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Aula 9 - Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação

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Fundamentos Filosóficos e 
Sociológicos da Educação 
Virgínia Marcondes 
Marcos R. C. Ketelhut 
AULA 9 
Nessa aula, estudaremos os fatos e acontecimentos que
representam a crise da modernidade por meio do pensamento
de Kant, da crítica da razão pura, Hegel e a dialética, Marx.
O filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), repensa a
metafísica clássica. É o marco para o início a uma crítica da
razão teórica, ou seja, um estudo para determinar o que a razão
pode ou não efetivamente conhecer.
Realiza e estabelece que não é a realidade que determina nossa
maneira de pensar, mas que é nossa maneira de pensar que
determina a realidade.
Através das formas a priori de sensibilidade (aquelas que existem antes da
experiência) e dos conceitos a priori do entendimento, Kant demonstra que
existem dois tipos de realidade: a) aquela que apreendemos através dos nossos
“filtros” apriorísticos, os chamados fenômenos e b) a que é inapreensível à
experiência e que Kant chama de noumeno. Sendo este noumeno ou “coisa-em-
si o objeto da metafísica, então esta não é possível.
A partir de Kant a metafísica deixa de ser realista (a realidade pode ser
conhecida pelos sentidos) para se tornar idealista, ou seja, a realidade
estruturada pelas ideias produzidas pelo sujeito.
A escola idealista terá como seu maior representante o filósofo alemão Georg
W.F. Hegel (1770-1831) e ao longo do século XIX terá como opositora a escola
de pensamento materialista (Karl Marx, Ludwig Feuerbach, Friedrich
Nietzsche, entre outros).
Kant admitia que o principal objeto do problema crítico é o juízo, que é a fonte
da verdade e do erro ( tese de São Tomás de Aquino). O juízo exclui àqueles
puramente analíticos e também os sintéticos a posteriori, retendo somente os
sintéticos a priori, já que Kant só considera esse último como juízo científico
para determinar o funcionamento da razão nas ciências.
A tarefa mais importante que Kant adotou foi a de criticar as antigas provas da
existência de Deus que vinham desde a Idade Média, especialmente a prova
Ontológica.
Toda a preocupação que Kant demonstra quanto às provas da existência de
Deus têm relação com sua teoria do conhecimento e sua divisão entre o mundo
noumênico e fenomênico. A razão não deve tentar ultrapassar o mundo da
experiência, que é o mundo do fenômeno. A assim chamada coisa-em-si nos é
inacessível. A razão não pode ter acesso ao noumeno.
Para Kant, a única prova válida da existência de Deus, é a moral, que nada mais é que a
existência das verdades eternas.
Kant estabelece um dualismo importante por causa da contradição que enfrenta entre
uma moral.
Hegel afirmará que todo racional é real, Marx irá inverter esse argumento dizendo que
todo real é racional.
Em Kant, há duas principais fontes de conhecimento no sujeito: A sensibilidade, por
meio da qual os objetos são dados na intuição. O entendimento, por meio do qual os
objetos são pensados nos conceitos.
Com uma multiplicidade de sensações dos objetos do mundo, como cor, cheiro, calor,
textura, etc., podemos chamar de matéria do fenômeno, ou seja, o conteúdo da
experiência.
Para que estas impressões tenham sentido e entrem no campo do cognoscível (daquilo
que se pode conhecer), elas precisam, em primeiro lugar, serem colocadas em forma a
priori da intuição, que são o espaço e o tempo.
As formas puras da intuição surgem antes de qualquer representação mental do
objeto; antes que se possa pensar a palavra "cadeira", a cadeira deve ser
apresentada, recebida, na forma a priori do espaço e do tempo. Este é o
primeiro passo em direção ao conhecimento.
Hegel herda de Heráclito de Éfeso, a ideia da dialética enquanto estrutura da
realidade e do pensamento.
De Kant, Hegel herda a base e o ponto de partida da moderna filosofia alemã,
ou seja, a distinção entre o entendimento e a razão e a ideia de uma lógica
transcendental e considera os conceitos a priori, em relação aos objetos,
formula as regras do pensamento puro e vincula as categorias à consciência de
si, ao eu subjetivo.
Hegel e Kant se separam na medida em que o sujeito kantiano reconhece o
objeto e, diferentemente de Hegel, não se reconhece aí. Tal separação é
explorada por Hegel.
Para Hegel, a liberdade em Kant não vai além de uma abstração enquanto não
se deixa determinar.
O mesmo raciocínio se estende à lei, pois Hegel entende que Kant opera uma
distinção entre a forma e o conteúdo da lei que não são entendidos como
complementares.
Em Hegel, a lei é mais do que uma referência formal. Sem a lei, enquanto
determinação histórica, a liberdade permanece uma intenção sem jamais atingir
o status necessário de realidade entre os homens.
Os “jovens hegelianos” ou “hegelianos de esquerda” possuíam como posição
filosófica geral, comum, a crença de que são os pensamentos e os conceitos os
fatores determinantes ou fundamentais da vida social.
Defendiam a ideia com relação à existência, atribuindo-lhe um caráter
incondicionado , uma autonomia plena, absoluta.
Desejava inaugurar um pensamento que, ao mesmo tempo, possuísse uma
racionalidade dialética, porém constituísse um real avanço com referência à postura
filosófica de Hegel.
A dialética de Marx não é uma simples negação, uma negação que elimina e afasta
o negado, sendo desta forma uma mera inversão.
Não, a dialética de Marx não a é a lógica de Hegel, em que a razão se afirma e se
propõe, o homem livre se determina e razão se exterioriza pela ação do homem.
Ela produz um duplo movimento, simultâneo, de negação e afirmação. Ela é uma
negação – que – conserva o negado para afirmá-lo em noutro nível.
Para Hegel, a dialética idealista era a metafísica e as coisas seriam imutáveis, ela
era fundamentada na razão (a realidade se transformava pela luta de ideias novas)
afirmação –negação - afirmação. Nada era perfeito, inexiste a homogeneidade, ele
criticava Marx por incorporar isso a partir da prática social do homem.
Hegel enfrentava a materialidade como outra frente de crítica: Ludwig
Feuerbach, defendia uma percepção mecanicista, ou seja, tudo era mero reflexo
do mundo material, não havendo relação dialética, o homem era o que era.
Crítica de Marx ao pensamento dialético de Hegel.
A critica de Marx sobre Hegel foi de que a dialética do idealismo era do mundo
das ideias, e a dialética do materialismo é posição filosófica que considera a
matéria como a única realidade discordando da dialética de Hegel no que diz
respeito ao materialismo defendido por Marx.
Portanto, a abordagem marxista (materialismo filosófico) contrapõem-se à
abordagem filosófica de Hegel (idealismo filosófico).
No materialismo dialético defende que as forças produtivas condiciona o
desenvolvimento da vida social, política e intelectual das pessoas.
Marx critica Hegel por ter transformado sua filosofia numa realidade
empírica, anti-histórico e mecanicista.
Influenciado pelos hegelianos de esquerda, Karl Marx desenvolveu o
materialismo histórico. Para Marx a filosofia como visão de mundo deve
dar lugar a um pensamento revolucionário, que leve o mundo à
transformação.
Ele inclui na tarefa crítica da filosofia a análise sociológica, política,
histórica e econômica da realidade. A filosofia marxista influencia
pensadores como Georg Lukács, os pensadores da Escola de Frankfurt,
Theodor adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamin.
Além de todos esses filósofos, podemos citar Louis Althusser como um
dos mais originais e influentes intérpretes do pensamento de Marx.
A ideologia para Marx é uma construção imaginária, um puro sonho, um vazio
inútil, constituído pelos resíduos diurnos da única realidade plena e positiva, a
da história concreta de indivíduos concretos, materiais, produzindo
materialmente sua existência.
Para Althusser, a Ideologia consiste em um sistema dotado de uma lógica e de
rigor próprios de representação (imagens, mitos, ideias, conceitos, etc.) que
possuem existência e um papel histórico na sociedade
A representação da ideologia e sua materialidade se dão através do que
Althusser denominada de Aparelhos Ideológicos doEstado
Aparelhos Ideológicos se dariam através das estruturas religiosas, escolares,
familiares, jurídicos, culturais dentre outros, aplicando dessa forma a
inconsciência relativa ao sujeito no processo material da ideologia.
Na ideia dos Aparelhos ideológicos temos que estes efetivam e
realizam historicamente a ideologia dominante sem se
constituírem a sua totalidade em ato. A discussão está centrada
na prática dos aparelhos em efetivarem a reprodução das
classes, sendo que, inseridos em aparelhos de um Estado de
classe, estariam corroborando com a dominação de uma classe
sobre as outras classes sociais
Resumindo:
• A crítica da razão pura de Kant;
• A filosofia crítica;
• A moral e o dever;
• Hegel e o questionamento da dicotomia kantiana;
• A filosofia de Marx a partir da análise socioeconômica e
histórica.
1. Para Kant, a única prova válida da existência de Deus é a moral, pois:
a) Nada, mais é do que a existência de verdades eternas.
b) Nada é em sim, portanto, não faz sentido.
c) Tudo é, para além da existência das coisas e verdades eternas.
d) Tudo o mais não é, pois se tratam de inverdades eternas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
2. Podemos afirmar que são fontes de conhecimento para Kant:
a) A matéria das coisas e a experiência das coisas.
b) A sensibilidade e o entendimento, por meio dos quais os conceitos são pensados.
c) A multiplicidade das coisas que gera sensações diferentes.
d) Os fenômenos e as matérias que estão relacionadas ao divino.
e) A razão que supera o entendimento das coisas.
3. Podemos afirmar que a razão, para Hegel:
a) Se afirma e se propõe.
b) É o ambiente no qual o Homem livre se determina.
c) É proporcionada pela ação do Homem.
d) Produz um duplo movimento.
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
4. Assinale a alternativa correta:
a) Karl Marx desenvolve o materialismo histórico.
b) Para Marx a filosofia deve das lugar à consolidação do pensamento anterior.
c) A filosofia deve das lugar à consolidação do pensamento anterior.
d) Althusser sempre refutou todas as ideias de Marx.
e) Nenhuma alternativa acima está correta.
5. Assinale a alternativa que sintetiza o conceito de materialismo histórico em Marx e Engels:
a) É a interpretação dos fatos históricos a partir das relações de trabalho e de produção.
b) É a interpretação dos fatos históricos a partir da noção de alienação do homem.
c) É o movimento da história na realização do espírito do homem, a sociedade sem classes.
d) É a teoria que toma a consciência do homem de suas relações de classe como pressuposto para a história.
e) É a teoria que explica os fatos históricos a partir da contradição entre forças produtivas, valores de uso e
consciência.
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