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FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA DISCIPLINA: ANÁLISE DE MATEMATICA I Trabalho Académico de Pesquisa Limites e Derivadas Beira, Outubro de 2023 Maria Zaqueu João Guacha Limites e Derivadas Beira, Outubro de 2023 Trabalho de pesquisa apresentado na UnISCED como requisito para avaliação na cadeira de Analise de Matematica I. Orientado pelo Docente꞉ Índice 1. Introdução ..................................................................................................................... 1 1.1 Objectivos ................................................................................................................... 2 1.1.1. Geral ....................................................................................................................... 2 1.1.2. Específicos .............................................................................................................. 2 2. Metodologia .................................................................................................................. 2 3. Revisão Bibliográfica ................................................................................................... 3 3.1. Conceito de limites de funções .................................................................................. 3 3.2. Tipos de limites de funções ....................................................................................... 4 3.2.1. Limites Laterais ...................................................................................................... 4 3.3. Tipos de limites de funções ....................................................................................... 5 3.3.1. Limites indeterminados .......................................................................................... 5 3.3.2. Limite Finito ........................................................................................................... 6 3.3.3. Limite no infinito .................................................................................................... 6 3.3.4. Limites infinitos ...................................................................................................... 7 3.4. Derivada..................................................................................................................... 8 3.4.1. Derivadas laterais ................................................................................................... 8 3.4.2. Tipos de derivada.................................................................................................. 10 4. Conclusão ................................................................................................................... 11 5. Referências Bibliográficas .......................................................................................... 12 1 1. Introdução Segundo Vunga (2019), em matemática, o conceito de limite é usado para descrever o comportamento de uma função à medida que o seu argumento se aproxima de um determinado valor, assim como o comportamento de uma dada sequência ou série de números reais, à medida que o índice (da sequência) vai crescendo, i.e. tende para infinito. Os limites são usados no cálculo diferencial e em outros ramos da análise matemática para definir derivadas e a continuidade de funções. Por exemplo, o limite de um polígono regular quando o número de ângulos internos ou de lados ou de gonos (cantos) tende para o infinito (cresce infinitamente!), dá origem a uma circunferência. No cálculo, a derivada representa a taxa de variação instantânea de uma função. Um exemplo típico é a função velocidade que representa a taxa de variação (derivada) da função espaço ou da distância s percorrida. Do mesmo modo a função aceleração é a derivada da função velocidade (Vunga, 2019). Silva (2008), diz-se que uma função f é derivável (ou diferenciável) se, próximo de cada ponto a do seu domínio, a função f(x) − f(a) se comportar aproximadamente como uma função linear, ou seja, se o seu gráfico for aproximadamente uma recta. O declive de uma tal recta é a derivada da função f no ponto a e representa-se por ( ) ( ) , mas quando x assumir, por exemplo um valor a, escrevemos ( ) ( ) ( ) . A Derivada nos dias que correm encontra muita aplicação em diversas áreas de conhecimento, entre outras, a de ciências económicas, como é o caso de cálculo de receita marginal (Vunga, 2019).. Diante deste contexto o presente trabalho tem como objectivo abordar sobre os limites e as derivadas destacando a definição, limites e derivadas laterias, tipos de limites e derivadas. O trabalho tem a seguinte estrutura: introdução, objectivos, metodologia, revisão bibliográfica, conclusão e referências bibliográficas. 2 1.1 Objectivos 1.1.1. Geral Dominar conceitos básicos de limites de funções 1.1.2. Específicos Definir limites de funções e derivada; Identificar tipos de limites de funções (laterais) e derivada (laterais); Descrever os tipos de limites de funções e derivada; Apresentar exemplos de limites de funções e derivada. 2. Metodologia Para a realização do trabalho recorreu-se a consultas bibliográficas como forma de dar o suporte teórico dos assuntos discutidos, deste modo a metodologia utilizada no trabalho foi uma abordagem qualitativa. Pois segundo Gil (2008), o objectivo central da abordagem qualitativa é entender a explicação de algum fenómeno, ou seja, subjectividades e nuances que não são quantificáveis. E a colecta de dados foi atraves de vários autores que abordam o tema cuja bibliografia se encontra patente na página reservada para o efeito. 3 3. Revisão Bibliográfica 3.1. Conceito de limites de funções Segundo (Guidorizzi, 2001), o conceito de limite é fundamental em matemática, particularmente na análise de funções e sequências. Ele descreve o comportamento de uma função ou sequência à medida que a variável independente se aproxima de um determinado valor ou de infinito. Formalmente, o limite de uma função ( ) à medida que se aproxima de um valor é representado por: ( ) onde é um número real ou infinito. Isso implica que à medida que os valores de se aproximam de os valores correspondentes de ( ) se aproximam de , mas não necessariamente o alcançam. Exemplos: Exemplo 1: Vamos calcular o limite de ( ) tendendo a 1: ( ) ( ) ( ) Logo, o limite da função no ponto = 1 vale 7, em outras palavras, 7 é o valor que deveria ter em 1 para ser contínua nesse ponto. Exemplo 2: Vamos calcular: ( ) ( ) ( ) ( ) O quociente 0/0 é indeterminado. Mas agora, se fizermos uma manipulação algébrica na expressão fatorando os termos, obtemos: Como a expressão simplificada resultou em uma função 𝑔( ) = + 1, que é contínua em = 1, podemos então calcular o seu limite: 4 ( ) O limite de uma função ( ) num ponto não depende do valor que ( ) assume em mas sim, dos valores que ( ) assume próximo de (ver artigo sobre limites). Esta manipulação algébrica, do exemplo acima, serviu apenas como uma forma de transformação da expressão, a fim de encontrarmos esses valores pois na sua forma original encontrávamos uma indeterminação (Guidorizzi, 2001). 3.2. Tipos de limites de funções 3.2.1. Limites Laterais Psikunov (1977), os limites laterais de uma função são usados para determinar o comportamento de uma função quando a variável independente se aproxima de um certo valor, seja pela direita ou pelaesquerda. Eles ajudam a entender como a função se comporta em torno de um ponto específico. `Se x se aproxima de a através de valores maiores que a ou pela sua direita, escrevemos: Esse limite é chamado de limite lateral à direita de a. Esta definição pode ser representada graficamente como, no exemplo abaixo: Se x se aproxima de a através de valores menores que a ou pela sua esquerda, escrevemos: https://www.infoescola.com/matematica/limites/ 5 Esse limite é chamado de limite lateral à esquerda de a. Graficamente, a diferença é sutil, mas repare na seta que indica a aproximação de x pela esquerda: O limite de f(x) para x a existe se, e somente se, os limites laterais à direita a esquerda são iguais, ou seja: 3.3. Tipos de limites de funções 3.3.1. Limites indeterminados O limite acima é um exemplo do que chamamos de limite indeterminado da forma 0/0 (“zero por zero”). O problema com esses limites deve-se a dificuldade de dizer por inspeção se o limite existe e, se existir, é difícil de dizer o seu valor (Guilherme, 2020). 6 De uma forma geral, se tivermos o limite da figura a seguir em que f(x) e g(x) tendem a zero quando x tende para a. Então, o limite é indeterminado do tipo 0/0 (Guilherme, 2020). 3.3.2. Limite Finito De acordo com Satana (2019), um limite finito de uma função é definido como o valor que a função se aproxima à medida que a variável independente se aproxima de um valor específico. Formalmente, para uma função ( ), o limite finito é denotado como lim ( ) , onde é um número real. Isso implica que, conforme se aproxima de , o valor de ( ), se aproxima de sem ultrapassá-lo. O limite finito é crucial para compreender o comportamento de uma função em pontos específicos, fornecendo informações sobre seu comportamento próximo a esses pontos (Satana, 2019). Exemplo: Considere a função ( ) Quando calculamos o limite de ( ) conforme se aproxima de 1, temos: ( )( ) ( ) Neste exemplo, o limite de ( ) conforme se aproxima de 1 é 2, indicando que a função se aproxima de 2 à medida que se aproxima de 1. 3.3.3. Limite no infinito Limites no infinito (ou tendendo ao infinito) são aqueles em que a variável da função tende ao infinito (Satana, 2019). E representamos de duas formas ( ) Para quando tende a “mais” infinito, ou: ( ) 7 Quando tende a “menos” infinito. Assim como a definição formal de limites, existe também uma definição formal para limites tendendo ao infinito, que não difere muito da de limites comuns. Abaixo, a definição para mais infinito: Seja uma função e um ponto que pertence ao intervalo ] ,+∞[, contido no domínio de . Para qualquer 𝜀>0 existe 𝛿>0, com 𝛿> tal que > 𝛿 ⇒ −𝜀 < ( ) < +𝜀 3.3.4. Limites infinitos Segundo Stewart (2013), o limite em infinito no sentido matemático refere-se a situações específicas em que a variável independente se aproxima do infinito de acordo com uma direcção ou caminho específico. Isso pode resultar em diferentes comportamentos para a função, dependendo da direcção do crescimento. Satana (2019), limites infinitos, diferente dos limites tendendo ao infinito, são aqueles em que o limite é infinito. Para apresentarmos melhor este conceito, partiremos para assuas definições formais: Seja uma função e um ponto que pertence ao intervalo ] , 𝑏[, contido no domínio de . Para qualquer 𝜀 > 0 existe 𝛿 > 0, com + 𝛿 < 𝑏 tal que < < + 𝛿 ⇒ ( ) > 𝜀 O limite L, quando existe, é único e representamos por: Ou ( ) ( ) Se: > 𝛿 ⇒ ( ) > 𝜀 E também: ( ) https://www.infoescola.com/matematica/limites/ https://www.infoescola.com/matematica/limites-no-infinito/ 8 3.4. Derivada Silva (2020), dizemos que Derivada é a taxa de variação de uma função y = f(x) em relação à x, dada pela relação ∆x / ∆y. Considerando uma função y = f(x), a sua derivada no ponto x = x0 corresponde à tangente do ângulo formado pela intersecção entre a reta e a curva da função y = f(x), isto é, o coeficiente angular da reta tangente à curva. De acordo com a relação , temos que: partindo da ideia de existência do limite. Temos que a taxa de variação instantânea de uma função ( ) em relação a x é dada pela expressão . Precisamos estar cientes de que a Derivada é uma propriedade local da função, isto é, para um determinado valor de x. Por isso não podemos envolver toda a função (Silva, 2020). 3.4.1. Derivadas laterais Uma função ( ) tem derivada lateral à direita de um ponto de abscissa se o limite lateral à direita de da razão incremental (Rogawski, 2009). existir. Neste caso, diz-se que a função f é derivável à direita em Uma função ( ) tem derivada lateral à esquerda de um ponto de abscissa se existir o limite lateral à esquerda de da razão incremental (Rogawski, 2009). 9 Rogawski (2009), neste caso, diz-se que a função f é derivável à esquerda em x = x0. Uma propriedade importante, que relaciona a derivada com as derivadas laterais de uma função f(x) em , afirma que é diferenciável em se, e somente se, as derivadas laterais em x0 existem e são iguais. Neste caso, tem-se que Exemplo1: Exemplo2: 10 3.4.2. Tipos de derivada Segundo Stewart (2013), os principais tipos de derivadas são: 1. Derivada de uma função: A derivada de uma função descreve a taxa na qual essa função está mudando em relação a uma de suas variáveis. Por exemplo, se tivermos a função ( ) , sua derivada é ( ) 2. Derivada direccional: derivada direccional é uma extensão da ideia de derivada para funções de várias variáveis, que indica a taxa de variação em uma direção específica. Por exemplo, em uma função ( ) a derivada direcional em um ponto dado ( ) na direção de um vetor ( ) é denotada por ( ) 3. Derivada parcial: A derivada parcial mede a taxa de variação de uma função de várias variáveis em relação a uma dessas variáveis, mantendo as outras constantes. Por exemplo, se tivermos uma função ( ) , a derivada parcial de em relação a é , e em relação a é 4. Derivada de ordem superior: a derivada de ordem superior é a derivada de uma derivada. Por exemplo, se tivermos a função ( ) , a segunda derivada de em relação a seria ( ) . 5. Derivada implícita: A derivada implícita é usada quando uma função não pode ser explicitamente resolvida em relação a uma variável. Por exemplo, considere a equação . A derivada implícita de em relação a pode ser encontrada diferenciando ambos os lados em relação a . 6. Derivada logarítmica: A derivada logarítmica está relacionada a funções logarítmicas. Por exemplo, se tivermos a função ( ) ( ), sua derivada é ( ) 11 4. Conclusão Em suma, os conceitos de limites e derivadas formam a base do cálculo diferencial e integral, oferecendo ferramentas essenciais para compreender o comportamento de funções complexas e modelar fenómenos variados em diversas disciplinas. A compreensão profunda desses conceitos permite aos matemáticos e cientistas descrever e prever com precisão o comportamento de sistemas dinâmicos e variáveis em constante mudança. Além disso, o estudo contínuo e a aplicação prática desses conceitos contribuem significativamente para o avanço do conhecimento em diversos campos, incluindo física, engenharia, economia e muitos outros. Com sua utilidade e poder analítico, os limites e as derivadas permanecem como pilares essenciais no edifício da matemática moderna. 12 5. Referências Bibliográficas1. Guilherme, Santana. Limites. (2020). Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/matematica/limites. Acesso em: 28 de outubro de 2023. 2. Guidorizzi, Hamilton L. (2001). Um Curso de Cálculo: Volume 1. Rio de Janeiro: Editora LTC. 3. Piskunov, N. (1977). Cálculo Diferencial e Integral: Volume 1. Moscou: Editora Mir. 4. Rogawski, Jon. (2009). Cálculo: Volume 1. Porto Alegre: Bookman. 5. Silva, Marcos Noé Pedro da. (2023). Introdução ao Estudo das Derivadas. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/matematica/introducao-ao-estudo-das- derivadas.htm. Acesso em: 28 de outubro de 2023. 6. Stewart, James. (2013). Cálculo – Volume I. São Paulo: Cengage Learning. 7. Santana, Guilherme. Limites. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/matematica/limites. Acesso em: 28 de October de 2023. https://www.todoestudo.com.br/matematica/limites https://brasilescola.uol.com.br/matematica/introducao-ao-estudo-das-derivadas.htm https://brasilescola.uol.com.br/matematica/introducao-ao-estudo-das-derivadas.htm
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