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DIREITO CONSTITUCIONAL - Dos Direitos e Garantias Fundamentais

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DOS DIREITOS E DEVERES
INDIVIDUAIS E COLETIVOS
VIDEOAULA
PROF. UBIRAJARA MARTELL
LEIS COMPLEMENTAR Nº 10.990/97
www.acasadoconcurseiro.com.br
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
3
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
NOVOS DIREITOS:
# Direito de morrer (eutanásia – homicídio privilegiado no Brasil / Ortotanásia – deixar de prolongar 
a vida de um doente em estado terminal, seguindo a Resolução do conselho federal de medicina, é 
válida)
# Direito ao esquecimento (redes sociais, intimidade e vida privada)
# Direito a Felicidade (ADPF 132 – união de pessoas do mesmo sexo como entidade familiar)
# Direito do Acesso à Internet (acesso a informação e locomoção)
DIREITO A VIDA: # continuar vivo (não fazer do Estado)
 # vida digna (fazer do Estado)
Segundo o STF (ADI 3.510) a VIDA HUMANA começaria com o surgimento do cérebro, que somente 
apareceria após a introdução do embrião no útero da mulher. Sem cérebro não haveria vida. Um dos 
argumentos utilizados pelo ministro relator nesse caso, foi a possibilidade da retirada de tecidos, 
órgãos e partes do corpo humano destinados a transplante (Lei dos transplantes).
#Exceções do direito a vida: RELATIVIDADE DESSE DIREITO
4
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Princípio da Igualdade /Isonomia
HOMENS e MULHERES são iguais = IGUALDADE DE GÊNERO
Pessoas em mesma situação _________________________________________________________
Pessoas em situação diferente _______________________________________________________
Ações afirmativas são atos ou medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas 
pelo estado, espontânea ou compulsoriamente, com os objetivos de eliminar desigualdades 
historicamente acumuladas, garantir a igualdade de oportunidades e tratamento, compensar 
perdas provocadas pela discriminação e marginalização. Essas ações sempre devem ter caráter 
TEMPORÁRIO.
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
1) Segundo o STF, é CONSTITUCIONAL a definição de critérios, além da autodeclaração, como forma 
de identificação dos beneficiários da política de cotas nos concursos públicos. ADC 41, Relator: 
Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 08/06/2017. É legítima a utilização, além 
da autodeclaração, de critérios subsidiários de heteroidentificação (exigência de autodeclaração 
presencial perante a comissão do concurso), desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e 
garantidos o contraditório e a ampla defesa.
2) O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de 
disputar as vagas reservadas em concursos públicos. (Súmula 552 STJ)
3) O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas 
aos deficientes. (Súmula 377 STJ)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
SÚMULA VINCULANTE 44 - Princípio da Legalidade
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
5
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Proibição da Tortura: art. 5º XLI e Lei 9.455/97
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
Livre Pensamento / Vedado Anonimato:
# ADPF 187 (Marcha da Maconha). Foi considerada liberdade de pensamento ou incentivo ao uso 
de drogas?
# Denúncia anônima. É possível?
# Discursos de Ódio. É possível?
 
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: É inconstitucional norma que proíbe proselitismo em rádios 
comunitárias. O STF entendeu que essa proibição afronta os arts. 5º,IV, VI e IX, e 220, da Constituição 
Federal. A liberdade de pensamento inclui o discurso persuasivo, o uso de argumentos críticos, o 
consenso e o debate público informado e pressupõe a livre troca de ideias e não apenas a divulgação 
de informações. STF. Plenário. ADI 2566/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. 
Edson Fachin, julgado em 16/5/2018 (Info 902).
6
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações 
religiosas e seus seguidores não está protegida pela cláusula constitucional que assegura a liberdade 
de expressão. STF. 2ª Turma. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, 
julgado em 6/3/2018 (Info 893). Atenção. Compare com RHC 134682/BA, Rel. Min. Edson Fachin, 
julgado em 29/11/2016 (Info 849).
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem; 
# Direito de resposta: Lei 13.188/15 (somente nos meios de comunicação social, como rádios, 
jornais, televisão e portais na internet. Não será cabível contra ofensas individuais, como por 
exemplo no facebook, twiter, intragran... 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA:
#Crucifixos nas repartições públicas: STF - Aspecto Religioso e Cultural
 
# Ensino religioso nas escolas pode em caráter confessional? Segundo o STF sim (ADI 4.439), matéria 
facultativa nas escolas públicas ou privadas.
“Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar 
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O 
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ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas 
públicas de ensino fundamental. 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º O casamento é civil e 
gratuita a celebração. § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. ”
#Crucifixos nas repartições públicas: STF - Aspecto Religioso e Cultural
 
# Ensino religioso nas escolas pode em caráter confessional? Segundo o STF sim (ADI 4.439), matéria 
facultativa nas escolas públicas ou privadas.
“Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar 
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O 
ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas 
públicas de ensino fundamental. 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º O casamento é civil e 
gratuita a celebração. § 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. ”
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e 
militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou 
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir 
prestação alternativa, fixada em lei;
Liberdade de Consciência, crença e culto: Art. 19, I
# escusa de consciência: serviço militar obrigatório, tribunal do júri / deve prestar serviço 
alternativo, caso não prestem = suspensão dos direitos políticos
 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença;
8
Liberdade de atividade intelectual, artística, científica ou de comunicação e indenização em caso de 
dano.
- Existe censura no ordenamento jurídico brasileiro? NÃO, não existe censura prévia
 “Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer 
forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 2º É vedadatoda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.”
- Existe alguma forma de controle estatal nessa área? SIM, através da classificação indicativa ( art. 21 
XVI, de competência da União). Esse é o ponto de equilíbrio entre a compatibilização da integridade 
crianças e adolescentes e a garantia da liberdade de expressão. Não se trata de licença ou censura 
prévia, mas de limite razoável para compatibilizar os direitos envolvidos. Trata-se de classificação e 
não de autorização, deixando aos pais a efetiva educação dos filhos, com prioridade máxima em sua 
proteção.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito 
a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 
por determinação judicial; 
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XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a 
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 
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XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
Liberdade de Profissão:
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário 
ao exercício profissional; 
Liberdade de Informação: art. 5º XIV e XXXIII – Lei 12.527/11
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos 
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Exceções: Art. 21, II (guerra), Art. 21, V (estado defesa, estado de sítio e intervenção federal)
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Direito de Reunião
#semarmas #independentementedeautorização #prévioaviso
Local Aberto = livre acesso, sem pagamento Ex.: Parada Gay, marcha das vadias
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, 
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas 
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Liberdade de Reunião e Associação: Art. 5º XVII a XXI
#princípiodalivreassociação
Independem de autorização: criação de _______________________________________
Vedada __________________________________________________________________
Associações: compulsoriamente dissolvidas por__________ + __________, suspensas suas 
atividades _______________
Entidades Associativas podem representar seus associados quando______________________ via 
__________________
12
SÚMULA 629 STF - A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor 
dos associados independe da autorização destes.
XXII - é garantido o direito de propriedade;
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, 
ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos 
previstos nesta Constituição;
 XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; REQUISIÇÃO 
ADMINISTRATIVA
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, 
não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, 
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
Direito de Propriedade: art. 5º XXII a XXVI
#direitoxfunçãosocial
#desapropriação – JUSTA E PRÉVIA INDENIZAÇÃO EM DINHEIRO, ressalvados casos previstos nesta 
Constituição (ex.: expropriação, plantação de drogas)
 
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A pequena propriedade rural é impenhorável (art. 5º, XXVI, da CF/88 
e o art. 833, VIII, do CPC) mesmo que a dívida executada não seja oriunda da atividade produtiva do 
imóvel. De igual modo, a pequena propriedade rural é impenhorável mesmo que o imóvel não sirva 
de moradia ao executado e à sua família. Desse modo, para que o imóvel rural seja impenhorável, 
nos termos do art. 5º, XXVI, da CF/88 e do art. 833, VIII, do CPC, é necessário que cumpra apenas 
dois requisitos cumulativos:
1) seja enquadrado como pequena propriedade rural, nos termos definidos pela lei; e
2) seja trabalhado pela família.
STJ. 3ª Turma. REsp 1591298-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 14/11/2017 (Info 616).
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
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XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas 
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz 
humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que 
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
https://www3.ecad.org.br/
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, 
bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e 
a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e 
econômico do País;
Inventos = privilégio TEMPORÁRIO, visa o interesse social 
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal 
do "de cujus";
Regra:
Exceção:
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
Lei 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou 
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
14
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de 
poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal;
Direito de Petição = PEDIDO Direito de Certidões = ATESTADO
Direito de Petição e obtenção de certidões: natureza administrativa 
#independentementedopagamentodetaxas
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Princípio da Inafastabilidade de Jurisdição: DIREITO DE AÇÃO E LIVRE ACESSO AO JUDICIÁRIO
EXCEÇÕES: necessidade de prévio esgotamento da esfera administrativa. Estão previstas na própria 
constituição e em outras leis. 
a)Justiça Desportiva (Art. 217 §1 º e 2 º da CF)
b) Pedido administrativo no Habeas Data (Lei nº 9 507/97 e art. 5º, LXXII)
c) Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após o 
esgotamento das vias administrativas (Art. 7 º, § 1 º da Lei nº 11 417/06 Lei da Súmula Vinculante)
d) O STF tem decidido pela exigibilidade do prévio requerimento administrativo como condição 
para o regular exercício do direito a ação, para que se postule judicialmente a concessão de 
benefício previdenciário. Súmula Vinculante 28 “É inconstitucional a exigência de depósito prévio 
como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de 
crédito tributário. ” Súmula 667 do STF “Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa 
judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. ”
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Os conceitos dos institutos previstos neste inciso estão no Art. 6 º, § 1 º, 2 º e 3 º da LINDB
“Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se 
efetuou. 
 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, 
como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida 
inalterável, a arbítrio de outrem. 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. “
Direito Adquirido: direito que o titular ou alguém por ele, possa exercer, inalterável a arbítrio de 
outrem. Incorporou ao patrimônio.
Ato Jurídico Perfeito: ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. Sem 
vícios.
Coisa Julgada: decisão judicial em que não caiba mais recurso.
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
15
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
Princípio do Juiz Natural e do promotor natural.
O juiz é pré-constituído e tem de ser imparcial.
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
TRIBUNAL DO JÚRI – EXCEÇÕES: foro por prerrogativa da função. Ex.: Crime doloso contra a vida 
cometido pelo Presidente da República. Será julgado pelo STF.
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Princípio da Legalidade e Anterioridade Penal
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Princípio da Irretroatividade da Lei Penal
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
Se a lei altera uma infração administrativa de trânsito, tornando-a menos grave, esta lei não irá 
retroagir para alcançar pessoas que praticaram esta infração antes da Lei mais favorável. Como não 
se trata de norma de natureza penal, não há como aplicar a retroatividade da norma mais benéfica. 
Assim, a redação dada pela Lei nº 11.334/2006 ao art. 218, III do CTB (dirigir acima da velocidade 
permitida) não pode ser aplicada às infrações cometidas antes da vigência daquela lei, ainda que 
a nova redação seja mais benéfica ao infrator do que a anterior. Isso porque o art. 218 prevê uma 
infração administrativa e não penal.
STJ. 2ª Turma. AgRg nos EDcl no REsp 1281027-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 
18/12/2012 (Info 516).
16
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
EXEMPLOS: 
Lei Maria da Penha, criminalização da Homofobia, estatuto do Idoso, estatuto da igualdade Racial
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 
nos termos da lei;
LEI Nº 7.716/1989. Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , 
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, 
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
(Regulamento)
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
# E o tráfico de pessoas (art. 149A do CP) ?
# ANISTIA, GRAÇA E INDULTO: são causas extintivas da punibilidade que configuram verdadeira 
renúncia ao direito de punir do Estado.
A Anistia, veiculada por lei ordinária (federal), de iniciativa privada do Congresso Nacional, de caráter 
retroativo (à data do fato – ex tunc) e irrevogável, promove a exclusão do crime e faz desaparecer 
suas conseqüências penais, com exceção dos efeitos extrapenais (genéricos e específicos), que 
ainda subsistem a sentença condenatória transitada em julgado poderá ser executada no cível, pois 
o direito a indenização pertence ao particular lesado. Ex.: Lei nº 12.505/11 – concedeu anistia aos 
crimes militares e infrações disciplinares conexas praticadas por policiais militares, que participaram 
de movimentos por melhorias salarias.
A Graça é um benefício de caráter individual, concedido mediante despacho do Presidente da 
República (ou algum dos seus delegados) após solicitação do condenado, do Ministério Público, 
do Conselho Penitenciário, ou da Autoridade Administrativa (artigo 188 da LEP); e que deve ser 
cumprido pelo juiz das execuções.
O Indulto é o benefício de caráter coletivo, concedido mediante decreto presidencial que deve ser 
cumprido pelo Juiz, de ofício, ou mediante provocação do interessado, do Ministério Público, do 
Conselho Penitenciário ou da Autoridade Administrativa. (Artigo 193 da LEP). 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
17
A Graça e o Indulto são benefícios de competência privativa do Presidente da República, cujo 
exercício pode ser delegado aos Ministros de Estado, ao Procurador – Geral da República ou ao 
Advogado Geral da União (artigo 84, XII e parágrafo único da CF) e atingem somente os efeitos 
principais da condenação, substituindo todos os efeitos penais e extrapenais gerando, inclusive, a 
reincidência e maus antecedentes.
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII – não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a 
idade e o sexo do apenado;
SÚMULA VINCULANTE 56
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em 
regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 
641.320/RS.
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos 
durante o período de amamentação;
 PENAS, PRISÃO E PRESOS
18
#apenaépersonalíssima #princípio da individualização da pena
Penas Permitidas: _________________________________________________________________
___________________
Penas Vedadas: ___________________________________________________________________
___________________
Cumprimento das Penas: ______________________________________________________________________________
#direitosasseguradosaospresos
Integridade ______________________________________________________________________
___________________
As presidiárias ____________________________________________________________________
__________________
Informação ao preso dos seus direitos _________________________________________________
__________________
Identificação dos responsáveis _______________________________________________________
__________________
#prisãoilegalrelaxada
Comunicação imediata _____________________________________________________________
___________________
Tipos de prisão: ___________________________________________________________________
___________________
________________________________________________________________________________
___________________
Liberdade provisória com ou sem fiança: _______________________________________________
_________________
Prisão Civil por dívida: ______________________________________________________________
__________________
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, na forma da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
19
A extradição é o processo oficial pelo qual um Estado solicita e obtém de outro a entrega de uma 
pessoa condenada ou suspeita da prática de uma infração criminal. O direito internacional entende 
que nenhum Estado é obrigado a extraditar uma pessoa presente em seu território, devido ao 
princípio da soberania estatal. #reciprocidade
DICA: Outros casos e detalhes você encontra na Lei da Migração (13.445/2017)
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: Se um brasileiro nato que mora nos EUA e possui o green card decidir 
adquirir a nacionalidade norte-americana, ele irá perder a nacionalidade brasileira. Não se pode 
afirmar que a presente situação se enquadre na exceção prevista na alínea “b” do inciso II do § 
4º do art. 12 da CF/88. Isso porque, como ele já tinha o green card, não havia necessidade de ter 
adquirido a nacionalidade norte-americana como condição para permanência ou para o exercício 
de direitos civis. O estrangeiro titular de green card já pode morar e trabalhar livremente nos EUA. 
Dessa forma, conclui-se que a aquisição da cidadania americana ocorreu por livre e espontânea 
vontade. Vale ressaltar que, perdendo a nacionalidade, ele perde os direitos e garantias inerentes 
ao brasileiro nato. Assim, se cometer um crime nos EUA e fugir para o Brasil, poderá ser extraditado 
sem que isso configure ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88. STF. 1ª Turma. MS 33864/DF, Rel. Min. Roberto 
Barroso, julgado em 19/4/2016 (Info 822). STF. 1ª Turma. Ext 1462/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, 
julgado em 28/3/2017 (Info 859).
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
20
Princípio do Juiz Natural e/ou Promotor Natural
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Decorre desse princípio o DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO, que não possui previsão expressa na CF/88
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados 
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Princípio do DEVIDO PROCESSO LEGAL, CONTRADITORIO E AMPLA DEFESA
SÚMULA VINCULANTE 5
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a 
Constituição.
SÚMULA VINCULANTE 21
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo.
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA: A doutrina dos frutos da árvore envenenada é 
uma metáfora legal que faz comunicar o vício da ilicitude da prova obtida com violação a regra de 
direito material a todas as demais provas produzidas a partir daquela. Aqui tais provas são tidas 
como ilícitas por derivação. É o caso, por exemplo, da obtenção do local onde se encontra o produto 
do crime através da confissão do suspeito submetido à tortura ou realização de escutas telefônicas 
sem mandado judicial.
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Princípio da Presunção de Inocência / não culpabilidade:
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
21
Sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima a cláusula de edital 
de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo simples fato de responder a 
inquérito ou a ação penal. STF. Plenário. RE 560900/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 5 e 
6/2/2020 (repercussão geral – Tema 22) (Info 965).
A utilização de medida socioeducativa para excluir candidato ressocializado é excessiva, afrontando 
a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90). A exclusão do 
candidato nesses casos desvirtua os objetivos conceituais das medidas socioeducativas, tal como 
estão descritos no § 2º do art. 1º da Lei 12.594/2012 (SINASE). STJ. 2ª Turma. RMS 48.568/RJ, Rel. 
Min. Humberto Martins, julgado em 17/11/2015.
É desprovido de razoabilidade e proporcionalidade o ato que, na etapa de investigação social, exclui 
candidato de concurso público baseado no registro deste em cadastro de serviço de proteção ao 
crédito STJ. 5ª Turma. RMS 30.734/DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 20/09/2011.
O STJ recentemente decidiu que um candidato aprovado para agente penitenciário federal não 
poderia ser eliminado do concurso pelo simples fato de ter celebrado transação penal. Conforme 
afirmou, corretamente, o Min. Relator, a transação penal não pode servir de fundamento para a 
não recomendação de candidato em concurso público na fase de investigação social, uma vez que 
não importa em condenação do autor do fato (art. 76 da Lei n.° 9.099/95). STJ. 2ª Turma. REsp 
1302206/MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 17/09/2013. STJ. 1ª Turma. AgInt no 
REsp 1453461/GO, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 09/10/2018. No mesmo sentido: STF. 
1ª Turma. ARE 713138 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 20/08/2013.
A omissão do candidato em prestar informações, conforme determinado pelo edital, na fase de 
investigação social ou de sindicância da vida pregressa, enseja a sua eliminação do concurso público. 
STJ. 2ª Turma. AgRg no RMS 39.108/PE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 23/04/2013.
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses 
previstas em lei; (Regulamento).
Identificação criminal: Lei 12.037/09 - “Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, 
poderá ocorrer identificação criminal quando: I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de 
falsificação; II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; 
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; 
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade 
judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do 
Ministério Público ou da defesa; V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes 
qualificações; VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do 
documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem;
Regra = publicidadeExceção: sigilo (intimidade ou interesse social)
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei;
22
SÚMULA VINCULANTE 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova 
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de 
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao 
juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado;
SÚMULA VINCULANTE 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de 
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente 
ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado.
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, 
com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
SÚMULA VINCULANTE 25
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
Pacto de San José da Costa Rica. Disponível: https://www.cidh.oas.org/basicos/portugues/c.
convencao_americana.htm
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado 
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento 
há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne 
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
23
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
24
TUDO QUE TEM M TEM QUE PAGAR: 
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
STF – Súmula nº 101 – O mandado de segurança não substitui a ação popular.
STF – Súmula nº 629 – A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em 
favor dos associados independe da autorização destes.
STF – Súmula nº 630 – A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda 
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
STJ – Súmula nº 213 – O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do 
direito à compensação tributária.
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
25
STJ – Súmula nº 460 – É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária 
realizada pelo contribuinte.
Não caberá MS contra: Ato de gestão comercial por Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista 
e concessionárias de serviço público; Decisão Judicial da qual cabe recurso com efeito suspensivo; 
Decisão de recurso administrativo; Decisão transitada em julgado; Lei em tese.
HABEAS CORPUS COLETIVO:
O STJ concedeu habeas corpus para anular decisão que autorizou busca e apreensão em domicílios 
nas comunidades de Jacarezinho e no Conjunto Habitacional Morar Carioca, no Rio de Janeiro (RJ), 
sem identificar o nome de investigados e os endereços a serem objeto da abordagem policial. A 
Defensoria Pública do Rio de Janeiro impetrou o habeas corpus coletivo em benefício dos moradores 
dessas comunidades pobres, argumentando que, além de ofender a garantia constitucional 
que protege o domicílio, o ato representou a legitimação de uma série de violações gravíssimas, 
sistemáticas e generalizadas de direitos humanos. Para o STJ, a ausência de individualização das 
medidas de busca e apreensão contraria diversos dispositivos legais, como os arts. 240, 242, 244, 
245, 248 e 249 do CPP, bem como o art. 5º, XI, da CF/88, que traz como direito fundamental a 
inviolabilidade do domicílio. É indispensável que o mandado de busca e apreensão tenha objetivo 
certo e pessoa determinada, não se admitindo ordem judicial genérica. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 
435.934/RJ, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 05/11/2019.
O STF admitiu a possibilidade de habeas corpus coletivo. O habeas corpus se presta a salvaguardar 
a liberdade. Assim, se o bem jurídico ofendido é o direito de ir e vir, quer pessoal, quer de um grupo 
determinado de pessoas, o instrumento processual para resgatá-lo é o habeas corpus, individual 
ou coletivo. Diante da inexistência de regramento legal, o STF entendeu que se deve aplicar, por 
analogia, o art. 12 da Lei nº 13.300/2016, que trata sobre os legitimados para propor mandado de 
injunção coletivo. Assim, possuem legitimidade para impetrar habeas corpus coletivo: 1) o Ministério 
Público; 2) o partido político com representação no Congresso Nacional; 3) a organização sindical, 
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) 
ano; 4) a Defensoria Pública. STF. 2ª Turma.HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado 
em 20/2/2018 (Info 891).
AÇÃO POPULAR X AÇÃO CIVIL PÚBLICA
A Ação Popular permite ao cidadão recorrer à Justiça na defesa da coletividade para prevenir ou 
reformar atos lesivos que forem cometidos por agentes públicos ou a eles equiparados por lei ou 
delegação. Há também a possibilidade de uma ação popular ser aberta quando a administração 
pública for omissa em relação a atos que deveria praticar. Todos os eleitores brasileiros, incluindo 
os menores de 18 anos, têm legitimidade para propor uma ação desse tipo. Há, no entanto, 
a necessidade de se demonstrar a lesividade ou ameaça ao direito provocada pelo ato da 
administração pública ou pela omissão desta.
Esse instrumento processual é regido pela Lei 4.717, de 29 de junho de 1965, com aplicação do 
Código de Processo Civil, somente naquilo que não contrarie as disposições da referida lei. A ação 
pode ser proposta para resguardar a moralidade administrativa, o meio ambiente e o patrimônio 
público, histórico e cultural. Cabe uma ação popular, por exemplo, quando é considerado abusivo o 
reajuste sobre o salário de vereadores de determinada câmara municipal. Em regra, a competênciapara o início da tramitação da ação popular é do juízo de primeiro grau da Justiça Federal ou Estadual, 
dependendo da esfera administrativa da parte acionada. Em ambos os casos a ação é acompanhada 
pelo Ministério Público. Se a sentença for favorável ao autor, a parte condenada será compelida a 
corrigir o ato praticado ou, no caso de omissão, a tomar as medidas reclamadas na ação popular. Ele 
26
também deverá ressarcir financeiramente os prejuízos causados, a pagar custas e demais despesas 
judiciais e extrajudiciais, além de arcar com outras obrigações financeiras. 
Ação Civil Pública – Parte da doutrina entende que é um REMÉDIO CONSTITUCIONAL (ART. 
129 cf/88). Regida pela Lei 7.347, de 24 de julho de 1985, a Ação Civil Pública pode ser proposta 
pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, os estados, municípios, autarquias, 
empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista e associações interessadas, desde 
que constituídas há pelo menos um ano. Conforme a lei, a ação civil pública, da mesma forma que 
a ação popular, busca proteger os interesses da coletividade. Um dos diferenciais é que nela podem 
figurar como réus não apenas a administração pública, mas qualquer pessoa física ou jurídica que 
cause danos ao meio ambiente, aos consumidores em geral, a bens e direitos de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico. Cabe uma ação pública, por exemplo, quando uma 
comunidade é atingida pelo rompimento de uma barragem. Nesse caso, os responsáveis podem ser 
condenados a reparar, financeiramente, os danos morais e materiais da coletividade atingida. Esse 
tipo de ação também pode ser movido com o objetivo de obrigar o réu a corrigir o ato praticado 
ou, no caso de omissão, a tomar determinada providência. Em regra, esse instrumento processual 
deve ser proposto no primeiro grau de jurisdição da Justiça Estadual ou Federal. Após a sentença as 
partes poderão apresentar recursos ao segundo grau de jurisdição.
Agência CNJ de Notícias
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência 
de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do 
tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 
1989)
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários 
ao exercício da cidadania.
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
27
Independentemente do pagamento de taxas: Direito de Petição e obtenção de certidões
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
CÓDIGO CIVIL:
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e 
deveres dos cônjuges.
Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração.
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de 
selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei.
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo 
e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004)
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios 
digitais.
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime 
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do 
Brasil seja parte.
#rolexemplificativo
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada 
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, 
serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo)
#tratadosdediretoshumanos #doisturnosportrêsquintosdosvotos #equivaleaemendaconstitucional
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, 
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 
2015)
28
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda 
básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda, 
cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e 
orçamentária (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
DIREITOS SOCIAIS:
#segundageração #direitosdeigualdade #Norma programática #direito constitucional de 
resistência
# Reserva do possível – cabe ao estado efetivar os direitos sociais apenas na medida do 
financeiramente possível, determina os limites em que o Estado deixa de ser obrigado a efetivar os 
direitos sociais. Os limites são a suficiência de recursos e a previsão orçamentária. O poder judiciário 
pode determinar que o poder executivo implemente as políticas públicas, concretizando os direitos 
sociais, por exemplo comprar remédios aos doentes.
# Mínimo existencial - prestações essenciais que se deve fornecer ao ser humano, para que ele 
tenha uma existência digna. O mínimo existencial é uma limitação a reserva do possível.
Observa-se que a realização dos Direitos Fundamentais não é opção do governante, não é resultado 
de um juízo discricionário nem pode ser encarada como tema que depende unicamente da vontade 
política. Aqueles direitos que estão intimamente ligados à dignidade humana não podem ser 
limitados em razão da escassez quando esta é fruto das escolhas do administrador. Não é por outra 
razão que se afirma que a reserva do possível não é oponível à realização do mínimo existencial. 
O mínimo existencial não se resume ao mínimo vital, ou seja, o mínimo para se viver. O conteúdo 
daquilo que seja o mínimo existencial abrange também as condições socioculturais, que, para 
além da questão da mera sobrevivência, asseguram ao indivíduo um mínimo de inserção na "vida" 
social. Todavia, a real insuficiência de recursos deve ser demonstrada pelo Poder Público, não sendo 
admitido que a tese seja utilizada como uma desculpa genérica para a omissão estatal no campo da 
efetivação dos direitos fundamentais, principalmente os de cunho social.
SÚMULA VINCULANTE 12
A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da 
Constituição Federal.
HINO NACIONAL BRASILEIRO (Brasil é o país do futuro...)
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
29
...Gigante pela própria natureza
És belo, és forte, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza...
Composição: Francisco Manuel da Silva / Joaquim Osório Duque Estrada 
T T E MO S LA A PIS DE MA I S
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
 
- É possível o homeschooling, educação em casa, ensino doméstico ou ensino domiciliar ?
Não é possível, atualmente, o ensino domiciliar (homeschooling) como meio lícito de cumprimento, 
pela família, do dever de prover educação. Não há, na CF/88, uma vedação absoluta ao ensino 
domiciliar. A CF/88, apesar de não o prever expressamente, não proíbe o ensino domiciliar. No 
entanto,o ensino domiciliar não pode ser atualmente exercido porque não há legislação que 
regulamente os preceitos e as regras aplicáveis a essa modalidade de ensino. Assim, o ensino 
domiciliar somente pode ser implementado no Brasil após uma regulamentação por meio de 
lei na qual sejam previstos mecanismos de avaliação e fiscalização, devendo essa lei respeitar 
os mandamentos constitucionais que tratam sobre educação. STF. Plenário. RE 888815/RS, rel. 
orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 12/9/2018 
(repercussão geral) (Info 915).
# Não viola a Constituição Federal a cobrança de contribuição obrigatória dos alunos matriculados 
nos Colégios Militares do Exército Brasileiro. INFORMATIVO 921 - STF
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social:
#rolexemplificativo # RELAÇÕES INDIVIDUAIS (ART. 7º)
#urbano rural avulso doméstico aprendiz servidor público
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
30
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades 
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, 
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
DICA: Essa proibição tem como objetivo evitar que o salário mínimo se torne um “indexador 
econômico” (um índice de reajuste). Se a Constituição permitisse que o salário mínimo pudesse 
servir como indexador econômico, o valor e o preço de vários benefícios, produtos e serviços seriam 
fixados em salário mínimo.
SÚMULA VINCULANTE 4
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador 
de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por 
decisão judicial.
SÚMULA VINCULANTE 6
Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as 
praças prestadoras de serviço militar inicial.
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
Piso salarial é o valor mínimo que os membros de determinada categoria profissional devem ganhar. 
Ex: piso salarial dos jornalistas, dos engenheiros, dos psicólogos etc. Quem fixa esse piso salarial? O 
piso salarial pode ser fixado: por lei; por sentença normativa ou por acordo ou convenção coletiva 
de trabalho.
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A estipulação do salário profissional em múltiplos do salário mínimo 
não afronta o art. 7º, inciso IV, da Constituição Federal de 1988, só incorrendo em vulneração do 
referido preceito constitucional a fixação de correção automática do salário pelo reajuste do salário 
mínimo. INFORMATIVO 929-STF
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Horário Noturno:
Trabalhador Privado: das 22h às 05h / 1 h noturna = 52 min e 30 seg
Servidor Público: __________________________________________________________________
___________________
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
Retenção Dolosa do salário, pode configurar crime do Código Penal, competência para julgamento 
dos Juízes Federais.
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
31
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
#dependenteebaixarenda
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho;
Jornada de Trabalho:
8 horas diárias, 44 semanais, compensação de horas e hora extra superior no mínimo em 50 % à 
hora normal.
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do 
normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
Licença gestante = licença maternidade (aceito pela maioria das bancas)
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: Proibição de tratamento diferenciado entre a licença-maternidade 
e a licença-adotante. O art. 210 da Lei nº 8.112/90, assim como outras leis estaduais e municipais, 
prevê que o prazo para a servidora que adotar uma criança é inferior à licença que ela teria caso 
tivesse tido um filho biológico. De igual forma, este dispositivo estabelece que, se a criança 
adotada for maior que 1 ano de idade, o prazo será menor do que seria se ela tivesse até 1 ano. 
Segundo o STF, tal previsão é inconstitucional. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: Os prazos da 
licença-adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença-gestante, o mesmo valendo para as 
respectivas prorrogações. Em relação à licença-adotante, não é possível fixar prazos diversos em 
função da idade da criança adotada. STF. Plenário. RE 778889/PE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado 
em 10/3/2016 (repercussão geral) (Info 817).
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da 
lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da 
lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
CIPA – comissão interna de prevenção de acidentes
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da 
lei;
32
XXIV - aposentadoria;
SÚMULA VINCULANTE 33: “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime 
geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da 
Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica”.
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade 
em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
Evitar que os robôs substituam os humanos no trabalho.
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a 
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Inclui-se aqui o acidente ocorrido no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para 
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do 
contrato de trabalho;
a) (Revogada). b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; S E C CI
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do 
trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais 
respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer 
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
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Crianças e adolescentes podem trabalhar? O art. 7º, XXXIIII, da CF/88 prevê que:
• criança não pode trabalhar;
• adolescente pode trabalhar a partir de 14 anos, na condição de aprendiz;
• a partir de 16 anos, o adolescente pode trabalhar normalmente (mesmo sem ser aprendiz), salvo 
se for um trabalho noturno, perigoso ou insalubre;
• trabalho noturno, perigoso ou insalubre só pode ser realizado por maiores de 18 anos.
Lei 8.069/90 Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno 
de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o 
trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos 
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII 
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento 
das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas 
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à 
previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
DIREITOS DO TRABALHADOR DOMÉSTICO:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades 
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, 
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho;
34
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do 
normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da 
lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade 
em creches e pré-escolas; 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a 
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; S E C C I
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do 
trabalhador portador de deficiência;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer 
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
TRABALHADOR DOMÉSTICO NÃO TEM DIREITO
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da 
lei;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da 
lei;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do 
contrato de trabalho;
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XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais 
respectivos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o 
trabalhador avulso.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
DIREITOS COLETIVOS – ART. 8º AO 11
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro 
no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização 
sindical;
Registro: _________________________________________________________________________
Vedados ao poder público :__________________________________________________________
Dica: A legitimidade dos sindicatos para representação de determinada categoria depende do 
devido registro no Ministério do Trabalho em obediência ao princípio constitucional da unicidade 
sindical (art. 8º, II, da CF/88). STF. 1ª Turma. RE 740434 AgR/MA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 
19/2/2019 (Info 931)
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa 
de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos 
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
Princípio da Unidade Sindical
A legitimidade dos sindicatos para representação de determinada categoria depende do devido 
registro no Ministério do Trabalho em obediência ao princípio constitucional da unicidade sindical 
(art. 8º, II, da CF/88).
STF. 1ª Turma. RE 740434 AgR/MA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/2/2019 (Info 931).
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive 
em questões judiciais ou administrativas;
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IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será 
descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, 
independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
Princípio da Liberdade SindicalX Princípio da Livre Associação (art. 5º XX)
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
Para compreender melhor:
O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) é um acordo firmado entre a entidade sindical dos trabalhadores 
e uma determinada empresa.
Já a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é um acordo celebrado entre dois sindicatos, ou seja, é 
um acordo feito entre sindicato dos trabalhadores e o sindicato patronal.
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Nesse sentido, segundo o STF, “a celebração de convenções e acordos coletivos de trabalho 
consubstancia direito reservado exclusivamente aos trabalhadores da iniciativa privada. A 
negociação coletiva demanda a existência de partes formalmente detentoras de ampla autonomia 
negocial, o que não se realiza no plano da relação estatutária" (ADI 554, da relatoria do ministro 
Eros Grau).
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo 
de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do 
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Dirigente Sindical tem estabilidade a partir _____________________________________________
__________
Dirigente Sindical tem estabilidade até _________________________________________________
__________
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de 
colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade 
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Greve no serviço público:
Proibidos de fazer greve:
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a 
abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e 
fundações públicas. STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Alexandre 
de Moraes, julgado em 1º/8/2017 (repercussão geral) (Info 871).
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SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, 
é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de 
segurança pública.
É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das 
carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da 
categoria.
STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, 
julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos 
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e 
deliberação.
 Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante 
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Conceito: Vínculo jurídico e político de uma pessoa com o Estado, fazendo com que esse indivíduo 
passe a integrar o povo daquele Estado, desfrutando de diretos e sujeitando-se a obrigações. 
Pedro Lenza
A nacionalidade é considerada um direito fundamental, protegida em âmbito internacional, valendo 
ressaltar que a Declaração Universal dos Direitos dos Homens proclama em seu artigo XV que “todo 
homem tem direito a uma nacionalidade” e que “Ninguém será arbitrariamente privado de sua 
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade”.
#éumdireitofundamental
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Art. 12. São brasileiros:
NACIONALIDADE:
Critério usado no Brasil __________________________________________________________
Serviço do Brasil ? ______________________________________________________________
Lei Municipal ou Estadual pode tratar de nacionalidade? ______________________________
Heimatlos é o mesmo que apátrida.
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes 
não estejam a serviço de seu país;
1. NASCEU NO BRASIL BRASILEIRINHO É – CRITÉRIO DO SOLO
# o pai e a mãe devem ser estrangeiros, mas apenas um pode estar a serviço de seu país. Se o pai ou 
a mãe for brasileira, ainda que um deles esteja a serviço de seu país, o filho será brasileiro.
Exemplos: Casal de turistas argentinos tem filho no Brasil durante um passeio. Filhos de Brasileiros 
naturalizados, nascidos no Brasil.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a 
serviço da República Federativa do Brasil;
2. CRITÉRIO DO SANGUE + SERVIÇO DO BRASIL
# somente um precisa ser brasileiro, mas deve estar a serviço do Brasil.
Exemplos: Filho de casal de brasileiros que estão morando na Itália e trabalhando a serviço do Brasil. 
Filho de casal de brasileiros morando da Itália, mas somente a mulher/homem está serviço do Brasil. 
Filho de russo e brasileira que está serviço do Brasil trabalhando na Rússia.
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em 
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em 
40
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
3. CRITÉRIO DO SANGUE + REGISTRO NA REPARTIÇÃO COMPETENTE
# necessário registro na repartição competente (embaixada / consulado brasileiro)
Exemplos: 1) Filho de casal de brasileiros que estão morando ilegalmente na França. 2) Filho de 
brasileiro ou brasileira, que nasce em outro país que utiliza apenas o critério ius sanguinis. 3) 
Brasileiro nato, por interesse exclusivamente pessoal, residiu em país estrangeiro, onde teve um 
filho com uma cidadã local. Nessa situação o filho poderá ser considerado brasileiro nato, ainda que 
não venha a residir no Brasil.
4. CRITÉRIO DO SANGUE + RESIDÊNCIA + OPÇÃO + MAIORIDADE
# somente depois de atingir 18 anos.
Exemplo: Filho de mãe brasileira e pai espanhol que mora em Londres, nasceu em país estrangeiro 
e não foi registrado em repartição brasileira competente. Aos 21 anos de idade, ele reside no Brasil 
e pretende requerer a nacionalidade brasileira. Nesse caso, poderá ser conferida a condição de 
brasileiro nato. Condição e direito que adquiriu ao nascer, por ser filho de brasileiro.
Para compreender melhor:
Vamos usar como exemplo a França e você pode observar a necessidade de registro em repartição 
competente para os filhos de brasileiros:
Nacionalidade francesa originária: A nacionalidade originária depende da vontade do Estado, e não 
da pessoa, determinada de acordo com a legislação francesa. Franceses natos são:
a) todos os indivíduos nascidos no território francês, onde um dos pais seja nacional francês;
b) filhos de francês ou francesa, nascidos no exterior;
c) todos os indivíduos nascidos no território francês, de pais desconhecidos ou apátridos (sem 
nacionalidade), ou ainda de pais estrangeiros que não possam transmitir a nacionalidade aos filhos 
por jus sanguinis.
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de 
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há 
mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade 
brasileira.BRASILEIRO NATURALIZADO
1) Na forma da Lei (Lei da Migração - 13.445/17).
2) Originários de países de língua portuguesa (residência por 1 ano e idoneidade moral). Países com 
língua portuguesa oficial: Brasil, Angola, Moçambique, Portugal, Guiné-Bissau, Timor Leste, Guiné 
Equatorial, Macau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe).
3) Naturalização extraordinária: + 15 anos ininterruptos e sem condenação penal.
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O PROCESSO DE NATURALIZAÇÃO É EXCLUSIVAMENTE ADMINISTRATIVO, A PARTIR DA LEI DA 
MIGRAÇÃO, endereçado ao Ministro da Justiça, que ao final publicará sua decisão em diário oficial. 
Na lei anterior (Estatuto do Estrangeiro) o processo era misto (administrativo e judicial) feito na 
Justiça Federal.
CUMPRIDO OS REQUISITOS DA NATURALIZAÇÃO, É UM DUREITO SUBJETIVO DA PESSOA SUA 
NATURALIZAÇÃO? não, pois é um ato de SOBERANIA ESTATAL, poderá ou não atender o pedido do 
estrangeiro/apátrida.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor 
de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta 
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Português equiparado / QUASE NACIONALIDADE #exigereciprocidade
Os portugueses com residência permanente no Brasil que queiram continuar com a nacionalidade 
portugueses (estrangeiros), havendo reciprocidade em favor dos brasileiros, serão atribuídos aos 
portugueses os mesmos direitos inerentes aos brasileiros, salvo expressa vedação constitucional.
Existem 3 Opções para o Português residente no Brasil: 1) manter a nacionalidade de origem, 
vivendo no Brasil como estrangeiro; 2) naturalizar-se brasileiro (deixará de ser português); 3) 
requerer equiparação (terá direitos do naturalizado e continua sendo português)
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos 
previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
42
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
Hipóteses taxativas, nem mesmo tratados internacionais podem ampliá-las.
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao 
interesse nacional;
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II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado 
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA: Segundo o art. 12, § 4º, I, da CF/88, após ter sido deferida a 
naturalização, seu desfazimento só pode ocorrer mediante processo judicial, mesmo que o ato 
de concessão da naturalização tenha sido embasado em premissas falsas (erro de fato). O STF 
entendeu que os §§ 2º e 3º do art. 112 da Lei nº 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro) não foram 
recepcionados pela CF/88. Assim, o Ministro de Estado da Justiça não tem competência para rever 
ato de naturalização. STF. Plenário. RMS 27840/DF, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o 
acórdão Min. Marco Aurélio, 7/2/2013 (Info 694).
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Direitos Políticos nada mais são do que instrumentos por meio dos quais a CF garante o exercício da 
soberania popular, atribuindo poderes aos cidadãos para interferirem na condução da coisa pública.
SUFRÁGIO UNIVERSAl
CIDADANIA
VOTO E SUAS 
CARACTERÍSTICAS:
Nacional e cidadão não são conceitos coincidentes.
• Nacional: é o indivíduo que faz parte do povo de um Estado através do nascimento ou da 
naturalização(nacionalidade = vínculo marcantemente jurídico).
44
• Cidadão: é o indivíduo que tem direitos políticos, ou seja, pode votar e ser votado, propor ação 
popular além de organizar e participar de partidos políticos (cidadania = vínculo marcantemente 
político).
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária; Regulamento
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS | UBIRAJARA MARTELL
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VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e 
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
#inelegibilidadeabsoluta #estrangeiros #conscritos #analfabeto
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e 
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um 
único período subseqüente.
#poderexecutivo #desimcompatibilização #outroscargos
 § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do 
pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos 
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado 
ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
#inelegibilidaderazãoparentesco #poderexecutivo
46
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
Alistável = aquele que pode votar, conscrito não
Afastamento definitivo do serviço
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Agregado = afastamento temporário
Passar para a inatividade = reserva ou reforma
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a 
fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do 
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou 
indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de

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