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CRO-AC quadrix. Assistente Jurídico. Nível superior. Aplicação 2019
Quanto ao direito de família e às sucessões, julgue os itens 101 e 102.
101 Suponha‐se que Maria seja filha de Antônio e Joana, nascendo na constância do casamento, mas Joana tenha confessado adultério, afirmando que Maria não seria filha de Antônio. Nesse caso, a confissão de Joana não ilide a presunção legal da paternidade de Antônio. 101=Certo
102 O Supremo Tribunal Federal fixou, em repercussão geral, o entendimento de que é inconstitucional desequiparar, para fins sucessórios, os cônjuges e os companheiros. 102=Certo
___________________________________________________
A respeito das pessoas naturais e jurídicas, da personalidade,
da capacidade, dos direitos de personalidade e do domicílio, julgue os itens 103 e 104.
103 Suponha‐se que um servidor do Conselho Regional de Odontologia tenha desaparecido em um passeio de barco, estando esgotadas as buscas, e que a esposa desse servidor tenha requerido diretamente à autarquia a declaração de ausência do servidor para fins de pensão. Nesse caso, a autarquia poderá, por ato administrativo, reconhecer a morte presumida desse servidor. 103=Errado, não poderá. Parágrafo único do art. 7 do Código Civil Lei 10.406/2002
104 Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um desses será considerado como domicílio para os atos nele praticados, independentemente de seus estatutos ou atos
constitutivos. 104=Certo. § 1 do art. 75 do Código Civil
Um segurado de saúde foi submetido a uma cirurgia. Em decorrência dessa, outros procedimentos médicos, que não eram cobertos pela apólice, foram necessários. A família do segurado acabou assinando termo aditivo ao contrato, durante o ato cirúrgico, obrigando‐se a custear esses procedimentos, mediante cobrança de valor abusivo.
Com base nesse caso hipotético, julgue os itens 105 e 106 quanto aos fatos, atos e negócios jurídicos.
105 O prazo prescricional para se pleitear a anulação será de cinco anos, a contar da data da celebração do negócio jurídico viciado. 105=Errado. prescreve em 1 ano. Art. 206 § 1 do Código civil
106 Trata‐se de estado de perigo. 106=Certo. Art. 156 do Código Civil
CRO-AC quadrix. Assistente Jurídico. Nível superior. Aplicação 2019
Com relação aos registros públicos e aos contratos bancários, julgue os itens 109 e 110.
109 Suponha‐se que João tenha prometido vender sua casa à Maria se encontrasse, na matrícula do imóvel, o registro de apenas um terreno. Nesse caso, João deverá, antes de registrar compra e venda, promover a averbação da construção, criando, assim, uma sequência cronológica lógica dos fatos relativos ao imóvel, em respeito ao princípio da continuidade. 109=Certo. 
O Princípio da continuidade baseia-se numa narrativa sequencial e cronológica dos atos.
Segundo tal princípio, todos os atos que são descritos na matrícula, tanto em relação ao imóvel como em relação às pessoas envolvidas, devem ter uma sequência lógica dos fatos.
Podemos exemplificar tal princípio em um caso prático: “Maria” comprou o imóvel em 2010 quando ela se encontrava no estado civil de solteira. Em 2017, “Maria” vendeu seu imóvel, porém, no estado civil de casada com “João”, com quem casara em 2012. Desta forma, para registrar essa escritura de venda e compra, primeiramente deve-se averbar na matrícula o casamento de Maria com João, informando que o estado civil dela foi alterado para o de casada e, logo em seguida, realizar o registro da venda o imóvel.
Situação semelhante também ocorre no caso de um registro da partilha em decorrência do óbito do proprietário, quando, antes do registro da partilha informando como foi realizada a divisão dos bens, deve-se noticiar na matrícula o óbito do proprietário, para só então dividir os quinhões entre os herdeiros.
Essa ordem cronológica dos fatos também deve ser observada quanto ao imóvel. Por exemplo, se em uma escritura vem descrevendo como objeto do negócio um prédio e, na matrícula do imóvel, ainda consta como um terreno sem prédio, antes de registrar a referida escritura, será necessária a averbação da construção, criando assim uma sequência dos fatos.
110 O contrato bancário por meio do qual o banco antecipa ao cliente o valor do crédito que este titulariza perante terceiro, como as duplicatas, as notas promissórias etc., em regra não vencido, e recebe em cessão denomina‐se desconto bancário. 110=Certo. 
Desconto bancário é uma operação típica dos bancos, através da qual ela adianta créditos de terceiros para clientes, deduzindo-se os juros da operação mediante a cessão do crédito que é feita através do endosso cambiário.
Pelo menos, teoricamente parte-se do princípio que todo crédito pode ser antecipa-do mediante cessão.
A prática demonstra que a operação de desconto é feita apenas em cima de títulos de crédito, que por sua vez, representam soma líquida e certa, portanto de fácil recuperação ao banco.
O banco antecipa para o cliente o valor dos ativos, deduzidos os juros, entregando o valor líquido, que normalmente é creditado em conta corrente.
Assim, em vista dessas considerações podemos conceituar o contrato de desconto bancário.
É o contrato pelo qual o banco, deduzindo do montante, antecipadamente, os juros comissões e despesas, credita para o cliente o saldo, recebendo por endosso o título sacado contra terceiros com vencimento futuro.
Alerta Lauro Muniz de Aragão que a denominação Desconto tem duplo sentido, ou seja, antecipação de crédito com desconto antecipado das taxas de juros e demais despesas. CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO
1) Contrato bilateral, de adesão, oneroso que tem por objeto a antecipação de cré-dito, decorrente de título de crédito.
2) O contrato se consuma com a entrega do dinheiro pelo banco ao cliente. Essa fase merece reparo porque na verdade uma vez que o banco recebeu o título por endosso, o negócio foi fechado, resultando daí obrigações e direitos para as partes contratantes.
3) Cliente endossa o título em preto para o banco, sem contudo exonerar-se da obrigação de pagar, caso o sacado não pague no vencimento.
É “conditio sine qua non” a existência de um crédito de terceiro, sem o qual não haverá o contrato.
Natureza jurídica: A) Compra e venda ou B) Empréstimo.
Compra e venda – quem defende esse ponto de vista, entende que o banco, com-pra o título. Contudo ainda que admitindo a compra, o banco vai optar para uma solução, não bilicosa, porque a compra implica na venda e o banco não compra para vender.
Os bancos não vendem seus títulos, a não ser que necessitem de fazer caixa, quando então através de uma outra operação denominada REDESCONTO cedem esses títulos para o Banco Central ( Lei 4565 /64 - artigo 10, Inciso IV ).
Empréstimo – essa sim é a teoria mais aceita, inclusive pelo professor Nelson Abrahão, porque na verdade o que o banco faz é emprestar dinheiro. O título objeto do desconto tem na verdade a função de garantir o empréstimo. É uma garantia a mais, além do endosso e do aval, no dizer de Carvalho de Mendonça.
Acerca dos recursos, julgue os itens 111 e 112.
111 Suponha‐se que tenha havido interposição de recurso extraordinário em face de determinado acórdão, sendo que a questão levantada nesse recurso foi reconhecida para fins de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse caso, mesmo antes de ser pautado o julgamento, a parte recorrente não poderá desistir do recurso extraordinário, diante da prevalência do interesse público no julgamento da repercussão geral. 111=Errado. pode desistir a qualquer tempo art. 998 do CPC Lei 13.105/2015
112 Suponha‐se que, em face de uma determinada sentença, uma parte tenha apresentado embargos de declaração e a outra, recurso de apelação. Nesse caso, uma vez julgados os embargos de declaração, o recurso de apelação ficará prejudicado, devendo a parte apelante ratificar o recurso anterior ou apresentar novo recurso de apelação. 112=Errado. terá o direito de complementar ou alterar suas razões § 4 do art. 1.023/2015
Julgue os itens 113 e 114, relativos aos sujeitos do processo,a seus deveres e a seus procuradores.
113 Suponha‐se que determinada decisão judicial tenha sido descumprida dolosamente pela autoridade administrativa competente de uma autarquia federal. Nesse caso, o procurador autárquico do feito também poderá ser responsabilizado por ato atentatório à dignidade da justiça e submetido à multa de 20% sobre o valor da causa. 113=Errado. § 2 do art. 77 do CPC Lei 13.105/2015
114 De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, não podem ser cobrados, por meio de ação própria, os honorários advocatícios de sucumbência que deixaram, por omissão, de ser fixados na decisão transitada em julgado. 114=Certo. Estes devem ser cobrados por embargos de declaração, não o fazendo o trânsito em julgado impede o ajuizamento de ação própria. Informativo 0418 de 30 nov a 4 dez de 2009
REPETITIVO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. AÇÃO PRÓPRIA.
A Corte Especial, ao apreciar REsp submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Res. n. 8/2008-STJ, reiterou o entendimento de que a condenação nas verbas de sucumbência decorre do fato objetivo da derrota no processo, cabendo ao juiz condenar, de ofício, a parte vencida independentemente de provocação expressa do autor, porquanto se trata de pedido implícito, cujo exame decorre da lei processual civil. Omitindo-se a decisão quanto à condenação em honorários advocatícios, deve a parte interpor embargos de declaração na forma do disposto no art. 535, II, do CPC. Não interpostos tais embargos, não pode o Tribunal, quando a decisão passou em julgado, voltar ao tema a fim de condenar o vencido no pagamento de tais honorários. Se o fizer, terá afrontado a coisa julgada. Se a sentença omissa na condenação em honorários de sucumbência passou em julgado, não pode o advogado vitorioso cobrar os honorários omitidos. O trânsito em julgado de decisão omissa em relação à fixação dos honorários sucumbenciais impede o ajuizamento de ação própria para fixar honorários advocatícios, sob pena de afronta aos princípios da preclusão e da coisa julgada. Isso porque, na hipótese de omissão do julgado, caberia à parte, na época oportuna, requerer a condenação nas verbas de sucumbência em sede de embargos declaratórios, antes do trânsito em julgado da sentença. Destarte, a ausência de discussão da matéria no recurso da ação principal e a falta de oposição de embargos de declaração tornam preclusa a questão por força da coisa julgada, passível de modificação apenas mediante o ajuizamento de ação rescisória. Precedentes citados do STF: AgRg na ACO 493-MT, DJ 19/3/1999; do STJ: AgRg no REsp 886.559-PE, DJ 24/5/2007; REsp 747.014-DF, DJ 5/9/2005; REsp 661.880-SP, DJ 8/11/2004, e REsp 237.449-SP, DJ 19/8/2002. REsp 886.178-RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 2/12/2009.
A respeito da advocacia pública e dos recursos extraordinário e especial, julgue os itens 115 e 116.
115 Suponha‐se que um tribunal de justiça estadual tenha julgado procedente ação direta de inconstitucionalidade de lei estadual de repetição obrigatória e compulsória da Constituição Federal. Nesse caso, cabível será a interposição de recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, devendo‐se o prazo recursal ser contado em dobro em favor do ente federado. 115=Errado. ARE 830727 e ADI 5814 do STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou o entendimento de que a regra que confere prazo em dobro à Fazenda Pública para recorrer não se aplica aos processos objetivos, que se referem ao controle abstrato de leis e atos normativos. A decisão se deu por maioria durante a primeira sessão de julgamentos do Plenário em 2019 nesta quarta-feira (6).
Os ministros julgaram, conjuntamente, dois agravos regimentais interpostos contra decisões monocráticas. Um deles questionava decisão da Presidência do STF que negou seguimento ao Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 830727, do Estado de Santa Catarina, por entender que a interposição ocorreu fora do prazo. O processo teve origem em ação direta de inconstitucionalidade julgada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). No agravo, o estado argumentava tempestividade (observância do prazo) com base no artigo 188 do Código de Processo Civil (CPC) de 1973 – reproduzido no artigo 183 do CPC de 2015 –, que prevê o prazo em dobro para a Fazenda Pública (União, os Estados, o Distrito Federal, os municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público). 
A análise do agravo no ARE teve início em julgamento virtual em outubro de 2016, quando a ministra Cármen Lúcia, então presidente da Corte, votou pelo desprovimento. Na época, o ministro Dias Toffoli pediu vista dos autos e, na sessão desta quarta-feira, votou pelo provimento do agravo. Para ele, a inaplicabilidade do prazo em dobro para recorrer, nos dois casos, não tem amparo na legislação em vigor. “Não vejo porque afastar a aplicabilidade do preceito”, disse.
Toffoli considerou que o recurso extraordinário foi detalhadamente disciplinado no CPC e na Lei 8.038/1990 sem que o legislador, em nenhum dos dois diplomas legais, tenha feito qualquer distinção quanto à natureza do recurso. “Por não estar prevista na legislação processual, a distinção acaba por causar situação de insegurança entre os destinatários da prerrogativa do prazo em dobro”, afirmou o presidente do STF, observando que, se o próprio legislador não faz qualquer distinção, não cabe ao julgador fazê-lo. O ministro Marco Aurélio também votou pelo provimento dos recursos. Ambos ficaram vencidos.
Relator do recurso na ADI 5814, o ministro Luís Roberto Barroso seguiu o entendimento da ministra Cármen Lúcia ao considerar que a hipótese contida nos dois processos é semelhante. Ele votou pelo desprovimento dos dois agravos e manteve a jurisprudência de que, em processo objetivo, não se contam em dobro os prazos da Fazenda Pública. No mesmo sentido votaram os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Segundo Barroso, a jurisprudência do STF sobre a matéria é consolidada há muitos anos e tem precedentes de quase todos os ministros da Corte e, a menos que haja mudança relevante na compreensão do direito ou na situação de fato, não há razão para alterá-la. “Não me animo a multiplicar as hipóteses de prazo em dobro”, afirmou.
No final do julgamento, o ministro Dias Toffoli propôs a produção de uma súmula vinculante sobre a matéria, a ser elaborada posteriormente.
116 Suponha‐se que um tribunal de justiça estadual tenha fixado honorários advocatícios em quantia módica. Nesse caso, conforme a orientação do Superior Tribunal de Justiça, o recurso especial não terá o óbice da Súmula n.º 7 do Superior Tribunal de Justiça, que veda a admissibilidade do recurso especial no caso de simples revaloração de prova. 116=Certo. 
REsp 1726381 Relator Ministro Mauro Campbell Marques. Data da Publicação 06/03/2018 “...estando os fatos corretamente descritos na decisão recorrida mas desde que mal valorados , poderão sim ser revistos por esta Corte Superior, pois a mera aferição da ocorrência de um determinado fato incontroverso e necessário ao julgamento da demanda não constitui reexame probatório, mas sim revaloração da prova. Nesse sentido o precedente: EDcl no REsp n. 988.946 RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 05.05.2009.”
Quanto aos processos nos tribunais e aos meios de impugnação de decisões judiciais, julgue os itens 117 e 118.
117 O incidente de assunção de competência é admissível quando envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social e com repetição em múltiplos processos. 117=Errado, sert. 947 do CPC Lei 13.105/2015
118 O incidente de arguição de inconstitucionalidade, controle difuso de constitucionalidade, pode ser argüido pelo relator, após ouvir o Ministério Público e as partes do processo. No entanto, os órgãos fracionários dos tribunais não poderão submeter ao plenário ou a órgão especial a arguição quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobrea questão. 118=Certo. Parágrafo único do art. 949 do CPC Lei 13.105/2015
No que se refere aos recursos para os tribunais superiores, julgue os itens 119 e 120.
119 A sentença proferida pela justiça federal do Acre, em ação condenatória movida por residente no Brasil, em face de organismo internacional, é passível de impugnação por meio de apelação endereçada ao Tribunal Regional Federal da 1.ª Região. 119=Errado, é para o STJ, art. 105 II “c” CF/88
120 Entre a data de interposição de recurso extraordinário ou especial e a publicação da decisão de sua admissão, o pedido de efeito suspensivo deverá ser requerido diretamente ao presidente ou ao vice‐presidente do tribunal de justiça ou do Tribunal Regional Federal. 120=Certo, 5 III do art. 1.029 do CPC Lei 13.105/2015
CRO RS QUADRIX Advogado Nível superior aplicação 01/09/2019
QUESTÃO 35
Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a alternativa correta.
(A) As decisões de invalidação de ato ou contrato nas esferas administrativa, controladora ou judicial
deverão observar a dimensão consequencialista, assim considerada a projeção de seus efeitos e
desdobramentos, indicando ainda condições para a regularização da irregularidade, sem imposição de
ônus ou perdas que, à luz do caso concreto, se apresentem como excessivos. 35=A art. 21 parágrafo único do Decreto Lei 4.657/1942
(B) A interpretação das normas sobre gestão pública leva em consideração, sobretudo, a legalidade estrita, independentemente dos obstáculos e das dificuldades enfrentados pelo gestor e naturais a qualquer gestão. Serão considerados os obstáculos, art. 22 do decreto lei 4.657/1942
(C) A bem da segurança jurídica, a decis ão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo aberto deverá, sempre, prever regime de transição. Deve prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais art. 23 do decreto lei 4.657/1942
(D) O agente público somente responderá pessoalmente por suas opiniões técnicas em caso de dolo. Em caso de dolo ou erro grosseiro, art. 28 do decreto lei 4.657/1942
(E) As súmulas administrativas e as respostas a consultas são instrumentos à disposição das autoridades públicas para promoção da segurança jurídica, possuindo, contudo, eficácia apenas persuasiva, e não vinculante, no âmbito do órgão ou da entidade em que foram produzidas. Terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão, parágrafo único do art. 30 do decreto lei 4.657/1942
QUESTÃO 36
Considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa correta a respeito da responsabilidade civil e dos danos morais.
(A) O dano moral coletivo não admite a modalidade in re ipsa, ou presumida, exigindo minuciosa demonstração e comprovação. Admite. “O dano moral coletivo, aferível in re ipsa, é categoria autônoma de dano relacionado à violação injusta e intolerável de valores fundamentais da coletividade.” Jurisprudência em tese 125 do STJ
(B) Sendo a honra e a intimidade direitos fundamentais personalíssimos, somente possui legitimidade para pleitear indenização por dano moral, em todo caso, o próprio ofendido. “A legitimidade para pleitear a reparação por danos morais é, em regra, do próprio ofendido, no entanto, em certas situações, são colegitimadas também aquelas pessoas que, sendo muito próximas afetivamente à vítima, são atingidas indiretamente pelo evento danoso, reconhecendo-se, em tais casos, o chamado dano moral reflexo ou em ricochete.” Jurisprudência em tese do STJ n. 125
(C) O abandono afetivo de filho, independentemente de reconhecimento de paternidade, gera dano moral in re ipsa, ou presumido. “O abandono afetivo de filho, em regra, não gera dano moral indenizável, podendo, em hipóteses excepcionais, se comprovada a ocorrência de ilícito civil que ultrapasse o mero dissabor, ser reconhecida a existência do dever de indenizar.” Jurisprudência em tese do STJ n. 125
(D) A pessoa jurídica é passível de sofrer dano moral, sendo desnecessária, contudo, a demonstração da ofensa à honra por inexistir, no caso da entidade, honra a ser ofendida. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral, desde que demonstrada ofensa à sua honra objetiva. Jurisprudência em tese 125 do STJ
(E) As pessoas jurídicas de direito público não são titulares de direito à indenização por dano moral por ofensa à honra ou à imagem. 36=E certo. Acórdãos em REsp 1731782/MS; AgInt no REsp 1653783/SP; REsp 1505923/PR; REsp 1258389/PB. A pessoa jurídica de direito público não é titular de direito à indenização por dano moral relacionado à ofensa de sua honra ou imagem, porquanto, tratando-se de direito fundamental, seu titular imediato é o particular e o reconhecimento desse direito ao Estado acarreta a subversão da ordem natural dos direitos fundamentais.
QUESTÃO 37
Segundo o Código de Processo Civil (Lei n.º 13.105/2015), assinale a alternativa correta.
(A) O valor da causa é dispensado quando o pedido deduzido for genérico ou indeterminado. Deve ser atribuído ainda que não tenha conteúdo econômico, este valor é estimado pelo autor que manterá correspondência com a causa
(B) O valor da causa possui diferentes finalidades processuais, servindo como base de cálculo de
honorários sucumbenciais, de sanções processuais pecuniárias e de custas processuais, além de funcionar sempre como critério de fixação de competência absoluta. A competência por valor da causa não foi adotada pelo CPC de 2015 lei 13.105/2015, art. 44 do CPC permite que fixada a competência pelo foro, poderá a organização judiciária determinação juízos privativos por valor causa. Onde existir juizado especial federal, o valor da causa é competência absoluta para até 60 salário mínimos
(C) O valor da causa limita o pedido da parte, não podendo ser ultrapassado pela condenação. Errado, art. 293 do CPC
(D) O valor da causa, quando indispensável, poderá ser atribuído em salários mínimos ou em outros
parâmetros de aferição pecuniária, como sacas de soja. As causas que não tenham conteúdo econômico será feito por estimativa do autor
(E) O valor da causa pode ser corrigido de ofício pelo juiz se não corresponder ao conteúdo patrimonial
almejado pelo autor. 37=E certo, § 30 do art. 292 do CPC Lei 13.105/2015
QUESTÃO 38
Quanto à intervenção de terceiros, assinale a alternativa correta de acordo com o Código de Processo Civil (Lei n.º 13.105/2015).
(A) A assistência é cabível, a qualquer tempo, até o trânsito em julgado de decisão na fase de conhecimento, não sendo admitida em execução ou em cumprimento de sentença. Cabível em qualquer procedimento e todos os graus de jurisdição, parágrafo único do art. 119 do CPC Lei 13.105/205
(B) A assistência simples possui eficácia preclusiva, assim entendida como a impossibilidade, em regra, de o assistente, diante do trânsito em julgado de decisão desfavorável ao seu interesse, pretender discutir, em outro feito, a justiça do provimento jurisdicional. 38=B Certo, art. 123 do CPC 
(C) A chamada denunciação da lide per saltum, isto é, àquele, por exemplo, que, na cadeia dominial, não seja o alienante imediato, é autorizada pelo Código de Processo Civil de 2015. O CPC Lei 13.105/2015 revogou o art. 456 do Código Civil que autorizava a denunciação à lide per saltum
(D) O chamamento ao processo deve ser requerido pelo réu no prazo para oferecimento de resposta, não necessariamente em sua contestação. Requerida na contestação, art. 131 do CPC Lei 13.105/2015
(E) O incidente de desconsideração da personalidade jurídica passou, no Código de Processo Civil de 2015, a poder ser instaurado de ofício pelo juiz, quando evidentes o desvio de finalidade e a confusão
patrimonial. Não pode. Art. 50 do Código civil lei 10.406/2002, com art. 133 do CPC Lei 13.105/2015 com art. 28 do CDC Código Consumidor onde o juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica diantede abuso de direito, excesso de poder, infração lei, fato ou ato ilícito ou violação estatuto ou contrato social
QUADRIX ANALISTA ADVOGADO CREF-13 aplicação 21/10/2018
No que se refere à aplicação das leis no tempo e no espaço, julgue os itens a seguir.
91 Em caso de exclusão expressa da paternidade após a realização de prova pericial e técnica na primeira ação de investigação de paternidade, não restará excluída a possibilidade de propositura de nova demanda sobre esse idêntico objeto, em razão da interpretação modos in rebus da coisa julgada e da sua relativização para o alcance da Justiça. 91=Errado, § 30 do art. 60 LINDB decreto-lei 4.657/1942
92 Suponha‐se que Jacó tenha nascido em Israel, tenha domicílio no Brasil e, ao realizar uma viagem à Síria, tenha falecido. Nesse caso, considerando as disposições contidas na Lei de introdução às normas de direito brasileiro, aplicam‐se as normas sírias para a definição do fim da personalidade de Jacó. 92=Errado, vigora a lei do país onde domiciliada a pessoa, portanto lei brasileira. Art. 70 LINDB decreto lei 4.657/1942
____________________________________________________
Quanto aos direitos da personalidade e à capacidade civil, julgue os itens de 93 a 96.
93 O Código Civil confere proteção jurídica a alguns direitos da personalidade do natimorto, tais como nome, imagem e sepultura. 93=Certo, art. 20 Código Civil, o natimorto é aquele que nasceu morto e, apesar de não ser considerado pessoa, a doutrina reconhece-lhe tutela jurídica. ... Enunciado 1: aproteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura.
94 Diante da impossibilidade de manifestação da vontade, as pessoas que tenham deficiência mental e que não tenham discernimento para a prática dos atos da vida civil são consideradas como absolutamente incapazes. 94=Errado, são relativamente incapazes, art. 40 Código Civil Lei 10.406/2002
95 A liberdade de funcionamento das organizações religiosas, circunstância decorrente da liberdade de
consciência e de crença, não afasta o controle de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro
nem a possibilidade de reexame, pelo Judiciário, da compatibilidade de seus atos com a lei e com seus
estatutos. 95=Certo, art. 44 Iv § 10 código Civil
96 Considere‐se que João, sócio minoritário de uma pessoa jurídica, ao ver o fracasso de seu casamento com Carla e a iminência do divórcio, decida comprar bens para a sociedade em que tem cotas sociais com recursos pessoais, em detrimento de seu cônjuge. Nessa situação, apesar da ausência de previsão legal expressa, será cabível a desconsideração inversa da personalidade jurídica. 96=Certo, informativo 0533 de 12 fevereiro de 2014 “Se o sócio controlador de sociedade empresária transferir parte de seus bens à pessoa jurídica controlada com o intuito de fraudar partilha em dissolução de união estável, a companheira prejudicada, ainda que integre a sociedade empresária na condição de sócia minoritária, terá legitimidade para requerer a desconsideração inversa da personalidade jurídica de modo a resguardar sua meação. Inicialmente, ressalte-se que a Terceira Turma do STJ já decidiu pela possibilidade de desconsideração inversa da personalidade jurídica - que se caracteriza pelo afastamento da autonomia patrimonial da sociedade, para, contrariamente do que ocorre na desconsideração da personalidade jurídica propriamente dita, atingir o ente coletivo e seu patrimônio social, de modo a responsabilizar a pessoa jurídicapor obrigações do sócio -, em razão de uma interpretação teleológica do art. 50 do CC/2002 (REsp 948.117-MS, DJe 3/8/2010). Quanto à legitimidade para atuar como parte no processo, por possuir, em regra, vinculação com o direito material, é conferida, na maioria das vezes, somente aos titulares da relação de direito material. Dessa forma, a legitimidade para requerer a desconsideraçãoé atribuída, em regra, ao familiar que tenha sido lesado, titular do direito material perseguido, consoante a regra segundo a qual "Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei" (art. 6º do CPC). Nota-se, nesse contexto, que a legitimidade para requerer adesconsideração inversa da personalidade jurídica da sociedade não decorre da condição de sócia, mas sim da condição de companheira do sócio controlador acusado de cometer abuso de direito com o intuito de fraudar a partilha. Além do mais, embora a companheira que se considera lesada também seja sócia, seria muito difícil a ela, quando não impossível, investigar os bens da empresa e garantir que eles não seriam indevidamente dissipados antes da conclusão da partilha, haja vista a condição de sócia minoritária. REsp 1.236.916-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/10/2013.”
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Com base nas disposições contidas na Lei n.º 10.406/2002 (Código Civil) sobre a teoria do fato jurídico e sobre os bens, julgue os itens seguintes.
97 Consideram‐se como pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 97=Certo, art. 93 Código Civil 
98 O negócio jurídico praticado por uma pessoa absolutamente incapaz poderá ser convalidado por meio da conversão do negócio jurídico, da confirmação das partes ou do convalescimento temporal. 98=Errado, são nulos os negócios celebrados por absolutamente incapazes art. 166 I com art. 169 Código Civil negócio jurídico nulo não se confirma nem convalesce com o tempo
99 Suponha‐se que Marcos, vendedor de metais preciosos, venda a Leandro, ourives, um cordão de ouro e, após pagar o preço acordado, Leandro descubra ser o cordão de bronze. Nessa situação, apesar da inescusabilidade do erro, dada a profissão de Leandro, o negócio jurídico será inválido. 99=Certo, trata-se de erro quanto ao objeto principal da declaração, que se consubstancia em um engano com relação ao objeto, o sujeito pensa se tratar de um mais é outro. A compra e venda poderá ser anulada em razão do defeito. 
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Acerca das normas jurídicas decorrentes do Código Civil, julgue os itens subsequentes.
100 Entre outros, são considerados como direitos reais o uso, a habitação, a hipoteca, a anticrese, a concessão de uso para fins de moradia e a laje. 100=Certo, art. 1.225 CC inciso V, VI, IX, X, XII e XIII
101 Em razão das modificações constitucionais promovidas pela Emenda Constitucional n.º 66/2010, o instituto da separação judicial foi extinto. 101=Errado, deu nova redação ao §60 do art. 226 CF/88 retirando os dizeres “separação judicial”... contudo há uma controvérsia se há ou não extinção da separação judicial, por que o Código Civil ainda traz o termino da sociedade conjugal com a separação judicial art. 1.571 III Código Civil
102 A diferenciação entre os regimes sucessórios do casamento e da união estável não é compatível com a CF, em razão da afronta, entre outros, aos princípios da proporcionalidade e da proteção deficiente. 102=Certo, 
A Constituição brasileira contempla diferentes formas de família legítima, além da que resulta do casamento. Nesse rol incluem-se as famílias formadas mediante união estável. Não é legítimo desequiparar, para fins sucessórios, os cônjuges e os companheiros, isto é, a família formada pelo casamento e a formada por união estável. Tal hierarquização entre entidades familiares é incompatível com a Constituição de 1988. Assim sendo, o art. 1790 do Código Civil, ao revogar as Leis 8.971/1994 e 9.278/1996 e discriminar a companheira (ou o companheiro), dando-lhe direitos sucessórios bem inferiores aos conferidos à esposa (ou ao marido), entra em contraste com os princípios da igualdade, da dignidade humana, da proporcionalidade como vedação à proteção deficiente, e da vedação do retrocesso. Com a finalidade de preservar a segurança jurídica, o entendimento ora firmado é aplicável apenas aos inventários judiciais em que não tenha havidotrânsito em julgado da sentença de partilha, e às partilhas extrajudiciais em que ainda não haja escritura pública.
[RE 878.694, rel. min. Roberto Barroso, j. 10-5-2017, P, DJE de 6-2-2018, Tema 809.]
Vide RE 646.721, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, j. 10-5-2017, P, DJE de 11-9-2017, Tema 498
Não há razão para aplicar ao caso de uniões estáveis homoafetivas solução diversa da que apliquei em meu voto no RE 878.694. Como afirmei naquele julgamento, inexiste fundamento constitucional para estabelecer-se diferenciação entre os múltiplos modelos de família, que, embora não constituídos pelo casamento, sejam caracterizados pelo vínculo afetivo e pelo projeto de vida em comum, incluindo-se aí as uniões entre pessoas do mesmo sexo. (...) Ante o exposto, divirjo do voto do ministro relator, para dar provimento ao recurso, reconhecendo de forma incidental a inconstitucionalidade do art. 1.790 do CC/2002, por violar a igualdade entre as famílias, consagrada no art. 226 da CF/1988, bem como os princípios da dignidade da pessoa humana, da vedação ao retrocesso e da proteção deficiente. Como resultado, declaro o direito do recorrente de participar da herança de seu companheiro em conformidade com o regime jurídico estabelecido no art. 1.829 do CC/2002, que deve ser aplicado nos casos de uniões hétero e homoafetivas. Assento, para fins de repercussão geral, a seguinte tese: “É inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros prevista no art. 1.790 do CC/2002, devendo ser aplicado, tanto nas hipóteses de casamento quanto nas de união estável, o regime do art. 1.829 do CC/2002”.
[RE 646.721, voto do rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, j. 10-5-2017, P, DJEde 11-9-2017, Tema 498.]
RE 878.694, rel. min. Roberto Barroso, j. 10-5-2017, P, DJE de 6-2-2018, Tema 809
Vide ADI 4.277 e ADPF 132, rel. min. Ayres Britto, j. 5-5-2011, P, DJE de 14-10-2011
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A Lei n.º 13.105/2015 adotou, para explicar a natureza jurídica do direito de ação, conforme entendimento doutrinário, a teoria eclética, segundo a qual o direito de ação não se confunde com o direito material, inclusive existindo de forma autônoma e independente. A respeito do direito de
ação, julgue os itens que se seguem.
103 Segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, para a aferição das condições da ação de
legitimidade ativa e interesse processual, deve‐se adotar a teoria da asserção. 103=Certo
Informativo 0615 de 6 dezembro 2017. REsp 1.705.311-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 09/11/2017, DJe 17/11/2017consoante o entendimento consolidado do STJ, as condições da ação são averiguadas de acordo com a teoria da asserção (REsp 1.605.470-RJ, Terceira Turma, DJe 01/12/2016; REsp 1.314.946-SP, Quarta Turma, DJe 09/09/2016), razão pela qual, para que se reconheça a legitimidade ativa, os argumentos aduzidos na inicial devem possibilitar a inferência, em um exame puramente abstrato, de que o autor pode ser o titular da relação jurídica exposta ao juízo.
104 Por falta de interesse processual, não se admite a postulação em juízo apenas com a finalidade de
declaração do modo de ser de uma relação jurídica. 104=Errado, art. 19 I com art. 20 no Código Processo Civil 2015 vê-se o interesse de agir do autor, e não sobre os pedidos voltados às situações possíveis ou impossíveis juridicamente
À luz do Código de Processo Civil, julgue os itens subsequentes quanto à intervenção de terceiros.
105 Suponha‐se que, nos autos de um determinado processo, Carlos ingresse como assistente simples de Moisés e, após a prolação de sentença de improcedência de seu pedido, Moisés, de forma expressa, renuncie a seu direito de recorrer. Nesse caso, Carlos poderá interpor recurso para manifestar sua própria irresignação à manifestação judicial. 105=Errado, o CPC admite que o assistente faça quesitos, compareça à audiência, ofereça memoriais, recorra e sustente oralmente perante qualquer juízo ou tribunal, pode recorrer se o assistido não o faça desde que não atue violando expressamente a vontade do assistido ( STJ 20 turma AgRg no Ag 447.608/RJ Relato Casto Meira DJe 04/12/2003
106 Ainda que não seja revel, mas apenas omisso, o assistente simples será considerado como substituto processual do assistido. 106=Certo, parágrafo único do art. 121 do CPC Lei 13.105/2015
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Com relação ao direito processual civil, à advocacia pública e à forma dos atos processuais, julgue os itens que se seguem.
107 As autarquias e fundações de direito público terão prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. 107=Certo, art. 183 do CPC Lei 13.105/2015
108 Os atos processuais devem ser realizados em dias úteis, das seis às vinte horas, salvo em relação à prática eletrônica desses atos, que poderá ocorrer, em qualquer horário, até as 24 horas do último dia do prazo. 108=Certo, arts. 212 e 213 do CPC Lei 13.105/2015
109 Considere‐se que Roberto, juiz de direito, tenha determinado a intimação de Rubens, réu em processo civil, para comparecer em juízo, mas não tenha estabelecido um prazo. Nesse caso, Rubens deverá atender ao comando judicial no prazo de 48 horas. 109=Certo, § 20 do art. 218 do CPC Lei 13.105/2015
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Com base no Código de Processo Civil, julgue os itens seguintes.
110 Após o oferecimento de contestação, caso sejam constatadas irregularidades que dificultem o julgamento do mérito, se houver concordância do réu, o juiz, com base no princípio da primazia do mérito, oportunizará ao autor a faculdade de emendar a petição. 110=Errado, art. 321 do CPC Lei 13.105/2015 a emenda da inicial só pode ocorrer até a contestação, apresentada a contestação, vedada está a determinação de emenda (STJ, 2. ªTurma, REsp 726.125/SP, reL Min. Eliana Calmon,j. 12.06.2007, D]29.06.2007, p. 533; contra, STJ, l." Turma, REsp 837. 449/MG, rei. Min. Denise Axruda,j. 08.08.2006, Df3l.08.2006, p. 266). 
111 Nas hipóteses em que a ilegitimidade seja arguida em sede de contestação, exige‐se, sempre que se tiver conhecimento, que o réu indique o sujeito passivo da relação jurídica discutida em juízo, sob pena de ser condenado ao pagamento das despesas processuais e de indenização ao autor pelos prejuízos que tiver. 111=Certo, art. 339 do CPC Lei 13.105/2015
112 Após a interposição do recurso de apelação contra uma sentença, se houver o acolhimento de embargos de declaração opostos pela parte contrária, independentemente de nova sucumbência, será cabível a complementação ou alteração das razões da apelação. 112=Errado, tem direito no exato limite da modificação §§ 40 e 50 do art. 1.024 do CPC Lei 13.105/2015
QUADRIX ADVOGADO CRA-PR APLICADA 17/02/2019
Com relação à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e à interpretação dos dispositivos legais, julgue os itens de 91 a 94.
91 A lei posterior somente revoga a lei anterior quando expressamente assim o declare. 91=Errado, revoga quando: expressamente o declare, é incompatível com a anterior, regule matéria inteira da lei anterior § 10 do art. 20 decreto-lei 4.657/1942
92 A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o direito adquirido, a coisa julgada e o ato jurídico perfeito, este último reputado como aquele já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. 92=Certo, art. 60 com § 10
93 A lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, salvo disposição em contrário. 93=Errado, não se restaura, § 30 do art. 20
94 Segundo a teoria objetiva de interpretação, o intérprete deve se ater à real vontade das leis, à mens legis, desligando‐se do seu elaborador. 94=Certo, 
“a Teoria Objetiva preconiza a da busca da vontade da lei, pois o legislador, ao escrever uma lei, não estaria transcrevendo uma vontade sua, mas uma vontade maior, advinda da sociedade. Dessa forma, o Direito não estaria preso às velhos institutos, que poderiam ser facilmente adaptados à realidade, que é dinâmica e exige que o Direito a acompanhe.Outro fator que também afastou a teoria objetiva de buscar a vontade do legislador residia na dificuldade de determiná-la. Isso porque é fácil descobrir a vontade do legislador num regime totalitário, pois essa será única do chefe de Governo, mas num regime democrático, no qual há a pluralidade de vontades traduzidas e apuradas em uma única lei, essa missão se torna muito mais difícil. Afirmavam ainda, que o legislador não poderia prever, no momento que faz a lei, qual será sua abrangência, pois a lei, como descreve uma conduta genérica, abstrata e impessoal, poderá ter uma alcance muito mais amplo que as próprias aspirações do legislador. “
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Quanto aos fatos e atos jurídicos, julgue os itens de 95 a 98.
95 Consideram‐se como fatos jurídicos os acontecimentos que, de forma direta ou indireta, ocasionem efeitos jurídicos. 95=Certo, “Fatos jurídicos são todos os acontecimentos (provindos da atividade natural ou humana) capazes de influenciar na órbita do direito por criar, modificar ou extinguir relações jurídicas. O instituto "fato jurídico" como um todo é chamado de "fato jurídico lato sensu". “
96 Salvo disposição em contrário, a validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, à transferência, à modificação ou à renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País independe de escritura pública. 96=Errado, dependem art. 108 do Código Civil Lei 10.406/2002
97 As consequências dos atos jurídicos em sentido estrito são reguladas e determinadas pela manifestação de vontade do agente. 97=Errado, 
Os Atos jurídicos em sentido estrito são aqueles que derivam de um comportamento humano, nos quais os efeitos jurídicos (criação, conservação, modificação ou extinção de direitos) estão fundamentalmente previstos na lei. Neste tipo de ato a manifestação de vontade não se subordina ao campo da autonomia privada, ou seja, o agente não possui a faculdade de moldar os efeitos que sua manifestação de vontade produzirá.
Um exemplo que ilustra essa ausência de autonomia do agente nessa espécie de ato jurídico é o reconhecimento de filho. O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 26, permite que este filho seja reconhecido de vários modos: no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura, etc. Nesse caso, o agente não possui a autonomia de modificar os efeitos do reconhecimento da paternidade, excluindo o filho reconhecido da herança legal, por exemplo. Dessa forma, não existirá autonomia privada dependendo da intenção da vontade do agente, visto que do ato jurídico em sentido estrito surgem efeitos jurídicos já previstos na lei e que não podem ser afastados ou modificados, bem como nenhum outro efeito pode ser acrescentado
98 Nas declarações de vontade, atender‐se‐á mais à intenção nelas consubstanciada que ao sentido literal da linguagem. 98=Certo, art. 112 do Código Civil Lei 10.406/1002
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No que tange ao direito de família, julgue os itens de 99 a 102.
99 De acordo com a teoria eclética, o casamento é um negócio jurídico bilateral sui generis, sendo um contrato quanto aos aspectos de sua formação e uma instituição no que toca a seu conteúdo. 99=Certo, 
“a teoria eclética ou mista, nela considera-se o casamento um ato de complexidade que abrange as duas teorias, tanto a contratualista como a institucional. Nas palavras de Carvalho Santos: “É um contrato todo especial, que muito se distingue dos demais contratos meramente patrimoniais. Porque, enquanto estes só giram em torno do interesse econômico, o casamento se prende a elevados interesses morais e pessoais e de tal forma que, uma vez ultimado o contrato, produz ele efeitos desde logo, que não mais podem desaparecer, subsistindo sempre e sempre como que para mais lhe realçar o valor”. Rolf Madaleno diz que, “Nem mesmo com as novas tendências de liberação dos relacionamentos estáveis e informais da mútua convivência, formada ao espelho do casamento e adiante do solene ritual da sua celebração, seria possível vislumbrar uma natureza meramente contratual da união estável, pois, também presente o regramento estatal no momento de impor o reconhecimento jurídico da existência e validade da união estável, sempre quando efetivamente preenchidos os seus pressupostos preestabelecidos por lei”
100 O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos. 100=Certo, sumula 358 do STJ
101 Os maiores de setenta anos de idade podem se casar em regime de separação de bens, desde que com autorização judicial. 101=Errado, não necessita autorização judicial, art. 1.641 II Código Civil lei 10.406/2002 é norma de ordem pública,indisponível, indeclinável pela autonomia privada, podendo por celebração de pacto antinupcial afastar a sumula 377 do STF.
102 O bem de família voluntário somente pode ser instituído por testamento ou instrumento particular, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição. 102=Errado, terceiro pode instituir bem de família voluntário ou convencional por doação art. 1711 parágrafo único do Código Civil
Julgue os itens de 103 a 105 a respeito dos registros públicos.
103 Não serão cobrados emolumentos pelo registro civil de nascimento, pelo assento de óbito ou pela primeira certidão respectiva. 103=Certo, art. 30 da Lei 6.015/1973
104 Quando a lei criar novo cartório, e enquanto este não for instalado, os registros continuarão a ser feitos no cartório que sofreu o desmembramento, sendo necessário repeti‐los no novo ofício após sua instalação. 104=Errado, art. 27 e 170 da Lei 6.015/1973
105 Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser dado a registro, necessariamente no lugar em que tiver ocorrido o parto, dentro do prazo de quinze dias, que será ampliado, em até três meses, para os lugares distantes mais de trinta quilômetros da sede do cartório. 105=Errado, no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da residência dos pais. Art. 50 da Lei 6.015/1973
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Julgue os itens de 106 a 110, relativos ao processo de execução.
106 Em execução fiscal, o prazo de um ano de suspensão do processo e o prazo posterior para que ocorra a prescrição intercorrente têm início automaticamente a partir da ciência da Fazenda Pública da não localização ou da inexistência de bens do devedor. 106=Certo, súmula 314 do STJ com art. 40 da Lei 6.830/1980
Recurso Repetitivo. REsp 1340553/RS Relato Mauro Campbell marques. S1 primeira seção DJe 16/10/2018. “Nem o Juiz e nem a Procuradoria da Fazenda Pública são os senhores do termo inicial do prazo de 1 (um) ano de suspensão previsto no caput, do art. 40, da LEF, somente a lei o é (ordena o art. 40: "[...] o juiz suspenderá [...]"). Não cabe ao Juiz ou à Procuradoria a escolha do melhor momento para o seu início. No primeiro momento em que constatada a não localização do devedor e/ou
ausência de bens pelo oficial de justiça e intimada a Fazenda Pública, inicia-se automaticamente o prazo de suspensão, na forma do art. 40, caput, da LEF. Indiferente aqui, portanto, o fato de existir petição da Fazenda Pública requerendo a suspensão do feito por 30, 60, 90 ou 120 dias a fim de realizar diligências, sem pedir a suspensão do feito pelo art. 40, da LEF. Esses pedidos não encontram amparo fora do art. 40 da LEF que limita a suspensão a 1 (um) ano. Também indiferente o fato de que o Juiz, ao intimar a Fazenda Pública, não tenha expressamente feito menção à suspensão do art. 40, da LEF. O que importa para a aplicação da lei é que a Fazenda Pública tenha tomado ciência da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido e/ou da não localização do devedor. Isso é o suficiente para inaugurar o prazo, ex lege. 4. Teses julgadas para efeito dos arts.1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973): 4.1.) O prazo de 1 (um) ano de suspensão do processo e do respectivo prazo prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei n. 6.830/80 - LEF tem início
automaticamente na data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido, havendo, sem prejuízo dessa contagem automática, o dever de o magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução;”
107 A interrupção do prazo de prescrição intercorrente em execução fiscal pressupõe efetiva constrição
patrimonial, não bastando o mero peticionamento em juízo pela Fazenda. 107=Certo, Informativo 0635 de 9 de novembro de 2018 REsp 1.340.553-RS Relato Mauro Campbell Marques, DJe 16/10/2018 (Tema 568) “A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a interromper o curso da prescrição intercorrente, não bastando para tal o mero peticionamento em juízo, requerendo, v.g., a feitura da penhora sobre ativos financeiros ou sobre outros bens. Os requerimentos feitos pelo exequente, dentro da soma do prazo máximo de 1 (um) ano de suspensão mais o prazo de prescrição aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) deverão ser processados, ainda que para além da soma desses dois prazos, pois, citados (ainda que por edital) os devedores e penhorados os bens, a qualquer tempo – mesmo depois de escoados os referidos prazos –, considera-se interrompida a prescrição intercorrente, retroativamente, na data do protocolo da petição que requereu a providência frutífera.”
108 Com a sobrevinda do CPC de 2015, não mais são cabíveis honorários sucumbenciais em cumprimento individual de sentença proferida em ação coletiva que não haja sido impugnada pela Fazenda Pública. 108=Errado, § 30 do art. 85 do CPC Lei 13.105/2015 com súmula 345 do STJ Informativo 0628 de 3 de agosto de 2018 REsp 1.648.238-RS Relator Gurgel de Farita DJe 27/06/2018 (Tema 973) ‘O art. 85, § 7º, do CPC/2015 não afasta a aplicação do entendimento consolidado na Súmula 345 do STJ, de modo que são devidos honorários advocatícios nos procedimentos individuais de cumprimento de sentença decorrente de ação coletiva, ainda que não impugnados e promovidos em litisconsórcio.”
109 Nas execuções em geral, as medidas expropriatórias não observam necessária gradação, sendo possível à parte desinteressada na adjudicação ou na alienação por iniciativa particular o pronto requerimento de alienação em leilão judicial. 109=Certo, art. 880 com 881 do CPC Lei 13.105/2015 
“Ordem de preferência das técnicas de alienação. A alienação judicial de bens é a técnica residual do código, só devendo ser empregada quando não houver interesse na adjudicação ou na alienação pela iniciativa particular. A forma judicial de alienação é o leilão judicial, realizado por leiloeiro público. O CPC/2015 não faz mais a diferença, existente no código anterior, entre hasta e leilão. A alienação em leilão judicial presencial ou eletrônico é, por sua vez, meio subsidiário de satisfação da execução. Nos termos do art. 881, essa forma de alienação somente será realizada quando a adjudicação ou a alienação por iniciativa particular não tiver sido efetivada. Assim, frustrada a possibilidade de adjudicação e de alienação por iniciativa particular, com a finalidade de converter os bens penhorados em dinheiro, outro caminho não resta senão o leilão ou, dependendo das circunstâncias, apropriação de frutos e rendimentos de empresa, de estabelecimentos ou de outros bens. No âmbito do processo executivo, a alienação judicial far-se-á por leiloeiro público, com a finalidade de, por meio de arrematação, proceder à conversão dos bens em dinheiro, para posterior pagamento do credor. O leilão pode ser presencial ou eletrônico, mas a lei dá preferência à segunda modalidade (art. 882). Em todo caso, o procedimento desdobra-se em três fases: atos reparatórios, leilão e assinatura do auto.”
110 A complementariedade e a subsidiariedade da obrigação alimentar dos avós não têm o condão de atenuar a prisão civil como técnica coercitiva. 110=Errado, AgInt no AREsp 740032/BA Relator Marco Aurélio Belizze, T3 terceira turma DJe 02/10/2017 “AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE ALIMENTOS.OBRIGAÇÃO DO AVÔ PATERNO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA E COMPLEMENTAR. NECESSIDADE DE ESGOTAMENTO DOS MEIOS PROCESSUAIS PARA LOCALIZAÇÃO DO GENITOR. AGRAVO DESPROVIDO. 1. A obrigação dos avós de prestar alimentos aos netos é subsidiária e complementar, tornando imperiosa a demonstração da inviabilidade de prestar alimentos pelos pais, mediante o esgotamento dos meios processuais necessários à coerção do genitor para o cumprimento da obrigação alimentar, inclusive por meio da decretação da sua prisão civil, prevista no art. 733 do CPC, para só então ser possível o redirecionamento da demanda aos avós.”
Acerca dos honorários advocatícios, julgue os itens de 111 a 115.
111 O Supremo Tribunal de Justiça, em verificando a inobservância indevida dos parâmetros de cálculo de honorários fixados pelo CPC de 2015, deverá, ao reformar o acórdão, já calculá‐los, a bem da razoável duração do processo. 111=Errado, REsp 1647246/PE Relator Napoleão Nunes Maia Filhoa T1 primeira turma DJe 19/12/2017 “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA. DIREITO INTERTEMPORAL. REGIME JURÍDICO APLICÁVEL. PROPOSITURA DA AÇÃO SOB A ÉGIDE DO ESTATUTO PROCESSUAL CIVIL DE 1973. PROLAÇÃO DE SENTENÇA QUANDO EM VIGOR O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. APLICABILIDADE DA NOVEL LEGISLAÇÃO. NECESSIDADE DE ARBITRAMENTO DA VERBA HONORÁRIA SUCUMBENCIAL À LUZ DO ART. 85 DA LEI N. 13.105/2015. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. I - Consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na sessão realizada em 09.03.2016, o regime recursal será determinado pela data da publicação do provimento jurisdicional impugnado. In casu, aplica-se o Código de Processo Civil de 2015 no julgamento do Agravo Interno. II - Consoante o entendimento desta Corte, a sentença é o marco para delimitação do regime jurídico aplicável à fixação de honoráriosadvocatícios, revelando-se incorreto seu arbitramento, com fundamento no CPC de 1973, posteriormente à 18.03.2016 (data da entrada em vigor da novel legislação). III - Inviabilizado, in casu, o arbitramento dos honoráriosadvocatícios de sucumbência, com base no art. 85 do Código de Processo Civil de 2015, sob pena de restar configurada a supressão de grau de jurisdição e desvirtuar a competência precípua desta Corte em grau recursal (uniformização da interpretação da legislação federal), mediante a fixação de honorários de sucumbência casuisticamente e não apenas nas hipóteses de irrisoriedade e exorbitância no seu arbitramento. IV - Necessidade de reforma do acórdão recorrido, a fim de que seja procedido novo julgamento da apelação, com análise dos honorários advocatícios de sucumbência, respeitadas as peculiaridades do caso concreto, com base no estatuto processual civil de 2015. V - Recurso Especial parcialmente provido.”
112 Os honorários advocatícios contratuais são contemplados pelas despesas processuais em sentido
amplo e, por consequência, nos ônus sucumbenciais quando houver requerimento expresso nesse sentido. 112=Errado, i) honorários contratuais, que são aqueles acertados entre advogado e cliente, com base na autonomia privada, com os ii) honorários de sucumbência, aqueles que decorrem da condenação da parte vencida (sucumbente) a pagar honorários diretamente ao advogado da parte vencedora, em um processo judicial.
Vale dizer, a relação entre advogado e cliente gera, no mais das vezes, honorários contratuais, convencionados na esfera da autonomia privada das partes da relação de confiança, enquanto que, no âmbito do processo judicial, emerge outra remuneração, atinente aos honorários de sucumbência. Ambas as espécies de honorários, convencionais (ou fixados por arbitramento) e de sucumbência são cumulativos e pertencem ao advogado, como formade remunerá-lo pelo seu serviço indispensável à administração da Justiça.
113 A multa de 10% devida em razão do não pagamento espontâneo em cumprimento de sentença condenatória em obrigação de pagar quantia certa integra a base de cálculo dos honorários sucumbenciais para a fase de execução. 113=Errado, § 10 do art. 523 do CPC Lei 13.105/2015, nãointegra a incidência dos honorários é apenas sobre o valor do debito principal fixado. REsp 1.757.033/DF Relator Ministro Villas Bôas Cueva, T3 terceira turma
114 Os honorários periciais são contemplados pelas despesas processuais em sentido amplo e, por
consequência, nos ônus sucumbenciais. 114=Certo, o vencido responderá integralmente pelo pagamento da perícia, ressarcindo, se for o caso, a parte vencedora que tiver adiantado a despesa. A responsabilidade pelo pagamento final dos honorários dos assistente e do perito obedece a regra da sucumbência ( STJ, 2a turma REsp 697.050/CE)
115 Nos cumprimentos de sentença em geral, somente há de se falar em honorários sucumbenciais se houver resistência do devedor. 115=Errado, em execução. Do mais cabe honorários sucumbenciais em fase de cumprimento de sentença. 
___________________________________________________
No que se refere à ordem dos processos de competência originária dos tribunais, julgue os itens de 116 a 120.
116 O incidente de assunção de competência, que independe de multiplicidade de processos, depende de provocação do relator, não podendo ser suscitado por requerimento da parte integrante do caso concreto. 116=Errado, § 10 art. 947 do CPC Lei 13.105/2015
117 O prévio pronunciamento do Plenário ou do órgão especial do tribunal não desonera a turma ou a câmara de nova remessa de arguição de inconstitucionalidade sobre uma mesma questão àquele colegiado, dispensa esta que somente tem lugar quando houver posicionamento do Supremo Tribunal Federal. 117=Errado, não submeterão. Art. 949 parágrafo único CPC Lei 13.105/2015
118 O conflito de competência, positivo ou negativo, uma vez suscitado, suspende automaticamente o processo. 118=Errado, o relator caso seja o conflito positivo poderá determinar o sobrestamento art. 955 do CPC Lei 13.105/2015
119 O precedente firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas alcança os processos que tramitem nos juizados especiais do respectivo Estado ou região. 119=Certo, art. 927 III com art. 985 I do CPC Lei 13.105/2015
120 A reclamação para garantia de observância de enunciado de súmula vinculante ou de acórdão
proferido em incidente de resolução de demandas repetitivas ou em incidente de assunção de competência tem lugar tanto quando a decisão reclamada deixar de aplicar o entendimento a casos que deveriam ser por ele alcançados quanto quando o entendimento é aplicado indevidamente a caso por ele não contemplado. 120=Certo, Art. 988 IV com § 40 do CPC Lei 13.105/2015
QUADRIX CONTADOR NÍVEL SUPERIOR CRA-PR APLICADA 17/02/2019
No que concerne à lei geral de sociedades anônimas e aos princípios fundamentais da contabilidade, julgue os itens de 111 a 120.
111 É vedado instituir ações preferenciais com direito de voto na eleição dos membros dos órgãos de
administração ou nas alterações estatutárias. 111=Errado, pode haver ações preferenciais com e sem direito de voto, art. 111 §§ 1 e 2 da Lei 6.404/1976
112 Se determinado lote de ações preferenciais não tiver previsão para recebimento prioritário de dividendos nem prioridade no reembolso do capital, ficará vedada a negociação dessas ações no mercado de valores mobiliários. 112=Certo, § 10 do art. 17 da Lei 6.404/1976
113 Se duas debêntures pertencerem à mesma série, elas terão obrigatoriamente o mesmo valor nominal e seus titulares terão os mesmos direitos. 113=Certo, parágrafo único do art. 53 da Lei 6.404/1976
114 Para a constituição de uma companhia, é suficiente que o capital social seja subscrito por, pelo menos, duas pessoas e que os fundadores realizem, em dinheiro, a parcela mínima estabelecida por lei do preço de subscrição das ações. 114=Errado, exige os requisitos do art. 80 da Lei 6.404/1976
115 Se determinado acionista não realizar o capital subscrito nas condições previstas no estatuto ou no boletim de convocação dos órgãos de administração, será automaticamente desligado da sociedade. 115=Errado, será constituído em mora § 20 do art. 106 lei 6.404/1976
116 As partes beneficiárias e as debêntures emitidas por determinada companhia podem ser convertidas em ações para efeito de aumento de capital. 116=Certo, § 20 do art. 59 com art. 166 III da Lei 6.404/1976
117 O regime de competência retrata os efeitos das transações e de outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e as reivindicações da entidade que reporta a informação nos períodos em que esses efeitos são produzidos. 117=Certo, 
118 As demonstrações contábeis partem do pressuposto de que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em processo de liquidação ou de reduzir materialmente a escala de suas operações. 118=Certo
119 As demonstrações contábeis devem superestimar as receitas em respeito ao princípio da prudência. 119=Errado
120 Os elementos das demonstrações contábeis devem ser mensurados por um critério único, que mantenha a coerência em todos os demonstrativos. 120=Errado
Fiscal CRO PB 2018 quadrix superior
Acerca da responsabilidade em odontologia, julgue os itens subsequentes.
111 Responsabilidade civil odontológica é o dever jurídico do cirurgião‐dentista de responder por atos praticados durante o exercício da profissão quando ilicitamente causar danos a seu paciente ou a terceiros. 111= certo
112 A culpa in eligendo ocorre quando um indivíduo escolhe mal o preposto, podendo ser exemplificada pelo caso de um cirurgião‐dentista que encaminhe um paciente especificamente para outro cirurgião‐dentista, que, por sua vez, cause dano ao paciente por erro na técnica aplicada. 112= cancelada pela banca, errada.
113 Um cirurgião‐dentista que extraia um dente de um paciente, de forma descuidada, removendo também o dente vizinho, poderá ser responsabilizado civilmente, mas não criminalmente. 113= errado
114 A responsabilização civil e criminal poderá resultar em sanções, respectivamente, de restrição de direitos e de suspensão da habilitação profissional. 114= errado
115 Imperícia é a ação precipitada, insensata, geralmente na forma comissiva; é a conduta que a cautela indica que deveria ser evitada. 115= errado, imperícia é não saber realizar o procedimento, trata-se de imprudência.
116 A responsabilidade civil do cirurgião‐dentista é de natureza objetiva, ou seja, não depende da verificação de culpa. 116= errado, depende da comprovação de culpa. 
Prof. De Atividades de suporte/Especialista ADVOGADO, quadrix 2018, nível superior
No que se refere aos embargos de divergência, julgue os itens de 86 a 90.
86 Os embargos de divergência pressupõem, como hipótese de cabimento, dissenso entre órgãos
fracionários necessariamente distintos. 86=errado, cabe para mesma turma, § 3 do art. 1.043 do CPC Lei 13.105/2016
87 A divergência ensejadora dos embargos há de ser atual, não comportando conhecimento o recurso que invoque, como paradigma, julgado anterior à consolidação de entendimento. 87=certo, súmula 168 do STJ
88 São admitidos embargos de divergência quando o dissenso se evidenciar em acórdão proferido em agravo interno que julga recurso especial ou recurso extraordinário, não se admitindo o recurso, todavia, se a divergência se operar em agravo contra inadmissão de recurso especial ou de recurso extraordinário. 88=certo
89 A divergência autorizadora da oposição dos embargos deve dizer respeito a direito material, não se admitindo o dissenso sobre questões processuais. 89=errado
90 O desprovimento de embargos de divergência exigirá do recorrente a ratificação de eventual recurso
extraordinário que, anteriormente interposto, esteja pendente de julgamento. 90=errado
Com relação a amicus curiae, julgue os itens de 91 a 94.
91 O pedido de ingresso como amicus curiae deduzido por Conselho de Fiscalização Profissionaltem o condão de deslocar a competência de processamento e julgamento do feito para a Justiça Federal. 91=errado
92 O amicus curiae, por não ser parte nem terceiro prejudicado, não possui legitimidade ou interesse para interpor qualquer recurso. 92=errado
93 Somente podem intervir como amicus curiae pessoas jurídicas ou órgãos. 93=errado
94 A intervenção do amicus curiae exige provocação, não se admitindo por atuação de ofício do juízo.94=errado
Com base na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, com as alterações introduzidas pela
Lei n.º 13.655/2018, julgue os itens de 95 a 99.
95 A proibição do comportamento contraditório (Nemo potest venire contra factum proprio) subordina a Administração, impedindo, por exemplo, que mudança de orientação geral fundamente a invalidação de ajuste cuja produção já se haja completado. 95=certo, art. 24 do Decreto-Lei 4.657/1942
96 As opiniões técnicas sem caráter vinculativo não podem ensejar a responsabilidade pessoal do agente público que as manifesta. Uma vez migrando para a motivação do ato praticado pela autoridade competente, o fundamento se torna responsabilidade dessa. 96=errado, a responsabilidade também será do que realizou a opinião técnica. Art. 28 Decreto-Lei 4.657/1942
97 A bem da segurança jurídica, não se admitem decisões na esfera administrativa baseadas em valores jurídicos abstratos. 97=errado, se admitem desde que sejam consideradas as conseqüências práticas da decisão, art. 20 do Decreto Lei 4.657/1942
98 A mudança de orientação sobre norma de conteúdo aberto deverá prever regime de transição quando o exigir o interesse geral. 98=certo, art. 23 Decreto-Lei 4.657/1942
99 As normas de gestão pública exigem, em sua interpretação, que se considerem aspectos práticos,
como, por exemplo, as dificuldades reais enfrentadas pelo gestor. 99=certo, art. 22 do Decreto-Lei 4.657/1942
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A partir do Código de Processo Civil, julgue os itens de 100 a 104 a respeito do incidente de resolução de demandas repetitivas.
100 Caso já haja questão de direito repetitiva afetada para julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça no âmbito de sua competência, o incidente de resolução de demandas repetitivas poderá ser instaurado no segundo grau, mas será imediatamente sobrestado. 100=errado, § 4 do art. 976 da Lei 13.105/2015
101 Durante o período de suspensão das demandas repetitivas, eventuais pedidos de tutela de urgência
deverão ser deduzidos perante o juízo em que tramitam os processos. 101=certo § 2 do art. 982
102 Julgado o incidente, a tese firmada será aplicada a todos os processos que tratem do tema, excetuados aqueles em curso perante os Juizados Especiais, que somente observarão julgados emanados da Turma Nacional de Uniformização. 102=errado, art. 985 I da Lei 13.105/2015
103 A suspensão das demandas repetitivas poderá ser estendida nacionalmente, para além do estado ou da região, mediante requerimento da parte interessada ao Superior Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal. 102=certo, §§ 3 e 4 do art. 982, da lei 13.105/2015
104 Não julgado o incidente em um ano, cessa a suspensão das demandas repetitivas, salvo decisão fundamentada em sentido contrário. 104=certo, parágrafo único do art. 980, da lei 13.105/2015
Arquitetura e Urbanismo, CODHAB, quadrix, 2018 nível superior
De acordo com a Lei Federal n.º 6.766/1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências, julgue os itens que se seguem.
82 Considera‐se como loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos nem no prolongamento, na modificação ou na ampliação dos já existentes. 82=errado, com aberturas de novas vias de circulação, logradouros públicos, prolongamentos. § 1 do art. 2
83 Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê‐lo ao
registro imobiliário dentro de um ano, a contar da data de aprovação, sob pena de caducidade do ato. 83=errado, dentro de 180 dias, art. 18
84 Uma vez realizado, o registro de loteamento não poderá ser cancelado. 84=errado, poderá, art. 23 e seus incisos
Acerca do Estatuto das Cidades (Lei n.º 10.257/2001), julgue os itens subsequentes.
105 Entende‐se por usucapião especial de imóvel urbano a aquisição de área ou edificação urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, que esteja em posse de uma pessoa por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando‐a para sua moradia ou de sua família, desde que esta não seja proprietária de outro imóvel urbano ou rural. 105=certo, art. 9 
106 O direito de preempção confere ao Poder Público estadual ou à União a preferência para a aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares. 106=errado, confere ao poder público municipal, art. 25
Analista Direito e Legislação CODHAB Quadrix, 2018, nível superior
Conforme a Lei n.º 6.766/1979, julgue os itens a seguir a respeito de parcelamento do solo urbano.
41 O parcelamento do solo urbano somente poderá ser feito mediante loteamento. 41=errado, mediante loteamento ou desmembramento, art. 2
42 Nas desapropriações, não serão considerados como loteados ou loteáveis para fins de indenização os
terrenos ainda não vendidos ou compromissados, objeto de loteamento ou desmembramento não
registrado. 42=certo, art. 42
43 Constitui crime registrar loteamento não aprovado pelos órgãos competentes, contudo é lícito efetuar registro de contrato de venda de loteamento ou desmembramento não registrado. 43=errado, art. 52
44 Ocultar ou falsear as informações sobre a legalidade de loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos nos prospectos e nas comunicações veiculadas ao público é permitido como estratégia de mercado e, por isso, não gera qualquer responsabilização criminal. 44=errado, art. 50 III gera pena de 1 a 4 anos + multa de 5 a 50 vezes o maior salário mínimo vigente.
Analista Direito e Legislação CODHAB Quadrix, 2018, nível superior
À luz da Lei n.º 13.465/2017, julgue os itens de 55 a 58 acerca de regularização fundiária rural e urbana.
55 Entende‐se por exploração indireta a atividade econômica exercida em imóvel rural e gerenciada
diretamente pelo ocupante, com o auxílio de seus familiares ou de terceiros, ainda que sejam assalariados, ou por meio de pessoa jurídica de cujo capital social ele seja titular majoritário ou integral.55=errado, trata-se de exploração direta, a exploração indireta: atividade econômica exercida em imóvel rural e gerenciada, de fato ou de direito, por terceiros, que não sejam os requerentes. Art. 4 III e IV
56 Cultura efetiva é a exploração agropecuária, agroindustrial, extrativa, florestal, pesqueira, de turismo
ou de outra atividade similar que não envolva a exploração do solo. 56=errado, art. 4 V
57 O descumprimento das condições resolutivas pelo titulado implica resolução de pleno direito do título de domínio ou do termo de concessão, declarada no processo administrativo que apurar o descumprimento das cláusulas resolutivas, assegurados os princípios da ampla defesa e do contraditório.57=certo, art. 18
58 A demarcação urbanística consiste no procedimento destinado a identificar os imóveis públicos e privados abrangidos pelo núcleo urbano informal e a obter a anuência dos respectivos titulares de direitos inscritos na matrícula dos imóveis ocupados, culminando com averbação da viabilidade da regularização fundiária na matrícula desses imóveis, a ser promovida a critério do município. 58=certo, art. 11 IV
Analista DIREITO E LEGISLAÇÃO, CODHAB quadrix 2018, nível superior
Considerando as normas referentes aos bens, aos negócios jurídicos e aos contratos, julgue os itens de 97 a 102.
97 São considerados como bens as coisas materiais, concretas, úteis aos homens, de expressão econômica e suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente apreciáveis. 97=certo
98 As energias que tenham valor econômico são consideradascomo bens imóveis. 98=errado, art. 83 I Código Civil
99 Os bens públicos dominicais, diversamente dos bens de uso comum do povo e dos de uso especial, não possuem destinação pública. 99=certo, bens dominicais são patrimônios de direito pessoal, ou real art. 99 III + art. 101 do código civil
100 A oblação, que, em regra, não depende de forma especial, é manifestação de vontade que dá início à formação do contrato. 100=certo, (oblação = aceitação) ver oblato (pessoa a quem é feita a proposta de um contrato), policitado = pessoa a quem é feita a proposta ou policitação e policitante = proponente, ou pessoa que faz a proposta de um negócio ou propõe a realização de um negócio.
101 O erro, o dolo, a fraude contra credores, o estado de perigo e a lesão são defeitos do negócio jurídico que consistem em vícios de consentimento, uma vez que provocam manifestação de vontade não correspondente com o íntimo e verdadeiro querer do agente. 101=certo, 
102 São nulos de pleno direito os negócios jurídicos quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. 102=errado, são anuláveis. Art. 138 do Código Civil
Acerca do direito das obrigações, de contratos e de responsabilidade civil, julgue os itens a seguir.
103 A cessão de crédito é modalidade de transmissão de obrigação que importa em alteração objetiva da relação obrigacional. 103=errado,” No contexto de uma relação obrigacional, a cessão de crédito surge como um negócio jurídico que envolve três personagens e dois consentimentos: o cedente é aquele que transfere total ou parcialmente o seu crédito; o cessionário, aquele que o adquire, preservando a mesma posição do cedente. Por último, o cedido" será o devedor, que terá, doravante, de adimplir a obrigação em favor do cessionário. A vontade do cedido não participa da validade do negócio jurídico, pois ele não desfruta de legitimidade para se opor à transmissão do crédito. Ademais, em regra, a modificação da pessoa do credor não lhe acarreta prejuízo, à medida que a prestação
que terá de cumprir objetivamente se mantém idêntica. Mesmo se excepcionalmente houver algum incômodo ao devedor, vê-se que, à luz da técnica da ponderação de interesses, optou o legislador por dar primazia à liberdade de disposição do crédito por parte de seu titular, sem consultar ao interesse do sujeito passivo.” Cristiano Chaves da Farias
104 Por meio da novação, que é uma modalidade de extinção obrigacional com pagamento, constitui‐se uma nova obrigação, em substituição a outra, que fica extinta. 104=errado, extinção da dívida ou obrigação anterior, pela criação de uma nova “na novação, há a extinção do débito com o surgimento de outro direito com independência e traços novos”  “A extinção se dá sem pagamento por novação, compensação, confusão ou remissão. A obrigação se extingue sem que tenha sido paga “
105 A proposta deixa de ser obrigatória se, antes dela, ou simultaneamente a ela, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. 105=certo, art. 428 Iv do código civil
106 Embora a responsabilidade pela evicção possa ser reforçada ou diminuída pela vontade das partes, jamais poderá ela ser definitivamente excluída. 106=errado, poderá, podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. Art. 448 do código civil
107 A responsabilidade civil do causador de dano ambiental é objetiva, sendo o Ministério Público legitimado para o ajuizamento da respectiva ação indenizatória. 107=certo
108 A impossibilidade de adimplemento das obrigações pode ser subjetiva, quando ligada ao credor ou ao devedor, ou objetiva, se atingir a prestação em si mesma. 108=certo
No que se refere às normas processuais fundamentais no Código de Processo Civil, julgue os itens subsequentes.
112 A exigência da consulta prévia como corolário do contraditório substancial é relativizada em tutela
provisória apenas na modalidade de urgência, eis que há risco justificador do diferimento da oitiva. 112=errado, "o princípio do contraditório substancial pode ser definido como a garantia de participação ativa dos sujeitos processuais no ato de decidir do julgador, possuindo caráter de influência no provimento jurisdicional. “É sabido que o juiz demonstra a sua participação no diálogo que se travou entre as partes, no relatório e na fundamentação da sentença” (WAMBIER, 2008, p. 83)
A fundamentação da decisão que defere ou indefere a tutela provisória deve seguir as mesmas balizas racionais objetivadas e transparentes do raciocínio do julgador que se espera da fundamentação da sentença e dos acórdãos. Trata-se de um exercício que necessita de método claro e linguagem escorreita, respeitando os ditames mínimos do art. 489 do CPC e dialogando com os argumentos trazidos pelas partes e com a realidade dos autos. O que não se aceita em hipótese alguma é a solitária e insuficiente afirmação de que se defere a tutela provisória por que os seus requisitos estão presentes, ou de que se indefere a tutela provisória por que os seus requisitos estão ausentes.Sem que se explique com clareza, segundo as circunstâncias do caso concreto, por quais motivos de fato e de direito os requisitos legais à concessão da tutela provisória estariam presentes ou ausentes, não se pode falar em efetiva fundamentação na tutela provisória. A fundamentação da decisão de tutela provisória versa tanto sobre os fatos da causa quanto sobre o direito envolvido, decorrendo da atividade das partes no exercício do contraditório substancial. Fundamentar, especialmente no âmbito do CPC de 2015 (art. 489), não significa dizer ao favorecido qual o motivo da sua vitória. Significa, isso sim, dialogar com as partes no sentido de dizer à parte em face de quem é concedida ou indeferida a tutela provisória, por qual motivo os seus argumentos não foram suficientes; dizer ao perdedor provisório, por qual razão os seus argumentos não foram procedentes"
113 A cooperação para atingimento de decisão de mérito em prazo razoável vincula as partes, não alcançando o juiz, que deve se manter imparcial. 113=errado, art. 6 Lei 13.105/2016, alcança todos os sujeitos do processo. (AgInt na AR 5.303/BA, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/10/2017, DJe 24/10/2017)”. O STJ deixou bem claro é que o princípio da cooperação (CPC/15, art. 6º) tem limites e não deve ser aplicado sem qualquer critério, apenas impondo que o juiz colabore com as partes e que estas façam o mesmo com o magistrado. O limite ao princípio da colaboração é o princípio da imparcialidade. O Estado-juiz não pode mais ajudar demais uma das partes em detrimento da outra. No caso concreto, determinou-se a emenda da inicial e a juntada de documentos considerados essenciais. Como tais documentos não foram juntados na íntegra e não foi emendada a inicial, o juiz julgou extinto o processo sem resolução do mérito."
114 O princípio da eficiência submete o órgão jurisdicional ao menos a dois prismas: a administração judiciária, de caráter executivo; e a gestão dos processos individualmente considerados, de caráter jurisdicional. 114=certo
Quanto aos atos processuais, julgue os próximos itens.
115 A instrumentalidade das formas dialoga com o princípio da primazia da decisão de mérito na medida em que resguarda a validade do ato processual sempre que inexistir prejuízo e restar atingida a sua finalidade, superando‐se nulidades, ainda que absolutas, em prol do avanço do processo rumo à solução do conflito. 115=certo
116 Homenageando a autonomia da vontade, o Código de Processo Civil passou a admitir uma cláusula geral de negócios processuais que permite às partes dispor sobre seus ônus e deveres e, ainda, sobre os poderes do juiz. 116=errado
117 Os negócios jurídicos processuais não dependem de homologação judicial para produzir efeitos. 117=certo
Analista Direito e Legislação, Administração, Arquitetura e Urbanismo, Assistente social, Contabilidade, Engenharia Civil; CODHA, quadrix, 2018

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