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CONTRATOS doação

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CONTRATO DE
DOAÇÃO
 
CONTRATOS EM ESPÉCIE
PROF. KENZA SENGIK
DA DOAÇÃO – Art. 538 a 564, CC
Por esse negócio jurídico, o doador transfere do seu patrimônio bens ou
vantagens para o donatário, sem a presença de qualquer remuneração.
Pelo que consta no art. 538, do CC, trata-se de ato de mera liberalidade,
sendo um contrato benévolo, unilateral e gratuito. Sendo negócio
jurídico benévolo ou benéfico, somente se admite a interpretação
restritiva, nunca a interpretação declarativa ou extensiva (art. 114 do
CC). (TARTUCE, Flávio)
 
• Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por
liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de
outra.
 
• Partes
Objeto da doação
• “Objeto da doação é a prestação de dar coisa ou vantagens, segundo a
terminologia do Código Civil. Qualquer coisa que tenha expressão
econômica ou estimativa, desde que possa ser alienável, pode ser
doada. A inalienabilidade por força de lei ou em virtude de atos entre
vivos ou por causa de morte obsta a doação, porque esta é espécie do
gênero negócios jurídicos de disposição ou de alienação. São doáveis
as coisas móveis, imóveis, materiais e imateriais. Doam-se a
propriedade, a servidão, o usufruto, o penhor, a hipoteca e qualquer
outro direito real. A doação não pode abranger bens futuros, por sua
natureza real, salvo na hipótese de subvenções periódicas.” (Lôbo, Paulo)
Interessante.
• Gorjeta não é doação. Abandono da coisa também não o é.
• “A liberalidade que se insere na doação implica aumento do
patrimônio do donatário e correspondente diminuição do patrimônio
do doador. Quem dá, sem que aumente o patrimônio de outrem, não
doa. Nem doa quem faz aumentar o patrimônio de outrem sem sofrer
diminuição do seu. Se um dos herdeiros renuncia à herança e os
demais a aceitam, não houve doação daquele para estes. No direito
brasileiro, se alguém repudia a herança, não a herda.” (Lôbo, Paulo)
Classificação quanto ao elemento acidental
• Doação pura - é feita por simples doação, ou seja, sem qualquer
condição presente ou futura, bem como sem encargos, sem termos,
sem restrições ou modificações;
• Doação com encargo (modal) - é aquela em que o doador impõe ao
donatário fazer alguma contraprestação em seu benefício, em proveito
de terceiro ou do interesse geral; Ex. Darei um carro com a condição
de que faça feira todo sábado para mim.
• Doação condicional - é a que surte efeitos somente a partir da
implementação de uma condição, ou seja, é a que depende de uma
ação futura e incerta; Ex: Darei uma casa a minha filha quando ela se
casar. Nem todo mundo se casa, por isso o evento é incerto.
• Doação a prazo ou a termo: Subordina-se a um evento futuro e certo.
Ex. Darei um carro ao meu filho quando ele completar 21 anos.
Aceitação da Doação – Art. 539 do CC
• De qualquer forma, a doutrina tradicional sempre apontou que a
aceitação não pode ser presumida sem que haja a ciência do donatário.
Tem razão essa corrente, pois afinal de contas ninguém está obrigado a
aceitar determinado bem se não quiser. Conclui-se, portanto, que a
aceitação pode ser expressa ou presumida. Mesmo não sendo elemento
essencial, não se presume de forma absoluta essa aceitação se o
donatário não foi cientificado. (TARTUCE, Flávio)
 
• Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se
aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo,
não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a
doação não for sujeita a encargo.
Tipos de Aceitação
a) Expressa
 
b) Tácita
A aceitação tácita pode resultar do silêncio do interessado, mas também
pode ser revelada pelo comportamento do donatário que se mostrar
incompatível com a intenção de recusa. (TARTUCE, Flávio.)
 
Silêncio do Interessado – Art. 539 do CC
 
 
Dispensa da Aceitação – Art. 543 do CC
• Dispensa-se a aceitação quando se tratar de doação pura feita em favor
de absolutamente incapaz, hipótese prevista no art. 543 do CC. Tal
dispensa protege o interesse do incapaz, pois a doação pura só pode
beneficiá-lo. (TARTUCE, Flávio)
 
• Art. 543. Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a
aceitação, desde que se trate de doação pura.
Características 
Típico
Gratuito
Consensual
Unilateral
• O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem está sujeito às
consequências da evicção ou dos vícios redibitórios (arts. 552 do CC).
• Obs. Doações onerosas (modal ou com encargo)
 
Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso
forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral.
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério
Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este
não tiver feito.
 
Formalidades – escritura pública
• A doação será formal no caso de doação de imóvel com valor superior
a 30 salários mínimos.
• A doação será formal e não solene nos casos envolvendo imóvel com
valor inferior ou igual a 30 salários ou bens móveis (art. 108 e 541 do
CC). Nos dois casos, não é necessária escritura pública (contrato não
solene), mas sim escrito particular, o que faz com que o contrato seja
formal. (TARTUCE, Flávio)
 
• Obs. Doação de pequeno valor – Parágrafo único do art. 541 do
CC
 
Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento
particular.
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens
 
• Doação ao Nascituro – Art. 542 do CC
• Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu
representante legal.
 
• Doação sob forma de subvenção periódica – Art. 545 do CC
• Trata-se de uma doação de trato sucessivo, em que o doador estipula
rendas a favor do donatário (art. 545 do CC). Por regra, terá como
causa extintiva a morte do doador ou do donatário, mas poderá
ultrapassar a vida do doador, havendo previsão contratual nesse
sentido. (TARTUCE, Flávio)
• Art. 545. A doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado
extingue-se morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser, mas
não poderá ultrapassar a vida do donatário.
• Doação como Adiantamento de Legítima de Herança Futura
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a
outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.
 
• Doação para Casamento Futuro
Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com
certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por
terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um
do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará
sem efeito se o casamento não se realizar.
 
• Doações Remuneratórias
• É aquela feita em caráter de retribuição por um serviço prestado pelo
donatário, mas cuja prestação não pode ser exigida pelo último. (TARTUCE,
Flávio)
• Doação com cláusula de reversão – Art. 547 do CC
• A doação com cláusula de reversão (ou cláusula de retorno) é aquela em que
o doador estipula que os bens doados voltem ao seu patrimônio se
sobreviver ao donatário (art. 547 do CC). Trata-se está cláusula de uma
condição resolutiva expressa, demonstrando o intento do doador de
beneficiar somente o donatário e não os seus sucessores, sendo, portanto,
uma cláusula intuito personae que veda a doação sucessiva. (TARTUCE, Flávio)
 
Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se
sobreviver ao donatário.
Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro.
 
 
• Doação conjuntiva – art. 551 do CC
• A doação conjuntiva é aquela que conta com a presença de dois ou
mais donatários (art. 551 do CC), presente uma obrigação divisível.
Em regra, incide uma presunção relativa (iuris tantum) de divisão
igualitária da coisa em quotas iguais entre os donatários. Entretanto, o
instrumento contratual poderá trazer previsão em contrário. (TARTUCE, Flávio)
 
Art. 551. Salvo declaração em contrário, a doação em comum a mais de
uma pessoa entende-se distribuída entre elas por igual.
Parágrafo único. Se os donatários, em tal caso,forem marido e mulher,
subsistirá na totalidade a doação para o cônjuge sobrevivo.
 
Doações Proibidas
 
• Doação Inoficiosa – art. 549 do CC
• Segundo o art. 549 do CC, é nula a doação quando à parte que exceder
o limite de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor
em testamento. Essa doação, que prejudica a legítima (quota dos
herdeiros necessários), é denominada doação inoficiosa. (TARTUCE, Flávio)
• Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de
que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em
testamento.
 
• Doação Universal – art. 548 do CC
• Nula é a doação de todos os bens, sem a reserva do mínimo para a
sobrevivência do doador (art. 548 do CC). Essa doação que é vedada
expressamente pela lei. (TARTUCE, Flávio)
• Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou
renda suficiente para a subsistência do doador.
REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO
 
DA REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO – Art. 555 e 564 do CC
• Na presente obra foi exposto que a revogação é forma de resilição
unilateral, de extinção de um contrato por meio de pedido formulado
por um dos contratantes em virtude da quebra de confiança entre
eles. O instituto está tratado entre os arts. 555 e 564 do atual Código
Civil e é reconhecido como um direito potestativo a favor do doador.
(TARTUCE, Flávio)
• Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou
por inexecução do encargo.
• Art. 556. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar
a liberalidade por ingratidão do donatário.
 
Revogação da doação por ingratidão – art. 557 do CC
Esta envolve matéria de ordem pública.
O art. 557 do CC traz um rola de situações que podem motivar a revogação por
ingratidão a saber:
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio
doloso contra ele;
II - se cometeu contra ele ofensa física;
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este
necessitava.
 
Importante...
Art. 558. Pode ocorrer também a revogação quando o ofendido, nos
casos do artigo anterior, for o cônjuge, ascendente, descendente, ainda
que adotivo, ou irmão do doador. EXTENSÃO
Art. 559. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada
dentro de um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do
doador o fato que a autorizar, e de ter sido o donatário o seu autor.
PRAZO
Art. 560. O direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros
do doador, nem prejudica os do donatário. Mas aqueles podem
prosseguir na ação iniciada pelo doador, continuando-a contra os
herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide.
MORTE DO DOADOR
Art. 561. No caso de homicídio doloso do doador, a ação caberá aos
Obs. Art. 564 do CC – Não se revogam por ingratidão:
I – as doações puramente remuneratórias;
II – as oneradas com encargo já cumprido;
III – as que fizerem em cumprimento da obrigação natural;
IV – as feitas para determinado casamento.
 
Revogação da doação pela inexecução do encargo – art. 555 do CC
 
Art. 555 – A doação pode ser revogada por ingratidão, ou por inexecução do
encargo.

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