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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELE0519 - LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS Relatório 02: Amplificador Integrador e Derivador Natal - RN Dezembro de 2023 1 Introdução Este relatório técnico é referente a prática em laboratório sobre Amplificadores In- tegrador e Derivador. O principal objetivo desse estudo é analisar o comportamento do ganho aplicado à dois circuitos que possuem Amplificador Diferencial com Amplificador Operacional (AMPOP). Para o presente experimento, também foi instrúıdo que fosse feita a aplicação de uma onda quadrada na entrada do circuito, a fim de analisar o comporta- mento da onda de sáıda quando a frequência do sinal fosse muito menor, igual e muito maior em relação a frequência de corte. 1 2 Desenvolvimento 2.1 Circuito Proposto Como ilustrado na Figura 1, o primeiro circuito é correspondente a um passa baixa e é composto por um AMPOP, em conjunto com um capacitor em paralelo com um resistor na realimentação. Ademais, vale ressaltar que o Resistor (RB) conectado ao terminal de entrada positivo (V +) do AMPOP é responsável por, na prática, promover o correto funcionamento do circuito. Figura 1: Primeiro experimento com circuito Ampificador Integrador com AMPOP Já o segundo circuito, ilustrado na figura 2, possui um capacitor em série com a resistência conectada ao terminal de entrada negativo (V −) do AMPOP. 2 Figura 2: Segundo experimento com circuito Ampificador Derivador com AMPOP 2.2 Resultados Esperados Para esse experimento, foi utilizado uma tensão de entrada com valor pico a pico (Vpp) de 1 V, tensões de alimentação iguais a -15 V e +15 V. Além disso, na prática realizada em laboratório, foram feitas medições para diferentes valores de frequência. Os valores utlizados foram: f1 f2 f3 f4 f5 f6 1 Hz 10 Hz 100 Hz 1 kHz 10 kHz 100 kHz A priori, devemos calcular a frequência de corte e o valor referente ao fator K, referente a amplitude da frequência de corte, para que seja posśıvel determinar a frequência de corte experimental. Sabendo que RF é a resistência de integração, podemos renomeá-la para Ri. Assim, como visto em sala de aula, podemos calcular a frequência de corte com base na seguinte expressão: Wo1 = 1 Ri · C (1) Wo1 = 1 100 · 103 × 1, 5 · 10−9 (2) Wo1 = 6666 rad/s (3) Agora, sabendo que Wo1 = 2πfo1, temos: fo1 = Wo1 2π (4) 3 fo1 = 1061, 086 Hz ≈ 1 kHz (5) Como visto em sala, para o circuito integrador, o fator K possui comportamentos distintos para baixas frequências, em que ele se comporta como um amplificador inversor, e a altas frequências, em que ele se comporta como um amplificador integrador ideal. Essa distinção corresponde a diferença entre o valor da curva teórica e a real. Dessa forma, podemos expressar o K para baixas frequências pela expressão 6. K1 = − Ri R1 (6) K1 = − 100 · 103 10 · 103 (7) K1 = −10 (8) Agora, para o K em alta frequência, devemos saber que um aumento de 3 dB na amplitude corresponde a um fator de amplificação de aproximadamente 1,122 ou √ 2. Assim, podemos usar a expressão 9 para calcular o K. K1 = −10√ 2 (9) K1 = −7, 07 (10) De forma semelhante, podemos determinar os mesmos parâmetros para o circuito 2, ilustrado na Figura 2. Sabendo que RF é a resistência de integração, podemos renomeá-la para Rd. Assim, como visto em sala de aula, podemos calcular a frequência de corte com base na seguinte expressão: Wo2 = 1 Rd · C (11) Wo2 = 1 10 · 103 × 0, 01 · 10−6 (12) Wo2 = 10000 rad/s (13) De forma análoga ao primeiro experimento, podemos calcular fo2: fo2 = Wo2 2π (14) 4 fo2 = 10000 2π (15) fo2 = 1591, 55 Hz ≈ 1, 5 kHz (16) Agora, podemos calcular o fator K para alta e baixa frequência. Para isso, devemos saber que o comportamento do amplificador derivador é semelhante a um passa alta, funcionando como um derivador ideal à baixa frequência e um amplificador inversor à alta frequência. Assim, para alta frequência: K2 = − Rd R1 (17) K2 = − 100 · 103 10 · 103 (18) K2 = −10 (19) Já para baixa frequência: K2 = −10√ 2 (20) K2 = −7, 07 (21) 2.3 Resultados e Discussão Nessa etapa de experimentação, o objetivo consistiu em encontrar a frequência de corte (Wo) que, de acordo com o diagrama de Bode, é a frequência que produz uma defasagem de 135º do sinal de sáıda em relação ao de entrada. Portanto, a frequência que foi inserida no gerador de funções foi de 1 kHz. A partir disso, foi posśıvel visualizar o formato do sinal de sáıda para três frequências diferentes. Na primeira situação, foi aplicada uma frequência muito abaixo (1 Hz) da frequência de corte. Assim, foi posśıvel visualizar um sinal de onda quadrada invertido em relação ao sinal de entrada, pois como foi visto, o circuito funciona como um inversor à baixa frequência. Nesse caso o capacitor possui um excesso de tempo de carregamento e des- carregamento. 5 Figura 3: Medição do sinal de sáıda a 1 Hz Na segunda situação, foi aplicada uma frequência igual (1 kHz) a frequência de corte. Assim, foi posśıvel visualizar um sinal exponencial invertido em relação ao sinal de entrada, pois o circuito funciona como um filtro para frequências próximas à frequência de corte. Nesse caso o capacitor possui um tempo suficiente de carregamento e descarregamento. Figura 4: Medição do sinal de sáıda a 1 kHz Na terceira situação, foi aplicada uma frequência muito acima (50 kHz) da frequência de corte. Assim, foi posśıvel visualizar um sinal linear invertido em relação ao sinal de entrada, pois como foi visto, o circuito funciona como um integrador ideal para frequências muito acima da frequência de corte. Nesse caso o capacitor não possui tempo necessário para realizar o carregamento e o descarregamento. 6 Figura 5: Medição do sinal de sáıda a 50 kHz Agora, de forma análoga, podemos repetir o mesmo processo para o Amplificador Derivador: Na primeira situação, foi aplicada uma frequência muito abaixo (100 Hz) da frequência de corte. Assim, foi posśıvel visualizar um sinal de pulso invertido em relação ao sinal de entrada no instante de variação do sinal da onda quadrada. Isso comprova que, como foi visto, o circuito funciona como um derivador ideal à baixa frequência. Figura 6: Medição do sinal de sáıda a 100 Hz Na segunda situação, foi aplicada uma frequência igual (1,5 kHz) a frequência de corte. Assim, foi posśıvel visualizar um sinal de pulso invertido em relação ao sinal de entrada que reduz a sua magnitude exponencialmente até zero. Isso comprova que, como foi visto, o circuito funciona como um filtro para frequências próximas à frequência de corte. 7 Figura 7: Medição do sinal de sáıda a 1,5 kHz Na terceira situação, foi aplicada uma frequência muito acima (100 kHz) da frequência de corte. Assim, foi posśıvel visualizar um sinal que se aproxima de um sinal quadrado invertido em relação ao sinal de entrada. Isso comprova que, como foi visto, o circuito funciona como um amplificador inversor à alta frequência. Figura 8: Medição do sinal de sáıda a 100 kHz 8 3 Conclusão Com o presente experimento, foi posśıvel esclarecer os conceitos vistos na teoria e aplicar de forma prática sobre o funcionamento dos amplificadores integrador passa baixa e derivador passa alta, bem como as suas caracteŕısticas de funcionamento associadas ao diagrama de boda, ao aplicar diferentes ńıveis de frequência na entrada. 9
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