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CONSTITUCIONAL

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UNICESUMAR - DIREITO
4° SEMESTRE 2023
2° BIMESTRE
DIREITO PENAL
AMEAÇA
SOMENTE PROCEDE MEDIANTE
REPRESENTAÇÃO
ART 147, CP
★ EXEMPLO
➢ BEM JURÍDICO
a liberdade psíquica, íntima, o sossego e a tranquilidade do ofendido e, para alguns autores,
a autodeterminação das pessoas.
➢ SUJEITOS
-Ativo: qualquer pessoa (crime comum);
-Passivo: qualquer pessoa, desde que tenha capacidade para entender a ameaça feita;
➢ TIPO OBJETIVO
- Verbo: ameaçar
- Objeto direto: alguém
- Objeto indireto: de causar-lhe mal injusto e grave (factível e iminente)
gravidade necessária.
o mal não pode acontecer em futuro
remoto, neste caso, não há infração
o mal não pode ser impossível
a ameaça de cobrança de dívida pode caracterizar crime contra as relações de consumo
(art. 71, CDC)
★ não constitui crime de ameaça dizer o credor de que vai protestar um cheque do
devedor, ou o locador dizer que vai mover ação de despejo contra seu inquilino
inadimplente
★ crime formal
★ ação penal pública e condicionada
★ tentativa controversa: alguns autores entendem que caso a vítima não tome
conhecimento, é tentativa
★ embriaguez. Duas correntes:
1) embriaguez afasta o crime, havendo apenas o dolo de ímpeto;
2) não exclui o delito.
★ ânimo exaltado: Duas correntes
- primeira corrente: ocorre o crime, até porque a vontade de intimidar é ainda mais evidente;
- segunda corrente: fica afastado o elemento subjetivo do crime, por exigir-se serenidade,
frieza e calma
mal não necessariamente possui
caráter criminoso, mas não pode
estar amparado em direito
AMEAÇA DIRETA: com a pessoa presente
AMEAÇA INDIRETA: dirigida a terceiro (ex: ameaçar matar a mãe da vítima)
AMEAÇA: IMPLÍCITA: quando fica perceptível o desejo de ameaçar
AMEAÇA EXPLÍCITA: declarada, sem rodeios (ex: apontar uma arma)
➢ TIPO SUBJETIVO
dolo direto específico
➢ CONSUMAÇÃO
no momento em que a vítima toma conhecimento
➢ NATUREZA SUBSIDIÁRIA
aparecendo como elementar de outros crimes (como roubo ou estupro), é absorvido por
esses.
PERSEGUIÇÃO
STALKING
ação penal pública
condicionada à representação
ART 147-A, CP
NÃO É ADMISSÍVEL TENTATIVA EM CRIMES HABITUAIS
★ crime comum
★ pode haver concurso com crime violento
★ crime habitual (reiteradamente)
★ crime de forma livre
➢ BEM JURÍDICO
a liberdade individual e autodeterminação, o sossego e a tranquilidade do ofendido e o
sentimento de segurança.
➢ SUJEITOS
qualquer pessoa
➢ TIPO OBJETIVO
Verbo: perseguir
- ameaçando a integridade física ou psicológica;
- restringindo a capacidade de locomoção;
- invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade.
Objeto: alguém
➢ TIPO SUBJETIVO
dolo direto genérico
➢ CONSUMAÇÃO: quando
- caracteriza-se o perigo para a integridade física ou psicológica;
- ocorre a efetiva restrição à capacidade de locomoção;
- ocorre a efetiva invasão/perturbação da esfera de liberdade ou privacidade;
➢ AUMENTO DE PENA
- com emprego de arma própria ou imprópria
- concurso de 2 ou mais pessoas (as duas devem praticar o crime, não somente
participar)
- contra menor de 18 anos ou contra pessoa de 60 anos ou mais
- contra mulher por razões do sexo feminino
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA CONTRA A MULHER
ART 147-B, CP
★ tentativa admissível
★ crime material
➢ BEM JURÍDICO
saúde psicológica da mulher
➢ SUJEITOS
- ativo: qualquer pessoa
- passivo: mulher
➢ TIPO OBJETIVO
- Verbo: causar
- Objeto direto: dano emocional
- Objeto indireto: à mulher
MEIOS:
ameaça; constrangimento; humilhação; manipulação; isolamento; chantagem;
ridicularização; limitação do direito de ir e vir.
➢ TIPO SUBJETIVO
- dolo genérico, se causar dano emocional;
- dano específico, se não causar dano emocional
➢ CONSUMAÇÃO
havendo dolo específico, consuma-se com a ocorrência do dano emocional; - não havendo
dolo específico, consuma-se com a ocorrência do dano emocional que prejudica e perturba
o pleno desenvolvimento da vítima.
REDUÇÃO À CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO
não é redução à escravidão, mas a condição
análoga à de escravo
ART 149, CP
na mesma pena incorre quem cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho ou mantém vigilância ostensiva no
local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o
fim de retê-lo no local de trabalho. (condutas equiparadas, nestes casos dolo específico)
★ crime material
➢ BEM JURÍDICO
status libertatis
➢ SUJEITOS
qualquer pessoa (crime comum)
➢ TIPO OBJETIVO
- Verbo: reduzir (submeter)
- Objeto direto: alguém
- objeto indireto: à condição análoga à de escravo
MEIOS;
submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva; sujeitando-o a condições
degradantes de trabalho; restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de
dívida contraída com o empregador ou preposto.
➢ TIPO SUBJETIVO
dolo genérico no caput e específico nos casos equiparados
➢ CONSUMAÇÃO
consuma-se no momento em que a vítima é reduzida à condição análoga à de escravo.
➢ MEIOS DO CRIME:
fraude, ameaça, violência, etc (crime de forma livre)
TRÁFICO DE PESSOAS
ART 149-A, CP
★ tentativa é admissível.
Exemplo: iniciar o transporte da vítima, mas não chegar ao destino final.
➢ BEM JURÍDICO
liberdade individual
➢ SUJEITOS
qualquer pessoa (crime comum)
➢ TIPO OBJETIVO
- Verbos: agenciar; aliciar; recrutar; transportar; transferir; comprar; alojar; acolher.
- Objeto: pessoa física
MEIOS: grave ameaça; violência; coação; fraude; abuso.
➢ TIPO SUBJETIVO
dolo direto específico
FINALIDADES: remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; submetê-la a trabalho em
condições análogas à de escravo; submetê-la a qualquer tipo de servidão; adoção ilegal;
exploração sexual.
➢ CONSUMAÇÃO
consuma-se no momento em que a ação descrita por qualquer dos verbos nucleares se
completa.
as finalidades dos incisos de I a V não precisam acontecer para que o crime se consume
➢ AUMENTO DE PENA
§ 1o A pena é aumentada de um terço até a metade se:
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou
a pretexto de exercê-las;
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com
deficiência;
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de
coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de
superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional.
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar
organização criminosa.
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Patrimônio: é o complexo de relações jurídicas com valor
econômico ou sentimental de uma pessoa
FURTO
ART 155, CP
SUBTÓPICO
NÃO EXISTE FURTO DE COISA
PRÓPRIA. (OBS ART 346, CP)
TEXTO
IMPORTANTE
★ FURTO DE USO É ATÍPICO
★ TENTATIVA ADMISSÍVEL
★ FAZER DESAPARECER BEM ALHEIO NÃO É FURTO, É CRIME DE DANO
Para parte da doutrina, o furto de uso só está concretizado quando o agente devolve o bem
espontaneamente.
➢ FURTO QUALIFICADO
- ABUSO DE CONFIANÇA
- DESTRUIÇÃO OU ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO
- ESCALADA
- FRAUDE (MEIO ENGANOSO EMPREGADO PARA ILUDIR A VIGILÂNCIA DO
OFENDIDO, EX: SUJEITO VESTIDO COMO FUNCIONÁRIO DA COMPANHIA
TELEFÔNICA)
- DESTREZA (FAZER COM QUE A VÍTIMA NÃO PERCEBA)
- CHAVE FALSA
➢ FURTO PRIVILEGIADO
RÉU PRIMÁRIO OU COISA DE PEQUENO VALOR
- Súmula 511: possível a aplicação do § 2º ao furto qualificado.
➢ AUMENTO DE PENA
FURTO NOTURNO
➢ BEM JURÍDICO
POSSE E A PROPRIEDADE
➢ SUJEITOS
QUALQUER PESSOA (CRIME COMUM)
➢ TIPO OBJETIVO
Verbo: subtrair
Objeto: coisa alheia móvel
obs: navios e aeronaves também são considerados bens móveis
coisa em ´princípio seria corpórea, mas houve equiparação com energia
se o sujeito ativo já está na posse da coisa ou tem sua detenção, o crime é de apropriação
indébita (art. 168, cp), salvo se a posse é vigiada.
cadáver não pode ser objeto de furto, com exceção dos casos em que pertence a
laboratóriode pesquisa/ faculdade, etc art 211, cp
res nullius (que nunca teve dono) e res derelicta (abandonada) não são objetos de furto
bens ilícitos não podem ser objeto de furto, com exceção de objeto de furtos sucessivos
furto mediante fraude (vítima forçada) é diferente de estelionato (a vítima é enganada e
entrega a coisa)
➢ TIPO SUBJETIVO
DOLO DIRETO ESPECÍFICO
➢ CONSUMAÇÃO
consuma-se o furto no instante em que o objeto material é retirado da esfera de proteção do
sujeito passivo.

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