Buscar

EfeitosGeneticosAmbientais

Prévia do material em texto

VASCONCELLOS, B. de F., et al.
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 23, n. 1, jan.- jun., 2003. p. 39-45. 
EFEITOS GENÉTICOS E AMBIENTAIS SOBRE A PRODUÇÃO DE 
LEITE, O INTERVALO DE PARTOS E A DURAÇÃO DA LACTAÇÃO 
EM UM REBANHO LEITEIRO COM ANIMAIS MESTIÇOS, NO BRA-
SIL*
RESUMO: VASCONCELLOS, B. de F. e; PÁDUA, J. T.; MUÑOZ, M. F. C.; TONHATI, H. Efeitos genéticos 
e ambientais sobre a produção de leite, o intervalo de partos e a duração da lactação em um rebanho 
leiteiro com animais mestiços, no Brasil. Revista Universidade Rural: Série Ciências da Vida, Sero-
pédica, RJ: EDUR, v.23, n.1, p. 39-45, jan.- jun., 2003. O método dos quadrados mínimos foi usado para 
analisar 920 dados referentes à produção de leite, 911 referentes ao intervalo entre partos e 908 referentes 
à duração da lactação de um rebanho leiteiro constituído de animais de 9 grupos genéticos diferentes (Hol-
andês, Zebu e mestiços). Os efeitos fi xos, considerados no modelo matemático para os três caracteres, 
foram grupo genético (GG), estação do ano (SP), ano (YP) e ordem de parto (OP). A duração da lactação 
(LL) também foi considerada na análise da produção de leite. A produção média de leite, o intervalo médio 
entre parto e duração média da lactação, foram 1473,00 ± 395,91 Kg, 459,80 ± 113,38 dias e 233,00 ± 74,00 
dias, respectivamente, grupo genético e ano de parição, afetaram todos os caracteres, enquanto estação do 
parto não afetou nenhum. Já ordem do parto afetou a produção de leite e o intervalo entre partos, mas não 
afetou a duração da lactação.
Palavras-chave: Produção de leite, duração da lactação, intervalo entre partos. 
ABSTRACT: VASCONCELLOS, B. de F. E; PÁDUA, J. T.; MUÑOZ, M. F. C.; TONHATI, H. Genetcs and 
environmental effects on milk yield, calving interval and lactation lenght in a dairy crossbred herd. 
Revista Universidade Rural: Série Ciências da Vida, Seropédica, RJ: EDUR, v.23, n.1, p. 39-45, jan.- jun., 
2003. A total of 920 records of milk production, 911 records of calving interval an 908 records of lactation length 
for a dairy herd consisting of 9 different genetic groups (Holstein, Zebu and crossbred) were analyzed by least 
squares method. The fi xed effects considered in the mathematical model for all three traits were genetic group 
(GG), season (SP), year (YP) and order of parturition (OP). Lactation length (LL) was also considered in the 
analysis of milk production. Mean milk yield, calving interval and lactation length were 1473,00 ± 395,91 kg, 
459,80 ± 113,38 days and 233,00 ± 74,00 days, respectively. GG and YP affected all the traits. SP affected no 
one. OP affected milk yield and calving interval, but not lactation length. 
Key words: Milk production, lactation length, calving interval, crossbred, cow.
BRENO DE FARIA E VASCONCELLOS1
JOÃO TEODORO PÁDUA2
MÁRIO FERNANDO CERÓN MUÑOZ3
HUMBERTO TONHATI4
*Trabalho realizado junto ao Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP – Ja-
boticabal.
1- Universidade Católica de Goiás, Departamento de Zootecnia
2- Universidade Federal de Goiás, Escola de Veterinária, Departamento de Produção Animal 
3- UNESP - Departamento de Zootecnia 
4- UNESP - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal 
INTRODUÇÃO
 
Em países de clima tropical, o aumento 
na produção leiteira é limitado pelos bai-
xos níveis produtivos das raças nativas e 
pelas difi culdades adaptativas das raças 
de origem européia, o que tem levado 
à baixa produtividade, à alta idade ao 
primeiro parto e aos longos intervalos de 
partos, culminando numa indústria leiteira 
subdesenvolvida.
Uma alternativa viável é o cruzamento 
envolvendo raças de origem indiana 
(Zebuínos) e raças de origem européia 
(Taurinos), propiciando a utilização racional 
da adaptação ao clima tropical das raças 
indianas, aliada ao potencial produtivo 
das raças taurinas. Um importante resul-
tado dos cruzamentos é a heterose, que 
é o produto de uma maior diversidade de 
genótipos que aumentaria a probabilidade 
de adaptação às condições ambientais.
Efeitos genéticos e ambientais...
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 23, n. 1, jan.- jun., 2003. p. 39-45. 
Quando se opta pelo emprego de 
cruzamentos é importante que sejam 
identifi cadas as raças mais apropriadas e 
determinados os tipos de acasalamentos 
de forma a se obter os mais altos níveis 
de produtividade. Para as propriedades 
com capacidade de produção de até 2800 
kg por lactação, os cruzamentos Zebu x 
Holandês resultam em maiores lucros. O 
acasalamento de fêmeas F1 com touros 
Holandeses determinará um aumento 
na produtividade, mas a geração F2 irá 
requerer mais do criador, com uma con-
seqüente redução do lucro líquido (EM-
BRAPA, 1993).
Na busca pela proporção ideal de cada 
raça necessária para atingir altos níveis 
de produção vários autores concluíram 
que os cruzamentos envolvendo raças 
zebuínas e européias têm, na maioria das 
vezes, vantagens sobre as raças nativas 
nos sistemas de produção em regiões 
tropicais (MADALENA, 1976; KATPATAL, 
1977; COMBELAS et al., 1981; REIS e 
SILVA, 1987; VASCONCELOS et al., 1989; 
Mc GLOTHLEN et al., 1995).
 A produção de leite, o intervalo 
de partos e a duração da lactação são o 
resultado da ação de fatores genéticos e 
ambientais, sendo necessário portanto se 
determinar a importância destas fontes de 
variação sobre estas características.
Devido à grande diversidade dos tipos 
de rebanhos, dos níveis de manejo e das 
condições ambientais, diferentes médias 
foram relatadas para a produção de leite, 
variando de 2829 kg leite/lactação a 5926 
kg leite/lactação (POLASTRE et al., 1987; 
JUNQUEIRA FILHO et al., 1992; RORATO 
et al., 1987 e RIBAS et al., 1993), de 384,13 
dias a 463,68 dias para o intervalo de par-
tos (RAMOS, 1976; QUEIROZ et al., 1986; 
POLASTRE et al., 1987 e TEODORO et al., 
1993) e de 275,27 dias a 302,07 dias para 
a duração da lactação (POLASTRE et al., 
1987; MILAGRES et al., 1988; TEODORO 
et al. 1993 e SOUZA et al., 1995).
Entre os fatores ambientais que infl uen-
ciam estas características, vários autores 
MATERIAL E MÉTODOS
Analisaram-se dados referentes à 
produção de leite (PL; n=920), ao intervalo 
de partos (IP; n=911) e à duração da lacta-
ção (DL; n=908) de animais pertencentes 
a diferentes grupos genéticos obtidos por 
cruzamentos não direcionados entre as 
raças Holandesa (H), Pitangueiras (P), Gir 
(G) e animais sem raça defi nida (SRD). A 
raça Pitangueiras é resultante do cruza-
mento entre animais das raças English Red 
Poll e Guzerá, que pode ser substituída 
por outra raça zebuína, obedecendo às 
proporções 5/8 Red Poll + 3/8 Zebu.
Foram utilizadas informações do ar-
quivo zootécnico da Fazenda Figueira, lo-
calizada no município de Colina, na latitude 
20º 43’ Sul, longitude 48º 32’ Oeste, região 
noroeste de São Paulo, que se caracteriza 
por apresentar clima Cwa subtropical, com 
mencionaram o ano (RORATO et al., 1987; 
MILAGRES et al., 1988; POLASTRE et 
al., l987; QUEIROZ et al., 1986; SOUZA 
et al., 1995), a estação (RORATO et al., 
1987; MILAGRES et al., 1988; POLAS-
TRE et al., l987; QUEIROZ et al., 1986; 
SOUZA et al., 1995) e a ordem de parição 
(RORATO et al., 1987; POLASTRE et al., 
l987; QUEIROZ et al., 1986).
O uso de cruzamentos resulta em 
diferentes grupos genéticos, que são 
reportados como fonte de variação na 
produção de leite (POLASTRE et al., l987; 
VASCONCELOS et al., 1989; JUNQUEIRA 
FILHO et al., l992; TEODORO et al., l993; 
FREITAS et al., l998), nos intervalos de 
partos (QUEIROZ et al. l986; POLASTRE 
et al., 1987; TEODORO et al. 1993; SOUZA 
et al., 1995) e na duração da lactação 
(POLASTRE et al., 1987; MILAGRES et 
al., 1988). 
O objetivo do presente estudo foi avaliar 
a produção de leite, o intervalo de partos e 
a duração da lactação de diferentes grupos 
genéticos e os efeitos de alguns fatores 
ambientais sobre essas características.
VASCONCELLOS, B. de F., et al.
Rev. Univ. Rural,Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 23, n. 1, jan.- jun., 2003. p. 39-45. 
invernos secos.
Os animais eram submetidos a um 
manejo sanitário adequado, sendo manti-
dos a pasto (Panicum maximum e Brachi-
aria brizantha), recebendo suplementação 
volumosa e concentrada condizente com 
o nível produtivo do rebanho.
Os dados foram analisados pelo mé-
todo dos quadrados mínimos, de acordo 
com os procedimentos GLM (generalized 
linear model), do programa computacional 
S.A.S. (1988), segundo o modelo:
Y
ij
 = m + K
i
 + e
ij
Onde:
Y
ij
 é a variável dependente (PL; IP ou DL); 
m é a média paramétrica; K
i
 é o grupo de 
efeitos fi xos e e
ij
 é o erro aleatório ~N(0, 
s2).
No grupo de efeitos fi xos foram consid-
erados, para as três características:
1) O grupo genético (H=1; 1/2H x 1/2P=2; 
3/4H x 1/4P=3; 1/4H x 3/4P=4; 1/2P x 
1/2SRD=5; 3/4P x 1/4SRD=6; 7/8P x 
1/8SRD=7; 15/16P x 1/16SRD=8; 1/2P x 
1/2G=9);
2) O ano do parto (PL e IP = 1979,...,1984; 
DL=1979,...,1994);
3) Estação de parição (dezembro a fever-
eiro = 1; março a maio = 2; junho a agosto 
= 3; setembro a novembro = 4); e
4) Ordem do parto (1º ao 7º).
A duração da lactação foi também 
considerada como efeito fi xo na análise da 
produção de leite, tendo sido classifi cada 
de acordo com o seguinte critério: 101 a 
150 dias = 1; 151 a 200 dias = 2; 201 a 250 
dias = 3; 251 a 300 dias = 4; 301 a 350 dias 
= 5; 351 a 400 dias = 6 e >400 = 7.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A média se produção de leite obtida 
no presente estudo foi igual a 1473,00 ± 
395,91 kg/lactação, tendo sido maior que 
a média nacional, de 950 l/vaca/ano (EM-
BRAPA, 1993). Esse valor foi, entretanto, 
menor que aqueles relatados por Polastre 
et al. (1987), Junqueira Filho et al.(1992), 
Rorato et al.(1987) e Ribas et al.(1993), 
que variaram de 2829kg leite/lactação a 
5926kg leite/lactação.
Para o intervalo de partos a média 
obtida foi de 459,80 ± 113,38 dias, que 
foi superior àquelas relatadas por Quei-
roz et al. (1986), Polastre et al. (1987) e 
Teodoro et al. (1993) de 409,67 ± 81,44 
dias, 384,13 ± 8,42 dias e 444,5 ± 10,60 
dias, respectivamente. Por outro lado está 
abaixo daquelas relatadas por Souza et al. 
(1995), igual a 488,00 ± 5,00dias.
A média encontrada para a duração da 
lactação foi igual a 233,00 ± 74,00 dias, 
tendo sido inferior aos valores de 282,90 
± 5,30 dias encontrados por Polastre et al. 
(1987), aos de 302,70 ± 8,50 dias encon-
trados por Teodoro et al. (1993) e aos de 
286,00 ± 3,00 dias encontrados por SOUZA 
et al. (1995).
O grupo genético afetou signifi cativa-
mente (P<0,01) todas as características 
(Tabela 1). O efeito do grupo genético 
sobre a produção de leite também foi 
relatado por Junqueira Filho et al. (1992), 
TEODORO et al. (1993) e Mc Glothlen et 
al. (1995). Resultados semelhantes sobre 
a duração da lactação e o intervalo de 
partos em rebanhos mestiços foram tam-
bém relatados por Polastre et al. (1987), 
Milagres et al. (I988), Vasconcelos et al. 
(1989), Barbosa et al. (l994) e Souza et 
al. (1995),.
Entretanto, Queiroz et al. (1986), Te-
odoro et al. (1993) e Souza et al. (1995) 
não observaram efeito do grupo genético 
sobre o intervalo de partos, tampouco 
Ribas et al. (l993), Queiroz et al. (l986), 
Reis e Silva (l987), Milagres et al. (1988) 
e Freitas et al. (1998) relataram este efeito 
sobre a duração da lactação em rebanhos 
semelhantes, no Brasil.
A média (± desvio padrão) das três 
características, de acordo com o grupo 
genético pode ser observada na Tabela 
2. Os dados apresentados nesta tabela 
Efeitos genéticos e ambientais...
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 23, n. 1, jan.- jun., 2003. p. 39-45. 
Tabela 1. Resumo da análise de variância, por quadrados mínimos, da produção de leite (PL), do intervalo 
de partos (IP) e da duração da lactação (DL).
GG=Grupo genético; EP=Estação de parição; AP=Ano do parto; ** P<0,01; N.S. = Não signifi cativo.
Tabela 2. Médias obtidas por quadrados mínimos (± desvios padrão), da produção de leite, do intervalo de 
partos e da duração da lactação, segundo o grupo genético.
H=Holandês; P=Pitangueiras; G=Gir; SRD=Sem raça defi nida.
mostram que os maiores valores para as 
três características foram obtidos de ani-
mais com contribuição de de genes da raça 
Holandesa, com exceção do intervalo de 
partos do grupo genético 3/4P x 1/4SRD. 
Os maiores valores foram observados 
entre os animais da raça Holandesa (PL = 
1910,80 ± 818,10 kg/lactação; IP = 487,00 
± 141,14 dias e DL = 266,20 ± 81,85 dias). 
Todos estes valores diminuíram com a 
redução do percentual desta raça.
É possível que animais com maiores 
produções tenham sido também aqueles 
com lactações mais longas, o que expli-
caria os maiores intervalos de parto, uma 
vez que o início da gestação subseqüente 
seria retardado.
Nenhuma das três características foi 
afetada pela estação de parição (P>0,05), 
o que sugere que o manejo adotado na 
fazenda tenha sido uniforme ao longo das 
estações, no período estudado (Tabela 1). 
Estes resultados são semelhantes àqueles 
encontrados por Ramos (1976) e Polastre 
et al. (1987), para o intervalo de partos, 
mas são divergentes daqueles obtidos por 
Queiroz et al. (1986). O efeito da estação 
de parição sobre a duração da lactação 
foi também relatado por Polastre et al., 
(1987); Milagres et al., (1988); Teodoro et 
VASCONCELLOS, B. de F., et al.
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 23, n. 1, jan.- jun., 2003. p. 39-45. 
al., (1993) e Souza et al., (1995) .
O ano do parto afetou de forma sig-
nifi cativa (P<0,01) todas as três carac-
terísticas, conforme se pode observar na 
Tabela 1.
Os efeitos signifi cativos do ano de parto 
sobre a produção de leite e, conseqüente-
mente, sobre as outras características são 
esperados por causa das variações climáti-
cas que afetam a qualidade das pastagens. 
Fatores econômicos, tais como o custo dos 
insumos e do produto, o manejo e ainda 
a composição genética do rebanho, que 
também estão intimamente relacionados 
ao ano também são prováveis causas de 
variação a serem levadas em conta.
Como mostrado na Tabela 1, a ordem 
do parto afetou de forma significativa 
(P<0,01) a produção de leite, o que está 
de acordo com Lemos et al. (1994). Esta 
produção aumentou desde a primeira lac-
tação, atingindo o pico em torno da quarta 
lactação (1590,53 ± 776,94 kg), declinando 
a partir daí. Tendências semelhantes foram 
observadas por Ledic, (1990), LOBO e Ton-
hati, (1990) e Queiroz et al., (1986), em re-
banhos mantidos em condições similares. 
O efeito da ordem do parto foi também 
signifi cativo (P<0,01) sobre o intervalo de 
partos, concordando com os resultados 
obtidos por Queiroz et al., (1986).
A ordem do parto não teve efeito sig-
nificativo (P>0,05) sobre a duração da 
lactação. Estudos sobre o efeito da ordem 
do parto e sobre o efeito da idade da fêmea 
sobre a duração da lactação também não 
evidenciaram qualquer infl uência destes 
fatores sobre a característica (POLASTRE 
et al. 1987; REIS e SILVA, 1987).
A duração da lactação teve efeito sig-
nifi cativo (P<0,01) sobre a produção de 
leite (Tabela 1), o que também foi relatado 
por Lobo e Tonhati, (1990) e por Barbosa, 
(1994).
Sob as condições da propriedade anali-
sada os animais da raça Holandesa são os 
mais indicados para melhorar a produção 
leiteira, apesar de ainda apresentarem 
médias baixas quando comparados a 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, S. B. P.; MANSO, H.C.; SILVA, 
L. O. C. Estudo do período de lactação em 
vacas Holandesas no estado de Pernam-
buco. Revista da Sociedade Brasileira de 
Zootecnia, 23(3):465-75. 1994.
COMBELLAS, J; MARTINEZ, N.; CAPRI-
LES, N. La raza Holstein en áreas tropica-
les de Venezuela. Prod. Anim. Trop., Santo 
Domingo, 6 (3): 237-244. 1981.
EMBRAPA. Sistema Intensivo de Produção 
de Leite. Coronel Pacheco – MG. 1993.
FREITAS, A . F.; LEMOS, A. M.; MAR-
TINEZ, M. L. Idade ao primeiro parto e 
produção por dia de vida emvacas leiteiras 
mestiças. In: REUNIÃO DA SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 25. Anais... 
Viçosa – MG. p. 220. 1998.
rebanhos de padrão racial semelhante. 
Aparentemente o manejo adotado na pro-
priedade não está permitindo a utilização 
plena do potencial genético do rebanho, 
devendo ser melhorado, de forma a pos-
sibilitar às vacas Holandesas expressarem 
sua verdadeira capacidade produtiva, 
resultando num aumento das médias de 
produtividade.
Podemos concluir que o grupo gené-
tico, o ano de parto e a duração do período 
de lactação deverão ser considerados em 
um programa de melhoramento genético 
visando o aumento da produção de leite 
proposto para este rebanho. Recomenda-
se ainda, para este rebanho, o descarte e 
a reposição de matrizes após a 4ª parição, 
pois a partir daí haverá um declínio na 
produção.
Caso se pretenda também reduzir o 
intervalo de partos devemos considerar 
os efeitos do grupo genético, do ano e da 
ordem de parição.
Efeitos genéticos e ambientais...
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 23, n. 1, jan.- jun., 2003. p. 39-45. 
JUNQUEIRA FILHO, G. N.; VERNEQUE, 
R. S.; LEMOS, A . M.; SILVA, H. C. 
M.; REIS, R.B. Fatores fi siológicos e de 
meio sobre a produção de leite por vacas 
mestiças leiteiras no CNPGL/EMBRAPA. 
Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, 
27(1):153- 62. 1992. 
KATPATAL, B. G. El Cruzamiento del 
bovino lechero en la India. 2. Resulta-
dos del proyecto global para la India de 
investigación bovino coordinada. R. Mund. 
Zoot, Roma,23:2-9. 1977. 
LEDIC, I.L. Produção de leite (PL) e peso 
ao parto (PP) de vacas da raça Gir. In: 
REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 
DE ZOOTECNIA, 27, Anais ... Campinas 
– SP. p. 506. 1990.
LEMOS, A . M.; TEODORO, R.L.; GON-
ÇALVES, T. M. Duração da lactação e 
produção de leite em fêmeas mestiças 
Holandês x Zebu. In: REUNIÃO DA SOCIE-
DADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 22, 
Anais ... Maringá – PR p. 210. 1994. 
LÔBO, R. B.; TONHATI, H. Desempenho 
produtivo de um rebanho bovino da raça Pi-
tangueiras na região de Fernandópolis. In: 
REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA 
DE ZOOTECNIA, 27, Anais. ... Campinas 
- SP, p.499. 1990.
MADALENA, F. E. Comportamento e 
perspectivas dos cruzamentos de bovinos 
de corte no Brasil Central. In: SIMPÓSIO 
SOBRE MELHORAMENTO GENÉTICO 
DE BOVINOS, Jaboticabal, SP. Anais ... 
Fundação Cargil. Campinas-SP p. 135-
38. 1976. 
McGLOTHLEN, M. E.; EL AMIN, F.; WIL-
COX, C. J.; DAVIS, R. H. Effects on milk 
yield of crossbreeding Zebu and European 
breeds in the Sudan. Rev. Bras. Genet. 
18(2): 221-28. 1995. 
MILAGRES, J.C. ALVES. A. J. R., PE-
REIRA J.C. TEIXEIRA, N.M. Influência 
de fatores genéticos e de meio sobre a 
produção de leite de vacas mestiças das 
raças Holandesas, Schwiz, Jersey e Zebu 
– I – Período de lactação. Rev. Soc. Bras. 
Zoot. v. 17, n. 4, p.329-40. 1988.
POLASTRE, R.; MILAGRES, J. C.; TEI-
XEIRA, N. M.; CARDOSO, R. M. Fatores 
genéticos e de ambiente do desempenho 
de vacas mestiças holandês-zebu. III 
Produção de leite. Rev. Soc. Bras. Zoot. 
Viçosa, 16 (3): 241-53. 1987.
QUEIROZ, S. A.; GIANONNI, M. A .; 
RAMOS, A. A .; MARTINS, E. N. Efeitos 
genéticos e de ambiente sobre a duração 
do intervalo entre partos de bovinos mes-
tiços holandeses na região da São Carlos, 
estado de São Paulo, Rev. Soc. Bras. Zoot. 
v. 15, n.6, p. 486-74. 1986.
RAMOS, A. A. Estudo sobre a efi ciência 
reprodutiva de um plantel de bovinos da 
raça Holandesa, cor malhada de preto, 
em Piracicaba, São Paulo. Rib. Preto, Fac. 
Med. de Rib. Preto, (Tese, M.S.). 1976. 
REIS, R. S. e SILVA, H. M. Infl uência de 
alguns fatores de meio sobre as principais 
características produtivas de rebanhos 
Holandeses. I. Produção de leite, produção 
de gordura e porcentagem de gordura. Arq. 
Bras. Med. Vet. Zoot. Belo Horizonte, 39 
(2): 273-90. 1987. 
RIBAS, N. P.; RORATO, P. R. N.; LÔBO, 
R. B.; FREITAS, M. A. R.; KOEHLER, H. 
S. Estimativas de parâmetros genéticos 
para as características da raça holandesa 
no estado do Paraná. Rev. Soc. Bras. Zoot. 
22(4): 634-41. 1993.
RORATO, P. R. N.; LÔBO, R. B.; DUAR-
TE, F. A. M.; FREITAS, M. A. R. Efeito de 
VASCONCELLOS, B. de F., et al.
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 23, n. 1, jan.- jun., 2003. p. 39-45. 
alguns fatores ambientais sobre as pro-
duções de leite e gordura de rebanhos da 
raça Holandesa no Brasil. Arq. Bras. Méd. 
Vet. Zoot. Belo Horizinte, 39 (5): 719-33. 
1987. 
S. A. S. Statistical analysis sistem. 6th Ed. 
Cary: S.A.S. Institute, Inc., 441p. 1988.
SOUZA, E. M.; MILAGRES J.C.; REGAZZI, 
A. J.; CASTRO, A. C. G.; MARTINEZ, M. 
L. Efeitos de fatores genéticos e de meio 
ambiente sobre o intervalo entre partos em 
rebanhos de Gir leiteiro. Rev. Soc. Bras. 
Zoot., v. 24, n.1, p. 138-49. 1995.
TEODORO, R. L.; MILAGRES, J. C.; FON-
TES, C. A. A.; LEMOS, A.M; FREITAS, A. 
F. Duração média do intervalo de partos, 
produção de leite, gordura e proteína por 
dia de intervalo de partos em vacas mesti-
ças, Rev. Soc. Bras. Zoot., v.22, p.481-87. 
1993. 
VASCONCELOS, J. L. M.; SILVA, H. M.; 
PEREIRA, C. S.; REIS, R. B. Aspectos 
fenotípicos da produção de leite e do 
período de lactação de vacas leiteiras com 
diferentes frações de sangue Holandês. 
Arq. Bras. Med. Vet. Zoot. Belo Horizonte, 
41(6): 465-75. 1989.

Continue navegando