Buscar

Resumo de Biologia Celular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
 EMBRIOLOGIA 
 
Fecundação: o espermatozoide deve passar por um processo chamado de capacitação 
espermática (tornando-se capaz de sintetizar e liberar hialuronidase, acrosina e 
neuraminidase), causando mudanças estruturais do espermatozoide, no flagelo 
especialmente. São 30h até a formação do zigoto. 
A hialuronidase liberada pelo acrossoma dissolve o material intercelular da corona radiata 
do ovócito. A acrosina e a neuraminidase são responsáveis por dissolver a zona pelúcida, 
que funciona como barreira para a fecundação. 
Entrada do espermatozoide: se a proteína zp3 for reconhecida por uma proteína na 
superfície do espermatozoide. Depois que 1 espermatozoide faz isso e penetra a zona 
pelúcida, todas as zp3 desaparecem, limitando a entrada de espermatozoides no óvulo 
(endurecimento da zona pelúcida). Se esse processo de desaparecimento falhar, 
aumentam as chances de mutações. O processo se chama reação zonal. 
 
Fatores que podem impedir a fecundação: 
Masculinos: problemas no flagelo, não ter receptor de zp3 e falta de enzimas necessárias 
no acrossoma. 
Femininos: não possuir proteína zp3 (infértil). 
 
APÓS ENTRADA DO ESPERMATOZOIDE: 
Formação dos corpos polares; 
Formação dos pró-núcleos masculino e feminino; 
Fusão dos pró-núcleos; 
Término da segunda divisão meiótica; 
Formação do zigoto (após a formação do zigoto se inicia a clivagem da célula). 
Ao iniciar a clivagem (divisões mitóticas), formam-se os blastômeros. Entre o terceiro e o 
quarto dia, os blastômeros começam a se compactar, formando a mórula. Entre o quarto e 
o quinto dia, a mórula se transforma em blastocisto por conta do surgimento de espaçõs 
entre seus blastômeros centrais. O blastocisto é dividido em embrioblasto (massa celular 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
interna que formará o embrião), trofoblasto (massa celular externa que formará a 
placenta) e cavidade blastocística (fonte de nutriente). 
 
Implantação: se inicia entre o quinto e o sexto dia e encerra entre o décimo segundo e o 
décimo quarto. Ocorre a entrada completa do blastocisto na parece do endométrio. 
 
Final da segunda semana: 
Se inicia a formação da cavidade amniótica (nutre o embrião que está sendo formado). 
Formação do terceiro folheto embrionário. 
Ectoderma primitivo. 
Endoderma primitivo. 
Placa pré-cordal vem do espaçamento do endoblasto. 
 
 
-sinciotrofoblasto (resto de células, proteínas e tecidos): avanço do blastocisto pelo tecido. 
Produz HCG (nono dia), que entra em contato com os vasos sanguíneos no décimo 
segundo dia e passa a ser detectado na urina, permitindo o exame Beta-HCG. 
-quanto maior o número de ejaculações, menor a qualidade dos espermatozoides. 
-gravidez ectópica: comum entre mulheres que tomam anticoncepcional. O material sai 
pela alça da tuba uterina e fica no mesentério. 
 
TERCEIRA SEMANA 
Formação da linha primitiva, notocorda e gastrulação. 
Gastrulação: crescimento e diferenciação das células para formação dos três folhetos 
embrionários, que são responsáveis por originar órgãos e tecidos do embrião. 
Folhetos embrionários: 
Ectoderma – camada mais exterior, forma epiderme e anexos epidérmicos, sistema 
nervoso e as cavidades. 
Mesoderma – entre ectoderma e endoderma, origina a derme, os ossos e os músculos, o 
sistema circulatório e reprodutor. 
Endoderma – mais interna, forma o sistema respiratório e alguns órgãos do digestório. 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
Processo notocordal: alterações na parte superior do ectoderma e formação do 
mesoderma. Origina a notocorda (camada que origina a coluna vertebral e o esqueleto 
axial). 
 
Neurulação: formação da placa neural, pregas neurais e tubo neural. 
 
Somitos: são agregações de células do mesênquima que originam as vértebras, costelas, 
derme da pele no lado dorsal do corpo e os músculos axiais. A contagem de somitos é 
uma alternativa para se descobrir a idade do embrião. 
 
 
Embriologia do sistema digestório 
O desenvolvimento do sistema digestório começa no início da quarta semana com a 
formação do intestino primitivo (intestino anterior + médio + posterior). 
Intestino anterior (faringe, esôfago, duodeno, estômago, fígado e pâncreas.) + médio 
(intestino delgado, ceco, apêndice vermiforme, cólon ascendente e metade do cólon 
transverso) + posterior (metade do cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide, 
reto e parte do canal anal, epitélio da bexiga urinária e parte da uretra). 
 
Linha pectínea: junção entre as regiões endodérmica e ectodérmica e nesta linha o 
epitélio muda de Colunar para Pavimentoso Estratificado (apresenta número variável de 
camadas celulares) por questões de proteção. 
 
Em alguns organismos não ocorre a recanalização (deveria ocorrer na nona semana), 
então o canal anal nasce colabado (sem abertura no septo urorretal). 
 
-Inflamação sistêmica: derivação de doenças, começa no desenvolvimento do epitélio do 
intestino. 
-Bactérias da microbiota são barreira de proteção para o epitélio. 
-Manter o epitélio íntegro para evitar o uso de células-tronco para renovar, pois se 
desgastam e sofrem agressão (barreira de muco que protege é perdida), provocando 
reação inflamatória. 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
-70% da capacidade de resposta imunológica está no intestino (é prejudicada pela 
inflamação). 
-Pessoas com desbiose tem doenças mais agressivas e resposta mais baixas à vacinas. 
Baixa vitamina b12 (é produzida por uma bactéria do intestino): imunidade baixa, alta 
recorrência de doenças (pode ser causada pela disbiose). 
 
QUARTA À OITAVA SEMANA 
Estabelecimento de estruturas internas e externas. 
Exposição a teratógenos (substâncias químicas que podem causar anomalias ou morte 
fetal/aborto). 
Ao fim desse período, os principais sistemas de órgãos já iniciaram seu desenvolvimento 
com funcionamento mínimo. 
Mudança na forma do embrião por conta da formação dos tecidos e ógãos. 
Desenvolvimento do tubo neural. 
 
Período embrionário: da fertilização até a oitava semana. 
Período fetal: da nona semana até o nascimento. 
 
*Talidomida (remédio anti-inflamatório) impede proliferação de células. 
*os dobramentos do disco embrionário permitem o estabelecimento da forma do corpo do 
embrião. 
 
Dobramento no plano mediano (dobramento ventral) 
• Dobramento ventral das extremidades cefálica e caudal 
• Produz as pregas cefálica e caudal 
• Pedículo se prende à superfície ventral do embrião (septo transverso, coração 
primitivo) e o alantóide é parcialmente incorporado ao embrião. 
• As pregas neurais a região cefálica tornam-se mais espessas formando o primórdio 
do encéfalo. 
• O dobramento da extremidade caudal do embrião resulta do crescimento da parte 
distal do tubo neural: primórdio da medula espinhal. 
• Parte do endoderma do saco vitelino é englobada, formando o intestino primitivo. 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
Dobramento da extremidade cefálica 
• Intestino anterior: entre encéfalo e coração. 
• Membrana orofaríngea: separa intestino anterior do estomodeu. 
 
Dobramento da extremidade caudal do embrião 
• Eminência caudal se projeta sobre membrana cloacal. 
• Parte do endoderma do saco vitelino incorporada: intestino posterior. 
• Porção terminal do intestino posterior se dilata e forma a cloaca. 
• Linha primitiva assume uma posição caudal. 
 
Dobramento no plano horizontal 
• Formação das pregas laterais direita e esquerda 
• O embrião torna-se cilíndrico pelo deslocamento da parede ventrolateral em 
direção ao plano mediano. 
• Com a transformação do pedículo do embrião no cordão umbilical, a fusão ventral 
das pregas laterais reduz a região da comunicação entre as cavidades celômicas. 
• Resulta do rápido crescimento da medula espinhal e dos somitos (agregações de 
células mesenquimais que originam vértebras, costelase músculos axiais). 
 
 
QUINTA SEMANA 
Pequenas mudanças no formato do corpo 
Crescimento acentuado da cabeça: rápido desenvolvimento do encéfalo e proeminências 
faciais 
Face em contato com proeminência cardíaca 
Segundo arco cresce e projeta-se sobre terceiro e quarto (seio cervical) 
Cristas mesonéfricas: mesonéfron. 
 
SEXTA SEMANA 
Diferenciação regional dos membros superiores: cotovelos e placas das mãos. Raios 
digitais: primórdios dos dedos. 
Saliências auriculares: saliências ao redor da primeira fenda faríngea. 
Olho evidente: pigmentação da retina. 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
Cabeça grande, encurvada sobre proeminência cardíaca. 
Hérnia umbilical. 
 
SÉTIMA SEMANA 
Chanfraduras nas placas das mãos, separando os futuros dedos. 
Cabeça perde contato com proeminência cardíaca. 
Estreitamento do canal onfaloentérico. 
Flexura cervical. 
Posição de nariz e boca. 
Fenda da orelha externa. 
Início da ossificação dos membros superiores. 
 
OITAVA SEMANA 
Aspecto humano. 
Os dedos das mãos estão separados, mas unidos por membranas. 
Dedos livres e separados. 
Pálpebras e aurículas desenvolvidas. 
Cabeça arredondada. 
Regressão quase completa da cauda. 
Herniação intestinal presente. 
Final da oitava semana: 
Membros bem formados, dedos mais compridos e separados. 
Primeiros movimentos voluntários dos membros. 
Desaparecimento da eminência caudal. 
Começo da ossificação dos membros inferiores. 
Cabeça ainda muito grande. 
Ainda não é possível identificar o sexo pela genitália externa. 
 
 
*ultrassonografia: idade gestacional, avaliação de crescimento embrionário, detecção de 
anomalias congênitas, possibilidade de anormalidade uterina. 
*sistema Carnegie: estagiamento do embrião (são 23 estágios). 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
 
NÚCLEO CELULAR E METABOLISMO 
 
• O núcleo da célula armazena DNA e coordena atividades celulares. 
• A existência do núcleo é o que possibilita a regulação da expressão gênica. 
• A forma do núcleo acompanha a forma da célula. 
 
Estrutura nuclear: 
-Envoltório nuclear: delimita o conteúdo do núcleo. Possui 2 membranas e controla a 
passagem de moléculas entre o núcleo e o citoplasma. 
-Nucléolo: são subcompartimentos com RNA, DNA e proteínas e fabricam ribossomos. O 
tamanho do nucléolo é um parâmetro pra analisar proliferação de células de câncer. 
 
Cromatina: 
Moléculas de DNA associadas a proteínas (histonas e não histonas). 
É onde fica o nucleossomo (DNA enrolado quase 2 vezes). 
Dividida em heterocromatina (forma mais compactada e inativa) e eucromatina (mais 
descompactada e ativa). Mais heterocromatina indica célula pouco ativa. 
A cromatina precisa se duplicar pra permitir a divisão celular (mitose) e se compacta pra 
formar estruturas especializadas. 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transporte nuclear: 
Os sinais de localização nuclear são sequências de aminoácidos que indicam para onde 
as moléculas devem ir e são reconhecidos que receptores de transporte que direciam 
essas moléculas. 
Na importação, os sinais são reconhecidos por importinas que se ligam aos sinais de 
localização nuclear. 
A exportação é pelos sinais de exportação celular e exportinas, que se ligam aos sinais de 
exportação. 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA E EPIGENÉTICA 
 
• Expressão gênica=transcrição e tradução. 
• A ativação dos genes é determinada pela sequência reguladora. 
• A regulação da expressão gênica pode ser a ativação ou o desligamento de genes. 
 
Tipos de mecanismos reguladores da expressão gênica: 
-Em procariontes: funcionam como interruptores (acionados por proteínas reguladoras), 
que ligam e desligam genes de acordo com respostas dos procariontes em mudanças 
ambientais. 
-Em eucariontes: existem circuitos de regulação pré-programados. 
 
Mecanismos epigenéticos: 
1-metilação do DNA: modulação de proteínas e genes. É uma modificação de DNA que 
não altera a sequência de DNA, mas tem uma influência sobre a atividade do gene. 
Ocorre pela adição de um grupo metil. 
2-modificação de histonas: histonas são proteínas que se associam ao DNA para formar 
cromatina. O mecanismo epigenético está na modificação nas caudas das histonas, 
causando uma maior ou menor compactação da cromatina. Com maior compactação, a 
transcrição não ocorre. 
 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
 
SINALIZAÇÃO CELULAR 
 
• A recepção dos sinais depende das proteínas receptoras, que geralmente ficam na 
superfície da célula e se ligam com moléculas-sinal. Essa ligação ativa o receptor, 
que ativa vias de sinalização dentro da célula. Essas vias de sinalização 
transmitem cadeias de moléculas e processam o sinal dentro de célula receptora e 
distribuem para os alvos (que geralmente são as proteínas efetoras). 
• As células se comunicam por diferentes tipos de moléculas-sinal. 
• A sinalização é rápida quando é na alteração de uma proteína já pronta, e lenta 
quando precisa entrar no núcleo, se ligar ao gene e então alterar o gene. 
• Pressão arterial elevada=maior produção de NPC (para induzir a vasodilatação). 
• A criança no ambiente uterina já interage com o meio, então bons estímulos se 
transformam em boas diferenciações. 
• AMP cíclico transforma glicose em glicogênio (isso regula o nível de glicose no 
sangue). 
• Sobrecarga do pâncreas (fadiga do sistema) faz parar a produção de insulina. 
Restrição calórica é “férias” para o pâncreas. 
• AKT (proteína quinase B)=estimula a síntese e expressão de receptores de glicose 
e estimula a síntese de glicogênio. 
• Ca2+ + DAG (diaglicerol)=ativar uma proteína chamada PKC (proteína quinase C). 
Essa PKC fosforila proteínas-alvo. 
• Jak-Stat=produção de hemácias. 
• Alto nível de insulina à noite aumenta inflamação (isso acelera o processo de 
envelhecimento). 
• Células musculares captam glicose sem insulina por meio da contração muscular 
(o sedentarismo pode desenvolver diabete e a atividade física aumenta a 
internalização do açúcar). 
• Hemoglobina glicada deixa de captar oxigênio. 
 
 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
Como o organismo pode falhar na internalização do açúcar: 
-Diabetes tipo 1 (não produz insulina) e tipo 2 (insulina não se liga ao receptor e cria 
resistência à insulina no organismo). 
 
Tipos de sinalização celular: 
-Dependente de contato: as células 
precisam estar em contato com a 
membrana. 
-Parácrina: depende de sinais 
liberados fora da célula e atua sobre 
as células próximas. 
-Sináptica: neurônios transmitem 
sinais elétricos e liberam 
neurotransmissores. 
-Endócrina: depende de células que 
transmitem hormônios no sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
• Diferentes tipos de células respondem de maneiras diferentes à mesma molécula-
sinal, produzindo efeitos diferentes. Exemplo: acetilcolina reduz velocidade e força 
de contração no coração, mas estimula a contração das células musculares 
esqueléticas. Nesse caso, o que faz a resposta ser diferente são os receptores 
diferentes. 
• O sinal induz a célula a responder de acordo com seu estado predeterminado. 
 
 
 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
Tipos de receptores de sinal: 
*esses receptores funcionam como transdutores de sinal 
-Receptores associados a canais iônicos: envolvidos na sinalização sináptica. Os 
neurotransmissores envolvidos nesse tipo de sinalização abrem ou fecham um canal 
iônico formado pela proteína que se liga na membrana. 
-Receptores associados a proteínas G: regulam a atividade de uma proteína-alvo na 
membrana. A proteína G (proteína ligada em GTP) controla a interação entre o receptor e 
essa proteína-alvo. 
-Receptores associados a enzimas: funcionam como enzimas ou estão associados a 
enzimas. Quando ativados fosforilam grupos específicos de proteínas na célula.• A sinalização mediada por ligante que liga receptores acoplados à proteína G e 
receptores acoplados à enzima tende a ser mais lenta, mais complexa e com 
consequências mais duradouras. 
 
 
Receptores associados a proteína G: 
-Medeiam a maioria das respostas aos sinais externos e internos. Visão, olfato e gustação 
dependem deles. 
-O AMP cíclico (cAMP) é regulado pelas proteínas G. O cAMP é um mediador intracelular, 
sintetizado por ATP da adenilil-ciclase e desencadeia várias reações na célula. 
 
1)O receptor reconhece o sinal e é ativado por ele. 
2)A proteína G se liga ao receptor ativado e transmite o sinal pra proteínas efetoras. 
3)Essa proteína efetora é ativada por uma subunidade da proteína G e produz o AMP 
cíclico. 
 
 
 
 
 
 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
CITOESQUELETO 
 
Células eucarióticas contém fibras de proteínas (os filamentos que formam o 
citoesqueleto) que estão envolvidas em: 
- Transporte intracelular de organelas 
- Separação de cromossomos 
- Movimento celular 
- Força mecânica 
- Formato da célula 
 
Filamentos do citoesqueleto: 
-Microtúbulos; 
-Filamentos intermediários; 
-Filamentos de actina. 
-Moléculas acessórias que interligam os filamentos e os conectam com outros 
componentes celulares. 
 
Microtúbulos: 
-determinam a posição das organelas e direcionam o transporte intracelular, formam os 
cílios e os flagelos. 
-auxiliam na divisão celular. 
-a união das tubulinas depende de Ca2+ e GTP (estimulam a ligação das tubulinas). O 
Ca2+ permite a interação e o GTP alterna em ciclos de crescimento e encurtamento e 
mantém o microtúbulo unido (quando o GTP se perde, o microtúbulo se desfaz). 
-são mais fáceis de romper que os filamentos intermediários. 
-formados pela união de alfa-tubulina e beta-tubulina com GTP. 
 
Filamentos de actina: revestem o interior da membrana (dá forma e resistência). 
-são polimerizados e despolimerizados 
-dá forma para a célula 
-movimentos da célula 
-divisão celular 
-citocinese (formação do anel contrátil que irá separar células recém formadas) 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
-a miosina realiza deslizamento sob a actina (contração/relaxamento) 
-tropomiosina: esconde os sítios de interação da actina/miosina 
-troponina: levanta a tropomiosina (estão ligadas) 
 
Filamentos intermediários: 
-formados por subunidades de actinas + subunidades de tubulina dos microtúbulos 
(formam arranjos que se diferenciam pela combinação de proteínas). 
-proporcionam resistência e força mecânica para as células. 
 
Proteínas acessórias: 
-Mantém a estrutura do citoesqueleto sob o controle de sinais da célula e permitem a 
organização dentro da célula. 
-controla a montagem dos filamentos do citoesqueleto. 
-convertem ATP em energia mecânica (movimenta organelas e os filamentos). 
 
*Ca2+ é o cálcio biodisponível, e a falta dele vira pedra/entope vasos e artérias. 
 
 
MATRIZ EXTRACELULAR 
 
A matriz extracelular é uma rede de proteínas e cadeias de polissacarídeos secretados 
pelas células. É um arcabouço de moléculas no meio externo da célula. 
Formada por uma parte fibrosa com fibras proteicas e uma parte de substância 
fundamental. 
Essa matriz fica ao redor das células em composições variadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
ESTRUTURA QUÍMICA DA MEMBRANA 
Bicamada lipídica: 
• É formada por dupla camada lipídica (bicamada). Grande parte desses lipídios são 
fosfolipídios. 
• Os fosfolipídios possuem natureza anfipática (uma região polar e uma apolar). 
Possuem uma cabeça polar e 2 caudas apolares. 
• Porção polar dos fosfolipídios (cabeça): dividida em radical, fosfato e glicerol. O 
radical é o que diferencia os fosfolipídios, já que muda a estrutura. 
• Porção apolar dos fosfolipídios (caudas): formada de hidrocarbonetos com ligações 
duplas. A posição das duplas ligações e a quantidade de carbonos diferencia os 
fosfolipídios. 
• A cauda de hidrocarbonetos é composta de ácidos graxos. 
• O comprimento da cauda e a quantidade de ligações duplas influencia na fluidez da 
membrana (se a cadeia de hidrocarbonetos for curta, reduz a tendência de 
interagirem umas com as outras). 
• A fluidez da bicamada lipídica depende de sua composição e de sua temperatura 
(torna-se mais fluida em baixas temperaturas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
*a bicamada lipídica de muitas membranas também possui colesterol. A membrana 
plasmática eucariótica contém grandes quantidades de colesterol. 
 
 
Movimentos do fosfolipídio: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Difusão lateral: se movem lateralmente. 
Rotação: rotacionam sobre seus próprios eixos. 
Flexão: movimento nas caudas dos ácidos graxos. 
Flip-flop: os fosfolipídios podem passar de uma das metades da bicamada de membrana 
para a outra. 
 
Colesterol: 
-Modula as propriedades da bicamada lipídica (reduz a permeabilidade da bicamada 
lipídica). 
-O colesterol aumenta o empacotamento dos lipídeos na bicamada. 
-Impede que as cadeias de hidrocarbonetos agrupem-se e cristalizem. 
-Como colesterol chega: alimentação/fígado produz. 
-Para onde colesterol vai: estrutura das membranas/composição de hormônios. 
-Ajuda a minimizar os efeitos da temperatura na fluidez da membrana. 
 
Glicolipídeos (moléculas de lipídios com açúcar): 
-São encontrados na superfície de todas as membranas plasmáticas. 
-Protegem a membrana (como do baixo pH e da presença de enzimas degradantes). 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
-Sua presença altera o campo elétrico e a concentração de íons na superfície da 
membrana. 
 
Ômegas: 
-ômega 3 é anti-inflamatório 
-ômega 6 é pró-inflamatório e é causa direta de doenças cardíacas quando ingerido em 
altas quantidades. 
O que diferencia os dois é a posição da dupla ligação na estrutura. No ômega 6 a dupla 
ligação fica no sexto carbono, no ômega 3 fica no terceiro carbono. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Entender como a alimentação afeta a composição da membrana; 
-funções da membrana podem deixar de ocorrer pela falta de lipídios e proteínas 
(adquiridos pela alimentação). 
 
2. Entender o papel do colesterol na membrana; 
-reduz a permeabilidade da bicamada lipídica, aumenta o empacotamento dos lipídios na 
bicamada, impede que os hidrocarbonetos cristalizem. 
 
 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
Proteínas de membrana: 
• Desempenham a maior parte das funções específicas de membrana. 
• Quantidades e tipos são variáveis (depende da demanda). 
• A quantidade de lipídios é sempre maior que a quantidade de proteínas. 
• Proteínas periféricas: se aderem parcialmente a membrana, com ajuda de lipídios e 
carboidratos. Ficam na periferia ou fora da membrana celular, ligadas em outras 
proteínas de membrana. 
• Proteínas integrais: atravessam a membrana e chegam no centro dela. Podem ser 
uni (atravessam 1 vez) ou multi (atravessa várias vezes). 
• O modo como as proteínas de membrana se associam na bicamada lipídica 
influencia na função dessa proteína. 
• As pontes de dissulfeto dão o formato da proteína. As ligações dissulfeto 
aumentam a estabilidade e mantém a estrutura da proteína. 
 
Carboidrato: 
 
• A camada de carboidratos existente na superfície celular atua na proteção, 
reconhecimento (permite que as células reconheçam umas às outras) e aumenta a 
capacidade de adesão da célula. 
• Ficam juntos de proteínas e lipídios no lado extracelular da membrana. 
• A característica de permitir o reconhecimento entre células é importante para o 
sistema imunológico, já que permite que as células imunes diferenciem as 
células/tecidos estranhos, que devem ser atacados, das células do organismo. 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
• Essa camada tem importante papel antitumoral. 
 
 
TRANSPORTE DE MEMBRANA• A bicamada lipídica das membranas serve como barreira para a maioria das 
moléculas polares (natureza apolar atravessa a membrana mais facilmente). 
• Quanto menores e mais apolares as moléculas são, mais rapidamente vão 
atravessar a bicamada lipídica. Moléculas pequenas e apolares como O2 e CO2 
passam facilmente. Íons não conseguem passar pela bicamada, precisam de uma 
proteína transportadora. 
• Moléculas polares como açúcares, aminoácidos, nucleotídeos e metabólitos 
celulares atravessam com dificuldade a bicamada, precisando de proteínas de 
transporte. A Via Glut é uma proteína que atua no transporte da glicose. 
• Proteínas transportadoras/carreadoras: ligam o soluto e sofrem mudanças para 
transferir esse soluto pela bicamada. 
• Proteínas de canal: interagem mais fracamente com o soluto. Formam poros que 
permitem a passagem de solutos específicos. É mais rápido. 
• Transporte passivo: ocorre espontaneamente e a favor do gradiente, por difusão 
simples através da bicamada ou por difusão facilitada por meio de canais e 
transportadores. 
• Transporte ativo: gasta energia e sempre é mediado por transportadores, 
ocorrendo contra o gradiente. Os transportadores comportam-se como enzimas 
(catalisadores que aceleram reações químicas). 
*o transporte de pequenas moléculas mediado por transportadores pode ser ativo ou 
passivo, mas o transporte por proteínas de canal é sempre passivo. 
 
 
*tipos de transporte ativo: 
1-transporte acoplado: transportadores acoplados fazem o transporte de um soluto contra 
o gradiente junto de um soluto a favor do gradiente. 
2-bombas de ATP (energia): gasto de atp para transportar contra o gradiente. 
 
*tipos de proteínas transportadoras: 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
1-uniporte: transportam um único soluto de um lado ao outro da membrana. 
2-simporte: transferência simultânea de um segundo soluto na mesma direção. 
2-antiporte: transferência de um segundo soluto na direção oposta. 
Um soluto pode usar a energia armazenada por outro soluto como fonte de energia para 
entra na célula. (glicose usa a energia do sódio, então se a concentração de sódio diminui 
o transporte de soluto também diminui). 
 
 
 
 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
*tipos de bombas de ATP: 
-bomba do tipo P: relacionadas a proteínas de múltiplas passagens e se autofosforilam. A 
bomba de sódio e potássio entra nessa classificação. 
A bomba de sódio e potássio estabelece o gradiente de sódio na membrana e mantém as 
diferenças de concentração entre sódio e potássio, jogando sódio pra fora da célula e 
potássio para dentro. Um terço da energia da célula é gasto por essa bomba. 
-bomba do tipo F 
-transportadores ABC: bombeiam moléculas pequenas. É uma proteína resistente a 
drogas (MDR), torna as células cancerígenas resistentes a fármacos, jogando o remédio 
para fora da célula, tornando o tratamento do câncer muito mais difícil. 
 
 
ENDOMEMBRANAS 
• A célula eucariótica é subdividida de forma elaborada em compartimentos 
(organelas) com funções diferentes e são envoltos por membranas. 
• As proteínas dão as características estruturais e as funções de cada 
compartimento. 
• As proteínas possuem marcadores (sequência sinal) que determinam para onde 
vão. 
• Movimentos de proteínas entre compartimentos: transporte transmembrana 
(proteínas translocadoras transportam proteínas específicas), transporte vesicular 
(intermediários transportam a proteína), transporte mediado (proteínas se 
movimentam entre o citosol e o núcleo por meio dos poros). 
 
Sequência sinal: é o que direciona as proteínas para onde devem ir. Cada sequência 
sinal tem um destino específico. Essas sequências podem ser extensões de aminoácidos, 
sendo então uma parte da proteína. Elas são reconhecidas por receptores de 
endereçamento, que levam as proteínas até o destino. 
 
SÍNTESE DE PROTEÍNA: 
1-interação das subunidades de ribossomos que possuem RNAm. 
2-os ribossomos iniciam a síntese de proteínas. 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
3-a partícula de reconhecimento sinal reconhece a sequência sinal e carreia o complexo 
(ribossomos + peptídeo Sinal) para membrana do retículo endoplasmático. 
4-os receptores PRS e os ribossomos se acoplam. 
5-a proteína é sintetizada no lúmen do retículo endoplasmático. 
• A proteína, depois de ser sintetizada, deve encontrar se caminho a partir de um 
ribossomo que fica no citosol até a organela onde vai exercer sua função. 
*principais compartimentos intracelulares 
 
-Retículo Endoplasmático: 
Tem enzimas que destoxificam substâncias e compostos que o corpo produz. 
Faz síntese de lipídios e proteínas. 
Única organela com ribossomos aderidos. 
Produz a maior parte dos lipídios. 
Reserva de íons de cálcio. 
Produz proteínas transmembrana e lipídios para a maioria das organelas. 
A liberação e captação de íon cálcio pelo retículo fazem a contração e relaxamento em 
cada movimento da contração muscular. 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
Glicosilação de proteínas (o oligossacarídeo precursor vai para a asparagina e é 
catalisado por uma enzima, então uma cópia de enzima se associa com cada proteína 
translocadora na membrana). 
 
-Peroxissomos: 
Realizam desintoxicação celular, já que catalisam o peróxido de hidrogênio (que é fonte 
de radicais livres). 
 
-Complexo de Golgi: 
Recebe e envia lipídios e proteínas que vem do retículo endoplasmático rugoso. 
 
Formação do autolisossoma que realiza autofagia. 
O tempo em jejum ou restrição calórica é o que “ativará” os lisossomos para que 
degradem as proteínas velhas e partes celulares. Esse tempo se inicia em 12 horas. 
Os lisossomos vão degradar proteínas envelhecidas ou danificadas (oxidadas) 
ocasionando o reparo genético. 
 
DEGRADAÇÃO DE PROTEÍNAS: proteínas que foram mal-enoveladas são levadas pela 
ubiquitina aos proteossomos, onde serão degradadas. 
 
 
*xenofagia=destruição de vírus 
*dormir=neutraliza patologias 
*peroxissomos=desintoxicação celular 
*reduzir reativos de oxigênio para preservar metabolismo 
*urina com espuma=excesso de proteína. 
*ubiquitina está envolvida no processo de descarte de proteínas inúteis e hsp70 no 
dobramento de proteínas. 
 
 
 
 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
MITOCÔNDRIAS 
 
• A memória tem relação com a “qualidade” da mitocôndria. 
• Na mitocôndria, o metabolismo dos açúcares é completo: o piruvato vai para a 
mitocôndria e é oxidado por O2 e vira CO2 e H2O. Isso permite a produção uma 
quantidade maior de ATP. 
• NADH é uma molécula carreadora de elétrons. 
• Em uma célula normal, a mitocôndria converte glicose em ATP (energia). 
 
 
Geração de energia na mitocôndria: O piruvato e os ácidos graxos entram na 
mitocôndria e são convertidos em acetil-CoA. A acetil-CoA é metabolizada pelo ciclo do 
ácido cítrico, que reduz NAD em NADH (e FAD em FADH2). No processo de fosforilação 
oxidativa, os elétrons de alta energia do NADH (e do FADH2) são transferidos ao longo da 
cadeia transportadora de elétrons da membrana interna para o oxigênio (O2). Esse 
transporte de elétrons gera um gradiente de prótons através da membrana, que é utilizado 
para direcionar a produção de ATP pela ATP-sintase. O NADH gerado pela glicólise no 
citosol também transfere elétrons para a cadeia respiratória (não-representada). Uma vez 
que o NADH não pode passar através da membrana mitocondrial interna, a transferência 
de elétrons do NADH citosólico deve estar acoplada indiretamente por meio de um dos 
vários sistemas “carreadores” que transportam outro composto reduzido para dentro da 
mitocôndria; depois de ser oxidado, este composto é devolvido ao citosol, onde é reduzido 
novamente pelo NADH. 
 
Fosforilação oxidativa: Quando os prótons fluem pela ATP sintase, eles a fazem girar, e 
seu movimento catalisa a conversão de ADP em ATP. 
 
Estatinas e coenzimaQ-10: 
Estatinas são medicamentos usados pra diminuir o nível de colesterol no sangue. 
A coenzima Q-10 diminui os efeitos colaterais das estatinas (dor, desgaste, câimbra, 
fraqueza muscular). 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
Essa coenzima (ubiquinona) existe no organismo mas pode ser obtida na alimentação e 
por suplementação. Tem efeito antioxidante, fornece energia, reestruturação muscular e 
prevenção cardiovascular. 
 
PAPEL DA MITOCÔNDRIA NO AGRAVAMENTO DE DOENÇAS: a mitocôndria é 
importante na produção de energia, e quando ocorre alguma mutação que impede essa 
função dela, o órgão fica com pouca energia e isso se torna um agravante da doença com 
o passar do tempo. Em indivíduos sedentários, não existe o estímulo à biogênese 
mitocondrial, elevando os níveis de reativos de oxigênio, responsáveis pela oxidação de 
estruturas celulares, causando o envelhecimento das células e desenvolvimento de 
doenças. 
 
MITOCÔNDRIAS NO ENVELHECIMENTO E NA INFLAMAÇÃO: baixa taxa de 
mitogênese mitocondrial reduz a produção de ATP e acelera o envelhecimento da célula, 
assim como gera reativos de oxigênio. 
 
COMO A ALIMENTAÇÃO PODE ALTERAR A ORGANIZAÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA: 
a alimentação saudável estimula a biogênese mitocondrial, responsável por produzir 
novas células ou melhoras a qualidade das já existentes. 
 
 
 
*exercícios físicos e boa alimentação estimulam a biogênese mitocondrial 
*vitamina C não funciona quando tem açúcar no sangue 
*para aumentar cognição e memória, deve-se estimular a mitogênese mitocondrial 
*mitocôndrias estão relacionadas com longevidade 
*cortar o fluxo de açúcar na célula=cortar suprimento de energia da célula tumoral 
 
 
 
 
 
 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
BIOLOGIA INTEGRATIVA 
 
ATIVIDADE ANTITUMORAL E ANTI-INFLAMATÓRIA DA VITAMINA D 
Fontes de vitamina D: alimentação (vitamina D3 vem de animais, vitamina D2 vem de 
plantas) ou pela conversão de 7-dehidrocolesterol, que funciona como precursor de 
colesterol na pele e é convertido fotoquimicamente em vitamina D3 na pele, sendo pró 
vitamina D3. 
O 7-dehidrocolesterol (pró-vitamina D), por meio da exposição ao sol, se transforma em 
colecalciferol na pele, um pré vitamina D. Esse colecalciferol é transportado ao fígado, 
onde sofre ação de uma hidroxilase (25-hidroxilase), que coloca uma hidroxila (OH) na 
molécula para que ela possa interagir de maneira adequada com os receptores. Essa 
molécula com hidroxila vai para os rins e sofre ação de outra hidroxilase, que adiciona 
outra hidroxila na molécula, formando 1,25(OH)2D3-forma ativa da vitamina D (calcitriol), 
estimulando a absorção de cálcio pelo organismo. Quando essa molécula chega ao rim 
ela pode se transformar na forma ativa ou na forma inativa desse hormônio. 
 
CALCITRIOL (vitamina D na forma ativa) 
Ação antitumoral: 
1) O calcitriol é a forma ativa da vitamina D e pode inibir a enzima (COX-2) que induz a 
propagação da atividade tumoral. A enzima COX-2 (ciclo oxigenase 2) é uma 
prostaglandina responsável pela inflamação que induz a PGE2 que se comunica com os 
receptores PG das células e induz a proliferação celular, metástase (crescimento e 
espalhamento do câncer) e a angiogênese (formação de vasos sanguíneos para continuar 
aumentando o tumor, já que esses vasos nutrem as células tumorais). O VEGF (fator de 
crescimento do endotélio vascular) é uma proteína sinalizadora envolvida na 
angiogênese; a presença dessa proteína no adulto significa formação de novos vasos 
para alimentar o tumor. Anticorpo que mata essa proteína=estratégia antitumoral. 
2) O calcitriol estimula a enzima 15-PGDH, que aumenta a degradação de 
prostaglandinas (PG). 
3) O calcitriol inibe os receptores de prostaglandina. 
4) O calcitriol inibe a enzima aromatase (enzima que converte a testosterona em 
estrogênio), que em níveis altos aumenta o risco de certos tipos de câncer, como câncer 
de próstata e de mama. 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
5) O calcitriol inibe o receptor de estrogênio (quando os hormônios se ligam nesses 
receptores, alimentam o crescimento do câncer). 
-Vitamina D3 dura mais tempo no organismo do que a vitamina D2 (plantas) 
-A vitamina D3 natural dura mais tempo no organismo do que a sintética 
-Relação entre vitamina D e depressão 
 
Ação anti-inflamatória: 
O calcitriol suprime o fator NF-Kb (transcreve genes inflamatórios) Se esse gene é ativado 
ele vai para o núcleo da célula e estimula o processo de citocinas pró-inflamatórias. A alta 
taxa de secreção dessas citocinas pró-inflamatórias e de PGE2 (tipo de prostaglandina) 
contribuem para a inflamação sistêmica. 
 
*No processo de inflamação crônica (como em pacientes com câncer) o fator NF-Kb está 
super estimulado, atuando na inflamação do tecido adiposo. 
 
Importante: 
1 Entender como a vitamina D pode ser produzida; 
2 Entender o porquê do papel antitumoral; 
3 Entender como ocorre a atividade anti-inflamatória da vitamina D; 
 
 
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA MELATONINA 
A glândula pineal é um importante sítio de produção de melatonina durante o período 
noturno (por isso a importância do ciclo circadiano bem regulado), além do intestino e da 
microbiota. Os níveis de serotonina na glândula pineal são elevados durante o dia e caem 
no início da noite, que é quando esse hormônio é convertido em melatonina. 
Conversão de serotonina em melatonina: na glândula pineal, a serotonina se junta com a 
enzima N-acetil-transferase que converte a serotonina em N-acetilserotonina e a 5-
hidroxi-indol-O-metil-transferase, formando a N-acetil-5-metoxitriptamina (melatonina). 
As mitocôndrias possuem receptores de melatonina e são os maiores produtores de 
reativos de oxigênio celular. 
Os reativos de oxigênio afetam lipídios, proteínas e DNA (causa 
destruição/morte/envelhecimento). 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
-A melatonina protege proteínas, lipídios e DNA de danos oxidativos, neutraliza reativos 
de oxigênio, aumenta a atividade enzimática antioxidante e neutraliza metais em transição 
(induzem a produção de reativos de oxigênio). A melatonina natural é mais hábil que a 
sintética na realização desses processos. 
 
 
Funções da melatonina como antioxidante: eliminação de radicais livres, estimulação de 
enzimas antioxidantes, aumento na eficiência da fosforilação oxidativa (conversão de 
energia em ATP) e redução da perda de elétrons (isso reduz a produção de radicais 
livres). 
 
MELATONINA E ESTRESSE OXIDATIVO 
A melatonina tem papel importante na redução do estresse oxidativo*, um dos principais 
fatores para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. A formação e liberação 
de radicais livres junto do baixo potencial oxidativo são as principais razões para o 
desenvolvimento do estresse oxidativo. A melatonina além de sequestrar radicais livres 
também aumenta o potencial antioxidativo da célula, aumentando a expressão de ezimas 
antioxidativas. Como a melatonina reduz o estresse oxidativo, que é causa de doenças 
neurodegenerativas, isso explica a maior incidência dessas doenças em idosos (que 
possuem menos melatonina por conta da calcificação da glândula pineal). 
 
 
*Estresse oxidativo=desequilíbrio entre os mecanismos pró e antioxidantes. 
-A serotonina estimula a produção e a secreção de melatonina 
-Disbiose (desequilíbrio de bactérias na microbiota intestinal)= não produz melatonina 
-A maior produção de melatonina é na infância, diminuindo durante a vida e tendo menor 
quantidade na senilidade, por conta da calcificação da glândula pineal. 
-A produção de melatonina é suprimida pela interrupção do escuro pela luz artificial. 
-Relação entre déficit de melatonina e distúrbios metabólicos (resistência à insulina, 
intolerância à glicose, distúrbios na secreção de insulina, obesidade). 
-Relação entre alteração do ciclo circadiano e obesidade. 
-Melatonina regulaa secreção hormonal de insulina, glucagon e cortisol. 
-Estresse oxidativo e disfunção mitocondrial são causas de doenças neurodegenerativas. 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
COMO O ESTRESSE AFETA A BIOLOGIA DAS CÉLULAS 
O estresse aumenta o nível de cortisol e de reativos de oxigênio. Esses reativos atuam na 
oxidação de lipídios, proteínas e do DNA (causando envelhecimento celular e sendo 
causa de doenças) associado à inflamação provocada pelo aumento do fator NF-Kb, 
resultando na diminuição dos telômeros (extremidades dos cromossomos). Em cada 
etapa da divisão celular, a região dos telômeros fica mais curta, e o envelhecimento 
acelera esse relógio biológico. O tamanho dos telômeros se relaciona inversamente com 
o envelhecimento cronológico. 
 
EFEITOS DO CAMPO ELETRÔNICO NA DEFESA ANTIOXIDANTE DE NEURÔNIOS 
-Aumento dos reativos de oxigênio (degradam proteínas, lipídios e DNA) e degradação 
neuronal. 
-Risco aumentado para o aparecimento de doenças neurodegenerativas como Alzheimer, 
Parkinson e esclerose amiotrófica lateral. 
 
ATIVIDADE MITOCONDRIAL NA ATIVIDADE FÍSICA E NO SEDENTARISMO 
A atividade física estimula a biogênese mitocondrial, como um processo adaptativo do 
corpo ao exercício com o aumento do número de mitocôndrias, para aumentar a eficiência 
de produção de energia para os músculos. 
Durante o exercício físico, o corpo produz PGC-1alfa, responsável por ativar genes que 
participam do metabolismo energético, biogênese mitocondrial, energia celular. O 
aumento da PGC-1alfa aumenta a produção das proteínas NUGEMPS, que são 
fragmentos da cadeia transportadora de elétrons, responsáveis por codificar proteínas 
mitocondriais. 
 
O sedentarismo estimula mitofagia (destruição das mitocôndrias). 
 
NOCICEPTORES 
Estímulo nociceptivo=estímulo capaz de ativar vias específicas de dor. 
Receptores de danos. São neurônios presentes em todo o corpo que enviam sinais 
causando a percepção da dor. Opioides são medicamentos que atuam nesses receptores 
de danos no sistema nervoso central, aumentando a tolerância à dor (analgésicos -
dipirona, paracetamol, etc). 
Monitoria de Bio Cel | Saile Silveira Dias
 
 
 
 
SONO 
A privação do sono pode: 
-Dificultar a regulação da inflamação; 
-Aumenta a produção de reativos de oxigênio; 
-Aumenta a produção de citocinas pró-inflamatórias; 
-Induz o aumento de cortisol; 
-Aumenta a pré disposição a diabetes. 
 
 
 
 
	Seite 1
	Seite 2
	Seite 3
	Seite 4
	Seite 5
	Seite 6
	Seite 7
	Seite 8
	Seite 9
	Seite 10
	Seite 11
	Seite 12
	Seite 13
	Seite 14
	Seite 15
	Seite 16
	Seite 17
	Seite 18
	Seite 19
	Seite 20
	Seite 21
	Seite 22
	Seite 23
	Seite 24
	Seite 25
	Seite 26
	Seite 27
	Seite 28
	Seite 29
	Seite 30

Continue navegando

Outros materiais