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MINISTÉRIO DA SAÚDE CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL AÇÃO EDUCATIVA DO ACS NA PREVENÇÃO E CONTROLE DAS DOENÇAS E AGRAVOS COM ENFOQUE NAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE E-BOOK 24 Brasília – DF 2023 MINISTÉRIO DA SAÚDE CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Brasília – DF 2023 PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE E-BOOK 24 AÇÃO EDUCATIVA DO ACS NA PREVENÇÃO E CONTROLE DAS DOENÇAS E AGRAVOS COM ENFOQUE NAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 2023 Ministério da Saúde. Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: bvsms.saude.gov.br Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Departamento de Gestão da Educação na Saúde Coordenação-Geral de Ações Educacionais SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, Edifício PO 700, 4º andar CEP: 70719-040 – Brasília/DF Tel.: (61) 3315-3394 E-mail: sgtes@saude.gov.br Secretaria de Atenção Primária à Saúde Departamento de Saúde da Família Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 7º andar CEP: 70058-90 – Brasília/DF Tel.: (61) 3315-9044/9096 E-mail: aps@saude.gov.br Secretaria de Vigilância em Saúde SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, Edifício PO 700, 7º andar CEP: 70719-040 – Brasília/DF Tel.: (61) 3315.3874 E-mail: svs@saude.gov.br CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE – Conasems Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, Sala 144 Zona Cívico-Administrativo, Brasília/DF CEP: 70058-900 Tel.:(61) 3022-8900 Núcleo Pedagógico do Conasems Rua Professor Antônio Aleixo, 756 CEP: 30180-150 Belo Horizonte/MG Tel: (31) 2534-2640 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha - Porto Alegre - Rio Grande do Sul CEP: 90040-060 Tel: (51) 3308-6000 Coordenação-geral: Célia Regina Rodrigues Gil – MS Cristiane Martins Pantaleão – Conasems Hishan Mohamad Hamida – Conasems Isabela Cardoso de Matos Pinto – MS Leandro Raizer – UFRGS Lívia Milena Barbosa de Deus e Méllo – MS Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS Organização: Núcleo Pedagógico do Conasems Supervisão-geral: Rubensmidt Ramos Riani Coordenação técnica e pedagógica: Carmen Lúcia Mottin Duro Cristina Crespo Diogo Pilger Fabiana Schneider Pires Valdívia Marçal Elaboração de texto: Maristela Inês Osawa Vasconcelos Revisão técnica: Alayne Larissa M. Pereira - SAPS/MS Andréa Fachel Leal – UFRGS Camila Mello dos Santos – UFRGS Carmem Lúcia Mottin Duro – UFRGS Diogo Pilger – UFRGS Jéssica Rodrigues Machado – SAPS/MS José Braz Damas Padilha – SVS/MS Lanusa T. Gomes Ferreira – SGTES/MS Michelle Leite da Silva – SAPS/MS Patrícia da Silva Campos – Conasems Wendy Payane F. dos Santos – SAPS/MS Designer educacional: Alexandra Gusmão – Conasems Juliana Fortunato – Conasems Pollyanna Lucarelli – Conasems Priscila Rondas – Conasems Colaboração: Fabiana Schneider Pires – UFRGS Josefa Maria de Jesus – SGTES/MS Katia Wanessa Silva – SGTES/MS Marcela Alvarenga de Moraes – Conasems Márcia Cristina M. Pinheiro – Conasems Rejane Teles Bastos – SGTES/MS Roberta Shirley A. de Oliveira – SGTES/MS Rosângela Treichel Saenz Surita – Conasems Assessoria executiva: Conexões Consultoria em Saúde LTDA Coordenação de desenvolvimento gráfico: Cristina Perrone – Conasems Diagramação e projeto gráfico: Aidan Bruno – Conasems Alexandre Itabayana – Conasems Bárbara Napoleão – Conasems Lucas Mendonça – Conasems Ygor Baeta Lourenço – Conasems Fotografias e ilustrações: Banco de Imagens do Conasems Freepik Revisão ortográfica: Camila Miranda Evangelista Normalização: Luciana Cerqueira Brito – Editora MS/CGDI Valéria Gameleira da Mota – Editora MS/CGDI Brasil. Ministério da Saúde. Ação educativa do acs na prevenção e controle das doenças e agravos com enfoque nas doenças transmissíveis [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – Brasília : Ministério da Saúde, 2023. xx p. : il. – (Programa Saúde com Agente; E-book 24) Modo de acesso: World Wide Web: ISBN xxx-xx-xxx-xxxx-x 1. Agentes Comunitários de Saúde. 2. Ação Educativa em Saúde 3. Vigilância, prevenção e controle das doenças e agravos transmissíveis. I. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título. CDU 614 Ficha Catalográfica Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2023/0xxx Título para indexação: ACS educational action in the prevention and control of diseases and injuries with a focus on communicable diseases Tiragem: 1ª edição – 2023 – versão eletrônica http://www.saude.gov.br/bvs Este é o seu e-book da disciplina Ação Educativa do (a) ACS na prevenção e controle das doenças e agravos com enfoque nas doenças transmissíveis. Este material tem por objetivo apresentar um panorama das principais doenças e agravos infectocontagiosos prevalentes no Brasil, medidas de vigilância e controle, destacando como o (a) Agente Comunitário de Saúde (ACS) pode contribuir para a prevenção e para a identificação precoce de sinais e sintomas de Doenças Transmissíveis. Analisaremos a importância da educação em saúde, de modo a valorizar mais a pessoa do que a doença. Demonstraremos que isso pode ser feito através da promoção de espaços de diálogo, que permitam a livre expressão das angústias, medos, dúvidas e divulgação dos direitos dos cidadãos e cidadãs (como grupos de autocuidado, rodas de conversa, salas de espera, dentre outras). Destaca-se também a importância dos movimentos sociais e da participação comunitária no enfrentamento das doenças transmissíveis e na implementação de estratégias de ampliação da prevenção, do rastreio, do diagnóstico, do tratamento e do acompanhamento de grupos sociais vulneráveis. Estude este material com atenção e consulte-o sempre que necessário! Acompanhe também a aula interativa, a teleaula e realize as atividades propostas para assimilar as informações apresentadas. Bons estudos! OLÁ, AGENTE! LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ACE - Agente de Combate às Endemias ACS - Agente Comunitário de Saúde AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ARV - Intervenções Biomédicas baseadas no uso de Antirretrovirais CTA- Centros de Testagem e Aconselhamento DIP - Doença inflamatória pélvica HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana HPV - Papilomavírus humano IST – Infecção Sexualmente Transmissível PEP – Profilaxia Pós-Exposição PrEP – Profilaxia Pré-Exposição PVHIV - Pessoas que Vivem com HIV SAE- Serviço de Assistência Especializada SG - Síndrome Gripal SR - Sintomático respiratório SRAG - Síndrome Respiratória Aguda Grave SUS - Sistema Único de Saúde TDO - Tratamento Diretamente Observado TTP - Tratamento para Todas as Pessoas UPA - Unidade de Pronto Atendimento SUMÁRIO VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS DOENÇAS E AGRAVOS TRANSMISSÍVEIS AÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE COM ÊNFASE NAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE RETROSPECTIVA REFERÊNCIAS 6 24 29 38 40 VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS DOENÇAS E AGRAVOS TRANSMISSÍVEIS Vamos relembrar as definições sobre infecção, doenças transmissíveis, doenças contagiosas, doenças e agravos, e outros conceitos importantes? 7 Bia, doença transmissível é o mesmo que doença contagiosa? Tião, já ouvi falar também em doença infecciosa. Mas vamos ver os conceitos? 8 É o processo pelo qual um agente biológico penetra, desenvolve-se ou multiplica-se no organismo de outro ser vivo. Nem toda doença infecciosaé contagiosa, mas toda doença contagiosa é infecciosa. INFECÇÃO É aquela causada por um agente infeccioso específico ou por seu produto tóxico e ocorre pela transmissão deste agente ou dos seus produtos de uma pessoa, animal ou reservatório infectado para um hospedeiro suscetível. Existem doenças infecciosas contagiosas e não contagiosas. Agente infeccioso é transmitido diretamente de outros humanos ou animais infectados. Portanto, é aquela com transmissão direta. DOENÇA CONTAGIOSA Quando a transmissão é indireta. Ocorrendo através de vetores, partículas aéreas ou outros veículos (objetos contaminados). Exemplo: tétano acidental e malária. DOENÇA NÃO CONTAGIOSA DOENÇA INFECCIOSA OU DOENÇA TRANSMISSÍVEL 9 Doença: Enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou de fonte, que representa – ou pode representar – um dano significativo para a pessoa. Agravo: Qualquer dano à integridade física, mental e social da pessoa, provocado por doenças ou circunstâncias nocivas (acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas) ou lesões decorrentes de violências interpessoais (agressões e maus-tratos e lesão autoprovocada) (Ministério da Saúde, 2014). A maioria das doenças transmissíveis está associada à pobreza e ao subdesenvolvimento, ou seja, às vulnerabilidades sociais, ambientais e econômicas a que determinadas populações e espaços geográficos estão sujeitas, como a periferia pobre das cidades e as áreas rurais (ROUQUAYROL; GURGEL, 2013; BARBOSA; RAMALHO, 2021). E qual a diferença entre Doença e Agravo? Após entender o conceito de doenças transmissíveis, vamos relembrar como ocorre a cadeia de transmissão dessas doenças? Consulte o material complementar. Clique aqui ou escaneie o QR Code. https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/material-complementar-disc-24-cadeia-de-transmissao-das-doencas-1682780388.pdf 10 Bia, na sua área tem casos de doenças transmissíveis? Tem sim, Tião. Vamos estudar alguns casos de doenças transmissíveis juntos? – Tião, a ciência e a história nos mostram uma concepção ampliada de saúde que estabelece que os contextos e as determinações do adoecimento das pessoas estão nas suas condições de vida. Considerando as doenças transmissíveis e as políticas de vigilância e promoção da saúde, como nós, ACS, podemos agir para melhorar as condições de vida e saúde das pessoas no nosso território? – Bia, temos um dilema! Vamos estudar, compreender, buscar respostas e agir naquilo que estiver dentro das nossas possibilidades. Esse curso técnico de Agente Comunitário de Saúde tem sido uma grande oportunidade. Temos que fazer o nosso melhor! Vamos começar compartilhando alguns casos que encontramos no nosso território? 11 Revisando os ciclos de transmissão de algumas doenças Tião é ACS da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila da Maré e em seu território está localizado um bar bastante frequentado pelos homens que são moradores da área. Ultimamente, todas as tardes, ao passar em frente ao bar, Tião tem observado que o senhor João, um idoso de 65 anos, operário aposentado de uma fábrica de sapatos, que ele acompanha, sempre está tossindo. Além disso, o senhor João aparenta também estar mais magro. Atento à identificação de sintomas respiratórios na sua área, Tião resolve fazer uma visita ao domicílio do senhor João. A esposa do idoso o recebe e confirma as percepções de Tião sobre a perda de peso do senhor João. Ela relata, ainda, que ele tem feito uso de bebida alcoólica e fumado, e está apresentando tosse persistente há mais de 1 mês, além de febre no final da tarde e suor noturno. Tião avisa que vai agendar uma consulta para o senhor João com a enfermeira da sua área e pede para ele comparecer à UBS. Lá, o idoso é avaliado pela enfermeira Vanessa, que confirma que o caso é um Sintomático Respiratório e o orienta a coletar duas amostras de escarro para realização do exame de Bacilo Álcool-Ácido Resistente (BAAR). Uma das amostras é colhida na mesma hora e a outra na manhã seguinte, em jejum. A análise confirma a suspeita do ACS Tião, de que o senhor João possa estar com tuberculose. CASO 1 – VIGILÂNCIA E CONTROLE DA TUBERCULOSE 12 E qual a diferença entre Doença e Agravo? Para agirmos no processo saúde-doença de uma população é preciso planejar intervenções que levem em consideração o modo como essas doenças acontecem. Que tal começarmos compreendendo as cadeias de transmissão? Bia, vamos relembrar a cadeia de transmissão da tuberculose e entender melhor o caso do senhor João? 13 E qual a diferença entre Doença e Agravo? Agente (micro-organismo que pode causar a doença) Bactéria Mycobacterium tuberculosis também chamado de bacilo de Koch. Reservatório (local onde o agente infeccioso se encontra) Seres humanos. Outros possíveis reservatórios são gado bovino, primatas e outros mamíferos, e aves. Porta de saída (via pela qual os micro-organismos saem da fonte humana para atingir uma fonte ambiental ou um hospedeiro suscetível) Secreções respiratórias. Via de transmissão (forma em que o agente infeccioso se transporta do reservatório ao hospedeiro) e período de transmissibilidade Aérea, por inalação de aerossóis de pessoas com tuberculose ativa que lançam no ar partículas com bacilo ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir. A transmissão da tuberculose existe enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos. Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir e, em geral, após 15 dias de tratamento chega a níveis insignificantes. Medidas de controle de infecção devem ser implantadas até que haja a negativação da baciloscopia. Porta de entrada (via pela qual um agente infeccioso sai do seu hospedeiro) Trato respiratório. Hospedeiro suscetível (indivíduo ou animal vivo, que em circunstâncias naturais permite a sobrevivência e o alojamento de um agente infeccioso) Ser humano. Grupos de risco: pessoas que convivem com o doente, principalmente na mesma residência. População carcerária (presídios), população em situação de rua, população indígena, pessoas infectadas pelo HIV e imunossuprimidos estão mais suscetíveis à doença. Os determinantes sociais, tais como renda, habitação, educação, estilo de vida e uso abusivo de álcool, tabaco ou outras drogas também influenciam na vulnerabilidade. Fonte: Elaborado pelo autor Figura 1 - Cadeia de Transmissão da Tuberculose 14 Com aproximadamente 15 dias de tratamento, a transmissão da bactéria do indivíduo doente para outras pessoas é interrompida, evitando novos casos da doença. As características do Mycobacterium tuberculosis exigem alguns fundamentos do tratamento medicamentoso: ● A associação de medicamentos previne a multiplicação de germes naturalmente resistentes. ● Um longo período de tratamento é necessário para evitar que a doença ocorra novamente. ● O uso regular dificulta o surgimento de resistência adquirida. Os medicamentos adequados em doses corretas e o uso por tempo suficiente, com supervisão da tomada dos medicamentos são os meios para evitar a persistência da infecção e o desenvolvimento de resistência às drogas (resistência antimicrobiana) , assegurando, assim, a cura do paciente. A tuberculose tem cura e seu tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para o sucesso do tratamento, é importante que o paciente tome os medicamentos de forma regular (todos os dias, em doses adequadas) e pelo tempo previsto (mínimo de 06 meses). Mas Tião, o que é resistência da bactéria? 15 Bia, vamos entender o conceito! Assim, se houver abandono do tratamento da tuberculose, poderá haver resistência aos medicamentos antituberculostáticos (ou seja, que combatem a tuberculose) e o paciente terá que usar outros medicamentos para obter a cura desta doença. Uma das estratégias principais para que a pessoa com tuberculose tenha adesão ao tratamentoé o Tratamento Diretamente Observado (TDO). O TDO consiste na observação da tomada do medicamento pela pessoa com tuberculose por um profissional de saúde, como o (a) ACS, ou por outros profissionais capacitados. Esse regime de tratamento deve ser realizado em local e horário acordados com a pessoa e com o serviço de saúde. Como é caracterizada a resistência microbiana? É caracterizada pela capacidade de microrganismos (bactérias, fungos, parasitas etc.) resistirem à ação de medicamentos antimicrobianos. O resultado disso é a diminuição ou a eliminação da eficácia do medicamento para curar ou prevenir infecções, ou seja, não se obtém o sucesso esperado com a terapia antimicrobiana. 16 ● O paciente tem o direito de concordar ou de discordar com a proposta do tratamento diretamente observado. ● O paciente tem o direito de escolher o local onde deverá ingerir o medicamento e a pessoa que irá supervisionar esta ingestão. ● O fluxo do TDO deve ser orientado na perspectiva de maior integração entre os profissionais de saúde e as pessoas que estão com tuberculose, extensivo àquelas do seu relacionamento. O abandono do tratamento é um dos principais desafios para o controle da tuberculose, pois os sintomas podem desaparecer no início do tratamento, e, por isso, os pacientes podem parar de tomar as medicações e abandonar o tratamento. Se não ingerir os medicamentos, o paciente irá contaminar outras pessoas e essa situação pode causar a resistência da bactéria aos medicamentos, o que pode trazer complicações e até mesmo a morte. Daí a importância do (a) ACS monitorar o TDO em todos os casos de tuberculose, fazendo desta estratégia uma oportunidade para ampliar o seu vínculo com paciente, indo além da simples tarefa de observar a deglutição dos medicamentos. O tratamento da tuberculose sensível dura no mínimo seis meses, por isso é fundamental que o profissional de saúde acolha a pessoa, desde o diagnóstico até sua alta. A abordagem humanizada e o estabelecimento de vínculo entre o (a) profissional de saúde e o (a) usuário auxiliam, tanto no diagnóstico, como na adesão ao tratamento. Princípios para realização do TDO: 17 E qual a diferença entre Doença e Agravo? Outra forma de prevenção da tuberculose é a vacina BCG, ofertada no SUS. A vacina BCG protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades de saúde e em algumas maternidades. Essa vacina deve ser ministrada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias. Então, vamos ficar atentos aos seguintes sinais e sintomas da tuberculose, para poder identificar precocemente a doença: Tosse é o sintoma mais frequente da tuberculose pulmonar, geralmente acompanhada de expectoração (escarro). Além da tosse, podem surgir: febre baixa (geralmente no final da tarde), suores noturnos, emagrecimento, fraqueza, cansaço e dores no corpo. Na tuberculose extrapulmonar outros sintomas são comuns, de acordo com o órgão acometido. 18 A busca ativa de Sintomático Respiratório (SR) é uma importante estratégia para o controle da tuberculose, uma vez que possibilita a detecção precoce das formas pulmonares. No entanto, o diagnóstico é mais amplo do que a busca ativa e deve considerar vários aspectos. Mas qual o conceito de Sintomático Respiratório (SR)? Para a população geral, é considerado Sintomático Respiratório (SR) quem tem tosse por três semanas ou mais. Este deve ser o critério em serviços de saúde e também durante a estratégia programática de busca ativa. A pessoa com esses sintomas deve ser investigada para tuberculose através de exames bacteriológicos (BRASIL, 2019). Recomenda-se investigar principalmente: pessoas privadas de liberdade, pessoas vivendo em situação de rua, pessoas vivendo com HIV/Aids, pessoas com necessidades de álcool e outras drogas e, indígenas. A busca ativa em domicílio deve ser registrada pelo (a) ACS na Ficha de Visita Domiciliar (Anexo A) ou no aplicativo e-SUS Território. Os SRs devem ser registrados em um livro de registro no serviço de saúde (Anexo B) e encaminhados para exame de escarro. Assim, a busca ativa dos SRs deve ser uma estratégia priorizada pelo (a) ACS. 19 E qual a diferença entre Doença e Agravo? No boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, consta que os estados brasileiros que registraram o maior número de casos novos, em 2021, foram Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima, seguidos do Acre, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Sul. E sobre o número de casos novos da tuberculose no Brasil e como ela se distribui, você sabe? Eu só sei em relação a minha área e ao meu município. Para saber mais sobre a tuberculose e outras doenças transmissíveis, podemos consultar os Boletins Epidemiológicos do Ministério da Saúde. Clique aqui ou escaneie o QR Code. Outro material que você pode consultar é o álbum seriado: “Tudo o que você precisa saber sobre tuberculose”. Clique aqui ou escaneie o QR Code. ACS, você é um profissional-chave para o controle efetivo da tuberculose em seu território! https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/tuberculose/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-a-tuberculose-album-seriado-da-tb.pdf/view https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/tuberculose/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-a-tuberculose-album-seriado-da-tb.pdf/view VOCÊ SABE O QUE É CONTROLE? 20 É um conjunto de ações, programas ou operações contínuas voltadas para a redução da incidência e/ou prevalência de um dano à saúde em níveis tais que deixem de constituir um problema de saúde pública (BRASIL, 2009). As medidas de controle de doenças transmissíveis podem ser agrupadas conforme os elos básicos da cadeia de transmissão: agente, reservatório, porta de saída, via de transmissão, porta de entrada e hospedeiro suscetível. Quais são as principais atribuições do (a) ACS para a vigilância e controle da tuberculose e para o cuidado das pessoas? 21 ● Divulgar para a sua comunidade a tuberculose como importante problema de saúde pública atual. ● Orientar a população quanto à transmissão aérea da tuberculose e às medidas de prevenção que podem ser adotadas, tais como: manter o ambiente com boa ventilação e entrada de luz solar; ao tossir, levar o antebraço ou lenço à boca ou usar máscara comum; evitar aglomerações. ● Estar atento, em todos os encontros com a comunidade, aos principais sintomas da tuberculose (tosse, febre, emagrecimento e sudorese noturna), assim como divulgá-los, e fazer o encaminhamento dos casos suspeitos para a UBS. ● Para interromper a cadeia de transmissão da doença, é fundamental a descoberta oportuna dos casos de tuberculose ativa. Sendo assim, a busca ativa de SRs deve ser uma estratégia priorizada pelo (a) ACS. Destacam-se como atribuições do (a) ACS: 22 E qual a diferença entre Doença e Agravo? ● Possibilitar, conforme a rede do município, que a primeira amostra de escarro seja coletada no momento da suspeita de tuberculose. Isso permite a diminuição da transmissão e a consequente queda no número de casos, uma vez que o principal exame diagnóstico é o exame do escarro. ● Informar que o tratamento para tuberculose está disponível no SUS, dura no mínimo seis meses e deve ser feito até o final para promover a cura. ● Realizar busca ativa dos pacientes em tratamento e dos contatos que não comparecerem ao serviço de saúde quando agendados. ● Estar atento para os efeitos adversos do tratamento para tuberculose e, caso seja identificado algum, o paciente deve ser orientado e/ou encaminhado ao serviço de saúdepara avaliação. ● Informar às pacientes em idade fértil que a medicação para tuberculose diminui o efeito do anticoncepcional e orientá-las para o uso de métodos contraceptivos de barreira, como camisinha feminina ou masculina, DIU e diafragma. ● Planejar a realização do TDO, a partir do estabelecimento de vínculo e diálogo com o usuário, o que é importante para evitar o abandono do tratamento. ● Orientar e encaminhar os contatos ao serviço de saúde para avaliação clínica e possível diagnóstico e tratamento. Realizar busca ativa dos contatos, caso estes não compareçam à UBS. ● Acompanhar a situação vacinal das crianças do território e encaminhar ao serviço de saúde as menores de 5 anos que não tenham registro da BCG no cartão, ou não tenham cicatriz vacinal do braço direito. 25 E qual a diferença entre Doença e Agravo? ● Manter o território informado sobre a doença, trabalhando com parceiros da comunidade para o controle e redução de estigma e preconceito que afetam as pessoas com tuberculose. ● Utilizar ferramentas de coleta de informações e acompanhamento do paciente como estratégia de monitoramento e avaliação (BRASIL, 2017). Saiba mais sobre a Vigilância e Controle de algumas Doenças. Consulte o material complementar. Clique aqui ou escaneie o QR Code. 23 https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/material-complementar-disc-24-vigilancia-e-controle-de-algumas-doencas-1682780008.pdf AÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE COM ÊNFASE NAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS A educação possibilita que, no contato com outras pessoas, possamos transformar nossa forma de pensar e agir. A educação deve contribuir para formar cidadãos e despertar responsabilidades, devendo ser entendida não apenas como um meio de adquirir conhecimentos, mas também de transformar a realidade do sujeito que é educado (PINAFO, et al, 2011). Quando a educação acontece de modo organizado, com a intenção de abordar determinados assuntos, com objetivos e público definidos, considera-se que está sendo realizada uma ação educativa. Todos nós carregamos memórias de experiências de aprendizagem significativas. Quais os elementos presentes nessas memórias que as tornam especiais? Seria o entusiasmo, a paixão, o brilho no olhar que o educador colocava em suas aulas? E por que será que são esses que tanto nos marcam? Qual será, de fato, a diferença deste educador para os demais? Qual a relação que fazemos com o nosso processo de trabalho? Conseguimos encontrar sentido nas nossas atividades? A educação está presente no nosso dia a dia. Ela acontece nas escolas, nas universidades, nos espaços formais de educação, mas também em casa, nas praças, nos serviços de saúde, entre outros locais. 25 Para ajudar você a refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem e os elementos importantes envolvidos nele, te convidamos a assistir à animação “O oleiro”. 26 A ação educativa no campo da saúde, em particular aquela com ênfase nas doenças transmissíveis, deve ser pautada pelo diálogo aberto, participativo e problematizador. Ela deve estar alinhada aos princípios da Educação Popular em Saúde, que favorece a construção de intervenções que levem em conta os hábitos e valores das pessoas, os saberes e as práticas de cuidado das comunidades atendidas. Deste modo, valoriza a articulação entre ciência e saber popular e a determinação social da saúde. Clique aqui ou escaneie o QR Code. Sinopse O Potter é uma antiga criatura que dá vida ao barro. Nesta história, um jovem quer aprender os segredos do Mestre e se torna seu aprendiz. Ele aprende que o que produz a transformação é a magia que vem do coração (sentimento). https://youtu.be/ntoztA_pe88 https://youtu.be/ntoztA_pe88 Educar é fazer pensar, é estimular para a identificação e resolução de problemas, é ajudar as pessoas a debater, discutir, instigar a reflexão sobre suas situações de vida diárias (como a saúde, a doença, suas dificuldades e possibilidades). 27 É preciso também desenvolver “empatia”, colocar-se no lugar do outro para que, ao mesmo tempo em que aprende novos conteúdos, desenvolva, ao máximo, sua habilidade de pensar, decidir e agir. A comunicação dialógica colabora para o diálogo, a reflexão e o encontro de saberes, pois para exercer o cuidado é preciso considerar quem é a pessoa e as histórias que a constroem. É sobre isso que se baseia a Educação Popular em Saúde como estratégia para a Promoção da Saúde, uma vez que estimula a integração de saberes e a horizontalidade das relações. Tião, quais estratégias comunicacionais são usadas em seu território? Você as utiliza? 28 E qual a diferença entre Doença e Agravo? Para o desenvolvimento de ações de comunicação e educação em saúde, apontamos, portanto, alguns dispositivos possíveis: rádio local, jornais locais, murais de escolas e associação comunitária, espaços públicos, entre outros. Além destes, podemos mencionar também as redes sociais como uma tecnologia a ser utilizada na comunicação entre os trabalhadores de saúde e o usuário, sendo necessário avaliar cada contexto social, pois nem todos têm acesso a esses recursos. Dentre as mídias sociais, o WhatsApp se destaca como potencialidade de comunicação. Algumas equipes de saúde criaram grupos de WhatsApp com os moradores do território e estão produzindo “Rádio ZAP da UBS”. Toda semana a equipe divulga programa com informações e dicas de saúde. Quais outras estratégias de comunicação você conhece? PARA SE INSPIRAR: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE 30 Com base na pergunta do Tião, apontamos, aqui, algumas possibilidades de práticas de educação em saúde: Grupos de diálogo ● Pensar em grupos diversos e não em grupos de doentes, para romper com discriminações, preconceitos e estigmas; ● Formação de coletivos para troca de experiências, vivências e saberes sobre determinados assuntos; ● Ao formar um grupo, convide os familiares das pessoas com doenças transmissíveis (hanseníase, tuberculose, etc) para quebrar o preconceito e discriminação e reduzir o estigma coletivo, a fim de trocar experiências e criar vínculos; convide também pessoas formadoras de opinião da comunidade. Rodas de conversa, Roda de quarteirão ● Método educativo de participação coletiva para discutir uma temática, de modo problematizador e dialógico. ● É um excelente método para trabalhar nas escolas, associações comunitárias e demais equipamentos sociais. ● Não tem caráter duradouro. É usada mais para assuntos de forma pontual. ● É uma tecnologia pensada para os movimentos de Educação Popular em Saúde. Bia, pensando nas pessoas acometidas por doenças transmissíveis nos nossos territórios, fiquei pensando: Que ações educativas podemos desenvolver? Como podemos envolver a comunidade nessas ações? 31 Salas de espera ● Funciona como um dispositivo produtivo para ocupar o tempo ocioso nas instituições, transformando o tempo de espera pelo atendimento em um momento educacional. ● Por ser usado com álbum seriado, vídeos, cartazes, jogos, e outras estratégias (UNASUS, 2022). Destacamos também duas estratégias produzidas no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS), que têm ajudado os profissionais no cuidado com as pessoas acometidas por doenças transmissíveis e outros agravos à saúde: GRUPO DE AUTOCUIDADO É um grupo de pessoas com necessidades e interesses semelhantes, que busca, por meio do conhecimento, desenvolver estratégias para promoção do cuidado, utilizando recursos da comunidade. É um espaço que permite o compartilhamento e a troca de experiências sobre o adoecimento e as formas de enfrentamento do estigma e da discriminação (BRASIL, 2010). AUTOCUIDADO APOIADO Consiste na sistematização de intervenções educacionais e de apoio e é realizado pela equipe de saúde com o objetivo de ampliar as habilidades e a confiança das pessoas acometidas por doenças ou agravos de saúde. O objetivoé que elas aprendam a conviver com a doença, enfrentando-a e buscando superar suas limitações (UNASUS, 2022). 32 E qual a diferença entre Doença e Agravo? Apoio social às pessoas acometidas por doenças transmissíveis e seus familiares é um processo dinâmico e complexo, que permite estabelecer interação entre os serviços de saúde e a comunidade, articulando as redes sociais, satisfazendo necessidades de ordem emocional, instrumental e material e compartilhando recursos, experiências que facilitem o cuidado integral (REIS, 2014). Para se apropriar desta metodologia, acesse o Guia de apoio para grupos de Autocuidado em hanseníase. Clique aqui ou escaneie o QR Code. O autocuidado apoiado prevê, o empoderamento e a construção da autonomia das pessoas para que tenham a capacidade de gerenciar a sua condição por meio de avaliação permanente de seu estado de saúde, pactuação de metas e elaboração de Plano Terapêutico Singular, utilizando os recursos disponíveis nos serviços de saúde e na comunidade. Sabemos que existem inúmeras tecnologias educacionais para desenvolver as ações de educação em saúde no território. Não pretendemos esgotar essa discussão aqui, mas despertar a curiosidade para que, ao pensar em organizar as ações de educação em saúde, você leve em consideração os princípios da educação popular em saúde, com destaque para: https://bitily.me/CHxEb 33 E qual a diferença entre Doença e Agravo? 1. Dialogicidade; 2. Amorosidade; 3. Respeito aos saberes populares; 4. Uso de linguagem adequada a cada público; 5. Envolvimento da equipe de saúde da UBS; 6. Reconhecimento e utilização dos equipamentos sociais da comunidade. Mapa Vivo ou Participativo É uma estratégia que associa educação em saúde e vigilância popular. Configura-se como importante ferramenta de planejamento participativo da APS. Por meio dele, é possível compreender a dinâmica situacional da saúde de determinada região, território, a fim de criar estratégias que visem à promoção, proteção e a recuperação da saúde, além de fomentar subsídios para a tomada de decisão. Antes de pôr em prática a ação educativa é importante planejar. Para pensar na importância do planejamento assista à animação do Porquinho e o biscoito: Clique aqui ou escaneie o QR Code. Quais são nossos objetivos? O que é importante fazer para o alcance do que desejamos? No vídeo, o porquinho Ormie queria muito comer os biscoitos. Mas o que lhe faltou para que ele pudesse conseguir o seu objetivo? https://www.youtube.com/watch?v=LOyX-vgdQGQ 34 Para saber mais clique aqui ou escaneie o QR Code. Você pode ler mais sobre esta estratégia nos seguintes artigos: ● Sentidos e métodos de territorialização na Atenção Primária à Saúde. ● Oficina Mapa Vivo na atenção básica: estratégia de planejamento local ao combate ao Aedes aegypti. ● A experiência de mapeamento participativo. E sobre o monitoramento e a avaliação das ações educativas com foco nas doenças transmissíveis? SUGESTÕES DE LEITURA O professor César Wagner Góis, referência internacional em psicologia comunitária, educação biocêntrica e planejamento participativo apresenta várias estratégias que podem ser trabalhadas com grupos sociais ou populares, no seu livro Saúde Comunitária: pensar e fazer (2008), no capítulo 6: Técnicas de facilitação. https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/42540/1/2008_liv_cwlgois2.pdf https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/42540/1/2008_liv_cwlgois2.pdf 35 O que significa avaliar? Em uma busca rápida, recorremos ao dicionário da língua portuguesa e encontramos que “Avaliação” significa: "ato de avaliar, prática de averiguar, verificar, comparar determinado objeto para lhe conferir determinado valor". Pode, também, ser sinônimo de estimativa ou apreciação. O foco da avaliação da ação educativa está na formação dos sujeitos por um lado e, por outro, na transformação dos processos de trabalho e dos efeitos da ação educativa. Assim, os seguintes pontos são centrais: ● Buscar evidências da percepção dos usuários sobre a ação realizada; avaliar a aprendizagem. ● Buscar evidências de mudanças no processo de trabalho, da organização e da inovação nas práticas decorrentes de ações educativas. ● Se autoavaliar e avaliar o suporte institucional para a realização das mudanças. Avaliar práticas de Educação em Saúde como estratégia de Promoção da Saúde demanda estratégias participativas Para tanto, apresenta-se como sugestão, um roteiro de como conduzir uma roda de conversa visando o monitoramento e avaliação de ações de educação em saúde com foco na prevenção das doenças transmissíveis para os profissionais da APS. O ato de avaliar está inserido em nosso dia a dia. Nós avaliamos e somos avaliados constantemente. De fato, o ato de avaliar está inserido nas nossas vidas mais do que normalmente julgamos e é importante que saibamos fazê-lo. 36 E qual a diferença entre Doença e Agravo? Fonte: DIAS et al. 2022 (mímeo) Figura 1 - O que é Roda de Conversa. Propor uma roda de conversa com os participantes a partir das perguntas norteadoras: ● monitoramos e avaliamos o desenvolvimento de nossas ações com foco na prevenção das doenças transmissíveis no nosso território? ● Quais estratégias desenvolvemos com e para as pessoas com doenças transmissíveis? ● Consideramos como as ações desenvolvidas impactam positivamente na qualidade de vida das pessoas com doenças transmissíveis? ● Como estamos planejando nossas ações educativas? Roda de conversa é um espaço dialógico capaz de proporcionar integração, comunicação, partilha de opiniões e sentimentos, favorecendo a construção e o compartilhamento de ideias. 37 E qual a diferença entre Doença e Agravo? Clique aqui ou escaneie o QR Code e assista a cena do filme Monstros SA. Treinamento de habilidades. Você lembra do filme Monstros SA? Esta cena mostra o Sr. Bile no treinamento de habilidades para assustar crianças. Quais os elementos importantes da avaliação da aprendizagem estavam presentes no treinamento? Como você percebe o papel do educador? Vamos refletir? Para refletir criticamente sobre a Avaliação da Aprendizagem nos processos educativos, assista à animação: https://www.youtube.com/watch?v=oF9RP1gvbQQ https://www.youtube.com/watch?v=oF9RP1gvbQQ RETROSPECTIVA Chegamos ao fim desta disciplina! Após esta jornada, esperamos que você tenha compreendido a relevância do papel do ACS na vigilância e no monitoramento das doenças transmissíveis, bem como na vigilância dos casos suspeitos, e dos fatores de risco e transmissibilidade das doenças. 39 Agora aproveite e consulte o material complementar com a síntese das principais doenças transmissíveis, com os sinais e sintomas, formas de transmissão e estratégias de prevenção. Clique aqui ou escaneie o QR Code Amplie seu conhecimento! E para te dar uma mãozinha com essa tarefa, aqui vai uma dica: assista à teleaula. Ela está repleta de informações adicionais para você recordar e refletir sobre essa temática. Em nosso próximo encontro, daremos início aos estudos da temática “Ação educativa do (a) ACS na prevenção e no controle das doenças e agravos com enfoque nas doenças não transmissíveis”. Até breve! https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/material-complementar-disc-24-sintese-das-principais-doencas-transmissiveis-1683054352.pdf REFERÊNCIAS ANDRADE, et al. Módulo Teórico 2: Território e Determinantes Sociais em Saúde. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Curso de Atualização para Análise de Situação de Saúde do Trabalhador -ASST aplicada aos serviços de saúde. Brasília, 2021. BARBOSA, J.; RAMALHO, W. Saúde Amanhã - Textos para discussão: Possíveis cenários epidemiológicos para o Brasil em 2040. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2021. 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Clique aqui e responda à pesquisa. 44 https://www.youtube.com/watch?v=ZfTunvYbFN8&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=vSkIMX1HCiE http://auladengue.ioc.fiocruz.br/ https://youtu.be/NWvkpEg1TN0 https://youtu.be/Wwze6HiBUME https://www.gov.br/aids/pt-br/assuntos/hiv-aids https://www.infontd.org/resource/ilep-guia-didactico-de-lepra-2-como-reconhecer-e-tratar-reacoes-hansenicas https://www.infontd.org/resource/ilep-guia-didactico-de-lepra-2-como-reconhecer-e-tratar-reacoes-hansenicas https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-420-de-2-de-marco-de-2022-383578277 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-420-de-2-de-marco-de-2022-383578277 https://bitily.me/ZoOeM https://customervoice.microsoft.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=00pVmiu1Ykijb4TYkeXHBcuyUSjBpEtCq8T0cY9k8jBUN0NRS0FYWVhDWjBKT1FUUUM5OFRLOVNPMS4u 46 Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde bvsms.saude.gov.br
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