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Prova de Movimentos Sociais e Diversidade

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Prova de Movimentos Sociais e Diversidade
Questão 1
Respondida
Para Foucault, a sexualidade atua como um dispositivo que articula saberes e poderes para o governo (não enquanto instituição política, mas como gerenciamento de uns em relação aos outros) do sexo por meio do corpo e das maneiras das pessoas viverem os prazeres
Porque
A sexualidade é o nome possível de um dispositivo histórico que atua a partir de estratégias de saber e poder que estimulam corpos, classificam prazeres, produzem discursos, formam conhecimentos e reforçam o controle do sujeito.
(Adaptado de RIBEIRO, Paula R. C.; SILVEIRA, Nádia G. e SOUZA, Diogo O. Sexualidade na sala de aula: pedagogias escolares de pedagogias escolares de professoras das séries iniciais do professoras das séries iniciais do ensino fundamental. Estudos Feministas, Florianópolis, 12(1), 360, p. 109-129, jan./abr. 2004)
Sobre essas duas afirmativas, é correto afirmar que:
· as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
· as duas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si.
· a primeira é uma afirmativa falsa; e a segunda, verdadeira.
· a primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda, falsa.
· as duas são falsas; e não estabelecem relação entre si.
Sua resposta
as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
Quando falamos na sexualidade como dispositivo histórico, primeiro precisamos entender que se busca entendê-la dentro de uma produção desencadeada por processos que instituem quais saberes devem governar o campo da sexualidade, o que justifica a segunda sentença que mostra onde esses saberes e, também formas de poder, atuam para problematizar como produzem controle sobre os sujeitos.
Questão 2
Respondida
A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil,como foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. é no Parlamento, e não em fazendas ou quilombos.
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil. Assinale a afirmativa que indica como deveria ser feito isso:
· antecipando a libertação paternalista dos cativos.
· priorizando a negociação em torno das indenizações aos senhores.
· incentivando a conquista de alforrias por meio de ações judiciais.
· copiando o modelo haitiano de emancipação negra.
· optando pela via legalista de libertação.
Sua resposta
optando pela via legalista de libertação.
Sabemos que havia um grande abismo entre o homem livre e o escravo. Muitos documentos mostram que como iniciativa pessoal, o cativo muitas vezes reivindicava melhores condições de vida e trabalho. Em casosnos quais isso não era resolvido positivamente para o escravo, resultava em fugas, quilombos e organizações de revoltas. O campo de ação dos africanos foi durante muito tempo identificado como resistência, principalmente como fugas, rebeliões e quilombos. As rebeliões, tidas como 'revolta de escravos";, foram elaboradas a partir de alianças, constituindo-se em um acontecimento bastante complexo. Assunção (2006) considera que devem ser distinguidas as diversas modalidades que fazem parte dessa complexidade, que vão muito além da 'rebelião escrava"; por si só. Enumera, assim, quatro situações distintas: '1) revoltas exclusivamente escravas; 2) revoltas de escravos e forros; 3) revoltas com participações de escravos, forros e a população livre de cor mais ampla; 4) Revolta liderada pelas elites, com participação massiva de escravos e homens de cor livres"; (ASSUNçãO,2006, p.355). Isso quer dizer que em muitas revoltas tidas como 'escravas";, nem sempre eram realizadas somente por escravos. Podiam estar juntos homens negros livres, alforriados e homens negros que já faziam parte de uma elite que dominava algum trabalho, como a alfaiataria. Nesse grupo, podia inclusive, estar presentes escravos prediletos de algum senhor que não se conformava com a atitude rebelde do negro. Assim, os abolicionistas, como Joaquim Nabuco, difundiam ideias contra a escravidão que podiam ser mais ou menos pacifistas.
Questão 3
Respondida
As terras vão do Cabo de Santo Agostinho às proximidades do Maranhão, são os mais cruéis e desumanos de todos os povos americanos, não passando de uma canalha habituada a comer carne humana do mesmo jeito que comemos carne de carneiro, se não até mesmo com maior satisfação. (...) Não há fera dos desertos d'áfrica ou d'Arábia que aprecie tão ardentemente o sangue humano quanto estes brutíssimos selvagens. Por isso não há nação que consiga aproximar-se deles, seja cristã ou outra qualquer. (...) Os mais dignos dentre eles não são merecedores de nenhuma confiança. Eis por que os espanhóis e portugueses lhes fazem eventuais represálias, em memória das quais só Deus sabe como devem ser tratados pelos selvagens quando estes os prendem para devorá-los.
Embora o texto acima fale de canibalismo como uma barbárie sem sentidos, os indígenas o praticavam dando-lhe algum sentido. Assinale a afirmativa que explica como isso era praticado.
· o processo antropofágico indígena era um habito alimentar dos índios Tupinambás que caçavam seus inimigos para devorá-los.
· a antropofagia indígena fazia parte da cultura dos índios que em determinadas épocas caçava, aprisionava e devorava suas presas.
· a antropofagia indígena passava por um amplo ritual e não tinha a função de alimentação, mas cultural e espiritual, podendo até ser uma demonstração de afeto.
· a antropofagia era um ato de violência contra as leis divinas, por isso condenada pelas leis da Igreja, que condenavam todos os participantes a queimarem nos fogo dos infernos.
· eram muitos os índios antropófagos que devoravam seus inimigos ainda com vida, pois acreditavam que assim podiam assumir a sua coragem.
Sua resposta
a antropofagia indígena passava por um amplo ritual e não tinha a função de alimentação, mas cultural e espiritual, podendo até ser uma demonstração de afeto.
O ritual antropofágico era praticado por algumas tribos indígenas. Ppor exemplo, pelos tupinambás. 'Não havia simplesmente prisão, morte e canibalismo. A antropofagia passava por um longo processo[...]. O inimigo era levado a familiarizar-se com a tribo e a fazer parte de sua dinâmica social. Posteriormente, dava-se um processo de afastamento do capturado para 'reconhecê-lo mais uma vez como inimigo";. Todos os membros da comunidade participavam do ritual antropofágico [...]. Esse rito era uma tradição que passava de geração a geração. Havia outros tipos de antropofagia, além da incorporação do inimigo e da lógica da vingança. Para alguns grupos indígenas, como os tarairus, que habitavam o sertão nordestino, a antropofagia era um ritual de demonstração de afeto. A mulher comia a carne do filho morto, como símbolo de seu amor por ele. O luto era compartilhado com membros da família, que também comiam partes da criança morta e choravam a sua perda.
Questão 4
Respondida
"Em um dos seus primeiros livros, O nascimento da clínica (1963), Foucault busca entender as condições de possibilidade do aparecimento, no início do século XIX, da figura moderna, científica, da medicina: a anátomo-clínica. A doença deixa, então, de ser essência nosológica, espécie natural, estudada segundo o modelo da botânica, para ser considerada, segundo o modelo da anatomia, realidade localizada no espaço concreto, individual, do organismo doente" (CIRINO, 2007, p. 78).
Assinale a alternativa correta que reflita o discurso médico sobre a sexualidade:
· de fato, a homossexualidade é uma enfermidade, mudando apenas a forma de ser trata como tal, já que há um desvio do comportamento esperado.
· a medicina teve fundamental importância para se entender melhor as explicações que, a partir do século XIX, procuraram dar sobre todas as coisas. O uso da ciência viria para tornar mais verdadeiro aquiloque se tentava explicar sobre a sexualidade.
· o discurso médico tirou a doença do catálogo e a trouxe para o estudo do singular, do acontecimento, permitindo que a sexualidade fosse vista a partir da medicalização como forma de garantir a veracidade sobre o que dela se produziria.
· o século XIX positivou o uso da ciência para entendimento da sexualidade, porque agora estaria sendo submetida ao crivo da medicina, garantindo a veracidade dos fatos que dali decorressem.
· o discurso médico aprofundou um estudo mais próximo do que conhecemos hoje como sexualidade, contribuindo para conceitualizar argumentos que pudessem interferir no bom funcionamento sexual dos sujeitos.
Sua resposta
o discurso médico tirou a doença do catálogo e a trouxe para o estudo do singular, do acontecimento, permitindo que a sexualidade fosse vista a partir da medicalização como forma de garantir a veracidade sobre o que dela se produziria.
Um dos pontos importantes nas discussões de Foucault é sobre a produção da verdade. Aqui, no que se trata de sexualidade, a partir, mais visivelmente, do século XIX, a sexualidade, como dispositivo de saber, tem no discurso médico o regulador disciplinar que garantiria a produção da verdade. Ou seja, para que a verdade pudesse ser controlada, era preciso se falar dela, para produzir saberes e verdades. A ciência, principalmente a medicina, arcou com essa função, viabilizando o discurso potencialmente produtivo sobre a verdade.
Questão 5
Respondida
"O Brasil, um país que justamente nasceu do encontro das culturas e das civilizações, não pode fugir das políticas sobre ações afirmativas e multiculturalismo na educação. Paralelamente aos programas e projetos de mudanças desenvolvidos nas instâncias governamentais, como no Ministério da Educação, no Ministério da Saúde, na Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), etc., e nas instâncias não governamentais, creio que devemos aprofundar o debate intelectual e crítico num duplo sentido, aproveitando a luz das práticas experimentadas e devolvendo a essas práticas um olhar crítico construtivo e renovador. O melhor debate, a meu ver, é aquele que acompanha a dinâmica da sociedade através das reivindicações de seus segmentos e não aquele que se refugia numa teoria superada de mistura racial, que por dezenas de anos congelou o debate sobre a diversidade cultural no Brasil, que era visto como uma cultura sincrética e como uma identidade unicamente mestiça" (MUNANGA; 2005-2006, pág. 52).
A teoria de mistura racial da miscigenação deu abertura para uma interpretação que encobriu os diversos debates raciais no Brasil. Assinale a alternativa que indica o nome pelo qual ficou conhecida essa interpretação teórica.
· Mitologia da democracia dos direitos raciais.
· Mitologia da mistura racial.
· Mitologia da miscigenação das raças no Brasil.
· Mitologia da democracia racial.
· Mitologia da ausência de racismo.
Sua resposta
Mitologia da democracia racial.
O 'mito da democracia racial"; considerava que no Brasil não havia discriminação racial ou racismo. A expressão 'democracia racial"; parte da interpretação dos livros do antropólogo pernambucano Gilberto Freyre, Casa grande & senzala e Sobrados e mocambos, em que o autor argumenta sobre a originalidade da miscigenação do povo brasileiro em que todos os antagonismos haviam sido dissolvidos na miscigenação cultural brasileira.
Questão 6
Sem resposta
Nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.
O cenário vivenciado pela população negra, no sul dos Estados Unidos nos anos 1950 conduziu à mobilização social. Nessa época, surgiram reivindicações que tinham como expoente Martin Luther King. Assinale o que objetivavam essas reivindicações.
· a aceitação da cultura negra como representante do modo de vida americano.
· a incorporação dos negros no mercado de trabalho.
· o apoio aos atos violentos patrocinados pelos negros em espaço urbano.
· a supremacia das instituições religiosas em meio à comunidade negra sulista.
· a conquista de direitos civis para a população negra.
Sua resposta
a conquista de direitos civis para a população negra.
O movimento negro americano foi um importante estímulo aos outros movimentos de minorias sociais. Tendo em mente a severidade das relações raciais nos Estados Unidos, nos anos 1950 e 1960 do século XX, podemos perceber a extraordinária conquista que os movimentos negros conseguiram naquela época. 'A segregação foi superada, o sufrágio definitivo foi estendido ao povo negro através do Ato dos Direitos de Voto de 1965, e o governo federal instituiu programas de 'igualdade de oportunidades' e 'ação afirmativa' para combater o racismo. "; (ANDREWS, 1985, p. 52). O movimento negro americano teve importantes líderes e grupos com diferentes maneiras de atuarem contra o racismo. Martin Luther King, era fundamentado numa moral religiosa e pregava a não violência.
Questão 7
Sem resposta
As contestações já vinham sendo anteriormente articuladas na França, Estados Unidos, Inglaterra eAlemanha. Conforme Louro (1997, p.15) estes 'são locais especialmente notáveis para observarmos intelectuais, estudantes, negros, mulheres, jovens, enfim, diferentes grupos que, de muitos modos, expressam sua inconformidade e desencanto em relação aos tradicionais arranjos sociais e políticos, às grandes teorias universais, ao vazio formalismo acadêmico, à discriminação, à segregação e ao silenciamento".
O ano de 1968 é um marco histórico para os movimentos sociais. Marque a alternativa que especifica porque esse ano se tornou um marco.
· 1968 foi um importante ano para os movimentos sociais pois foi o ano em que as mulheres queimaram sutiãs em praça pública.
· 1968 foi um importante ano para os movimentos sociais pois foi o ano em que os americanos protestaram contra a guerra do Vietnã.
· 1968 foi um importante ano para os movimentos sociais pois foi o ano da morte de Martin Luther King, uma grande perda para o movimento negro norte americano.
· 1968 é uma data que é tida como referência para um processo maior em relação aos movimentos sociais que vinha se constituindo e que continuaria se desdobrando até os dias de hoje.
· 1968 foi importante ano para os movimentos sociais pois foi o ano em que teve uma grande onda de protestos na França para pedir reformas no setor educacional.
Sua resposta
1968 é uma data que é tida como referência para um processo maior em relação aos movimentos sociais que vinha se constituindo e que continuaria se desdobrando até os dias de hoje.
Foi a partir dos anos 1970 que, além da questão das classes sociais, percebeu-se que havia uma infinidade de fatores que influenciavam os movimentos sociais. Os estudiosos notaram, por exemplo, que muitos sujeitos dos movimentos sociais não pertenciam à classe operária, o que ampliava seu entendimento, pois a 'classe social"; não dava conta de todas as possibilidades que o movimento social abrangia. Assim, atualmente, não são somente as relações de produção, como queria Marx, que determinam suas ações, abrangendo outras questões que também determinam os movimentos sociais, como as questões políticas e culturais. Vale notar que a atuação política foi deslocada dos sindicatos, movimentos de trabalhadores e partidos políticos para a sociedade civil. Assim, está presente nos espaços dos bairros, das reivindicações dos sem-terra, dos sem-teto, das mulheres, das mulheres negras, dos indígenas, dos negros, dos homossexuais, das lésbicas, dos deficientes, etc. Como referência histórica, o ano de 1968 é um marco das manifestações e protestos. Essas contestações já vinham sendo anteriormente articuladas na França, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha. Conforme Louro (1997, p.15), estes 'são locais especialmente notáveis para observarmos intelectuais, estudantes, negros, mulheres,jovens, enfim, diferentes grupos que, de muitos modos, expressam sua inconformidade e desencanto em relação aos tradicionais arranjos sociais e políticos, às grandes teorias universais, ao vazio formalismo acadêmico, à discriminação, à segregação e ao silenciamento. 1968 deve ser compreendido, no entanto, como uma referência a um processo maior, que vinha se constituindo e que continuaria se desdobrando em movimentos específicos em eventuais solidariedades";.
Questão 8
Sem resposta
O direito dos povos indígenas às suas terras de ocupação tradicional configura-se como um direito originário e, consequentemente, o procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas se reveste de natureza meramente declaratória. Portanto, a terra indígena não é criada por ato constitutivo, e sim reconhecida a partir de requisitos técnicos e legais, nos termos da Constituição Federal de 1988. Ademais, por se tratar de um bem da União, a terra indígena é inalienável e indisponível, e os direitos sobre ela são imprescritíveis. As terras indígenas são o suporte do modo de vida diferenciado e insubstituível dos cerca de 300 povos indígenas que habitam, hoje, o Brasil.
Embora desde 1973, quando foi promulgada a Lei nº 6.001, que previa a demarcação de terras indígenas, ainda hoje os líderes indígenas centraram sua luta em função da terra. Assinale a alterrnativa que indica por que essa questão ainda não está resolvida.
· Por muitos motivos, por exemplo, as áreas demarcadas terem baixa valorização de mercado e serem distantes dos espaços urbanos, tornando a ida das crianças às escolas e a locomoção do adultos ao trabalho difícil, uma vez que os índios não possuem carros.
· Devido à regularização do processo de demarcação das terras indígenas; inspeção das áreas demarcadas para que não sejam descaracterizadas; ampliação das terras demarcadas que muitas vezes são insuficientes para o sistema de vida do grupo indígena.
· A luta indígena por terras remonta ao tempo da colonização, quando os portugueses invadiam suas terras para criar gado. No entanto, hoje em dia o problema da demarcação de terras está resolvido pois a FUNAI tem tomado posições positivas para os índios.
· As reivindicações indígenas sobre a demarcação de terras têm a ver com a ideia de que os índios, por terem sido os primeiros habitantes do Brasil, têm direito a todo o território nacional; por isso querem ter a posse total das terras brasileiras.
· As lutas dos índios e as movimentações que promovem nos órgãos governamentais sobre suas questões estão relacionadas ao não acesso aos meios de consumo que os outros cidadãos têm, inclusive a compra de terras para a exploração de minérios.
Sua resposta
As lutas dos índios e as movimentações que promovem nos órgãos governamentais sobre suas questões estão relacionadas ao não acesso aos meios de consumo que os outros cidadãos têm, inclusive a compra de terras para a exploração de minérios.
Na constituinte 1988, no art. 231, foram assegurados os direitos à cultura, direitos legais e direito à terra para os índios, e o Estado terá a obrigação de zelar por esses direitos. Porém foi só em 2002 que foi declarado no código civil a competência dos índios em gestar suas vidas, pois até então eram considerados incapazes. Conscientizados os líderes indígenas centraram sua luta em função da terra, porém com abordagens diversas. Algumas questões abordadas são: regularização do processo de demarcação das terras indígenas; inspeção das áreas demarcadas para que não sejam descaracterizadas; ampliação das terras demarcadas, que muitas vezes são insuficientes para o sistema de vida do grupo indígena ali estabilizado; combate a empresas que possam se instalar nas próximidades ou até invadir as terras indígenas e que causam impacto ambiental, prejudicando a vida nas aldeias, etc. Na atualidade, muitas lutas e confrontos, muitas vezes violentos, foram travados contra invasores (agronegócios, empresas, produtores rurais) por direitos ao território.
Questão 9
Sem resposta
Podemos encontrar na cultura brasileira muita colaboração da cultura indígena. Ela está presente no nosso dia a dia, como na alimentação. Uma das especialidades indígenas ressignificadas para o gosto do homem urbano é a tapioca, que hoje além da massa, que é igual a feita pelos indígenas, recebe diversos recheios e coberturas para atrair o gosto do homem médio urbano.
Entre as colaborações indígenas presentes no nosso dia a dia temos as palavras como Tietê, Jundiaí, etc. Também nomes indígenas de muitas cidades iniciados por “pira” ou “pirá”, por exemplo Piracicaba, Pirapora. Assinale a alternativa que indica o significado desse prefixo.
· o prefixo “pira” ou “pirá” significa rio que corre.
· o prefixo “pira” ou “pirá” significa queda-d'água.
· o prefixo “pira” ou “pirá” significa peixe.
· o prefixo “pira” ou “pirá” significa rio grande.
· o prefixo “pira” ou “pirá” significa subida da piracema.
Sua resposta
o prefixo “pira” ou “pirá” significa peixe.
Existem uma infinidade de vocábulos que são de origem indígena e que estão presentes nos acidentes geográficos, nos nomes das cidades, dos estados, dos bairros, das ruas. Por exemplo, Anhanbi, Aracaju, Araranguá, Anhanguera, Piracicaba, Jundiaí, etc. Também rios: Tietê, Araguaia, Paranapanema, Paraíba, Capivari, etc. Existem muitas cidades com o prefixo “pira” ou “pirá”, que significa peixe. Então Piracicaba significa queda-d’água que não permite a passagem do peixe e Pirapora significa o lugar onde os peixes pulam ou saltam, além de muitas outras.
Questão 10
Sem resposta
A designação “índio” para os habitantes do Brasil antes de Cabral é bastante geral, porque nivela todos esses habitantes sem mostrar que havia diferenças entre eles. Outros nomes também foram usados pelos Europeus para identificá-los, como aborígene, indígenas, negros da terra, gentio da terra e outros, dependendo de quem os estava identificando.
A incapacidade dos portugueses de dominar alguns grupos indígenas fez com que estes índios fossem identificados por um nome comum. Marque a alternativa que indica o nome designado para esse grupo.
· Guaranis.
· Aimorés.
· Tapuios.
· Tupinambás.
· Tupis.
Sua resposta
Tapuios.
Os tapuios eram sempre os inimigos, os índios hostís. Muitos índios “aldeados” participaram das guerras do lado dos portugueses contra os tapuios. Grande número de índios do grupo tapuio foi decapitado, chacinado ou “aldeado”. Por ser considerada uma “guerra justa”, os índios puderam ser escravizados com autorização da coroa. Suas terras foram conquistadas e divididas. Na época, a criação de gado se expandia e invadia terras indígenas, por isso que houve muitas guerras entre portugueses e tapuios.

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