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Módulo 3 - O avaliador

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1
Avaliadores de
Artigo Científico
O avaliador3
2
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2021
SAIS - Área 2-A -70610-900 - Brasília, DF
Conteudista:
Claudio Paixão Anastácio de Paula (conteudista, 2021); 
Eliane Pawlowski de Oliveira Araújo (conteudista, 2021); 
Fernanda Oliveto (conteudista, 2021); 
Keila Rêgo Mendes (conteudista, 2021); 
Diretoria de Desenvolvimento Profissional.
3
Sumário
Unidade 1: O que é preciso para ser um avaliador de artigo científico? .........................4
1.1 Por que ser avaliador? ................................................................................................................................... 4
1.2 Competências necessárias ao perfil do avaliador ................................................................................ 8
1.3 Requisitos para uma avaliação de qualidade .......................................................................................10
Referências .............................................................................................................................................................14
Unidade 2: A ética no processo editorial ............................................................................. 16
2.1 Aspectos éticos..............................................................................................................................................16
Referências .............................................................................................................................................................21
4
1.1 Por que ser avaliador?
O papel do avaliador é tão estratégico no processo editorial que, sem sua participação, o atual sistema 
de publicações corre o risco de colapsar. Essa observação é importante, pois o número de periódicos 
científicos tem crescido nos últimos anos e depende do trabalho voluntário de pesquisadores para avaliarem 
os manuscritos. Um panorama desse cenário pode ser visto na pesquisa sobre revisão por pares feita 
pelo Publons, principal plataforma de revisão acadêmica, publicada em 2018, que ouviu mais de 11 mil 
pesquisadores de vários países. Segundo a pesquisa, os editores estão enviando mais convites para avaliação 
do que há cinco anos e foi detectada a existência de uma “fadiga crescente de pareceristas”, de modo que os 
editores precisam convidar mais avaliadores para que cada revisão seja realizada (SPINAK, 2019).
Resultado da pesquisa realizada pelo Publons:
Unidade 1: O que é preciso para ser um avaliador de 
artigo científico?
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer o perfil de avaliador de artigo científico, identificando as 
vantagens pessoais e profissionais que a função traz e as competências necessárias para desempenhar a função.
Neste módulo, serão apresentadas para você as vantagens de ser avaliador e as competências necessárias 
ao perfil, além de reconhecer aspectos éticos para agir em situações de conflito.
O módulo 3 está estruturado da seguinte forma:
O avaliador
M
Ó
D
U
LO
3
• Unidade 1 – O que é preciso para ser um avaliador de artigo científico?
• Unidade 2 – A ética no processo editorial
• Horas dedicadas à avaliação global por ano – 68,5 milhões. 
• Mediana do tempo de avaliação – 16,4 dias.
• Mediana do tempo dedicado a escrever cada avaliação – 5 horas.
• 10% dos pareceristas são responsáveis por 50% das avaliações.
• Para 75% dos editores de periódicos a parte mais difícil é encontrar pareceristas dispostos.
• 42% dos pesquisadores rejeitam a solicitação de avaliação por estarem muito ocupados.
• 39% dos pareceristas nunca receberam capacitação sobre avaliação por pares.
5
É o avaliador quem auxilia os editores a decidirem se publicam, ou não, o manuscrito e assegura que 
os melhores trabalhos sejam publicados, contribuindo para a qualidade do produto final que é a sua 
disponibilização dentro de uma publicação científica para acesso pela sociedade. Sua função, conforme 
destaca Rodrigues, Quartiero e Neubert (2015), implica o julgamento de um manuscrito e elaboração de 
um parecer sobre ele, que traduz a recomendação de aceitação ou rejeição do material baseada em uma 
argumentação fundamentada, a qual constitui o referencial para subsidiar a tomada de decisão do editor.
A presença do avaliador no processo editorial indica que houve uma avaliação crítica dos manuscritos 
submetidos ao periódico, feita por um especialista, e pressupõe que foram observados princípios de 
idoneidade na seleção e publicação do material. De acordo com Vasconcellos (2017), o avaliador possui 
duas funções primordiais no processo editorial:
O processo de avaliação realizado por pares, no qual se insere o trabalho do avaliador, em geral, é bem-visto 
pela comunidade acadêmica. Helena Shigaki e Roberto Patrus, ao relatarem duas pesquisas realizadas 
sobre esse tema, verificaram que essa modalidade é avaliada positivamente pela maioria dos pesquisadores:
Os autores, entretanto, ao analisarem a literatura da área, verificaram também a existência de argumentos 
contrários à revisão por pares, o que demonstra que o exercício dessa atividade precisa passar por 
constantes reflexões e discussões visando seu aprimoramento. Entre esses argumentos estão: tempo e 
atraso na publicação, abuso de poder, parcialidade, subjetividade, preconceito, julgamentos inadequados 
ou inconsistentes, competição, desprezo e falta de sigilo.
Saiba mais:
Acesse outras análises relativas a essa pesquisa, trazidas por Ernesto Spinak, 
clicando aqui.
• é responsável por auxiliar o editor na avaliação e seleção dos manuscritos submetidos ao periódico 
(gatekeeping role); e
• auxilia o autor a melhorar seu trabalho por meio de críticas construtivas.
Em uma pesquisa realizada por Ware (2008), com 3.040 entrevistados, constatou-se que 
93% concordam que a revisão por pares seja necessária, 85% concordam que ela ajuda a 
melhorar a comunicação científica e, ainda, 83% acreditam que, sem a revisão por pares, não 
haveria controle. Em outro estudo, realizado por Mulligan, Hall e Raphael (2013), com 4.037 
entrevistados, 69% diziam estar satisfeitos com o atual sistema e 94% concordam que a 
crescente melhoria da qualidade dos artigos publicados se deve ao processo de revisão por 
pares. (SHIGAKI, PATRUS, 2016, p.110-111)
https://blog.scielo.org/blog/2019/02/05/de-pareceristas-estrela-a-pareceristas-fantasmas-parte-i/
6
Saiba mais:
Você sabia? Uma iniciativa que pode minimizar alguns dos aspectos negativos da 
avaliação de artigos científicos pode ser vista na utilização do Publons. De acesso 
gratuito, a plataforma foi criada para registrar a contribuição dos avaliadores 
encorajando-os a postar online suas experiências. Segundo Andrew Preston, um 
dos seus criadores, a revisão por pares é um trabalho especializado que é descartado 
logo após a publicação do artigo. A finalidade do Publons, portanto, é reunir e 
armazenar esse conteúdo, promovendo discussões, evitando o “desperdício” de 
ideias, sugestões e comentários feitos no processo de avaliação. Dessa forma, a 
revisão por pares poderia ser vista como uma espécie de produção científica, assim 
como as publicações e citações. (NASSI-CALÒ, 2015)
O sistema de avaliação por pares será visto mais adiante, quando você reconhecer os tipos de avaliação e 
compreender, em detalhes, o processo avaliativo. Importante destacar, por ora, que essa modalidade não 
é exclusiva dos processos editoriais científicos. Como menciona Vasconcellos (2017):
[…] o controle por pares é um mecanismo de avaliação de trabalhos científicos utilizado em 
diversos meios, não só em periódicos científicos, mas também nos próprios programas de 
pós-graduação (bancas de mestrado, doutorado, etc.) e em análises para concessões de 
financiamentos por órgãos de fomento, por exemplo. Trata-se de “um processo baseado na 
premissa de que os revisores são indivíduos competentes na área do artigo que avaliam, que 
são independentes,objetivos e que dedicam seu melhor esforço à avaliação”. Ou seja, parte-
se da ideia de que os pares (especialistas na mesma área) dos próprios autores dos artigos 
têm competências científicas e técnicas para analisar criticamente os elementos formais 
e substanciais das pesquisas que se pretende divulgar ao meio acadêmico e à sociedade. 
Assim, assegura-se à publicação um “selo de certificação, sinalizando que o trabalho foi 
escrutinado pelos pares”. (VASCONCELLOS, 2017, p. 439)
A importância dos avaliadores no processo de publicação de artigos científicos pode ser vista também por 
desencadear a criação de um círculo virtuoso: quando se tem um alto crivo de qualidade pelos avaliadores 
na seleção dos manuscritos, a qualidade dos artigos publicados se torna alta, o que faz com que o periódico 
também reflita essa qualidade e atraia o interesse de bons pesquisadores para a publicação de seus achados 
de pesquisa naquela revista. 
Um gargalo que existe nesse círculo é que a relevante atividade exercida pelo avaliador no processo editorial 
de um periódico científico tem caráter voluntário, não havendo recebimento de pró-labore ou outro tipo de 
remuneração pelo seu exercício. Esse fator gera uma série de consequências no processo editorial, já que 
esse irá depender da predisposição do pesquisador em assumir tal encargo. Há de se destacar, todavia, a 
existência de outros aspectos que são responsáveis por motivar um pesquisador a assumir essa função, 
que não seja uma retribuição financeira.
7
Diante desse cenário, é comum pensar: mas o que o avaliador ganha com essa função?
A motivação para atuar como avaliador pode vir de diferentes situações. Há fatores ligados ao 
currículo, já que os editores certificam a participação do pesquisador na atividade, o que pode 
corresponder a algumas linhas a serem inseridas no currículo Lattes. Há o aspecto do prestígio 
que isso traz ao jovem pesquisador ao ter essa atividade constando no rol das suas realizações 
acadêmicas. Também pode haver algo relacionado à satisfação de cunho pessoal ou algum 
aspecto subjetivo particular de cada indivíduo.
É possível, ainda, observar a existência de outros 
motivos para que o pesquisador assuma essa 
tarefa. Vasconcellos (2017, p. 441), por exemplo, 
cita quatro razões para que uma pessoa atue como 
avaliador de periódicos científicos: “fazer a sua 
parte na comunidade acadêmica”, “apreciar ajudar 
no aprimoramento dos artigos”, “gostar de ter 
contato com os estudos antes de sua publicação” 
(ou seja, conhecer o que está sendo produzido 
nas pesquisas de ponta antes da divulgação 
ampla) e “retribuir as avaliações feitas por outros 
pareceristas aos próprios trabalhos”.
Esse sentimento de retribuição é um aspecto 
relevante nessa atividade que tem demandado 
cada vez mais novos pesquisadores em função 
do grande volume de publicações. Conforme 
mencionado por Nassi-Calò (2015), a motivação 
imposta pela cultura “publish or perish” da ciência 
tem contribuído para o expressivo aumento do 
número de artigos: “o periódico de acesso aberto 
PLoS ONE, por exemplo, publicou mais de 105 mil 
artigos desde 2006, e o publisher Frontiers, mais 
de 20 mil desde 2007. Se cada artigo for avaliado 
por dois pareceristas, isso representa mais de 250 
mil pareceristas apenas para esses publishers.” 
(NASSI-CALÒ, 2015). 
Também Silva (2018), ao elencar aspectos 
motivadores para o trabalho como avaliador, 
menciona a reciprocidade como fator motivador. 
Para esse autor, quando o serviço é orientado pela 
reciprocidade, a participação dos avaliadores pode 
desempenhar um papel de autorrealização. Nesse 
aspecto das recompensas individuais – e não 
institucionais como as que foram apresentadas até 
agora – outras motivações podem ser elencadas, 
pois o processo de avaliação possibilita ao avaliador 
desenvolver suas próprias habilidades como 
pesquisador e autor ao avaliar trabalhos científicos 
de terceiros, assim como ganhar experiência na 
atividade ao desenvolver conhecimento técnico 
sobre o processo se tornando um sujeito mais 
capacitado. Esse último perpassa a habilidade 
de poder aprimorar seu próprio trabalho pelo 
aguçamento do seu senso crítico.
Conforme mencionam Deslandes e Silva (2013), a avaliação de um artigo científico, devido à sua 
característica da revisão realizada por pares:
se aproxima do que a vertente antropológica maussiana1 denomina de dom ritual, um sistema 
de trocas que se alicerça na tríade dar-receber-retribuir. Esse sistema, mais do que fazer 
circular dádivas, materializadas como bens ou serviços, estabelece vínculos (de amizade ou 
de rivalidade), obrigações e dívidas ético-morais. A dádiva ofertada ao outro estabelece a 
oportunidade deste também exercitar o dom, demarcando um pertencimento àquela rede de 
sociabilidade e uma afirmação de sua persona. (DESLANDES; SILVA, 2013, p. 421)
8
1.2 Competências necessárias ao perfil do avaliador
Conforme já mencionado, um dos ganhos que se obtêm da atividade de avaliador é a possibilidade de 
desenvolver conhecimento técnico do processo pela experiência na atividade.
Esse aspecto é muito importante quando se fala de competências, porque o fato de ser pesquisador e 
autor não implica, necessariamente, em ser um bom avaliador. Ninguém nasce avaliador. Não há nada de 
místico no exercício dessa atividade que lhes faça acordar um dia como excelentes pareceristas sobre 
determinado tema. Tampouco serão guiados por intuições que lhes falarão se o texto é fruto de plágio, 
apresenta coerência metodológica ou contribuição relevante para a área.
Algumas competências necessárias para um bom desempenho nessa atividade podem ser oriundas 
de características pessoais, enquanto outras podem ser aprendidas tanto pela experiência quanto pela 
participação em capacitações específicas para o exercício da função.
O primeiro aspecto importante a ser ressaltado é que as competências correspondem a um tripé composto por três 
dimensões – conhecimento, habilidade e atitude – relacionadas não somente aos aspectos técnicos, mas também 
cognitivos, necessários ao bom desempenho de uma atividade. Conforme Santos (2011, p. 370) especifica:
O conhecimento corresponde a uma série de informações assimiladas e estruturadas pelo 
indivíduo, que lhe permite entender o mundo, ou seja, trata-se da dimensão do saber. A 
habilidade, por sua vez, está associada ao saber-fazer, ou seja, corresponde à capacidade de 
aplicar e fazer uso produtivo do conhecimento adquirido e utilizá-lo em uma ação com vista ao 
alcance de um propósito específico. Finalmente, a atitude é a dimensão do querer-saber-fazer, 
que diz respeito aos aspectos sociais e afetivos relacionados ao trabalho. As três dimensões da 
competência estão interligadas e são interdependentes. (SANTOS, 2011, p. 370, grifos nossos)
Esse entendimento deve ser acrescido dos aspectos levantados por Brandão (2009), para quem a 
competência incorpora também os comportamentos adotados na execução das tarefas. Assim, a competência 
englobaria, na atividade de avaliador, por exemplo, não apenas o conhecimento sobre determinado tema, 
a capacidade de sugerir uma correção adequada no texto e a vontade de contribuir para que o artigo fique 
adequado à publicação, mas, também, aspectos ético-comportamentais relacionados à confidencialidade, 
honestidade, cortesia e profissionalismo.
Conhecimento
Habilidade
Competências
Atitude
Competências: CHA. 
Fonte: CEPED/UFSC (2021).
9
Nesse sentido, são esperadas de um bom avaliador determinadas competências, que vão desde o cumprimento 
de prazos e objetividade na análise até o conhecimento de ferramentas tecnológicas que auxiliam na avaliação, 
como, ainda, imparcialidade, análises sem preconceitos ou prejulgamentos que possam implicar desprezo 
pelo trabalho ou abuso de poder ao decidir pela publicação ou não do manuscrito.
Com base nesses elementos, podemos elencar algumas características que identificam um bom avaliador, 
na visão de Maurício Pereira. Segundoesse autor, o bom avaliador é aquele que está disposto a colaborar na 
avaliação e na melhoria do manuscrito que será por ele analisado. 
Em termos ideais, precisa ser competente na área de que trata o artigo e em metodologia científica. 
É conveniente que disponha de base sólida de conhecimentos sobre delineamento de pesquisas e 
análise de dados. Também deve estar familiarizado com avaliação do efeito do acaso e identificação 
de vieses. O trabalho do revisor é assinalar eventuais falhas e sugerir formas de aperfeiçoar o 
texto. Se possível, fornecer comprovações para as afirmações que faz. O bom revisor é pontual 
e cortês. Exerce papel de educador, quando a situação assim o requerer, emitindo comentários 
construtivos e sugestões para melhorar a apresentação do artigo. (PEREIRA, 2011, p. 544)
é o que não responde prontamente às demandas ou formula parecer em termos pejorativos. 
Também, aqueles que apenas anotam suas observações em termos telegráficos, sem mais 
explicações: “Está bom”. “Pode publicar, eu conheço os autores, eles são muito bons”. “Está 
ruim, quem escreveu não entende nada de metodologia científica”. Ou então, as anotações 
se resumem a pontos de interrogação nas margens do texto, sem assinalar quais as falhas 
detectadas e as recomendações correspondentes. Pareceres desse quilate são pouco úteis 
para o autor do artigo e para o editor do periódico, pois não fornecem subsídios que auxiliem 
a comunicação entre eles e a melhoria do texto. Um procedimento, também indesejável, é a 
erudição excessiva. (PEREIRA, 2011, p. 544)
Na mesma linha, o autor elenca as características não desejáveis a um avaliador. Na descrição de Pereira 
(2011, p. 544), o avaliador que deixa a desejar:
10
Ampliando a análise dessa perspectiva, o autor apresenta uma classificação para os avaliadores baseada 
na articulação de dois conceitos: competência e dinamismo:
Tipos de revisor classificados segundo competência e dinamismo. 
Fonte: Adaptado de Pereira (2011, p. 571).
De acordo com essa classificação, o avaliador preparado dinâmico seria aquele que executa bem o trabalho 
de avaliação e o faz com rapidez. Já o Preparado Apático corresponderia ao avaliador que emite pareceres 
breves, embora acertados e tem como ponto vulnerável a tendência à procrastinação. 
Na linha dos avaliadores despreparados, o despreparado apático seria aquele que demora em responder as 
demandas do editor e, quando o faz, peca pela incompetência. Por vezes, nem responde as demandas. Já 
o avaliador despreparado dinâmico atenderia com rapidez e fluência as solicitações do editor, mas opinaria 
sem base científica e, não raramente, utilizaria de uma “linguagem empolada” que dificultaria a compreensão 
do parecer pelo autor e editor. 
Veja você que coisa interessante! Pereira (2011) destaca que os avaliadores preparados dinâmicos podem 
vir a mudar de categoria, tornando-se apáticos, se forem sobrecarregados com solicitações de emissão de 
numerosos pareceres. Essa sobrecarga pode implicar a elaboração de uma análise superficial e confecção 
de um parecer sem o nível de acurácia e contribuição adequados e esperados.
1.3 Requisitos para uma avaliação de qualidade
“[..] a reputação de um pesquisador se constrói não só pela
qualidade dos seus artigos, mas também pela qualidade da sua 
revisão nos textos dos pares”. (DESLANDES, SILVA, 2013)
Para Suely Deslandes e Antônio Silva, a revisão por pares é essencial para se produzir ciência de qualidade, sendo 
essa tarefa vista como uma atividade científica. Mas o que se pode considerar como uma avaliação de qualidade?
Propõe-se a responder a essa pergunta com outra pergunta: para que se avalia um artigo científico? Avalia-
se para referendar, ou não, que seu conteúdo está relacionado a uma investigação que observou a aplicação 
de métodos e técnicas de forma coerente, baseou-se em referencial teórico consistente, trouxe contribuição 
para a comunidade científica e para a sociedade e expressa o trabalho de pesquisadores interessados 
em aprimorar um campo científico. Então, uma avaliação que busque ressaltar essas questões pode ser 
considerada uma avaliação de qualidade. 
11
Este deve ser o norte do trabalho que o avaliador se propõe a desenvolver: garantir que, no texto analisado, 
esses elementos estejam presentes, constituindo essa tarefa como a contribuição para o processo de 
comunicação científica e fortalecimento da ciência. Ao proceder assim, o avaliador atestará que aquele 
conteúdo é um conteúdo confiável, colocando o aval junto à produção de pessoas que não se sabe quem 
são, mas certos da seriedade daquilo que elas falam por meio do seu texto porque foi analisada e certificada 
sua validade.
Dessa forma, para garantir que o objetivo ao analisar um artigo seja atendido, o avaliador deve se valer 
de algumas orientações para não perder a finalidade maior do processo; senão, corre-se o risco de fazer 
a avaliação pela avaliação. E isso é mais comum do que se imagina. Recebe-se o documento, pega-se as 
diretrizes da revista, faz-se um checklist, elabora-se um relatório e está pronta a avaliação. Temerário, não?!
Nesse aspecto, o primeiro passo para realizar uma avaliação de qualidade é a percepção da sua 
responsabilidade no processo. O editor confiou a você um manuscrito, e será o seu parecer (e o do 
outro avaliador, visto que a avaliação normalmente envolve mais de um parecerista) que irá dizer 
se aquele documento é adequado para ser divulgado por aquele periódico. 
Retoma-se aqui a reflexão sobre a influência da Inteligência Artificial no processo editorial, destacando 
seu impacto, agora, na avaliação dos artigos científicos. A reportagem “Máquina de criar artigos expõe 
fragilidade da academia”, publicada no site Questão de Fato, em junho de 2021, destaca a preocupação 
de pesquisadores com a fragilidade do sistema de controle de qualidade dos periódicos e suas nefastas 
consequências, principalmente quando a falta de rigor possibilita a publicação de artigos que impactam a 
saúde pública com informações inverídicas. “Para muitos cientistas, o aumento das fraudes nos artigos está 
ligado às falhas da revisão por pares [...]” (SILVEIRA, 2021).
Saiba mais:
Acesse a reportagem na íntegra clicando aqui.
Além de casos em que os artigos científicos apresentaram conteúdo de “trollagem” (gíria de internet 
relacionada à zombaria), há também publicações com temas de pesquisa inusitados. Esse tipo de artigo 
despertou a atenção dos pesquisadores Meredith Carpenter e Lillian Fritz-Laylin, do Departamento de 
Biologia Molecular da Universidade de Berkeley, que criaram um depósito virtual com artigos científicos 
curiosos. Faz parte desse acervo um estudo que verificou se as garrafas de cerveja litro cheias são mais 
ou menos resistentes que as vazias, podendo servir como instrumentos perigosos em uma disputa física e 
fraturar o crânio humano. Nesse estudo, conforme relato da investigação publicado em outubro de 2009 
no Journal of Forensic and Legal Medicine, foram testadas as propriedades do vidro jogando as garrafas de 
uma torre. A constatação de que as garrafas cheias quebraram em uma energia de impacto de 30 J (mais de 
3 kg), enquanto as vazias estouraram em 40 J (mais de 4 kg) demonstraram que essas energias realmente 
ultrapassam o limite de fratura mínima do crânio humano, podendo ser perigosas em uma briga.
https://revistaquestaodeciencia.com.br/questao-de-fato/2021/06/10/maquina-de-criar-artigos-expoe-fragilidade-da-academia
12
A reportagem sobre o tema nos aponta outro tipo de reflexão, a começar pelo título da matéria, que carrega 
uma depreciação das pesquisas selecionadas ao chamá-las de “publicações científicas absurdas”. Sobre as 
pesquisas, a relação dos estudos considerados curiosos nos leva a refletir sobre as várias linhas de pesquisa 
científica existentes e repensar nossos valores e julgamentos: apesar de inusitadas, essas investigações 
são ou não são sérias? Contribuem ou não para o crescimento de seus campos científicos?Note que a 
pesquisa sobre a garrafa de cerveja foi publicada em um periódico cuja temática se relaciona à Medicina 
Legal e Forense. Nesse contexto, será que a pesquisa pode ser considerada inusitada?
Saiba mais:
Acesse a reportagem na íntegra clicando aqui.
Na atividade de avaliação é fundamental, portanto, que os avaliadores assumam a responsabilidade da análise 
e busquem contribuir para o aperfeiçoamento do campo científico no qual se inserem. Busquem contribuir 
também para a melhor apresentação do propósito do artigo à sociedade, pois realizar a avaliação com seriedade 
beneficia tanto o autor quanto a revista e o próprio avaliador. Mas como isso se configura na prática?
Mais adiante, será detalhado como conduzir a avaliação de um artigo. Aqui, o propósito é ser mais reflexivo 
sobre essa responsabilidade, pois a decisão sobre aprovar, ou não, um artigo científico é fácil quando seu 
conteúdo é excelente ou, no extremo oposto, quando o texto possui uma péssima qualidade. Considerando, 
contudo, que a maioria dos manuscritos se encontra em posição intermediária, a aceitação ou rejeição 
devem ser decididas por meio de uma análise criteriosa, como Pereira (2011) bem nos lembra. 
Em linhas gerais, esse autor considera que a realização de uma avaliação de qualidade consiste em examinar 
se o texto está em condições de ser publicado por meio da análise do conteúdo e da forma de apresentação, 
o que pode ser verificado pela observação de cinco itens:
Apresentação
O artigo está adequadamente apresentado? Trata-se da melhor forma de divulgar os resultados da 
investigação? O delineamento é apropriado para investigar o tema e alcançar o objetivo proposto?
Relevância
O artigo cobre tema importante para os leitores do periódico? O periódico escolhido é o local certo para 
publicá-lo? O tema é relevante, original e há um objetivo claro?
Originalidade
Trata-se de assunto pouco pesquisado? O artigo acrescenta algo ao conhecimento existente?
https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/pesquisa/conheca-as-10-publicacoes-cientificas-mais-absurdas,b04884bb948ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
13
Validade
O trabalho está de acordo com os princípios, usualmente aceitos, de metodologia científica? O autor é 
cuidadoso na parte metodológica? Seu material é de boa qualidade? A evidência e a interpretação 
apresentadas são suficientemente sólidas para publicação? As técnicas foram apropriadamente descritas? 
Há vieses que podem comprometer a credibilidade dos resultados? A análise dos dados é apropriada? A 
interpretação é adequada? Os pontos centrais de uma discussão, inclusive limitações metodológicas, estão 
contemplados? A conclusão está suficientemente embasada nos resultados, na sua correta interpretação e 
em relação com o objetivo da pesquisa? Há sugestões para futuras pesquisas?
Legibilidade
O texto é legível? As informações estão devidamente apresentadas no artigo, nos locais em que deviam estar? 
A redação permite entendimento claro do enunciado e está de acordo com as boas normas de linguagem?
Por fim, a qualidade da avaliação irá se traduzir também no relacionamento que o avaliador mantém com 
os outros atores do processo. De acordo com o Manual ANPAD de Boas Práticas da Publicação Científica, 
o avaliador deve adotar um tom positivo, cordial e construtivo na avaliação. Caso encontre falhas, essas 
devem ser apontadas, indicando-se o que pode ser feito para saná-las. Para tanto, o avaliador deve usar 
adjetivos encorajadores (tais como interessante, criativo e ambicioso, seguidos de expressões como: no 
entanto, ainda existem lacunas…), pois se deve ter em mente que o autor, ao ter ciência do parecer, precisa 
se sentir motivado a aperfeiçoar o texto. Assim, cabe ao avaliador, nesse processo, possibilitar aos autores 
uma flexibilidade que lhes permita continuar escrevendo o artigo que querem escrever, sem perder sua 
identidade e o entusiasmo em compartilhar suas descobertas.
http://www.anpad.org.br/diversos/boas_praticas.pdf
14
Referências
AMARAL, Ana Clara Sampaio Guedes. A inteligência artificial e o Direito do Autor: uma 
análise da possibilidade de tutela jurídica para criações intelectuais produzidas com 
sistemas de inteligência artificial. Res Severa Verum Gaudium, v. 5, n. 1, Porto Alegre, p. 179-
198, out. 2020. Disponível em https://www.seer.ufrgs.br/resseveraverumgaudium/article/
view/104664/58955.
ARAÚJO, Marcelo. O uso de inteligência artificial para a geração automatizada de textos 
acadêmicos: plágio ou meta-autoria? Logeion: Filosofia da Informação, v. 3, n. 1, p. 89-107, 30 
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15
Referências
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https://doi.org/10.22197/rbdpp.v3i2.70
16
2.1 Aspectos éticos
Para abordar os aspectos éticos envolvidos no processo editorial, convém inicialmente pensar sobre o 
significado da palavra Ética. A Enciclopédia Einaudi a define, baseado na filosofia anglo-saxônica, como a 
“análise racional dos conceitos e juízos de valor, incluindo o modo como se pode determinar a validade dessas 
asserções” (KOLAKOWSKI, 1997, p. 339). A Ética se ocupa das normas que regem ou deveriam reger as 
relações de cada indivíduo com os outros, bem como com os valores implícitos no comportamento individual.
Unidade 2: A ética no processo editorial
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer os aspectos éticos necessários para agir em situações 
de conflito.
Saiba mais:
Você sabia? Originária do grego ethos, a palavra Ética tem seu significado associado a 
caráter, costume ou modo de ser. Os romanos traduziram esse termo para o latim mos, 
que significa costume.
Tanto ethos (caráter) como mos (costume) indicam um tipo de comportamento 
especificamente humano que, contudo, não é natural: o homem não nasce com ele como 
se fosse um instinto, mas o adquire ou conquista por hábito. Nesse sentido, Ética, por sua 
etimologia, diz respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente 
a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.
Para acessar a fonte, clique aqui. 
O que seria, então, um comportamento ético no tocante ao processo editorial? Quais as normas devem reger 
as relações envolvidas nesse processo? Para subsidiar a reflexão sobre esse tema, Silva, Araujo e Paula (2020) 
trazem uma abordagem que irá nortear os pontos a serem destacados nesse tópico. Segundo os autores,
A função da Ética não é dar uma resposta descritiva, compreensiva, explicativa para essas 
questões fundas ao sentido último da vida e da condição humana, mas é constituir-se, 
eternamente, em ser uma questão que se põe sobre o humano pelo próprio humano – porque 
a Ética foi concebida para nos colocar limites, para tornar nossa vida social comportável e 
suportável. (SILVA; ARAUJO; PAULA, 2020, p. 75)
https://www.dicionarioetimologico.com.br
17
Pensando, pois, na ética relacionada aos limites e ao respeito às normas de conduta de cada sociedade, 
que são estabelecidas por uma convenção socialmente aceita, percebe-se que ela se conforma na ação das 
pessoas. Nesse sentido, deve-se pensar na ética relacionada às atividades que compreendem o processo 
editorial manifesta na ação de seus atores. Essa análise perpassa ações ligadas, por exemplo, à redação 
autêntica de um manuscrito para publicação, à avaliação idônea do artigo elaborado para comunicar 
achados inéditos de pesquisa, à responsabilidade em manter acessível o documento confiado à revista por 
um autor, dentre outros.
Nesse tópico serão apresentados alguns aspectos éticos relacionados ao processo editorial sem ser, 
contudo, de uma forma exaustiva. O intuito é pontuar questões que sirvam como norte para subsidiar 
sua atuação enquanto avaliador de artigos científicos e o alerte para não atuar de modo conivente com a 
situação apresentada.
A princípio, serão abordados os aspectos éticos ligados diretamente ao autor como a autocitação 
excessiva, que pode ser considerada como uma forma de impactar índices de citação e não é vista como 
um comportamento adequado a um pesquisador quando da elaboração de um texto científico.
A ocorrência de plágio na elaboração do texto, por sua vez, é um exemplo que implica não apenas uma 
questão ética, mas também uma questão jurídica. Apesar da palavra plágio não constar do ordenamento 
jurídico brasileiro, o artigo 108 da Lei de Direitos Autorais responsabiliza por danos morais quem utilizar 
uma obra intelectual sem indicar a autoria (PITHAN; VIDAL, 2013). O plágio adota diferentes formas, como 
pode ser visto a seguir. Além da cópia de texto alheio sem indicar a referência, constitui também como outro 
tipo de plágio o envio do mesmo manuscrito a várias publicações, com o texto sendo publicado mais de uma 
vez (SPINAK, 2013).
Plágio. 
Fonte: adaptado de Spinak (2013, online).
Tipo Comentário
Parafrasear Expressar as mesmas ideias com outra palavras, que pode chegar 
até a reescrita completa, mantendo as mesmas ideias.
Repetir pesquisa Repetir os dados usando uma mesma metodologia e resultados 
similares sem se referir ao trabalho anterior.
Fonte secundária Uso de fonte secundária, como um metanálise, mas apenas cita 
fontes primárias.
Duplicação Usa trabalho e dados de estudos prévios.
Verbatim Copia texto alheio sem destacá-lo (aspas, itálico, parágrafo recuado 
etc.) e não indica a referência.
Colaboração não ética Pesquisadores que trabalham juntos não declaram e se citam 
mutuamente (scratch each other’s backs).
Atribuição enganosa Não indicar todos os autores que participaram do manuscrito, negar 
créditos a colaboradores.
Replicação Enviar o trabalho a várias publicações, onde o manuscrito é publicado 
mais de uma vez.
Fonte válida A referência não existe, não é correta, ou não tem os dados completos.
Completo Copiar o manuscrito completo e enviá-lo em nome próprio.
18
Outro aspecto relacionado ao autor é a questão 
do produtivismo, que também envolve um 
ordenamento ético. Entendido como uma excessiva 
valorização da quantidade da produção acadêmica, 
associada a uma desconsideração quanto à 
qualidade do conteúdo publicado, esse fenômeno 
ocorre em decorrência do fato dos pesquisadores 
serem avaliados por sua produtividade. Um dos 
riscos associados a essa prática se relaciona ao 
fato do produto final da pesquisa científica (ou 
seja, a publicação) poder se transformar em um fim 
em si mesmo e não no resultado do processo de 
produção de conhecimento. Decorre também da 
pressão por publicar e o risco dessa superprodução 
“corroer” a noção de solidariedade acadêmica, 
entendida como um compromisso mútuo entre 
os pesquisadores que disponibilizam o seu tempo 
e expertise voluntariamente na avaliação de 
manuscritos elaborados por seus pares (PATRUS; 
DANTAS; SHIGAKI, 2015). Essa prática também 
fere os critérios que são elencados por Pendergast 
(2007), segundo o qual a publicação de um artigo 
deve observar três critérios fundamentais que são 
analisados no processo de avaliação: rigor teórico, 
rigor metodológico e contribuição de valor. 
Uma questão ética que envolve não apenas os 
autores, mas também editores e avaliadores está 
relacionada ao conflito de interesses. A pesquisaser patrocinada por uma empresa que está sendo 
analisada na investigação, por exemplo, pode 
comprometer e enviesar os resultados. Tem-se, 
portanto, que o conflito de interesse corresponde a 
uma situação em que a objetividade do julgamento 
é comprometida por interesse de terceiros.
No tocante ao conflito de interesses relacionado à 
avaliação do artigo, deve-se atentar para que não 
haja interferências externas na avaliação justa do 
manuscrito. Conforme menciona Pereira (2011), 
nem editor, nem avaliador podem ter envolvimento 
que limitem a objetividade de suas decisões em 
relação aos artigos submetidos à publicação. 
Julgando-se impossibilitado de aceitar a revisão, o 
avaliador deve declinar do convite.
Saiba mais:
Veja outros aspectos ligados às questões éticas, publicados pelo Committee on 
Publication Ethics (COPE), clicando aqui. 
Neste, consta um documento interessante que apresenta um diagrama de como agir, por 
exemplo, se há suspeita de que uma publicação é redundante ou duplicada, ou de que 
houve plágio em um manuscrito. O documento, em espanhol, está disponível aqui.
Questões éticas podem estar também associadas às responsabilidades com as funções exercidas no 
processo editorial. No tocante ao editor do periódico, fundamentar a decisão mais no fator de impacto do 
que no interesse dos leitores é considerado um comportamento inadequado. Conforme menciona Pereira 
(2011, p. 539), “o editor deve basear suas decisões de seleção e avaliação do artigo na validade do trabalho 
e na sua importância para os leitores da revista, e não no sucesso comercial da mesma”.
O avaliador de artigo científico no processo editorial também está sujeito a dilemas éticos no exercício de 
sua atividade. Pereira (2011) destaca algumas situações que devem ser conduzidas com cautela:
https://publicationethics.org/
http://publicationethics.org/files/All_Flowcharts_Spanish_0.pdf
19
Fraude e viés
A fraude é considerada um erro intencional que se materializa, desde a demora no parecer, uso indevido 
da ideia original em proveito próprio, até o retardamento da publicação. Já o viés pode, por exemplo, se 
externar em crítica agressiva por discordância, acadêmica ou não, com as ideias do autor. 
Respeito ao estilo do autor
As modificações recomendadas devem respeitar o estilo do autor. Não é adequado que o avaliador 
substitua ou acrescente nomes, expressões, frases, textos, conceitos e proposições por motivo de gostar 
ou não gostar da redação. 
Preconceito editorial
Acontece, por exemplo, quando o avaliador tem posição favorável sobre a qualidade do artigo, antes de lê-
lo, e ele age motivado apenas pela inspeção superficial do texto, influenciado pelo idioma do artigo e local 
de realização da pesquisa. Isso pressupõe, portanto, dar crédito antecipado a certos grupos, como aqueles 
mais produtivos em termos científicos, e ser desfavorável a outros, de autores de regiões e locais menos 
tradicionais em pesquisas científicas. Conforme destaca Pereira (2011):
É o que tem sido relatado sobre a conduta de editores e revisores de periódicos, ditos 
internacionais, em relação a autores de nações periféricas. Há um inerente preconceito na 
mente de alguns revisores com respeito a artigos de autores de países em desenvolvimento. 
Algo assim: “Uma boa pesquisa não pode ter vindo de país em desenvolvimento”. O mesmo 
tipo de preconceito apontado entre países também pode ocorrer no interior de um país: de 
uma determinada região do Brasil, em face de trabalhos provenientes de outras regiões, 
dos investigadores da capital em relação aos do interior, de uma instituição maior para uma 
menor, de entidades públicas em relação às privadas e assim por diante.
Interesses corporativos
Muitos periódicos científicos são criados para dar vazão à produção da própria instituição ou de grupos 
restritos de pesquisadores. Assim, as submissões do grupo e das pessoas próximas precisam ser aceitas 
para que a instituição que representam seja bem cotada no processo, sendo que é exigido, aos demais 
autores, o rigor da perfeição. Esse corporativismo constitui uma forma de desonestidade com a comunidade 
científica por privilegiar algumas pessoas a outras, que têm as suas chances de publicação diminuídas ou 
cortadas.
Interesses pessoais
Os avaliadores não devem usar o conhecimento do trabalho submetido, antes da publicação para favorecer 
interesses próprios, e nem a equipe editorial deve usar as informações obtidas no trabalho para ganhos 
particulares. Exemplo de atitude antiética é o avaliador recomendar recusa do original e utilizar a ideia 
ou protelar a revisão por longo tempo, e, nesse ínterim, utilizar os dados para publicar artigo científico de 
própria autoria. 
20
Incapacidade do avaliador
Acontece quando o material é recusado por evidente desconhecimento do avaliador e do editor sobre 
o tema, o método ou a forma de comunicação científica. Mas também pode ocorrer quando o artigo é 
recusado para publicação porque o autor apontou limitações na investigação. Sobre essa última questão, 
alertamos para o fato de que, nos bons periódicos, indicar as limitações da pesquisa e debatê-las constitui 
aspecto positivo e, dentro de certos limites, não se configura como motivo para recusa do artigo.
Com esse tópico, você termina o estudo do conteúdo selecionado para esta unidade. Vamos fazer uma 
verificação de como foi sua aprendizagem? Execute as atividades disponibilizadas a seguir e veja se você 
compreendeu os principais pontos desenvolvidos. Qualquer dúvida, retorne ao texto!
21
Referências
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	Unidade 1: O que é preciso para ser um avaliador de artigo científico?
	1.1 Por que ser avaliador?
	1.2 Competências necessárias ao perfil do avaliador
	1.3 Requisitos para uma avaliação de qualidade
	Referências
	Unidade 2: A ética no processo editorial
	2.1 Aspectos éticos
	Referências

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