Buscar

DOENCAS PARASITARIAS II

Prévia do material em texto

Doença Malária Amebíase Toxoplasmose Giardíase Leishmaniose visceral Doença de Chagas 
Ag. Etiológico 3 espécies de 
Plasmodium: P. 
malariae, P. vivax e 
P. falciparum 
Entamoeba histolytica 
 
 
(protoz. rizópodo) 
Toxoplasma gondii Giardia lamblia; G. 
instestinalis; G. 
duodenalis 
 (protoz. flagelado) 
Leishmania donovani e 
Leishmania infantum 
chagasi 
(protoz. flagelado) 
Trypanosoma cruzi 
 
 
(protoz, flagelado) 
Vetor Mosquito ordem 
díptero, família 
Culidae, gênero 
Anopheles. 
Carapanã, 
muriçoca, bicuda e 
mosquito-prego. 
Mecânicos: artrópodes 
(barata, mosca), 
formigas. 
 - Lutzomya longipalpis 
(mosquito-palha/birigui); 
flebotomíneo. 
Triatomíneos 
(barbeiros) 
Hospedeiro 
intermediário 
Homem - Homens e mamíferos 
não felídeos 
- - 
Hospedeiro 
definitivo 
Mosquito Homem Gatos e outros felídeos Homem, animais 
domésticos ou 
selvagens, como cães, 
gatos e castores. 
 Homem, gato, cães, 
porco doméstico, 
rato, gambá, tatus. 
Habitat 
parasitado 
Corrente sanguínea 
(1), fígado (2), 
eritrócitos (3). 
Invade os tecidos, 
originando as formas 
intestinais (int. grosso) 
e extra intestinais 
(fígado, cérebro, pele e 
pulmão). 
 Duodeno, jejuno, 
vesícula biliar e ductos 
biliares (alta 
concentração de 
fosfolipídeos) 
Encontradas parasitando 
células do SMF (sistema 
mononuclear fagocitário), 
principalmente 
macrófagos. 
Principalmente órgãos 
linfoides (medula óssea, 
baço e linfonodos). 
Corrente sanguínea 
(mas não infecta 
hemácias). 
Ciclo biológico Homem- anofelino-
homem. 
Plasmodium 
desenvolve um ciclo 
sexuado dentro do 
mosquito e um 
assexuado no 
humano. Após a 
circ, sanguínea, 
atinge o fígado, 
invadem os 
eritrócitos até se 
romperem (febre 
terçã) 
Fecal-oral Oral-fecal Fecal-oral. Ingestão do 
cisto > 
desencistamento no i. 
delgado > reprodução 
assexuada (divisão 
binária) > 
encistamento> saída 
no bolo fecal. 
Flebotomíneo ao sugar 
sangue injeta formas 
promastigotas pela 
picada > promastig, 
fagocitadas por 
macrófagos > se tornam 
amastigotas > se 
multiplicam até romper 
as céls. > flebotomíneo 
suga sangue com 
amastigotas > amastig. Se 
tornam promastig. no 
intestino do vetor 
(flebotomíneo) > divisão 
binária (reprod. 
assexuada) e vão para 
probóscide (“boca” do 
inseto) > tudo se repete. 
Heteroxênico, 
passando por uma 
fase de multiplicação 
intracelular no hosp., 
vertebrado. Sangue 
dos vertebrados: T. 
cruzi como 
tripomastigota, nos 
tecidos: amastigotas. 
Nos invertebrados 
(insetos vetores): 
transformação de 
tripomastigotas 
sanguíneos em 
epimastigotas, que 
se diferenciam em 
tripomastigotas 
metacíclicos (forma 
infectante 
acumulada nas fezes 
do inseto). 
Transmissão Picada da fêmea do 
mosquito 
Anopheles 
infectada pelo 
Plasmodium (no 
Brasil, 
principalmente o 
vivax) 
Ingestão de alimentos 
ou água contaminados 
por fezes contendo 
CISTOS (forma 
infectante) amebianos 
maduros. 
Ingestão de CISTOS de T. 
gondii provenientes do 
solo, areia, latas de lixo 
contaminados com 
fezes de gatos 
contaminados. Ingestão 
de carne crua e 
malcozida contaminada 
com oocistos de T. 
gondii; infecção 
transplacentária, 
transplante de órgãos. 
Direta, pessoa a 
pessoa, animal a 
pessoa: pela 
contaminação das 
mãos e consequente 
ingestão de CISTOS 
existentes em dejetos 
de pessoa infectada. 
Indireta: Ingestão de 
água ou alimento 
contaminado. 
Através da picada da 
fêmea de insetos 
flebotomíneos da espécie 
Lutzomia longipalpi que 
contamina com 
PROMASTIGOTAS. 
Não há transmissão 
pessoa a pessoa, nem 
animal a animal. 
Disseminação vias 
hematogênica e linfática. 
Vetorial, se dá 
através das fezes e 
urina dos 
triatomíneos que 
contaminsm com 
TRIPOMASTIGOTAS. 
Via oral: açaí e caldo 
de cana. Transfusão 
de sangue ou 
transplante de 
órgãos, via sexual (se 
houver contato 
sanguíneo), 
congênito. 
Sintomas Febre alta 
acompanhada de 
calafrios, suor e 
cefaleia (padrões 
cíclicos) 
Diarreia aguda e 
fulminante (caráter 
sanguinolento e 
mucoide) 
acompanhada de 
febres e calafrios, 
desconforto abdominal 
leve/moderado. Pode 
15-60% assintomático. 
Febre, cansaço 
linfadenopatia 
(impreciso). Aguda: 
adenomegalia, 
hepatoesplenomegalia. 
Crônica:necroses, 
hemiparesia, 
Assintomáticas (5 a 
10%) tanto em adultos 
como criança. 50% 
resolução espontânea 
em 6 meses). 
Sintomática: Diarreia 
tipo aquosa, explosiva, 
odor fétido e gases. 
Febre irregular 
intensidade média e de 
longa duração. 
Esplenomegalia (aumento 
do baço), hepatomegalia, 
anemia, trombocitopenia, 
hipergamaglobulinemia e 
hipoalbuminemia. 
Febre e cefaleia, 
hepatomegalia, 
esplenomegalia, 
sensação de 
fraqueza, 
insuficiência 
cardíaca, poliadenia, 
edemas, 
 
ou não ocorrer 
períodos de remissão. 
Hemorragias, 
perfurações intestinais, 
apendicite, distensão 
abdominal, abcesso 
hepático, tosse, 
expectação etc 
convulsões, letargia, 
coma, morte. 
Distensão abdominal, 
mal-estar, cólicas 
abdominais, fraqueza, 
perda de peso, 
esteatorreia (gordura 
nas fezes), Síndrome 
da má absorção, 
anorexia (fase crônica) 
Emagrecimento muito 
evidente. Sangramenro 
cutâneo e digestivo. 
Icterícia, edema, ascite. 
perturbações 
neurológicas, dores 
no corpo (fase 
aguda). Fase crônica: 
assintomática ou 
sintomática: 
1) cardíaca: 
insuficiência e 
cardiomegalia, 
arritmias. 2) 
digestiva: 
megaesôfago e 
megacólon 
(hipertrofia). 
Profilaxia Controle imediato 
dos doentes, 
controle vetorial, 
uso de repelentes, 
mosquiteiros, 
inseticidas. 
Impedir a 
contaminação fecal da 
água e alimentos 
através de medidas de 
saneamento básico; 
tratamento da 
população. 
Evitar o uso de produtos 
animais crus ou 
malcozidos (caprinos e 
bovinos), eliminar fezes 
de gatos infectados 
(incineração), controle 
da população de gatos; 
tratamento dos 
doentes. 
Tratamento da 
população, 
saneamento básico, 
educação ambiental e 
sanitária, incentivo ao 
desenvolvimento de 
fármacos. 
Uso de repelentes, de 
mosquiteiros de malha 
fina, não se expor nos 
horários de atividade do 
vetor (crepúsculo e 
noite), repelentes e 
roupas longas. Coleiras 
repelentes em cães, não 
acumular lixo orgânico 
(vetores se reproduzem 
em mat. orgânica). 
Melhoria ou 
substituição das 
habitações que 
propiciam a 
domiciliação dos 
barbeiros; controle 
químico do vetor. 
Uso de inseticidas; 
educação sanitária, 
tratamento dos 
doentes, controlar a 
transmissão 
congênita, controlar 
os doadores de 
sangue. 
Tratamento Cloroquina, 
Primaquina, 
Mefloquina e 
Quinina 
Teclosan, Furamida, 
Clefamida, 
Metronidazol, 
Tinidazol, Ornidazol 
Pirimetamina, 
Sulfadiazína, Àcido 
folínico 
Metronidazol, 
Ornidazol, Tinidazol, 
Nimordazol, 
Furazolidona, 
Quinacrina 
Antimoniais 
pentavalentes 
(antimoniato de N Metil-
glucamina, glucantime). 
Benzonidazol ou 
Nifurtimox (apenas 
na fase aguda e com 
efeitos colaterais). 
Crônica: geralmente 
não se cura 
Diagnóstico Demonstração do 
parasito ou de 
antígenos 
relacionados. Gota 
espessa: 
visualização do 
parasito por 
microscopia óptica, 
após coloração com 
corante vital azul; 
Esfregaço delgado: 
PCR; Teste rápido. 
Observação dos 
parasitas no sangue 
periférico (padrão-
ouro). 
Presença de trofozoítos 
ou cistos do parasito 
encontrados nas fazes, 
aspirados ou rapados 
(endoscopia + 
proctoscopia). 
Radiografia, tomografia 
computadorizada, 
ultrassonografia. 
Manifestações clínicas + 
estudos sorológicos, 
demonstração/detecção 
do agente em 
tecidos/líquidos 
corporais em lâminas 
coradas por Wright-
Giemsa ou imuno-
histoquímica, testes 
biomoleculares, 
identificação em 
ensaios experimentais 
em animais ou em 
cultivos celulares. 
Aumento de IgG. 
Identificação de cistos 
ou trofozoítos no 
exame direto de fezes 
ou identificação de 
trofozoítos no fluido 
duodenal (por 
aspiração). Detecção 
de antígenos através 
do ELISA. Exame de 
fezes: formadas 
(método de Faust); 
diarreicas (método 
direto ou hematoxilina 
férrica). (Amostras 
negativas por até 20 
dias). 
Clínico-epidemiológicoe 
laboratorial. 
SOROLÓGICO: 
Imunoflorescencia e 
ELISA; PARASITOLÓGICO: 
aspirado de medula 
óssea; INESPECÍFICOS: 
hemograma (pode 
evidenciar pancitopenia, 
leucopenia, menos 
hemácias. Dosagem de 
proteínas: inversão da 
relação albumina-
globulina. Anamnese, 
lesão leishmaniose 
característica. 
Teste intradérmico de 
Montenegro 
(hipersensibilidade 
tardia) (l. tegumentar). 
Clínico-
epidemiológico e/ou 
laboratorial. Exames 
parasitológicos para 
identificação do T. 
cruzi; método de 
Strout, exame a 
fresco, gota espessa, 
esfregaço corado 
creme leucocitário, 
xenodiagnóstico ou 
sorológicos: 
hemaglutinação 
indireta, 
imunoflorescência, 
ELISA.

Continue navegando

Outros materiais