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Tecnologia_Assistiva (1)

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TECNOLOGIA ASSISTIVA 
 
EDIÇÃO Nº 1 – 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DENISE CORDEIRO GONÇALVES CANAL 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Caro (a) aluno (a) 
 
 Esse livro refere-se à disciplina de Tecnologia Assistiva do Curso de Pós 
Graduação em __________________________, na modalidade à distância, do 
Grupo Educa+. 
 
 O Objetivo dessa disciplina é capacitar você, caro(a) aluno(a), a 
conhecer os fundamentos da Tecnologia Assistiva (TA), que servem de base 
para atuação na área de Educação, Saúde e Tecnologia. 
 
 Com o estudo desse material didático pedagógico, você será levado a 
conhecer e dominar os conceitos básicos de TA, Classificação e Legislação, 
recursos e limitações de portadores de mobilidade leve, moderada e alta, bem 
como, ferramentas capazes de proporcionar independência e qualidade de vida 
aos que dela necessitam. 
 
 A Tecnologia Assistiva é um tema de grande importância na área da 
Inclusão de portadores de deficiência. Vale destacar que a TA tem por objetivo 
auxiliar, promover e ampliar a habilidade de um indivíduo portador de alguma 
limitação motora, devido a uma deficiência ou até mesmo decorrente da idade 
avançada. 
 
 A seguir, vocês vão conhecer desde conceitos mais básicos até os mais 
complexos, passando por uma ampla gama de equipamentos e serviços que 
poderão aplicar no dia a dia, com intuito de minimizar os problemas funcionais 
encontrados nesses indivíduos. 
 Ao longo desse curso, você conhecerá inúmeros conceitos e em breve 
estará apto a diferenciá-los no mundo acadêmico e profissional. Então, 
prepare-se, uma nova história começa agora. 
Boa leitura e bons estudos. 
Professora e Educadora em Tecnologia Assistiva- 
Denise Cordeiro Gonçalves Canal 
Tecnologia Assistiva 
 
2 
 
2 
Sumário	
  
 
UNIDADE 01 ................................................................................................................... 5	
  
APRENDIZAGEM & TECNOLOGIA ASSISTIVA ....................................................... 5	
  
CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM .......................................................................... 5	
  
APRENDIZAGEM PIAGETIANA .................................................................................. 6	
  
APRENDIZAGEM E A FETIVIDADE WALLONIANA ............................................... 7	
  
TECNOLOGIA ASSISTIVA ............................................................................................ 8	
  
CONCEITO ....................................................................................................................... 9	
  
CLASSIFICAÇÃO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA - TA .......................................... 10	
  
APRESENTAÇÃO DOS RECURSOS DE TA .............................................................. 10	
  
EXERCÍCIOS PROPOSTOS .......................................................................................... 12	
  
 
UNIDADE 02 ................................................................................................................. 13	
  
A EDUCAÇAO ESPECIAL NO BRASIL ..................................................................... 13	
  
LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PESSOA COM DEFICIÊNCIA .......................... 15	
  
EXERCÍCIOS PROPOSTOS .......................................................................................... 24	
  
 
UNIDADE 03 ................................................................................................................. 25	
  
DEFICIÊNCIA, ACESSIBILIDADE E RECURSOS .................................................... 25	
  
DEFICIÊNCIA ................................................................................................................ 25	
  
RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSITIVA EM ATIVIDADES CULTURAIS E 
ESPORTIVA ................................................................................................................... 27	
  
RECURSOS DE ACESSIBILIDADE ............................................................................ 28	
  
RECURSOS DE ACESSIBILIDADE E AO COMPUTADOR ..................................... 29	
  
TELECOMUNICAÇÕES ............................................................................................... 29	
  
LEITURA/ESCRITA ...................................................................................................... 30	
  
MOBILIDADE MANUAL ............................................................................................. 32	
  
MOBILIDADE ELÉTRICA ........................................................................................... 33	
  
ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA ...................................................................... 34	
  
TRANSPORTES PRIVADOS ........................................................................................ 36	
  
ADAPTAÇÕES EM VEÍCULOS ................................................................................... 36	
  
TRANSPORTES PÚBLICOS-COLETIVOS ................................................................. 37	
  
ACESSIBILIDADE EM TRANSPORTES COLETIVOS ............................................. 38	
  
TRANSPORTE COLETIVO METROFERROVIARIO ................................................ 38	
  
DEFICIÊNCIA ................................................................................................................ 40	
  
DEFICIÊNCIA VISUAL - CEGUEIRA ........................................................................ 40	
  
AS PATOLOGIAS OCULARES QUE MAIS ACOMETEM AS CRIANÇAS ............ 40	
  
RECURSOS PARA CEGOS E PORTADORES DE BAIXA VISÃO .......................... 41	
  
SURDEZ E DEFICIÊNCIA AUDITIVA ....................................................................... 44	
  
DEFICIENCIA FÍSICA .................................................................................................. 47	
  
PARALISIA CEREBRAL .............................................................................................. 48	
  
RECURSOS TÉCNICOS ................................................................................................ 49	
  
DEFICIENCIA MENTAL (INTELECTUAL) ............................................................... 53	
  
FATORES QUE PODEM DESENCADEAR A DEFICIÊNCIA MENTAL ................. 54	
  
DEFICIÊNCIA MENTAL E A ESCOLA ...................................................................... 55	
  
RECURSOS PARA DEFICIENTE MENTAL (INTELECTUAL) ................................ 57	
  
PROTÉSE E ÓRTESE .................................................................................................... 60	
  
PRÓTESES ..................................................................................................................... 60	
  
TIPOS DE PRÓTESE ORTOPÉDICAS ........................................................................ 61	
  
Tecnologia Assistiva 
 
3 
 
3 
ÓRTESES ....................................................................................................................... 61	
  
CLASSIFICAÇÃO DAS ÓRTESES .............................................................................. 62	
  
ÓRTESES PARA A COLUNA VERTEBRAL .............................................................. 62	
  
ÓRTESES PARA MEMBROS INFERIORES ............................................................... 62	
  
ÓRTESES PARA MEMBROS SUPERIORES .............................................................. 63	
  
CALÇADO ORTOPÉDICO ........................................................................................... 64	
  
CARACTERÍSTICAS DO CALÇADO ORTOPÉDICO ............................................... 64	
  
ESTIMULAÇÃO FUNCIONAL .................................................................................... 65	
  
ADEQUAÇÃO POSTURAL .......................................................................................... 68	
  
COMO EVITAR ERROS NA INDICAÇÃO DE UM RECURSO DE TA? ............. 68	
  
SUGESTÕES PARA AS ESCOLAS ..............................................................................70	
  
ESTIMULAÇÃO DE SENTIDOS ................................................................................. 71	
  
EXERCÍCIOS PROPOSTOS .......................................................................................... 72	
  
 
UNIDADE 04 ................................................................................................................. 73	
  
NEUROCIÊNCIA – NEUROPLASTICIDADE E O EDUCADOR .............................. 73	
  
NEUROCIÊNCIA ........................................................................................................... 73	
  
NEUROPLASTICIDADE .............................................................................................. 74	
  
O PAPEL DO EDUCADOR ........................................................................................... 76	
  
EXERCÍCIOS PROPOSTOS .......................................................................................... 78	
  
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 79	
  
CALENDARIO INCLUSIVO ...................................................................................... 81	
  
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 82	
  
 
GABARITO ................................................................................................................... 85	
  
Unidade 1 ........................................................................................................................ 85	
  
Unidade 3 ........................................................................................................................ 86	
  
Unidade 4 ........................................................................................................................ 86	
  
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
4 
 
4 
APRESENTAÇÃO 
 
Caro (a) aluno (a) 
 A Tecnologia Assistiva, também conhecida como Recursos de Ajudas 
Técnicas, é um tema de grande importância para a inclusão dos portadores de 
Deficiência. 
 Área do conhecimento ainda pouco explorada, ela pode ser estudada e 
aplicada por multiprofissionais, por exemplo: Educadores, Psicólogos, 
Engenheiros, Neurocientistas... 
 O Livro Tecnologia Assistiva tem como objetivo apresentar a importância 
dos recursos técnicos de ajuda, bem como, inserir, ou reinserir, pessoas com 
deficiência a espaços públicos, educacionais, mercado de trabalho e ambiente 
social, proporcionando maior qualidade de vida e autonomia. 
 A TA vem crescendo ainda de forma discreta em nosso país, se 
comparado à quantidade de portadores de necessidades especiais. 
 O Governo Federal tem feito a sua parte para contribuir com os cidadãos 
que necessitam de apoio e ajuda gratuita. 
 A necessidade de conhecer os diferentes tipos de deficiência tem 
chamado a atenção de instituições públicas e privadas. 
 Apresentar recursos de apoio aos necessitados é considerado tão 
importante quanto qualificar profissionais para atuarem nesse mercado de 
trabalho. 
Destaca-se, também, no Livro, a importância de conhecer as inúmeras 
variáveis que podem levar à deficiência no indivíduo. 
 Com base nos indicadores de saúde, nosso objetivo é capacitar você, 
aluno(a), a lidar com o dia a dia de um deficiente, seja na escolha de um 
recurso ou na utilização do mesmo. 
 
Boa leitura e bons estudos. 
Professora Mestre em Saúde Materno Infantil - 
Denise Cordeiro Gonçalves Canal 
 
Tecnologia Assistiva 
 
5 
 
5 
UNIDADE 01 
APRENDIZAGEM & TECNOLOGIA ASSISTIVA 
 
 
Caro(a) Aluno(a) 
Seja bem-vindo(a) ! 
Acompanhe os conteúdos desta unidade. Se preferir, vá assinalando os 
assuntos, à medida que for estudando. 
 
CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM 
 
O termo “aprendizagem” deriva do latim “apprehendere”, que significa 
apropriar-se, adquirir. Segundo o dicionário Houaiss (2010, p.59), aprender é 
adquirir conhecimento ou habilidade prática. Aprendizado é o processo de 
aprender e a duração deste processo configura a aprendizagem. 
 
A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente, é um 
processo amplo que envolve vários fatores: intelectual, psicomotor, 
afetivo, físico e social. O aprender ocorre ao longo da vida do 
indivíduo, abrangendo: hábitos formados, aspectos da vida afetiva e 
assimilação de valores culturais. Inicia-se no ambiente familiar, na 
medida em que a criança vai se desenvolvendo os pais vão 
ensinando e orientando-a, ao ingressar na escola o aprendizado 
torna-se mais formal e o professor será o mediador em seu 
desenvolvimento e aprendizagem. (José e Coelho, 1999, p. 6). 
 
O ser humano, ao nascer, dispõe de algumas capacidades, uma delas é o 
aprender, que vai sendo desenvolvido ao longo de sua vida. O ato de aprender 
depende de aspectos biológicos, cognitivos e de estímulos ambientais. Há 
aprendizados que não necessitam de um mediador, estes surgem por meio de 
reflexos e instintos e são, por exemplo, o ato de mamar, do falar, do andar, e do 
brincar. Porém, há aprendizados que devem ser passados de maneira 
estruturada, sendo eles, a leitura, a escrita, o cálculo e os esportes. Estes fazem 
parte do aprendizado escolar. Os conhecimentos ensinados na escola tornarão 
este aluno(a) apto para ingressar na sociedade, portanto, o aprendizado escolar 
é uma etapa fundamental para o desenvolvimento intelectual da criança. (Maia. 
2011, p.12). 
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
6 
 
6 
APRENDIZAGEM PIAGETIANA 
 
 
 Jean Piaget (1896-1980) foi um teórico que defendeu a visão 
interacionista do desenvolvimento. Ele foi um biólogo que se dedicou a 
investigar como se forma a inteligência e a construção do conhecimento. Ao 
observar a construção lógica do pensamento das crianças, Piaget concluiu que 
seria o caminho para entender a gênese (nascimento) do conhecimento. (Davis 
e Oliveira. 1998, p.37) 
 
 A teoria de Piaget aborda o desenvolvimento da inteligência e a 
construção do conhecimento denominada por Epistemologia Genética, é uma 
teoria centrada no desenvolvimento natural da criança que passa por quatro 
estágios, que vai do nascimento até a adolescência, quando a capacidade 
plena de raciocínio é atingida. Piaget observou que a lógica de 
desenvolvimento da criança é diferente da lógica do adulto e, portanto, sua 
pesquisa estava voltada para os mecanismos que levam a lógica do 
pensamento infantil se tornar em adulta. (SOUZA, 2011, p.23) 
 
De acordo com Souza (2011, p.24), a teoria de Piaget sobre a 
construção do conhecimento baseia-se no estudo das assimilações e 
acomodações e, por consequência, a aprendizagem. A assimilação significa 
interpretação, o sujeito cognitivamente capta o ambiente e a cada 
conhecimento assimilado o individuo usa as estruturas mentais que já possui. A 
acomodação é a modificação dos sistemas de assimilação, ou seja, é uma 
alteração na estrutura mental do indivíduo. Nesta teoria, a inteligência está 
ligada a assimilação e acomodação, o equilíbrio entre ambas é conhecido por 
adaptação. “O homem aprende assimilando a realidade e acomodando os 
esquemas e operações em sua mente”. (SILVA, 2011, p.24) 
Piaget (1970, p.15) apud Munari (2010, p.33). 
 
 
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
7 
 
7 
APRENDIZAGEM E A FETIVIDADE WALLONIANA 
 
Henri Wallon (1879-1962) era médico, filósofo e psicólogo. Uma de 
suas teorias aborda o desenvolvimento intelectual, afetividade, 
movimento, inteligência e formação do eu. A emoção tem um papel 
importante no desenvolvimento. Através das emoções os alunos 
expressam seus sentimentos, desejos e vontades. A emoção 
precede a linguagem, o bebê se comunica através da emoção. Para 
Wallon, as informações, as imagens e experiências são construídas e 
modificadas pelas emoções que acompanham os processos de 
atenção e memória. As emoções desempenham papel relevante na 
construção da memória. (SOUZA, 2011, p.30) 
 
"O desenvolvimento não se encerra na adolescência,mas permanece 
ao longo da vida do indivíduo. Afetividade e cognição estarão, dialeticamente, 
sempre em movimento, alternando-se nas diferentes aprendizagens que o 
indivíduo incorporará ao longo de sua vida.” (GRATIOT-ALFANDÉRY, 2010, 
p.37). 
 
Ativar circuitos capazes de fazer com que o deficiente amplie sua 
bagagem ou seu currículo oculto será determinante nos primeiros anos de vida. 
Independente do tipo de limitação, o objetivo sempre será criar 
caminhos para transformar ou ampliar o aprendizado. 
Aprender ou reaprender, em alguns casos, é uma forma de reconectar 
os processos neurais, estabelecendo conexão sinápticas funcionais. 
Quanto mais atividades e exercícios o deficiente praticar, maior será a 
qualidade das ligações neurais e funcionamento sináptico cerebral. 
Para haver ganhos positivos na aprendizagem, será necessário envolver 
uma gama de variáveis ao processo. 
Pais, professores, responsáveis, médicos, fisioterapeutas e afins são 
fundamental para que o ensino seja centrado no deficiente. Não só no 
ambiente escolar, mas em todos os lugares onde ele for inserido. 
Questione, busque soluções para determinados problemas, limitações. 
A motivação será fundamental para obtenção dos resultados esperados. 
 
 
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
8 
 
8 
TECNOLOGIA ASSISTIVA 
 
 A Tecnologia Assistiva (TA) é resultado do avanço das Novas 
Tecnologias da Informação e Comunicação. 
 A grande preocupação com os portadores de necessidades especiais 
nos últimos anos impulsionou, ainda mais, o trio da Educação, Saúde e 
Tecnologia, objetivando a restauração da limitação imposta ao paciente por 
algum motivo. 
 Em meados de 2006, foi criado o Comitê de Ajudas Técnicas - (CAT), 
hoje nomeado como Tecnologia Assistiva - (TA). 
 A Tecnologia Assistiva (TA) é uma área do conhecimento que trabalha 
de forma interdisciplinar. 
 Criada com o intuito de restaurar a qualidade de vida de uma 
determinada amostra de indivíduos, outras áreas do conhecimento uniram-se 
em prol de um bem comum; a promoção dos Direitos Humanos dos portadores 
de determinadas limitações. 
 
 Infelizmente, por ser uma área relativamente nova, ainda falta mão de 
obra qualificada para formar profissionais capazes de atuar nas tarefas básicas 
de autocuidado no âmbito pessoal, doméstico e coletivo. 
 Contudo, caro(a) aluno, lembre-se, ao final desse livro, você estará apto 
para atuar nessa área do conhecimento, que tende a crescer nos próximos 
anos. 
 Vamos a um exemplo comum: 
 Por conta de inúmeros tratados e Leis que amparam o portador de 
Necessidades Especiais (NE), muitos empresários brasileiros têm voltado seus 
olhos para essa nova fatia do mercado. Já temos feiras e exposições de 
recursos tecnológicos a venda, capazes de facilitar o dia a dia do NE. 
 Eis a questão, embora a legislação brasileira aponte para o direito dos 
cidadãos e acesso aos mais diferenciados tipos de recursos em TA, como 
vimos anteriormente, ainda falta mão de obra profissional especializada. 
 Caro(a) aluno(a), em um mundo onde a informação e o conhecimento 
cresce a uma velocidade que inviabiliza o controle manual, o saber fazer 
técnico na formação de vocês, fará toda a diferença. 
Tecnologia Assistiva 
 
9 
 
9 
 
CONCEITO 
 
 
 Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica 
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, 
práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à 
atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou 
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida 
e inclusão social. (BRASIL - SDHPR. – Comitê de Ajudas Técnicas – ATA VII) 
 
 "Em 16 de novembro de 2006 foi instituído, pela Portaria nº 142, o 
Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), estabelecido pelo Decreto nº 5.296/2004 no 
âmbito da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da 
República, na perspectiva de ao mesmo tempo aperfeiçoar, dar transparência e 
legitimidade ao desenvolvimento da Tecnologia Assistiva no Brasil. Ajudas 
Técnicas é o termo anteriormente utilizado para o que hoje se convencionou 
designar Tecnologia Assistiva". (BRASIL – SDHPR, 2012) 
 
 Atenção: em outras palavras, a Tecnologia Assistiva- (TA) nada mais é 
que um recurso capaz de auxiliar o portador de Necessidades Especiais- 
(NE), sendo assim, não confunda sua finalidade. Recurso de usuário é 
diferente de Recurso Profissional. 
Vamos a um exemplo simples para assimilar o conteúdo: 
 
 A Guia de direção é do deficiente visual ou daquele que precisa apenas 
de se locomover? 
Tecnologia Assistiva 
 
10 
 
10 
 O recurso é para quem possui determinada limitação. Ferramenta diária, 
independente do local onde estiver (Trabalho, casa, escola, etc.). 
 
Conheça um pouco mais acessando o Portal Nacional de 
Tecnologia Assistiva do Governo Federal em: www.assistiva.org.br 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA - TA 
 
 Não basta criar materiais e produtos que favoreçam a autonomia e a 
independência do paciente. É importante separá-los ou classifica-los de acordo 
com a necessidade funcional de cada um. 
 Uma das classificações mais conhecidas internacionalmente, é a ISO - 
International Organization for Standardization (Associação Internacional de 
Normalização) 
 
Saiba mais! 
 
Pesquise na internet 
 
Classificação ISO 9999 pode ser pesquisada em: 
http://atiid.incubadora.fapesp.br/portal/taat/normas-relacionadas-
ataat/CopiaGlossario-ClassificacaoIntlAT-ISO9999-2002.xls/view 
http://www.inr.pt/content/1/2/lista-homologada ou 
http://www.lerparaver.com/node/492 
 
 
APRESENTAÇÃO DOS RECURSOS DE TA 
 
 A Criança, ainda quando pequena, depende dos pais para quase tudo, 
mas com o passar dos anos, busca independência e autonomia. 
 Ninguém conta com uma impossibilidade ou limitação no meio dessa 
longa estrada chamada vida, não é mesmo? 
 Nessa unidade, você vai conhecer alguns recursos de Tecnologia 
Assistiva - (TA), capazes de criar autonomia e independência dos portadores 
de deficiência. 
 
Tecnologia Assistiva 
 
11 
 
11 
“Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. 
Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis.”. 
(RADABAUGH, 1993) 
 
 Imaginemos que você tenha um parente, amigo ou aluno que precise se 
alimentar sozinho, mas o mesmo é portador de uma limitação motora parcial. 
 
E agora, o que fazer? 
 
A TA apresenta uma lista de recursos capazes de facilitar o dia-a-dia do 
deficiente. 
 
 "Os recursos de tecnologia assistiva estão muito próximos do nosso dia-
a-dia. Ora eles nos causam impacto devido à tecnologia que apresentam, ora 
passam quase despercebidos. Para exemplificar, podemos chamar de 
tecnologia assistiva uma bengala, utilizada por nossos avós para proporcionar 
conforto e segurança no momento de caminhar, bem como um aparelho de 
amplificação utilizado por uma pessoa com surdez moderada ou mesmo 
veículo adaptado para uma pessoa com deficiência". (MANZINI, 2005, p. 82) 
 
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
12 
 
12 
 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
 
1) O ser humano, ao nascer, dispõe de algumas capacidades, uma delas é o 
aprender, que vai sendo desenvolvido ao longo de sua vida. O ato de aprender 
depende de três aspectos. Quais são eles? 
 
2) O que significa Assimilação na aprendizagem Piagetiana? 
 
3) Qual teórico, em uma de suas teorias a repeito da aprendizagem, aborda o 
desenvolvimento intelectual, afetividade, movimento, inteligência e formação do 
eu. ? 
( ) F.B Skinner 
( ) Henry Wallon 
( ) Sigmund Freud 
( ) Jean Piaget 
 
4) Em qual ano foi criado o Comitê de Ajudas Técnicas - (CAT), hoje nomeado 
como Tecnologia Assistiva - (TA)? 
 
5) Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica 
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias,práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à 
atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou 
mobilidade reduzida, visando sua _____________, ______________ , 
_______________ e __________________ 
 
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
13 
 
13 
UNIDADE 02 
 
A EDUCAÇAO ESPECIAL NO BRASIL 
 A Educação Especial, em nosso país, tem muitas léguas a percorrer 
para deixar de ser excludente. 
 Dizer que é direito de todo cidadão ser amparado legalmente pelo 
Estado, não modifica muito o panorama da educação especial brasileira. 
Infelizmente, dados apontam para uma educação ainda separatista em 
algumas regiões. 
 É fato que, ao incluir, nota-se uma diversidade de características entre o 
aluno regular e o inclusivo, mas excluir seria uma forma de limitar o 
desenvolvimento de suas capacidades. 
 As instituições educacionais tem a obrigação de acolher crianças, 
adolescentes e adultos, portadores ou não de deficiência e oferecer-lhes, a 
partir da pedagogia centrada, condições de interagir com o meio onde foram 
inseridos. 
 Com a direito de amparo por parte do governo, os pais e responsáveis 
tem procurado escolas que sejam capazes de atender as crianças portadoras 
de necessidades especiais. 
 Você sabe quais são as características dos portadores de necessidades 
especiais? 
 Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação 
Especial (1999): 
"Nessa perspectiva, define como aluno portador de necessidades 
especiais aquele que “...por apresentar necessidades próprias e 
diferentes dos demais alunos no domínio das aprendizagens 
curriculares correspondentes à sua idade, requer recursos 
pedagógicos e metodologias educacionais específicas.” A 
classificação desses alunos, para efeito de prioridade no atendimento 
educacional especializado (preferencialmente na rede regular de 
ensino), consta da referida Política e dá ênfase a: 
• portadores de deficiência mental, visual, auditiva, física e múltipla; 
• portadores de condutas típicas (problemas de conduta); •portadores 
de superdotação/altas habilidades." (Parâmetros Curriculares 
Nacionais, MEC/SEF/SEESP, 1999, p. 21). 
 
 
 
ACESSE: WWW.SENADO.GOV.BR/SF/LEGISLACAO 
 
Tecnologia Assistiva 
 
14 
 
14 
 
 Embora haja uma classificação nos Parâmetros Curriculares Nacionais – 
PCNS - para os portadores de Necessidades Especiais, e a previsão de 
atendimento educacional especializado na rede regular de ensino, descrita na 
Constituição de 1988, é necessário verificar se o aluno será alocado em uma 
escola especial ou em uma sala de aula regular com determinados recursos 
especiais. 
 Casos singulares, em que houver comprometimentos múltiplos, o aluno 
devera ser encaminhado a escolas específicas que ofereçam um currículo 
funcional. 
 Pode até aparecer não inclusivo o fato de subentender que 
determinados alunos não poderão fazer parte do processo regular de ensino, 
mas é preciso levar em conta que algumas instituições não estão preparadas 
para receber pacientes com limitações Neurobiopsicológica. 
Portanto, será feito o encaminhamento desses alunos a escolas 
especiais e com infraestrutura para acolhê-los de forma a produzir resultados 
satisfatórios no processo de aprendizagem. 
 Os pais ou responsáveis não só tem o direito como o dever de matricular 
seus filhos com ou sem deficiência na rede regular de ensino. É fato que 
muitos pais de alunos portadores de necessidades especiais ainda 
desconhecem seus direitos, mas deverão ser amparados por Leis, Decretos e 
Acordos, nacionais e internacionais. 
 A segregação no século XXI não mais existirá por preconceito, mas por 
falta de conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
15 
 
15 
LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
 
 Deficiência congênita ou adquirida está associada a pessoas que 
apresentam algum tipo de limitação mental, física, cognitiva ou sensorial. 
 
Segundo o DECRETO N• 3298/99 - REGULAMENTA A LEI 7853/89 I - 
deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função 
psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o 
desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser 
humano; II - deficiência permanente – aquela que ocorreu ou se estabilizou 
durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter 
probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; e III - 
incapacidade – uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração 
social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos 
especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou 
transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao 
desempenho de função ou atividade a ser exercida. 
HTTP://WWW.DESENVOLVIMENTOSOCIAL.SP.GOV.BR/A2SITEBOX/ARQUIVOS/DOCUMENTOS/274.PDF 
 
 
 Você sabia que consta na Constituição Brasileira de 1988 - Capítulo II - 
Art. 23 que - “...é competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção 
e garantia das Pessoas Portadoras de Deficiências”. 
 Muitos cidadãos desconhecem as normas jurídicas brasileiras e, por 
consequência, tornam-se frágeis no exercício de prática da cidadania. 
 
Dica: Portadores de deficiência tem direito ao benefício BPC - 
Beneficio de Prestação Continuada -, o que equivale a um salário 
mínimo. A Constituição garante o recebimento somente para 
deficientes que não estejam trabalhando formalmente ou que 
tenham empresa aberta. 
 
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 Conheça um pouco mais da legislação sobre pessoas portadoras de 
deficiência, acessando: 
http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-
social/acessibilidade/legislacao-pdf/legislacao-brasileira-sobre-
pessoas-portadoras-de-deficiencia 
 
 
 Que tal aprofundarmos um pouco mais sobre esses direitos? 
 
Brasil. Constituição Brasileira de 1988 - Capítulo II - Art. 23 - “...é 
competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e garantia das 
Pessoas Portadoras de Deficiências”. 
• _______ . Lei nº 7.853 /1989 - dispõe sobre o apoio às PPDs, e à sua 
integração social, no que se refere à saúde - promoção de ações preventivas - 
criação de rede de serviços especializados em reabilitação e habilitação - 
acessibilidade aos serviços - atendimento domiciliar de saúde ao deficiente 
grave - desenvolvidos com a participação da sociedade. 
• _______ . Lei nº 8.080, de 16 de setembro de 1990 - chamada Lei Orgânica 
da Saúde - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua 
integridade física e moral - garante a universalidade de acesso e a 
integralidade da assistência. 
• _______ . Decreto nº 99.244, de 10 de maio de 1990, Art. 141 e 143 - inclui 
no SIH - SUS o tratamento em Reabilitação e seus procedimentos a serem 
cobrados por Hospitais previamente autorizados. Inclui a Fisiatria e Fisioterapia 
para atendimento à PPD no SUS. 
• _______ . Decreto nº 3.298/99 - observância do arcabouço legal específico. 
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• _______ . Lei nº 566 de 21/12/1948 - Data de publicação no D.O.U. 
23/12/1948. Concede preferência nas aquisições de material para as 
repartições públicas e autarquias, aos produtos da marca Trevo, de 
propriedade da Liga de Proteção aos Cegos. 
• _______ . Lei nº 909 de 11/8/1949 - Data de publicação no D.O.U. 
17/11/1949. 
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Autoriza a emissão especial de selos em benefício dos filhos sadios dos 
lázaros. 
• _______ . Lei nº 1.195 de 9/9/1950 - Data de publicação no D.O.U. 
11/9/1950. 
Dispõe sobre a reforma dos oficiais julgados incapazes para o serviço militar. 
• _______ . Lei nº 1.390 de 3/1/1951 - Data de publicação no D.O.U. 4/1/1951. 
Inclui entre as contravenções penais a prática de atos resultantes de 
preconceitos de raça ou de cor. 
• _______ . Lei nº1.426 de 7/6/1951 - Data de publicação no D.O.U. 7/7/1951. 
Denomina sanatórios e sanatórios-colônias os leprocômios do Brasil. 
• _______ . Lei nº 1.609 de 22/5/1952 - Data de publicação no D.O.U. 
23/5/1952. 
Estende os dispositivos da Lei nº 1.195, de 9 de setembro de 1950, aos 
reformados por incapacidade física, anteriormente à vigência da citada Lei. 
• _______ . Lei nº 2.094 de 16/11/1953 - Data de publicação no D.O.U. 
17/11/1953 
Concede isenção de direitos de importação para materiais importados pela 
Fundação para o Livro do Cego no Brasil. 
• _______ . Lei nº 1.744 de 8/12/1985 - Data de publicação no D.O.U. 
9/12/1985. 
Estabelece critérios de concessão, do Benefício de Prestação Continuada e a 
garantia de um salário mínimo, para portadores de deficiência e idosos. 
• _______ . Lei nº 2.579 de 23/8/1955 - Data de publicação no D.O.U. 
25/8/1955. 
Concede amparo aos ex-integrantes da Força Expedicionária Brasileira, 
julgados inválidos ou incapazes definitivamente para o serviço militar. 
• _______ . Lei nº 3.198 de 6/7/1957 - Data de publicação no D.O.U. 8/7/1957. 
Denomina Instituto Nacional de Educação de Surdos o atual Instituto Nacional 
de Surdos-Mudos. 
• _______ . Lei nº 3.542 de 11/2/1959 - Data de publicação no D.O.U. 
12/2/1959. 
Institui a Campanha Nacional contra a Lepra e dá outras Providências. 
• _______ . Lei nº 3.738 de 4/4/1960 - Data de publicação no D.O.U. 6/4/1960. 
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Assegura pensão especial à viúva de militar ou funcionário civil atacada de 
tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, 
paralisia ou cardiopatia grave. 
• _______ . Lei nº 4.024 de 20/12/1961 - Data de publicação no D.O.U. 
27/12/1961. 
Fixa as Diretrizes e bases da educação nacional. 
• _______ . Lei nº 4.052 de 9/3/1962 - Data de publicação no D.O.U. 
10/3/1962. 
Estende aos servidores da Superintendência do Serviço de Profilaxia da Lepra, 
no Estado de Goiás,os benefícios das Leis nºs. 1.765, de 18 de dezembro de 
1952 e 2.412, de 1º de fevereiro de 1955, e dá outras providências. 
• _______ . Lei nº 4.169 de 12/4/1962 - Data de publicação no D.O.U. 
12/5/1962. 
Oficializa as convenções Braille para uso na escrita e leitura dos cegos e o 
Código de Contrações e Abreviaturas Braille. 
• _______ . Lei nº 10.845 de 5/8/2004 - Data de publicação no D.O.U. 
8/3/2004. 
Institui o Programa de Complementação ao Atendimento Educacional 
Especializado às Pessoas Portadoras 
de Deficiência, e dá outras providências. 
• _______ . Lei nº 11.096 de 13/1/2005 - Data de publicação no D.O.U. 
14/1/2005. 
Institui o Programa Universidade para Todos - PROUNI, regula a atuação de 
entidades beneficentes de assistência social no ensino superior; altera a Lei no 
10.891, de 9 de julho de 2004, e dá outras providências. 
• _______ . Lei nº 11.126 de 27/6/2005 - Data de publicação no D.O.U. 
28/6/2005. 
Dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual de ingressar e 
permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia. 
• _______ . Lei nº 11.133 de 14/7/2005 - Data de publicação no D.O.U. 
15/7/2005. 
Institui o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência. 
(Brasil,2009) 
 
Tecnologia Assistiva 
 
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19 
.Para conhecer mais Leis, Portarias e Decretos de Amparo ao Deficiente, 
acesse: 
 
www.pessoascomdeficiencia.gov.br 
 
 
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf 
 
 
VERBAS PARA COMPRAS DE RECURSOS EM ESCOLAS PÚBLICAS 
 
 De acordo com a Carta Magna, a “Saúde é Direito de Todos e Dever do 
Estado” 
 Você sabia que as escolas públicas possuem verba para comprar 
recursos de TA por meio de programas do Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da 
Educação - FUNDEB-? 
 É cada vez mais comum ver uma criança ou adolescente portador de 
necessidades especiais em sala de aula com currículo comum a todos. Isso é 
inclusão. No entanto, muitas escolas ainda não possuem recursos materiais 
próprios para acolher e desenvolver as habilidades necessárias nos discentes. 
 O Ministério de Educação criou e implantou, em algumas escolas 
públicas, as chamadas "Salas de Recursos Multifuncionais" (SRMF). 
 Nas SRMF´s, trabalham professores especializados na área de inclusão. 
Lá é feito o atendimento Educacional Especializado no contraturno escolar. 
 
 
 
 
O aluno que estuda no turno da manhã, fará todas as atividades com os 
demais colegas em sala regular. Chamamos essa ação de Inclusão! 
No período da tarde (contraturno), ele será acompanhado por um(a) 
professor(a) com especialização em Necessidades Especiais para capacitar o 
discente no uso dos recursos de TA. 
Tecnologia Assistiva 
 
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É importante destacar que, para cada necessidade, será oferecido um 
recurso diferente. Exemplo: recursos para portadores de baixa visão, cegos, 
surdos, mobilidade reduzida, cadeirantes, etc. 
 
 Embora muitos ainda não saibam, a Lei de Diretrizes e Bases – LDB - 
tem como objetivo priorizar o atendimento aos portadores de necessidades 
educacionais especiais na rede pública de ensino. Claro, faz-se necessário o 
serviço de apoio especializado para que isso aconteça, mas podemos dizer 
que houve um avanço e tanto na história da Educação. 
 Não há mais segregação como na década de 70, quando o atendimento 
era realizado em escolas especiais ou classes destinadas aos deficientes. 
 A Resolução CNE/CEB nº 2 representa um avanço na perspectiva da 
universalização do ensino e um marco na atenção à diversidade, ratificando a 
obrigatoriedade da matrícula de todos os alunos, declarando: 
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, 
cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento 
aos educandos com necessidades educacionais 
especiais, assegurando as condições necessárias para 
uma educação de qualidade para todos. 
(http://portal.mec.gov.br, último acesso 05/05/2016) 
 
 Mas, será que a LDB consegue determinar com clareza quem são os 
portadores de Necessidades Especiais - NE´s? Infelizmente, não! 
 Sugere-se então que sejam criados novos decretos capazes de atender 
a necessidade desses indivíduos, especificando claramente a deficiência e 
formando mão de obra qualificada para atender a esse público. 
 O Atendimento Educacional Especializado é aquele que identifica, 
elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as 
barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas 
necessidades específicas. As ações desenvolvidas no atendimento 
educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula, 
não sendo substitutivas à escolarização. 
Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos 
com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. (Brasil, 2008). 
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
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 Embora, a Lei ampare os portadores de necessidades especiais, a 
realidade brasileira é bem diferente do que está escrito nos documentos do 
Governo Federal. A mídia tem evidenciado com frequência um número 
crescente de indivíduos excluídos pelo sistema educacional de ensino. 
 É fato que ainda existe um longo caminho a percorrer, mas devemos 
lembrar que o objetivo a ser alcançado como uso da Tecnologia Assistiva (TA) 
é a universalização do ensino de qualidade e o bem-estar dos que dela 
necessitam. 
 
 
 
Que tal mudar o paradigma da educação, juntar toda a equipe de 
forma interdisciplinar e criar projetos pedagógicos com foco na 
Inclusão? Bom para quem inclui, ótimo para quem é incluído. 
 
 
 
Atenção: Sugere-se não colocar mais do que 3 alunos com 
necessidades educacionais por sala. Lembre-se: a professora do 
ensino regular não é necessariamente formada para lidar com 
essa situação. 
 O trabalho será realizado em parceria com um profissional especializado 
no contraturno e nas salas de Recursos Multifuncionais. 
 Sendo assim, adica é: Distribua os alunos em várias classes referentes 
ao ano em que estão alocados. 
 
VERBA DESTINADA A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS 
 
Tecnologia Assistiva 
 
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 Ao conceber espaços e recursos capazes de atender simultaneamente 
as necessidades dos deficientes, podemos dizer que a vida de muitos será 
atingida de forma positiva, resultando na autonomia e na segurança dos 
portadores de Necessidades Especiais - NE. 
 
 Você sabia que o Termo Ajudas Técnicas é sinônimo de Tecnologia 
Assistiva? 
 
 O principal objetivo da TA, como já visto anteriormente, é o de facilitar o 
acesso às pessoas portadoras de limitações, aos recursos de Ajudas Técnicas 
de qualidade, pois só assim poderão ter uma assistência eficaz. 
 
 Que tal conhecer um pouco sobre a mobilidade pessoal? 
Muitas são as variáveis capazes de resultar em um comprometimento sensório-
motor. Por exemplo: imaginem um jovem que é vítima de um Acidente Vascular 
Tecnologia Assistiva 
 
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Cerebral - AVC - e tem como sequela parte de seus movimentos 
comprometidos. 
Muito bem, a pergunta é: 
 O que você, caro(a) aluno(a), poderá fazer ou oferecer para melhorar a 
qualidade de vida desse jovem com base na TA? 
 
 Primeiro, é importante conhecer o grau de comprometimento para que 
então, possa ser oferecido um recurso específico para aquela limitação. 
Saiba: nesses casos, o Reaprender é fundamental. 
 
 O cérebro terá que trabalhar novamente e desenvolver habilidades 
antigas, como: escrever, levar o talher com alimento até a boca, fechar o zíper 
de uma blusa, e etc. 
Mas será que os resultados a esses estímulos serão sempre iguais para 
todos que sofreram um AVC, por exemplo? 
Não necessariamente! 
 Ao estimular o cérebro, visa-se uma resposta. 
 Como diria o grande Behaviorista F. B Skinner, todo estímulo elicia uma 
resposta. 
Nesse momento, vemos uma união de Psicologia com a Neurociência. 
 Ora, será necessário estimular o cérebro a gerar uma resposta que tanto 
se espera, mas muitas vezes essa resposta não virá do jeito que o paciente 
desejou. Ai entra a neuroplasticidade cerebral, que tem um papel 
importantíssimo na reabilitação do individuo. 
 Quanto mais atividades ele realizar, mais o cérebro será estimulado a 
realizar tarefas satisfatórias. 
 
“A neuroplasticidade do cérebro refere-se a sua capacidade de estabelecer 
novas conexões no córtex cerebral e, desta forma, superar efeitos de alguns 
tipos de lesão”. (SEESP, 2005, p.16) 
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
 
1) Defina aluno portador de necessidades especiais, segundo os Parâmetros 
Curriculares Nacionais da Educação Especial. 
 
2) Cite a definição de deficiência segundo a LEI 7853/89 I, Decreto 3298/99 
 
3)Segundo a Constituição Brasileira de 1988 - Capítulo II - Art. 23 que - Quem 
é responsável por cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e 
garantia das Pessoas Portadoras de Deficiências 
 
 4) O que é o FUNDEB e qual sua ligação com as escolas públicas? 
 
5) O Ministério de Educação criou e implantou, em algumas escolas públicas, 
as chamadas "Salas de Recursos Multifuncionais" (SRMF). Como é feito o 
atendimento a crianças especiais nessas salas? 
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
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UNIDADE 03 
DEFICIÊNCIA, ACESSIBILIDADE E RECURSOS 
 
DEFICIÊNCIA 
 
A deficiência foi inicialmente tratada como possessão demoníaca ou 
escolha divina de pessoas para purgação de seus pecados. À medida que a 
medicina foi avançando, a deficiência passou a ser vista como doença. Tais 
ideias marcam práticas sociais de segregação em instituições visando à 
proteção e ao cuidado do deficiente. Esse conjunto de ideias denominou-se 
Paradigma da Institucionalização (SEESP/MEC, 2005, p. 12). 
 
 Nos dias atuais, podemos dizer que existe uma segregação, ainda que 
velada no que diz respeito a aceitação de deficientes, na sociedade, família e 
escola. 
 Toda deficiência, gera uma incapacidade, seja temporária ou efetiva. 
É importante destacar que há um impacto diferenciado da palavra incapacidade 
no que tange o modelo médico, social e biopsicossocial. 
Por exemplo: 
 Na avaliação dos profissionais da área da saúde (principalmente 
médicos), a incapacidade é fruto de uma patologia, associada a um trauma ou 
decorrente de herança genética. 
 Sugere-se assistência médica com profissionais bem qualificados, 
recursos de TA, próprios para cada paciente, e muito empenho por parte da 
equipe de saúde. 
 No âmbito social, a incapacidade é vista como um problema de inclusão 
do deficiente na sociedade. Perceba que essa limitação inclusiva é comum em 
países subdesenvolvidos como o Brasil. Ainda há muita estrada a percorrer 
para que possamos ser comparados a países de primeiro mundo como EUA, 
Inglaterra, Portugal, Japão, entre outros. 
 Algumas universidades têm inserido, ao currículo pedagógico, aulas de 
inclusão teóricas e práticas. O resultado dessas aulas práticas é a confirmação 
Tecnologia Assistiva 
 
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a hipótese inicial; o fruto do despreparo na infraestrutura compromete o direito 
de ir e vir de determinada amostra populacional. 
 Vivenciar o dia-a-dia de um deficiente faz com que muitos enxerguem a 
real necessidade e lutem para que todos tenham uma qualidade de vida cada 
vez mais igualitária. 
 Mas isso não é tudo!!! 
O Impacto desse despreparo não esta só na saúde ou no âmbito social. 
Lembre-se: toda ação gera uma reação. 
 O comprometimento em algumas dessas áreas impedirá que o paciente 
com determinada deficiência tenha qualidade de vida. Sendo assim, se não 
bastasse o biológico ter sido afetado por alguma limitação, a sociedade não 
tem infraestrutura para recebê-lo, e o impacto será certeiro e atingirá na 
maioria das vezes o psicológico. Não há como desmembrar esse elo. 
 Que tal procurar a definição de Saúde segundo a OMS 
 Vou adiantar pra vocês de forma sucinta, ok !? 
 A saúde é o bem estar biológico, psicológico e social, conhecido também 
por Biopsicossocial. 
 Portanto, caro(a) aluno(a), não podemos dizer que uma pessoa é feliz ou 
saudável apenas ao olhar pra ela. Vai muito além! 
 É necessário ter um olhar observador e criar hipóteses diagnósticas para 
definir se há ou não saúde. 
 
CATEGORIAS DE DEFICIÊNCIA 
 
 Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, quando uma função 
Psicofisioanatômica é anormal, atribui-se ao indivíduo o substantivo de 
portador de deficiência. 
 Para classificar ou categorizar essas limitações, é necessário 
fragmentar a deficiência em grupos. 
 Veja a seguir: 
Tecnologia Assistiva 
 
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• Deficiência Visual; 
• Deficiência Auditiva; 
• Deficiência Motora; 
• Deficiência Mental. 
 
 
RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSITIVA EM ATIVIDADES CULTURAIS E 
ESPORTIVA 
 
 Em um passado pouco distante, deficientes como cegos não iam a 
eventos culturais por medo de enfrentarem inúmeras situações de dificuldade. 
Por exemplo: falta de sinalização no piso (piso tátil), falta de acessibilidade 
para locomoção de cadeirantes (rampas e elevadores). 
 Ora, mas e os surdos, cadeirantes, e muitos outros deficientes? Isso 
está mudando... 
 Como a meta para o segundo milênio é incluir, o governo federal em 
parceria com empresas privadas, respeitando a Constituição Brasileira, vem 
proporcionando ainda que de forma tímida e limitada, uma imersão ao mundo 
cultural a partir de recursos técnicos de ajuda. 
 Preconizar a acessibilidade aos deficientes é essencial para inseri-los a 
um mundo com novas oportunidades. 
 
 Acessibilidade é lei. 
 
Recursos obrigatórios: 
• Elevadores com Braile nos botões com indicação de andares; 
• Rampas verticais automatizadas; 
• Piso tátil para conduzir o deficiente visual / cego ao destino; 
• Banheiro adaptado para cadeirante; 
• Rota de Fuga com ventilação e fora do fluxo de circulação (Teatro, 
cinema); 
• Bilheteria Acessível,sinalizada com símbolo internacional de deficiência. 
A visão e a aproximação do cadeirante para com o vendedor, deve ser 
na posição lateral; 
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• Hotéis com banheiro adaptado para cadeirantes e ao menos um quarto 
destinado a portadores de NE; 
• Áreas Esportivas - Percurso acessível, porta com vão livre de no mínimo 
1,00 metro; 
• Arquibancada com espaços reservados para: portador de cadeira de 
rodas, portador de mobilidade reduzida e pessoa obesa. 
 
 
 Desde 2003, o Artigo 30 da Acessibilidade aos Bens Culturais 
Imóveis, tem trabalhado com o intuito de reduzir e eliminar as barreiras 
de acesso a cultura para o deficiente. 
 
 
 RECURSOS DE ACESSIBILIDADE 
 
Com o intuito de auxiliar os portadores de NE a usufruírem de uma 
qualidade de vida cada vez mais próxima da suposta vida normal, recursos são 
criados diariamente em larga escala, ou sob medida, para atender as 
necessidades dessa amostra populacional. 
 Atenção: os recursos visam melhorar a capacidade funcional do 
deficiente. 
 
 
Tecnologia Assistiva 
 
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 RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO COMPUTADOR 
 
 Com o crescente avanço da tecnologia computacional, os recursos de 
TA atingem de forma significativa o paciente, proporcionando qualidade de vida 
a partir da interação homem-máquina. 
 
 
São considerados recursos de acessibilidade ao computador: 
 
Meios de entrada de dados: teclado padrão ou alternativo, mouse, Joystick, 
ponteira de cabeça (comumente usado por tetraplégicos), monitores de toque - 
Touch Screen. 
Processamento: cérebro do recurso computacional onde os dados inseridos, 
por meio dos itens acima, serão processados para gerar respostas ao usuário. 
Saída: impressora, monitor, caixa de som. 
 
 
TELECOMUNICAÇÕES 
• Telefones com ampliação numérica de teclado; 
• Celulares com teclados multifuncionais; 
• Email - Endereço eletrônico para comunicação; 
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• Rede Mundial de Computadores – Internet; 
• Nitrous Voice - Software que controla o computador por voz (sugere-se a 
utilização desse recurso aos cegos, deficientes com limitação motora) a 
partir de um Headset (Acessório com fone e microfone). 
 
 
 
 LEITURA/ESCRITA 
• Livros customizados ou adaptados (áudio visual); 
• Computadores com leitores de fala sintetizada (aplicativo que busca 
resposta por meio sonoro). O deficiente fala e o software converte para a 
escrita o retorno à pesquisa por entrada de voz, pode ser impresso, na 
tela do computador ou por voz; 
• Máquina de escrever em Braille; 
• Impressora em Braille; 
• Microscopia ótica. 
 
O DOSVOX é um leitor de tela gratuito 
Para baixá-lo acesse: 
http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/ 
 A comunicação alternativa é uma ferramenta poderosa no 
processo de ensino aprendizagem do portador de necessidades especiais. 
 Enriquecer a educação inclusiva é uma alternativa que o professor tem 
a partir das novas Tecnologias Assistivas - TA. 
 Deve-se levar em conta que cada criança é uma criança. Embora em 
alguns casos tenham a mesma faixa etária, as respostas produzidas por cada 
uma pode ser diferentes, frente a determinados estímulos. 
 Ensinar uma criança sem deficiência pode ser considerado um trabalho 
bem mais fácil do que uma com NE. 
 Infelizmente, muitas escolas no Brasil não possuem recursos técnicos 
capazes de fazer com que o professor atinja os objetivos traçados para com 
seus alunos. 
 E agora, o que fazer? 
 
Comecemos pela inclusão. 
Tecnologia Assistiva 
 
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A inclusão é direito de todos e dever do estado. 
Mas... 
Incluir não basta! 
 Precisamos de mão de obra qualificada, professores com especialização 
na área de inclusão e material didático para diferentes tipos de necessidades 
especiais. 
Vamos a alguns exemplos? 
 Qual recurso você utilizaria em sala de aula para facilitar o ensino de 
um(a) aluno(a) com deficiência visual? 
 
Uma dica para facilitar a discriminação visual seria a de oferecer aos 
alunos imagens em tamanhos de aproximadamente 10cm x 10cm. 
Dependendo da limitação visual, sugere-se, em alguns casos, 
trabalhar com imagens texturizadas ou alto relevo. 
Lembre-se também de respeitar o nível de compreensão de cada aluno. 
 
 Com a estimulação diária, o(a) aluno(a) vai gerar cada vez mais 
respostas positivas, dentro do seu tempo. 
Conforme a resposta gerada, o professor deverá reforçar positivamente 
o comportamento do estimulado para que o aprendizado aconteça de forma 
gradativa. 
 Ampliar as imagens e o vocabulário é fundamental em todas as fases do 
desenvolvimento. 
 Quanto antes o aluno for estimulado a ampliar o seu vocabulário, maior 
será a chance de enriquecer e garantir sua comunicação com o mundo. 
 
 
A inclusão não deve ser limitada aos muros da escola. A 
família, amigos, sociedade como um todo, deverá fazer 
parte desse processo. Juntos, somos mais fortes! 
 
 
MOBILIDADE 
 
Tecnologia Assistiva 
 
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MOBILIDADE MANUAL 
 
São considerados recursos de apoio ou TA, na mobilidade manual: 
 
• Cadeiras de rodas manuais; 
• Elevadores manuais; 
• Bengalas; 
• Andadores com ou sem freio; 
• Carrinho de transporte infantil. 
 
 Cadeira de Rodas - Por apresentar graus 
diferenciados de excepcionalidade, a cadeira de rodas deverá conter recursos 
que proporcionem ao usuário, conforto, estabilidade, segurança e a correta 
distribuição do peso corporal, para não lesionar a coluna vertebral. 
 
 
 
 Cadeira de rodas para Paraplégicos Esportistas - A 
presença de recursos e equipamentos para o esporte vem crescendo nos 
últimos anos. Antes havia uma limitação, hoje vê se uma esperança. Prova 
disso são as Paraolimpíadas. 
Essas cadeiras são construídas em alumínios para dar mais leveza à 
locomoção. Devem ser fabricadas sob medida para o paciente, levando em 
conta a altura e peso. 
 
Tecnologia Assistiva 
 
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 Andador de Rodas com Freio - na maioria das vezes é utilizado 
por pessoas idosas com limitação de locomoção. Gera estabilidade, segurança 
e independência. 
 
 Bengala de Alumínio - a bengala é um recurso que tem por 
objetivo facilitar o apoio do paciente. A utilização deve ser feita sempre em X, 
ou seja, apoia-la ao lado oposto do membro inferior afetado. Por exemplo: Se a 
perna direita está comprometida, você deverá utilizar a bengala na mão 
esquerda. Talvez você esteja se perguntando: por que bengala é de alumínio e 
não de madeira? A resposta é simples, por conta da higienização. Higieniza-se 
diariamente a bengala de alumínio com álcool e a de madeira não. Sendo 
assim, os riscos de contaminação em caso de pacientes pós-cirúrgico torna-se 
infinitamente maior na madeira. 
 
 
 
MOBILIDADE ELÉTRICA 
 
• Cadeira de rodas motorizada; 
• Ajudas elétricas de transferência; 
• Interfaces de controle para cadeira de rodas; 
• Braços robotizados para cadeira de rodas; 
• Rampa/transportadores verticais. 
 
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 Rampa automatizada ou transportadores verticais - é lei o direito 
de ir e vir. Essa rampa facilita a locomoção do cadeirante em subidas e 
descidas. É necessário ter a rampa automatizada em locais onde não há rampa 
de acesso tradicional ou elevadores. 
 
ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA 
 
• Ajudas para acessibilidade interior e exterior; 
• Adaptações de casas. 
 
 A construção civil é uma das grandes aliadas do deficiente, no que diz 
respeito à acessibilidade arquitetônica. 
 Profissionais da área de engenharia e arquitetura criam projetos para 
facilitar a mobilidade das pessoas. 
 Geralmente, são procurados por familiares, escolas e até mesmo por 
instituições públicas, para adaptar determinados ambientes ao portador de 
Necessidades Especiais - NE. 
 Por exemplo: adaptar banheiros em shopping centers para cadeirantes. 
Ele terá um tamanho maior para que o NE entre com a cadeira de rodas. Seránecessário pensar nos itens de segurança, como alça de apoio das mãos, 
lavabo com encaixe da cadeira de rodas padrão, secador de mãos ou 
papeleiras mais baixas. 
 Esses profissionais também são contratados para readaptar a estrutura 
das residências. Ou seja, criarão projetos que vão desde a compra de 
mobiliários adequados para cada tipo de deficiência, até obras estruturais como 
ampliação de portas, rampas internas, visando sempre a comodidade e a 
redução de barreiras na hora da locomoção. 
 
 
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 Muito se tem dito a respeito da acessibilidade arquitetônica, no entanto, 
é importante destacar que em estabelecimentos públicos a Lei se faz presente. 
 É fato que ainda temos muito a melhorar nesse quesito, mas nos últimos 
anos, os próprios portadores de necessidades especiais tem se conscientizado 
de seus direitos e cobrado acessibilidade, com o intuito de facilitar o seu direito 
de ir e vir nos ambientes públicos. 
 Infelizmente, muitos passeios públicos encontram-se em desníveis, 
dificultando a vida de pessoas sem limitações. Agora, imagine a dificuldade de 
locomoção dos portadores de NE. 
 Portanto, entenda que a área da arquitetura e engenharia vai muito além 
do que construir prédios e casas. É necessário adapta-los também! 
 
Exemplo de Acessibilidade arquitetônica: 
• Piso tátil de alerta a cegos e deficientes visuais; 
• Rebaixamento de calçadas com rampa de acesso; 
• Sinaleiro (farol) sonoro; 
• Portas e aberturas adaptadas com o símbolo internacional de acesso ao 
cadeirante; 
• Elevadores em Braille; 
• Plataformas Elevatórias com percurso vertical ou inclinado (muito 
utilizado por cadeirantes); 
• Esteira e Escada Rolante; 
• Estacionamentos para Deficientes Cadeirantes (vagas amplas); 
• Vagas reservadas para demais deficiências; 
• Rampas de Acesso; 
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• Lavatório de cozinha e banheiro ajustável à altura do deficiente; 
• Bacias de sanitários acessíveis; 
• Mictório com área de aproximação frontal; 
• Faixa de acesso desprovida de obstáculos (preferencialmente para 
cegos); 
• Corrimão contínuo. 
 
TRANSPORTES PRIVADOS 
 
• Controles especiais para condução; 
• Assentos especiais; 
• Rampas e plataformas. 
 
ADAPTAÇÕES EM VEÍCULOS 
 
 Com base na igualdade dos direitos humanos, a Lei permite ao 
deficiente a isenção de determinadas taxas na compra de um veículo especial. 
É fato que a burocracia para alcançar esse benefício é grande, mas tem 
mudado a qualidade de vida de muitos. 
 
Portadores de necessidades especiais - PNE - podem adquirir seu 
veículo adaptado com isenção do IPI, IPVA, gerando um desconto de 
aproximadamente 30% do valor total e a desobrigação de participar do rodízio 
veicular de sua cidade. 
 
 Não são todas as patologias que permitem acesso a este benefício. 
Vamos conhecer algumas: 
• Amputação de membros inferiores ou superiores; 
• AVC - Acidente Vascular Cerebral com sequelas físicas; 
• Mastectomia decorrente de um câncer com retirada total das mamas; 
• Paraplegia; 
• Tetraplegia. 
 
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• Cirurgias que resultem apenas em deformidades estéticas, não 
garantem o benefício. 
 
 Alguns veículos tem seu modelo padrão adaptado com rampas para 
cadeirantes, controle de embreagem, acelerador e freio nas mãos, volante com 
alça de encaixe para as mãos, alavanca de freio e aceleração, controles 
alternativos e muito mais. 
 
 
 
 
 TRANSPORTES PÚBLICOS- COLETIVOS 
 
• Adaptação de veículos públicos; 
• Rampas e plataformas; 
• Elevadores. 
 
 Já nos transportes públicos, podemos citar com TA, elevadores para 
embarque e desembarque dos cadeirantes, espaços demarcados, cintos de 
segurança, entre outras peculiaridades. 
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ACESSIBILIDADE EM TRANSPORTES COLETIVOS 
 
Como visto anteriormente, a todos é dado o direito de ir e vir, 
independente de cor, raça, credo religioso ou deficiência. 
 É destinado um percentual de bancos/espaços para alocação de 
deficientes. 
 Todos os transportes coletivos deverão atender às exigências de 
acessibilidade. 
 
TRANSPORTE COLETIVO METROFERROVIARIO 
 
 
 
 
TRANSPORTE COLETIVO FERROVIARIO 
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TRANPORTE COLETIVO AÉREO 
 
 
Cadeira Aisle é utilizada nos aeroportos e aviões com o objetivo de levar o 
cadeirante até a aeronave. Por ser menor que a cadeira tradicional, o 
deslocamento nos corredores dos aviões acontece de maneira tranquila. 
Esse recurso técnico serve apenas para levar o cadeirante até o assento oficial 
do avião. Utilizada no embarque e desembarque, apenas. 
 
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DEFICIÊNCIA 
 
DEFICIÊNCIA VISUAL - CEGUEIRA 
 
 Decorrente de causas hereditárias ou genéticas, a deficiência visual é 
sinônima de uma situação irreversível na diminuição da reposta visual, 
podendo ser apresentada de forma leve, moderada ou severa. 
 
O indivíduo com baixa visão ou visão subnormal é aquele que 
apresenta diminuição das suas respostas visuais, mesmo após 
tratamento e correção óptica convencional, e uma acuidade visual 
menor que 6/18 à percepção de luz, um campo visual menor que 10 
graus do seu ponto de fixação. É aquele que usa ou é potencialmente 
capaz de usar a visão para o planejamento e/ou execução de uma 
tarefa(Saberes e Práticas da Inclusão – Deficiência Visual, 
WWW.MEC/SEESP, 2004, p. 11, acesso em 05/05/2016). 
 
 
Algumas crianças nascem com patologias oculares, já outras desenvolvem no 
decorrer da vida. 
 
AS PATOLOGIAS OCULARES QUE MAIS ACOMETEM AS CRIANÇAS SÃO: 
 
 
• Toxoplasmose Ocular Congênita; 
• Glaucoma Congênito; 
• Anomalias da Retina; 
• Albinismo; 
• Altas Miopias; 
• Conjuntivite Gonocócica; 
• Neurite Óptica. 
 
 Veja, nesses casos, será necessário recorrer a Tecnologia Assistiva 
(TA), como ferramenta capaz de facilitar o desenvolvimento do indivíduo, 
independente do lugar onde esteja inserido. 
 No caso da criança chegar à escola com uma dessas patologias, o 
professor deverá fazer um trabalho diferenciado, utilizando-se dos mais 
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diversos recursos para que seus objetivos iniciais sejam alcançados com 
sucesso. 
 É papel do professor, realizar a sondagem ao menos duas vezes ao ano. 
Essa sondagem tem por objetivo investigar sinais característicos da presença 
de deficiência visual na criança. 
 Desde os primeiros meses de vida, com a criança ainda no berçário, é 
possível fazer essa investigação. 
 Eis alguns critérios de avaliação para criar uma hipótese diagnóstica de 
possível comprometimento ocular; 
• Desviar os olhos com frequência enquanto você conversa com a criança; 
• Ao movimentar um objeto com som e outro sem, verifique se há um 
seguimento visual do objeto apenas quando o som é emitido; 
• Dificuldades em reconhecer pessoas do convívio diário (pai, mãe, avó, 
professor (a)); 
• Falta de atenção durante a aula; 
• Dores de cabeça constantes. 
 
OBS: algumas crianças com baixa visão podem ter movimentos rápidos nos 
olhos, de um lado para o outro. Esses movimentos são chamados de 
“nistagmo”, que quase sempre é um problema de ordem neurológica e indica 
que o seu portador deve ter também desordens no sistema visual. 
 
 Sugere-se visita semestral ao Oftalmologista com avaliação do 
educando, pois em caso de confirmação patológica, quanto mais cedo começar 
o tratamento, maior as chances de preservar a visão. 
 
 
RECURSOS PARA CEGOS E PORTADORES DE BAIXA VISÃO 
 
São exemplos de TA na área de cegueira e deficiência visual: 
 
a) Programas de computador com ampliadores de tela 
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O software de ampliação faz a função da lupa de leitura. Visa responder a 
necessidade do usuário com baixa visão, o que equivale a perda de 20% da 
visão normal. 
 
 
b) Lentes e Lupasampliadoras de fontes (manual ou eletrônica) 
As lupas ou lentes de ampliação tem a finalidade de ampliar a fonte da escrita, 
seja no computador ou em fontes impressas (livros, revistas, jornais...). 
 
 
c) Material Alto Relevo - Textura Táteis - (exemplo de utilização: aula de artes) 
-Reconhecimento de Obra. 
O material em alto relevo desenvolve, no cego, a percepção de mundo. Já 
existem impressoras capazes de reproduzir imagens, rostos, objetos em alto 
relevo para que o deficiente faça a leitura com a ponta dos dedos. 
 
 
 
d) Software /aplicativo de reconhecimento de voz e busca de conteúdo com 
retorno audível . 
Existem inúmeros aplicativos com reconhecimento de voz na internet. Funciona 
como recurso de captação de dados. A voz é processada e convertida em 
informação. Essa informação retorna ao usuário pelos periféricos de saída, que 
podem ser: voz (caixa de som) ou impressão em Braille. 
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e) Máquina de escrever em Braille 
Um dos principais recursos de auxílio ao deficiente visual avança com as novas 
tecnologias da informação e comunicação. Já é possível encontrar no mercado, 
máquinas em Braille que permita ao usuário durante a escrita (digitação), ter o 
retorno impresso e em áudio. É uma ferramenta fantástica para pessoas que 
querem aprender o Braille de forma mais leve. 
 
 
 
f) Bola Sonora 
 Adotar o princípio de educação inclusiva é não limitar o deficiente a sua 
condição física. A bola sonora é um recurso técnico utilizado no esporte por 
cegos. Como o sentido da visão não existe, é necessário que a bola emita sons 
para que os jogadores tenham senso de direção na hora da partida. 
 
 
g) Bengala virtual (com sensor para identificar obstáculos) 
A bengala virtual é um recurso relativamente novo no mercado brasileiro. Tem 
um sensor na ponta que identifica com alerta sonoro para os perigos dos 
obstáculos. 
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h) Acessibilidade na sinalização - piso tátil 
Desenvolvido para orientar pessoas com deficiência visual, o piso tátil é 
formado por placas com superfície em alto relevo. É comum ver esse tipo de 
recurso em locais públicos. Vale lembrar que existem dois tipos de pisos táteis; 
um que demarca a direção e outro com superfícies redondas, similar a moedas, 
que indicam a mudança de direção no trajeto. Utilizado na maioria das vezes 
em ambientes internos como: bancos, shopping centers, escolas, 
universidades, entre outros. 
 
 
 
 
SURDEZ E DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
 
Oi? 
Como? 
Não entendi. 
O quê? 
Pode Repetir? 
 
 Ao aparecer os primeiros sinais de perda da audição, recomenda-se 
procurar um especialista para ver se é uma lesão reversível ou irreversível. 
 Quando não captamos direito o som, o cérebro não é capaz de 
processar claramente a informação que lhe foi enviada pelo canal auditivo, 
resultando assim na falha de comunicação entre o emissor e o receptor. 
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A audiometria é um teste fonológico que aponta o grau da 
deficiência. 
 
 A audiometria pode e dever ser feita em todas as idades, pelo menos 
uma vez ao ano. 
 Acredite! Muitas crianças são rotuladas na escola como indisciplinadas, 
bagunceiras, ativas demais, por seu comportamento. Estudos apontam que 
crianças com deficiência auditiva ainda não diagnosticada chegam à escola 
com dificuldade no processo de aprendizagem, pelo simples fato de não 
entenderem bem o que o professor (a) fala. 
 Muitas são as variáveis que levam à perda parcial ou definitiva da 
audição, que vai desde um simples acúmulo de cera no ouvido até uma 
perfuração timpânica. 
 No caso mais simples, o médico devera tirar cera com instrumentos de 
pincelamento no próprio consultório. 
 Casos mais graves, como infecção recorrente com comprometimento na 
audição, devem ser investigados. 
 Já para a perfuração timpânica, a indicação é cirúrgica. 
 Somente após a análise do médico especialista é que será 
recomendado o aparelho auditivo ou não. 
 
AUXÍLIOS PARA SURDOS E DEFICIENTES AUDITIVOS 
 
 A sociedade tem demonstrado grande interesse em conhecer os 
diferentes tipos de recursos de TA disponíveis no mercado nacional e 
internacional, voltado para deficientes auditivos. 
 O avanço da tecnologia nessa área não para de crescer, e por isso tem 
despertado o interesse de empresários e governantes. 
 
a) Aparelho Auditivo - pequenos, sem fio, auxiliam o deficiente no resgate da 
audição, proporcionando qualidade de vida e melhor convívio social. Por conta 
da procura crescente a esse recurso, empresas vêm aprimorando suas 
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tecnologias. Já existem aparelhos com alta performance, que permitem ouvir 
músicas com acesso ao seu play-list preferido na internet; 
 
 
b) Implante Coclear 
Alguns pacientes não demonstram resultados na utilização dos aparelhos 
auditivos e migram para o implante do dispositivo coclear. 
 
 
c) Closed Caption 
O closed caption é um recurso usado principalmente por surdos que saibam 
fazer a leitura de determinado idioma, exceto libras. Durante um programa ou 
propaganda televisiva, o texto que aparece na parte inferior da tela da televisão 
quase que juntamente à fala audível. 
É importante destacar que alguns programas ainda não apresentam esse 
recurso de legenda. 
 
 
 
d) Tradutor de Linguagem 
O Tradutor de linguagem converte a escrita em Língua Brasileira de Sinais - 
LIBRAS e vice versa. 
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DEFICIENCIA FÍSICA 
 
PARALISIA CEREBRAL 
 
 Também conhecida como Encefalopatologia, é uma lesão que acomete 
o cérebro. 
A condição física requer cuidados especiais principalmente nos 
primeiros anos de vida da criança. 
 A paralisia cerebral ocorre quando parte do cérebro, ainda em 
desenvolvimento, sofre um agravo a ponto de fugir dos padrões de 
normalidade. 
 O impacto a esses danos são vistos claramente no desenvolvimento 
psico/motor da criança. 
É muito comum crianças com paralisia cerebral apresentarem alterações 
no tônus muscular, coordenação motora, resistência cardiorrespiratória... 
 Infelizmente, essa lesão não gera impactos só no corpo, mas no 
cognitivo, comprometendo assim a determinados sentidos como: fala, audição 
e visão. 
 A paralisia cerebral, aqui citada, foi apenas um exemplo de agravo à 
saúde no quesito Biocognitivo. 
São muitas as patologias capazes de limitar o movimento. Por exemplo: 
O AVC - Acidente Vascular Cerebral -, na maioria das vezes deixa sequelas. 
São elas: 
 
 • Monoplegia: quando apenas um membro do corpo é comprometido. 
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• Hemiplegia: apenas um lado do corpo é acometido. (direito ou esquerdo). 
• Diplegia: os membros superiores apresentam melhor função do que os 
membros inferiores; 
• Quadriplegia: os quatro membros estão igualmente comprometidos. 
 
 Estimular o desenvolvimento sensorial é um dos primeiros passos para 
os que sofrem ou sofreram lesões em determinado lobo cerebral com sequelas 
parciais. 
 Os cinco sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato) deverão ser 
trabalhados por meio de atividades direcionadas por uma equipe 
multidisciplinar em parceria com a família. 
 
 Pacientes que nasceram com sequelas de uma lesão no 
cérebro vão aprender por meio dos recursos de ajuda, já os que 
sofreram alguma lesão decorrente de um AVC - Acidente 
Vascular Cerebral -, por exemplo, vão reaprender dentro de suas 
 possibilidades. 
 
Você já ouviu falar em AVD? 
AVD é uma sigla representada no meio da inclusão de portadores de 
deficiência, como Atividade de Vida Diária. 
Geralmente, lesões no cérebro resultam no comprometimento da 
coordenação motora e pressão manual. 
A Atividades de Vida Diária visa adaptar os objetos do cotidiano para 
que seja manuseado por esses pacientes de forma satisfatória. 
Todos poderãousar esses recursos? 
Não! 
No caso do quadriplégico, os quatro membros estão igualmente 
comprometidos, sendo assim, os recursos serão mais limitados. 
 
 Agora, vocês irão conhecer alguns Recursos Técnicos que serão de suma 
importância no estímulo - resposta dos pacientes com mobilidade reduzida. 
 
RECURSOS TÉCNICOS 
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a) Alimentação 
• Talheres Especiais ou Talheres Modificados - A base serve para fixar a 
mão daqueles que não tem tanta mobilidade ou força para segurar o 
talher. 
 
 
• Anteparos ou contentor de Alimentos - Facilita muito na hora de tomar 
sopa ou mesmo alimentos pastosos. O Anteparo funciona como aste 
para fazer a contenção do alimento. 
 
 
b) Vestuário 
 
• Argola para Zíper - Muito usado para pessoas que tiveram Acidente 
Vascular Cerebral e automaticamente a força de um dos lados do corpo 
reduzida. 
 
 
 
 
c) Escolar 
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• Adaptadores de Preensão: muito utilizado no ambiente escolar, facilita o 
aluno com dificuldade motora a segurar objetivos com espessura fina. 
 Simples, fácil de criar, os adaptadores podem ser engrossados com 
 borracha, manopla de guidão de bicicleta, massa de biscuit e muito 
 mais. 
 
 
• Régua Adaptada - Pode ser customizada. Basta colar um pino cilíndrico 
de madeira ou acrílico no meio da régua. Isso vai facilitar o pincelamento 
ou preensão das mãos do aluno na hora de manuseá-la. 
 
• Tesoura Mola - É possível encontrar a tesoura de mola em alguns 
estabelecimentos voltados para a inclusão. Caso opte por adaptá-la, é 
simples. Você precisará de uma mola pequena e um pedaço de cabo de 
aço. A mola irá embaixo do parafuso em X, mas, se preferir, cole o 
pedaço do cabo de aço conforme apresentado na figura abaixo e ele se 
encarregara de fazer a força propulsora externa. 
 
 
• Aranha mola para fixação de caneta - promove a preensão dos dedos, 
facilitando na hora da escrita. 
 
 
 
 
 
 
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• .Engrossadeira de Lápis - facilita a preensão palmar, além de auxiliar na 
coordenação motora fina. 
 
 
• Virador de páginas por acionadores 
 
 
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DEFICIENCIA MENTAL (INTELECTUAL) 
 
 Segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do 
Desenvolvimento – AAIDD -, deficiência refere-se ao funcionamento intelectual 
do indivíduo, inferior a média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo 
menos duas áreas de habilidades (comunicação; autocuidado; vida no lar; 
adaptação social; saúde e segurança; uso de recursos da comunidade, que 
ocorrem antes dos 18 anos de idade). 
 
Você pode ver um exemplo de documentação on-line acessando 
www.apaesp.org.br/SobreADeficienciaIntelectual/Pagina/O-que-
e,aspx acessado em: 23/05/2016 
 
 
 Enganam-se aqueles que pensam que a deficiência mental, é resultante 
apenas de fatores biológicos. 
 A deficiência mental é uma condição sociologicamente 
determinada, a qual descreve as relações entre as capacidades do 
indivíduo e as demandas e expectativas de seu ambiente. Não se 
obterá sucesso na prevenção se nos restringirmos unicamente aos 
fatores biológicos envolvidos. É preciso, também, abandonar a idéia 
de que a prevenção só pode ocorrer antes do nascimento: a 
prevenção deve ser estabelecida durante toda a vida, pois sempre há 
algo a ser feito. (EMMEL, 2002, p. 146) 
 
 Com o avanço das pesquisas científicas e dos recursos tecnológicos, 
evidenciou-se que outros fatores poderiam resultar no comprometimento 
intelectual do indivíduo. 
 É importante considerar fatores ambientais, por exemplo, a propagação 
do Zika vírus pelo transmissor Aedes Aegipt. 
 Estudos apontam que o Zika Vírus tem relação com o aumento de casos 
de bebês com microcefalia. 
 A picada do inseto durante a gestação causa uma lesão neural 
permanente. 
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 O que a ciência busca como resposta é o motivo de algumas mães 
terem sido picadas e o recém-nascido não apresentar nenhum 
comprometimento neurológico. 
 Como dito anteriormente, são muitas as variáveis que podem acarretar 
na deficiência mental ou intelectual. 
 Um critério de avaliação importante para detectar a deficiência 
intelectual é verificar se o indivíduo, quando comparado aos demais dentro de 
uma mesma faixa etária, apresenta uma limitação cognitiva e 
comprometimento no relacionamento interpessoal. Os indicadores de alteração 
comportamental manifestam-se antes dos 18 anos de idade. 
 
FATORES QUE PODEM DESENCADEAR A DEFICIÊNCIA MENTAL 
 
 
• Causas Pré-natais - alterações cromossômicas; desnutrição materna; 
má assistência à gestante; doenças infecciosas como: sífilis, rubéola, 
toxoplasmose; problemas toxicológicos como: alcoolismo, consumo de 
drogas, efeitos colaterais de medicamentos, poluição ambiental e 
tabagismo. 
 
• Perinatais - Hipóxia (oxigenação cerebral insuficiente), prematuridade e 
baixo ganho de peso. 
 
• Pós-Natais - Meningoencefalites, sarampo, exógenas (envenenamento): 
remédios, inseticidas, produtos químicos (chumbo, mercúrio, etc.); 
acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas, etc.; 
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Você sabia que: existem várias crianças nas quais o 
diagnóstico não encontra “uma causa” para essa deficiência 
Com base no Código Internacional de Doença - CID-10, a 
esses casos, a classificação de orientação internacional é 
“retardo mental sem causa específica”. 
 
 
DEFICIÊNCIA MENTAL E A ESCOLA 
 
 As metas traçadas para o século XXI, no ambiente escolar, aos 
portadores de deficiência mental são: conhecer e aplicar novos recursos de 
apoio, apresentar oportunidades, desenvolver habilidades psicomotoras, 
ampliar a interação pessoal, proporcionar qualidade de vida e muito mais. 
 Não importa se o deficiente está em casa ou nos bancos da escola, é 
preciso entender que há uma limitação e que o paciente não deverá ser 
cobrado como outro supostamente considerado psiquicamente saudável dentro 
dos padrões de normalidade. 
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 Estímulos deverão ser aplicados diariamente com o intuito de produzir a 
resposta desejada, mas lembre-se de respeitar o ritmo de aprendizagem de 
cada um. 
 
 
 
 
 
Acreditar no potencial da pessoa com deficiência é aplicar sobre ela o Reforço 
Positivo. 
 
 Ao elogiar uma resposta produzida, frente a um estímulo eliciado, 
o indivíduo que a produziu tende a se sentir compensado. A isso, chamamos 
Reforço Positivo. Aplicado corretamente, a probabilidade de produção das 
respostas desejadas cresce. 
 
A maioria dos comportamentos motivados levam à aprendizagem. As 
motivações levam à repetição das ações em que os resultados foram 
satisfatórios, ela é, portanto, importante para a aprendizagem em 
geral, a liberação de dopamina em certas regiões cerebrais está 
relaciona a tipos de recompensa que levam à aprendizagem. 
(COSENZA E GUERRA, 2011, p.81) 
 
Ressaltamos que idade cronológica não andará de mãos dadas com a 
idade mental, por isso, nada de fazer comparações, ok?! 
 O fato de o deficiente intelectual apresentar limitações cognitivas não 
significa que você deverá trata-lo como criança ou super protegê-lo. 
 O risco de infantiliza-lo ainda mais crescerá, se o fizer dessa forma. 
 Recomenda-se conversar olhando nos olhos, optar sempre pela 
linguagem, estimular a comunicação, favorecer processos que o permitam 
desenvolver relacionamentos interpessoais. 
 
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• Acredite nas possibilidades; 
• Crie Vínculos; 
• Aplique o Reforço Positivo – RP; 
• Estabeleça contato Visual; 
• Crie Projetos Pedagógicos; 
• Utilize Recursos de Ajudas Técnicas - Tecnologia Assistiva; 
• Desenvolva a Autonomia;

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