Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.acasadoconcurseiro.com.br DIREITO CONSTITUCIONAL Do Estado de Defesa Prof. Ubirajara Martell SEFAZ www.acasadoconcurseiro.com.br 3 Direito Constitucional DO ESTADO DE SÍTIO Seção II DO ESTADO DE SÍTIO Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I – comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II – declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta. Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. § 1º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira. § 2º Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato. § 3º O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas. Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: I – obrigação de permanência em localidade determinada; II – detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; III – restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; IV – suspensão da liberdade de reunião; V – busca e apreensão em domicílio; www.acasadoconcurseiro.com.br4 VI – intervenção nas empresas de serviços públicos; VII – requisição de bens. Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa. ESTADO DE DEFESA ART. 136 ESTADO DE SÍTIO ART. 137, I ESTADO DE SÍTIO ART. 137, II Hipóteses de cabimento # ordem pública ou paz social ameaçadas por grave e iminente insta- bilidade institucional. # ordem pública e paz social atingidas por ca- lamidades de grandes proporções na natureza # comoção grave de repercussão nacional. # ocorrência de fatos que comprovem a inefi- cácia de medida tomada durante o estado de de- fesa. # declaração de estado de guerra. # resposta a agressão armada estrangeira. Áreas de Abrangência Locais restritos e deter- minados Âmbito nacional Âmbito Nacional Tempo de duração 30 dias prorrogável uma única vez por mais 30 dias. 30 dias prorrogável por mais 30 dias, quantas vezes for necessário, de uma em uma vez. O tempo necessário da guerra ou para repelir a agressão armada. Medidas coercitivas – restrições a direitos e garantias # Restrição, não su- pressão aos direitos de reunião, sigilo de cor- respondência, de co- municação telegráfica e telefônica. # Restrição a garantia de prisão somente em flagrante delito ou por ordem escrita e funda- mentada da autoridade judicial competente, po- dendo haver prisão por crime contra o Estado determinada pelo exe- cutor da medida. # obrigação de perma- nência em determinada localidade. # detenção em edifício não destinado a acusa- dos por crimes comuns. # restrições a: corres- pondência, sigilo das comunicações, presta- ção de informações, li- berdade de imprensa, radiodifusão e televisão, suspensão da liberda- de de reunião, busca e apreensão em domicílio, intervenção nas empre- sas de serviços públicos, requisição de bens (ex.: metalúrgicas para faze- rem armas) # em tese qualquer ga- rantia constitucional po- derá ser suspensa desde que observada a neces- sidade e temporarieda- de. Imunidades Parlamentares Subsistirão, não haven- do previsão de suspen- são Podem ser suspensas, mediante o voto de 2/3 dos membros da casa respectiva Idem Dos Tribunais e Juízes dos Estados – Prof. Ubirajara Martell www.acasadoconcurseiro.com.br 5 ESTADO DE DEFESA ART. 136 ESTADO DE SÍTIO ART. 137, I ESTADO DE SÍTIO ART. 137, II Funcionamento do Congresso Nacional – CN Continua em funciona- mento Idem idem Controle Político Prévio – não existe Imediato – logo após a decretação Concomitante – durante a vigência. Sucessivo – após cessar, podendo em caso de abuso, responder por crime de responsabili- dade Prévio – O Presidente da República depende de prévia e expressa autorização do CN, para decretação do Estado de Sítio. Concomitante – idem Sucessivo – idem Prévio – O Presidente da República depende de prévia e expressa autorização do CN, para decretação do Estado de Sítio. Concomitante – idem Sucessivo – idem Controle Jurídico Concomitante Sucessivo Concomitante Sucessivo Concomitante Sucessivo
Compartilhar