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AULA avaliação tontura por imagem 2023

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TC e RM na avaliação da tontura
Laboratório Propedêutica de Imagem
SOI V
Curso de Medicina – UNIDEP Pato Branco - PR
Prof. Enio Antonio Bonamigo Jr.
Médico Radiologista
CRM-PR 37015 RQE 27375
OBJETIVOS
• Anatomia geral e fisiologia
• Exemplos de doenças específicas (neoplásicas, 
infecciosas/inflamatórias, alterações anatômicas, 
traumáticas/pós-cirúrgicas, e outras)
TC e RM – avaliação da tontura
●A capacidade dos seres humanos de permanecerem na 
posição vertical, efetuarem aceleração e movimentos de 
rotação, sem oscilar ou cair é chamada de equilíbrio. 
●Para sua manutenção é necessária a interação adequada 
dos sistemas vestibular, visual e proprioceptivo.
●Distúrbios na relação entre estes sistemas geralmente se 
manifestam como tontura.
Introdução
https://sindesi.es/sistema-vestibular/
● A tontura está presente em 5% a 10% da população 
mundial e em 65% dos indivíduos com mais de 65 anos de 
idade. 
● Este termo não é específico e normalmente abrange uma 
gama de apresentações, sendo as mais comuns: vertigem 
(falsa sensação de movimento do corpo), desequilíbrio e 
pré-síncope.
● A vertigem está mais associada a distúrbios no aparato 
vestibular e suas conexões, enquanto o desequilíbrio está 
geralmente associado a danos neurológicos, não sendo 
fácil fazer esta distinção clinicamente. 
Introdução
https://sindesi.es/sistema-vestibular/
● São várias as etiologias associadas à tontura, e como 
parte da avaliação inicial, causas cardiovasculares, 
endócrinas, farmacológicas ou psiquiátricas precisam ser 
excluídas, antes de considerar avaliação por meio de 
métodos de imagem. 
Introdução
https://sindesi.es/sistema-vestibular/
VIII par – Nervo Vestibulococlear Anatomia
Os nervos faciais e vestibulococleares têm 
cursos cisternais e canaliculares 
semelhantes.
Ambos emergem da face lateral da borda 
inferior da ponte e atravessam a cisterna do 
ângulo ponto-cerebelar em um ângulo 
oblíquo. Lá, eles podem estar próximos à 
artéria cerebelar inferior anterior.
Em seguida, os nervos cruzam o porus 
acusticus (uma abertura entre a cisterna do 
ângulo cerebelopontino e o meato acústico 
interno) e percorrem toda a extensão do 
meato acústico interno.
Imagens radiológicas que retratam com 
precisão a relação dos nervos para massas 
no ângulo ponto cerebelar podem ajudar no 
planejamento cirúrgico.
Os cursos paralelos dos nervos facial 
(pontas de seta pretas) e vestibular superior 
(pontas de seta brancas) conforme eles 
cruzam o ângulo cerebelopontino para 
entrar no canal auditivo interno através do 
poro acústico (seta dupla)
Formado por dois nervos: 
O nervo coclear, que transmite o som e se 
origina na membrana coclear;
E o nervo vestibular que controla o 
equilíbrio e se origina nas células sensoriais 
ciliares do labirinto membranoso 
A neurite vestibular se apresenta como vertigem aguda unilateral sem perda auditiva.
Náuseas e vômitos também estão associados. Afeta adultos jovens e adultos sem preponderância sexual.
A etiologia é variada. Infecções virais, bacterianas e por protozoários foram relatadas, mas também causas alérgicas e autoimunes são descritas.
A inflamação do nervo vestibular pode ser complicada por desmielinização, com perda de função, nem sempre reversível 
Labirintite
Neurite vestibular. leve hiperintensidade ( a , seta) e realce ( b , seta) do nervo vestibular direito e labirinto direito ( a , c , círculos pontilhados)
VIII par – Nervo Vestibulococlear
• Lesão mais comum do ângulo ponto-cerebelar, 
normalmente apresenta aspecto homogêneo quando 
pequeno e com padrão histológico Antoni A. 
• A presença de insinuação e alargamento do conduto 
auditivo interno é um aspecto sugestivo, porém não 
específico (Figura 2). 
• O principal nervo acometido é o VIII par, 
manifestando-se principalmente com zumbido 
(tinnitus) e perda auditiva, entretanto, pode provocar 
tontura quando exerce efeito compressivo sobre o 
cerebelo.
Schwannoma
• Lesão mais comum do ângulo ponto-cerebelar, 
normalmente apresenta aspecto homogêneo quando 
pequeno e com padrão histológico Antoni A. 
• A presença de insinuação e alargamento do conduto 
auditivo interno é um aspecto sugestivo, porém não 
específico (Figura 2). 
• O principal nervo acometido é o VIII par, 
manifestando-se principalmente com zumbido 
(tinnitus) e perda auditiva, entretanto, pode provocar 
tontura quando exerce efeito compressivo sobre o 
cerebelo.
Schwannoma
Prof. Jan W. Casselman
Depart. Neuroradiology/H&N Radiology, Dalhousie University, Halifax, Nova Scotia – CANADA 
Depart. Radiology Brugge, AZ St-Jan Brugge - BELGIUM 
University Ghent - BELGIUM
• Tumor extra-axial mais comum em adultos e 
a segunda lesão mais comum no ângulo 
ponto-cerebelar. 
• Comumente apresenta aspecto homogêneo 
à tomografia computadorizada (TC) e 
ressonância magnética (RM), com realce 
intenso pelo meio de contraste (Figura 1). 
• A presença de cauda dural é um aspecto 
sugestivo, porém não específico. 
• Apesar do crescimento lento, quando 
localizado na fossa posterior pode provocar 
efeito compressivo no cerebelo e, 
consequentemente, tontura.
Meningeoma
Glomo jugular/ júgulo-timpânico
• Tumores do sistema quimiorreceptor, são os 
principais tumores primários do forame jugular. 
• A maioria é benigna, porém com comportamento 
agressivo. 2-13% são malignos.
• À TC manifestam-se com destruição óssea 
irregular e realce significativo pelo contraste. Na 
RM apresentam sinal baixo em T1 e alto em T2, 
também com intenso realce póscontraste. As 
lesões maiores podem apresentar flow-voids de 
permeio(Figura 4).
• Tumores do sistema quimiorreceptor, são os 
principais tumores primários do forame jugular. 
• A maioria é benigna, porém com comportamento 
agressivo. 2-13% são malignos.
• À TC manifestam-se com destruição óssea 
irregular e realce significativo pelo contraste. Na 
RM apresentam sinal baixo em T1 e alto em T2, 
também com intenso realce póscontraste. As 
lesões maiores podem apresentar flow-voids de 
permeio(Figura 4).
Glomo jugular/ júgulo-timpânico
https://insightsimaging.springeropen.com/articles/10.1186/s13244-019-0701-2
• Consiste na ausência da camada óssea que 
recobre o referido canal, podendo estar 
associada a sintomas vestibulares induzidos por 
estímulos sonoros intensos ou modificação de 
pressão intracraniana ou na orelha média, com 
prevalência de 0,7% na população geral. 
• Vale ressaltar que nem todos os portadores de 
deiscência do canal semicircular superior são 
sintomáticos. 
• A TC com janela óssea e reformatação oblíqua 
no plano de Pöschl demonstra falha óssea no 
canal semicircular superior (Figura 14).
• Alteração anatômica
Deiscência do canal semicircular superior
• Consiste em infecção da cavidade timpânica e 
mastoide, principalmente por agentes bacterianos, 
sendo os mais comuns Streptococcus pneumoniae e 
Haemophilus influenzae. 
• Pacientes imunocomprometidos apresentam fatores de 
risco para agentes infecciosos incomuns, além de 
comprometimento mais extenso e rapidamente 
progressivo (Figuras 7 e 8). 
Otomastoidite
• Na TC, a otomastoidite não complicada apresenta-se 
comumente como material hipodenso, sem erosão 
óssea; na RM, não é esperada restrição à difusão. 
• Quando não tratada adequadamente, pode evoluir 
para osteomielite (Figura 9) ou complicar com 
acometimento intracraniano, incluindo meningite, 
abscessos (Figura 10) e trombose venosa. 
• Estas complicações reduziram substancialmente 
depois do largo emprego dos antibióticos.
Otomastoidite
• Na TC, a otomastoidite não complicada apresenta-se 
comumente como material hipodenso, sem erosão 
óssea; na RM, não é esperada restrição à difusão. 
• Quando não tratada adequadamente, pode evoluir 
para osteomielite (Figura 9) ou complicar com 
acometimento intracraniano, incluindo meningite, 
abscessos (Figura 10) e trombose venosa. 
• Estas complicações reduziram substancialmentedepois do largo emprego dos antibióticos.
Otomastoidite
• A maioria resulta de traumatismos cranioencefálicos 
de alta energia. 
• A classificação tradicional indica a relação entre a 
linha de fratura e o maior eixo da porção petrosa do 
temporal, podendo ser longitudinais, transversais ou 
mistas. 
• As do tipo longitudinal geralmente ocorrem em 
traumas temporoparietais, acometendo principalmente 
a porção extralabiríntica e apresentando como 
principais complicações a lesão ossicular e o 
hemotímpano. 
• Já as fraturas transversais geralmente ocorrem em 
traumas fronto-occipitais, são mais associadas com 
tontura, em consequência do comprometimento 
translabiríntico, podendo haver ainda lesão do nervo 
facial (Figura 16).
Fraturas - Causas traumáticas
• A maioria resulta de traumatismos cranioencefálicos 
de alta energia. 
• A classificação tradicional indica a relação entre a 
linha de fratura e o maior eixo da porção petrosa do 
temporal, podendo ser longitudinais, transversais ou 
mistas. 
• As do tipo longitudinal geralmente ocorrem em 
traumas temporoparietais, acometendo principalmente 
a porção extralabiríntica e apresentando como 
principais complicações a lesão ossicular e o 
hemotímpano. 
• Já as fraturas transversais geralmente ocorrem em 
traumas fronto-occipitais, são mais associadas com 
tontura, em consequência do comprometimento 
translabiríntico, podendo haver ainda lesão do nervo 
facial (Figura 16).
Fraturas - Causas traumáticas
• PEDIDO MÉDICO
• DADOS CLÍNICOS: Baseados na anamnese, exame físico e avaliações funcionais (alçada da 
disciplina de otorrinolaringologia)
• Requisição do exame: Ossos temporais + Crânio 
(são protocolos diferentes, principalmente na ressonância magnética!)
• Contexto clínico/ indicação do exame: Suspeita de lesão estrutural no aparato vestibular, vertigem 
não responsiva ao tratamento clínico
• Etiologias:
Neoplásica
Infecciosas/inflamatórias
Traumáticas/pós-cirúrgicas
Alterações anatômicas
Etc.
Recomendações
Tabela (adaptada de: Imaging of dizziness; S.E.J. Connor, N. Sriskandan / Clinical Radiology) demonstra o resumo das recomendações de exames de imagem de acordo com as diferentes suspeitas clínicas.
Sensorineural hearing loss (SNHL)
Conductive hearing loss (CHL)
Prof. Jan W. Casselman
Depart. Neuroradiology/H&N Radiology, Dalhousie University, Halifax, Nova Scotia – CANADA 
Depart. Radiology Brugge, AZ St-Jan Brugge - BELGIUM 
University Ghent - BELGIUM

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