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DIREITO CIVIL - Responsabilidade Civil

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DIREITO CIVIL
VIDEOAULA
PROF. ALESSANDRA VIEIRA
Responsabilidade Civil
www.acasadoconcurseiro.com.br
http://www.acasadoconcurseiro.com.br
DIREITO CIVIL
3
RESPONSABILIDADE CIVIL DO PARTICULAR
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
ATOS ILÍCITOS: A violação do dever jurídico de não lesar outrem, imposto a todos no artigo 186 
do CC, configura o ato ilícito civil, que gera a obrigação de indenizar. Atos ilícitos são as ações ou 
omissões do agente, praticadas com infração a um dever de conduta e das quais resulta dano 
para outrem. A obrigação que, em consequência, surge é a de indenizar ou ressarcir o prejuízo 
causado.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e 
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente 
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
O autor de ato ilícito (art. 186 e 187 do CC) terá responsabilidade pelo prejuízo que, 
culposamente, causou. Logo, seus bens ficarão sujeitos à reparação do dano patrimonial e/ou 
moral causado, e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela 
reparação, por meio de seus bens.
Art. 927, segunda parte: Obrigação de Indenizar Dano Oriundo de Atividade Lícita: Consagrada está 
a responsabilidade civil objetiva que impõe o ressarcimento de prejuízo, independentemente de 
culpa, nos casos previstos legalmente, ou quando a atividade do lesante importar, por sua natureza, 
potencial risco para direitos de outrem.
Substitui-se a culpa pela ideia do risco. Essa responsabilidade civil objetiva funda-se na teoria do 
risco criado pelo exercício de atividade lícita, mas perigosa, como, por exemplo, transporte de 
mercadorias; transporte de pessoas; fabricação de explosivos.
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não 
tiverem obrigação de fazê- lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se 
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
1) Primeiro responderá o representante do incapaz com seus bens, por ser seu responsável. O 
lesante, apesar de ser incapaz, terá responsabilidade subsidiária perante terceiro, para garantir, 
em certa medida, a reparação do dano causado.
4
2) Se o lesado não conseguir obterdo representante do incapaz o que lhe é devido, por falta 
de meios financeiros, poderá o magistrado condenar o lesando incapaz ao pagamento de uma 
indenização equitativa.
Responsabilidade Subsidiária do Incapaz: Pessoa incapaz que lesar outrem deverá, tendo 
recursos econômicos, indenizar, equitativamente, os prejuízos que causou, se o seu responsável 
não tiver obrigação de arcar com tal ressarcimento ou se não tiver meios suficientes para tanto, 
ante seu reduzido patrimônio que o priva de meios para prover sua subsistência.
Indenização Equitativa: A fixação da indenização a ser paga pelo lesante-incapaz ao lesado, se o 
seu representante legal não tiver obrigação de o fazer ou não dispuser de recursos financeiros, 
terá como parâmetro a equidade. Há, portanto, mitigação da indenização, e poderá haver até 
mesmo sua exclusão, se ela vier a privar o incapaz-lesante e os que dele dependerem dos meios 
necessários a sua subsistência.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados 
do perigo, assistir-lhes- á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I – os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II – a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo 
iminente
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o 
tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção 
do perigo.
Indenização do dano e Estado de Necessidade: Não há ilicitude na lesão a pessoa ou na 
destruição do bem alheio, com escopo de remover perigo iminente (art. 188, II do CC), mas se a 
pessoa lesada ou o dono da coisa destruída não foram culpados pelo perigo, que provocou o ato 
lesivo do agente, farão jus a uma reparação pelos prejuízos sofridos.
A pessoa lesada ou o dono da coisa danificada em razão de estado de necessidade (art. 188, II 
do CC), que não constitui ato ilícito, poderá, desde que não tenha sido o causador do perigo, 
reclamar indenização do autor do prejuízo, que, por sua vez, terá ação regressiva contra aquele 
que provocou o prejuízo (autor do perigo).
Ex: A, dirigindo cautelosamente seu carro, para não ferir B, que atravessa a rua distraidamente, 
lança seu veículo sobre o carro de C, estacionado regularmente. Como C não agiu culposamente, 
deverá ser indenizado. Logo, sendo B o culpado, A, após pagar o prejuízo sofrido pelo dono do 
veículo estacionado, poderá reembolsar-se do que pagou junto a B (art. 930, caput, CC). Apenas 
não haverá o dever de ressarcir o dano se o lesado for o próprio ofensor ou o próprio autor do 
perigo.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o 
autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano 
(art. 188, incisoI).
DIREITO CIVIL | PROF. ALESSANDRA VIEIRA
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Ação Regressiva: Se o perigo, que causou o prejuízo, foi provocado por terceiro e nãopelo 
lesado, nem pelo lesante, este poderá voltar- se contra aquele terceiro. Se alguém, em estado 
de necessidade, vier a lesar outrem ea ressarcir o dano causado, terá ação regressiva contra 
terceiro, autor do perigo, para reaver o quantum desembolsado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano 
(art. 188, incisoI).
Ex: A é agredido por B. C na defesa de A, joga um objeto de arte, pertencente a D, em B, 
danificando-o. Se C vier a indenizar D, poderá reclamar o reembolso de A.
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as 
empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos 
em circulação.
Esse artigo terá aplicação nas hipóteses que não configuram relação de consumo, tendo em vista 
que a relação de consumo é protegida pela Lei 8078/1990, que continuará regendo os casos 
de responsabilidade civil pelo fato ou vício do produto. Dessa forma, aplica-se esse dispositivo 
quando não se configura relação de consumo, ou seja, quando não se trate de produto para 
consumidor final.
Assim, esse artigo consagra a responsabilidade civil objetiva da empresa ou empresário pelo 
risco advindo da sua atividade empresarial, provocado por produto, colocado em circulação 
junto ao público.
Ex: A terceiro (montador de veículo), lesado pelo seu produto (peça de automóvel) contendo 
grave defeito de fabricação, posto em circulação. O mesmo se diga de companhia distribuidora 
de gás, que responderá pelo dano causado a terceiro (transeunte) pela explosão de botijão que 
transporta. Trata-se, portanto, da responsabilidade civil objetiva de empresa.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II – o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do 
trabalhoque lhes competir, ou em razão dele;
IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, 
mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V – os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrentequantia.
A responsabilidade é, em princípio, individual, consoante se vê do artigo 942 do Código Civil.
Responsável pelo pagamento da indenização é todo aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, haja causado prejuízo a outrem.
Há casos, entretanto, em que o agente passa a responder, por culpa própria (in vigilando, 
in elegendo), por ato de terceiro (filho, empregado), ou por fato das coisasou dos animais 
(responsabilidade do dono). Pode acontecer, ainda, concurso de agentes na prática de ato ilícito, 
quando duas ou mais pessoas o praticam.
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De acordo com o parágrafo único do artigo 942 do CC: São solidariamente responsáveis com os 
autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932 do CC.
Assim, ocorre a solidariedade não só no caso de pluralidade de agentes como tambémentre as 
pessoas designadas no artigo 932 do CC, isto é, entre pais e filhos menores, tutores e tutelados, 
empregadores e empregados.
E, por essa razão que a vítima pode mover a ação somente contra o empregador, por ato ilícito 
praticado pelo empregado, somente contra este ou, ainda, contra ambos.
Responsabilidade dos Pais: Os pais respondem pelos atos ilícitos praticados pelos filhos 
menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia (art. 932, I, CC), ainda que 
estes não tenham discernimento. O fato de o agente ser inimputável não retira seu caráter de 
ilicitude.
Responsabilidade dos Tutores e Curadores: São igualmente responsáveis o tutor e o curador 
pelos atos praticados pelos tutelados (menores) e curatelados (maiores) que se acharem nas 
mesmas condições (art. 932, II do CC).
Transfere-se, entretanto, a responsabilidade do curador para o diretor da clínica, quando o 
curatelado é internado para tratamento. É ineficaz a cláusula excludente de responsabilidade, 
pois o dever de vigilância está com o estabelecimento.
Dessa forma, conforme já mencionado, a responsabilidade é objetiva, ou seja, a situação dos 
tutores e curadores é idêntica à dos pais: respondem (com seu patrimônio) pelos pupilos e 
curatelados nas mesmas condições em que os pais respondem pelos filhos menores.
Responsabilidade dos Empregadores: O empregador responde pelos atos de seus empregados 
e prepostos, praticados no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele (inciso III). 
Serviçal é o que realiza trabalho domésticos. Preposto é o que cumpre ordens de outrem, seja 
ou não assalariado.
Desde que alguém execute serviços por ordem e sob a direção de outrem, em favor de quem 
reverte o benefício econômico desse trabalho, caracterizada está a relação de subordinação ou 
preposição. A Responsabilidade neste sentido é objetiva.
Resta ao empregador somente a comprovação de que o causador do dano não era seu 
empregado ou preposto, ou que o dano não fora causado no exercício do trabalho que lhe 
competia, ou em razão dele.
Como já visto o Código Civil consagrou a responsabilidade civil objetiva, independente da ideia 
de culpa, dos empregadores e comitentes pelos atos de seus empregados, serviçais e prepostos 
(art. 933 do CC), afastando qualquer dúvida a respeito.
Responsabilidade dos Educadores: A responsabilidade quanto às escolas públicas cabe ao 
Estado. Se o dano é causado pelo aluno contra terceiros, a escola responde pelos prejuízos, 
objetivamente.
Tem, porém, ação regressiva (art. 934 do CC) contra os alunos que puderem efetuar o 
ressarcimento sem se privar do necessário, visto que seu pais não têm a obrigação de fazê-lo, 
pelo fato de o dever de vigilância transferir-se para o estabelecimento de ensino, no período de 
aulas.
DIREITO CIVIL | PROF. ALESSANDRA VIEIRA
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Responsabilidade dos Hoteleiros: Responde também o hospedeiro pelos prejuízo causado por 
seus hóspedes, seja a terceiros, seja a um outro hóspede. Essa responsabilidade funda-se no 
risco da atividade e pode decorrer de falta de vigilância sobre o comportamento do hóspede. 
Raramente se vê, contudo, um dono de hotel ser responsabilizado por dano a terceiro causado 
por seu hóspede.
Responsabilidade pelo Produto do Crime: O inciso V do artigo 932 do CC trata da 
responsabilidade dos que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até à 
concorrente quantia. Se a pessoa não participou do delito, mas recebeu seu produto, ainda 
que gratuitamente, deverá restituí-lo, não obstante ser inocente doponto de vista penal. O 
dispositivo reafirma o princípio da repetição do indébito.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de 
sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. O Código Civil adotou 
a responsabilidade independente de culpa, no caso dos pais, tutores, curadores, empregadores e 
outros. Assim, provada a culpa do filho menor, responderão os pais, ainda que não haja culpa de sua 
parte.
Provada a do empregado, responderá objetivamente, o empregador, salvo se demonstrar que 
aquele, ao praticar o ato, não se encontrava no exercício do trabalho que lhe competia.
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele 
por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente 
incapaz. Nos casos de responsabilidade por fato de outrem, aquele que paga a indenização (o 
responsável indireto) tem um direito regressivo contra o causador do dano. A exceção aberta em 
favor do descendente resulta de considerações de ordem moral, visando à solidariedade familiar.
Desta forma, a ação regressiva, no entanto, é restrita aos empregadores; aos tutores, mas 
apenas contra os tutelados que possam pagar sua quota sem se privar do necessário; aos 
curadores, somente contra os curatelados que se encontrarem na mesma situação dos referidos 
tutelados. Aos educadores e donos de hospedarias, contra, respectivamente, os educandos que 
também se encontrarem na mencionada situação e hóspedes.
Quem não responde perante a vítima, por ser civilmente inimputável e inexistir, em 
consequência, o dever jurídico de reparar diretamente o dano causado a ela, não pode 
responder, regressivamente, perante o responsável legal.
Fica, assim, excluída a possibilidade de haver ação regressiva dos pais contra os filhos menores 
e dos tutores, curadores e educadores contra os incapazes que não puderem privar-se do 
necessário.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais 
sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem 
decididas no juízo criminal.
Princípio da Independência da Responsabilidade Civil Relativamente à Criminal: Não se 
poderá questionar mais sobre a existência do fato (isto é, do crime e suas consequências) ou 
sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se encontrarem decididas no juízo criminal. 
Logo, enquanto o juízo criminal não tiver formado convicção sobre tais questões, os processos 
correrão independentemente.
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Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da 
vítima ou força maior. A responsabilidade do dono do animal é presumida, bastando que a vítima 
prove o dano sofrido e a relação de causalidade com o fato do animal. Ao responsável incumbe 
afastar essa presunção provando uma das excludentes mencionadas no art. 936 do CC: culpa da 
vítima e força maior.
Desse modo, responde o dono do animal, objetivamente, pelos danos que este causar a 
terceiros, inclusive nas rodovias.
Tem-se decidido que podem ser responsabilizados pelos danos causados por animais em 
rodovias seus proprietários e também a concessionária de serviços públicos encarregada de sua 
conservação e exploração da rodovia.
“Aresponsabilidade pela presença de animais em rodovia, que se destina ao tráfego de alta 
velocidade e, como tal, pressupõe perfeito isolamento de seus terrenos marginais, recai sobre a 
autarquia encarregada da construção e manutenção das estradas de rodagem nacionais. Na via 
de regresso, demonstrada a ilicitude do comportamento do proprietário de animais, poderá o 
ente público ressarcir-se do valor pago a título de indenização”.
Dessa forma, responde também de forma objetiva a concessionária ou permissionária 
encarregada da administração e fiscalização da rodovia, nos termos do artigo 14 do CDC e do 
art. 37, parágrafo 6 da CF, salvo provando culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior. 
O proprietário responde por ser o dono do animal, encarregado de sua guarda, devendo manter 
em ordem os muros e cercas de seus imóveis, para evitar que fuja para as estradas.
Excludentes da Responsabilidade:
a) Culpa Exclusiva da Vítima: Cita-se como exemplo a culpa da vítima, que agiu imprudentemente, 
provocando o animal;
b) Caso Fortuito ou Força Maior: Um vendaval que destrói a cerca, fazendo com que aves de 
um fazendeiro causem dano à lavoura do vizinho.
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se 
esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Há presunção de responsabilidade do dono do edifício ou construção quando qualquer parte de 
sua estrutura cai sobre as propriedades vizinhas ou sobre os transeuntes.
Facilita-se a ação de reparação para a vítima, que só precisa provar o dano e a relação de 
causalidade.
Dessa forma, houve desabamento decorrente da falta de reparos ou de vício de construção?
O proprietário é responsável. Este, após pagar a indenização, pode, se quiser, promover ação 
regressiva contra o culpado, quer seja o empreiteiro da construção, quer seja o inquilino que 
não procedeu aos reparos, nem de sua necessidade deu ciência ao locador.
A lei, em face da vítima, presume a responsabilidade do proprietário, que é a única pessoa com 
legitimação passiva para a ação.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que 
dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
DIREITO CIVIL | PROF. ALESSANDRA VIEIRA
9
Aqui temos a previsão da reparação do dano consequente ao lançamento de coisas líquidas 
(effusis) e sólidas (dejectis) de uma casa à rua. A responsabilidade é objetiva, ou seja, não se 
cogita de culpa.
A vítima só tem que provar a relação de causalidade entre o dano e o evento. A presunção de 
responsabilidade do dono da casa só é afastada mediante a prova de culpa exclusiva da vítima 
ou caso fortuito.
Na demonstração da culpa da vítima pode ser alegado que a coisa foi lançada em local adequado, 
destinado a esse fim (depósito de lixo) e que a vítima ali não deveria estar.
Em relação às coisas e líquidos lançados ou caídos de edifícios, sem que se consiga apurar de qual 
apartamento tombou, a solução tem sido responsabilizar solidariamente todos os moradores 
(condomínio) ou aqueles moradores a quem seja possível atribuir o dano.
Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei 
o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros 
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.
Responsabilidade do Demandante por dívida não vencida: Credor que demanda devedor antes 
do vencimento da dívida estará agindo de má-fé, devendo, por isso, esperar o tempo que falta 
para o vencimento, descontar os juros correspondentes e pagar as custas em dobro.
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias 
recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, 
o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver 
prescrição.
Responsabilidade do demandante por débitojá solvido: Aqui temos o excesso do pedido, com 
o objetivo de impedir que se cobre dívida já paga e só será aplicável mediante prova de má-fé 
do credor, ante a gravidade da penalidade que impõe.
Assim, quem cobrar judicialmente dívida já paga, no todo ou em parte, ficará obrigado a pagar 
ao devedor o dobro do que houver cobrado.
Responsabilidade por cobrança de quantia indevida: Se o credor vier a pedir mais do que lhe 
foi devido, deverá pagar ao devedor o equivalente ao que dele exigir.
Trata o art. 940 da responsabilidade civil do demandante por dívida já solvida ou por quantia 
superior à devida, punindo o ato ilícito da cobrança descabida.
Essa responsabilidade civil constitui uma sanção e tem natureza compensatória, por abranger 
a reparação do dano, sendo uma forma de liquidação do prejuízo decorrente de cobrança 
indevida. Serve como garantia contra cobranças descabidas e meio de reparar o dano.
Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação 
antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove 
ter sofrido.
Desistência da ação: Se o autor desistir da ação antes da contestação da lide, as penas dos 
art.939 e 940 não lhe serão aplicadas, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum 
prejuízo que prove ter sofrido. Isto porque, com a desistência, o autor veio a reconhecer seu 
erro, arrependendo-se do que fez.
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Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à 
reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente 
pelareparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas 
designadas no art.932.
Sujeição dos Bens do Lesante à Reparação do Dano: O autor da ofensa de direito alheio deve 
ser responsabilizado pelo prejuízo que causou, indenizando-o. Os bens do patrimônio do 
responsável pelo dano ficarão sujeitos à reparação do gravame.
Solidariedade: Se a violação do direito de outrem tiver mais de um autor, todos responderão 
solidariamente pela reparação, por meio de seus bens, de maneira que ao titular da ação de 
indenização caberá opção entre acionar apenas um ou todos ao mesmo tempo.
Mas, em se tratando de responsabilidade patrimonial de incapaz e de seu responsável, dever-
se-á observar o disposto no artigo 928 parágrafo único do CC.
Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança. O 
patrimônio do responsável responderá pelo dano moral e/ou patrimonial. Assim, sendo, em caso de 
responsabilidade civil, vindo a falecer o responsável pela indenização e como seus bens passam a 
seus herdeiros, estes, dentro das forças da herança, deverão reparar o dano ao ofendido.
O direito de prosseguir na ação de indenização por dano moral, se o lesado morrer na sua 
pendência, transmite-se aos seus herdeiros. Se o lesado vier a falecer, a ação de indenização 
poderá ser intentada por seus herdeiros.
Portanto, com o falecimento do lesado seus herdeiros têm legitimidade pra sucedê-lo na relação 
processual que ele integrava e para propor ação, fazendo valer tal pretensão.
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá 
o juiz reduzir,equitativamente, a indenização.
Medida da Indenização: A indenizaçãodeve ser proporcional ao dano moral e/ou patrimonial 
causado pelo lesante, procurando cobri-lo em todos os seus aspectos, até onde suportarem as 
forças do patrimônio do devedor, apresentando- se para o lesado como uma compensação pelo 
prejuízo sofrido sem, contudo, servir de locupletamento indevido ao lesado.
Deve haver adequação entre o dano e o quantum indenizatório, dando exatamente a cada um o 
que é seu, sem que haja enriquecimento do lesado em detrimento do patrimônio daquele que 
deve reparar o prejuízo e que não poderá sofrer desfalqueirregular.
Contudo, deve-se ter presente que o artigo 944 não afasta a possibilidade de se reconhecer a 
função punitiva ou pedagógica da responsabilidade civil.
Redução Equitativa do “quantum indenizatório”: Havendo desproporção excessiva entre a 
gravidade da culpa do lesante e o dano sofrido, inclusive moral, pelo lesado, o órgão judicante 
poderá reduzir, equitativamente, a indenização. Deve-se dar ao lesado exatamente aquilo que 
lhe é devido, sem acréscimo, sem reduções.
Se a culpa do lesante não for grave, o magistrado, em caso de responsabilidade civil subjetiva, 
ao estabelecer o quantum indenizatório, poderá diminuí-lo, aplicando- se a graduação da culpa.
DIREITO CIVIL | PROF. ALESSANDRA VIEIRA
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Será necessária a verificação da graduação da culpa (grave; leve e levíssima) para quantificar o 
valor indenizatório. Isto não se aplica a Responsabilidade Objetiva.
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será 
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
Culpa Concorrente da Vítima: Se o lesado, por ato culposo, veio a concorrer para o prejuízo que 
sofreu, o órgão judicante, na fixação do montante indenizatório, deverá considerar a gravidade 
de sua culpa, confrontando-a com a do lesante.
Assim, se para o dano concorreram a culpa do lesante e a do lesado, esse fato não pode deixar de 
ser levado em conta na fixação da indenização, de tal sorte que ao montante global do prejuízo 
sofrido, se abaterá a quota-parte que, para o magistrado, for imputável à culpa da vítima.
Art. 946. Se a obrigação for indeterminada, e não houver na lei ou no contrato disposição fixando 
a indenização devida pelo inadimplente, apurar-se-á o valor das perdas e danos na forma que a lei 
processual determinar.
Prévia Liquidação do Valor: Necessária será a prévia liquidação do valor para que haja execução 
de obrigações ilíquidas, de fazer ou não fazer, e indenização de perdas e danos somente quando 
a norma não estabelecer o respectivo valor ou não houver convenção das partes estipulando tal 
valor.
Dispensada estará a prévia liquidação nos casos em que a lei, excepcionalmente, traçar 
normas gerais para fixar o seu montante e quando existir acordo entre as partes interessadas, 
estipulando o quantum da indenização e suas condições.
1. Liquidação legal: A própria lei define os contornos e o meio de se efetivar o pagamento da 
indenização, como, por exemplo, nas hipóteses dos artigos 948 e 949; 950; 952 e 953 do CC;
2. Liquidação Convencional: Na fixação do quantum indenizatório segue-se o acordo de vontade 
das partes que estipulam o seu valor e suas condições.
Art. 947. Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada, substituir-se-á pelo 
seu valor, em moeda corrente. Ás vezes pode-se garantir o direito do lesado mediante o pleno 
ressarcimento dos danos que sofreu, restabelecendo-se na medida do possível o status quo ante, 
por meio de uma reconstituição natural.
Se for impossível a reconstituição do status quo ante, ter-se-á a sanção indireta, ou seja, uma 
conversão da obrigação numa dívida de valor, consistente no pagamento pelo lesado de certa 
soma em dinheiro, cujovalor deverá ser estabelecido por lei, pelo consenso das partes ou pelo 
juiz.
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I – no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a 
duração provável da vida da vítima.
Se ocorrer homicídio opor ato doloso ou culposo, a indenização, sem excluir outras reparações, 
incluirá despesas como tratamento médico-hospitalar; cirurgia; medicamentos; despesas com 
funeral; e também na prestação de alimentos às pessoas (viúva/o; filhos; companheiro/a) 
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à quem o de cujos os devia, considerando como critério temporal da prestação alimentícia a 
duração provável da vida da vítima.
Tal indenização será proporcionalmente reduzida se para o evento tiver também concorrido 
culpa da vítima (art. 945 do CC). O artigo 948 do CC apenas enumera exemplificativamente 
as verbas indenizatórias, logo se se provar que do homicídio houve outros prejuízos, o órgão 
judicante deverá decidir-se pela responsabilidade.
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas 
do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo 
que o ofendido prove haver sofrido.
Havendo lesão corporal, ou outra ofensa a saúde física ou mental, o ofensor deverá indenizar 
o ofendido das despesas do tratamento (gasto com medicamentos; cirurgia; valores médicos) e 
dos lucros cessantes (rendimentos que deixou de ter pelo não exercício de sua atividades) até 
ofim da convalescença, além de lhe pagar a importância correspondente a algum outro prejuízo 
que o lesado comprove ter sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício 
ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do 
tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à 
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e 
paga de uma só vez.
Perda da Capacidade Laborativa: Se a vítima, em razão da ofensa, vier a perder ou diminuir a 
capacidade para o trabalho, o ofensor deverá pagar uma indenização, que abranja as despesas 
do tratamento, oslucros cessantes até o final da convalescença, e, daí em diante, pagará uma 
pensão fixada emjuízo correspondente à importância do trabalho, para que se inabilitou, ou da 
depreciação que ele sofreu.
Se houver total incapacidade laborativa, tal pensão deverá ser equivalente ao que percebia 
mensalmente.
Se parcial, o lesado fará jus a uma pensão correspondente à diferença entre o que recebia e 
o que passou a receber. Mas, se o lesado preferir, poderá, em vez da pensão, pleitear que a 
indenização seja arbitrada e paga de uma sóvez.
Instituído está o direito do lesado para exigir pagamento da indenização de uma só vez, 
mediante arbitramento do valor pelo juiz, atendido o disposto nos artigos 944 e 945 do CC e à 
possibilidade econômica do ofensor.
Como tal pensão pode ser vitalícia (em virtude da incapacidade para o trabalho), o órgão 
judicante pode ter dificuldade em estipular o quantum a ser pago de uma só vez.
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por 
aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar 
a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
O erro profissional poderá constituir ato ilícito.
DIREITO CIVIL | PROF. ALESSANDRA VIEIRA
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Por isso a lei obriga médico; cirurgião; enfermeiro; dentista, entre outros a reparar dano 
patrimonial e/ou moral que, no exercício da profissão, resulte morte, agravação do mal, 
inabilitação ao trabalho, lesão corporal ou ferimento, em razão de imprudência, negligência ou 
imperícia.
O profissional da saúde tem responsabilidade civil subjetiva pelos danos causados a paciente, 
por ato comissivo ou omissivo que praticar no exercício de sua atividade, devendo pagar, 
conforme o caso, indenizações previstas nos artigos 948; 949 e 950 do CC.
Por isso deve atuar com zelo, esforçando-se para o bom êxito do tratamento, evitando empregar 
técnicas lesivas ou ultrapassadas ou ter conduta lesiva que possa agravar o mal ou inabilitar o 
paciente para o trabalho.
Há entre profissional da saúde (médico, por exemplo) e seu paciente uma obrigação de meio 
e não de resultado, por não comportar o dever de curar o paciente, mas sim o de prestar-lhe 
cuidados atentos conforme os progressos da medicina.
Compete ao médico ou profissionaisda área da saúde provar que não houve inexecução culposa 
da sua obrigação profissional, demonstrando que o dano não resultou de imperícia, negligência 
ou imprudênciasua.
Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a indenização 
consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; faltando a 
coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao prejudicado.
Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa, estimar-se-á 
ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este não se avantaje àquele.
Usurpação ou esbulho do alheio: Se o lesante usurpar, apoderando-se ilegal, violenta ou 
fraudulentamente de coisa, ou esbulhar o alheio, tomando ilicitamente a posse do titular do 
bem, privando-o de seu exercício, a indenização consistirá na devolução in natura, acrescida de 
pagamento de perdas e danos.
Se impossível for ao usurpador devolver o bem que usurpou ou esbulhou, por nãomais existir, 
deverá pagar ao seu legítimo proprietário ou possuidor o preço atual da coisa em dinheiro, 
incluindo-se ainda, o valor afetivo que o bem possa ter, desde que não seja maior do que o 
preço ordinário da coisa.
Há portanto, responsabilidade civil pela perda do objeto de afeição.
Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas 
resulte ao ofendido.
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, 
equitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias docaso.
Injúria: É a ofensa à dignidade ou decoro de alguém;
Calúnia: É a falsa imputação feita a alguém de fato definido como crime pela lei;
Difamação: É a imputação feita a alguém de fato ofensivo à sua reputação.
Reparação da ofensa à honra: O lesante deverá pagar ao ofendido uma indenização por injúria, 
difamação ou calúnia, que consistirá na reparação do dano moral e, se for o caso, material, 
delas resultante.
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Não se terá dano moral se os fatos não provocarem abalo à honra da vítima.
Se o ofendido não puder comprovar o prejuízo material, caberá ao juiz fixar, o quantum 
indenizatório, atendendo às circunstâncias do caso, evitando o locupletamento do lesado.
Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das perdas e danos 
que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem aplicação o disposto no 
parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal:
I – o cárcereprivado;
II – a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;
III – a prisão ilegal.
Reparação da Privação da Liberdade Pessoal: A privação do exercício do direito de ir e vir ou da 
liberdade pessoal é reparada mediante pagamento de indenização das perdas e danos materiais 
que sobrevierem ao ofendido, e, se este não puder provar o prejuízo material, o órgão judicante 
deverá fixar o montante indenizatório, atendendo as peculiaridades do caso.

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