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Prévia do material em texto

Estudos Bíblicos: 
Sinóticos e Escritos 
Joaninos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Valter Luiz Lara
Revisão Textual:
Profa. Ms. Sandra Regina F. Moreira
Evangelho Segundo Marcos
• Introdução
• Autoria, Data e Lugar de Origem
• Contexto Histórico-Social
• Jesus no Evangelho segundo Marcos
• Conteúdo e Estrutura Redacional 
• Reino, Discipulado, Ética e Política 
 · Capacitar o aluno a desenvolver leitura crítica e contextualizada do 
Evangelho segundo Marcos, oferecendo informações básicas sobre 
as motivações, objetivos e a organização temática que deram origem 
ao escrito desse Evangelho como resposta aos problemas e conflitos 
vividos pela comunidade de fé que ele representa.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Evangelho Segundo Marcos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Evangelho Segundo Marcos
Contextualização
Ler o Evangelho segundo Marcos pode ser uma aventura ao mesmo tempo 
desafiadora, mas também constrangedora. 
O pacifismo de Jesus tão fortemente assinalado pelo evangelista é o grande 
desafio da comunidade para a qual foi escrito o Evangelho. Assumir atitude de 
resistência ética e crítica frente à realidade de violência generalizada que existia no 
tempo da guerra de judeus contra Roma continua a desafiar os leitores atuais. O 
constrangimento é o outro lado da moeda, pois, apesar de não propor a violência 
como solução para os problemas, a mensagem do Evangelho não aceita a resignação 
como resposta ao sofrimento de tantas vítimas. Afinal, Jesus é o Messias solidário 
com o povo sofredor.
A experiência da violência entre nós parece crescer cada vez mais. Não bastasse 
a desigualdade que divide a humanidade entre uma minoria abastada (1%) que 
ganha mais da metade do que possui a outra imensa maioria (99%) da população 
do planeta, somos desafiados a cada dia com o problema das guerras localizadas, 
da violência estrutural, urbana e cotidiana. Conflitos locais e regionais impelem 
milhões de pessoas a buscarem refúgio em outros países. Minorias discriminadas 
continuam sendo vítimas de perseguição e preconceito. Quanto mais parece 
crescer a consciência da diversidade cultural, étnica e de gênero, maior o número 
das estatísticas da intolerância. 
Num mundo assim tão cheio de violência, ainda há espaço para propor e viver 
o cristianismo pacifista de Jesus de Nazaré e achar que isso resolve? É possível 
reinterpretar o messianismo de Jesus à luz da narrativa de Marcos sem descuidar 
dos desafios de nosso contexto presente de injustiça, preconceito, violação dos 
direitos humanos e violência?
8
9
Introdução
O Evangelho segundo Marcos1, entre os quatro documentos aceitos como 
“Evangelho” no Cânon2 do Novo Testamento, foi o primeiro a ser escrito. Recen-
temente, os estudiosos demonstraram o caráter singular do contexto e dos prová-
veis interlocutores originais do EM. O problema em torno de sua autoria, data e 
local de origem também foram tratados com novas perspectivas, ajudando o leitor 
atual a ampliar sua visão dos fatores que condicionaram o conjunto da narrativa. 
O tema central do EM é a pessoa de Jesus. Seu objetivo é apresentá-lo 
como Messias, Filho de Deus (Mc 1,1), segundo um jeito que seus leitores não o 
confundissem com as crenças messiânicas mais comuns daquele tempo. Afinal, os 
tempos eram de enorme confusão em torno do modelo de Messias esperado pelo 
povo (Mc 13,22). 
Importante!
Na época de Jesus, antes e depois de sua morte, havia um clima muito forte de 
esperança na vinda de um Messias que deveria instaurar o Reino de Deus na Terra. 
Muitos líderes populares buscavam reunir e recrutar gente do povo para lutar e libertar 
Israel do domínio romano. Com frequência, esses líderes se autodeclaravam Messias, 
ou assim eram chamados por seus seguidores. O horizonte das profecias messiânicas 
como a de Isaías proclamando a vinda de um novo Rei, príncipe da paz, o qual, sobre o 
trono de Davi, consolidaria um Reino de direito e justiça para sempre (9,1 -6), aguçava 
cada vez mais a expectativa de libertação. Tudo isso favorecia o aparecimento de Messias 
libertadores, segundo um modelo de engajamento guerrilheiro e de confronto com o 
Estado romano. 
Você Sabia?
O contexto das esperanças messiânicas é, pois, o pretexto, isto é, o principal 
motivo para a escritura da trajetória da vida, morte e ressurreição de Jesus no EM. 
Esclarecer o que de fato significava proclamar Jesus como Messias é o ponto alto 
de toda narrativa marcana: 
27 Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de 
Filipe e, no caminho, perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os 
homens que eu sou?” 28 Eles responderam: “João Batista”; outros, Elias; 
outros ainda, um dos profetas”. – 29 “E vós, perguntou ele, quem dizeis 
que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu é o Cristo” (Mc 8,27-29). 
1 A título de simplificação, no texto abreviamos o Evangelho segundo Marcos como EM, mas quando são citados 
trechos de seus capítulos e versículos, adotamos a abreviação convencional, isto é, Mc. 
2 A palavra “Cânon”, de origem grega, significa “lista” ou “ordem” de livros (e outros escritos) que foram considerados 
corretos, aceitos e inspirados para fazerem parte das Escrituras Sagradas. Autoridades da Igreja, ao longo de um 
processo de discussão, determinaram, segundo alguns critérios, quais dos muitos documentos deveriam constar ou 
não dessa lista/cânon. Para melhor detalhamento desses critérios e o processo que acabou por definir o Cânon do 
Novo Testamento, veja o texto de BROWN e COLLINS (2011, p. 907-946).
9
UNIDADE Evangelho Segundo Marcos
Além de identificar Jesus como Messias, há um interesse em distinguir o Messias 
Jesus de outros messias de seu tempo, sobretudo daqueles que apareceram por 
ocasião da Guerra Judaica ocorrida entre os anos de 66-70 d.C.: 
21 Então, se alguém vos disser ‘Eis o Messias aqui!’ ou ‘Ei-lo ali!’, 
não creiais. 22 Hão de surgir falsos Messias e falsos profetas, os quais 
apresentarão sinais e prodígios para enganar, se possível, os eleitos. 23 
Quanto a vós, porém, ficai atentos. Eu vos preveni a respeito de tudo 
(Mc 13,21-23). 
Muita gente foi recrutada, do povo judeu e das montanhas da Galileia, para 
compor o exército de libertaçãocontra as legiões romanas. Grupos políticos 
e religiosos se uniram e participaram da Guerra. O grupo da comunidade que 
está por trás do EM, em parte seguidores de Jesus provenientes do judaísmo, 
precisava definir sua posição diante do domínio romano, dos próprios judeus seus 
contemporâneos e do apelo que havia para que participassem da guerra. 
O que fazer? Quais as implicações do discipulado e do seguimento de Jesus 
proclamado como Messias? Voluntariar-se para compor as fileiras dos soldados 
que lutam contra os romanos? O foco nessa questão pode mudar o modo como 
frequentemente se lê o EM. Mas antes, é preciso verificar quem, quando, onde e o 
quê nele está escrito. 
Autoria, Data e Lugar de Origem
Autor. O que se sabe sobre o autor é dado pelos testemunhos da tradição. 
Pápias, bispo de Hierápolis, por volta de 140 d. C., menciona “Marcos como 
intérprete de Pedro”; e Irineu, bispo de Lyon, por sua vez, afirma o Evangelho 
como tendo sido escrito em Roma, depois da morte de Pedro. O fato é que tudo 
o que se pode concluir de seu autor encontra-se com muito mais probabilidade de 
verdade dentro do próprio texto por ele escrito. 
Entretanto, inúmeras razões apontadas pela crítica literária e histórica foram 
levantadas para discordar de que Marcos, autor do Evangelho, seja aquele que ficou 
conhecido como João Marcos, o companheiro de Barnabé e Paulo nas primeiras 
missões apostólicas (At 12,12.25; 13,3.13;15,37-39), o mesmo que habitualmente 
é identificado nas cartas paulinas (Fm 24; 2Tm 4,11 e 1Pd 5,13). Isso porque a 
autoria de muitos livros bíblicos é, de fato, atribuída pela tradição muito depois que 
eles foram escritos. Os evangelhos não fogem a essa regra. 
Atualmente, é mais seguro e exato afirmar que o Evangelho é fruto de uma redação 
construída ao longo de alguns anos, segundo o trabalho não de um único autor, 
mas talvez de uma escola ou comunidade de autores e redatores que participaram 
da elaboração do texto, direta ou indiretamente, seja recuperando fontes orais 
e escritas, seja testemunhando sua verdade através da vida que eles procuravam 
seguir à luz dos ensinamentos de Jesus. Só mais tarde, depois de muita vivência, 
10
11
vieram à tona os Evangelhos finalmente redigidos tal como os temos e os lemos 
hoje. Por isso, é possível falar do Evangelho segundo a comunidade de Marcos, 
pois reflete a vida de uma comunidade ou de uma rede de grupos comunitários 
que desde cedo fizeram desse documento, a principal fonte de referência escrita 
ao modo como os membros dessas comunidades procuravam viver a fé em Jesus. 
Data. A data mais próxima para a origem da redação final do EM é admitida 
como sendo entre os anos 66 e 70, talvez algum tempo imediatamente depois 
dessa data. Ele é escrito num período cuja influência da guerra judaica não pode 
ser ignorada. Provavelmente, a maior parte do texto é escrito antes da tomada do 
templo de Jerusalém pelas tropas de Tito, no ano de 70. Alguns o situam logo após 
a destruição do templo, no ano de 71 d.C.
Observe a profecia da destruição do templo por Jesus. Sem negar a historicidade da profecia, 
não se pode deixar de pensar na hipótese de que o narrador já teria vivido a confi rmação 
histórica da profecia realizada: do templo, de fato, como previu Jesus, não fi cou pedra sobre 
pedra que não tivesse sido demolida. 
Ex
pl
or
1 Ao sair do templo, disse-lhe um de seus discípulos: “Mestre, vê que pedras 
e que construções!” 2 Disse-lhe Jesus: “Vês estas grandes construções? 
Não ficará pedra sobre pedra que não seja demolida” (Mc 13,1-2).
 Local. Atualmente, a análise do material que serviu de base para a composição 
do EM levou a maioria dos exegetas a opinarem pela região ao norte da Palestina e a 
Síria, em cidades como Antioquia e povoados da Galileia como seu local de origem. 
A hipótese de Roma baseou-se principalmente na alegação de João Marcos como 
autor do Evangelho, em quem a tradição desde Papias reconheceu o testemunho 
de Pedro. Aliás, a ordem do “anjo sentado à direita, vestido com uma túnica 
branca” (Mc 16,5) no túmulo vazio de Jesus deixa claro a localização geográfica 
mais provável da comunidade original para a qual foi escrito o Evangelho: “[...] 
Ide dizer aos seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galileia. Lá o vereis 
como vos tinha dito” (Mc 16, 7).
Contexto Histórico-Social
O momento vivido pelos cristãos que estão por detrás do EM é extremamente 
conflituoso e exigente. Há, sobretudo para os que vivem na Palestina, mas também 
para aqueles que estão fora, a necessidade de um discernimento prático, ao mesmo 
tempo político, ideológico e religioso. Trata-se de definir a participação na guerra 
judaica contra os romanos. Os seguidores de Jesus devem unir-se ao movimento 
de contestação e sublevação ao Império? Os cristãos devem se juntar aos judeus 
dos mais diferentes matizes, incluindo zelotas, essênios, fariseus e até mesmo aos 
saduceus para confrontar o Império, mesmo sabendo que esses últimos faziam 
11
UNIDADE Evangelho Segundo Marcos
parte daqueles que haviam sido responsáveis pela morte de Jesus? Uma questão 
difícil e provavelmente polêmica, até mesmo entre os seguidores de Jesus das 
comunidades do EM. 
A comunidade marcana contava com a presença de grupos judeus cristãos 
helenizados e pagãos do mundo grego que não conheciam muito bem a tradição 
judaica. O segundo grupo provavelmente constituía a maioria e, por isso mesmo, 
talvez tenha forçado, mais que os outros, o discernimento de sua não participação 
na guerra: 
7 Quando ouvirdes falar de guerras e de rumores de guerra, não vos 
alarmeis: é preciso que aconteçam, mas ainda não é o fim. [...] 14 Quando 
virdes a abominação da desolação onde não devia estar – que o leitor 
entenda – então os que estiverem na Judéia fujam para as montanhas 
(Mc 13, 7.14). 
O EM tornou-se, neste sentido, a fundamentação religiosa, política e ideológica 
dessa escolha. A superação da lei (Mc 2,27-28; 7,1-23) e do nacionalismo 
(Mc 7,24-30) foram memórias transformadas em princípios que nasceram 
da reflexão frente às circunstâncias que exigiram um discernimento histórico e 
concreto: O que significa confessar Jesus como messias? Quais as condições para 
ser discípulo de Jesus quando os judeus questionam as implicações do messianismo 
que os cristãos dizem confessar? 
As questões pontuais da guerra (Mc 13, 5-23), do templo (Mc 11,15-19; 13,1-2), 
da tradição judaica (Mc 7,1-13) e dos diferentes messianismos professados por 
seus contemporâneos (13, 21-23), diante das quais era preciso se definir, estão 
presentes no EM. A conduta a ser adotada frente a cada uma delas precisava ser 
definida e justificada por parte de quem se confessava seguidor de Jesus de Nazaré. 
O EM é, portanto, fruto do discernimento que nasceu da reflexão e da prática de 
seus interlocutores imediatos, os cristãos da comunidade marcana. 
Jesus no Evangelho segundo Marcos
Na ótica dos cristãos marcanos, o Jesus que seguiam proclamava a vinda do 
reino de Deus e a sua adesão mediante o arrependimento e o compromisso com 
a fé no Evangelho (Mc 1,15), e não o engajamento numa guerra sangrenta. O 
Messias Jesus não é do tipo guerreiro e militar, mas segue e representa o modelo 
do servo sofredor que assume o caminho da cruz (Mc 8,31-35; 9,31; 10,33-34), 
tal como foi previsto pelas profecias em Isaías: 
[...] 3 Era desprezado e abandonado pelos homens, homem sujeito à dor, 
familiarizado com o sofrimento, como pessoa de quem todos escondem 
o rosto; desprezado, não fazíamos caso nenhum dele. 4 E, no entanto, 
eram nossos sofrimentos que ele levava sobre si, nossas dores que ele 
12
13
carregava. Mas nós o tínhamos como vítima do castigo ferido por Deus e 
humilhado. 5 Mas ele foi trespassado por causa das nossas transgressões, 
esmagado por causa das nossas iniquidades. O castigo que havia de trazer- 
-nos a paz, caiu sobre ele, sim, por suas feridas fomos curados (Is 53, 3-5). 
O Jesus que a comunidade marcana confessa como messias está abertopara 
além dos limites estreitos da nação judia: a mulher pagã, sírio-fenícia (Mc 7,24-30), 
atendida em sua súplica e a própria confissão do centurião romano aos pés da 
cruz: “Verdadeiramente este homem era filho de Deus” (Mc 15,39) revelam uma 
comunidade que assumiu uma prática de fé que não exclui ninguém da possibili-
dade de adesão ao reino, desde que se assumam as consequências dessa adesão: 
“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” 
(Mc 8,34-38). 
No caso do homem rico, por exemplo, as condições e exigências do seguimento 
são radicais, apresentadas numa perspectiva de solidariedade religiosa e socioeco-
nômica. Jesus assim diz ao rico que admite cumprir a lei religiosa: “Uma só coisa 
te falta: vai, vende o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, 
vem e segue-me” (Mc 10,17-22). Veja que o seguimento só lhe é concedido depois 
da solidariedade efetiva com os pobres. 
 O Jesus confessado no EM superou o problema da lei e suas tradições. A lei 
do sábado, como síntese e símbolo das interdições religiosas, está submetida ao 
benefício da vida humana: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para 
o sábado” (Mc 2,27). O critério de separação entre puro e impuro, por sua vez, 
não deve mais ser motivo de exclusão de pessoas à boa nova do reino, uma vez que 
“não há nada no exterior do homem que, penetrando nele, o possa tornar impuro, 
mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro” (Mc 7,15). 
Por isso, Jesus em Marcos não é o Messias davídico dos modelos do poder que 
se impõem pela força das armas, mas pelo apelo do amor e do serviço:
42b Sabeis que aqueles que vemos governar as nações as dominam, e 
os seus grandes as tiranizam. 43 Entre vós não será assim: ao contrário, 
aquele que dentre vós quiser ser grande, seja o vosso servidor, 44 e aquele 
que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos. 45 Pois o Filho 
do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em 
resgate por muitos (Mc 10,42b-45).
Dois textos no EM deixam claro que Jesus não deve ser confundido com o 
modelo messiânico inspirado no davidismo. O primeiro relata o episódio da cura 
do cego Bartimeu (Mc 10, 46-52): a cura se dá quando ele é capaz de reconhecer 
Jesus como Mestre, isto é, o seu mestre. O cego confessa Jesus como Rabbuni – 
palavra que significa em aramaico “meu mestre” (Mc 10, 51). O segundo texto é 
aquele que afirma ser o Messias maior que Davi, pois é o seu Senhor e não o seu 
filho (Mc 12,35-37). 
13
UNIDADE Evangelho Segundo Marcos
Por isso, o EM é expressão de uma profunda reflexão sobre a identidade de 
Jesus. O centro de sua teologia é, pois, a cristologia. Os títulos atribuídos a Jesus, 
bem como a narrativa em torno das palavras, práticas e controvérsias com seus 
adversários, suas curas e exorcismos, convergem para compor um retrato que vai 
marcar toda a cristologia posterior. Veja abaixo alguns desses títulos: 
• Filho de Deus (Mc 1,1; 3,11; 15,39);
• Filho amado de Deus (Mc 1,11; 9,7);
• Filho do Homem (Mc 2,10. 27; 8,31. 38; 9,12. 31; 10,33. 45; 13,26; 14,21. 
41.62);
• Filho do Deus Altíssimo (Mc 5,7);
• Santo de Deus (Mc 1,24);
• Nazareno (Mc 1,24; 14,67); 
• Jesus de Nazaré, o crucificado (Mc 16,6);
• Mestre/Rabi/Rabbuni (Mc 4,38; 5,35; 9,5. 17.38; 10,20. 51; 11,21; 
12,14.19.32; 13,1; 14,14.45); 
• Carpinteiro de Nazaré, Filho de Maria (Mc 6,3);
• Profeta (Mc 6,15; 8,28);
• Senhor (Mc 11,3; 12,37; 16,19.20);
• Rei dos judeus (Mc 15,2.12.18.26);
• O messias, rei de Israel (Mc 15,32).
O acento na identidade de Jesus como mestre é notório. São 12 vezes, sem 
contar na insistência em mostrar Jesus associado ao ensino (Mc 1,22.27; 4,1; 
11,18; 12,38). O verbo ensinar aplicado a Jesus aparece 17 vezes (Mc 1,21.22; 
2,13; 4,1.2; 6,2.6.30.34; 7,7; 8,31; 9,31; 10,1; 11,17; 12,14.35; 14,49). 
Trata-se de um aspecto que nem sempre é levado em conta quando se reconhece 
que o objetivo do EM é afirmar a messianidade de Jesus. Entretanto, é possível 
deduzir, do levantamento dos títulos mais frequentes aplicados a Jesus no EM, a 
manifestação de uma espécie de dialética cristológica. Há uma expressão do que 
os contemporâneos de Jesus afirmaram sobre ele em tensão com o que, de fato, 
a comunidade de seus seguidores - representada pelo EM – interpretou sobre o 
seu significado. A experiência pós-pascal da ressurreição é o ponto de partida 
da reinterpretação do significado mais profundo do Jesus histórico, o homem de 
Nazaré (Mc 16,6). 
Portanto, no EM Jesus é o homem de Nazaré em quem a comunidade reconhe-
ce o Mestre Messias e Senhor, o Filho do Homem, o Crucificado, o Amado Filho 
de Deus. 
14
15
Conteúdo e Estrutura Redacional 
Estudiosos do EM tem procurado apresentar hipóteses para melhor compreender 
a divisão temática proposta pelo autor, mas quando se altera o pressuposto temático 
de fundo, altera-se também a estrutura redacional que lhe dá sustentação. Nesse 
sentido, transcrevemos abaixo três modelos de estrutura redacional para o EM 
segundo a proposta de J. Auneau (1985, p. 66). 
I. A primeira estrutura pressupõe a organização do texto segundo a intenção 
de mostrar o quadro geográfi co por onde caminhou Jesus;
II. A segunda revela-se quando a intenção é dar destaque ao drama da 
identidade misteriosa de Jesus; 
III. A terceira aponta o interesse da narrativa em priorizar as relações entre 
os personagens, principalmente aquelas nas quais aparecem os confl itos 
entre Jesus, seus adversários e os próprios discípulos. 
Figura 1
15
UNIDADE Evangelho Segundo Marcos
Reino, Discipulado, Ética e Política
Em torno do eixo cristológico fundamental da obra marcana há uma teologia 
voltada para alguns temas igualmente importantes e derivados da confissão de fé 
em Jesus como Messias. Desses temas, destacamos quatro dos mais significativos: 
1. o Reino de Deus (Mc 1,15); 
2. o discipulado de missionários itinerantes (Mc 6,6b-13);
3. a ética comunitária do amor preferencial aos pobres (Mc 10,17-22);
4. a política como serviço (Mc 10,35-45). 
O Reino de Deus
A linguagem do EM para o anúncio do Reino de Deus dá-se pelo gênero das 
parábolas. As parábolas são breves histórias retiradas de situações do cotidiano 
vivido pelo povo, que servem como quadro de comparação para se ensinar o que é 
o Reino (Mc 4,30-33). Elas ensinam como cultivar as práticas e as condições para 
participar do Reino de Deus (Mc 9,47; 10,15. 21.25).
Jesus é apresentado como o aquele que anuncia a chegada do Reino (Mc 1,14); 
suas práticas de cura (Mc 2,32-34; 3,10-11; 6,53-56), de exorcismo (Mc 1,21-28; 
5,1-20; 9,14-29) e de perdão dos pecados (Mc 2,9-12; 5,19) são sinais da presença 
do Reino no meio do povo (Mc 9,1).
O Discipulado de Profetas e Curadores Itinerantes3 
O discipulado do mestre Jesus é um tema frequente. Há uma variedade de 
subtemas ligados ao discipulado no EM. Os professores do Novo Testamento, 
Cássio Murilo Dias da Silva e Rita de Cácia Ló (S/D, p.7), ilustraram numa apostila, 
através do gráfico abaixo citado, quais são os seguidores que compõem o grande 
grupo dos discípulos de Jesus no EM: 
Jesus osdiscípulosPedro
a multidão
os três:
Pedro, Tiago
e João
os Doze
Figura 2
3 Gerd Theissen (1989) escreveu um livro (Sociologia do movimento de Jesus) demonstrando que o movimento original 
organizado por Jesus de Nazaré era de trabalhadores da Galileia recrutados para serem profetas itinerantes do Reino 
de Deus.
16
17
Antes de inferir uma hierarquia rígida na organização do discipulado, é preciso 
compreender a visão que tem a comunidade marcana sobre o legado das tes-
temunhas oculares apostólicas que tornaram possível a memória da vida, morte 
e ressurreição de Jesus. São os heróis apostólicos (Mc 6,7), principalmente os 
doze (Mc 3,13-19), os mais próximos (Pedro, Tiago e João – Mc 9,2), os de fora 
(Mc 4,11), os discípulos e a multidão (Mc 3,8-9; 4,1; 8,1. 34; 9,14), mais ou me-
nos como está ilustrado no gráfico de Cácia Ló e Dias daSilva (p.7).
Evidentemente, há mulheres no grupo dos seguidores de Jesus e são exemplos 
da fidelidade daqueles que permanecem com Jesus, aos pés da cruz, e cumprem as 
exigências das condições duras do seguimento apontadas por Jesus logo depois do 
primeiro anúncio da paixão (Mc 8, 31-33):
34 Chamando a multidão, juntamente com seus discípulos, disse-lhes: 
“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz 
e siga-me”. 35 “Pois aquele que quiser salvar a sua vida a perderá; mas, 
o que perder sua vida por causa de mim e do Evangelho, a salvará” 
(Mc 8,34-35).
Os relatos em torno do discipulado estão sempre apontando para a fragilidade 
e os limites de seus seguidores, principalmente dos mais próximos e com maior 
responsabilidade. Pedro, por exemplo, confessa Jesus como Cristo, mas não 
entende quais são a implicações práticas dessa confissão de fé (Mc 8, 27-33). 
Por isso, a negação petrina faz parte dessa lógica da incompreensão no plano do 
engajamento prático diante do desafio da perseguição (Mc 14,66-72). Os filhos 
de Zebedeu, Tiago e João, possuem dificuldades semelhantes, pois confundem o 
poder que lhes é confiado por Jesus como garantia de privilégios para si mesmos 
(Mc 10, 35-45). 
Contudo, a característica mais importante da identidade dos discípulos de Jesus 
é a missão, isto é, o anúncio do Reino. Os discípulos são enviados como profetas 
itinerantes que devem ir ao povo para curar, expulsar os demônios (Mc 6,13) 
e testemunhar a partilha do pão (Mc 6,37-44). Tudo deve ser feito de modo a 
manifestar o despojamento de quem vive na pobreza, a simplicidade e a gratuidade 
do Reino: 
8 Recomendou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser um 
cajado apenas; nem pão, nem alforje, nem dinheiro no cinto. 9 Mas que 
andassem calçados com sandálias e não levassem duas túnicas (Mc 6, 8-9).
Ética Comunitária do Amor Preferencial aos Pobres 
As exigências do EM para um discipulado comunitário começam pela formação 
do grupo dos doze (Mc 3,13-19) e o envio de duplas de discípulos para a missão 
(Mc 6,6b-7). Não há missão solitária. O trabalho missionário e a vida do discípulo são 
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UNIDADE Evangelho Segundo Marcos
testemunhos comunitários. O anúncio do Reino impõe a partilha do pão. As duas 
“multiplicações de pães” elucidam essa realidade de uma ética que é compromisso 
sociocomunitário com as necessidades elementares do povo (Mc 6,30-44; 8,1-10): 
35 Sendo a hora já muito avançada, os discípulos aproximaram-se dele e 
disseram: “O lugar é deserto e a hora já muito avançada. 36 Despede-os 
para que vão aos campos e povoados vizinhos e comprem para si o que 
comer”. 37 Jesus lhes respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Eles 
então lhe Disseram: “Iremos e compraremos duzentos denários de pão 
para dar-lhes de comer?” 38 Ele perguntou: “Quantos pães tendes? Ides 
ver”. Tendo-se informado, responderam: “Cinco e dois peixes”. 39 Orde-
nou-lhes então que fizessem todos se acomodarem no chão, repartindo-se 
em grupos de cem e cinquenta. [...] 41b E repartiu também os dois peixes 
entre todos. 42 Todos comeram e ficaram saciados (Mc 6,35-42).
A partilha do pão como decorrência da sensibilidade para com as necessidades 
materiais do povo (“Dai-lhes vós mesmos de comer” – Mc 6,37) está ligada 
diretamente a uma ética que interpreta a lei como servidora da pessoa humana, 
das necessidades da vida: “O sábado [entenda, a lei] foi feito para o homem e não 
o homem para o sábado” (Mc 2,27). 
O amor preferencial aos pobres4 faz parte igualmente da ética comunitária 
proposta no EM como exigência da radicalidade implicada tanto no seguimento 
de Jesus (Mc 10,21. 23-25) quanto no anúncio do Reino de Deus (Mc 6,8-9). 
Aliás, um está implicado no outro: seguir a Jesus é testemunhar a proximidade do 
Reino (Mc 1,15). As inúmeras curas de doentes, espíritos impuros (Mc 1,32-34; 
6,53-56) e exorcismos de pessoas endemoninhadas (Mc 1,21-28; 5,1-20; 9, 14s) 
representam a misericórdia do Reino em favor dos pobres e o cumprimento da 
palavra do próprio Jesus de que “Não são os que têm saúde que precisam de 
médico, mas os doentes” (Mc 2,17). 
A Política como Serviço
O contexto político do EM é marcado pelo apelo político militar como já foi 
demonstrado anteriormente. O problema das disputas para controlar o Estado, 
o templo e outras instituições sobre o domínio romano estava muito próximo da 
realidade dos interlocutores da comunidade marcana. As disputas internas para 
conduzir à luta de libertação também não eram desconhecidas. O EM precisou, 
à luz da fé em Jesus, posicionar-se de maneira muito clara a esse respeito. Sua 
proposta não é a negação, nem a indiferença e alienação quanto às questões de 
ordem política. Ao contrário, a orientação aos discípulos é viver a política como 
serviço, dom de si em favor do povo e crítica severa à tirania e à dominação: 
4 A expressão aqui recebe a influência da proposta fundamental nascida da Teologia da Libertação que ficou conhecida 
como “opção preferencial pelos pobres”. Pela Igreja católica, foi assumida oficialmente em sua história mais recente 
desde o pronunciamento de João XXIII por uma “Igreja dos pobres” no contexto do Concílio Vaticano II. Mais tarde, 
a opção pelos pobres apareceria nos documentos das Conferências do Episcopado Latino-americano, primeiramente 
em Medellín (1968), depois reafirmada em Puebla (1979), Santo Domingo (1992) e Aparecida (2007).
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42 Chamando-os, Jesus lhes disse: “Sabeis que aqueles que vemos gover-
nar as nações as dominam, e os seus grandes as tiranizam, 43 Entre vós 
não será assim: ao contrário, aquele que dentre vós quiser ser grande, seja 
o vosso servidor, 44 e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o 
servo de todos. 45 Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas 
para servir e dar a sua vida em resgate por muitos (Mc 10,35-45).
E assim concluímos essa introdução ao EM. Muita coisa ainda há para estudar, 
comentar e refletir sobre essa obra tão importante e que tanto influenciou os outros 
evangelhos, servindo de modelo, sobretudo aos de Mateus e Lucas. Não obstante, 
o que foi apresentado é suficiente para compreender as linhas fundamentais da 
mensagem marcana. 
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UNIDADE Evangelho Segundo Marcos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
A Queda de Jerusalém e a Derrubada do 2°Templo – 70
Veja o Audiobook A QUEDA DE JERUSALÉM E A DERRUBADA DO 2°TEMPLO – 
70 sobre a Guerra Judaica segundo um comentário da Obra “Guerra dos Judeus” de 
Flávio Josefo, Livros V e VI. Publicado em 21 de dez de 2016 por Socran. Trata-se 
de uma videoaula sobre a Guerra Judaica, evento histórico fundamental no contexto 
do Evangelho Segundo Marcos que é narrado segundo a ótica da Guerra dos Judeus, 
escrito por Flávio Josefo que foi contemporâneo e testemunha ocular dos fatos.
https://youtu.be/D0wp5jJjN8I
 Filmes
O Quarto Sábio
Veja o filme O Quarto Sábio. Trata-se de um drama de ficção que retrata o contexto 
histórico do grande personagem dos Evangelhos, Jesus de Nazaré, vivido por um 
sábio de sua época em busca do Messias. É um trabalho cinematográfico bastante 
interessante para mostrar não só aspectos da época de Jesus, mas, sobretudo, algumas 
considerações sobre o significado do Messias para os homens daquele tempo. 
Lançamento 1985 (1h12min) Dirigido por Michael Ray Rhodes, com Martin Sheen, 
Alan Arkin, Eileen Brennan. Gênero: Drama, EUA, 1985.
https://youtu.be/tJ0Exgb4l14
 Leitura
O Evangelho Segundo Marcos. A verdadeira Boa Nova num Mundo Enganado pelos Impérios
Consulte a Revista RIBLA nº 64 em PDF. O arquivo traz os resumos de todos os artigos 
que versam sobre “O Evangelho Segundo Marcos. A verdadeira Boa Nova num mundo 
enganado pelos impérios”. IN: Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana. 
No. 64 – 2009/3. São Bernardo do Campo/SP: Nhanduti Editora, 2014.
https://goo.gl/9okpEM
O Movimento (Simbolismo) “Rasgar” no Evangelho de Marcos (1,10; 15,38)
Leia o artigo científicode Lídia Maria Carneiro de Resende orientado por Geraldo 
Dondici Vieira do Depto de Teologia da PUC-RJ sob o título de: “O movimento 
(simbolismo) “rasgar” no Evangelho de Marcos (1,10; 15,38)”. Trata-se de uma análise 
interpretativa segundo regras da exegese aplicadas ao texto do Evangelho de Marcos. 
Vale a pena conferir pelo rigor da análise dos textos de Mc 1,10 e Mc 15,38 no 
contexto de todo o conjunto da obra.
https://goo.gl/TaWkGp
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Referências
A BÍBLIA de Jerusalém. Nova Edição Revista. São Paulo: Paulus, 2000.
AUNEAU, J. [et al.]. Evangelhos Sinóticos e Atos dos Apóstolos. Tradução M. 
Cecília de M. Duprat. São Paulo: Paulinas, 1985. 
BROWN, Raymond e COLLINS, Raymond. “Canonicidade” IN: JERÔNIMO, 
São. Novo Comentário Bíblico São Jerônimo: Novo Testamento e Artigos 
Sistemáticos. Tradução Celso Eronides Fernandes e equipe - São Paulo: Paulus, 
2011. Editores: Raymond BROWN; Joseph A. FITZMYER e Roland E. MURPHY, 
p. 907-946.
DELORME. J. Leitura do Evangelho segundo Marcos. São Paulo: Paulinas, 1985. 
DIAS DA SILVA, Cássio Murilo e LÓ, Rita. Introdução aos Evangelhos Sinóticos: 
Marcos, Mateus e Lucas. (Apostila em PDF). S/D.
GALLARDO, Carolos Bravo. Jesus homem em conflito: o relato de Marcos na 
América Latina. São Paulo: Paulinas, 1997.
MONASTERIO, R. A.; CARMONA, A. R. Introdução ao Estudo da Bíblia: 
Evangelhos sinóticos e Atos dos Apóstolos. vol.6. São Paulo: Ave Maria, 2000.
MYERS, Ched. O Evangelho de São Marcos. São Paulo: Paulinas, 1992.
SCHIAVO, Luis e SILVA, Valmor. S. Jesus, milagreiro e exorcista. São Paulo: 
Paulinas, 2011.
THEISSEN, Gerd. Sociologia do movimento de Jesus. Petrópolis/São Leopoldo: 
Vozes/Sinodal, 1989.
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