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2023 Virologia e Micologia As pesquisas iniciaram com Charles Chamberland - 1884 Filtros Vírus do mosaico do tabaco TMV As propriedades do TMV, como sua capacidade de replicação e facilidade de manipulação genética, tornaram-no um objeto de estudo valioso para a pesquisa genética e biotecnologia, especialmente em relação à engenharia genética de plantas. Estrutura: O TMV tem uma estrutura simples, consistindo em uma cápsula de proteína que envolve uma molécula de RNA de fita simples, que é seu material genético. Dimitri Ivanowski - 1892 Visualizou que o que estava presente era uma toxina e não um agente infeccioso Estrato de folhas maceradas e infectadas com TMV - vírus do mosaico do tabaco Quando diluído mesmo em concentrações baixas mantinha as propriedades do original. Doença vai se disseminar da mesma forma Martin Beijerinck Fluido tinha uma pureza, mesmo diluindo a reprodução continuava, incapaz de ser cultivado em meio sintético mas podia ser multiplicado em células vivas Frederich Loeffler e Paul Frosh - 1898 Febre Aftosa Primeiro vírus relatado a contaminar animais Coletaram o fluido e filtraram para eliminar a bactéria, dessa forma ela foi eliminada e sobrou somente o vírus, quando inoculado e reproduzido continuou causando a febre aftosa Definição de vírus Parasita intracelular obrigatório, não se multiplica em meios extracelulares Genoma pode estar na forma de DNA ou de RNA Vírus é um pedaço de material genético revestido de proteína (capsídeo) Seu objetivo é se perpetuar, pode sofrer mutações, se replicar onde o sistema imune não tem acesso Vírus Teoria de regressão e parasitas intracelulares Parasita que foi se simplificando, perdendo organelas e outras funções, se reduzindo a uma forma simples que pudesse ser replicada Organismo foi se diminuindo em termos de complexidade Teoria da origem celular Teve a habilidade de se replicar autonomamente a partir de elementos genéticos móveis em células hospedeiras. Ela sugere que os vírus podem ter se originado como parasitas intracelulares, que inicialmente eram parte das células hospedeiras, mas com o tempo evoluíram para se tornar entidades independentes. Teoria da co-evolução Refere-se à ideia de que os vírus e seus hospedeiros, ao longo do tempo, evoluem em resposta mútua, influenciando as adaptações e mudanças um do outro. Essa teoria é uma das explicações sobre como os vírus podem se adaptar e persistir em populações de hospedeiros ao longo de períodos evolutivos longos. Vírus teriam se originado de plasmideos através da recombinação de genomas com a célula hospedeira que permitiram a sua transformação em vírus Vírus nos ajudaram ao longo da nossa trajetória a evoluir, inserindo material genético Como surgiram os vírus? Estão presente em todas as células, possuem algum tipo de vírus que potencialmente vão parasita-la Febre aftosa Cinomose Existem vírus invertebrados, de plantas, fungos e bactérias AMPLO ESPECTRO DE HOSPEDEIROS Bactérias, arqueas, plantas, animais e seres humanos. Tamanho medido geralmente em nanômetros Estruturas virais podem ser usadas para visualizar estruturas virais Capsídeo Capsídeo com unidades repetitivas (capsômero), podem ser formadas por mais de uma proteína, cada proteína se chama de protômero Nucleocapsídeo: protege o material genético do vírus contra danos causados por condições adversas, como radiação, dessecação e ataques do sistema imunológico. Além disso, ele desempenha um papel importante na entrega do material genético viral à célula hospedeira durante o processo de infecção. Alguns tem envelope O cápsideo é um componente fundamental de um vírus e desempenha várias funções importantes na infecção viral. Funções: Proteção, integridade, reconhecimento da célula hospedeira, entrega do material genético Tamanho do vírus Núcleo O que é virion? É uma partícula viral completa - infecciosa por definição Partícula viral pode ou não ser infecciosa Na produção de vacinas a partícula é desativada Para contaminar o vírus precisa aderir a célula hospedeira Penetrar a célula iniciar processo reprodutivo Sair da célula Proteger DNA ou RNA da degradação Economia genética - precisa que tudo seja traduzido e transcrito sem a presença de íntrons, praticamente todo seu genoma é codificando (Ex circovirus, um gene no sentido horário, outro no anti horário) Possuí estruturas metaestáveis, resistentes ao ambiente o que faz a proteção do genoma e impede que ele seja desativado mas que se desfaz dentro da célula permitindo a liberação do genoma para fazer a replicação Todos os vírus tem núcleo e capsídeo (proteico) Nem todos tem o envelope (lipídio e proteína) Vírus envelopado é menos resistente. Vírus facilmente desativados com desinfetantes comuns Estruturas do vírus RNA ou DNA Genoma haploide - não tem repetição de cromossomos Retrovírus são a exceção Tamanho, organização genômica e número de genes variam muito entre espécies Menos complexos que bactérias em termo de complexidade de genoma Funções: Assegurar a replicação do genoma - enzimas polimerases de RNA e DNA e proteínas acessórias Subverter funções celulares em seu benefício Empacotar o genoma Genomas virais Polaridade Positiva - genes podem ser traduzidos diretamente, não precisa de todas as etapas para produzir a proteína Polaridade negativa - precisa transcrever o vírus para depois ser traduzido para produzir a proteína Tipo de Ácido nucleico - dna ou rna Número de fitas - 1 ss 2 as A polaridade + ou - TOPOLOGIA ds: Linear Circular Pseudo-circular TOPOLOGIA ss: Linear Circular Envelope Formado por uma camada bilipídica Embutidas na bicamada lipídica do envelope, há proteínas virais, conhecidas como proteínas de envoltório. Essas proteínas desempenham papéis importantes na adesão do vírus à célula hospedeira e na fusão do vírus com a membrana celular hospedeira durante a entrada. Adquirem o envelope pelo mecanismo de brotamento - MP, RE A presença de um envelope confere aos vírus uma maior flexibilidade e heterogeneidade em termos de sua capacidade de aderir a diferentes tipos de células hospedeiras. Isso permite que os vírus envelopados infectem uma variedade mais ampla de células do que os vírus não envelopados. A presença do envelope viral é uma característica importante que influencia o ciclo de vida do vírus, sua capacidade de infectar células hospedeiras e sua interação com o sistema imunológico. A vulnerabilidade do envelope viral a condições externas torna- os mais suscetíveis a desinfetantes e condições ambientais adversas, o que é uma consideração importante em aplicações clínicas e de biossegurança. Vírus dna Camada proteíca Recobre externamente o genoma Proteção do MG Proporcionar a transferência entre célula do vírus e hospedeiro Em vírus não envelopados ele se liga a célula Em vírus não envelopados é onde os anticorpos começam a atuar Protômeros Unidades estruturais do capsídeo Capsômeros Unidades morfológicas do capsídeo Formada por uma única proteína Capsídeo TOPOLOGIA ss +: Linear Mesmo sentido do Rna mensageiro TOPOLOGIA ss -: Linear Segmentado ds RNA: Segmentado Vírus rna Icosaedro - 20 faces iguais Cópias de uma ou várias proteínas Helicoidal - espiral Proteínas se associam entre sí Complexo Simetria do Capsídeo Anotações: Funções: Ligações aos receptores celulares Fusão do envelope com a membrana celular - facilita a penetração celular Penetração celular Transmissão do vírus entre células Auxiliam na saída das partículas recém formadas Induzem a formação de anticorpos Se liga com receptores celulares permitindo que os vírus fiquem aderidos as células Anticorpos normalmente são direcionados contra a glicoproteína Proteínas viraisGlicoproteínas Vírus envelopados Vírus encapsulados A matriz viral desempenha um papel importante no ciclo de vida dos vírus, afetando a estrutura, a montagem e a disseminação das partículas virais. Sua presença e funções podem variar de acordo com o tipo de vírus e sua estrutura específica. No entanto, em todos os casos, a matriz viral é uma característicaessencial para a replicação e a propagação dos vírus. A principal função da matriz viral é manter a estrutura do vírus, contribuindo para a estabilidade e a integridade da partícula viral. Ela ajuda a proteger o material genético viral. A matriz pode ancorar as proteínas do capsídeo à membrana viral. Isso é especialmente importante em vírus envelopados, onde a matriz liga o capsídeo à membrana lipídica. Matriz viral Menos resistentes Solventes lipídicos destroem a integridade da camada lipídica que compõe o envelope Algumas sustâncias químicas ou agente físicos alteram a conformação da glicoproteína Estruturais - Essas proteínas são responsáveis pela forma, organização e integridade do vírus. As proteínas estruturais podem variar de um tipo de vírus para outro, mas desempenham funções essenciais na infecção e replicação viral. Fazem parte da constituição do vírion Não estruturais - durante o processo infeccioso quando o vírus está dentro da célula. Essas proteínas estão envolvidas em processos intracelulares e interações com a célula hospedeira. Não fazem parte da constituição do vírion Anotações: Sobrevivência e evolução viralPropagação e Genética viral Taxonomia: Isolado Amostra isolada em laboratório Amostra sem caracterização Cepa Amostra bem caracterizada Ex: Doença de Newcastle Cepas de referência Usadas em muitos laboratórios, bem caracterizadas. Reconhecidas nacional ou internacionalmente Ex: CVS da raiva - cepa padrão Vírus de campo Cepa original do vírus que circula na natureza Variante Difere em alguma característica fenotípica Altos títulos - quantidade de vírus Adaptação a novos tecidos, órgãos ou hospedeiros Excretado por um longo tempo - aumenta a probabilidade de outro hospedeiro se infectar Doença branda para perpetuação na natureza Evasão do sistema imune - driblar o sistema, baixar defesas, sofrer mutações Resistência no meio ambiente Transmissão vertical - da mãe para o feto ou recém nascido Alto potencial de replicação Classificação Genética viral Evolução e seleção de variantes adaptadas ao ambiente Distribuição espacial e temporal - maior taxa de replicação ou não Espectro de hospedeiros - mutação pode disseminar o vírus para outras espécies Patogenicidade e virulência Interações com o sistema imunológico do hospedeiro, reduz a imunidade Mais mutação menor tempo geracional VÍrus Rna tem mais mutações - não utiliza DNA polimerase - RNA polimerase gera mais erros Mutações Alterações na sequência genômica Espontâneas Erro de polimerases na replicação Rna polimerase Menos fidelidade Não tem atividade de correção Induzidas Fatores químicos Fatores físicos Raio x, gama, UV Tipos de Mutações Pontual Envolve um único par de bases Silenciosa Não resulta em alteração de aminoácido Degeneração do código genético, especialmente na 3° posição Missence Resulta em substituição do aminoácido da proteína sintetizada. Substituição de um único nucleotídeo Nossence Resulta em um códon de parada Parte da proteína não é sintetizada Recombinação Intercâmbio de sequências genéticas entre dois genomas Contaminando a mesma célula ao mesmo tempo Trocam parte dos genomas entre eles Ressortimento Vírus RNA que tem o genoma segmentado Infecção por duas cepas do mesmo vírus Segmentos genômicos são redistribuídos gerando novas cepas Tipos de mutações Complementação Só funcionam se estiverem juntas na mesma célula Poliploidia Mais de uma cópia Mistura Fenotípica Material genético é o mesmo Interação genética entre vírus Troca de fase de leitura Deleção ou inserção --> Troca fase de leitura Sequência de aminoácidos alterados - proteína inativada Implicação das mutações Parvovírus Canino FLPV Mutação nos códons 93 e 323 da VP2 Habilidade de infectar cães Pandemia mundial em cães - Gastroenterite hemorrágica Anotações: Fechado Dentro de uma garrafa onde há a deposição celular no fundo, utilizado meio líquido para multiplicação viral Em um período é indetectável - fase eclipse onde inicia a multiplicação Maturação - está brotando Inativação - por ser um sistema fechado as células vão morrendo, consequentemente ocorrem alterações no meio e o vírus é inativado Replicação viral Clatrina - Mecanismo de endocitose, puxa para dentro da célula, proteínas se juntam ao redor do vírus, após isso ela se solta deixando o endossomo - serve para vírus envelopados e não envelopados Processo fisiológico Células com transporte de membrana ativo Fagocitose - fagossomos se fundem com os endossomos e lisossomos são acidificados, potencializando a capacidade de fusão e penetração dos vírus Ocorre o englobamento da partícula vir al Sistemas para cultivo de vírus Tamanho é sempre o mesmo, o que muda é a quantidade Precisa de uma célula viva para infectar (célula permissiva - permite que o vírus entre) Algumas células não são suscetíveis ao vírus - infecção abortiva Células que permitem a multiplicação - infecção produtiva Desnudamento Etapas da replicação Adsorção Penetração Desnudamento Expressão gênica Replicação do genoma Morfogênese Egresso Adsorção Partícula viral se liga com a célula hospedeira, através de receptores que ele possuí, cada vírus tem seu próprio receptor. Isso determina o espectro e tropismo do hospedeiro. Glicoproteína se liga ao receptor Alguns vírus necessitam de co-receptores HIV - afeta os linfócitos - afetando diretamente o sistema imunológico Quando o vírus se liga a célula essa interação pode causar alterações estruturais Induzir sinais químicos intracelulares Penetração Entra na célula. Introdução do nucleocapsídeo no interior da célula Vírus envelopados precisam de uma membrana para se fundir pois ambas as estruturas possuem camada bilipídica - mecanismo de fusão. Requer proteínas de fusão Proteína F Proteína TM Forma um canal entre o nucleocapsídeo e o citoplasma Genoma fica acessível as enzimas e outros fatores de replicação. Ocorre a remoção do capsídeo Etapa onde ocorre a liberação do material genético Cápsideo é uma estrutura metaestável - se desfaz dentro do ambiente celular Etapa que torna o genoma do vírus acessível para a multiplicação Expressão gênica Genoma já está acessível para a replicação e inicia-se a formação de RNAm e síntese de proteínas virais pela maquinaria celular Vírus começa a produzir suas proteínas, subverter funções celulares em seu benefício, empacota genomas recém replicados Transcrição: Vírus DNA Replica-se no núcleo, utilizando diretamente os mecanismos celulares da transcrição Vírus RNA Rna + RNAm é parcial ou integralmente traduzido pelos ribossomos - não precisa produzir o RNAm RNA - trazem a sua própria RNA polimerase nos vírions Retrovírus: converte sua fita de RNA em DNA, produz primeiro uma fita simples de DNA que pelo processo de complementaridade dos nucleotídeos gera uma fita dupla de DNA. Em seu capsídeo possui uma enzima chamada de integrase que corta o DNA e integra o genoma viral com o genoma celular do hospedeiro (transcriptase reversa - transforma o rna em dna) Todos os vírus de Dna e retrovírus precisam virar fita dupla para a transcrição gênica Vírus DNA Replicação do genoma viral transforma a fita simples em dupla Tem uma sequência específica onde inicia a replicação Replicação semi conservativa, produz através de complementaridade a outra fita ssRNA O RNA genômico é utilizado para a síntese do RNA complementar e este por sua vez é utilizado para a síntese do RNA genômico Replicação do genoma Tradução: DNA e RNA (-) 5'cap e cauda de poli A RNA (+) 5' cap ou IRES Monocistrônicos x Policistrônicos Policistrônicos - codifica para várias proteínas Monocistrônicos - codifica para apenas uma cadeia polipeptídica Morfogênese Vírus é montado através do processo de brotamento Montagem das partículas víricas, proteínas são clivadas e se rearranjam formando o capsídeo. Maturação por brotamento Egresso Final do ciclo viral Transcriptase reversa - utiliza o RNA (+) para sintetizar o DNA (-) e depois o dsDNA Como um determinado agente causa a patogenia/doença Sinais clínicos da doençaQuando tem sinais clínicos é um sinal de uma doença clínica Infecção subclínica - não possuí sinais clínicos/assintomático Pode ser exposto sem infecção - animal refratário Infecções agudas Níveis de replicação viral no organismo aumentam rapidamente, atingem um pico após alguns dias e decrescem com rapidez (anticorpos) ex: gripe Clínica Subclínica Infecções latentes Repetição de infecções mas com o tempo vai diminuindo Patogênese viral Efeito citopático ou citopatogênico Interação vírus-célula Acúmulo de proteínas e ácidos nucleicos virais (fase de expressão gênica) Efeitos tóxicos --> injúria celular - lesão tecidual Interferência no RNAm celulares Degradação do RNAm --- Inflenza, parvovírus e herpervírus Inibição da tradução do RNAm Inibição da síntese de DNA Indução mitótica - induz a replicação da célula, replicando também o vírus Na fase S, enzimas celulares auxiliam o vírus a se replicar Tumores Apoptose Morte celular programada Alguns vírus inibem ou retardam a apoptose Conceitos básicos Patogenicidade Capacidade do vírus em produzir a doença Virulência Nível de severidade da doença % de animais doentes Sinais clínicos + Alterações histológicas Multifatorial Susceptibilidade Condições oferecidas pelo hospedeiro para que ocorram infecções e doenças Resistência Oposição oferecida pelo hospedeiro à instalação da infecção Refratariedade Grau de resistência absoluta a um determinado agente Características da espécie e não do indivíduo Variam entre indivíduos de uma mesma espécie, de acordo com fatores como: raça, idade, sexo, condição corporal, estado fisiológico Alterações nas membranas celulares Fusão Desorganização/ruptura do citoesqueleto Alteração morfológica da célula Produção de corpúsculo de inclusão acúmulo de proteínas ou ac. nucleicos virais, podem estar no citoplasma ou núcleo Basofílicos ou Eusinofílicos Corpúsculo de Negri Corpúsculo de Lentz Alterações morfológicas associadas com a replicação do vírus em células de cultivo observadas em microscopia Principais padrões de infecção Infecção persistente/crônica Coexistência do agente com a resposta imune após a fase aguda Controle parcial da infecção Genoma integrado à célula Patogenia no hospedeiro Portas de entrada: Trato respiratório - Barreiras naturais do hospedeiro Vias aéreas superiores Muco Iga - anticorpo que é secretado Cílios Temperatura corporal mais baixa que a corporal, o que inibe alguns vírus Alvéolos Macrófagos Transmissão: Aerossóis produzidos por expectorações Contato nasal com fômites contaminados Replicação primária. Infecções virais: Penetração em um hospedeiro susceptível pela via adequada Replicação primária Evasão da resposta imune Se dissemina para órgãos e tecidos Replicação secundária - sinais clínicos Orofaringe e trato digestivo Barreiras naturais do hospedeiro PH do estômago, ph do intestino, enzimas digestivas da saliva e suco pancreático Chegando no local inicia a replicação primária Ocorre a disseminação Mucosa urogenital Transmissão - sêmen Infecções persistentes temporárias Estuda as doenças em populações, investigando os seus determinantes, a sua dinâmica e distribuição. Os vírus tem diferentes estratégias para se manter em uma determinada população, para sua perpetuação. Infecção de espécies silvestres - vírus da raiva - morcegos (reservatórios silvestres) Transmissão por artrópodes Longos períodos de incubação e sobrevivência no meio ambiente - parvovirose canina Transmissão vertical - da mãe para o feto/recém nascido Variabilidade genética e antigênica - relacionada a imunidade, com mutações o sistema imune do hospedeiro não vai reconhecer as modificações Epidemiologia das infecções virais Fonte de infecção Animal vertebrado infectado e capaz de transmitir o agente para outros animais susceptíveis Doentes Tem sinais clínicos Fácil reconhecimento Portadores Hospedeiros assintomáticos Sem manifestação clínica Difícil reconhecimento Importância epidemiológica - Portadores ativos Excretam o vírus (maioria) Portadores passivos Apenas abrigam e replicam o agente sem excretá-lo ou transmiti-lo Epidemiologia Quanto a excreção: Portadores ativos permanentes Excretam o vírus continuamente Ex: Retrovírus Portadores ativos temporários Excretam o agente por determinados período Ausência de sinais clínicos concomitantes Quanto a fase da doença: Portadores em período de incubação, prodrômicos ou convalescentes (poucos sinais ou ausência de sinais clínicos) Hospedeiro terminal Espécie infectada esporadicamente (acidentalmente), mas não possuem participação relevante no seu ciclo de transmissão Final da cadeia de transmissão Rápida e fatal Produção de níveis baixos de viremia Incapacidade de transmitir o agente Vias de excreção A Cadeia do processo infeccioso Fonte de infecção Excreção viral - vírus vai ser liberado Transmissão e penetração no hospedeiro Reservatório Espécie animal que abriga e mantém agentes infecciosos em um ecossistema podendo transmiti-los para outras espécies Fezes Urina Sêmen Secreções Sangue Feto Fluidos Pele Mecanismos de transmissão Horizontal direta Contato direto Ex: Mordedura, lambedura, contato focinho- focinho, focinho-genitália, pele-pele Ex: raiva Contato indireto Contato imediato entre o material contaminado recém excretado (secreções, excreções, líquido ou membranas fetais) e uma superfície mucosa ou pele do novo hospedeiro Biológicos Susceptíveis à replicação e amplificação do vírus em seus tecidos, Necessário para que ocorra a subsequente transmissão a outro hospedeiro Ex: vírus da dengue, febre amarela Mecânicos Simples contaminação de partes do corpo do inseto Ex: Vírus da mixomatose, Poxvírus Mucosa respiratória Vírus respiratórios - influenza Mucosa conjuntival Adenovírus, hantavírus, alguns herpesvírus; Mucosa orofaríngea CDV, FMDV, vírus sistêmicos; Mucosa intestinal Enterovírus, coronavírus, rotavírus; Mucosa genital BoHV-1, PRRSV, EHV-3 Pele BoHV-2, poxvírus, papilomavírus, arbovírus (pela picada de insetos) O novo hospedeiro Horizontal: entre indivíduos da mesma geração Vertical: Transmissão do agente de um hospedeiro para os seus descendentes Transporte de gotículas e/ou partículas contaminadas a longas distâncias Agentes que apresentam grande resistência no meio ambiente Ex: hantavírus, influenza Horizontal indireta Objetos inanimados Ex: agulhas hipodérmicas, material cirúrgico, luvas de palpação retal, espéculos, formigas, focinheira, tatuadores Água, leite, sêmen, subprodutos cárneos e outros alimentos contaminados com o agente também podem servir de veículos Latrogênico: transmissão por procedimentos médicos e/ou relacionados com a saúde animal Vetores invertebrados Insetos Os vírus transmitidos primariamente por insetos são chamados genericamente de arbovírus Transmissão aérea Vias de penetração Susceptível x Resistente x Refratário (resistência vem da espécie) Susceptibilidade natural x experimental Patogenia Período de incubação - vírus penetra no agente e inicia os sinais clínicos Período pré patente Penetração do agente e início da excreção Período patente Agente é excretado Mecanismos de manutenção na natureza Resistência no ambiente depende da estabilidade física da partícula viral e das condições ambientais (temperatura, umidade, radiação solar). Os vírus sem envelope geralmente são capazes de resistir por mais tempo fora do hospedeiro (parvovírus, FMDV, enterovírus, adenovírus), embora alguns vírus envelopados (poxvírus, mixomavírus) também possam resistir por períodos consideráveis. A contaminação de água, alimentos, solo, pastagens e mesmo de insetos pode servir de meio para transmissão desses agentes (transmissão indireta). Exemplos: Parvovírus canino (CPV) viável por até seis meses. Vírus respiratórios envelopados: menos estáveis infecção de vetores: A infecção de vetores artrópodes (mosquitos, carrapatos) é uma importante forma de transmissão de alguns vírus, denominados genericamente arbovírus. Após a ingestão de sangue do hospedeiro infectado,o vírus replica no intestino e/ou nas glândulas salivares do inseto, podendo ser transmitido após um período de incubação de alguns dias (período extrínseco de incubação). Mecanismo de manutenção na natureza Infecção de várias espécies animais A infecção alternada entre espécies favorece a permanência do agente no ecossistema. Além dos vírus que usualmente infectam mais de um hospedeiro como parte de seu ciclo natural, outros podem, ocasional ou acidentalmente, infectar outras espécies. Nesses casos, o hospedeiro acidental não participa da cadeia de transmissão do agente. Em geral, considera-se que quanto maior o espectro de hospedeiros susceptíveis, mais favorecida será a sobrevivência do agente na natureza. Sobrevivência no ambiente 1. Infecções persistentes latentes 2. Infecções latentes 3. Infecção de várias espécies animais 4. Infecção de vetores 5. Transmissão vertical 6. Ciclos contínuos de transmissão Infecção persistente Animal não se cura da doença, tem um pico e depois se mantém sob controle. É transmitida durante todo o período Infecção latente Hospedeiro normalmente está imunossuprimido Vários picos onde é liberada excreção Transmissão vertical A transmissão ao feto e/ou ao recém nascido é um importante mecanismo do prolongamento de existência de vários vírus animais Ciclos contínuos de transmissão A sobrevivência desses vírus depende da infecção sequencial, imediata e contínua de novos hospedeiros de uma única espécie. Condições Presença constante de um percentual alto de hospedeiros susceptíveis Contato frequente entre infectados e susceptíveis Geralmente excretados por secreções oronasais (vírus respiratórios) ou pelas fezes (vírus entéricos) em altos títulos durante um curto espaço de tempo. FUNGOS INTRODUÇÃO A MICOLOGIA Fungos Fungos não são sensíveis a antibióticos, somente antifúngicos Componente importante para diversos alimentos e bebidas Pães Cerveja Queijo Produtos fermentados Penicilina - 1° medicamento Produção de fármacos Alguns fungos tem a capacidade de produzir antimicrobianos Leveduras - insulina Importantes patógenos de animais Uma pequena parcela dos fungos causa doenças Fungos x Bactérias Micologia faz o estudo dos fungos Eles se apresentam na natureza de diversas formas Bolor de pão Cogumelos Fermento - fungo tipo levedura Mantém relações de simbiose com outros organismos - Líquens Essa simbiose lhes permite viver com vantagens mútuas Alguns fungos são importantes para a decomposição de elementos específicos, madeira possuí lignina, o microrganismo que inicia a decomposição da árvore é um fungo que tem a capacidade de degradar esse componente - Saprófitas Morfologia Podem ser divididos em dois grupos de acordo com seu corpo - Filamentosos e Unicelulares (leveduras)Características dos fungos Fungos Dimórficos Principalmente fungos patogênicos Unicelular ou filamentoso dependendo da condição Isso ajuda o fungo a invadir o tecido 37°c levedura 25°c filamentoso Importância dos fungos Eucarionte - possui ou não membrana. Possui membrana nuclear Células eucariontes são mais complexas Fungos são organismos mais complexos pois tem membrana nuclear Possuí parede celular - permeabilidade seletiva, forma a célula, fornece rigidez. Composta por quitina (carapaça do besouro), que da a rigidez Podem ser unicelulares ou pluricelulares Naturalmente são quimio-heterotróficos - usam fontes químicas e compostos orgânicos para produzir energia Não tem clorofila mas armazena glicogênio - coram de maneira específica por conta do glicogênio Classificação Classe Ordem Família Gênero Espécie 100.000 espécies de fungos descritas 1.700 novas espécies são descritas por ano Leveduras Unicelulares não filamentosos Esféricas ou ovais Amplamente encontradas na natureza Pó branco que cobre folhas e vegetais Geneticamente igual o organismo de origem Formados pela hifa/célula do organismo Formado por mitose Pode ser visto em laboratório Esporos assexuaisFungos filamentosos Variação morfológica muito grande Podem iniciar seu desenvolvimento através do esporo que germina o conídio e da origem a uma hifa Hifa: Estrutura tubular que vai crescer linearmente e vai invadir o substrato em que ele se encontra Blastoconídio - esporos das leveduras Replicação do dna da levedura - se forma um broto = protuberância (blastoconídio) - O núcleo se divide e um deles migra para o broto - parede celular é sintetizada entre broto e célula parental dividindo as duas Hifas Contínuas ou septadas Hifas verdadeiras Pseudohifas - forma um filamento maior, não desgruda, leveduras não se desgrudam, não ocorre a separação total Hifas hialinas - sem coloração Hifas demácias - com coloração Função: Fixação da colônia da superfície Metabolizar e absorver os nutrientes do meio Armazenamento de nutrientes de reserva Multiplicação - Faz fragmentação Assexuais Conídio - esporo uni ou multicelular que não é fechado em bolsa Produzido em cadeia na extremidade do conidióforo Esporangiósporo - Formado dentro de uma bolsa (esporângio) na extremidade de uma hifa aérea (esporangióforo) Artroconídios Formado pela fragmentação das hifas Cada um desses fragmentos podem germinar e gerar uma nova colônia Clamidioconídios São mais redondos e grandes, envolvidos por uma parede grossa bastante resistente Estrutura de resistência do fundo Se forma em estresse hídrico ou nutricional Hifas formam um emaranhado de hifas formando o micélio Micélio cresce até tornar-se visível a olho nu --> Colônia Hifas com esporos - hifas aéreas - esporos com coloração preta Hifas que penetram no substrato - hifas vegetativas Esporos sexuais Depende da fusão de dois núcleos de colônias diferentes Microrganismo gerado é diferente do organismo de origem Produzidos em menos frequência Formado por meiose Esporos assexuais: Importantes para identificação dos gêneros e espécies de fungos - esporos assexuais Formato, tamanho, coloração da colônia Consiste em 3 etapas Plasmogamia - um núcleo haploide (n) de uma célula doadora + penetra no citoplasma da célula receptora - 1. Cariogamia - núcleos das células + e - se fundem formando uma célula 2n 2. Meiose - núcleo haploide 2n começa originar células n. Esporos sexuais recombinaram produzindo indivíduos diferentes 3. Liberação dos esporos Germinação Filos Zigomicetos Filamentosos, saprofíticos que apresentam hifas cenocíticas (sem septo) Ascomicetos Diversos fungos patogênicos Incluem alguns fungos com hifas septadas e algumas leveduras. Basidiomicetos Fungos “superiores”. Ex: cogumelos Hifas septadas Teleomorfos vs. Anamorfos Teleomorfos: produzem esporos sexuais e assexuais Zigomicetos, Ascomicetos e Basidiomicetos Anamorfos: fungos assexuais Historicamente classificados em uma categoria de espera: Deuteromicetos Alguns fungos perderam a capacidade de se reproduzir sexualmente Técnicas de biologia molecular reclassificando em ascomicetos e basidiomicetos