preposição (exceto “até”, caso facultativo). Ex.: Jurou perante a justiça dizer a verdade. Ex.2: Foi até a/à escola. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 8 DICA 11 CRASE FACULTATIVA: * Depois da preposição ATÉ: Fui até a casa. / Fui até à casa. * Antes de pronome possessivo feminino no singular: MINHA TUA VOSSA NOSSA. Respondi a sua mãe. / Respondi à sua mãe. * Antes de nome próprio feminino: Entreguei a carta a Carla. / Entreguei a carta à Carla. * Pronomes de tratamento: Senhora, Senhorita, Madame, Dona. Refiro-me a dona Joana. / Refiro-me à dona Joana. DICA 12 NÃO SE USA CRASE - ANTES DA PALAVRA CASA: Ex.: Eles retornaram a casa. Ex.2: Voltarei a casa amanhã de manhã OBS.: se a palavra casa vier determinada, ocorrerá crase: Ex.: Eles retornaram à casa dos pais. Ex.2: Voltarei à casa do Fernando amanhã de manhã. DICA 13 NÃO SE USA CRASE - ANTES DE NUMERAL: Ex.: A quantidade de candidatos não chegou a dez. OBS.: Ocorre crase diante de numeral ordinal ou se o numeral indicar horas: Ex.: Escrevi à primeira da turma. Ex.2: O show será às 15 horas. Ex.3: A aula vai das 8 às 11 horas. DICA 14 NÃO SE USA CRASE - ANTES DA PALAVRA TERRA (= CHÃO FIRME) Ex.: Ao descer a terra, o capitão foi recebido com honras. Ex.2: Os navegantes retornaram a terra ao amanhecer. OBS.: se a palavra "terra" estiver especificada ou se referir ao planeta, ocorrerá crase: Ex.: Chegarei hoje à terra de meus pais. Ex.2: Os astronautas não retornaram à Terra no dia previsto. DICA 15 USO ESPECIAL DE CRASE Topônimos (nome de lugar): GOSTAR DA CIDADE/ PAÍS.... MACETE: - Feminino ou neutro especificado: admitem crase! (eu vou a Bahia, eu volto DA Bahia) Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 9 - Neutro sem especificador: não admite crase! (eu goste DE Belo Horizonte) - Voltou à Belo Horizonte dos barezinhos. VTI neutro+ especificador) - Retornou à Bahia. (MACETE: Retornou DA Bahia) VTI - Iria a Campinas. (Eu volto DE campinas neutro/ sem especificador) - Iria à França. (Eu volto DA França) DICA 16 USO ESPECIAL DE CRASE QUE/DE Usa-se crase sempre que a tiver valor de “aquela” ou subtender palavra feminina. - Referiu-se à que falava mais alto. (a+a) - aquela - Fez alusão à de roupa rosa. (a+a) – aquela DICA 17 ATENÇÃO! Exceções, pois admitem artigo!!!: Pronomes “mesma”, “outra”, “própria”, “senhora” e “senhorita” admitem crase. DICA 18 FIQUE LIGADO! Crase antes de pronomes – à que/ à qual Ocorre crase se, ao substituirmos por um correspondente masculino, o resultado for ao que, ao qual. À que (…) é a realocação da comunidade para uma área equivalente à que ela vive hoje. (…) é a realocação da comunidade para um terreno equivalente ao que ela vive hoje. Ao qual (…) em Cuba, onde agora se recupera da quarta cirurgia à qual teve de se submeter… (…) em Cuba, onde agora se recupera do quarto procedimento cirúrgico ao qual teve de se submeter… DICA 19 Caso em que a CRASE SEMPRE OCORRE: * Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 10 Por exemplo: à tarde / às ocultas / às pressas / à medida que / à noite / às claras / às escondidas / à força / à vontade / à beça / à larga / à escuta / às avessas / à revelia / à exceção de / à imitação de / à esquerda / às turras / às vezes / à chave / à direita / à procura / à deriva / à toa / à luz / à sombra de / à frente de / à proporção que / à semelhança de / às ordens / à beira de DICA 20 PARA NÃO ESQUECER! Uso facultativo da crase = pronomes possessivos femininos (sua / minha). Uso proibido da crase = pronomes demonstrativos (esta / essa). Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 11 RACIOCÍNIO LÓGICO DICA 21 Questões de Associações Lógicas IDENTIFICAR: 1 – listagem de diversos elementos distintos (neste caso, irmãs, cursos e locais); 2 – solicitação para que você associe os elementos entre si (neste caso, o enunciado quer saber o curso e o local de férias de uma das irmãs); 3 – presença de informações adicionais para realizar as associações. RESOLVER: 1 – montar uma tabela que relacione todas as possibilidades de associações entre os elementos; 2 – analisar as informações adicionais visando “cortar” associações que vão contra as informações e “marcar” associações de acordo com o que foi determinado no enunciado DICA 22 Questões de Verdades e Mentiras IDENTIFICAR: - são apresentadas frases que podem ser verdadeiras ou mentirosas, - não sabemos QUAIS são verdadeiras e quais são mentirosas, apenas QUANTAS. RESOLVER: - encontrar um par de informações contraditórias; - dentro do par, uma informação é V e a outra é F; - analisar as informações FORA do par. DICA 23 Questões de Calendários - semana tem 7 dias. Ela começa em um dia (ex.: quarta) e termina no dia “anterior” (terça seguinte). - anos “normais” tem 365 dias, sendo que o mês de fevereiro tem 28 dias. - nos anos bissextos, temos 29 dias em fevereiro, o que resulta em 366 dias no total. Os anos bissextos ocorrem de 4 em 4 anos, sempre nos anos que são múltiplos de 4; Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 12 Anos “normais” (365 dias) → o primeiro dia é igual ao último (ex.: se 01/jan foi segunda, 31/dez será segunda) Anos bissextos (366 dias) → o último dia o subsequente do primeiro (ex.: se 01/jan foi segunda, 31/dez é terça) DICA 24 Principais métodos de resolução de questões sobre argumentação - questões que fornecem as premissas e solicitam as conclusões de um argumento: para obter as conclusões é preciso assumir que todas as premissas são verdadeiras. Assim: - se as premissas possuem proposições categóricas (todo/algum/nenhum) podemos utilizar diagramas lógicos; - se uma das premissas é uma proposição simples: começar analisando-a, e com ela partir para deixar as demais verdadeiras também; - se todas as premissas são compostas e as alternativas de resposta (conclusões) são proposições simples: “chutar” o valor lógico de alguma proposição simples que compõe as premissas, e com isso tentar forçar todas as premissas a ficarem verdadeiras, analisando se não há falha lógica; - se todas as premissas são compostas e as alternativas de resposta (conclusões) também:efetuar o teste de validade, forçando cada possível conclusão a ser F, e com isso tentar forçar todas as premissas a serem V. Se isso for possível, aquela alternativa NÃO é uma conclusão. Também é possível tentar “emendar” todas as premissas, em especial se forem condicionais, utilizando também as suas contrapositivas. DICA 25 Proposições categóricas podem ser tratadas com diagramas lógicos - Todo A é B: “todos os elementos do conjunto A são também do conjunto B”, isto é, A está contido em B. - Nenhum A é B: nenhum elemento de A é também de B, isto é, os dois conjuntos são totalmente distintos (disjuntos) - Algum A é B: algum elemento de A é também elemento de B - Algum A não é B: existem elementos de A que não são de B Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 13 NOÇÕES DE INFORMÁTICA DICA 26 Os registradores são pequenas posições de memória encontradas dentro da CPU e que armazenam os comandos e instruções dos dispositivos de entrada e saída e as instruções que formam os programas para sua execução. - Para que um dado possa ser manipulado pela ULA, é necessário que ele fique brevemente armazenado em um registrador. - O registrador armazena TEMPORARIAMENTE o resultado de uma operação lógica ou aritmética feita pela ULA para que essa informação possa ser utilizada e/ou transferida para a memória principal. ATENÇÃO! É o tipo de memória mais rápida que existe. DICA 27 A memória ROM é uma memória somente de leitura, ou seja, OS DADOS ARMAZENADOS NÃO PODEM SER ALTERADOS E NEM APAGADOS. - Existem tecnologias de memória ROM que permitem ser reprogramadas e até apagadas, mas isso será explicado mais adiante. Por enquanto pense na ROM como sendo uma memória somente de leitura em que os dados não podem ser apagados e nem alterados. - Por ser somente de leitura não é uma memória volátil, uma vez que se os dados armazenados fossem perdidos, não seria possível realizar a regravação. - Sua função é armazenar o BIOS (Basic Input Output System), software essencial para o funcionamento do computador. Vamos conhecer um pouco sobre o BIOS. DICA 28 BIOS (Basic Input/Output System) é um software gravado na memória ROM de um computador. - Contém sub-rotinas de inicialização do sistema, ou seja, é responsável pelo boot (inicialização) do computador. MUITA ATENÇÃO!!! É o primeiro software a ser executado quando o computador é ligado. DICA 29 Os HD’s atuais são formados por um certo número de discos sobrepostos. Esse número varia de 2 a 4. - Cada um desses discos possui duas faces. Dentro de cada face, os dados são organizados em: Trilhas: As trilhas são círculos concêntricos que começam no final do disco e vão se tornando menores conforme se aproximam do centro. Cada trilha recebe um número de endereçamento que permite sua localização. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 14 Setores: São subdivisões de uma trilha que facilitam o acesso aos dados. *Cada trilha possui mais de 1000 setores (variando de acordo com a capacidade do disco) e em cada disco temos sempre mais de 3000 trilhas. ATENÇÃO! O setor é a menor parte física de um disco. Cluster: Trata-se de um conjunto de setores. ATENÇÃO2! É a menor parte do disco reconhecida pelo Sistema Operacional. DICA 30 Um computador é formado por mecanismos físicos e mecanismos lógicos. Os mecanismos físicos são chamados de hardware e os mecanismos lógicos são chamados de software. O Hardware não possui utilidade sem o software e vice-versa. Entenda como se o software fosse o cérebro e o hardware fosse o corpo. Um dia eu ouvi uma menina dizendo: “o corpo dele é até bonito, mas a cabeça não serve para nada”. Seria o mesmo que dizer: “o hardware dele é bom, mas o software não serve para nada”. DICA 31 O computador é um sistema binário e isso significa que toda e qualquer informação é por ele entendida como uma grande quantidade de 0 e 1. Um número binário é uma combinação numérica que só possui 0 e 1, como por exemplo 0100. Todas as letras do alfabeto, números e símbolos são formados por uma combinação de 0 e 1. A letra “A”, por exemplo, pelo computador é entendida como 01000001. Já a letra “B” é entendida como 01000010 . DICA 32 Todos os itens que formam o hardware do computador podem ser classificados em 4 categorias: CPU, memórias, periféricos de entrada e periféricos de saída. Ainda existe a motherboard (placa-mãe) que, apesar de ser um item de hardware, não entra em nenhuma dessas 4 categorias, ou seja, é um item a parte. DICA 33 A CPU de um computador é formada por duas unidades: UC e ULA. * UC é a unidade de controle. É ela quem gerencia e coordena a execução de todas as atividades dentro da CPU. * ULA é a unidade lógica e aritmética. Ela é responsável pela execução de instruções que envolvem cálculos e testes lógicos. Instruções são “ordens” que os softwares passam para a CPU esperando que sejam executadas e que o resultado seja retornado. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 15 DICA 34 As memórias são dispositivos de hardware que servem para armazenar dados. Classificam- se em primárias e secundárias. As memórias primárias são gerenciadas/utilizadas pela CPU e não podem ser acessadas diretamente pelo usuário. Da mesma forma que as memórias secundárias foram criadas para armazenar os dados do usuário, seus programas e arquivos. Uma memória pode ser ou não volátil. Memórias voláteis perdem o seu conteúdo quando o fornecimento de energia elétrica é interrompido. As memórias RAM e CACHE são voláteis, aliás, são as únicas que são voláteis. DICA 35 FIQUE ATENTO(A) AOS DISCOS SSD!!! Eles são uma alternativa aos famosos HD magnéticos, PORÉM, SÃO MAIS RÁPIDOS, MAIS LEVES, MENORES E MAIS CAROS. *A sigla SSD significa DISCO DE ESTADO SÓLIDO. Esse dispositivo é constituído de um chip de memória Flash, a mesma memória que é usada em PenDrives. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 16 CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DO PARÁ DICA 36 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ A SEGURANÇA PÚBLICA, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos, subordinados ao Governador do Estado: - Polícia Civil; - Polícia Militar; - Corpo de Bombeiros Militar OBS.: É dever dos órgãos responsáveis pela segurança pública dar aos policiais civis e militares formação, capacitação e treinamento especializados para o trato de questões relativas a crianças, adolescentes, jovens e idosos. DICA 37 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ As POLÍCIAS CIVIL E MILITAR não intervirão em questão possessória e despejo, salvo necessidade de: - atuação preventiva - flagrante delito ou - ordem judicial - e, na atuação preventiva ou cumprimento de ordem judicial, sob a responsabilidade ou comando de delegado de carreira ou oficial militar, conforme o caso, ficando, solidariamente, responsáveis essas autoridades por eventuais excessos e desrespeitos aos direitos humanos. DICA 38 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ A Polícia Civil, instituição permanente, auxiliar da Justiça Criminal e necessária à defesa do Estado e do povo, é dirigida por delegados de polícia de carreira, tendo como incumbência principal as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. O titular de Polícia Civil será nomeado pelo Governador do Estado, preferencialmente, dentre os delegados do último nível da carreira. Licensedto Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 17 DICA 39 CAIU EM PROVA – REGRAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ APLICÁVEIS AO CONTROLE EXTERNO - O Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE/PA) deverá prestar suas contas, anualmente, à Assembleia Legislativa do Pará, no prazo de 60 dias, contado da abertura da sessão legislativa. - É assegurado ao Deputado Estadual, no Tribunal de Contas do Estado, acesso a processos de diligências, inspeções, auditorias e de contas, dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, independentemente de já terem sido julgados pelo Tribunal. - Os Conselheiros, nos casos de crimes comuns e nos de responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Superior Tribunal de Justiça. - O Auditor, quando em substituição a Conselheiro, terá as mesmas garantias e impedimentos DO TITULAR e, quando o exercício das demais atribuições da judicatura, as de Juiz de Direito de última Entrância. DICA 40 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ É VEDADO AO ESTADO E AOS MUNICÍPIOS: - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; - recusar fé aos documentos públicos; - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. DICA 41 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ A administração pública deve realizar o controle interno, finalístico e hierárquico de seus atos, visando a mantê-los dentro dos princípios fundamentais previstos nesta Constituição, adequando-os às necessidades do serviço e às exigências técnicas, econômicas e sociais. DICA 42 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ Ressalvados os casos previstos na lei, as OBRAS, SERVIÇOS, COMPRAS, CONCESSÕES E ALIENAÇÕES serão contratadas mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. O disposto nesta dica também se aplica aos órgãos e entidades da administração indireta. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 18 DICA 43 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA tornará nulos seus atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, bem como deverá revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, observado, em qualquer caso, o devido procedimento legal. DICA 44 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ Os ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA importarão na perda da função pública, na indisponibilidade dos bens e no ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. DICA 45 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável, nos casos de dolo e culpa. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 19 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO DICA 46 Atributos do Ato Administrativo Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente da sua concordância, criando obrigações ou impondo restrições. A imperatividade decorre do chamado “poder extroverso”, que é prerrogativa dada ao Poder Público de impor, de modo unilateral, obrigações a terceiros, inclusive a sujeitos que estão fora do âmbito interno administrativo, criando obrigações que extravasam a esfera jurídica do Estado. O atributo da imperatividade decorre diretamente do princípio da supremacia do interesse público sobre o particular. Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, a imperatividade não existe em todos os atos administrativos, mas apenas naqueles que impõem obrigações ou restrições. DICA 47 Atributos do Ato Administrativo A doutrina desdobra a autoexecutoriedade em dois outros atributos: a exigibilidade e a executoriedade. A exigibilidade seria caracterizada pela obrigação que o administrado tem de cumprir o comando imperativo do ato. Graças à exigibilidade, a Administração pode usar meios indiretos de coação para que suas decisões sejam cumpridas, como, por exemplo, a aplicação de multas ou de outras penalidades administrativas impostas em caso de descumprimento do ato. Veja que, nesse caso, a coação é indireta: o sujeito cumpre a imposição do Poder Público porque tem receio de ser multado. Já a executoriedade seria a possibilidade de a Administração, ela própria, praticar o ato, ou de compelir, direta e materialmente, o administrado a praticá-lo (coação material). Na executoriedade, a Administração emprega meios diretos de coerção, compelindo materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força. DICA 48 Critérios definidores da competência A norma define a competência dos agentes públicos segundo alguns critérios de distribuição e organização, quais sejam: → Matéria: a competência é definida segundo a especificidade da função a ser exercida. Exemplo: na esfera federal, cada Ministério possui competência para tratar de determinada matéria (saúde, educação, cultura, economia etc.). → Hierarquia: as competências são escalonadas de acordo com seu nível de complexidade e responsabilidade. Assim, por esse critério, as competências mais complexas e de maior responsabilidade são atribuídas aos agentes de plano hierárquico mais elevado. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 20 → Lugar: a competência é distribuída entre órgãos localizados em pontos territoriais distintos. Inspira-se na necessidade de descentralização ou desconcentração territorial das atividades administrativas. Exemplo: determinadas competências da Receita Federal são desempenhadas por Superintendências espalhadas nos Estados-membros. → Tempo: a competência é conferida por determinado período. Exemplo: a competência do servidor público tem início a partir da investidura legal e término com o fim do exercício da função pública. → Fracionamento: a competência é distribuída por diversos órgãos ou agentes, cuja manifestação é imprescindível para a completa formação do ato. Trata-se dos chamados atos complexos. Exemplo: a redução de alíquotas de IPI para alguns refrigerantes depende da aprovação do Ministério da Agricultura e do Ministério da Fazenda. DICA 49 ELEMENTOS (Com Fi For M Ob) ATRIBUTOS (PATI) do ato administrativo ELEMENTOS: partes do ato ATRIBUTOS: características do ato COMpetência: poder atribuído Presunção de legitimidade: conformidade do ato com a ordem jurídica e veracidade dos fatos (sempre existe). FInalidade: interesse público (resultado mediato) Autoexecutoriedade: permite que a Administração atue independente de autorização judicial FORma: como o ato vem ao mundo Tipicidade: vem sempre definido em lei. Motivo: pressupostos de fato e de direito Imperatividade: faz com que o destinatário deva obediência ao ato, independente de concordância. OBjeto: conteúdo (resultado imediato) DICA 50 Finalidade → Resultado pretendido pela Administração com a prática do ato administrativo. → Finalidade genérica (satisfação do interesse público) e específica (própria de cada ato = objeto) → Decorre do princípio da impessoalidade. → Vicio de finalidade: desvio de finalidade (insanável, ato deve ser anulado). Licensedto Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 21 DICA 51 Diferença entre objeto natural e objeto acidental O objeto do ato administrativo pode ser natural ou acidental. Objeto natural é o efeito jurídico que o ato produz, sem necessidade de expressa menção; ele decorre da própria natureza do ato, tal como definido na lei. Objeto acidental é o efeito jurídico que o ato produz em decorrência de cláusulas acessórias que ampliam ou restringem o alcance do objeto natural; compreende o encargo ou modo, o termo e a condição, também chamados, como visto anteriormente, de elementos acidentais do ato administrativo. DICA 52 REVOGAÇÃO ANULAÇÃO CONVALIDAÇÃO Natureza do controle De mérito (sem vício) Legalidade e legitimidade (vícios insanáveis) Legalidade e legitimidade (vícios sanáveis) Eficácia Ex nunc (não retroage) Ex tunc (retroage) Ex tunc (retroage) Competência Administração Administração e Judiciário Administração Incidência Atos discricionários (não existe revogação de ato vinculado) Atos vinculados e discricionários Atos vinculados e discricionários Natureza do desfazimento A revogação é um ato discricionário. A anulação de ato com vício insanável é um ato vinculado. A anulação de ato com vício sanável passível de convalidação é um ato discricionário. A convalidação é um ato discricionário (pode-se optar pela anulação do ato). DICA 53 A convalidação produz efeitos retroativos (ex tunc), de tal modo que os efeitos produzidos pelo ato enquanto ainda apresentava o vício passam a ser considerados válidos, não passíveis de desconstituição. Essa possibilidade de aproveitamento dos atos com vícios sanáveis é que representa a grande vantagem da convalidação em relação à anulação, pois gera economia de procedimentos e segurança jurídica. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 22 Ressalte-se que a convalidação não é controle de mérito, e sim de legalidade, incidente sobre os vícios sanáveis nos elementos competência e forma. Assim, tanto atos vinculados como discricionários podem ser convalidados. DICA 54 Para atingir seus objetivos, o poder de polícia é exercido por meio de três técnicas diferentes, chamadas também de técnicas de ordenação: 1. Técnica de informação 2. Técnica de condicionamento 3. Técnica sancionatória Pela técnica de informação, o Poder Público atua exigindo que o cidadão e as empresas prestem informação sobre si próprios. Na técnica de condicionamento, o Estado coloca uma série de exigências para que a pessoa possa exercer sua atividade. Já na técnica sancionatória, o Poder Público atua punindo, aplicando sanções àqueles que tenham descumprido alguma exigência, seja ela de prestar informação (técnica de informação) ou de atender alguma condição (técnica de condicionamento). DICA 55 O exercício do poder de polícia pode se dar de três formas distintas: → Preventiva: disposições genéricas que regulamentam comportamentos (ex.: portarias ou regulamentos que regulam horários de estabelecimentos em determinada localidade); → Repressiva: prática de atos que visam desfazer a situação de desobediência à lei (ex.: apreensão de revistas pornográficas em exposição em local impróprio); e → Fiscalizadora: previne eventuais lesões a normas ou direitos (ex.: vistoria de veículos). DICA 56 A doutrina ensina que o elemento competência apresenta as seguintes características: → É de exercício obrigatório: trata-se de um poder-dever do agente público, não sendo exercido por sua livre conveniência, mas sim para a satisfação do interesse público. → É irrenunciável: em respeito ao princípio da indisponibilidade do interesse público, o administrador atua em nome e interesse da coletividade, não podendo renunciar àquilo que não lhe pertence. Todavia, a irrenunciabilidade não impede que a Administração Pública transfira a execução de uma tarefa, isto é, delegue o exercício da competência para fazer algo. A delegação, de toda sorte, implica transferir apenas o exercício, eis que a titularidade da competência continua a pertencer a seu ‘proprietário’ (autoridade delegante). → É intransferível ou inderrogável: não se admite transação de competência, ou seja, a competência não pode ser transmitida por mero acordo entre as partes. Uma vez fixada em norma expressa, a competência deve ser rigidamente observada por todos. Mesmo quando se permite a delegação, é preciso um ato formal que registre a prática. Essa característica também decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 23 → É imodificável por mera vontade do agente: só quem pode modificar competência primária é a lei ou a Constituição. → É imprescritível: mesmo quando não utilizada, não importa por quanto tempo, o agente continuará sendo competente, ou seja, ele não perderá sua competência simplesmente pelo fato de não utilizá-la. → É improrrogável: o fato de um órgão ou agente incompetente praticar um ato não faz com que ele passe a ser considerado competente. Em outras palavras, o mero decurso do tempo não muda a incompetência em competência. Para a alteração da competência, registre-se, é necessária a edição de norma que especifique quem agora passa a dispor da competência. → Pode ser delegada ou avocada, desde que não haja impedimento legal. DICA 57 A Lei 9.784/1999, que cuida do processo administrativo no âmbito federal, trata da delegação de competência nos seguintes termos: Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. DICA 58 O art. 13 da Lei 9.784/1999 dispõe que não podem ser objeto de delegação: * a edição de atos de caráter normativo; * a decisão de recursos administrativos; * as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Essas funções são indelegáveis e, acaso transferidas, acarretam a invalidade não só do ato de transferência, como dos praticados em virtude da delegação indevida. A doutrina também aponta que as competências de ordem política não são passíveis de delegação, salvo se expressamente autorizada pela Constituição. DICA 59 Todo ato administrativo deve ter um motivo lícito, ou seja, baseado na lei. Não é permitido que um ato seja feito por mero capricho do agente público, sem nenhum fundamento. O motivo, ademais, deve guardar congruência, isto é, relação lógica com o objeto e a finalidade do ato; caso contrário, o ato será nulo. DICA 60 Vícios de objeto Como visto, o objeto é o efeito jurídico imediato produzido pelo ato. Ocorrerá vício do objeto quando este for: Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 24 → Proibido pela lei; por exemplo, um Município que desaproprie bem imóvel da União. → Com conteúdo diverso do previsto na lei para aquela situação; por exemplo, a autoridade aplica a pena de suspensão, quando cabível a advertência; a autoridade suspende servidor por 120 dias, quando a lei prevê que a suspensão será por, no máximo, 90 dias. → Impossível, porque os efeitos pretendidos são irrealizáveis, de fato ou de direito; por exemplo, a nomeação para um cargo inexistente; a instalação de antena de concessionária em terreno pantanoso; a desapropriação de terras produtivas pela União para fins de Reforma Agrária. → Imoral; por exemplo, a emissão de parecer sob encomenda, contrárioao entendimento de quem o elabora. → Incerto em relação aos destinatários, às coisas, ao tempo, ao lugar; por exemplo, desapropriação de bem não definido com precisão. O vício de objeto é insanável, ou seja, invariavelmente acarreta a nulidade do ato. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 25 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL DICA 61 Foro especial por prerrogativa de função Via de regra, os Ministros de Estado serão processados e julgados no Supremo Tribunal Federal pela prática de crimes comuns e de responsabilidade, conforme dispõe o art. 102, I, ‘c’, CF. Existem, todavia, dois cenários em que essa regra vai ser excepcionada. Vejamos: Crime de responsabilidade: se o crime de responsabilidade praticado pelo Ministro for conexo com o do Presidente da República, o processo e julgamento será de competência do Senado Federal (art. 52, I, CF), não do STF. Crime comum: em 12 de junho de 2018, no INQ 4703 (QO), a 1ª Turma do STF, por 4x1, entendeu que os Ministros de Estado não têm direito a foro por prerrogativa de função quando respondem a supostos crimes comuns cometidos antes de assumirem a função ou praticados durante o mandato, mas sem relação com o cargo. DICA 62 ✓ Administração Pública em “sentido subjetivo” (formal, orgânico): Analisa a Administração de acordo com os sujeitos que a integram, independentemente da função desempenhada. Para se definir o que é a Administração Pública, deve-se perguntar “Quem são os sujeitos que integram a Administração? ”. Este é o critério adotado no Brasil, o qual considera que fazem parte da Adm. Pública os órgãos políticos (Administração Direta) e as entidades da Administração Indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista). ✓ Administração Pública em “sentido objetivo” (material, funcional): Neste conceito, são consideradas as atividades relacionadas à função administrativa. Somente integram a Administração Pública aqueles que praticam as atividades consideradas como típicas administrativas. São classificadas como atividades típicas da Administração Pública: fomento, intervenção, polícia administrativa e prestação de serviços públicos. DICA 63 Diferença entre o princípio da legalidade e o princípio da reserva legal. O princípio da legalidade se apresenta quando a Carta Magna utiliza a palavra “lei” em um sentido mais amplo, abrangendo não somente a lei em sentido estrito, mas todo e qualquer ato normativo estatal (incluindo atos infralegais) que obedeça às formalidades que lhe são próprias e contenha uma regra jurídica. Já o princípio da reserva legal é evidenciado quando a Constituição exige expressamente que determinada matéria seja regulada por lei formal ou atos com força de lei (como decretos autônomos, por exemplo). O vocábulo "lei" é, aqui, usado em sentido mais restrito. A reserva legal pode ser classificada como absoluta ou relativa. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 26 Na reserva legal absoluta, a norma constitucional exige, para sua integral regulamentação, a edição de lei formal, entendida como ato normativo emanado do Congresso Nacional e elaborado de acordo com o processo legislativo previsto pela Constituição. Na reserva legal relativa, por sua vez, apesar de a Constituição exigir lei formal, esta permite que a lei fixe apenas parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que poderá complementá-la por ato infralegal, respeitados os limites estabelecidos pela legislação. A doutrina também afirma que a reserva legal pode ser classificada como simples ou qualificada. A reserva legal simples é aquela que exige lei formal para dispor sobre determinada matéria, mas não especifica qual o conteúdo ou a finalidade do ato. Haverá, portanto, maior liberdade para o legislador. A reserva legal qualificada, por sua vez, além de exigir lei formal para dispor sobre determinada matéria, já define, previamente, o conteúdo da lei e a finalidade do ato. DICA 64 Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado: Essa hipótese de privação é considerada como sendo de perda dos direitos políticos. Vai atingir apenas o brasileiro naturalizado (nunca o nato!) que tenha sido condenado definitivamente por uma sentença judicial em razão da prática de atividade nociva ao interesse nacional. Como o art. 12, § 4º determina que será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional, é fácil entender a razão de termos a perda dos direitos políticos nesse cenário. Se o indivíduo deixa de ser brasileiro, porque sua naturalização foi cancelada, ele passará à condição de estrangeiro ou apátrida, perdendo, por isso seus direitos políticos. O examinador tentará lhe confundir dizendo que a perda dos direitos políticos neste caso pode ser declarada por ato administrativo, todavia ela só pode ser determinada por sentença judicial definitiva. DICA 65 Caso o brasileiro nato perca a sua nacionalidade pela aquisição voluntária de outra nacionalidade, ele estará sujeito à extradição. Perceba que, nesse caso, ele não se enquadra mais na condição de brasileiro nato. Por sua vez, o brasileiro naturalizado (que é aquele que nasceu estrangeiro e se tornou brasileiro), poderá ser extraditado. No entanto, isso somente será possível em duas situações: a) no caso de crime comum, praticado antes da naturalização. Perceba que existe, aqui, uma limitação temporal. Se o crime comum tiver sido cometido após a naturalização, o indivíduo não poderá ser extraditado; a extradição somente será possível caso o crime seja anterior à aquisição da nacionalidade brasileira pelo indivíduo. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 27 b) em caso de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. Nessa situação, não há qualquer limite temporal. O envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins dará ensejo à extradição quer ele tenha ocorrido antes ou após a naturalização. DICA 66 Entendimentos do STF sobre a licitude/ilicitude de provas: 1) É ilícita a prova obtida por meio de interceptação telefônica sem autorização judicial. A interceptação telefônica depende de autorização judicial. 2) São ilícitas as provas obtidas por meio de interceptação telefônica determinada a partir apenas de denúncia anônima, sem investigação preliminar. Com efeito, uma denúncia anônima não é suficiente para que o juiz determine a interceptação telefônica; caso ele o faça, a prova obtida a partir desse procedimento será ilícita. 3) São ilícitas as provas obtidas mediante gravação de conversa informal do indiciado com policiais, por constituir-se tal prática em "interrogatório sub-reptício", realizado sem as formalidades legais do interrogatório no inquérito policial e sem que o indiciado seja advertido do seu direito ao silêncio. 4) São ilícitas as provas obtidas mediante confissão durante prisão ilegal. Ora, se a prisão foi ilegal, todas as provas obtidas a partir dela também o serão. 5) É lícita a prova obtida mediante gravação telefônica feita por um dos interlocutores sem a autorização judicial, caso haja investida criminosa daquele que desconhece que a gravação está sendo feita. Nessa situação, tem-se a legítima defesa. 6) É lícita a prova obtida por gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva da conversação. 7) É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro. DICA 67 - Direitos políticos:conjunto de normas legais permanentes que regulamenta o direito democrático de participação do povo no Governo, diretamente ou por seus representantes. Os direitos políticos consistem, portanto, na disciplina dos meios necessários ao exercício da soberania popular. - Sufrágio: é o direito público subjetivo de eleger um representante político (capacidade eleitoral ativa) e/ou de ser eleito como representante político (capacidade eleitoral passiva), o que em palavras simples representa o direito de votar e/ou ser votado. - O Brasil adota o sufrágio universal, pois confere o exercício do sufrágio a todos os cidadãos, independentemente do sexo, de condições financeiras ou de nascimento, de escolaridade ou de qualquer outra capacidade especial. - Soberania popular: é a soma da vontade de todos os cidadãos que confere legitimidade aos representantes eleitos a quem são delegadas as funções de governo. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 28 - Voto: é a materialização da vontade do cidadão eleitor manifestada através da escolha de seus representantes políticos. DICA 68 O recall é um meio de participação popular direta em que os cidadãos dizem se estão ou não satisfeitos com o mandato de certo representante eleito. No caso de a desaprovação ser comprovada nas urnas, o mandatário é destituído de seu cargo. Não existe no ordenamento pátrio. DICA 69 De acordo com a doutrina, o sufrágio pode ser de dois tipos: a) Universal: quando o direito de votar é concedido a todos os nacionais, independentemente de condições econômicas, culturais, sociais ou outras condições especiais. Os critérios para se determinar a capacidade de votar e de ser votado são não- discriminatórios. A Constituição Federal de 1988 consagra o sufrágio universal, assegurando o direito de votar e de ser votado a todos os nacionais que cumpram requisitos de alistabilidade e de elegibilidade. b) Restrito (qualificativo): quando o direito de votar depende do preenchimento de algumas condições especiais, sendo atribuído a apenas uma parcela dos nacionais. O sufrágio restrito pode ser censitário, quando depender do preenchimento de condições econômicas (renda, bens, etc.) ou capacitário, quando exigir que o indivíduo apresente alguma característica especial (ser alfabetizado, por exemplo). DICA 70 Para que o partido político receba os recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e televisão, ele precisará ter um número mínimo de votos nas eleições para a Câmara dos Deputados OU um número mínimo de Deputados Federais eleitos. São critérios alternativos, ou seja, basta que o partido político cumpra um deles e receberá os recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e televisão. Quais são esses critérios? a) Número mínimo de votos válidos: Nas eleições para a Câmara dos Deputados, o partido político deverá ter, no mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 (um terço) das unidades da federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas. b) Número mínimo de Deputados Federais eleitos: irão cumprir cláusula de barreira aqueles partidos que tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) Deputados Federais distribuídos em pelo menos 1/3 (um terço) das unidades da federação. DICA 71 Ação de Impugnação de Mandato Eletivo – Aime O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 29 Essa Ação de Impugnação de Mandato Eleitoral – Aime tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. A competência para o julgamento da Aime dependerá do cargo ocupado pelo titular do mandato eletivo. Tratando-se de ação envolvendo o Presidente ou Vice-Presidente da República, a competência será do TSE; na hipótese de o sujeito passivo ser Governador e Vice- Governador, Senador ou Deputado, caberá ao TRE o julgamento; por fim, será dos juízes eleitorais a competência para julgamento de ações envolvendo prefeito, vice-prefeito ou vereador. DICA 72 DIFERENÇA DE TRATAMENTO ENTRE CHEFES DO PODER EXECUTIVO E PARLAMENTARES Presidente da República, Governador e prefeito (além dos respectivos vices) Deputado, Senador e vereador Possibilidade de reeleição Somente uma vez para o período subsequente. Não há limitações. Podem ser reeleitos quantas vezes quiserem/conseguirem Para concorrer a CARGO DIVERSO Deverá renunciar ao mandato até seis meses antes do pleito. É a chamada desincompatibilização. Não há necessidade de se afastar do cargo. Para concorrer ao MESMO CARGO Não há a necessidade de se afastar. Não há necessidade de se afastar do cargo. Restrições à candidatura de parentes na mesma base territorial Cônjuge, companheiro e os parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive por adoção, são inelegíveis, salvo se já titulares de mandato eletivo e candidatos à reeleição. É a chamada inelegibilidade reflexa. Não há proibição de parentes concorrerem. DICA 73 Diferenças entre o Mandado Injunção e a Ação Direta de Inconstitucionalidade Mandado de Injunção Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Objeto Exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania ainda não integrados (mais restrito) Norma constitucional ainda não plenamente efetiva em razão de omissão total ou parcial de qualquer dos Poderes ou órgãos administrativos (mais amplo) Via de controle Controle difuso de Controle concentrado de Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 30 Constitucionalidade constitucionalidade Legitimação ativa Mandado de injunção individual: - Pessoa física ou jurídica titular dos direitos e liberdades Mandado de injunção coletivo: - Partido político com representação no Congresso Nacional; - Organização sindical e entidade de classe; - Associação que esteja constituída há pelo menos 1 ano. - o Presidente da República; - a Mesa do Senado Federal; - a Mesa da Câmara dos Deputados; - a Mesa de Assembleia Legislativa; - o Governador de Estado; - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; - o Procurador-Geral da República; - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; - partido político com representação no Congresso Nacional; - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Competência STF, STJ e TJs STF e TJs Efeitos da decisão Mandamental e Constitutiva Mandamental DICA 74 Segundo o STF, os estrangeiros residentes no País, uma vez atendidos os requisitos constitucionais, são beneficiários da assistência social, fazendo jus ao denominado benefício de prestação continuada (BPC). O BPC é um benefício assistencial devido à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. DICA 75 As cotas raciais em concursos públicos são admitidas pelo STF, podendo ser utilizados os critérios de autodeclaração e de heteroidentificação. Na autodeclaração, o próprio indivíduo se declara como negro ou pardo. Na heteroidentificação, é formada uma comissão plural responsável por entrevistar o candidato e verificar se a sua declaração foi verdadeira. O objetivo é evitar condutas fraudulentas e garantir que a política de cotas raciais possa efetivamente realizar a igualdade material.Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 31 NOÇÕES DE DIREITO PENAL DICA 76 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL - Legalidade (art. 5º, XXXIX, CF e art. 1 CP): não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação. - Reserva legal: somente a lei, EM SENTINDO ESTRITO, pode tipificar condutas e cominar penas. É proibida a cominação de crime com base nos costumes ou por analogia, quando em desfavor do réu. ATENÇÃO! Prevalece entendimento no STF (RE 254818- PR) que medida provisória pode ser usada para tratar de matéria penal, desde que seja favorável ao réu. EX.: Descriminalização de conduta). - Anterioridade: a norma penal que piora a situação do réu deve ser anterior ao fato praticado, ou seja, a norma penal que seja mais gravosa somente pode ser aplicada aos crimes praticados a partir da data de sua vigência. - Taxatividade: trata-se de um dos corolários do princípio da legalidade, preconizando que a lei penal deve ser clara, precisa e determinada, NÃO CABENDO INCRIMINAÇÕES VAGAS OU GENÉRICAS. ATENÇÃO! São admitidos os tipos penais abertos, consiste em espécie de lei que depende de um completo valorativo feito na maioria das vezes pelo magistrado, intérprete da lei, em função de permissão legal. Ex.: Tipos penais culposos - em que o legislador não prevê todas as possibilidades de comportamentos negligentes - cabendo ao juiz a análise do caso concreto. DICA 77 - Individualização da Pena: determina que o juiz analise as especificidades do fato e do autor do fato durante o processo dosimétrico. - Pessoalidade, Personalidade ou da Intranscendência: assevera que a pena não passará da pessoa do condenado - Alteridade (lesividade): assevera que, para haver crime, a conduta humana deve colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do próprio autor. Ou seja, o sujeito não pode ser punido por causar mal a si próprio. - Insignificância (bagatela): afasta a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir que não haverá crime sem ofensa significativa ao bem tutelado. OBS.: BAGATELA PRÓPRIA (implica na atipicidade material de condutas causadoras de danos ou de perigos ínfimos) X BAGATELA IMPRÓPRIA (desnecessidade da pena) ATENÇÃO! A jurisprudência, reiteradamente, não reconhece a bagatela imprópria, afirmando que, se o fato é formal e materialmente típico, há crime. (TJ/RS, Oitava Câmara Criminal, Apelação Crime Nº 70076016484, Rel. Naele Ochoa Piazzeta, julgado em 31/01/2018) e (AgRg no REsp 1602827/MS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 20/10/2016, DJe 09/11/2016) DICA 78 - Adequação social: serve de parâmetro ao legislador, que deve buscar afastar a tipificação criminal de condutas consideradas socialmente adequadas. Ex.: mãe que fura a orelha da filha recém-nascida, o que não deixa de ser "lesão corporal", todavia aceita por se tratar de ato cultural da nossa sociedade. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 32 - Ofensividade: não é suficiente que o fato seja formalmente típico para a configuração do delito, necessário também que ele seja capaz de ofender (lesão ou ameaça de lesão), de modo GRAVE, o bem jurídico tutelado. - Fragmentariedade: o direito penal somente tutele uma pequena fração dos bens jurídicos protegidos, operando nas hipóteses em que se verificar lesão ou ameaça de lesão mais intensa aos bens de MAIOR RELEVÂNCIA. Quer dizer que somente bens jurídicos de GRANDE RELEVÂNCIA SOCIAL devem ser tutelados. - Subsidiariedade: como o nome o D. Penal é uma ferramenta subsidiária, tão somente deve ser usado quando os demais ramos do Direito não conseguirem tutelar com satisfação o bem jurídico que se almeja proteger. DICA 79 - Principio da Retroatividade da lei penal benéfica: a lei penal QUE BENEFICIAR o réu retroagirá para regular as condutas anteriores a sua vigência. (art. 2º, p. único + art 5º , XL ,CF). *Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica- se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. *Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. OBS.: A retroatividade da lei penal benéfica NÃO respeita a coisa julgada (relativização da coisa julgada). Se sobrevier norma beneficiando o réu, o próprio Juiz da Vara de Execução poderá aplicá-la. *Súmula 611, STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna. ” DICA 80 APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO -ALGUNS CONCEITOS QUE MERECEM ATENÇÃO: NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA: Em suma, trata-se de uma nova lei que passa a criminalizar conduta até aquele momento atípica, ou seja, não existia a previsão da conduta como crime. Há retroativa? Não. Irá produzir efeitos tão somente aos fatos futuros com fundamento no princípio da anterioridade da lei penal. NOVATIO LEGIS IN PEJUS: Trata-se de uma inovação legislativa MAIS GRAVE do que a até então em vigor. Em suma, a nova lei é mais grave do que a atual. Há retroativa? Não. Irá produzir efeitos tão somente aos fatos futuros com fundamento no princípio da anterioridade da lei penal. NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: Trata-se de uma inovação legislativa MAIS BENÉFICA do do que a até então em vigor. Em suma, a nova lei é mais benéfica do que a atual. Há retroativa? Sim!!! A nova legislação será aplicada aos fatos praticados antes de sua entrada em vigor. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 33 OBS.1: A ABOLITIO CRIMINIS apesar de cessar a pena e os efeitos penais da condenação, não impede os efeitos extrapenais da condenação. Ex.: A foi condenado pelo crime de adultério. Todavia, lei nova surge e descriminaliza a conduta. A será solto, cessando a pena imposta e a condenação pelo crime de adultério não poderá ser considerada para fins de reincidência (exemplo de efeitos da condenação). Conduto, se foi condenado à reparação do dano causado à vítima (efeito extrapenal da condenação), DEVERÁ REPARÁ-LO! DICA 81 LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA “Art. 3º, CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. ” É importante o candidato se atentar em sua prova que as leis excepcionais e temporária são criadas para vigorar apenas em determinado período, devido a razões excepcionais e, por isso, ainda que saia do mundo jurídico - revogação natural - não gerará abolitio criminis. Nesse sentido, aqueles que tiverem praticado o crime durante sua vigência deverão responder pela conduta praticada. Ex. de prova: “Em virtude da seca que assola o país, considere a hipótese em que seja promulgada uma lei federal ordinária que estabeleça como crime o desperdício doloso ou culposo de água tratada, no período compreendido entre 01 de novembro de 2014 e 01 de março de 2015. Em virtude do encerramento da estiagem e volta à normalidade, não houve necessidade de edição de nova lei ou alteração no prazo estabelecido na citada legislação. Nessa hipótese, o indivíduo a que em 02 de março de 2015 estiver sendo acusado em um processo criminal por ter praticado o referido crime de “desperdício de água tratada”, durante o período de vigência da lei, R: poderá ser condenado pelo crime de “desperdício de água tratada” ainda que o período indicado na lei que previu essa conduta esteja encerrado. Já foi COBRADO PELA BANCA AOCP: “III. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. ” (ASSERTIVA CORRETA)– (Ano: 2012 Banca: AOCP Órgão: TCE-PA Prova: AOCP - 2012 - TCE-PA - Analista de Controle Externo – Direito) DICA 82 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA (BAGATELA) → AUSÊNCIA da TIPICIDADE MATERIAL (real potencial lesivo da conduta, capaz de atingir o bem jurídico tutelado), não basta a tipicidade formal (subsunção entre a norma e a conduta praticada). → Requisitos apontados pelo STF: ABOLITIO CRIMINIS: Há DESCRIMINALIZAÇÃO da conduta pela nova lei. SENDO BENÉFICA, HÁ RETROATIVIDADE (eficácia retroativa) !!! Será aplicada aos fatos praticados ANTES de sua entrada em vigor, que não poderão mais ser punidos, além de gerar a extinção da punibilidade do agente. Ex.: antigo crime de adultério. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 34 - Mínima ofensividade da conduta; - Ausência de periculosidade social da ação; - Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; - Inexpressividade da lesão jurídica. ATENÇÃO! O STJ aponta mais um requisito SUBJETIVO: - Relevância (IMPORTÂNCIA) do objeto material do crime para a vítima. Verifica- se, no caso concreto, a ocorrência ou não, de fato, da lesão. Se o prejuízo causado é expressivo ou não, o que varia segundo as condições socioeconômicas da vítima. DICA 83 → Crimes que NÃO ADMITEM a aplicação do P. da Bagatela: - Furto qualificado - Moeda falsa - Tráfico de drogas - Roubo (ou qualquer crime cometido com violência ou grave ameaça) - crimes contra Adm. Pública. OBS.: SÚMULA 599 STJ: “O princípio da insignificância é INAPLICÁVEL aos crimes contra a administração pública. ” DICA 84 Entendimento do STF e STJ sobre aplicação do P. da Bagatela X Reincidência! → A reincidência é uma circunstância PASSÍVEL DE afastar a aplicação do princípio do referido princípio. Entretanto, discute-se na jurisprudência. *O STJ, mais recentemente, vem adotando o entendimento de que é possível, a aplicação do princípio da insignificância ainda que se trate de réu reincidente, a depender das peculiaridades do caso, NOTADAMENTE QUANDO NÃO SE TRATAR DE HABITUALIDADE DELITIVA, ou seja, réu que se dedica à prática de atividades criminosas reiteradamente (AgRg no REsp 1715427/MG, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 17/12/2019, DJe 19/12/2019). *O STF, na mesma direção, vem firmando entendimento no sentido de que a reincidência, por si só, não afasta a possibilidade de aplicação do princípio: “(i) a reincidência não impede, por si só, que o juiz da causa reconheça a insignificância penal da conduta, à luz dos elementos do caso concreto (...) (HC 139503, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 12/03/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-167 DIVULG 31-07-2019 PUBLIC 01-08-2019) *O STF reconheceu a aplicação do princípio a um réu que praticou um furto de 16 reais, mesmo já tendo sido condenado por lesão corporal anteriormente. Entendeu- se que é possível aplicar o princípio da insignificância mesmo havendo essa condenação, porque a contumácia de infrações penais que não têm o patrimônio como bem jurídico tutelado pela norma penal (a exemplo da lesão corporal) não pode ser valorada como fator impeditivo à aplicação do princípio da insignificância. STF. 2ª Turma.HC 114723/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 26/8/2014 (Info 756). Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 35 DICA 85 REGRA NO D. PENAL: TEORIA DA ATIVIDADE: é aplicada a lei penal que ocorre no momento da ação. EXCEÇÃO: EXTRA-ATIVIDADE da Lei Penal, que se divide em: *Retroatividade: Fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor. Ex.: Agente cometeu crime e a lei MAIS BENÉFICA não existia, a retroatividade retroage e alcança o fato ocorrido. *Ultra-atividade: Fatos ocorridos depois da revogação da lei. Quer dizer que a lei, mesmo que revogada, deve ser aplicada ao caso concreto se FOR MAIS BENÉFICA e o agente cometeu o fato sob seu império. ATENÇÃO! Em todos os casos, a lei só retroage para beneficiar o réu. DICA 86 REGRA NO D. PENAL: TEORIA DA ATIVIDADE: é aplicada a lei penal que ocorre no momento da ação. EXCEÇÃO: EXTRA-ATIVIDADE da Lei Penal, que se divide em: *Retroatividade: Fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor. Ex.: Agente cometeu crime e a lei MAIS BENÉFICA não existia, a retroatividade retroage e alcança o fato ocorrido. *Ultra-atividade: Fatos ocorridos depois da revogação da lei. Quer dizer que a lei, mesmo que revogada, deve ser aplicada ao caso concreto se FOR MAIS BENÉFICA e o agente cometeu o fato sob seu império. ATENÇÃO! Em todos os casos, a lei só retroage para beneficiar o réu. DICA 87 Crime permanente A consumação se prolonga no tempo + o agente controla sua permanência, tendo o domínio sobre a consumação do delito. Ex.: crime de usurpação de função pública. Crime continuado Configura-se crime continuado quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, e pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro (artigo 71 do CP). DICA 88 Súmula 711, STF: A lei penal MAIS GRAVE aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 36 Ex.: Policial Civil do Pará passa a receber um pagamento de um advogado por várias ocasiões, caracterizando corrupção passiva. Nesta hipótese, será aplicado o crime de corrupção passiva como se ele tivesse cometido um único crime. Mas e se surgisse uma lei que aumentasse a pena durante o cometimento de um dos atos pelo policial? Será aplicada a última lei segundo entendimento sumulado, ainda que mais prejudicial. DICA 89 Teorias sobre o lugar do crime = critério com o fim de definir o local onde o crime ocorreu. Lembre-se que referido critério é fixado em LEI. TEORIA DA ATIVIDADE: considera como lugar do crime o local onde a conduta delituosa ocorreu; onde o sujeito praticou a ação ou a omissão. TEORIA DO RESULTADO (EVENTO): o lugar do crime é o local onde o delito se consumou (crimes consumados) ou onde foi praticado o último ato de execução (no caso de crimes tentados). OBS.: Doutrinadores penais, amparados pelo CP, lecionam que, segundo a teoria do resultado, lugar do crime é o local em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado. TEORIA DA UBIQUIDADE (MISTA): afirma que lugar do crime pode ser tanto o local onde ocorreu a ação ou omissão como o local onde se verificou o resultado. É a junção das duas teorias acima. O CP, EM SEU ART. 6º, ADOTOU A TEORIA DA UBIQUIDADE! “Art. 6º, CP - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. ” DICA 90 TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE (ART. 4º, CP): “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”. LUGAR DO CRIME TEORIA DA UBIQUIDADE (ART. 6º, CP): “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. ” OBS.: Quando estivermos diante de uma situação em que envolve o Brasil e um outro país, tanto o lugar onde se pratica a conduta quanto o lugar do resultado são considerados como local do crime. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 37 NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL DICA 91 O CPP adota o SISTEMA DO ISOLAMENTODOS ATOS PROCESSUAIS, art. 2º: “A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”. NÃO É APLICADO O SISTEMA DA UNIDADE PROCESSUAL, no qual, em simples palavras, a lei que inicia o processo, o regulará até o seu fim. DICA 92 LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO: Princípio da imediaticidade = Lei processual nova mais benéfica retroage? NÃO! APLICA- SE A LEI PROCESSUAL DESDE LOGO (tempus regit actum), assegurados os atos praticados sob a égide da lei anterior. → Somente irá retroagir em caso de normas MISTAS (conteúdo de lei material e processual, podendo ocorrer retroatividade referente à norma material). → Lei nova que suprimir determinado recurso = possibilidade de utilização do recurso suprimido, caso o julgamento seja anterior a vigência da lei nova. → Art. 3º LICPP: Prazo já iniciado quando da entrada em vigor de lei nova, aplica-se o prazo da lei revogada se este for maior do que o prazo da lei nova. DICA 93 A lei processual penal tem aplicação IMEDIATA e É APLICÁVEL tanto nos processos que se INICIAREM APÓS A SUA VIGÊNCIA, quanto nos processos que já estiverem EM CURSO NO ATO DA SUA VIGÊNCIA, e até mesmo nos PROCESSOS QUE APURAREM CONDUTAS DELITIVAS OCORRIDAS ANTES DA SUA VIGÊNCIA. LOGO, é errado dizer que uma nova norma processual penal terá aplicação imediata somente aos fatos criminosos ocorridos após o início de sua vigência. DICA 94 LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO: Princípio da Territorialidade = aplica-se a lei do local onde ocorreu o crime. → Exceções (mitigação do princípio da territorialidade): - Tratados, convenções e regras de direito internacional. - Crimes de responsabilidade = há lei específica. (As prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade). - Processos de competência da Justiça Militar = Código de Processo Penal Militar. - Processos da competência do tribunal especial. - Processos por crimes de imprensa. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 38 OBS.: Será aplicado o CPP no caso de processos da competência do tribunal especial e processos por crimes de imprensa, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. DICA 95 NÃO CONFUNDIR COM DIREITO PENAL, não é só em casos que beneficiam o réu! Art. 3º, CPP: “A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. ” DICA 96 INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA NA JURISPRUDÊNCIA *Interpretação extensiva? Ocorre na hipótese de a lei dizer “menos” do que deveria. Assim, para se atingir a sua exata amplitude; aquele que vai interpretar a norma precisará expandir o seu campo de incidência. ANALISE-SE UM EXEMPLO TRAZIDO PELA JURISPRUDÊNCIA: “Nos termos do art. 5.º, inciso LXIII, da Carta Magna "o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado". TAL REGRA, CONFORME JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS PÁTRIOS, DEVE SER INTERPRETADA DE FORMA EXTENSIVA, e engloba cláusulas a serem expressamente comunicadas a quaisquer investigados ou acusados, quais sejam: o direito ao silêncio, o direito de não confessar, o direito de não produzir provas materiais ou de ceder seu corpo para produção de prova etc.” (Superior Tribunal de Justiça STJ - HABEAS CORPUS: HC 167520 SP 2010/0057561-6) ATENÇÃO! NÃO HÁ VIOLAÇÃO DO P. DA LEGALIDADE na interpretação extensiva – não caia nessa pegadinha! POIS, a lei “diz” isso, CONTUDO não está expresso em seu texto. DICA 97 APLICAÇÃO ANALÓGICA (ANALOGIA = COMPARAÇÃO) É uma forma de integração da lei penal que apenas é usada na ausência de norma que discipline determinado caso. Nessa hipótese, é aplicável ao referido caso uma norma que é cabível a outro caso considerado semelhante. QUER UM EXEMPLO? INFORMATIVO 556, STJ → Os arts. 61 e 62 da Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas) permitem que, após autorização judicial, veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte apreendidos no curso da persecução penal, sejam utilizados pela autoridade de polícia judiciária, comprovado o interesse público. O STJ entendeu que o juiz pode autorizar que aeronave seja utilizada pelo órgão mesmo em hipóteses nas quais o réu não esteja respondendo por tráfico de drogas, diante da aplicação analógica dos arts. 61 e 62 da Lei 11.343/2006, sobretudo se presente o interesse público de evitar a deterioração do bem. Ex.: Utilizar avião apreendida em crime de corrupção passiva pela PF. Para o STF então: é possível a aplicação da Lei de Drogas para crimes regidos pelo CPP com base no uso da analogia. Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 39 DICA 98 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO São inúmeros os princípios gerais do Direito; consistem em regras de integração, fontes supletivas. Aplicáveis na hipótese de lacunas – quando não há legislação específica a regular o caso concreto. Por exemplo, em dado caso concreto quando não se verifica uma lei que possa regê-lo de modo adequado, o CPP admite a aplicação dos princípios gerais do Direito. Vamos pensar em um exemplo? Caso uma lei disponha que as partes processuais devam se manifestar no prazo de 10 dias em certa ocasião processual, entretanto, não estabelece a ordem. Quem deve se manifestar primeiro? Pelo princípio do contraditório e da ampla defesa, a regra geral é que a defesa deve ser ouvida por último). Lembre-se que isso é apenas UM EXEMPLO, para o candidato fixar melhor a matéria! DICA 99 PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA *ESTÁ EXPRESSAMENTE PREVISTO NA CF/88: Art. 5º (...), inc. LVII: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; ” *Consequência para o processo penal? Haja vista que, até eventual sentença penal condenatória, presume-se a inocência da pessoa, o ônus da prova, como regra, cabe à acusação. CONCLUSÃO: Havendo dúvidas sobre a culpa do acusado, o juiz deverá decidir em seu favor! A demonstração da culpa DEVE SER CABAL! *Exceções: - APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO IN DUBIO PRO SOCIETATE → • Nas decisões de recebimento de denúncia ou queixa • Na decisão de pronúncia no processo de competência do tribunal do júri. - PRISÕES CAUTELARES → ATENÇÃO REDOBRADA! LEMBRANDO QUE REFERIDA MEDIDA É EXCEPCIONAL (existem as hipóteses de cabimento)! A REGRA É QUE O ACUSADO RESPONDA O PROCESSO EM LIBERDADE! DICA 100 ATENÇÃO! NÃO PERCA UMA QUESTÃO EM SUA PROVA POR NÃO SABER SINÔNIMOS, O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA COMPORTA OS SEGUINTES: • princípio do favor rei, • princípio do favor inocentiae, • favor libertatis, • in dubio pro reo. DICA 101 ATENÇÃO! O princípio in dubio pro reo NÃO afasta a qualificadora do crime de roubo pelo uso de simulacro de arma de fogo que tenha confundido a vítima, A DEFESA DEVERÁ PROVAR a referida arma não tem potencialidade lesivo (o ônus é da defesa). Licensed to Israel Pereira costa - israelmatematic@yahoo.com.br - 491.011.292-87 Memorex PC PA - Rodada 01 40 DICA 102 PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO ÀS PROVAS ILÍCITAS *ESTÁ EXPRESSAMENTE PREVISTO NA CF/88: Art. 5º (...), inc. LVI: “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; ” ATENÇÃO! TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA (utilização de provas ilícitas por derivação): em suma, consistem nos meios probatórios que, embora, sejam confeccionados de modo válido, em momento posterior encontram-se maculados pelo vício da ilicitude originária que a essas provas inicialmente lícitas se transmite, contaminando-as. Ou seja, as provas