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Beatricce, Rafaela e Rodrigo - 4º Período Medicina - 4º Período - UNIDEP TIC: Abdome Agudo. Problema: Defina os cinco tipos de abdome agudo e cite exemplos. Abdome agudo é definido como dor abdominal de início súbito, não traumática, havendo a necessidade de diagnóstico e tratamento imediatos. Os quadros de abdome agudo podem ser classificados em cinco síndromes: Inflamatório/infeccioso, perfurativo, obstrutivo, vascular isquêmico e hemorrágico. Cada síndrome relaciona-se a um grupo de sinais e sintomas de causas diferentes, porém desencadeando o mesmo mecanismo fisiopatológico. Inflamatório: Decorrente de uma afecção inflamatória ou infecção intra-abdominal. É composto por dor abdominal insidiosa e progressiva, hiporexia e taquicardia. Apendicite Aguda (QID): Sinais de Lennander; Blumberg; Psoas + Obturador (Apendicite Retrocecal) Lapinsky positivos. Recomenda-se ultrassonografia e tomografia de abdome. Colecistite (QSD): Sinal de Murphy positivo. Recomenda-se ultrassonografia e, em alguns casos, colecistografia. Marcadores de lesão hepática e bilirrubina podem ser solicitados. Diverticulite (QIE): Dor localizada, massa palpável e distensão abdominal são característicos. Em alguns casos tomografia computadorizada de abdome podem ser utilizados. Pancreatite Aguda: Sinal de Grey Turner, Fox e Cullen positivos. Podem ser utilizados ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética de abdome com constraste. Deve ser solicitado também dosagem de amilase e lipase. Dor abdominal que irradia para o dorso + elevação do enzimas (3x) + sinais radiográficos de inflamação do pâncreas fecham o diagnóstico (ou quando há 2 critérios de 3). Perfurativo: Decorrente de perfuração de vísceras ocas, é composto por dor abdominal súbita, intensa e progressiva. Pode apresentar a peritonite como possível complicação. Inicialmente é indicado a realização de uma radiografia simples de abdome, de modo a identificar uma suspeita de lesão perfurativa abdominal e fornecer uma visualização rápida de ar intra-abdominal livre. a tomografia computadorizada com contraste é útil para identificar o local da perfuração. As principais causas da dor abdominal de origem perfurativa envolvem a liberação de conteúdo intraluminal na cavidade peritoneal, obstrução intestinal e a perda direta da integridade da parede. Como exemplos pode-se citar as lesões ocasionadas por úlcera péptica e doença de Crohn. Isquêmico: Decorrente de uma interrupção do fornecimento de sangue. este processo, se não tratado de forma adequada, evoluirá para necrose intestinal. de modo geral, Beatricce, Rafaela e Rodrigo - 4º Período apresenta-se como dor abdominal não traumática de caráter súbito e de intensidade variável. Exames laboratoriais geralmente são inespecíficos. O exame de primeira escolha é a tomografia computadorizada, apesar de a angiografia ser o exame padrão-ouro. 1) Isquemia Mesentérica Aguda: Está relacionado a eventos vasculares súbitos como oclusão da artéria mesentérica superior por êmbolo ou trombo; trombose da veia mesentérica superior; ou ainda isquemia mesentérica não oclusiva (decorrente de uma ICC por exemplo). 2) Isquemia Mesentérica Crônica: Ocorre devido a episódios recorrentes de hipoperfusão. Hemorrágico: Decorrente de uma hemorragia intra-abdominal de causa não traumática. De modo geral, apresenta-se com dor abdominal intensa e difusa. Ruptura da artéria aorta abdominal o paciente cursa com a tríade clássica de dor abdominal, hipotensão e massa abdominal pulsátil. Na gravidez ectópica, a gestante pode apresentar dor abdominal e sangramento vaginal. No aneurisma da artéria esplênica pode haver dor abdominal, massa abdominal pulsátil e hipotensão nos casos em que há ruptura do aneurisma. O aneurisma da artéria mesentérica superior é sintomático em 90% dos casos e apresenta-se com dor abdominal, sangramento, náuseas, vômitos e até mesmo febre. Ademais, como a apresentação clínica do abdome agudo hemorrágico é inespecífica, o diagnóstico pode ser feito com exames de imagem. Obstrutivo: Decorrente da obstrução do trânsito intestinal. De modo geral, apresenta-se com dor abdominal difusa (ou de localização periumbilical) do tipo cólica, acompanhado de náuseas, vômitos, parada da eliminação de flatos, fezes e distensão abdominal progressiva. suas causas podem divididas em: 1) Altas (Intestino Delgado): Aderências pós-operatórias, hérnias, volvo, intussuscepção, fecaloma, corpo estranho, neoplasia e doença de Crohn. 2) Baixas (Cólon): Volvo de ceco e sigmoide, diverticulite e colite isquêmica. Radiografia simples (1o escolha) e ultrassonografia de abdome são uteis, porém apresentam limitações. A tomografia é mais fidedigna para identificação da causa e fornece outras informações importantes. Referências Bibliográficas: CARDOSO, F. V.; et al. Manejo e Conduta do Abdome Agudo: Uma Revisão Narrativa. Revista Eletrônica Acervo de Saúde. v.12, n.5, p.1-7, 2022. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/10226. Acesso em: 25 de setembro de 2023. Beatricce, Rafaela e Rodrigo - 4º Período MARTINS, M. de A.; Clínica Médica: Volume 4: Doençasdo Aparelho Digestivo, Nutrição e Doenças Nutricionais. 2. ed. Barueri: Manole, 2016. NORRIS, T. L. Porth – Fisiopatologia. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
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