Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Cargo: JUIZ SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Aplicação: 28/04/2019.
QUESTÃO 1 A declaração enganosa de vontade que vise à produção, no negócio jurídico, de efeito diverso do apontado como pretendido consiste em defeito denominado 
A simulação. 1=A § 10 do art. 167 Código Civil lei 10.406/2002
 B erro. Art. 138 CC idéia falsa da realidade, que leva a manifestar a vontade em sentido diverso do que queria manifestar se conhecesse a verdadeira realidade
C dolo. Art. 165 CC é maneira ardilosa, maliciosa, astuciosa, artimanha que uma parte leva a outra a emitir uma vontade que não emitiria, não fosse o erro provocado como manobra para conseguir algo
D lesão. art. 157 CC alguém diante de uma extrema necessidade ou inexperiência assume ou se obriga a algo desproporcional à prestação oposta, gerando uma vantagem extrema do outro sujeito
E reserva mental. Art. 110 CC é a vontade que o sujeito reserva para si, sem declarar
QUESTÃO 2 A multa estipulada em contrato que tenha por objeto evitar o inadimplemento da obrigação principal é denominada 
A multa penitencial. Estipulada para o devedor, que se não cumprir a obrigação paga multa
B cláusula penal. 2=B art. 408 ao 416 Código civil exigível no inadimplemento ou na mora.
C perdas e danos. Valor arbitrado pelo juiz diante dos que sofreram prejuízos provados
D arras penitenciais. Art. 420 CC, para garantir o direito de arrependimento, não haverá devolução do sinal dado ou arras que terá função idenizatória
E multa pura e simples. Imposta nas infrações de certos deveres, não tem relação com o inadimplemento contratual
QUESTÃO 3 A doação de determinado bem a mais de uma pessoa é denominada 
A contemplativa. Realizada conforme o merecimento do donatário
B mista. A prestação é híbrida, devendo verificar a intenção no início do negócio, pois acontece uma doação com semelhança de compra e venda, ex. pagar um valor bem superior ao que vale o objeto
C conjuntiva. 3=C se o contrato não estabelecer quota a divisão é igualitária
D divisível. 
E híbrida. = doação mista
QUESTÃO 4 A aposição de cláusula proibitiva de endosso no título de crédito é considerada pelo Código Civil como 
A nula de pleno direito. 
B não escrita. 4=B art. 890 CC
C anulável. 
D válida, se aceita expressamente pelo tomador. 
E inexistente, se dada no anverso do título. 
PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA – CLASSE A – Padrão I, CESPE 2018, nível superior
QUESTÃO 21
Com base nas disposições do Código Civil a respeito de títulos de crédito, julgue os itens a seguir.
I O endosso feito posteriormente ao vencimento tem efeito de cessão civil. I=certo, O endosso posterior ao vencimento terá os mesmos efeitos do endosso anterior, de natureza e efeitos cambiais,se for realizado antes do protesto, porque, após o protesto, perderá sua finalidade e terá efeitos de cessão civil de crédito.
II A simples assinatura do avalista no anverso do título confere validade ao aval. II=certo § 1 do art. 898 do código civil
III A omissão de requisito legal não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. III=certo, art. 888 Código Civil
Assinale a opção correta.
A Apenas o item I está certo.
B Apenas o item II está certo.
C Apenas os itens I e III estão certos.
D Apenas os itens II e III estão certos.
E Todos os itens estão certos.
QUESTÃO 22
Paulo tem uma dívida de R$ 1.000 com Pedro; este, por sua vez, também tem uma dívida de R$ 1.000 com Paulo, de modo que ambas as dívidas são líquidas e exigíveis.
Nesse caso, a extinção da obrigação poderá ocorrer por
A dação. O credor pode consentir receber prestação diversa da que lhe é devida, art. 356 código civil
B compensação. 22=B art. 369 do código civil
C sub-rogação. Há substituição nos direitos creditórios por alguém que paga a dívida de outro ou emprestou quantia necessária para pagamento que satisfez o credor. O devedor fica devendo àquele que pagou a dívida, art. 346 Código civil. Exemplo: filho deve ao pai, pai morre logo filho torna-se devedor de si mesmo por ser herdeiro;
D confusão. Na mesma pessoa se encontra as qualidades de credor e devedor na mesma obrigação, art. 381 do código civil. 
E imputação. Direito de indicar qual o pagamento quando a pessoa está obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza a um só credor, art. 352 do códico civil
QUESTÃO 23
Um cliente de uma instituição bancária foi contatado, por mensagem via aplicativo de celular, pelo seu gerente, para que autorizasse a transferência de determinada quantia em dinheiro da
conta-corrente para uma aplicação no mercado financeiro. Seis meses após ter permitido essa operação, o cliente constatou que não existia o investimento e não localizou o dinheiro disponibilizado. Solicitou, então, ao gerente que o valor fosse restituído à conta-corrente, mas ele recusou-se a fazê-lo. Nessa situação hipotética, poderá haver responsabilização pessoal
do gerente, uma vez que este feriu a boa-fé objetiva pelo instituto
A da exceção dolosa. Ou “Exceptio Doli” a boa-fé objetiva não se observa quando uma parte do contrato vale de atitude dolosa com o intuito de não preservar legítimos interesses, mas, sim, prejudicar a parte contrária”, ex. no art. 940 do código civil
B do tu quoque. 23=B, “tu quoque” parte que conscientemente desrespeita um contrato não pode pretender exigir da outra parte que respeite esse mesmo contrato.Destina evitar um comportamento duplo: um de acordo com a norma e em sequência, um outro conflitante com o primeiro. Impede que o violador de uma norma pretenda valer-se posteriormente da mesma norma antes violada para exercer um direito ou pretensão. Aparece no art. 565 do código processo penal, que é aplicado pelo STJ.
C da surrectio. O comportamento de uma das partes no contrato faz presumir (nascimento de um direito )na outra um direito ou conteúdo jurídico não avençado, não firmado, não estabelecido entre as partes. Segundo o instituto da suppressio, o não exercício de direito por seu titular, no curso da relação contratual, gera para a outra parte, em virtude do princípio da boa-fé objetiva, a legítima expectativa de que não mais se mostrava sujeito ao cumprimento da obrigação, presente a possível deslealdade no seu exercício posterior.
D da supressão.ou “supressio” fenômeno da perda (perda de um direito), supressão de determinada faculdade jurídica pelo decurso do tempo, exemplo art. 330 + 394 do código civil (pagamento reiterado em lugar diferente do contrato faz presumir renúncia do credor ao direito pactuado
E do venire contra factum proprium. Também visa coibir prática de atos contraditórios, os comportamento isolados não são indevidos, visualiza a irregularidade quando analisados em conjunto. O contratante não pode agir de forma confusa e sem a lógica que decorre o contrato, protege para que uma parte não exerça posição jurídica em contradição com o comportamento assumido.Ex. art. 973, 330, 175 do código civil.
QUESTÃO 24
Considere que, após declarada a insolvência do devedor, este tenha falecido. De acordo com a legislação pertinente, nesse caso, o crédito que primariamente goza de privilégio geral é o de
A impostos devidos à fazenda pública. No ano corrente e no ano anterior, art. 965 VI CC
B salários de empregados domésticos. Nos derradeiros 6 meses de vida, art. 965 VII CC
C despesas de funeral. Art. 965 I Código Civil
D gastos necessários à mantença da família do devedor. No trimestre anterior ao falecimento, art. 965 V CC
E despesas com o luto do cônjuge sobrevivo, caso exista. Art. 965 III código civil
QUESTÃO 25
Uma pessoa compareceu a um cartório de registro de imóveis para registrar escritura pública de venda e compra de um apartamento. Na ocasião, o oficial verificou que o imóvel não estava registrado em nome do outorgante. De acordo com a Lei n.º 6.015/1973, que dispõe sobre registros públicos, o oficial deverá exigir o registro do título anterior, em razão do princípio da
A legalidade.
B fé pública.
C especialidade.
D prioridade.
E continuidade. 25=E Art. 197 
QUESTÃO 27
Após ter adquiridoum lote a ser pago em prestações, o
comprador verificou que o loteamento não se encontrava registrado.
Nessa situação hipotética, a lei que dispõe sobre o parcelamento do
solo urbano indica que o adquirente do bem deve
A comunicar o fato ao Ministério Público.
B registrar ocorrência policial.
C exigir do loteador a anulação do contrato.
D notificar o fato ao órgão municipal competente.
E suspender o pagamento das prestações. 27=E e notificar o loteador para suprir a falta art. 38 da Lei 6.766/1979
QUESTÃO 28
Leonardo, proprietário de uma chácara, contratou Tadeu para trabalhar como caseiro, oferecendo-lhe moradia na propriedade onde o serviço deverá ser prestado. Nessa situação hipotética, caso ocorra o esbulho da posse da chácara durante uma viagem de férias de Leonardo, Tadeu
A terá legitimidade para ingressar com ação possessória, porque detém a posse direta da chácara. Posse direta tem a coisa em seu poder, poder de uso (posse direta = usa diretamente o bem; posse indireta = poder de uso, dispor, aliena)
B terá legitimidade para ingressar com ação possessória, pois, nessa situação, a posse é pro diviso. Posse “pro diviso” cada compossuidor (baseado em simples divisão fática) tem uma parte do bem (parte certa e determinada da coisa)
C terá legitimidade para ingressar com ação possessória, porque a situação fática constitui composse. Situação em que coisa indivisa (da mesma posse, da mesma coisa como um todo) é exercida por mais de um sujeito. Art. 1.199 CC
D não terá legitimidade para ingressar com ação possessória, uma vez que a sua posse é mera detenção. 28=D, art. 1198 + 1.208 do código civil, pela teoria subjetivista ocorre ausência de “animus domini” = vontade de ser dono da coisa, por não ter o domínio não tem como proteger a coisa. Detenção é uma situação que a lei determina que não há posse.
E não terá legitimidade para ingressar com ação possessória, porque tem somente posse mediata do bem. Posse indireta ou mediata ou autônoma, posse direta ou imediata.
QUESTÃO 29
No curso de um contrato administrativo decorrente de regular procedimento licitatório, houve o desenquadramento da sociedade contratada como microempresa, por esta auferir receita
bruta superior ao limite legal estabelecido para empresas dessa natureza. Nessa situação hipotética, o contrato administrativo deverá
A ser revisto, depois de notificada a contratada.
B ser alterado quanto à forma de pagamento.
C continuar vigente na forma como pactuado. 29=C § 3 do art. 3 LC 123 de 14 dezembro 2006
D seguir com plenos efeitos, desde que seja provada a imprescindibilidade da sua manutenção.
E ser rescindido por superveniente quebra da isonomia entre os sujeitos que concorreram no processo licitatório.
QUESTÃO 30
Um sócio de determinada sociedade limitada decidiu ceder as suas quotas empresariais. Contudo, no ato constitutivo dessa sociedade, não fora estipulada a forma de cessão de quotas. Nessa situação hipotética, o referido sócio
A poderá realizar a cessão a qualquer um dos sócios. 30=A Art. 1.057 do código civil
B deverá dar preferência ao sócio que detiver mais cotas na sociedade.
C deverá ter a anuência da maioria dos sócios.
D poderá ceder suas cotas a qualquer um dos sócios; porém, se outro sócio se opuser, a eficácia do ato de cessão será obstada.
E deverá distribuir as quotas proporcionalmente entre os sócios que indicarem interesse.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
QUESTÃO 31
No âmbito do processo civil, o princípio da inércia da prestação jurisdicional impede que o juiz conheça e declare de ofício
A a existência da litispendência. Art. 337 VI + § 5 Lei 13.105/2014
B a prescrição. Pode ser conhecida de ofício por ser exceção substancial (versa sobre matéria de defesa do mérito)
C a incompetência territorial. 31=C a incompetência absoluta é declarada de ofício, § 1 do art. 64 da Lei 13.105/2015, § 5 do art. 337 excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa
D a incapacidade processual da parte. Art. 337 IX + § 5 da Lei 13.105/2015
E os honorários advocatícios de sucumbência. "A condenação ao pagamento da verba honorária deve ser fixada ex officio pelo juiz: ‘A determinação constante do art. 20 [do CPC/73, correspondente ao art. 85, § 17 do CPC/15], para que o órgão judicial fixe a sucumbência devida pela parte vencida, importa em que deve fazê-la de ofício, sem necessidade de provocação’ (STJ, REsp 237.449/SP, 4ª T., rel. Min. Aldir Passarinho Junior)."
QUESTÃO 32
Assinale a opção que indica matérias que, se não forem argüidas pelo réu em preliminar de contestação, ficarão sujeitas à preclusão.
A litispendência e coisa julgada
B convenção de arbitragem e nulidade de citação 32=B, §§ 5 e 6 do art. 337 + 278 Lei 13.105/2015 a doutrina ensina que toda matéria de defesa deve ser argüida em contestação sob pena de preclusão. 
C inépcia da petição inicial e incompetência absoluta
D defeito de representação e conexão
E incompetência relativa e falta de interesse processual
Observação: são matérias sujeitas a preclusão por parte do réu: alegar abusividade da cláusula de foro § 4 do art. 63; nulidade deve ser alegada na primeira oportunidade em que tiver que falar, exceção matérias juiz deve pronunciar de ofício art. 278; valor atribuído a causa pelo autor art. 293; não pode discutir no processo questões já decididas art. 507 todos artigos da Lei 13.105/2015 NCPC
QUESTÃO 33
Às advocacias públicas municipais é garantido que
A o prazo para recorrer de decisões inicie-se no dia útil seguinte ao da publicação do ato jurisdicional, que deve ocorrer no diário oficial. Da intimação pessoal que se fará por carga, remessa ou meio eletrônico. Art. 183 da Lei 13.105/2015
B o prazo para recorrer será contado em dobro, e o para contestar, em quádruplo. Prazo em dobro para todas as manifestações processuais, art. 183 CPC Lei 13.105/2015
C o prazo para praticar ato processual será contado em dobro, mesmo em se tratando de prazos próprios que sejam expressamente determinados na legislação.
D o prazo para praticar ato processual será de dez dias, desde que inexista previsão legal ou prazo determinado pelo juiz dispondo de outra forma. 33=D Interpretação do § 3 do art. 218 com 183 Lei 13.105/2015 prazo é de 5 dias, como é advocacia pública tem prazo em dobro.
E o prazo para recorrer será computado a partir da juntada do mandado de intimação da parte assistida pela advocacia pública aos autos. Da intimação pessoal da parte, art. 183 da Lei 13.105/2015
QUESTÃO 34
De acordo com a Lei n.º 12.153/2009, os juizados especiais da fazenda pública têm competência para processar e julgar
A ação de desapropriação de imóvel cujo valor não exceda sessenta salários mínimos. Não estão incluídas, art. 2 § 1 I 
B ação cujos sujeitos ativos sejam entes públicos da administração pública direta, autárquica e fundacional dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Não consta, art. 2 
C ação rescisória para desconstituir as suas próprias decisões de mérito. Não consta
D ação de improbidade administrativa praticada por secretário municipal, cujo valor do dano ao erário não ultrapasse sessenta salários mínimos. Não estão incluídas, § 1 do art. 2 
E mandado de segurança contra suas decisões interlocutórias proferidas, haja vista a irrecorribilidade imediata de decisões dessa natureza. 34=E Só há recurso contra sentença, art. 4; não há reexame necessário Art. 11; 
QUESTÃO 35
Roberto ajuizou ação de indenização por danos materiais e morais contra um município. Após o regular processamento da ação, o juízo de primeiro grau julgou procedente o pedido e condenou o município a pagar o equivalente a noventa salários mínimos a Roberto. O condenado interpôs recurso, mas o tribunal manteve a sentença, e o processo transitou em julgado. Em razão do não cumprimento espontâneo da condenação, Roberto apresentou
petição de cumprimento de sentença. Caso a petição apresentada por Roberto esteja regular, o juiz determinará a
A citação da procuradoria para, no prazo de trinta dias, promover o pagamento do valor da obrigação ou para apresentar embargos, sob pena depenhora de bens. Os bens públicos são impenhoráveis
B intimação da procuradoria para, no prazo de quinze dias, promover o pagamento do valor da obrigação, sob pena de incidência de multa no percentual de 10%.prazo é 30 dias, não incide a multa. Art. 535 “caput” + § 1 do art. 534 Lei 13.105/2015
C intimação do prefeito municipal para, no prazo de quinze dias, pagar o valor da obrigação ou incluir no orçamento municipal do ano seguinte o valor da condenação acrescido de multa no
percentual de 10%. Será intimada na pessoa do seu representante judicial, art. 535 CPC
D expedição imediata de ordem de pagamento de precatório no valor da condenação, acrescido de multa no percentual de 10%. Não incide a multa § 2 do art. 534 CPC
E intimação da procuradoria para, no prazo de trinta dias, promover o pagamento do valor da obrigação ou para apresentar impugnação, o que, caso não seja feito no prazo legal, ensejará a expedição de ordem de pagamento de precatório. 35=E art. 535 + § 3 I da Lei 13.105/2015
QUESTÃO 36 *Questão anulada
A procuradoria de determinado município ingressou em juízo com pedido de concessão de tutela antecipada de urgência, de caráter antecedente, tendo apresentado todos os requisitos formais da petição inicial, mas não indicado o pedido de tutela final, que, segundo a procuradoria, seria feito por aditamento da petição inicial no prazo legal. Ao apreciar o pedido de tutela antecipada, o juiz o deferiu e concedeu prazo de trinta dias para a parte autora indicar o pedido de tutela final. Nesse caso, a falta de aditamento da petição inicial com o pedido de tutela final conforme o prazo estabelecido implicará a
A extinção do processo, com resolução de mérito e a revogação da tutela antecipada concedida. O processo será extinto sem resolução de mérito, § 2 do art. 303 Lei 13.105/2015
B extinção do processo, sem resolução de mérito, mas permanecendo em vigor a tutela antecipada concedida. B= pode ser certa conforme art. 304 e seus §§§ Lei 13.105/2015
C suspensão do processo pelo prazo máximo de um ano, ou até a realização do aditamento, caso ocorra dentro desse limite de tempo, ficando a tutela antecipada também suspensa.
D extinção do processo, sem resolução de mérito, com revogação da tutela antecipada e aplicação de multa ao autor, por este ter tentado contra a dignidade da justiça. A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidade § 3 do art. 304 Lei 13.105/2015 NCPC
E continuação do processo, devendo o autor aditar a petição inicial a qualquer tempo, desde que o faça antes da citação do réu, sob pena de revogação da tutela antecipada e extinção do
processo, sem resolução de mérito. O processo será extinto sem resolução de mérito § 3 do art. 303 Lei 13.105/2015
QUESTÃO 38
Julgue os próximos itens, relativos a recursos cíveis.
I Cabe recurso extraordinário, mas não recurso especial, contra as decisões das turmas recursais que julguem recurso inominado cível. I= certo, do recurso inominado decidido pela Turma Recursais são cabíveis somente os embargos declaratórios e o recurso extraordinário. Enunciado 63 do FONAJE + Não cabe embargos declaratórios contra acórdão ou súmula na hipótese do art. 46 da Lei 9.099/1995 com finalidade exclusiva de prequestionamento, para fins de interposição de recurso extraordinário (enunciado 125 FONAJE XXI encontro Vitória/ES)
II O agravo de instrumento é o recurso cabível para atacar decisão que julgue embargos à arrematação e embargos à adjudicação. Cabe agravo de instrumento contra decisão que indefere gratuidade de justiça desde não seja decidida na sentença; situações art. 485 CPC quando o juis decide sem resolver mérito da questão; art. 487 II e III situação em que o juiz decide resolvendo o mérito da questão; decisões parciais juiz quanto ao mérito § 5 do art. 356; decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência art. 937 VIII; rol do artigo 1.015 Lei 13.105/2015; arrematação poderá ser invalidade por ação autônoma § 4 do art. 903 +Art. 1.015 Lei 13.105/2015
III O recurso de apelação é o instrumento processual adequado para impugnar tanto o julgamento antecipado de mérito quanto o julgamento antecipado parcial de mérito. Agravo de instrumento, art. 1.015 II Lei 13.105/2015
IV Não cabe recurso contra decisão do relator que, em sede de agravo de instrumento, tenha concedido antecipação de tutela recursal em favor do agravante. Decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias, cabe agravo de instrumento, art. 1.015 Lei 13.105/2015
Assinale a opção correta.
A Apenas o item I está certo. 38=A
B Apenas o item II está certo.
C Apenas os itens I e IV estão certos.
D Apenas os itens II e III estão certos.
E Apenas os itens III e IV estão certos.
QUESTÃO 39
Felipe é casado com Ana há cinco anos e pretende ajuizar ação referente a direito real imobiliário. Nessa situação hipotética, para a propositura da ação, o consentimento de Ana será
A dispensável, haja vista o tempo de união do casal.
B indispensável, caso eles sejam casados pelo regime de separação absoluta de bens. Não precisa do consentimento do cônjuge quando casados sob regime de separação absoluta de bens. Art. 73 “caput” da lei 13.105/2015
C dispensável, caso eles sejam casados pelo regime de comunhão universal de bens.
D indispensável, caso eles sejam casados em regime matrimonial diverso do de separação absoluta de bens. 39=D Art. 73 da Lei 13.105/2015 “o cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
E dispensável, independentemente do regime matrimonial do casal.
QUESTÃO 40
Lucas, fiador de Sérgio e réu em um processo referente ao bem resguardado pela fiança, pretende que Sérgio também figure no polo passivo dessa demanda. Nessa situação hipotética, a modalidade de intervenção de terceiros que Lucas deve requerer é
A a assistência simples. Atua como auxiliar da parte principal, exercendo os mesmos poderes e sujeita aos mesmo ônus processuais. Art. 121 Lei 13.105/2015
B a denunciação da lide. Para o alienante imediato para exercer direitos da evicção e ao obrigado por lei ou contrato de indenização em ação regressiva, art. 125 I e II Lei 13.105/2015
C o chamamento ao processo. 40=C é admissível quando requerido pelo réu do afiançado, na ação em que o fiador for réu, art. 130 I da Lei 13.105/2015
D o incidente de desconsideração da personalidade jurídica. Instaurado a pedido da parte ou do ministério público quando há confusão patrimonial, abuso de finalidade de personalidade jurídica arts. 133 ao 137 da Lei 13.105/2015
E o amicus curiae. Admissão de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade com representatividade, para opinar, em matérias relevantes, especificidade temática ou a repercussão social da controvéris o juiz ou relator pode admitir. Art. 138 Lei 13.105/2015
QUESTÃO 41
O advogado de Fernando em determinado processo faleceu enquanto a ação ainda tramitava, e Fernando perdeu o prazo para indicação de novo procurador. No momento, está em curso um prazo processual para a parte contrária a Fernando, que é ré na demanda. Considerando essa situação hipotética e as disposições processuais, assinale a opção correta.
A Fernando poderá prosseguir no processo sem advogado.
B Fernando terá nova oportunidade de indicar outro mandatário após o fim do prazo processual que está em curso. Não terá
C Eventual pedido realizado pela parte contrária deverá ser deferido pelo juízo, uma vez que Fernando está sem advogado e se omitiu em constituir novo mandatário. Não será deferido
D O processo deverá ser extinto sem resolução de mérito, porque Fernando não constituiu novo advogado após seu patrono ter falecido. 41=D se morre o advogado da parte autora o processo extinguirá sem resolução de mérito se não constituir novo mandatário em 15 dias, morrendo advogado do réu processo prossegue à revelia, § 3 do art. 313 Lei 13.105/2015
E Os efeitos da revelia deverão ser declarados, haja vista aomissão de Fernando em indicar novo mandatário. Revelia é para a parte ré § 3 do art. 313 Lei 13.105/2015
QUESTÃO 42
Luiza moveu ação contra Oliver, que não compareceu, injustificadamente, à audiência de conciliação. Conforme os dispositivos que regem o procedimento processual comum, a ausência de Oliver
A ensejará a presunção de que as alegações formuladas por Luiza são verdadeiras.
B impedirá a realização de audiência de instrução e do julgamento.
C não implicará qualquer sanção.
D motivará a extinção do processo, sem resolução de mérito.
E implicará sanção de multa a ele. 42=E multa de até dois 2% da vantagem econômica pretendia ou do valor da causa. § 8 do art. 334 da Lei 13.105/2015: § 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. 
QUESTÃO 43
O pedido de gratuidade da justiça pode ser feito
A em contestação, apenas, e, se deferido em favor do réu, o eximirá do pagamento de honorários advocatícios decorrentes da sucumbência.
B em recurso, apenas, e, se deferido, afastará a responsabilidade da parte ré pelo pagamento de taxas e custas judiciais. Inicial, contestação, ingresso de terceiro e recurso art. 99 da Lei 13.105/2015
C na inicial ou na contestação, porém, mesmo que deferido, não afastará das partes a responsabilidade pelos honorários advocatícios decorrentes da sucumbência. 43=C § 2 do art. 98 da Lei 13.105/2015
D na inicial, apenas, porém, mesmo que deferido, não afastará do autor a responsabilidade pelas despesas processuais.
E na inicial ou em recurso, apenas, e, se deferido, afastará a responsabilidade das partes pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes da sucumbência.
QUESTÃO 44
Silvino, pai de Fábio, era parte em um processo e morreu durante o curso da demanda. Fábio, por ter interesse no prosseguimento da ação, optou por suceder ao pai como parte no processo. A sucessão referida na situação hipotética deverá ser feita por
A pedido de oposição. Quem pretender coisa ou direito que controvertem autor e réu. Art. 682 Lei 13.105/2015
B oposição de embargos de terceiros. Não sendo parte no processo sofre constrição ou ameaça de constrição sobre bens ou direito incompatível com o ato constritivo, art. 674 CPC
C pedido de substituição processual. Há discussão doutrinária para diferenciar substituição processual (uma parte pleiteia em nome próprio direito alheio ex. ação popular, sindicato em ação sindicalizados) de sucessão (troca das partes no processo)
D pedido de habilitação. 44=D art. 687 ao 692 da Lei 13.105/2015 CPC
E ajuizamento de ação sucessória. Somente casos expressos em lei permite sucessão voluntária das partes, art. 108 ao 112 CPC
QUESTÃO 45
Gabriel e Mateus envolveram-se em uma colisão no trânsito com seus respectivos veículos. Como eles não chegaram a um acordo, Mateus decidiu ingressar com ação judicial contra
Gabriel. Conforme o Código de Processo Civil, o foro competente para processar e julgar a referida demanda é o do
A domicílio de Gabriel.
B domicílio de Gabriel ou do local do fato.
C domicílio de Gabriel ou de Mateus. 
D domicílio de Mateus ou do local do fato. 45=D inciso V do art. 53 da Lei 13.105/2015 CPC
E local de registro do veículo de Mateus.
ASSISTENTE SOCIAL FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA NÍVEL SUPERIOR FUB CESPE 2018 aplicação 16/12/2018
A respeito de conciliação e mediação de conflitos, julgue os itens subsequentes. 
85 No âmbito da administração pública, mediação de conflitos consiste em atividade técnica exercida por profissional qualificado, imparcial, nomeado por juiz de direito e independente das partes, com poder decisório, que auxiliará e estimulará a identificação e o desenvolvimento de soluções consensuais. 85=errado, é auxílio do juiz que dirigirá o processo, art. 139 da Lei 13.105/2015
86 Os princípios da mediação de conflitos incluem a isonomia entre as partes, a informalidade, a confidencialidade, a autonomia de vontade das partes e a boa-fé. 86=certo
87 O mediador poderá atuar como árbitro e(ou) como testemunha, mesmo em processo judicial pertinente a conflito em que tenha atuado como mediador. 87=errado, não podem depor art. 165 § 3 + art.166 § 2 + da Lei 13.105/2015
88 Independência e autonomia são princípios que regem a atuação de conciliadores na área judicial. 88=certo, art. 166 da Lei 13.105/2015
Tribunal de Justiça do Paraná – Juiz aplicada 10 de março de 2019 CESPE
QUESTÃO 1 Para ajudar a custear o tratamento médico de seu filho, José resolveu vender seu próprio automóvel. Em razão da necessidade e da urgência, José estipulou, para venda, o montante de 35 mil reais, embora o valor real de mercado do veículo fosse de 65 mil reais. Ao ver o anúncio, Fernando ofereceu 32 mil reais pelo automóvel. José aceitou o valor oferecido por Fernando e formalizou o negócio jurídico de venda. Conforme o Código Civil, essa situação configura hipótese de 
A lesão, sendo o negócio jurídico anulável. 1=A art. 157
B dolo, podendo José pedir somente indenização por perdas e danos. No dolo o negócio pode ser realizado, embora por outro modo = dolo acidental, podem ser anuláveis. Arts 145 ao 150 CC
C lesão, podendo José pedir somente indenização por perdas e danos. 
D dolo, sendo o negócio jurídico anulável. 
QUESTÃO 2 De acordo com o Código Civil, nas consignações em pagamento, o ato de depósito efetuado pelo devedor faz cessar 
A os riscos, mas os juros da dívida continuam a correr até a declaração de aceitação do credor. 
B os riscos e os juros da dívida, podendo o devedor requerer o levantamento do depósito mesmo após a aceitação do credor. 
C os juros da dívida e impede o levantamento do valor depositado pelo devedor até que seja aceito ou impugnado pelo credor. 
D os riscos e os juros da dívida; uma vez declarada a aceitação pelo credor, o depósito não mais pode ser levantado pelo devedor. 2=D, arts. 337 ao 339 do CC
QUESTÃO 3 Eduardo, na qualidade de pai registral, ajuizou ação de anulação de registro de nascimento, tendo como fundamento um exame de DNA comprobatório de ausência de vínculo genético entre ele e o filho registrado. Nessa situação hipotética, à luz do entendimento jurisprudencial do STJ, o magistrado deverá 
A considerar suficiente a comprovação da ausência de vínculo genético entre Eduardo e o filho registrado e declarar a anulação do registro de nascimento. 
B considerar irrelevante o resultado do exame de DNA, uma vez que o registro de nascimento, após formalizado, não é passível de anulação. 
C reconhecer como nulo de pleno direito o registro de nascimento. 
D exigir, além do exame de DNA, prova robusta de que Eduardo fora induzido a erro ou coagido a registrar o filho de outrem como seu. 3=D TERCEIRA TURMA. PATERNIDADE SOCIOAFETIVA. INTERESSE DO MENOR.O registro espontâneo e consciente da paternidade - mesmo havendo sérias dúvidas sobre a ascendência genética - gera a paternidade socioafetiva, que não pode ser desconstituída posteriormente, em atenção à primazia do interesse do menor. A Min. Relatora consignou que, no caso, apesar de lamentável a falta de convivência entre o pai e a criança, tal situação não é suficiente para rediscutir o registro realizado de forma consciente e espontânea. Ressaltou, ainda, que o reconhecimento de inexistência de vínculo genético não pode prevalecer sobre o status da criança (gerado pelo próprio pai registral há mais de 10 anos), em atenção à primazia do interesse do menor. Ademais, a prevalência da filiação socioafetiva em detrimento da verdade biológica, no caso, tão somente dá vigência à cláusula geral de tutela da personalidade humana, que salvaguarda a filiação como elemento fundamental na formação da identidade do ser humano. Precedente citado: REsp 1.259.460-SP, DJe 29/6/2012. REsp 1.244.957-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 7/8/2012. Informativo n0 0436. Período: 24 a 28 maio de 2010
QUESTÃO 4 Fábio e Elianaforam casados e tiveram um filho chamado Enzo. Após terem se divorciado, foi determinado judicialmente que ambos teriam a guarda do menino. Alguns meses após a separação, durante uma discussão por questões financeiras, Fábio chamou Eliana de prostituta, por ela estar em um novo relacionamento, e a agrediu, causando-lhe lesão corporal de natureza grave. À luz do Código Civil, é correto afirmar que Fábio 
A poderá perder o poder familiar de Enzo por decisão judicial. 4=A, art. 1.588 do CC
B poderá perder o poder familiar de Enzo somente se comprovado que ele agrediu também o menino. 
C não poderá perder o poder familiar de Enzo, somente a sua guarda. 
D não poderá perder nem o poder familiar de Enzo, nem a sua guarda. 
QUESTÃO 5 Júlia e Leandro casaram-se no regime obrigatório de separação de bens. Enquanto estavam casados, Leandro recebeu um terreno a título de doação, e, alguns meses depois, ele faleceu. Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que, à luz do entendimento jurisprudencial, para fins de partilha, os bens adquiridos na constância do casamento 
A não se comunicam entre Júlia e Leandro, exceto o terreno doado. 
B não se comunicam entre Júlia e Leandro, ainda que seja comprovado o esforço comum para sua aquisição. 
C comunicam-se entre Júlia e Leandro, inclusive o terreno doado. 
D comunicam-se entre Júlia e Leandro, desde que comprovado o esforço comum para sua aquisição. 5=D, súmula 377 do STF com REsp 1689152 DJe 22/11/2017. “bens adquiridos na constância da união estável devem ser partilhados de forma igualitária. Necessidade de demonstração do esforço comum”. Regime de separação obrigatória de bens = separação legal
QUESTÃO 6 Com relação aos efeitos da posse, 
A o possuidor de boa-fé responde, em regra, pela perda ou deterioração da coisa, independentemente de lhe ter ou não dado causa. Não responde art. 1.217 CC
B o possuidor de má-fé responde pela perda e deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se comprovar que elas ocorreriam mesmo que ele não estivesse no exercício da posse. 6=B art. 1.218 do CC
C o possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa somente se comprovar que elas ocorreriam mesmo que ele não estivesse no exercício da posse. Responde só pelas que der causa, art. 1.217
D o possuidor de má-fé responde pela perda ou deterioração da coisa, salvo se acidentais
QUESTÃO 7 Uma empresa contratou uma transportadora para a prestação de serviço de transporte de carga altamente valiosa. A transportadora, por sua vez, não contratou seguro contra perdas e danos que poderiam ser causados à carga transportada, embora o contrato firmado pela transportadora tivesse estipulado a obrigatoriedade de seguro com tal cobertura. A carga era transportada em trajeto conhecido e em horário com intenso tráfego, quando o veículo que a transportava foi interceptado por assaltantes à mão armada, que roubaram toda a carga. Em decorrência desse fato, a empresa contratante ajuizou ação de reparação de danos em desfavor da transportadora. À luz do entendimento jurisprudencial, nessa situação hipotética, 
A não há responsabilidade civil da transportadora, pois o roubo à mão armada constitui motivo de força maior. 
B há responsabilidade civil da transportadora, desde que seja demonstrado que ela não adotou medidas razoáveis de cautela, como a contratação do referido seguro. 7=B, se o transportador não adotou as cautelas necessárias responderá por danos decorrentes do roubo de carga. Quarta turma. Informativo 0504 Período de 10 a 19 de setembro de 2012. REsp976.564-SP, julgado em 20/09/2012; as empresas de transporte são obrigadas a contratar o seguro de responsabilidade civil disposto no art. 10 do Dec. 61.867/1967, decisão no REsp 663.356-SP julgado em 19/8/2010
C não há responsabilidade civil da transportadora, pois, ao ter realizado o transporte em trajeto conhecido e em horário com intenso tráfego, adotou medidas razoáveis de cautela. 
D há responsabilidade civil da transportadora, sendo suficiente para sua configuração a previsibilidade abstrata de risco de roubo da carga transportada. 
QUESTÃO 8 Na venda de coisa móvel com reserva de domínio, a transferência da propriedade ao comprador ocorre 
A a qualquer tempo, não respondendo o comprador pelos riscos da coisa a partir de quando esta lhe for entregue. 
B com o pagamento integral do preço, não respondendo o comprador pelos riscos da coisa a partir de quando esta lhe for entregue. 
C com o pagamento integral do preço, respondendo o comprador pelos riscos da coisa a partir de quando esta lhe for entregue. 8=C, arts. 521 com 524 do CC
D a qualquer tempo, respondendo o comprador pelos riscos da coisa a partir de quando esta lhe for entregue. 
QUESTÃO 9 Conforme os direitos da personalidade, a disposição do próprio corpo é 
A permitida, se por vontade pessoal e para fins científicos, ainda que implique em diminuição da integridade física. Art. 13 CC
B proibida para fins de transplante, ainda que a disposição seja parcial. É permitida. Parágrafo único do art. 13 CC
C permitida, após a morte, para fins científicos e de forma gratuita. 9=C art. 14 do CC
D proibida, após a morte, se parcial e com fins altruísticos. Art. 14 CC
QUESTÃO 10 Após o falecimento dos pais, uma criança de dez anos de idade foi colocada sob tutela de sua avó, de sessenta e cinco anos de idade, já que constitui parente de grau mais próximo. Em relação à tutela dessa criança, considerando-se as disposições legais, é correto afirmar que a avó 
A poderá se escusar da tutela, sob a alegação de ser aposentada. 
B poderá se escusar da tutela, sob o fundamento de ser maior de sessenta anos. 10=B, art. 1.736 inciso II do CC
C não poderá se escusar da tutela, já que é o parente de grau mais próximo da criança. 
D não poderá se escusar da tutela, uma vez que tal ato é vedado pela legislação vigente. 
Tribunal de Justiça do Paraná – Juiz aplicada 10 de março de 2019 CESPE
QUESTÃO 11 À luz do entendimento jurisprudencial do STJ a respeito de aplicação da lei processual, de atos processuais e de execução fiscal, julgue os itens a seguir. 
I Nos processos judiciais, a fixação de honorários advocatícios sucumbenciais é regida pela lei vigente na data de prolação da sentença. I=Certo Quarta Turma. Resp 1.753.990-Df julgado em 09/10/2018, DJE 11/12/2018 “com o julgamento da apelação, o Tribunal de origem entendeu improsperável o pleito de reforma da sentença, momento a partir do qual passou estar configurada a hipótese de estabelecimento de honorários de sucumbência, em face da extinção da execução, após a apresentação de defesa do executado...o mero fato de não ter havido, em primeira instãncia, fixação de verba honorária, não autoriza que deixe de ser aplicado o art. 85, § 20 do CPC a partir da apelação, quando, extinta a relação processual, houver advogado constituído nos autos pela parte vitoriosa” Informativo 0617 publicado 9 de fevereiro de 2018
II O prazo recursal da parte que for intimada, por oficial de justiça, a respeito de decisão judicial se inicia na data de cumprimento do mandado, e não com a juntada do mandado ao processo. Art. 254 com o art. 275 § 20 do CPC
III Na execução fiscal, o prazo de um ano de suspensão do processo, previsto na Lei de Execução Fiscal, e da respectiva prescrição intercorrente se inicia automaticamente na data de ciência da fazenda pública a respeito da não localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido. §§ 20 e 40 do art. 40 da Lei 6.830/1980 REsp 1.340.553-RS julgado em 12.09/2018, DJe 16/10/2018. .Informativo 0635 de 9 de novembro de 2018. Temas 567 e 569
Assinale a opção correta. 
A Apenas os itens I e II estão certos. 
B Apenas os itens I e III estão certos. 
C Apenas os itens II e III estão certos. 
D Todos os itens estão certos. 
QUESTÃO 12 Paulo requereu o cumprimento provisório da sentença que condenou Fernando a lhe pagar a quantia de cinquenta mil reais em uma demanda que tramitou pelo procedimento comum. À petição em que requereu o início do cumprimentode sentença, Paulo juntou cópia da decisão exequenda, certidão de interposição do recurso de Fernando não dotado de efeito suspensivo e outros documentos necessários ao cumprimento. Ele, ainda, requereu ao juízo no qual o título foi formado que: i) o cumprimento de sentença fosse remetido ao juízo da localidade onde Fernando possui bens; ii) fossem fixados honorários para a fase de cumprimento de sentença; iii) fosse imposta multa por eventual inadimplemento de Fernando; iv) dispensassem-no do pagamento de caução, em razão da sua situação de necessidade, que foi demonstrada. 
Com relação a essa situação hipotética, é correto afirmar que 
A o pedido de remessa à localidade onde Fernando possui bens deve ser rejeitado, porque o cumprimento de sentença é de competência exclusiva do juízo que profere a sentença. 
B não cabe o arbitramento de honorários na fase de cumprimento provisório da sentença, porque essa fase processual é um ato facultativo de Paulo. Cabe, § 20 do art. 520 do CPC
C Fernando poderá depositar o referido valor com o único intuito de evitar a incidência da multa, ato que não será tido como incompatível com o recurso interposto por ele. 12=C certo, § 30 do art. 520 do CPC
D Paulo poderá ser dispensado do pagamento de caução apenas se tiver firmado com Fernando negócio processual com essa finalidade e devidamente homologado pelo juízo competente. art. 521 II do CPC a caução pode ser dispensada: crédito for de natureza alimentar, credor demonstrar situação de necessidade, pender agravo, sentença estiver em consonância com súmula do STF e do STJ
QUESTÃO 13 Renato, recém-nascido, e Antônia, sua mãe, são autores de ação ajuizada em desfavor de Luiz, suposto pai de Renato. Na ação, são pleiteados a declaração de paternidade de Luiz em favor de Renato e o ressarcimento de despesas decorrentes do parto em favor de Antônia. Essa situação configura hipótese de litisconsórcio facultativo e 
A unitário. Art. 116 do CPC unitário quando a decisão de mérito for uniforme para todos
B eventual. Os pedidos cumulados da parte dirigem-se a sujeitos diferentes em ordem de preferência. 
C sucessivo. 13=c os pedidos são formulados em face de diferentes sujeitos processuais
D alternativo. Os pedidos são elaborados de modo que a procedência de qualquer dos pedidos é suficiente para todos os sujeitos da relação processual, atendido um pedido decai a necessidade de atender os outros
Observação: Cassio Scarpinella Bueno classifica quanto as possíveis combinações entre as cumulações de pedidos e a formação do litisconsórcio em sucessivo, alternativo ou eventual.
QUESTÃO 14 Um indivíduo impetrou mandado de segurança junto ao STJ para questionar ato coator que, conforme afirmava na petição inicial, teria sido praticado por um ministro de Estado. Após a autoridade supostamente coatora apresentar informações sobre o mérito da questão, o relator verificou que o ato, na realidade, havia sido praticado exclusivamente por um servidor subordinado ao ministro e ocupante do cargo de chefe de divisão na pasta ministerial. Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência do STJ, a denominada teoria da encampação 
A deve ser aplicada, porque há hierarquia entre a autoridade que prestou as informações e a que determinou a prática do ato. 
B deve ser aplicada, porque, ao apresentar informações sobre o mérito, a autoridade indicada como coatora tacitamente concordou com a prática do ato. 
C não deve ser aplicada, porque a utilização desta teoria na via mandamental implica sempre em violação do devido processo legal. Súmula 628 do STJ
D não deve ser aplicada, porque nesse caso o vício de legitimidade implica a modificação de competência constitucionalmente prevista. 14=D, Precedentes: MS 11.599-DF, DJ 6/8/207; MS 11.552-DF, DJ 20/11/2006 e MS 12.687-DF, DJ 25/2/2008. MS 10.894-DF, Relato Ministro Humberto Martins, julgado em 23/4/2008
“não há que se falar em (eventual) aplicação da teoria da encampação, somente aplicada quando não implica deslocamento da competência do órgão judicante” MS 20.937-DF Relator Ministro Olindo Menezes, Primeira Seção, julgado em 14/02/2016, DJe 02/03/106
QUESTÃO 15 André interpôs recurso extraordinário contra acórdão proferido por tribunal de justiça. Em sequência, ao realizar o juízo de admissibilidade do recurso, o presidente do tribunal de justiça prolatou decisão inadmitindo o recurso, por entender que não havia sido cumprido o requisito do prequestionamento de matéria constitucional. Dois dias após ter sido intimado da decisão de inadmissão, André opôs embargos de declaração, alegando haver obscuridade na decisão monocrática proferida na origem. Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência do STF, os embargos de declaração 
A não são cabíveis e, por isso, não haverá interrupção do prazo recursal para a interposição de agravo em recurso extraordinário. 15=A Súmula 317 do STF
B interrompem o prazo recursal para a interposição de agravo em recurso extraordinário, ainda que não venham a ser conhecidos. 
C devem ser recebidos como agravo em recurso extraordinário, em decorrência do princípio da fungibilidade recursal. 
D devem ser julgados pelo prolator da decisão de origem, mas, somente se forem providos, será possível a interposição de novo recurso ao STF. 
QUESTÃO 16 De acordo com o Código de Processo Civil, no que concerne ao julgamento de ação reivindicatória da propriedade de bem imóvel localizado em território nacional, a competência internacional da justiça brasileira e a competência territorial do foro do local do imóvel são consideradas, respectivamente, como 
A exclusiva e absoluta. 16=A, arts. 22 e §§ 10 e 20 do art. 47 do CPC
B exclusiva e relativa. 
C concorrente e absoluta. 
D concorrente e relativa. 
QUESTÃO 17 De acordo com as normas previstas no Código de Processo Civil para os procedimentos especiais, assinale a opção correta. 
A Em procedimento de inventário e partilha, o magistrado está proibido de deferir antecipadamente a um herdeiro o direito de uso e fruição de bem do espólio. Poderá deferir, parágrafo único do art. 647 do CPC
B O magistrado que, em ação de consignação em pagamento, concluir pela insuficiência do depósito, somente poderá condenar, em sentença, o autor ao pagamento da diferença percebida caso tenha sido apresentada reconvenção pelo réu. Se a demanda for julgada improcedente, incidirá juros o os riscos, art. 540 do CPC
C O magistrado que verificar a existência de terceiro titular de interesse em embargar ato tratado em juízo deverá ordenar a sua intimação pessoal. 17=C parágrafo único do art. 657 do CPC
D Em ação monitória, o magistrado deverá determinar, em regra, a citação do réu por meio de oficial de justiça, porque naquele procedimento é vedada a citação pelo correio. § 7 do art. 700 do CPC admite-se citação por qualquer dos meios permitidos 
QUESTÃO 18 De acordo com o Código de Processo Civil, a produção antecipada da prova requerida antes do ajuizamento da demanda principal 
A segue procedimento no qual é admitida a interposição de apelação contra a decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada. 18=A § 40 do art. 382, o recurso é de apelação segundo Elpidio Donizetti (2017) visto que a sentença neste caso é meramente homologatória.
B pode ser utilizada somente na hipótese de o autor provar que o prévio conhecimento dos fatos é imprescindível para o ajuizamento de ação. Há três hipóteses para produção antecipada da prova: que certos fatos se torne difícil de ser verificados na pendência da ação; viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. Art. 381 incisos I, II e III do CPC
C é da competência exclusiva do foro onde a prova deva ser produzida. Do juízo do foro onde deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu. § 2 do art. 381 do CPC
D acarreta a prevenção do juízo para a ação que venha a ser proposta com base na prova produzida. Não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.§ 30 do art. 381 do CPC
QUESTÃO 19 No que concerne às regras estabelecidas para a tutela provisória, o Código de Processo Civil determina que a concessão, pelo magistrado, da tutela de evidência 
A dependerá da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo e ocorrerá nas situações em que os efeitos da decisão sejam reversíveis. Independe, art. 311 “caput” do CPC
B poderá ser deferida liminarmente caso os fatos sejam comprovados apenas pela via documental e exista tese firmada em julgamento de casos repetitivos. 19=B, art. 311 II com parágrafo único do CPC
C será realizada na forma de decisão interlocutória de mérito e produzirá coisa julgada material caso não seja impugnada pelo réu. Produz sentença
D será cabível somente na hipótese de verificação de abuso do direito de defesa da parte ré, haja vista a natureza punitiva dessa modalidade de tutela provisória. Há quatro situação para cabimento da tutela de evidência: abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório; comprovação dos fato documentalmente e houver tese firmada em casos repetitivos ou súmula vinculante; pedido reipersecutório (relativo perseguir coisa, visa repar um dano) fundado em prova documental em contrato de depósito, prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito art. 311 e seus incisos do CPC
Tribunal de Justiça do Paraná – Juiz aplicada 10 de março de 2019 CESPE
QUESTÃO 71 O juízo falimentar é universal: atrai todas as ações e os interesses da sociedade falida e da massa falida. De acordo com a regra geral da Lei de Falências, essa atratividade ocorrerá na ação em tramitação em que a massa falida figure na condição de 
A sujeito passivo de uma execução tributária. 
B autora ou litisconsorte ativa em ações não reguladas na Lei de Falências. 
C sujeito passivo de uma reclamação trabalhista. 
D sujeito passivo no cumprimento de sentença líquida por reparação de danos. 71=D Art. 76 da Lei 11.101/2005
QUESTÃO 72 No que se refere a títulos de crédito, assinale a opção correta, de acordo com a jurisprudência sumulada pelo STJ. 
A O fato de a obrigação cambial ser assumida pelo procurador do mutuário no exclusivo interesse do mutuante não torna tal obrigação nula. É nula, súmula 60 do STJ
B A legislação referente às cédulas de crédito rural, comercial e industrial veda o pacto de capitalização de juros. Admite o pacto de capitalização de juros, súmula 93 do STJ
C Em caso de endosso translativo, o endossatário que responder por dano decorrente de protesto indevido de título com vício formal tem direito de regresso contra endossantes e avalistas. 72=C, súmula 475 do SJT
D No caso de endosso-mandato, os danos decorrentes de protesto indevido e não previstos no mandato serão exclusivos do endossante. Também do mandatário que responde pelos poderes extrapolados, Súmula 476 STJ
QUESTÃO 73 Com relação a consórcios, a Lei das Sociedades Anônimas dispõe que 
A o consórcio não tem personalidade jurídica. 73=A § 1 do art. 278 da Lei 6.404/1976
B as companhias consorciadas respondam diretamente por suas obrigações e subsidiariamente em relação às demais consorciadas. Respondem pelo que assumiu no contrato § 1 art. 278
C a falência de uma consorciada é motivo de extinção do consórcio. Não se estende as demais, § 2 do art. 278 
D o consórcio será constituído por estatuto social. Contrato § 1 do art. 278 + art. 279
QUESTÃO 74 Tendo como referência as disposições do Código Civil de 2002 relativas ao direito societário, assinale a opção correta. 
A Sociedade em nome coletivo admite como sócio pessoa jurídica de responsabilidade limitada, que responderá por até o valor de seu capital social subscrito. Admite somente pessoas física que responde solidária e ilimitadamente, art. 1.039 do Código Civil
B Sociedade em comandita simples admite como sócios comanditários pessoas físicas e jurídicas, que responderão indistintamente e ilimitadamente pela satisfação das obrigações contraídas. Arts. 1.039 com 1.046 do código civil
C Na sociedade em comum, todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente, e o sócio que contratar com terceiro pela sociedade perderá o benefício de ordem dos bens da sociedade sobre seus particulares. 74=C, art. 990 do Código Civil
D Na sociedade em conta de participação, o sócio ostensivo responde ilimitadamente, e o oculto responde subsidiariamente perante terceiros. A obrigação é tão somente do sócio ostensivo art. 991 do Código Civil
QUESTÃO 75 O nome empresarial identifica o sujeito de direito; a marca identifica, direta ou indiretamente, produtos ou serviços. A respeito desses dois institutos — nome empresarial e marca —, assinale a opção correta. 
A O registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) garante, consequentemente, a proteção do nome empresarial, independentemente do registro deste nas juntas comerciais. 
B A proteção conferida ao nome empresarial se exaure nos limites do estado federado onde fica a junta comercial na qual se fez seu registro, sendo sua proteção nos demais estados condicionada ao seu registro nas respectivas juntas comerciais. 75=B
C Devido ao princípio da especificidade, a proteção da marca de alto renome e do nome empresarial se restringe aos segmentos dos produtos ou serviços passíveis de dúvidas. 
D O direito de utilização exclusiva de marca se extingue em vinte anos, podendo ser prorrogado, ao passo que o do nome empresarial vigora por prazo indeterminado. 
QUESTÃO 76 De acordo com disposição do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, poderá ser beneficiária de tratamento jurídico diferenciado a pessoa jurídica que 
A tiver filial no Brasil e sede no exterior. 
B tiver sido constituída sob a forma de cooperativa de consumo. 76=B
C tiver sido constituída sob a forma de sociedade por ações. 
D tiver derivado da cisão de empresas, ocorrida em até três anos-calendário anteriores. 
QUESTÃO 77 Conforme o Código Civil, equipara-se à condição de pessoa empresária 
A um grupo de pessoas que pretenda constituir uma cooperativa para intermediar a venda de produtos fabricados em determinada comunidade. A cooperativa é sociedade simples, parágrafo único do art. 982 CC
B um casal que resolva criar um instituto exclusivamente para difundir informações sobre determinada causa social. Não se considera empresário, parágrafo único art. 966
C um empresário rural cuja principal atividade seja a agricultura e que esteja devidamente inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis. 77=C, art. 971 + 984 do Código Civil Lei 10.406/2002
D um artista plástico famoso que angarie grandes valores com a venda de obras plásticas por ele confeccionadas. Atividade artística não é considerada empresária. Parágrafo único do art. 966 CC
JUIZ SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA CEARÁ aplicada 1 de julho de 2018 CESPE
QUESTÃO 1 Elemento acidental do negócio jurídico, a condição possui, entre outras, as seguintes características: 
A impositividade e certeza. 
B acessoriedade e voluntariedade. 1=B, art. 121 do C.C A condição é cláusula típica e geral, necessário que ocorra os seguintes elementos: evento futuro, dependência da vontade e não diretamente da lei, incerteza da ocorrência do evento
C legalidade e futuridade. 
D involuntariedade e incerteza. 
E legalidade e brevidade. 
QUESTÃO 2 Maria decidiu alugar um imóvel de sua propriedade para Ana, que, no momento da assinatura do contrato, tinha dezessete anos de idade. Nessa situação hipotética, o contrato celebrado pelas partes é 
A nulo, uma vez que foi firmado por pessoa absolutamente incapaz, condição que pode servir de argumento para Ana extinguir o contrato. 
B anulável, portanto passível de convalidação, ressalvado direito de terceiros. 2=B, art. 171 I + art. 172 do CC
C válido, desde que tenha sido formalizado por escritura pública, visto que tem por objeto um imóvel. 
D nulo, porque Ana deveria ter sido representada por um de seus genitores. 
E válido, ainda que Ana não possua capacidade de direito para celebrar o contrato de aluguel. Art. 40 I do CC, entre16 e 18 anos a capacidade é relativa
QUESTÃO 3 Pedro descobriu que seu nome havia sido inscrito em órgãos de restrição ao crédito por determinada instituição financeira em decorrência do inadimplemento de contrato fraudado por terceiro. Nesse caso hipotético, a instituição financeira 
A não responderá civilmente, uma vez que se trata de fato de terceiro, mas deverá proceder à retirada do registro negativo no nome de Pedro. 
B não responderá civilmente, porque a fraude configura uma excludente de caso fortuito externo. 
C responderá civilmente na modalidade objetiva integral. 
D responderá civilmente apenas se Pedro comprovar que sofreu prejuízos devido à inscrição de seu nome nos órgãos de restrição ao crédito. 
E responderá civilmente na modalidade objetiva, com base no risco do empreendimento. Art. 927 parágrafo único do CC com art. 14 § 10 do CDC Lei 8.078/1990
QUESTÃO 4 Em um contrato, as partes pactuaram livremente o prazo de trinta dias para o exercício de eventual direito de arrependimento. Esse prazo possui natureza 
A prescricional e pode ser reconhecido de ofício pelo juiz. 
B prescricional e somente pode ser suscitado pelas partes. 
C decadencial e pode ser reconhecido de ofício pelo juiz. 
D decadencial e somente pode ser suscitado pelas partes. Art. 211 do CC. Resumindo prescrição é a extinção (pode ser suspensa ou interrompida) de uma pretensão a um direito subjetivo, a lei sempre a prevê; decadência (pode ser legal ou convencional e não sofre suspensão ou interrupção) é a extinção de um direito que se extingue se não for exercido dentro do prazo que corre continuamente, extingue um direito potestativo (agir)
E diversa da prescricional ou decadencial. 
QUESTÃO 5 Contrato de prestações certas e determinadas no qual as partes possam antever as vantagens e os encargos, que geralmente se equivalem porque não envolvem maiores riscos aos pactuantes, é classificado como 
A benéfico. Conhecido também como gratuito: quando uma das partes recebe um benefício, e a outra arca com toda a obrigação
B aleatório. Classificação quanto à natureza da obrigação: é exigida obrigação somente de uma das partes em função de coisas ou fatos futuros, cujo risco foi assumido pelo outro contratante, arts. 458 a 461 CC
C bilateral imperfeito. É um tipo de contrato unilateral (=gera obrigação apenas para uma das partes) no qual gera obrigação (acidentalmente = fato posterior à sua formação) para a parte que tinha apenas direito – art. 643 CC
D derivado. Conhecidos também como subcontratos, o objeto foi estabelecido em outro contrato, depende de outro contrato (básico ou principal) e participa da natureza jurídica do contrato base
E comutativo. 5=E é uma classificação quanto a natureza da obrigação que se equivalem, os contratantes conhecem sua clausulas, respectivas prestações
QUESTÃO 6 João propôs ação de usucapião extraordinária em uma das varas cíveis da comarca de Fortaleza – CE. Nessa situação hipotética, 
A a sentença servirá de título para registro no cartório de imóveis, em caso de procedência da ação. 6= A, art. 1.238 CC
B a petição inicial deve conter comprovação dos requisitos de boa-fé e do justo título de João. Independentemente de título e boa-fé
C o requisito temporal não pode ser completado no curso do processo, em nenhuma hipótese. 
D o juiz deverá verificar se o autor comprovou a posse ininterrupta por pelo menos cinco anos. 15 anos ou 10 anos se tiver estabelecido sua moradia habitual ou realizado obras ou serviços de caráter produtivo
E o período de posse precária poderá ser considerado para fins de verificação do cumprimento do requisito temporal dessa modalidade de usucapião. Não se presta para usucapião, não por ser injusta, mas por faltar ao possuidor animus domini
QUESTÃO 7 Conforme classificação doutrinária, a herança, antes da formalização da partilha, pode ser considerada um bem de indivisibilidade 
A convencional e uma universalidade de fato. 
B convencional e uma universalidade de direito. 
C legal e uma universalidade de direito. 7=C A herança constitui um bem indivisível, os herdeiros recebem como um todo unitário, em condomínio, que se extingue com a partilha (art. 1791, parágrafo único CC + art. 88 CC)
D legal e uma universalidade de fato. 
E natural e uma universalidade de direito. 
QUESTÃO 8 Julgue os itens seguintes, a respeito do pagamento e de sua disciplina no Código Civil. ** Questão anulada
I O credor não pode se recusar a receber pagamento parcial. I= Errado, pode depende do que se ajustou, art. 314 do CC
II O pagamento pode ser feito por terceiro não interessado. II = Certo art. 304 CC
III Se forem designados dois ou mais lugares para o pagamento, a escolha caberá ao credor. III= certo, parágrafo único do art. 327 do CC
Assinale a opção correta. 
A Nenhum item está certo. 
B Apenas o item I está certo. 
C Apenas o item III está certo. 
D Apenas os itens I e II estão certos. 
E Apenas os itens II e III estão certos. Questão anulada pela banca.
QUESTÃO 9 Conforme o Código Civil e a Lei de Registros Públicos, depende de averbação a 
A sentença de divórcio. 9=A art. 10 I CC + art. 100 da Lei 6.015/1973
B declaração de emancipação. 
C sentença de interdição. 
D certidão de nascimento. 
E certidão de óbito. 
Art. 90 do CC serão registrados em registro público: nascimentos, casamentos, óbitos, emancipação, interdição, sentença declaratória de ausência e de morte presumida
QUESTÃO 10 A curatela de pessoa com deficiência é medida protetiva extraordinária 
A que impõe aos curadores o dever de representar os curatelados e de prestar semestralmente contas de sua atuação ao juiz. 
B incompatível com a nomeação de curador provisório, haja vista a natureza definitiva da curatela. 
C que afetará somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial indicados na sentença. 10=C
D que poderá ser instituída por iniciativa do próprio interditando, mediante escritura pública, conforme o CPC o CPC revogou o artigo a.768 IV do CC que havia sido alterado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência. Lei 13.146/2015
E proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, sendo um instituto igual ao da modalidade de decisão apoiada. Art. 1.783-A do CCé diferente do art. 1.767 do CC
QUESTÃO 11 Após as providências preliminares de saneamento, o juiz decidiu parte do mérito da causa antecipadamente, por considerar que alguns pedidos formulados eram incontroversos. Nessa situação, o juiz exerceu 
A cognição exauriente: a sentença é, necessariamente, líquida e o recurso cabível será a apelação. 
B cognição sumária: a sentença é ilíquida e o recurso cabível será a apelação. 
C cognição exauriente: o recurso cabível será o agravo de instrumento, independentemente de a decisão ter sido líquida ou ilíquida. 11=C art. 356 I do CPC § 10 + § 50 do CPC
D cognição exauriente: a decisão é, necessariamente, líquida e o recurso cabível será o agravo de instrumento. 
E cognição sumária: a decisão é, necessariamente, líquida e o recurso cabível será o agravo de instrumento. 
A finalidade do processo de conhecimento consiste em investigar fatos ocorridos no passado para definir, mediante a prolatação de uma sentença, a norma jurídica que incidirá sobre a situação deduzida em juízo.  Para chegar a esse acertamento (que envolve sempre a declaração de direitos e a aplicação de sanções), o magistrado deverá analisar as questões de fato e de direito levantadas pelas partes, exercendo a atividade cognitiva. Segundo Alexandre Freitas Câmara, “cognição é a técnica utilizada pelo juiz para, através da consideração, análise e valoração das alegações e provas produzidas pelas partes, formar juízos de valor acerca das questões suscitadas no processo, a fim de decidi-las.” O objeto da cognição é o trinômio formado pelos pressupostos processuais, condições da ação e mérito da causa. No exame do tema “cognição no processo civil”, deve ser feita referência ao magistério de Kazuo Watanabe. De acordo com os famosos estudos desse professor paulista, a cognição pode ser examinada pelos ângulos dahorizontalidade (extensão ou amplitude) e da verticalidade (profundidade).
No plano horizontal, a cognição é plena ou limitada. Na cognição plena, que é a regra, há a possibilidade de o juiz conhecer todas as questões suscitadas pelas partes.
Na cognição limitada, o legislador não permite que o juiz conheça as matérias em plenitude. É o que ocorre no procedimento de desapropriação por necessidade pública, regido pelo Decreto-lei n. 3.365, de 21 de junho de 1941. De acordo com o art. 20 desse diploma, “a contestação só poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do preço; qualquer outra questão deverá ser decidida por ação direta”. Da mesma forma, é limita a cognição nos procedimentos especiais possessórios, pois não se pode conhecer de questão referente ao domínio formulada em defesa pelo réu (art. 1.210, § 2º, do Código Civil de 2002).[2]
No plano vertical, a cognição é exauriente ou superficial. A cognição exauriente baseia-se em aprofundado exame das alegações e provas, o que cria um juízo de certeza. Na cognição sumária, o juiz decide com base em juízo de probabilidade da existência do direito (análise do fumus boni iuris e do periculum in mora). É o que ocorrer nas decisões antecipatórias de tutela e nas sentenças cautelares.
QUESTÃO 12 A fixação de calendário para a prática de atos processuais 
A vincula as partes, mas não o juiz. Vincula as partes e o juiz § 10 do art. 191 CPC
B torna dispensável intimação para a audiência cuja data esteja designada no calendário. § 20 do art. 191 CPC
C é uma convenção processual e, portanto, não pode ser firmada pela fazenda pública. Enunciado da FNPP n. 10 “É possível a calendarização dos atos processuais em sede de execução fiscal e embargos”
D deve assumir a forma determinada em lei para evitar falha que gere nulidade. As partes + o juiz convencionam
E é uma convenção processual que, se estipular confidencialidade, permitirá que o processo tramite em segredo de justiça. os atos processuais são públicos, ressalvados os que tramitam em segredo de justiça, art. 189 CPC com art. 93 IX e X CF/88
QUESTÃO 13 Julgue os seguintes itens, acerca dos poderes do juiz. QUESTÃO ANULADA
I Como regra geral, o juiz pode dilatar os prazos processuais dilatórios, mas não os peremptórios, e alterar a ordem de produção dos meios de prova. Inclusive os perempetórios, art. 139 VI do CPC
II O juiz exerce poder hierárquico quando, por exemplo, indefere o pedido de pergunta do advogado. Poder de polícia, art. 139 VII do CPC
III Incidirá a pena de confesso sobre a parte que, intimada, não comparecer ao interrogatório designado pelo juízo para aclarar pontos sobre a causa. Não incidirá pena de confesso, art. 139 VIII do CPC
Assinale a opção correta. Logo, nenhum item está certo, questão anulada pela banca
 A Apenas o item I está certo. 
B Apenas o item II está certo. 
C Apenas os itens I e III estão certos. 
D Apenas os itens II e III estão certos. 
E Todos os itens estão certos. 
QUESTÃO 14 O negócio jurídico processual adquire eficácia a partir QUESTÃO ANULADA pela Banca
A da homologação do negócio pelo juízo antes do trânsito em julgado. Há os que precisam de homologação, como a desistência do processo (art. 200 parágrafo único do CPC), organização consensual do processo (art. 35 § 20 do CPC) quando vem prevista em lei é condição para sua eficácia, a regra é a da dispensa de homologação, as situações jurídicas processuais dispensam a homologação judicial, produzindo efeitos imediatamente, salvo se as partes, expressamente, houverem modulado a eficácia do negócio, com a inserção de uma condição ou de um termo. As regras gerais do negócio jurídico processual estão no art. 190 do CPC
B da verificação da existência e da validade do negócio, em respeito às normas de ordem pública.
 C da verificação da licitude do negócio e de sua forma, que deve ser permitida ou não vedada por lei. 
D da homologação do negócio pelo juízo, desde que verse sobre direitos disponíveis. 
E da homologação do negócio pelo juízo antes da prolação da sentença. 
QUESTÃO 15 Com base no CPC, é correto afirmar que o valor da causa 
A não servirá de base de cálculo para a fixação de multa por ato atentatório à dignidade da justiça caso seja irrisório ou demasiado elevado. Servirá, § 8 do art. 334 CPC
B é um requisito legal da petição inicial, mas não da reconvenção. E da reconvenção “caput” do art. 292 do CPC
C não poderá ser corrigido de ofício pelo juiz, mesmo se verificado que a monta indicada não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão. Poderá, § 30 do art. 292 CPC
D pode ser corrigido a qualquer tempo se comprovada alteração superveniente de fato ou de direito, oportunidade na qual será complementado o seu pagamento, se necessário. Se o valor da causa mudar para cima, o juiz intimará a parte (na pessoa do respectivo advogado) para recolhimento das custas faltantes no prazo de 15 dias, sob pena de cancelamento da distribuição dos autos (art. 292 § 20 do CPC), corrigido para baixo a parte pode pleitear o valor recolhido a mais junto à Fazenda Pública no prazo de 5 anos da data do pagamento (art. 165 II e art. 168 I do CTN Lei 5.172/1966
E corresponderá, em causa relativa a obrigação por tempo indeterminado, à soma das parcelas vencidas mais o valor de uma prestação anual relativa às parcelas vincendas. § 2 do art. 292 do CPC
QUESTÃO 16 A reclamação é um instrumento jurídico que 
A busca garantir a autoridade das decisões de tribunais e tem cabimento restrito ao STF e ao STJ. Cabe também ao STJ Art. 105 I “f” CF/88 E TAMBÉM AO Tribunal Superior do Trabalho § 3 do art. 111-A CF/88
B pode ser proposta em até dois anos após o trânsito em julgado da decisão reclamada. Não cabe Reclamação quando já houver transitado em julgado Súmula 734 do STF + § 50 I DO ART. 988 do CPC
C cabe para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, quando não esgotadas as instâncias ordinárias. É inadmissível, § 5 II do art. 988 do CPC
D pode gerar, se julgada procedente, a cassação de ato jurisdicional, mas não a sua revisão. Art. 103-A § 3 da CF/88, 
E tem natureza recursal, uma vez que poderá reverter a decisão reclamada. Não é nem recurso nem ação, mas instrumento decorrente do direito de petição (art. 50 XXXIV “a” CF/88)
QUESTÃO 17 Conforme a jurisprudência do STJ e a legislação pertinente, mandado de segurança pode ser impetrado 
A contra ato de gestão comercial praticado por administrador de empresa pública. § 20 do art. 10 da Lei 12.016/2009
B por terceiro contra ato judicial, desde que recurso tenha sido previamente interposto. Não se condiciona a interposição de recurso, súmula 202 do STJ
C por qualquer pessoa física ou jurídica, excluídos os órgãos públicos despersonalizados e as universalidades legais. A jurisprudência admite que determinados órgãos públicos, entes despersonalizados e agentes políticos impetrem mandado de segurança, Informativo 0611 de outubro 2017 RMS 52.741-GO Julgado 8/8/2017, DJe 12/9/2017
D contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista. 17=D Súmula 333 do STJ
E contra ato ilegal omissivo sobre relação jurídica de trato sucessivo, no prazo decadencial de cento e vinte dias, contados a partir da ciência do ato. Se renova mês a mês, informativos 0578, 517, de março 2016 AgRg no REsp 1.211.840- MS DJe 6/2/2015 EREsp 1.164.514-AM, Julgado 16/12/2015, DJe 25/2/2016
QUESTÃO 18 Em sentença, foi julgado procedente o pedido autoral, com base em fundamento suficiente. Em recurso, o réu pediu a apreciação de outros argumentos da defesa que não haviam sido considerados na sentença. O tribunal conheceu do recurso e, ao julgá-lo, verificou uma questão de ordem pública que não havia sido cogitada até então na demanda. Com base nessa questão de ordem pública, prolatou-se acórdão que reformou a sentença. Com relação aos efeitos recursais no caso hipotético apresentado, são verificados, respectiva e cronologicamente, os efeitos 
A regressivo, translativo e expansivo. 
B regressivo, devolutivo e translativo.C devolutivo, expansivo e translativo. 
D devolutivo, translativo e substitutivo. 18=D 
E devolutivo, translativo e regressivo. 
Anotação: 
Devolutivo: devolve o conhecimento da matéria impugnada ao órgão ad quem; 
Suspensivo: (como regra ao recurso de apelação) visa impedir que a sentença proferida se torne eficaz até que o recurso seja examinado; 
Translativo: ao órgão ad quem é dado examinar de ofício matérias de ordem pública, conhecendo-as ainda que não integrem o objeto do recurso; 
Expansivo: permite que a decisão do recurso alcance partes que não recorreu, ultrapassa os limites objetivos ou subjetivos do recorrente; 
Regressivo: ao órgão a quo cabe reconsiderar a decisão proferida, exerce juízo de retratação
QUESTÃO 19 O autor da ação poderá alterar o pedido inicial 
A até o saneamento do processo, desde que haja consentimento do réu. 19=A, art. 329 II do CPC
B até o término da fase postulatória, independentemente do consentimento do réu. A fase postulatória envolve os pedidos do autor (com a petição inicial) quando considera proposta a ação bem como a citação do réu com o pedido de sua contestação.
C a qualquer tempo, sempre subordinado ao consentimento do réu. Admite até a citação (sem consentimento réu) com consentimento do réu (depois de citado até o saneamento) art. 37 CPC
D após a citação do réu e independentemente do seu consentimento, se este for revel. Até a citação sem consentimento do réu; art. 329 I do CPC
E enquanto houver citações pendentes no caso de litisconsórcio passivo, desde que haja o consentimento dos réus já citados. 
JUIZ SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA CEARÁ aplicada 1 de julho de 2018 CESPE
QUESTÃO 71 Determinada sociedade limitada que decretou falência era composta por seis sócios: o sócio A, único administrador, possuía 50% das quotas; cada um dos demais sócios possuía 10% das quotas. Com relação ao efeito da decretação da falência nesse caso, assinale a opção correta. 
A Caso os seis sócios detenham participações em outras sociedades, nenhum deles poderá continuar com essas participações enquanto não reabilitados. Isso se aplica para sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis, art. 81 da Lei 11.101/2005
B Se o capital social não estiver integralizado, caberá ação de integralização, que gerará responsabilidade solidária dos sócios inadimplentes pelas obrigações sociais da falida. Art. 1.052 Código Civil
C Se o capital social estiver integralizado, apenas o sócio A responderá pelas obrigações civis da falida, subsidiariamente. Todos respondem solidariamente pela integralização do capital social art. 1.052 Código Civil
D Entre os sócios, somente o A, o administrador, se submete às obrigações processuais impostas à falida pela Lei de Falências e Recuperação de Empresas. 71=D Os sócios administradores tem responsabilidade penal e obrigações processuais, os demais apenas sofrem conseqüências de natureza civil. 
E O sócio A sofrerá inabilitação empresarial, porque, entre todos os sócios, é ele que detém a maior participação societária. Falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial da decretação da falência até a sentença que extingue as obrigações, art. 102 Lei 11.101/2005 com art. 1.011 código Civil
QUESTÃO 72 As sociedades limitadas regem-se 
A pelas normas da sociedade simples, supletivamente, desde que assim esteja estipulado no contrato social. Previsão Código Civil, art. 1.053 CC
B pelas normas da sociedade anônima, supletivamente, na hipótese de silêncio do contrato social. Sociedade simples
C pelas regras da sociedade anônima quanto à forma de constituição e dissolução, se assim estiver estipulado no contrato social. Sociedade simples, o contrato social poderá prever regência supletiva da sociedade anônima, parágrafo único do art. 1.053 CC
D pelas normas do Código Civil quanto à forma de constituição e dissolução. 72=D, arts. 1.033 à 1.038 com 1.055 à 1.059
E pelas normas da sociedade anônima, supletivamente, o que permite mais facilmente a retirada imotivada do sócio. Previsto Código Civil, arts. 1.028 à 1.032 
QUESTÃO 73 Na hipótese de um cheque ser apresentado ao sacado fora do prazo legal de apresentação, ainda é cabível ação executiva contra 
A o emitente e seus avalistas, desde que haja protesto e seja observado o prazo prescricional. Dispensa o protesto, § 10 do art. 47 da lei 7.357/1985
B os endossantes e seus avalistas, dentro do prazo prescricional, desde que haja protesto. Dispensa o protesto, § 10 do art. 47 da Lei 7.357/1985 
C os endossantes e seus avalistas, independentemente de protesto, desde que observado o prazo prescricional. contra o endossante o cheque é apresentado em tempo hábil e há recusa de pagamento, art. 47 II Lei 7.357/1985
D o emitente e seus avalistas, desde que observado o prazo prescricional de seis meses para o seu ajuizamento, contados do término do prazo de apresentação. 73=D, art. 47 I + 59 da Lei 7.357/1985
E o emitente e seus avalistas, desde que observado o prazo prescricional de dois anos para o seu ajuizamento, contados do término do prazo de apresentação. 6 meses (art. 59 Lei 7.357/1985)
QUESTÃO 74 Marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade goza de proteção 
A do direito industrial brasileiro, desde que registrada no INPI. Aplica-se aos provenientes do exterior e depositado no País por quem tenha proteção assegurada por tratado ou convenção, art. 3 I da Lei 9.279/1996
B exclusivamente em seu ramo de atuação, independentemente de estar previamente depositada ou registrada no Brasil. 74=B art. 126 da Lei 9.279/1996
C para preservar seu titular de usurpação, não sendo relevante nessa seara a proteção ao consumidor. Coexistem para proteger contra desvio de clientela por meio fraudulento, evitar confusão entre marcas, indicar a correta localização geográfica a luz dos princípios da veracidade e da informação, limites aos direitos autorais
D em todos os ramos possíveis de atuação, sendo definida em lei como marca de alto renome registrada no Brasil. O STJ decidiu que semelhança em nome e marca deve analisar o princípio da territorialidade. 3ª turma no REsp 1.191.612
E em todos os ramos da indústria, independentemente de registro no Brasil. O que garante em todos ramos é ter alto renome (art. 125 da Lei 9.279/1996) O STJ no REsp 1.232.658, em que as empresas Yahoo! Inc. e Yahoo! do Brasil buscavam impedir que a empresa Arcor do Brasil comercializasse goma de mascar com marca idêntica. Segundo os autos, embora a marca possua uma notoriedade em seu ambiente, o digital, e goze de proteção legal independentemente de registro, ela não é uma marca de alto renome, que possibilite alcançar outros ramos de atividade.
QUESTÃO 75 (X) questão anulada pela banca
Com relação ao contrato de depósito bancário, assinale a opção correta. 
A A instituição financeira possui a custódia dos valores depositados. A=Certo, há obrigação do banco restituir os valores na forma e nas regras pré-fixadas pelas partes. Definição: o depósito pecuniário é o contrato por intermédio do qual "uma pessoa entrega quantias em dinheiro a um banco, que se obriga a restituí-la, por solicitação do depositante, nas condições estipuladas”
B No contrato de depósito bancário, há operação bancária típica e ativa das instituições financeiras. B= Certo. Art. 17 da Lei 4.595/1964 
C A obrigação do sigilo bancário e as regras do CDC incidem, necessariamente, no contrato de depósito bancário. C= Certo Súmula 297 do STJ “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”
D Uma das partes é necessariamente uma sociedade anônima cujo funcionamento deve ser autorizado pelo Banco Central. Instituições bancárias pode ser Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista.
E A entrega do dinheiro não é necessária para o aperfeiçoamento do contrato de depósito bancário. É necessário se for atividade típica, na atividade atípica se entrega outros bens de valores a ser guardados (depositados)
JUIZ SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA CEARÁ aplicada 1 de julho de 2018 CESPE
QUESTÃO 96 Um desembargador integrante de câmara cívelisolada do TJ/CE e relator de determinado processo, cujo julgamento já foi iniciado, teve que se afastar de suas funções por período superior a trinta dias. Nesse processo, o relator chegou a apresentar o seu voto em sessão. À luz do Código de Divisão e de Organização Judiciária do Estado do Ceará, assinale a opção correta em relação ao julgamento do processo já iniciado pelo magistrado afastado. 
A Obrigatoriamente, será feita a substituição do desembargador por outro magistrado, devendo o voto do substituto ser computado na ocasião do julgamento. 
B O julgamento deverá prosseguir, sendo computados os votos já proferidos. 96=B
C Deverá haver sorteio para a escolha de um novo relator entre os desembargadores que compõem a turma, sendo convocado um juiz substituto para completar os votos. 
D O desembargador afastado deverá obrigatoriamente ser substituído no julgamento, porém não se computará o voto do magistrado substituto. 
E O julgamento deverá ser suspenso e somente poderá ser retomado após o retorno do desembargador relator. 
QUESTÃO 97 Extinto o processo judicial, caso a parte responsável pelas despesas processuais, apesar de devidamente intimada, não efetue o pagamento em quinze dias, a administração judiciária deverá 
A intimar a parte adversa para promover a execução. 
B encaminhar cópia dos autos ao MP estadual, que iniciará o procedimento de cobrança judicial. 
C determinar, de ofício, o bloqueio da monta devida nas contas do devedor, por meio do sistema BACENJUD. 
D fixar multa no percentual legalmente previsto e estabelecer as astreintes, intimando-se novamente o devedor. 
E encaminhar os elementos necessários à Procuradoria-Geral do estado, para inscrição em dívida ativa. 97=E
QUESTÃO 98 Com o falecimento do oficial de registro dos serviços do foro extrajudicial do TJ/CE, o juiz diretor do fórum comunicou o fato ao presidente do tribunal e solicitou-lhe a nomeação de outro oficial de registro aprovado em concurso público. Em resposta, a presidência do TJ/CE afirmou que a validade do último concurso realizado se esgotou e que a previsão de conclusão de um novo concurso público para o cargo era de dois anos. Nessa situação hipotética, o juiz diretor do fórum deverá 
A designar interino para responder pelo expediente, recaindo a indicação, preferencialmente, sobre o substituto mais antigo da serventia. 98=A
B convocar o primeiro classificado na lista de reserva dos aprovados no último concurso para ocupar a vaga. 
C determinar a anexação provisória das atribuições ao serviço da mesma natureza mais próximo. 
D solicitar ao presidente do TJ/CE a anexação provisória das atribuições ao serviço localizado na sede de um dos municípios contíguos. 
E solicitar ao corregedor-geral a designação de um interino para responder pelo expediente da serventia.
QUESTÃO 99 De acordo com a organização judiciária do estado do Ceará, o TJ/CE é dirigido 
A por todos os membros do tribunal pleno. 
B por todos os membros do órgão especial. C por membros da corte, sob a supervisão do presidente do TJ/CE. 
D pelo presidente, vice-presidente e corregedor-geral da justiça. 99=D
E pelo diretor do foro da capital, sob a supervisão do presidente do TJ/CE. 
QUESTÃO 100 De acordo com a Lei n.º 16.397/2017, o processamento e o julgamento das ações penais referentes a crimes contra a ordem tributária são da competência das varas 
A criminais. 
B da fazenda pública. 
C de execução fiscal e de crimes contra a ordem tributária. 100=C
D criminais da fazenda pública. 
E de delitos de tráfico de drogas e crimes financeiros.
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia Juiz Substituto aplicada em 13 de janeiro de 2019 Cespe. Aplicação: 13/1/2019
QUESTÃO 1 Dino, pai de três filhos e atualmente em seu segundo casamento, resolveu adquirir um imóvel, em área nobre de Salvador, para com ele presentear o caçula, único filho da sua atual união conjugal. A fim de evitar eventuais problemas com os outros dois filhos, tidos em casamento anterior, Dino decidiu fazer a seguinte operação negocial: • vendeu um dos seus cinco imóveis e, com o dinheiro obtido, adquiriu o imóvel para o filho caçula; e • colocou na escritura pública de venda e compra, de comum acordo com os vendedores do referido imóvel, o filho caçula como comprador do bem. Alguns meses depois, os outros dois filhos tomaram conhecimento das transações realizadas e resolveram ajuizar ação judicial contra Dino, alegando que haviam sofrido prejuízos. Nessa situação hipotética, conforme a sistemática legal dos defeitos e das invalidades dos negócios jurídicos, os dois filhos prejudicados deverão alegar, como fundamento jurídico do pedido, a ocorrência de 
A reserva mental, também conhecida como simulação unilateral, que deve ensejar a declaração de inexistência do negócio jurídico de venda e compra e o retorno das partes ao status quo ante. Art. 110 do CC, se o destinatária sabia (da reserva mental) o negócio é semelhante a simulação, portanto nulo
B causa de anulabilidade por dolo, vício de vontade consistente em artifício, artimanha, astúcia tendente a viciar a vontade do destinatário ou de terceiros. Simulação é matéria de ordem pública, gera nulidade
C simulação relativa, devendo ser reconhecida a invalidade da venda e compra e declarada a validade da doação, que importará adiantamento da legítima. 1=C, art. 167 § 10 com art. 544 e parágrafo único do art. 2.003 do Código Civil na simulação relativa o negócio é celebrado de um jeito, mas o celebrante quer outro
D simulação absoluta, devendo ser reconhecida a invalidade da venda e compra e da doação, com retorno ao status quo ante. Na simulação absoluta,a parte celebra um negócio (aparenta ser um negócio) mas não deseja nada
E simulação relativa, devendo ser reconhecida a invalidade da compra e venda e declarada a validade da doação, o que, contudo, não implicará adiantamento da legítima. 
QUESTÃO 2 À luz da legislação pertinente, da jurisprudência e da doutrina, julgue os itens a seguir, a respeito de registro de imóveis. 
I De acordo com o STJ, o procedimento de dúvida registral previsto na Lei de Registros Públicos tem natureza administrativa, não constituindo prestação jurisdicional. I=Certo
Informativo 0582 de abril a maio de 2016. Não é cabível a intervenção de terceiros em procedimento de dúvida registralsuscitada por Oficial de Registro de Imóveis (arts. 198 a 207 da Lei n. 6.015/1973). Isso porque inexiste previsão normativa nos aludidos dispositivos legais, que regulam o procedimento, sendo inviável a aplicação subsidiária dos arts. 56 a 80 do CPC/1973. A propósito, veja-se que, em regra, a dúvida registral detém natureza de procedimento administrativo, não jurisdicional, agindo o juiz singular ou o colegiado em atividade de controle da Administração Pública. Esse, inclusive, é o fundamento pelo qual o STJ entende não ser cabível recurso especial nesses casos (AgRg no AREsp 247.565-AM, Terceira Turma, DJe 29/04/2013; e AgRg no AREsp 124.673-SP, Quarta Turma, DJe 20/9/2013). Poder-se-ia argumentar, entretanto, que casos existem em que a dúvida registral se reveste de caráter contencioso, em razão do nascimento de uma pretensão resistida e, portanto, de uma lide, o que conferiria, em tese, a possibilidade de intervenção de terceiros. Contudo, referida possibilidade só poderá ocorrer entre sujeitos que defendam interesses próprios, nunca podendo ser reconhecida entre o registrador e o apresentante do título a registro, pois o oficial não é titular de interesse próprio, não sustentando pretensão alguma. RMS 39.236-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 26/4/2016, DJe 3/5/2016.
II Para garantir o princípio da legalidade registral, o registrador deve fazer um prévio controle dos títulos apresentados para registro, via procedimento de qualificação registral, verificando a obediência aos requisitos legais e concluindo pela aptidão ou inaptidão dos títulos para registro. II=Certo
A qualificação registral é a análise da legalidade e da possibilidade de registro dos títulos apresentados, que deve ser realizada por imposição do princípioda legalidade. Com efeito, a validade do registro depende da validade do título e do negócio jurídico que lhe dão suporte.
III O princípio da especialidade ou especialização registral é consagrado na Lei de Registros Públicos: caso o imóvel não esteja matriculado ou registrado em nome do outorgante, o oficial deverá exigir a prévia matrícula e o registro do título anterior. III=Errado, art. 176 da Lei 6.015/1973 refere-se ao princípio da continuidade ou do trato sucessivo, art. 195 e 237 da Lei 6.015/1973
Assinale a opção correta. 
A Nenhum item está certo. 
B Apenas os itens I e II estão certos. 2=B
C Apenas os itens I e III estão certos. 
D Apenas os itens II e III estão certos. 
E Todos os itens estão certos. 
QUESTÃO 3 De acordo com o Código Civil, é característica das sociedades cooperativas 
A o concurso de sócios em número mínimo necessário para compor a administração da sociedade, sem limitação de número máximo. 3=A, art. 1.094 II CC
B a intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ressalvados os casos de transmissão por herança. ainda que por herança art. 1.094 IV CC
C a indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ressalvado o caso de dissolução da sociedade. Ainda que em dissolução da sociedade, art. 1.094 VIII do CC
D a impossibilidade, aliada à invariabilidade, de dispensa do capital social. Capital pode ser variável ou dispensado, art. 1.094 I CC
E o quórum, para a assembleia geral funcionar e deliberar, fundado no percentual do capital social representado pelos sócios presentes à reunião. Fundados no número de sócios presentes e não no capital social representado, art. 1.094 V CC
QUESTÃO 4 Renê firmou contrato de seguro de assistência à saúde e, anos depois, quando ele completou sessenta anos de idade, a seguradora reajustou o valor do seu plano de assistência com base em uma cláusula abusiva. Por essa razão, Renê pretende ajuizar ação visando à declaração de nulidade da cláusula de reajuste e à condenação da contratada em repetição de indébito referente a valores pagos em excesso. De acordo com entendimento jurisprudencial do STJ, nessa situação hipotética, as parcelas vencidas e pagas em excesso estão sujeitas à 
A prescrição de três anos, porque se trata de hipótese de enriquecimento sem causa da empresa contratada. 4=A, art. 206 § 30 IV CC. “Cuidando-se de pretensão de nulidade de cláusula de reajuste
prevista em contrato de plano ou seguro de assistência à saúde ainda vigente, com a consequente repetição do indébito, a ação ajuizada está fundada no enriquecimento sem causa e, por isso, o prazo prescricional é o trienal de que trata o art. 206, § 3º, IV, do Código Civil de 2002”. fixa-se a seguinte tese: Na vigência dos contratos de plano ou de seguro de assistência à saúde, a pretensão condenatória decorrente da declaração de nulidade de cláusula de reajuste nele prevista prescreve em 20 anos (art. 177 do CC/1916) ou em 3 anos (art. 206, § 3º, IV, do CC/2002), observada a regra de transição do art. 2.028 do CC/2002.  REsp 1.361.182/RS S2 segunda seção, DJe 19/09/106; informativo 590 de setembro a outubro de 2016
B prescrição de um ano, por se tratar de um contrato de seguro. 
C prescrição de dois anos, porque, apesar de se tratar de um contrato de seguro, o requerente é idoso. 
D prescrição de cinco anos, por envolver valores líquidos e certos. 
E imprescritibilidade, por ser essa uma relação jurídica de trato sucessivo. 
Observação: EMENTA: 1. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. CIVIL. CONTRATO DE PLANO OU SEGURO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. PRETENSÃO DE NULIDADE DE CLÁUSULA DE REAJUSTE. ALEGADO CARÁTER ABUSIVO. CUMULAÇÃO COM PRETENSÃO DE RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE. EFEITO FINANCEIRO DO PROVIMENTO JUDICIAL. AÇÃO AJUIZADA AINDA NA VIGÊNCIA DO CONTRATO. NATUREZA CONTINUATIVA DA RELAÇÃO JURÍDICA. DECADÊNCIA. AFASTAMENTO. PRAZO PRESCRICIONAL TRIENAL. ART. 206, § 3º, IV, DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. PRETENSÃO FUNDADA NO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. 2. CASO CONCRETO: ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL A QUO CONVERGE COM A TESE FIRMADA NO REPETITIVO. PRESCRIÇÃO TRIENAL. ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. PEDIDO DE RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO ÂNUA PREVISTA NO ART. 206, § 1º, II DO CC/2002. AFASTAMENTO. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Em se tratando de ação em que o autor, ainda durante a vigência do contrato, pretende, no âmbito de relação de trato sucessivo, o reconhecimento do caráter abusivo de cláusula contratual com a consequente restituição dos valores pagos indevidamente, torna-se despicienda a discussão acerca de ser caso de nulidade absoluta do negócio jurídico - com provimento jurisdicional de natureza declaratória pura, o que levaria à imprescritibilidade da pretensão - ou de nulidade relativa - com provimento jurisdicional de natureza constitutiva negativa, o que atrairia os prazos de decadência, cujo início da contagem, contudo, dependeria da conclusão do contrato (CC/2002, art. 179). Isso porque a pretensão última desse tipo de demanda, partindo-se da premissa de ser a cláusula contratual abusiva ou ilegal, é de natureza condenatória, fundada no ressarcimento de pagamento indevido, sendo, pois, alcançável pela prescrição. Então, estando o contrato ainda em curso, esta pretensão condenatória, prescritível, é que deve nortear a análise do prazo aplicável para a perseguição dos efeitos financeiros decorrentes da invalidade do contrato. 2. Nas relações jurídicas de trato sucessivo, quando não estiver sendo negado o próprio fundo de direito, pode o contratante, durante a vigência do contrato, a qualquer tempo, requerer a revisão de cláusula contratual que considere abusiva ou ilegal, seja com base em nulidade absoluta ou relativa. Porém, sua pretensão condenatória de repetição do indébito terá que se sujeitar à prescrição das parcelas vencidas no período anterior à data da propositura da ação, conforme o prazo prescricional aplicável. 3. Cuidando-se de pretensão de nulidade de cláusula de reajuste prevista em contrato de plano ou seguro de assistência à saúde ainda vigente, com a consequente repetição do indébito, a ação ajuizada está fundada no enriquecimento sem causa e, por isso, o prazo prescricional é o trienal de que trata o art. 206, § 3º, IV, do Código Civil de 2002. 4. É da invalidade, no todo ou em parte, do negócio jurídico, que nasce para o contratante lesado o direito de obter a restituição dos valores pagos a maior, porquanto o reconhecimento do caráter ilegal ou abusivo do contrato tem como consequência lógica a perda da causa que legitimava o pagamento efetuado. A partir daí fica caracterizado o enriquecimento sem causa, derivado de pagamento indevido a gerar o direito à repetição do indébito (arts. 182, 876 e 884 do Código Civil de 2002). 5. A doutrina moderna aponta pelo menos três teorias para explicar o enriquecimento sem causa: a) a teoria unitária da deslocação patrimonial; b) a teoria da ilicitude; e c) a teoria da divisão do instituto. Nesta última, basicamente, reconhecidas as origens distintas das anteriores, a estruturação do instituto é apresentada de maneira mais bem elaborada, abarcando o termo causa de forma ampla, subdividido, porém, em categorias mais comuns (não exaustivas), a partir dos variados significados que o vocábulo poderia fornecer, tais como o enriquecimento por prestação, por intervenção, resultante de despesas efetuadas por outrem, por desconsideração de patrimônio ou por outras causas. 6. No Brasil, antes mesmo do advento do Código Civil de 2002, em que há expressa previsão do instituto (arts. 884 a 886), doutrina e jurisprudência já admitiam o enriquecimento sem causa como fonte de obrigação, diante da vedação do locupletamento ilícito. 7. O art. 884 do Código Civil de 2002 adota a doutrina da divisão do instituto, admitindo, com isso, interpretação mais amplaa albergar o termo causa tanto no sentido de atribuição patrimonial (simples deslocamento patrimonial), como no sentido negocial (de origem contratual, por exemplo), cuja ausência, na modalidade de enriquecimento por prestação, demandaria um exame subjetivo, a partir da não obtenção da finalidade almejada com a prestação, hipótese que mais se adequada à prestação decorrente de cláusula indigitada nula (ausência de causa jurídica lícita). 8. Tanto os atos unilaterais de vontade (promessa de recompensa, arts. 854 e ss.; gestão de negócios, arts. 861 e ss.; pagamento indevido, arts. 876 e ss.; e o próprio enriquecimento sem causa, art. 884 e ss.) como os negociais, conforme o caso, comportam o ajuizamento de ação fundada no enriquecimento sem causa, cuja pretensão está abarcada pelo prazo prescricional trienal previsto no art. 206, § 3º, IV, do Código Civil de 2002. 9. A pretensão de repetição do indébito somente se refere às prestações pagas a maior no período de três anos compreendidos no interregno anterior à data do ajuizamento da ação (art. 206, § 3º, IV, do CC/2002; art. 219, caput e § 1º, CPC/1973; art. 240, § 1º, do CPC/2015). 10. Para os efeitos do julgamento do recurso especial repetitivo, fixa-se a seguinte tese: Na vigência dos contratos de plano ou de seguro de assistência à saúde, a pretensão condenatória decorrente da declaração de nulidade de cláusula de reajuste nele prevista prescreve em 20 anos (art. 177 do CC/1916) ou em 3 anos (art. 206, § 3º, IV, do CC/2002), observada a regra de transição do art. 2.028 do CC/2002. 11. Caso concreto: Recurso especial interposto por Unimed Nordeste RS Sociedade Cooperativa de Serviços Médicos Ltda. a que se nega provimento.”
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia Juiz Substituto aplicada em 13 de janeiro de 2019 Cespe. Aplicação: 13/1/2019
QUESTÃO 6 Com relação ao reconhecimento voluntário de filhos tidos fora do casamento, julgue os seguintes itens. 
I O Código Civil admite o reconhecimento voluntário de paternidade por declaração direta e expressa perante o juiz, desde que manifestada em ação própria, denominada ação declaratória de paternidade. Nesse caso, o ato jurídico é irrevogável. I=Errado, ainda que o reconhecimento não seja objeto único e principal do ato, art. 1.609 IV CC
II De acordo com o Código Civil, o reconhecimento voluntário de paternidade por meio do testamento é revogável pelo testador, por constituir ato de última vontade, mutável a qualquer tempo antes do falecimento do testador. II=Errado, não pode ser revogado, nem mesmo quando feito por testamento. Art. 1.610 CC
III O reconhecimento de filiação pode preceder o nascimento do filho e, até mesmo, ser posterior ao falecimento deste. Nesse último caso, admite-se o reconhecimento post mortem se o filho deixar descendentes. III= Certo, parágrafo único do art. 1.609 CC
Assinale a opção correta. 
A Apenas o item II está certo. 
B Apenas o item III está certo. 
C Apenas os itens I e II estão certos. 
D Apenas os itens I e III estão certos. 
E Todos os itens estão certos. 
QUESTÃO 7 À luz do Código Civil e da teoria das invalidades dos atos e negócios jurídicos, a elaboração de testamento conjuntivo nas modalidades simultânea, recíproca ou correspectiva é ato eivado de vício de 
A anulabilidade em qualquer uma das três modalidades. 
B nulidade em qualquer uma das três modalidades. 7=B art. 1.863 CC
OBSERVAÇÃO: 
O testamento conjuntivo (mão comun, mancomunado), é o efetuado, em único instrumento, por mais de uma pessoa, dispondo ao mesmo tempo de seus bens, em beneficio recíproco, ou em favor de um terceiro (s). Modalidades de testamento conjuntivo. a) simultâneo:duas pessoas fazem disposição idêntica em face de terceiro ou terceiros (ambos declaram, por exemplo, que deixarão todos os seus bens para determinada pessoa). b) reciproco: um testador institui o outro seu herdeiro ou legatário. C) correspectivo: evidencia-se mais claramente a interdependência entre as disposições testamentárias de cada um dos testadores, pois guardam a mesma proporção, constando expressamente que a disposição testamentária de um tem por razão de ser a do outro.
C ineficácia em qualquer uma das três modalidades. 
D nulidade, nas modalidades recíproca e correspectiva, e anulabilidade na modalidade simultânea. 
E anulabilidade, na modalidade correspectiva, e nulidade nas modalidades recíproca e simultânea. 
QUESTÃO 8 De acordo com o Código Civil, são bens móveis 
A os direitos à sucessão aberta. São imóveis, art. 80 II CC
B os materiais que estejam separados provisoriamente de um prédio, para nele serem reempregados. São imóveis, art. 81 II CC
C os materiais provenientes da demolição de um prédio. 8=C, art. 84 CC
D as edificações que, estando separadas do solo, puderem ser movimentadas para outro local, conservando sua unidade. São imóveis, art. 81 I CC
E os materiais empregados em alguma construção. Enquanto não empregados na construção são móveis, depois são imóveis, art. 84 com 81 II CC
QUESTÃO 9 (X) questão anulada
A pessoa obrigada por contrato a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido na demanda ingressará no processo como 
A assistente simples. Auxilia a parte principal, art. 121 CPC
B denunciado à lide. Art. 125 II CPC Lei 13.105/2015 com art. 127 CPC ingressa em forma de litisconsórcio. 
C assistente litisconsorcial. Quando a sentença influi na relação jurídica entre o assistente litisconsorcial e o adversário do assistido, art. 124 CPC
D chamado ao processo. Chama-se ao processo: fiadores, devedores solidários, art. 130 CPC
E nomeado à autoria. Quando a parte alega ser outra pessoa (arts. 338 e 339 CPC)
QUESTÃO 10 O juiz proferirá sentença sem resolução de mérito quando 
A acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem. 10=A, art. 485 VII CPC
B homologar a transação. Há resolução mérito, art. 487 III “b” CPC
C homologar o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação. Há resolução mérito, art. 487 III “a” CPC
D homologar a renúncia à pretensão formulada na ação. Há resolução mérito, art. 487 III “c” CPC
E verificar a impossibilidade jurídica do pedido. O processo deverá continuar tramitando, devendo citar o réu para oferecer defesa. 
QUESTÃO 11 Caso o juiz julgue parcialmente o mérito, reconhecendo a existência de obrigação ilíquida, a parte vencedora 
A poderá promover de pronto a liquidação, mediante o depósito de caução. 
B poderá promover de pronto a liquidação, ainda que seja interposto recurso pela parte vencida. 11=B § 20 do art. 356 CPC
C deverá aguardar a extinção do processo para promover a liquidação. 
D deverá promover a liquidação nos mesmos autos, em vista do princípio da eficiência.
E poderá promover a liquidação somente após transcorrido o prazo para interposição de recurso pela parte vencida. 
QUESTÃO 12 De acordo com o CPC, se, em processo de execução de contrato inadimplido, ocorrer a penhora judicial de dinheiro depositado em conta bancária do executado, o juiz poderá cancelar o ato de penhora caso acolha o pedido de impenhorabilidade sob o argumento de que a quantia bloqueada 
A pertence a terceiro. 
B decorreu de venda de imóvel. 
C corresponde a salário do executado e não ultrapassa cinquenta salários mínimos. 12=C, art. 833 inciso X “até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos” em caderneta de poupança. Com § 2 do art. 833 CPC
D estava vinculada ao pagamento de conta exclusivamente em débito automático. 
E acarretará enriquecimento ilícito. 
Observação: Para Marinoni, Arenhar e Mitidiero (2017) a lmpenhorabilidadede remuneração e depósitos em caderneta de poupança. A remuneração e os valores de caderneta de poupança (até quarenta salários mínímos) são, ern regra, impenhoráveis (art. 833, IV e X, CPC). Porém, podem ser penhorados Para o adimplemento de prestação que tenha natureza alimentícia-pouco importando se se tratar de alimentos naturais ou civis, provisórios ou definitivos. Também é possível a penhora de parte de remuneraçõesde alto valor (acima de cinquenta salários mínimos), desde que preservada a metade dos ganhos líquidos. Neste caso, a penhora pode ser realizada para o adimplemento de qualquer espécie de obrigação e pode, também, incidir de modo parcelado, desde que não se subtraia do devedor a metade de sua remuneração líquida nos casos acima de cinquenta salários mínimos.
QUESTÃO 13 A respeito da petição inicial de ação civil, julgue os itens a seguir. 
I Ainda que, para atender os requisitos da petição inicial, o autor requeira uma diligência excessivamente onerosa, é vedado ao juiz indeferir a inicial sob esse fundamento. I=Errado, a vedação é quanto ao requisito do inciso II Do Art. 319 do CPC (nome, prenome, estado civil, existência de união estável, profissão, número CPF ou CNP, endereços (eletrônico, domicílio, residência) art. 319 com §3 0 do CPC
II Ao contrário da ausência da indicação dos fundamentos jurídicos do pedido, a falta de indicação dos fatos acarreta o indeferimento de plano da inicial. II=errado, será indeferida pela falta de indicação do fato e dos fundamentos jurídicos do pedido, devendo ser emendado ou completado no prazo 15 dias. Art. 319 III com 321 do CPC
III Não lhe sendo possível obter o nome do réu, o autor poderá indicar as características físicas do demandado, o que, se viabilizar a citação deste, não será causa de indeferimento da inicial. III= Certo § 2 do art. 319 do CPC “O equívoco na indicação do nome da parte e/ou de sua qualificação não retrata nulidade processual, a justificar o indeferimento da petição inicial, desde que o réu seja localizado e citado, o que demonstra que a irregularidade foi sanada, técnica admitida em respeito ao princípio da finalidade.”
IV Se a ação tiver por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, o autor deverá, sob pena de inépcia, discriminar na inicial, entre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. IV= Certo. § 2 Do Art. 330 CPC.
Estão certos apenas os itens 
A I e II. 
B I e IV. 
C III e IV. 13=C
D I, II e III. 
E II, III e IV. 
QUESTÃO 14 (X) questão anulada
De acordo com o CPC, o magistrado concederá a tutela de urgência durante o curso do processo se 
A ficar caracterizado abuso do direito pelo réu e as alegações fáticas puderem ser comprovadas apenas documentalmente. É tutela de evidência, art. 311 I e II CPC
B houver manifesto propósito protelatório da parte contrária e probabilidade do direito. art. 300 caput com 311 I do CPC
C as alegações fáticas puderem ser comprovadas apenas documentalmente e existir risco ao resultado útil do processo. Art. 311 II do CPC o juiz pode decidir liminarmente
D for verificada a existência de risco ao resultado útil do processo. Art. 300 caput com § 30 CPC pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia 
E houver constatação do perigo de dano e o réu não apresentar prova capaz de gerar dúvida razoável acerca do direito discutido. Arts. 300 ao 311 do CPC
QUESTÃO 15 De acordo com a Lei n.º 12.016/2009, que dispõe sobre o mandado de segurança, se, depois de deferido o pedido liminar, o impetrante criar obstáculos ao normal andamento do processo, o juiz deverá 
A intimar imediatamente o MP para se manifestar sobre a protelação e notificar, posteriormente, a parte para praticar o ato necessário, sob pena de multa. 
B notificar imediatamente a parte para praticar o ato necessário, sob pena de multa. 
C cassar a medida liminar, desde que assim seja requerido pelo MP. 
D revogar a decisão liminar, desde que assim seja requerido pela autoridade coatora ou pelo MP. 
E decretar a perempção da medida liminar, de ofício ou por requerimento do MP. 15=E, art. 80 da Lei 12.016/2009
QUESTÃO 16 De acordo com o CPC, na ação em que houver pedido subsidiário, o valor da causa corresponderá 
A à soma dos valores dos pedidos principal e subsidiário. Na cumulação de pedidos a soma deles, art. 292 VI do CPC
B ao pedido de maior valor, entre o principal e o subsidiário. São para pedidos alternativos,art. 292 VII do CPC
C à média dos valores dos pedidos principal e subsidiário. 
D ao valor do pedido principal. 16=D art. 292 VIII do CPC Lei 13.105/2015
E ao valor de qualquer dos pedidos, principal ou subsidiário, desde que a diferença dos seus valores seja de até 5%.
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia Juiz Substituto aplicada em 13 de janeiro de 2019 Cespe. Aplicação: 13/1/2019
QUESTÃO 71 De acordo com a legislação pertinente, trabalhador que possua crédito remuneratório trabalhista com uma empresa em falência deverá recebê-lo 
A logo após o pagamento de créditos com garantia real, sem nenhum limite quanto ao valor do bem gravado. Antes, créditos com garantia real é o segundo. Art. 83 II Lei 11.101/2005 Lei falências
B logo após o pagamento de créditos com garantia real, até o limite do valor do bem gravado. Os que são pagos após garantia real são créditos tributários, art. 83 III Lei 11.101/2005
C logo após o crédito tributário, sem nenhum limite de valor. Os créditos com privilégio especial são os pagos após crédito tributário, art. 83 IV Lei 11.101/2005
D primeiramente, antes dos demais créditos, no limite de até cento e cinquenta salários-mínimos. 71=D art. 83 I da Lei 11.101/2005
E primeiramente, sem nenhum limite de valor.
 QUESTÃO 72 Em relação à eficácia probatória ou força probante dos livros mercantis obrigatórios de um empresário, é correto afirmar que os dados constantes da escrituração mercantil criam 
A uma presunção relativa de veracidade a favor de um litigante quando este fizer prova contra o empresário. 72=A os livros mercantis podem ser adulterados, falsificados, a escrituração exige o cumprimento de vários requisitos enormas. correta Art. 2 do Decreto-Lei 486/1969 com art. 1.180 e 191 do Código Civil
B uma presunção absoluta de veracidade a favor de um litigante, desde que estejam presentes os requisitos intrínsecos e extrínsecos dos documentos. 
C uma presunção absoluta de veracidade a favor do empresário, desde que estejam presentes os requisitos intrínsecos e extrínsecos dos documentos. 
D uma presunção relativa de veracidade a favor do empresário, independentemente da presença dos requisitos intrínsecos e extrínsecos dos documentos. 
E um desencargo do onus probandi, quando exibido o livro para fazer prova a favor do empresário, independentemente da presença dos requisitos intrínsecos e extrínsecos dos documentos. 
QUESTÃO 73 A resolução de uma sociedade simples pode ocorrer por 
A decurso do prazo de duração ou por decisão majoritária dos sócios, quando a sociedade tiver prazo indeterminado. Art. 1.029 Código Civil prazo indeterminado mediante notificação aos demais sócios com antecedência mínima de 60 dias, prazo determinado provando judicialmente justa causa. Ocorre dissolução com deliberação maioria sócios Art. 1.033 III CC. 
B decisão unânime dos sócios e por perda da autorização legal para o funcionamento da sociedade. Art. 1.030 Código Civil por falta grave no cumprimento das obrigações, excluído judicialmente por iniciativa da maioria dos sócios.
C morte do sócio, se não houver disposição diferente no contrato social, ou por exclusão judicial do sócio devido a falta grave no cumprimento de obrigações societárias. 73=C, art. 1.029 e 1.030 com art. 1.028 Código Civil
“Resolução tem o sentido de rescisão, no caso, a rescisão da sociedade com relação a um de seus sócios, ou seja, a saída de um sócio da sociedade. Várias são as hipóteses de uma resolução: morte de sócio, direito de retirada, falta grave, incapacidade superveniente, falência de sócio e sócio devedor”
D falta de pluralidade de sócios por mais de cento e oitenta dias e por perda da autorização legal para o funcionamento da sociedade. Caso a pluralidade não seja reconstituída no prazo 180 dias, art. 1.033 IV Código Civil
E morte do sócio, se não houver disposição diferente no contrato social, ou por decisão majoritária dos sócios, quando a sociedade tiver prazo indeterminado. Nesse caso a sociedade se dissolve, art. 1.033 III CCQUESTÃO 74 João era o sacado de uma letra de câmbio no valor de mil reais, com vencimento previsto para 31/12/2018. Em 1.º/11/2018, ao receber o título para aceite, ele discordou do valor e declarou no anverso que aceitaria pagar somente quinhentos reais. Nessa situação hipotética, o aceite foi parcial e 
A modificativo, tendo desvinculado João dos termos da letra de câmbio. No aceite modificativo o sacado altera condições de pagamento (local, data, moeda), alteração de qualquer circunstância da ordem do sacador, que não seja o valor do título, torna a declaração da vontade do sacado um aceite modificativo.
B limitativo, tendo desvinculado João dos termos da letra de câmbio. Torna o sacado devedor do título, nos termos em que foi dado o aceite. (pode ser compelido a pagar o valor aceito)
C limitativo, com a possibilidade de execução do título após a recusa parcial, com vencimento antecipado do título. 74=C, art. 43 do Decreto 57.663/1966 Lei Uniforme de Genebra. O sacado só se torna responsável quando assina o título = assumir a obrigação. No aceite limitativo se demonstra que o sacado não vai honrar a ordem que lhe foi dada, logo os demais signatários deverão responder pelo valor total estabelecido no título. No aceite limitativo o sacado aceita pagar apenas parte (menos do que o sacador ordenou) do valor consignado.
D modificativo, tendo ficado João vinculado ao pagamento do valor aceito, que não poderia ser executado antes do vencimento do título. Poderia, e o aceite é limitativo vinculando João ao valor aceito.
E limitativo, com a possibilidade de execução do título somente após o seu vencimento original, datado de 31/12/2018. Pode ser antes
QUESTÃO 75 O pacto de retrovenda é uma das modalidades de compra e venda mercantis previstas no Código Civil e tem como principal característica a reserva ao vendedor do direito de, em determinado prazo, recobrar o imóvel que tenha vendido. A respeito dessa modalidade contratual, a legislação vigente dispõe que 
A não existe a possibilidade de cessão do direito de retrovenda. É cessível e transmissível aos herdeiros e legatários, poderá ser exercido contra terceiro adquirente. Art. 507 do CC
B a cláusula somente será válida, sendo dois ou mais os beneficiários da retrovenda, se todos exercerem conjuntamente o pedido de retrato. Se uma apenas exercer o comprador poderá intimar as outras. Art. 508 do CC
C somente as benfeitorias necessárias serão restituídas, além do valor integral recebido pela venda. Reembolso das despesas do comprador, qualquer despesas efetuadas com autorização escrita durante o período de resgate. Art. 505 do CC
D o vendedor, em caso de recusa do comprador em receber a quantia a que faz jus, depositará o valor judicialmente para exercer o direito de resgate. 75=D art. 506 CC
E o prazo máximo para o exercício do direito da retrovenda é de cinco anos. É prazo decadencial de 3 anos, art. 505 do CC
QUESTÃO 76 Nos termos da lei especial que dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual e comercialização de programas de computador no Brasil, as derivações autorizadas pelo titular dos direitos de programa de computador pertencerão à pessoa autorizada que as fizer, salvo estipulação contratual em contrário. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que constitui ofensa aos direitos do titular de programa de computador a 
A reprodução em um só exemplar que se destine à cópia de salvaguarda. Não constituem ofensa aos direitos do titular de programa de computador, art. 6 I da Lei 9.609/1998
B ocorrência de semelhança de programa a outro preexistente, quando se der por força das características funcionais de sua aplicação ou da observância de preceitos normativos e técnicos. Não constituem ofensa aos direitos do titular de programa de computador, art. 6 III da Lei 9.609/1998
C integração de um programa, mantendo-se suas características essenciais, a um sistema aplicativo, tecnicamente indispensável às necessidades do usuário, desde que para o uso exclusivo de quem tenha promovido tal integração. Não constituem ofensa aos direitos do titular de programa de computador, art. 60 IV da Lei 9.609/1998
D exploração econômica não pactuada e derivada do programa de computador. 76=D art. 50 da Lei 9.609/1998
E citação parcial do programa para fins didáticos, mesmo que com a identificação do programa e do titular dos direitos. Não constituem ofensa aos direitos do titular de programa de computador, art. 6 0 II da Lei 9.609/1998
PROMOTOR DE JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADO PIAUI aplicação 24/02/2019 Cespe/Cebraspe
QUESTÃO 27 O Código Civil dispõe que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil” e que “a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida”. Considerando-se os conceitos de capacidade e personalidade, é correto afirmar que 
A a pessoa passa, a partir do nascimento com vida, a ser sujeito de direitos e de deveres, e a ocorrência desse requisito determina consequências de alta relevância, incluindo aspectos sucessórios. 27=A
B não é certo considerar a pessoa relativamente incapaz no momento da limitação quando a causa de impossibilidade de expressão da vontade for transitória. Pode considerar. Art. 40 III CC
C a forma prevista na legislação civil de declarar o fim da existência da pessoa natural é somente pela morte, que será sempre natural ou física. Há os ausentes nos casos em que a lei autoriza abertura de sucessão definitiva. Arts. 60 do Código Civil e 70 morte presumida sem decretação ausência.
D o prenome e o sobrenome servem para individualizar as pessoas naturais e, por isso, à luz do princípio da sua imutabilidade, somente podem ser alterados se expuserem a pessoa ao ridículo. Pode ser relativizado segundo STJ vários julgados: alteração nome após data casamento, inclusão pais homoafetivos, supressão partícula nome, acrescentar nome de pais adotivos, permanecer sobrenome pai afetivo. Art. 55 ao 57 da Lei 6.015/1973 Lei Registros Públicos
E a atual legislação civil aproxima as características dos direitos de personalidade e dos direitos patrimoniais ao afirmar que ambos têm conteúdo econômico imediato e podem ser destacados do seu titular. O Código Civil faz referência a 3 características dos direitos de personalidade: Intransmissibilidade, irrenunciabilidade, indisponibilidade. Os patrimoniais tem fins econômicos, os de personalidade podem ter algum proveito econômico, quando há autorização. Mas no geral são extrapatrimoniais = não podem ser mensurados, atribuídos valores para comércio jurídico. 
QUESTÃO 28 No que se refere a conceitos e consequências da prescrição e da decadência, é correto afirmar que 
A a decadência atinge diretamente o direito de ação e, assim, faz desaparecer o direito tutelado, ao passo que a prescrição, ao atingir o direito tutelado, tem como consequência a extinção da ação. Prescrição esvazia, encobre o prazo da pretensão (exigir o cumprimento de um direito). art. 189 CC; Decadência é perda de um direito por não exercê-lo dentro de um prazo pré-fixado.
B a prescrição pode ser classificada como aquisitiva e extintiva, uma vez que o decurso do tempo, elemento comum às duas espécies, tem influência para a aquisição e a extinção de direitos. 28=B
C a prescrição, a perempção e a preclusão são institutos que geram a perda de direitos, sendo as duas primeiras de natureza material e a última, de natureza processual. Perempção e Preclusão são de natureza processuais. Perempção é a extinção de um direito para praticar um ato processual ou continuar o processo e ocorre sempre dentro de um processo; Preclusão é o encerrar ou impedir que se faça algo ou deixar que prossiga ato processual, extinção do direito de praticar o ato. Perda de uma faculdade processual civil em razão de: a) não exercício no tempo legal; b) realizar algo incompatível com o exercício; c) já ter realizado; 
 D a renúncia à prescrição é válida desde que seja expressa, não cause prejuízos a terceiros e seja realizada depois que a prescrição se consumar. A renúncia pode ser expressa ou tácita, art. 191 CC
E os prazosprescricionais, em regra, são aqueles definidos por lei; contudo, por acordo das partes, eles podem ser alterados e novas causas de interrupção e suspensão podem ser criadas. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes, art. 192 CC
QUESTÃO 29 A respeito da classificação dos bens, é correto afirmar que 
A são fungíveis os bens móveis ou imóveis que possam ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Os móveis, art. 85 CC
B os bens podem ser divididos em consumíveis e não consumíveis; contudo, esses últimos, quando sofrem deteriorações devido ao uso, passam a ser incluídos no conceito de bens consumíveis. Os bens não consumíveis não importam sua destruição, ex. livro art. 86 do CC
C os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis apenas por determinação legal, não se admitindo, assim, que um negócio jurídico estabeleça a indivisibilidade da coisa. Os bens divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou vontade das partes, art. 88 do CC
D a lei, ao tratar dos bens reciprocamente considerados, determina que os seus frutos e produtos possam ser objeto de negócio jurídico desde que separados do bem principal. Ainda que não separados do bem principal, ex. venda frutos ainda quando estão plantados. Art. 95 do CC
E a aquisição de bens móveis se dá por simples tradição, enquanto a de bens imóveis exige escritura pública e registro em cartório, com exceção daqueles cujo valor atinja até trinta vezes o maior salário mínimo do país. 29=E arts. 1.267 com 108 com 1.245 do CC
QUESTÃO 30 Acerca do conceito, das formas e de consequências das obrigações, é correto afirmar que 
A a lei é uma fonte de obrigações, porque estabelece o dever de cada indivíduo em função de seu comportamento, o que não é viável pela vontade humana ou manifestação volitiva. A lei é fonte principal das obrigações ao lado da vontade humana e do ato ilícito. Há obrigações por três fontes: a) contrato; b) declaração unilateral de vontade e c) ato ilícito no Código Civil Lei 10.406/2002
B a responsabilidade objetiva cria obrigações que são verificadas independentemente da configuração da ilicitude ou licitude da conduta do agente, bastando, para isso, verificar o nexo causal entre a ação do ofensor e o dano. 30=B destaca-se a ocorrência do evento e sua relação de causalidade com o dano, é portanto o fato danoso (não culposo ou doloso) que desencadeia a responsabilidade
C o credor, em caso de obrigações por coisa certa, na impossibilidade de cumprimento do acordado, poderá ser compelido a receber outra coisa desde que mais valiosa que a inicialmente pactuada. Se o devedor não tiver culpa o credor pode resolver a obrigação ou aceitar a coisa abatendo o preço que se perdeu, se o devedor for culpado o credor pode exigir o equivalente ou aceitar a coisa no estado em que está com direito reclamar perdas e danos, arts. 235 e 236 do CC
D a obrigação que tenha por objeto prestação divisível poderá ser cumprida de forma parcial, ainda que não tenha sido assim convencionado anteriormente pelas partes. Somente se ajustou a receber por partes, art. 314 do CC
E o comportamento desejado, em situação de obrigações de fazer, deverá ser desempenhado pelo próprio devedor, sendo vedada a substituição do ato por terceiros, mesmo que isso não gere nenhum prejuízo ao credor. Pode ser executado por terceiro (art. 249) ou se for pessoal a obrigação de fazer resolverá em perdas e danos (se por culpa) ou ressacimento (arts. 247 e 248 com parágrafo único do art. 249 do CC)
QUESTÃO 31 Com relação a conceitos, formação, extinção e aspectos relacionados à pessoa jurídica, é correto afirmar que 
A o registro competente é ato necessário para constituir as pessoas jurídicas de direito tanto privado quanto público. A pessoa jurídica de direito público é dada pela lei, dispensando em vários casos o registro público. Art. 41 CC
B constituem-se, sem o registro competente, as pessoas jurídicas de fato, cujos sócios respondem pessoal e limitadamente pelas obrigações assumidas, não se afastando a aplicação do princípio da autonomia patrimonial. Quando não há registro, temos uma sociedade irregular ou de fato, ente despersonificado pelas regras do direito empresarial. 
C os condomínios edilícios são exemplo de pessoa formal que, embora não caracterize pessoa jurídica, tem sido reconhecida como sujeito de direito. 31=C, art. 75 V, VI, VII, IX e XII do CPC Lei 13.105/2015 considera a representação em juízo, ativa ou passivamente, pela realidade social, atribuindo personificação processual e certas entidades que não tem personalidade jurídica de direito material (massa falida, herança jacente ou vacante, espólio, sociedades sem personalidade jurídica (sociedades irregulares ou de fato) e condomínio).
D a teoria da aparência e a teoria ultra vires se confundem: por meio delas, a pessoa jurídica se obriga por atos praticados por seus sócios administradores, mesmo que exercidos fora dos limites de ação determinados no ato constitutivo da empresa. Art. 47 do CC “os poderes são os definidos no estatuto” e art. 1.015 parágrafo único do CC “teoria ultra vires = além do conteúdo da sociedade - exoneram a pessoa jurídica os atos dos administradores praticados fora do objeto da sociedade.
E a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica implica a desconstituição do registro da pessoa jurídica, ou seja, a sua despersonalização. Não implica, art. 50 do CC
QUESTÃO 32 O Código Civil estabelece como título de crédito o documento necessário ao exercício literal e autônomo nele contido, somente produzindo efeito quando preenchidos os requisitos previstos em lei. Com referência a esse conceito e aos princípios que tratam dos títulos de crédito, é correto afirmar que 
A documento necessário se refere ao princípio da literalidade, pelo qual o cumprimento do direito expresso no documento só se faz com a sua apresentação. Se refere ao princípio da cartularidade “título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito nele mencionado”
B o princípio da cartularidade pode ser relativizado quando o credor receber o título de crédito em fotocópia, desde que devidamente autenticada em cartório. Não pode. O princípio da cartularidade deve ser obedecido: a) posse do título pelo devedor presume o pagamento do título; b) só é possível protestar o título apresentando-o; c) só é possível executar o título apresentando-o, não suprindo a sua ausência nem mesmo a apresentação de cópia autenticada
C o princípio da autonomia preconiza que, para que o crédito possa circular, a obrigação representada pelo título não dependa de mais nada do que esteja escrito no documento, desvinculando-se o negócio jurídico inicialmente firmado da cártula originada. 32=C Entende-se que o título de crédito é direito novo, autônomo, originário e completamente desvinculado da relação que lhe deu origem. O legítimo portador do título pode exercer seu direito de crédito sem depender das demais relações que o antecederam, estando imune aos vícios ou defeitos que eventualmente as acometerem.
D os títulos de crédito não estão sujeitos a outros princípios ou requisitos jurídicos inespecíficos, bastando que atendam aos requisitos de validade previstos em lei. Pode-se dizer que os títulos de crédito são: documentos formais = observar requisitos essenciais previstos na lei; são bens móveis – arts 82 a 84 do CC sujeitando aos princípios que norteiam a circulação desses bens – boa fé e propriedade -; são título de apresentação = são documentos necessários ao exercício dos direitos neles contidos; constituem títulos executivos extrajudiciais (art. 585 CPC) = obrigação líquida e certa.
E a legislação, além da literalidade de uma cártula, permite, em regra, que outros elementos constem no título de crédito, desde que expressamente escritos, como ocorre com a estipulação de juros, com a proibição de endosso e com a exclusão da responsabilidade por despesas. Permite-se endosso, muitas vezes os juros são estipulados no contrato. O princípio daliteralidade assegura que o endosso ou o aval devam ser realizados no próprio título, sob pena de não produzir efeitos. 
QUESTÃO 33 À luz dos dispositivos legais do Código Civil acerca do direito de empresa, assinale a opção correta a respeito de empresário e de sociedade empresarial. 
A Empresários são tanto aqueles que exercem atividade econômica organizada quanto aqueles que exercem profissões intelectuais, científicas, literárias ou artísticas, ainda que estas atividades não constituam elementos da empresa. Salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Parágrafo único do art. 966 CC
B Pessoa que exercer atividade própria de empresário, apesar de legalmente impedida, não responderá pelas obrigações contraídas ao longo do exercício empresarial. Se exercer, responderá pela obrigações contraídas, art. 973 do CC
C Sócio que se tornar incapaz poderá, nessa condição, dar continuidade à empresa antes administrada por ele enquanto capaz, desde que seja representado ou assistido por seu tutor ou curador, independentemente de autorização judicial. Depende de autorização judicial. § 10 do art. 974 do CC
D Em regra, o empresário individual casado sob qualquer regime matrimonial dependerá de outorga conjugal para alienar imóveis que integrarem o patrimônio da empresa. Pode sem necessidade de outorga conjugal, art. 978 CC
E Celebram contrato de sociedade as pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica e a partilhar dos resultados, podendo ser restrita a atividade a um ou mais negócios determinados. 33=E art. 981 + parágrafo único CC
QUESTÃO 34 De acordo com a jurisprudência do STJ acerca do Código de Processo Civil de 2015 (CPC), assinale a opção correta. 
A O benefício da gratuidade de justiça não poderá ser concedido a estrangeiro não residente no Brasil. Informativo 0622 de abril de 2018 A gratuidade da justiça passou a poder ser concedida a estrangeiro não residente no Brasil após a entrada em vigor do CPC/2015. O Código de Processo Civil de 2015 dispõe, no caput do art. 98, que tanto a pessoa natural brasileira quanto a estrangeira, quando não dispuserem de recursos suficientes para arcar com os custos do processo, têm direito de pleitear a gratuidade de justiça, independentemente de terem residência no território nacional. Tal norma veio a revogar, explicitamente, o art. 2º da Lei n. 1.060/1950 (art. 1.072 do CPC/2015), o qual preconizava que apenas as pessoas físicas nacionais e estrangeiras residentes no país teriam a prerrogativa de gozar do referido benefício. No mesmo sentido, o art. 26, II, do CPC/2015 determina que, para fins de cooperação jurídica internacional, será observada a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos. Contudo, nos casos em que a assistência judiciária gratuita foi pleiteada e deferida ainda sob a vigência da Lei n. 1.060/1950 e do antigo Código de Ritos, o benefício de gratuidade de justiça não pode ser deferido a estrangeiro não residente considerando que, nos termos do art. 14 do CPC/2015, "a norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada".
B O trânsito em julgado de sentença estrangeira é requisito legal indispensável para a homologação desta no Brasil. Art.963 III do CPC com Informativo 0626 de junho de 2018. Homologação de sentença estrangeira. Requisitos Materiais. Novo regramento. CPC/2015. Aplicação apenas supletiva do RISTJ. Eficácia da decisão no país de origem. Necessidade. Com a entrada em vigor do CPC/2015, tornou-se necessário que a sentença estrangeiraesteja eficaz no país de origem para sua homologação no Brasil. Na vigência do CPC/1973, o seu art. 483, parágrafo único, dispunha que caberia ao Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal (rectius: Superior Tribunal de Justiça após a EC 45/2004) disciplinar a homologação das sentenças estrangeiras no Brasil. Daí porque o Regimento Interno desta Corte, em seus artigos 216-A a 216-N, estabelece não apenas o procedimento, como também insculpiu os seus requisitos, tais como o trânsito em julgado da decisão. Ocorre que, com a entrada em vigor do CPC/2015, os requisitos indispensáveis à homologação da sentença estrangeira passaram a contar com disciplina legal, de modo que o Regimento Interno desta Corte deverá ser aplicado em caráter supletivo e naquilo que for compatível com a disciplina contida na legislação federal. Uma alteração está prevista em seu art. 963, III, que não mais exige que a decisão judicial que se pretende homologar tenha transitado em julgado, mas, ao revés, que somente seja ela eficaz em seu país de origem, tendo sido tacitamente revogado o art. 216-D, III, do RISTJ. Nestes termos, considera-se eficaz a decisão que nele possa ser executada, ainda que provisoriamente, de modo que havendo pronunciamento judicial suspendendo a produção de efeitos da sentença que se pretende homologar no Brasil, mesmo que em caráter liminar, a homologação não pode ser realizada.
C São devidos honorários advocatícios na fase de cumprimento individual de sentença decorrente de ação coletiva, ainda que a fazenda pública não apresente impugnação. 34=C Informativo 0628 de agosto de 2018. O art. 85, § 7º, do CPC/2015 não afasta a aplicação do entendimento consolidado na Súmula 345 do STJ, de modo que são devidos honorários advocatícios nos procedimentos individuais de cumprimento de sentença decorrente de ação coletiva, ainda que não impugnados e promovidos em litisconsórcio. + Súmula 345 do STJ
D A comprovação da tempestividade de recurso especial, no caso de prorrogação de prazo em razão de feriado local, pode ocorrer posteriormente ao ato de interposição desse recurso. Súmula 216 STJ, pode quando da interposição do agravo regimental. Informativos 0504 de setembro de 2012 Adotando recente entendimento do STF, a Corte Especial decidiu que, nos casos de feriado local ou de suspensão do expediente forense no Tribunal de origem que resulte na prorrogação do termo final para interposição do recurso, a comprovação datempestividade do recurso especial pode ser realizada posteriormente, quando da interposição do agravo regimental contra a decisão monocrática do relator que não conheceu do recurso por considerá-lo intempestivo. Precedentes citados do STF: AgRg no RE 626.358-MG, DJe 23/8/2012; HC 108.638-SP, DJe 23/5/2012; do STJ: AgRg no REsp 1.080.119-RJ, DJe 29/6/2012. AgRg no AREsp 137.141-SE, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 19/9/2012. Informativo 0499 de junho de 2012. A Turma, por maioria, ao rever posicionamento anterior, para acompanhar recente decisão do STF, assentou que é possível a comprovação posterior da tempestividade do recurso,no caso de feriado local. Na espécie, o agravo - interposto da decisão que inadmitiu o especial - não foi conhecido nesta Corte por ser intempestivo, uma vez que a parte não trouxe, quando da sua interposição, prova do feriado ocorrido no tribunal de origem. Segundo afirmou o Min. Sebastião Reis Júnior, trata-se, na verdade, de uma questão meramente formal que pode ser sanada por uma simples certidão emitida pela Secretaria do Tribunal de origem, atestando o fato que deu origem à suspensão do prazo recursal. Dessa forma, demonstrada no presente agravo regimental a suspensão do prazo recursal em razão do feriado local, nada impede a admissão do recurso especial para análise do mérito. Nesses termos, deu-se provimento ao regimental. Precedente do STF: HC 112.842-PE, DJe 23/5/2012. AgRg no REsp 1.080.119-RJ, Rel. originário Min. Vasco Della Giustina (Desembargador convocado do TJ-RS), Rel. para acórdão Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 5/6/2012.
E Associação de municípios e prefeitos possui legitimidade ativa para atuar como substituto processual de pessoas jurídicas de direito público. Informativo 0610 de setembro de 2017.Associação de Municípios e Prefeitos não possui legitimidade ativa para tutelar em juízo direitos e interesses das pessoas jurídicas de direito público. Na origem, trata-se de ação proposta por associação dos Municípios e Prefeitos em desfavor da União, objetivando a condenação desta à complementação dos valores do FUNDEF, visto haver diferenças a serem recebidas. Nesse contexto, a discussão se limita a examinar a possibilidade de representação judicial de Municípios por meio de associações. Inicialmente, cumpre salientar que, conforme a literalidade do texto constitucional, ao contrário dos sindicatos, que têm legitimidade para atuar como substitutos processuais de seus associados, na via do Mandado de Segurança Coletivo ou nas vias ordinárias, as associações só têm legitimidade para atuar como substitutas processuais em Mandado de Segurança Coletivo (art. 5º, LXX, "b", da Constituição), ocorrendo sua atuação nas demais ações por meio de representação. É importante consignar que, para a representação judicial pelas associações há a necessidade de que lhes seja conferida autorização, que deve ser expressa, na forma estabelecida no art. 5º, XXI, da CF/88, sendo insuficiente previsão genérica do estatuto da associação. No que se refere à representação judicial dos Municípios, sequer deve se considerar a necessidade ou não de autorização às associações para a tutela em juízo, pois, nos moldes do art. 12, II, do CPC/1973 e do art. 75, III, do CPC/2015, a representação judicial desses entes federados deve ser, ativa e passivamente, exercida por seu Prefeito ou Procurador. Nesse mesmo sentido registre-se que, "a representação do ente municipal não pode ser exercida por associação de direito privado, haja vista que se submete às normas de direito público. Assim sendo, insuscetível de renúncia ou de delegação a pessoa jurídica de direito privado, tutelar interesse de pessoa jurídica de direito público sob forma de substituição processual" (AgRg no AREsp 104.238-CE, Relator Ministro Francisco Falcão, DJe 7/5/2012; RMS 34.270-MG, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, DJe 28/10/2011). Por fim, conclui-se que, em qualquer tipo de ação, permitir que os Municípios sejam representados por associações equivaleria a autorizar que eles dispusessem de uma série de privilégios materiais e processuais estabelecidos pela lei em seu favor. E, como esses privilégios visam a tutelar o interesse público, não há como os Munícipios disporem deles ajuizando suas ações por meio de associações, pois o interesse público é indisponível.
QUESTÃO 35 De acordo com o CPC, é presumida a repercussão geral da questão constitucional discutida nos casos em que houver interposição de recurso extraordinário contra acórdão 
A em que tenha sido examinado o mérito de incidente de resolução de demandas repetitivas. 35=A Art. 987 § 10 do CPC lei 13.105/2015 
B em que incidentalmente tenha sido declarada a constitucionalidade de lei federal. 
C que tenha sido prolatado em julgamento de qualquer matéria examinada pelo plenário ou por órgão especial de tribunal. 
D que tenha sido proferido em julgamento de recurso especial repetitivo no âmbito do STJ. 
E em que, em qualquer hipótese, tenha sido decidida matéria já examinada pelo STF. 
QUESTÃO 36 Considerando-se as disposições do CPC, é correto afirmar que, nos processos contenciosos de divórcio em que inexista interesse de incapaz envolvido, 
A a competência deve ser necessariamente do foro de domicílio do réu. O foro competente nas ações de divórcio depende: guardião filho incapaz; último domicílio do casal quando não há filho incapaz, domicílio do réu... art. 53 I do CPC 
B é obrigatória a intervenção do Ministério Público. Intervém quando há interesse de incapaz, art. 698 CPC
C as partes devem comparecer à audiência de conciliação acompanhadas de seu advogado ou de defensor público. 36=C arts. 694 com 695 § 40 do CPC
D a tramitação em segredo de justiça depende de requerimento justificado do interessado. Assegurado por lei, art. 189 II do CPC
E é vedado ao réu ter acesso ao conteúdo da petição inicial antes da realização da audiência de conciliação. O réu pode examinar o conteúdo da petição inicial a qualquer tempo, § 10 do art. 695 do CPC
QUESTÃO 37 Elder e César firmaram contrato de locação de imóvel residencial urbano, na qualidade, respectivamente, de locador e locatário. Em seguida, o imóvel foi legitimamente sublocado por César para Roberto. Meses depois, em razão de suposta prática de um ilícito contratual, Elder ajuizou ação de despejo contra César. Nessa situação hipotética, o ingresso voluntário de Roberto no processo para defesa de seus interesses 
A dependerá de autorização prévia das partes principais e ocorrerá por meio de chamamento ao processo. Arts. 117 e 118 do CPC
B deverá ser feito na qualidade de assistente litisconsorcial do locatário. Será assistente simples (arts 121 ao 123 do CPC) O assistente litisconsorcial atua quando a sentença influi na relação dele com o adversário do assistido, art. 124 do CPC
C somente poderá ser realizado até o momento do saneamento do processo. Em todos os graus de jurisdição, parágrafo único do art. 119 do CPC
D é expressamente vedado segundo regra prevista na lei que regulamenta a locação de imóveis urbanos. Os assistentes podem intervir no processo § 2 do art. 59 da Lei 8.245/1991
E não obsta que a parte principal reconheça a procedência do pedido da ação de despejo. 37=E, art. 122 do CPC
QUESTÃO 38 Uma pessoa ajuizou demanda, pelo procedimento comum, com pedido único de natureza patrimonial disponível que versava sobre questão de direito local. Ao receber a petição inicial, o magistrado julgou liminarmente improcedente o pedido formulado pelo autor, sem observar a ordem cronológica de julgamento. Em sua decisão, o juiz consignou que o pedido contrariava expressamente enunciado de súmula do tribunal de justiça sobre a matéria e que a causa dispensava instrução probatória. Nessa situação hipotética, o magistrado 
A deveria, obrigatoriamente, ter dado ao réu a oportunidade de se manifestar, antes de realizar o exame do mérito do processo. Independe a citação do réu, art. 332 IV do CPC
B desrespeitou norma fundamental referente à ordem cronológica de conclusão e julgamento, o que configura grave falha funcional sujeita a controle correcional pelo Poder Judiciário. Sentença que julga improcedente liminarmente o pedido está excluído da ordem cronológica de julgamento, § 20 do art. 12 do CPC
C prolatou decisão que não se sujeita aos efeitos da coisa julgada material. Faz coisa julgada material (art. 502 do CPC) O pronunciamento de rejeição liminar do pedido é sentença (art. 203, § 1º), passível, portanto, de apelação (arts. 332, §§ 2º e 3º, e 1.009). Como resolve o mérito da causa (art. 487, I), tal sentença faz coisa julgada material (art. 502).
D agiu em conformidade com o CPC para julgar liminarmente improcedente o pedido, cabendo ao autor interpor recurso de apelação caso deseje reformar a decisão. 38=D §§ 20 e 30 do art. 332 do CPC
E estará dispensado de comunicar ao réu o resultado do julgamento, caso não seja interposto recurso pelo autor. Não interposto recurso de apelação o réu será intimado do trânsito em julgado § 20 do art. 332 do CPC
QUESTÃO 39 No que concerne às disposições processuais civis que regem a atuação do Ministério Público, o CPC determina que 
A a intervenção desse órgão é obrigatória nos casos em que a fazenda pública for parte ou interessada. Não configura hipótese de intervenção do Ministério Público, parágrafo único do art. 178 do CPC
B a curatela especial deve ser exercida, preferencialmente, pela promotoria de justiça. Pela defensoria pública, parágrafo único do art. 72 do CPC
C a alegação de impedimento ou suspeição de membro do Ministério Público por via incidental suspende o processo judicial. Não suspende, o incidente será processado em separado e sem suspensão do processo, § 20 do art. 148 do CPC
D esse órgão tem legitimidade concorrente para requerer a abertura de inventário e de partilha, a depender daexistência de herdeiro incapaz. 39=D art. 616 VII do CPC com art. 626 do CPC e art. 178 II do CPC
E o juiz deverá aplicar multa pecuniária aos membros do Ministério Público que praticarem ato atentatório à dignidade da justiça. Não serão aplicadas, o juiz oficiará ao órgão de classe ou corregedoria que deverão disciplinar a responsabilidade. § 60 do art. 77 do CPC
QUESTÃO 40 No que concerne ao processo de execução, à ação civil pública e ao mandado de segurança, julgue os itens a seguir. 
I O exequente que possui título executivo extrajudicial contendo obrigação alimentar pode optar pelo procedimento padrão para execução de quantia certa e, nesse caso, se houver penhora sobre dinheiro, eventual concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução não impede o levantamento mensal das prestações alimentares devidas. I=Certo, art. 913 + 824 do CPC
II Segundo a atual jurisprudência do STJ, o Ministério Público possui legitimidade ativa para, em sede de tutela coletiva, defender direitos de consumidores que celebram contratos de compra e venda de imóveis com cláusulas pretensamente abusivas. II=Certo. 
Informativo 0629 de agosto de 2018. EREsp 1.378.938-SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, por unanimidade, julgado em 20/06/2018, DJe 27/06/2018. Ação Civil Pública. Direito transindividual do consumidor. Abusividade de cláusula contida em contrato de compra e venda de imóvel. Legitimidade ativa do Ministério Público. O Ministério Público possui legitimidade ativa para postular em juízo a defesa de direitos transindividuais de consumidores que celebram contratos de compra e vendade imóveis com cláusulas pretensamente abusivas. De início, cumpre salientar que o acórdão embargado, da Quarta Turma, entendeu que falta ao Ministério Público legitimidade ativa para o ajuizamento de demanda coletiva (em sentido lato) com a finalidade de se declarar por sentença a pretensa nulidade e ineficácia de cláusula contratual constante de contratos de compra e venda de imóveis celebrados entre as empresas embargadas e seus consumidores. Já o acórdão paradigma, da Corte Especial, entendeu ter o Ministério Público legitimidade para reclamar a defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos em ação civil pública, ainda que se estivesse diante de interesses disponíveis. Tal orientação, ademais, é a que veio a prevalecer neste Tribunal Superior, que aprovou o verbete sumular n. 601, de seguinte teor: "o Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público." Além disso, tanto a Lei da Ação Civil Pública (arts. 1º e 5º) como o Código de Defesa do Consumidor (arts. 81 e 82) são expressos em definir o Ministério Público como um dos legitimados a postular em juízo em defesa de direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos do consumidor. Incumbe verificar, então, se tal legitimidade ampla definida expressamente em lei (Lei n. 7.347/1985 e Lei n. 8.078/1990) é compatível com a finalidade do Ministério Público, como exige o inc. IX do art. 129 da Constituição da República. Nos termos da jurisprudência desta Corte, a finalidade do Ministério Público é lida à luz do preceito constante do caput do art. 127 da Constituição, segundo o qual incumbe ao Ministério Público "a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis". Daí porque se firmou a compreensão de que, para haver legitimidade ativa do Ministério Público para a defesa de direitos transindividuais não é preciso que se trate de direitos indisponíveis, havendo de se verificar, isso sim, se há "interesse social" (expressão contida no art. 127 da Constituição) capaz de autorizar a legitimidade do Ministério Público.
III De acordo com o STJ, caso ocorra o óbito do impetrante durante a fase de conhecimento de mandado de segurança, o magistrado deverá determinar a suspensão do processo para posterior sucessão do espólio ou dos herdeiros do falecido. III=Errado, a extinção do writ. Informativo 0284 de maior de 2006. 3T terceira turma. MS. FALECIMENTO. IMPETRANTE. É incabível a sucessão de partes no mandado de segurança devido ao seu caráter mandamental e, por ser de natureza personalíssima o direito reivindicado no caso, o enquadramento do impetrante ora falecido no Regime Jurídico Único (Lei n. 8.112/1990), bem como sua aposentadoria com proventos integrais. Logo, deve extinguir-se o writ sem julgamento do mérito, ressalvado aos herdeiros o direito de recorrer às vias ordinárias. Precedentes citados do STF: MS 2.2130-RS, DJ 30/5/1997; do STJ: REsp 112.207-PR, DJ 5/11/2001; REsp 89.882-MG, DJ 14/12/1998; MS 6.594-DF, DJ 18/9/2000, e RMS 2.415-ES, DJ 21/10/1996. MS 11.448-DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 10/5/2006.
Assinale a opção correta. 
A Apenas o item I está certo. 
B Apenas o item III está certo. 
C Apenas os itens I e II estão certos. 40=C
D Apenas os itens II e III estão certos. 
E Todos os itens estão certos. 
QUESTÃO 41 Em uma demanda judicial, menor de dezesseis anos de idade foi condenado a reparar danos que havia causado a terceiro. Nesse caso, para que os pais do menor sejam responsáveis pela reparação civil basta que seja 
A comprovada a culpa do menor. 41=A, art. 932 I com art. 933 com 944 do Código Civil Lei 10.406/2002
B confirmada a culpa in vigilando dos pais. 
C comprovado que o menor estava na companhia dos pais quando ocorreu o evento danoso. 
D confirmado que os pais não haviam empregado as diligências necessárias para evitar o evento danoso. Ainda que não haja culpa de sua parte, responderão, art. 933 do CC
E confirmado que o dano é resultado de ato ilícito. Deve-se provar a culpa.
PROMOTOR DE JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADO PIAUI aplicação 24/02/2019 Cespe/Cebraspe
QUESTÃO 97 Com relação a procedimentos, posturas, condutas e mecanismos apropriados para a obtenção da solução conciliada de conflitos, assinale a opção correta, à luz da legislação pertinente. 
A Os advogados podem estimular a conciliação e outros métodos de solução consensual de conflitos nos processos que atuem, desde que autorizados pelo juiz competente. Terá centros judiciários de solução consensual de conflitos, art. 165 do CPC lei 13.105/2015
 B A audiência de conciliação ou de mediação deverá ser necessariamente realizada de forma presencial. Pode realizar-se por meio eletrônico § 7 do art. 334 do CPC
C Incumbe ao juiz promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais. 97=C, art. 139 V do CPC Lei 13.105/2015
D Para que a realização da audiência de conciliação ou de mediação seja dispensada, basta que uma das partes manifeste, expressamente, o desinteresse na composição consensual. Ambas as partes, § 40 I do art. 334 do CPC
E É vedado às partes do processo judicial escolher livremente o conciliador ou o mediador: elas devem selecionar profissional inscrito no cadastro do tribunal pertinente. As partes poderão escolher, art. 168 do CPC
PROMOTOR DE JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADO PIAUI aplicação 24/02/2019 Cespe/Cebraspe
QUESTÃO 100 Quando lei que trata de matéria afeta ao direito civil continua a regulamentar fatos anteriores a sua revogação, ocorre a chamada 
A ultratividade. 100=AA ultrati vidade é a aplicação de norma já revogada, mesmo depois de sua revogação, sendo mais encontrada no Direito Penal. No Direito Civil, é bastante aplicada no Direito das Sucessões
B retroatividade benigna. A lei mais benigna é que vale, art. 5 XL CF/88
C retroatividade mínima. Não desconstitui fatos, mas os modifica impedindo sua consumação total, ex. contrato que estabelece 12% de juros, uma lei que modifica os juros para 6% alcança o contrato (já se consumou) para que os juros sejam cobrados em 6%
D represtinação. restauração funcional ao estado primitivo; restabelecimento de uma condição anterior; restauração do aspecto ou forma primitiva, extirpando o que lhe havia sido eventualmente acrescentado. § 30 do art. 20 doDecreto-Lei 4.657/1942 LINDB
E vigência diferida. a qual permite que o tratado e a ordem interna produzam efeitos simultaneamente (questão de eficácia), situação bastante comum nos acordos multilaterais, em que a vacatio decorre de prazo fixado no próprio instrumento (normalmente 30 dias) ou, ainda, de se atingir o quórum mínimo de ratificações
Procuradoria Geral do Estado do Pernambuco. Prova objetiva cargos: 1 Cargo 1: Analista Administrativo de Procuradoria – Especialidade: Calculista Aplicação 07/04/2019. Conhecimentos Especifico para os cargo 1 
A respeito de liquidação e cumprimento de sentença, da execução contra a fazenda pública e dos auxiliares da justiça, julgue os itens a seguir, à luz do Código de Processo Civil. 
51 O credor poderá promover imediatamente o cumprimento da sentença, dispensando a fase de liquidação, quando a apuração do valor a ser executado depender somente de cálculo aritmético. 51=Certo, § 20 do art. 509 CPC Lei 13.105/2015
52 Situação hipotética: 
Procurador de determinado estado da Federação encaminhou ao setor de contadoria da procuradoria estadual onde trabalha processo judicial no qual a fazenda pública, por ele representada, é executada com fundamento em título extrajudicial, para elaboração de manifestação técnica quanto aos cálculos apresentados pela parte contrária. Para essa análise, o procurador responsável fixou prazo de até quarenta dias para a elaboração do parecer, por entender que, nessa hipótese e à luz do Código de Processo Civil, o prazo de resposta do ente público, de trinta dias, deveria ser contado em dobro. 
Assertiva: Nessa situação, caso a contadoria apresente o parecer no prazo indicado pelo procurador, sendo, na mesma data, protocolados os embargos à execução do ente público, parecer e embargos serão considerados intempestivos pelo juiz. 52=Certo, não há contagem em dobro quando a lei estabelecer de forma expressa prazo própria para o ente público, § 2 do art. 183 com art. 535 CPC Lei 13.105/2015
53 Situação hipotética: 
Na fase de cumprimento de sentença que reconheceu a obrigação da fazenda pública de pagar quantia certa, o procurador responsável, com base na manifestação técnica da contadoria de seu órgão, embargou parcialmente os valores especificados no demonstrativo discriminado e atualizado do crédito. 
Assertiva:
 Nessa situação, o credor deverá aguardar o final do processo para receber a quantia total objeto do cumprimento, inclusive a incontroversa, que será paga por intermédio de expedição de precatório ou requisição de pequeno valor. 53=Errado, a parte não impugnada será desde logo, executada. § 4 do art. 535 do CPC Lei 13.105/2013
54 Situação hipotética: 
Incumbido de se manifestar tecnicamente sobre o conteúdo de laudo elaborado por perito judicial e anexado a processo movido contra a fazenda pública, o calculista de determinada procuradoria estadual constatou que o referido perito era sócio da pessoa jurídica que figurava como parte autora na demanda. 
Assertiva:
 Nessa situação, está configurada hipótese legal de impedimento do perito, devendo o calculista, além de elaborar a sua manifestação acerca do laudo, alertar o procurador responsável acerca do vício identificado. 54=Certo, art. 148 II com 149 do CPC Lei 13.105/2015
À luz do Código de Processo Civil, julgue os próximos itens, relativos às normas fundamentais do processo civil e aos elementos da sentença, aos honorários advocatícios, à advocacia pública e à aplicação das normas processuais. 
55 Os elementos essenciais da sentença incluem os fundamentos — que consistem na análise das questões de fato e de direito pelo juiz — e o dispositivo — no qual o juiz resolve as questões principais que as partes lhe submeterem —; o relatório, por sua vez, é dispensado, haja vista o direito das partes de obter, em prazo razoável, a solução integral do mérito. 55=Errado, o relatório não é dispensado, é onde consta nomes partes, identificação caso, suma do pedido e da contestação, registro principais ocorrências, art. 489 I CPC Lei 13.105/2015
56 Caso a fazenda pública seja vencida em demanda judicial, os honorários sucumbenciais do advogado da parte contrária deverão ser fixados segundo a apreciação equitativa do juiz. 56=Errado, serão fixados entre o mínimo de 10% e máximo de 20% sobre o valor da condenação § 20 do art. 85 do CPC
57 Situação hipotética: 
O calculista de determinada procuradoria estadual foi devidamente credenciado junto ao cartório da vara de fazenda pública para retirar os autos em carga e elaborar seu parecer técnico acerca de cálculos de liquidação apresentados pela parte contrária. Concluído seu parecer, o calculista entregou os autos ao procurador responsável, para que este elaborasse a manifestação judicial que entendesse cabível. 
Assertiva: 
Nessa situação, a intimação do ente público de eventuais decisões constantes nos autos ocorreu quando o calculista retirou os autos em carga da vara, mesmo que o ato ordinatório de vista à fazenda pública estivesse pendente de publicação. 57=Certo, § 60 do art. 261 do CPC Lei 13.105/2015
58 Mesmo na ausência de norma que regulamente a tramitação de determinado processo administrativo, as disposições do Código de Processo Civil não poderão ser a ele aplicadas, ainda que supletiva ou subsidiariamente, haja vista a natureza distinta desses dispositivos normativos. 58=Errado, serão aplicadas supletiva e subsidiariamente, art. 15 do CPC Lei 13.105/2015
Procuradoria Geral do Estado do Pernambuco. Prova objetiva cargos: 1 Cargo 1: Analista Administrativo de Procuradoria – Especialidade: Calculista Aplicação 07/04/2019. Conhecimentos Especifico para os cargo 1 
À luz das súmulas do STF e do STJ acerca de honorários advocatícios e juros moratórios, julgue os itens seguintes. 
62 O pagamento de condenação em honorários advocatícios terá tratamento de verba alimentar e será realizado pela expedição de precatório ou requisição de pequeno valor, observada a ordem especial restrita aos créditos dessa mesma natureza. 62=Certo
 63 Não havendo pedido na petição inicial do processo judicial ou não estando expressa a obrigação de pagar na sentença condenatória, os juros moratórios não deverão incidir no cálculo de liquidação do débito. 63=Errado, “incluem-se os juros moratórios na liquidação, embora omisso o pedido inicial ou a condenação” sumula 254 do STF
64 Nas ações de desapropriação, os juros de mora são devidos desde a concessão da ordem liminar de desocupação do imóvel. 64=Errado, desde a imissão na posse, súmula 164 do STF
Procuradoria Geral do Estado do Pernambuco. Prova objetiva Aplicação 07/04/2019. Conhecimentos Especifico para os cargo 5. Cargo 5: Analista Judiciário de Procuradoria
Ronaldo, ocultando sua verdadeira intenção, celebrou com Fernando um negócio jurídico, que se concretizaria somente quando Fernando contraísse matrimônio. Considerando essa situação hipotética e as regras de direito civil, julgue os itens seguintes. 
71 Como Fernando não teve conhecimento da reserva mental de Ronaldo, o ato, a princípio, subsiste e produz efeitos. 71=Certo, art. 110 Código Civil
72 A situação ilustra hipótese de condição resolutiva, pois a eficácia do negócio jurídico em questão depende da celebração de matrimônio por Fernando. 72=Errado, é condição suspensiva, art. 121 com art. 125 do CC
73 Se o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito, o negócio jurídico será nulo e, portanto, ficará insuscetível de convalidação pelo decurso do tempo. 73=Certo, art. 166 II e III e art. 169 do CC. O negócio jurídico simulado é que pode subsistir no que dissimulou se for válido na forma e na substância, art. 167 do Código Civil
Com base nas disposições do Código Civil acerca de contratos, julgue os itens subsequentes. 
74 Na hipótese de defeito oculto de coisa recebida em decorrência de contrato comutativo, caso o alienante não tenha conhecimento do referido vício, ele deverá restituir o valor recebido do contrato, acrescido de indenização por perdas e danos. 74=Errado, restituirá o valor recebido mais as despesas do contratoart. 441 com 444 do Código Civil
75 Se, na execução do contrato, uma das partes houver realizado elevado investimento em razão da natureza do contrato, o distrato unilateral, exercido pela outra parte, produzirá efeitos somente após o decurso de período condizente com a importância investida. 75=Certo, parágrafo único do art. 473 do Código Civil
76 Em contratos de compra e venda, até o momento da tradição, os riscos relacionados à coisa ficam por conta do vendedor, enquanto os riscos referentes ao preço competem ao comprador. 76=Certo, art. 492 do Código Civil
77 O vendedor de coisa imóvel poderá inserir cláusula de retrovenda no contrato de compra e venda, para reservar a si o direito de recobrar a coisa em até cinco anos, bastando para a consumação da retrovenda a restituição do valor recebido. 77=Errado, prazo máximo = decadência de 3 anos, reembolsando o preço recebido e as despesas do comprador, art. 505 do Código Civil
78 Em qualquer hipótese, a doação verbal não é válida quando o objeto for bem móvel. 78=Errado, é válida se de pequeno valor e sobre bens móveis e seguida da tradição parágrafo único do art. 541 do Código Civil
Em razão de uma colisão de veículos, Roberta, motorista e proprietária de um dos veículos, firmou acordo para reparação de danos com Hugo e Eduardo, respectivamente, motorista e proprietário do outro veículo envolvido no acidente. No entanto, por ter sido descumprido o referido pacto, Roberta ajuizou ação em desfavor deles. Hugo apresentou a sua contestação no prazo legal, e Eduardo não realizou esse ato processual. Considerando essa situação hipotética e as disposições do Código de Processo Civil, julgue os itens seguintes. 
79 Se, na petição inicial apresentada por Roberta, faltarem provas indispensáveis à demonstração da verdade dos fatos por ela alegados, o juiz deverá indeferir imediatamente a inicial. 79=Errado, não é situação que consta do art. 330 do CPC Lei 13.105/2015. O juiz pode determinar provas necessárias ao julgamento do mérito, art. 370 CPC
80 Caso algum dos pedidos de Roberta esteja em dissonância com entendimento firmado em súmula pelo Superior Tribunal de Justiça, o juiz deverá julgá-lo liminarmente improcedente. 80=Certo, art. 332 I do CPC Lei 13.105/2015
81 Por não ter apresentado contestação, Eduardo será considerado revel, estabelecendo-se a presunção de que todos os fatos alegados por Roberta são verdadeiros.81=Errado, não será considerado revel se Hugo contestar a ação, art. 345 I do CPC Lei 13.105/2015
 82 Apesar de não ter apresentado contestação, Eduardo poderá produzir provas em contraposição às alegações de Roberta, desde que se faça representar nos autos em tempo hábil para a prática dos atos processuais referentes a essa produção. 82=Certo parágrafo único do art. 346 com art. 349 do CPC Lei 13.105/2015
83 O juiz poderá julgar antecipadamente o pedido, de modo a proferir a sentença com resolução de mérito, declarando Eduardo como revel, desde que inexista requerimento das partes para produção de provas. 83=Errado, o réu for revel, ocorrer presunção de verdade sob as alegações dos fatos formulados pelo autor e o réu não requerer produção prova. Art. 355 II do CPC Lei 13.105/2015
Por ter sofrido sucessivos erros em cirurgias feitas em hospital público de determinado estado, João ficou com uma deformidade no corpo, razão pela qual ajuizou ação de reparação de danos em desfavor do referido estado. Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil, julgue os itens subsecutivos. 
84 O foro competente para o ajuizamento da referida ação será o da ocorrência do fato, não podendo ser escolhido o foro do domicílio de João. 84=Errado, art. 53 V do CPC Lei 13.105/2015
85 O estado possui prazo em dobro para apresentar as manifestações processuais necessárias. 85=Certo, art. 183 CPC Lei 13.105/2015
86 A citação do estado deverá ser realizada perante o órgão de advocacia pública responsável pela sua representação judicial. 86=Certo, § 30 do art. 242 do CPC Lei 13.105/2015
87 O juiz não poderá alterar a ordem de produção dos meios de prova, ainda que isso se mostre adequado às necessidades do conflito, pois tal ato importaria prejuízo presumido à demanda. Poderá, art. 139 VI do CPC Lei 13.105/2015
88 Se o advogado de João falecer durante o curso do processo e João descumprir a determinação judicial de constituição de novo mandatário no prazo de quinze dias, o juiz extinguirá o processo sem resolução de mérito. 88=Certo, § 30 do art. 313 do CPC Lei 13.105/2015
PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO DE BOA VISTA. PROCURADOR MUNICIPAL. Aplicação: 26/05/2019. Conhecimentos Específicos. 
Acerca de responsabilidade civil, de negócio jurídico e de transmissão e extinção de obrigações, julgue os itens seguintes. 
38 Tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas podem sofrer danos morais. 38=Certo
39 Em contratos de fiança, a declaração de vontade do fiador pode ser expressa ou presumida. 39=Errado, art. 819 do Código Civil
40 Tanto no caso de assunção de dívida quanto no caso de novação de dívida, enquanto a obrigação original não for totalmente adimplida, o devedor originário manterá sua responsabilidade com o credor e a obrigação permanecerá inalterada. 40=Errado, arts. 299 e 360 do Código Civil
PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO DE BOA VISTA. PROCURADOR MUNICIPAL. Aplicação: 26/05/2019. Conhecimentos Específicos. 
A respeito de relações de consumo, de contrato de locação e de registro de imóveis, julgue os itens que se seguem. 
41 De acordo com o STJ, as instituições bancárias se submetem às regras e aos princípios que regulam as relações consumeristas. 41=Certo
42 Os contratos de locação em que o poder público é o locatário são regidos exclusivamente por normas de direito privado. 42=Errado
“A locação de imóvel pelo Poder Público poderá ser realizada por dispensa de licitação ao amparo do inciso X do art. 24 da Lei nº
8.666, de 1993, desde: (a) que as características do imóvel atendam às finalidades precípuas da Administração Pública; (b) que haja avaliação prévia; e (c) que o preço seja compatível com o valor de mercado. O contrato de locação em que o Poder Público seja locatário encontra-se previsto no art. 62, § 3º, I, da Lei nº 8.666, de 1993, aplicando-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 da referida Lei e demais normas gerais, no que couber, (normas tipicamente de Direito Administrativo), bem como serão aplicados as regras de Direito Privado, previstas na legislação sobre locação para fins não residenciais, isto é, a Lei do Inquilinato nº 8.245, de 18 de outubro de 1991. Por conseguinte, nesse contrato, conterá a) o conteúdo mínimo definido no art. 55 que trata das
cláusulas obrigatórias para os contratos administrativos; b) as cláusulas exorbitantes do art. 58 que irão caracterizar os contratos administrativos por conferirem à Administração posição de supremacia em relação ao contratado; e c) a formalização e a eficácia dos contratos administrativos, conforme dispõe o art. 61. Quanto à natureza jurídica do contrato de locação, onde a Administração Pública figure como locatária (perquirindo se tal tipo de contrato é regido por normas de Direito Privado ou por normas de Direito Público), responde a indagação, o art. 62 § 3º, I, da Lei nº 8666, de 1993. Desse modo, percebe-se que os contratos de locação, em que a Administração Pública figure como locatária, reger-se-ão pelas normas de Direito Privado, caracterizando-se não como um contrato administrativo propriamente dito, mas como um contrato da administração, fazendo-se necessário, no entanto, deixar expresso, que nestes casos, as normas de Direito Privado aplicar-se-ão subsidiariamente.”
43 Os municípios têm legitimidade para solicitar ao cartório de registro de imóveis competente a abertura de matrícula de imóveis públicos não inscritos e localizados em seu território que tenham sido objeto de parcelamento de solo urbano e para solicitar o respectivo registro dos imóveis decorrentes desse parcelamento. 43=Certo
Em cada um dos itens a seguir é apresentadauma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de direitos reais de garantia e da responsabilidade civil. 
44 João e Marcelo são coproprietários de um apartamento. João pretende obter um empréstimo e, para atender a uma exigência bancária, deseja dar o referido apartamento como garantia da dívida que será contraída.
 Nessa situação, mesmo sendo o apartamento um bem indivisível, João poderá, sem o consentimento de Marcelo, dar em garantia hipotecária a parte que lhe pertence no referido imóvel. 44=Certo. Maria Helena Diniz, ao discorrer sobre o registro da hipoteca, assim se manifesta:
“Os bens em estado de indivisão, pertencentes a dois ou mais proprietários, poderão ser hipotecados desde que haja anuência de todos os comunheiros; se divisível, poderá ser dada em garantia a parte de cada um deles, porém não poderá o condômino hipotecar além do seu quinhão (CC, arts. 1.314, in fine, e 1.420, § 2º). (DINIZ, Maria Helena. "Sistemas de Registros de Imóveis". 8ª edição, São Paulo, Saraiva, 2009, p. 149).”
Não é outro o entendimento de Ademar Fioranelli, que assim ensina em sua obra "Direito Registral Imobiliário", publicada pelo IRIB/safE, Porto Alegre, 2001, p. 289: "Nenhum impedimento se configura para que condômino do imóvel pro diviso ou indiviso ofereça em garantia hipotecária sua parte ideal possuída ou mesmo localizada em porção certa e definida dentro do todo (medidas, área, delimitações e confrontações), dependendo, nesta segunda hipótese, apenas de anuência expressa dos demais condôminos. Se ideal, far-se-á o registro na própria matrícula do todo em que reunida a totalidade dos condôminos e, se localizada (imóvel determinado), abrir-se-á nova matrícula dessa porção certa e que sofrerá o ônus, lançando-se aqui o registro da garantia hipotecária; nem por isso esse ônus real se estenderá à totalidade do imóvel, porque especializada a parte objeto da garantia. Não há que se confundir a indivisibilidade da hipoteca com sua especialidade, embora com aquela se harmonize."
 45 Atendendo a um pedido de seu amigo Flávio, Gustavo lhe deu carona no percurso compreendido entre o local de trabalho e a faculdade onde ambos estudavam. Em determinado momento do percurso, Gustavo reduziu a velocidade do veículo por ter avistado um transeunte em uma faixa de pedestres, recebendo uma colisão violenta do carro que estava atrás com o seu veículo. Em decorrência desse acidente, Flávio ficou paraplégico. 
Nessa situação, de acordo com a jurisprudência do STJ, Gustavo poderá ser responsabilizado civilmente pelos danos materiais e morais suportados por Flávio. 45=Errado, informativo 0627; Os danos decorrentes de acidentes de veículos automotores sem vítimas não caracterizam dano moral in re ipsa. 
REsp 1.653.413-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, por unanimidade, julgado em 05/06/2018, DJe 08/06/2018. “A jurisprudência do STJ, em casos específicos, concluiu pela possibilidade de compensação de danos morais independentemente da demonstração de dor, traduzindo-se, pois, em consequência in re ipsa, intrínseca à própria conduta que injustamente atinja a dignidade do ser humano. Todavia, a caracterização do dano moral in re ipsa não pode ser elastecida a ponto de afastar a necessidade de sua efetiva demonstração em qualquer situação. Isso porque ao assim proceder se estaria a percorrer o caminho diametralmente oposto ao sentido da despatrimonialização do direito civil, transformando em caráter meramente patrimonial os danos extrapatrimoniais e fomentando a já bastante conhecida "indústria do dano moral". Nesse sentido é importante assinalar que, em casos de acidente automobolístico sem vítima, não há a priori a configuração de dano moral. Ao contrário, em casos tais, o comum é que os danos não extrapolem a esfera patrimonial e ensejem indenização por danos materiais,eventualmente, sob as modalidades de lucros cessantes e ressarcimento de despesas correlacionadas. De outro prisma, certamente haverá casos em que as circunstâncias que o envolvem apontem para um dano que extrapole os limites do mero aborrecimento e que, portanto, deverão ser compensados por meio de indenização que logre realizar o princípio do ressarcimento integral da vítima. Nota-se, portanto, que o dano moral decorrente de acidente de trânsito não corresponde ao dano in re ipsa por vezes reconhecido nesta Corte Superior.”
Acerca de representação processual, prazos processuais e advocacia pública, julgue os itens seguintes.
 46 O representante legal do absolutamente incapaz possui legitimidade ativa para figurar como parte autora em ação judicial que objetive proteger direito do seu representado. 46=Errado, art. 71 do CPC Lei 13.105/2013, quem é parte no processo é o representado (para os absolutamente incapazes) ou o assistido (para os relativamente incapazes).
 47 Deverá ser considerado intempestivo o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão que tenha negado provimento a determinado recurso de apelação. 47=Errado
48 Compete à advocacia pública proceder à defesa do chefe do Poder Executivo em ações judiciais nas quais o referido agente público for acusado de desvio de verba pública quando do exercício do mandato. 48=Errado
A respeito de tutela provisória, resposta do réu e juizado especial de fazenda pública, julgue os itens que se seguem. 
49 O deferimento de tutela provisória em ação de obrigação de não fazer permite que o juiz determine, de ofício, a imposição de multa no caso de descumprimento da ordem judicial, além de remoção e de busca e apreensão de coisas. 49=Certo
50 Não enseja preclusão temporal o fato de o réu deixar de alegar a litispendência ou a coisa julgada em preliminar de contestação. 50=Certo, art. 337 VI e VII + § 50 do CPC Lei 13.105/2015 com § 30 do art. 485. Questões relacionadas ao pressupostos processuais, à legitimidade da parte e ao interesse processual são questões de ordem pública, que podem ser conhecidas em qualquer tempo e grau de jurisdição, não se submetendo à preclusão. 
51 O juizado especial da fazenda pública não possui competência para processar e julgar ação de desapropriação indireta movida em desfavor de município, ainda que o valor do bem a ser desapropriado seja igual ou inferior a sessenta salários mínimos. 51=Anulada. § 10 incisos I e II do art. 20 da Lei 12.153/2009.
 Em cada um dos itens a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de processo de execução e ação popular. 
52 Após tomar posse, o prefeito nomeou para exercer o cargo de motorista do seu gabinete o seu sobrinho. Nessa situação, para a anulação da referida nomeação, um instrumento processual adequado é a ação popular. 52=Certo, art. 10 da Lei 4.717/1965
53 A pedido do exequente, o juízo deferiu a penhora de um imóvel de propriedade do executado. No entanto, o exequente não procedeu à averbação do ato no respectivo cartório de registro de imóveis. Após a penhora, o executado alienou o imóvel penhorado. Nessa situação, o ato de alienação do imóvel caracteriza fraude à execução. 53=Errado, art. 792 II e IV com art. 828 § 40 do CPC Lei 13.105/2015. A ordem de citação e registro prévio da ação executiva induz o efeito de tornar litigiosa a coisa. O exequente pode, ao propor a execução, obter certidão da sua distribuição para averbar a existência do processo nos registros de bens do executado. A partir desta averbação, qualquer alienação ou oneração de bem em cujo registro esteja inscrita a existência da ação executiva é considerada em fraude à execução.
PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE. Procurador Municipal do Quadro Permanente da Prefeitura de Campo Grande. Aplicação: 16/06/2019. 
PROVA OBJETIVA 
Considerando as disposições da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens a seguir. 
36 Diante de omissão legal, o juiz decidirá de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, visando atender aos fins sociais da lei e às exigências do bem comum. 36=Certo, art. 40 do Decreto Lei 4.657/1942
37Salvo expressa disposição em contrário, a lei entrará em vigor no primeiro dia útil após a sua publicação no Diário Oficial da União. 37=Errado, 45 dias depois de oficialmente publicada, art. 10 do Decreto Lei 4.657/1942
38 Autoridade judiciária brasileira tem competência concorrente para julgar ações relativas a imóveis que, situados no Brasil, sejam de propriedade de estrangeiros. 38=Errado, só autoridade brasileira é competente, § 10 do art. 12 do Decreto Lei 4.657/1942
PROCURADORIAGERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE. Procurador Municipal do Quadro Permanente da Prefeitura de Campo Grande. Aplicação: 16/06/2019. 
PROVA OBJETIVA 
Em 29 de março de 2019, uma sexta-feira, iniciou-se o prazo para que uma autarquia apresentasse contestação a uma petição inicial de natureza cível, em procedimento ordinário, distribuída em uma das varas federais de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo ocorrido nenhum feriado até a data final para protocolo da contestação. Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens, relativos a comunicação e prazos processuais, contestação e reconvenção. 
50 O último dia para o protocolo tempestivo da contestação era 10 de maio de 2019, uma sexta-feira. 50=Certo, o prazo para interpor contestação é 15 dias, autarquia tem prazo em dobro art. 183 com 335 do CPC Lei 13.105/2015
51 A citação da autarquia foi realizada no órgão da advocacia pública responsável pela representação judicial dessa autarquia. 51=Certo, § 30 do art. 242 do CPC
52 Na hipótese de a autarquia desejar exercer seu direito de ação e expor sua pretensão em desfavor do autor da demanda, ela deverá propor reconvenção a ser apresentada junto da contestação, sob pena de sofrer os efeitos da preclusão lógica em caso de protocolo posterior como peça autônoma. 52=Errado, pode ser proposto reconvenção independente de contestação, § 60 do art. 343 do CPC Lei 13.105/2015
53 É correto afirmar que, após a citação válida da autarquia, o objeto da demanda se tornou oficialmente litigioso, mas não é acertado dizer que o demandado foi constituído em mora, uma vez que ainda inexiste certeza acerca da veracidade dos fatos narrados pelo autor na inicial. 53=Errado, há exceções para que a citação do réu ou do executado torne o processo válido, art. 239 do CPC Lei 13.105/2015
Em ação de natureza civil, o autor requereu que determinado estado da Federação fosse condenado ao fornecimento de medicamento de alto custo. O demandante, de forma incidental, fez pedido de tutela provisória antecipada, alegando que o seu direito é certo e que corre risco de morte caso não receba o medicamento com brevidade. Todos os fatos alegados pela parte autora foram exaustivamente comprovados por documentos idôneos, razão pela qual o juízo concedeu a referida tutela antecipada e determinou a intimação do requerido para que cumprisse a decisão. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, concernentes à tutela provisória. 
54 Caso o estado da Federação não interponha recurso contra a concessão da tutela antecipada, essa decisão se tornará estável, não podendo ser modificada ou revogada pelo Poder Judiciário. 54=Errado, pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo, art, 296 do CPC Lei 13.105/2015
55 O pedido de tutela provisória de urgência de caráter incidental exige que a parte que a requer realize o pagamento de custas processuais. 55=Errado, requerida em caráter incidental a tutela provisória independe de pagamento de custas, art. 295 do CPC Lei 13.105/2015
Maria comprou um imóvel de Joana e, imediatamente após a entrega das chaves, a nova proprietária passou a residir no bem adquirido. Alguns meses depois, Maria foi citada por um oficial de justiça, que a informou de que Joaquim estava promovendo uma ação reivindicatória em desfavor dela sob a alegação de ser ele o real proprietário do bem imóvel. Acerca de intervenção de terceiros, julgue os itens seguintes. 
56 Maria poderá denunciar a lide à Joana — considerada alienante imediata — para que esta possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam. 56=Anulada, art. 125 I e II do CPC Lei 13.105/2015. Com § 10 
57 É admissível que Joana solicite o seu ingresso no processo como assistente, independentemente do procedimento ou do grau de jurisdição no qual esteja tramitando o processo, desde que demonstre seu interesse jurídico em que a sentença seja favorável à Maria. 57=Certo, art. 119 do CPC Lei 13.105/2015
Dionísio ajuizou ação possessória em desfavor de Paulo sob o fundamento de que, durante os últimos seis meses, o demandado estaria lhe prejudicando a entrada em seu próprio terreno, visto que Paulo havia descarregado um caminhão de areia no portão de entrada da propriedade de Dionísio. Ao redigir a exordial, o advogado do autor narrou nos fatos a ocorrência de esbulho, o que justificaria o ajuizamento da referida ação como de reintegração de posse. Julgue os itens subsecutivos, no que se refere a procedimentos especiais, contestação, reconvenção e petição inicial. 
58 No caso, como ocorreu somente o embaraço da plena posse de Dionísio, deveria ter sido ajuizada ação de manutenção de posse. Assim, o juiz, ao receber a inicial, deverá determinar a emenda da exordial para adequação do pedido, nos termos do Código de Processo Civil. 58=Errado, o esbulho é por ação de reintegração e no caso de turbação é ação de manutenção na posse, art. 560 do CPC Lei 13.105/2015
59 Nas ações possessórias, é admissível que o autor faça pedido liminar em relação ao restabelecimento pleno de sua posse, bastando para tanto que comprove a existência dos mesmos requisitos básicos das tutelas provisórias de urgência, quais sejam, o periculum in mora e o fumus boni iuris. 59=Errado, arts. 561 com 562 do CPC Lei 13.105/2015
60 Se Dionísio não fosse o proprietário do bem imóvel objeto de ação possessória, mas tão somente o inquilino, ele teria legitimidade para promover a referida demanda. 60=Certo, art. 560 diz “o possuidor” que pode ser direto ou indireto. § 2 do art. 677 do CPC Lei 13.105/2015 + art. 1.197 do Código Civil Lei 10.406/2002
61 O único meio processual cabível para que Paulo pudesse expor suas pretensões na demanda possessória seria a reconvenção, na qual ele poderia pleitear proteção possessória e indenização por prejuízos. 61=Errado, pode alegar na contestação, art. 337 IX, XI, do CPC Lei 13.105/2015
Jorge foi devidamente citado em ação movida por Márcio e pretende alegar incompetência territorial, impugnar o valor da causa e apresentar reconvenção. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes, a respeito do valor da causa, jurisdição e improcedência liminar do pedido. 
62 Tanto a incompetência territorial quanto o valor da causa deverão ser alegados como preliminares da contestação. 62=Certo, art. 337 II e III do CPC Lei 13.105/2015
63 A incompetência territorial é uma questão relativa, que deve ser alegada na primeira oportunidade em que a parte for se manifestar em juízo, salvo no caso de o objeto litigioso ser um bem imóvel, o que torna a competência territorial absoluta e passível de ser decretada de ofício pelo julgador. 63=Anulada, art. 337 II com § 50 do CPC Lei 13.105/2015 A incompetência relativa e convenção arbitragem não podem ser alegadas de ofício. 
64 Caso Jorge, em reconvenção, resolva fazer pedidos cumulativos simples, o valor da causa será o referente à soma de todos os pedidos. Se ele for pleitear prestações periódicas vencidas e vincendas que ultrapassem um ano, o valor da causa deverá ser reduzido ao quantitativo equivalente a doze parcelas de prestações pretendidas. 64=Anulada, art. 292 VI com §§ 10 e 20 do art. 292 do CPC Lei 13.105/2015
65 Se o pedido feito na inicial por Márcio contrariar qualquer acórdão proferido por tribunal superior, o juiz deverá julgar liminarmente improcedente o pedido. 65=Errada, art. 332 do CPC Lei 13.105/2015
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Cargo: JUIZ SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Aplicação: 28/04/2019.
QUESTÃO 6 A respeito da guarda dosfilhos após a separação do casal, julgue os itens a seguir. 
I De acordo com o STJ, o estabelecimento da guarda compartilhada não se sujeita à transigência dos genitores. I=certo, REsp 1707499/DF Relator Marco Aurélio Bellizze. T3 terceira turma DJe 06/05/20191. A implementação da guarda compartilhada não se sujeita à transigência dos genitores. 2. As peculiariedades do caso concreto inviabilizam a implementação da guarda compartilhada diante do princípio do melhor interesse do menor.
 II Na audiência de conciliação, o juiz deverá instar o Ministério Público a informar os pais do significado da guarda compartilhada, da sua importância, da similitude de deveres e dos direitos atribuídos aos genitores bem como das sanções pelo descumprimento de suas cláusulas. II= errado, nas ações de família o MP intervirá quando houver interesse de incapaz art. 698 CPC Lei 13.105/2015, quem informa é o juiz, art. 1.584 § 10 do CC
III O descumprimento imotivado de cláusula de guarda compartilhada acarretará a redução do número de horas de convivência com o filho. Redução de prerrogativas ao detentor, § 40 do art. 1.584 CC
IV O pai ou a mãe, em cuja guarda não esteja o filho, poderá visitá-lo e tê-lo em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, bem como fiscalizar a sua manutenção e educação. IV=certo, art. 1.589 CC
Estão certos apenas os itens 
A I e III. 
B I e IV. 6=B
C II e IV. 
D I, II e III.
 E II, III e IV. 
QUESTÃO 7 Após a abertura de testamento público, foi verificado que havia sido deixado um terreno, no valor de sessenta salários mínimos, a uma das testemunhas signatárias do documento. Nesse caso, a disposição testamentária será 
A válida, se for convalidada pelos demais herdeiros. 
B válida, se não existirem herdeiros legítimos. 
C anulável, se os herdeiros legítimos comprovarem vício de vontade. 
D nula de pleno direito. 7=D art. 1.801 II com 1.900 CC
E considerada codicilo, se não representar mais de 1% do valor total do testamento. Codicilo = escrito particular de última vontade, redigido, pelo qual alguém estabelece disposições sobre seu enterro, dá esmolas e lega móveis, roupas ou joias de seu uso particular e não muito valiosas, e nomeia ou substitui testamenteiro(s).
QUESTÃO 8 Para que seja caracterizada a posse de boa-fé, o Código Civil determina que o possuidor 
A apresente documento escrito de compra e venda. 
B tenha a posse por mais de um ano e um dia sem conhecimento de vício. 
C aja com ânimo de dono e sem oposição. 
D tenha adquirido a posse de quem se encontrava na posse de fato. 
E ignore o vício impedidor da aquisição do bem. 8=C art. 1.201 CC
QUESTÃO 9 O oficial de registro imobiliário, antes de registrar o título, deverá verificar se a pessoa que nele figura como alienante é a mesma cujo nome consta no registro como proprietária. Esse procedimento deve-se ao cumprimento do princípio da 
A legalidade. 
faz-se necessário que o Oficial de Imóveis, antes de proceder com o registro do título, realize um exame prévio da legalidade do título, a fim de aferir acerca da validez e eficácia do título, evitando, desta forma, o registro de títulos inválidos, imperfeitos ou ineficazes
B especialidade. 
 identificação do imóvel, quer seja ele urbano ou rural, e do titular do direito real nos documentos, o que se dá através da indicação objetiva e precisa das características, confrontações, medidas e da qualificação completa dos titulares dos direitos reais.
O art. 176 da LRP deixa clara a importância da fiel caracterização do imóvel e dos titulares dos domínios, uma vez que, sendo a matrícula o cerne do sistema do registro predial brasileiro, este somente será realizado à plenitude com o perfeito atendimento dos requisitos impostos
C continuidade. 9=C
O princípio da continuidade, também denominado por alguns autores como "do trato sucessivo", encontra-se consagrado em várias passagens da Lei n. 6.015/37, percorrendo, de modo geral, duas linhas: a do imóvel, como transposto para os livros de registro imobiliário, e a das pessoas com interesse nos registros. Ambas devem seguir de modo rigoroso e sem solução de continuidade o sistema criado em lei.
O número de dispositivos legais que tratam de forma expressa do princípio ora em estudo demonstra sua importância. A responsabilidade pelo registro contínuo é do serventuário, que funcionará como fiel escudeiro da continuidade registraria. Tal princípio determina o encadeamento entre assentos pertinentes a um dado imóvel e às pessoas que neles figurem como partes interessadas. Ademais, traduz-se em primordial ferramenta para manutenção da segurança jurídica na transferência da propriedade imobiliária no Brasil, obrigando à menção, no registro, das referências originárias, derivadas e sucessivas dos registros anteriores, de modo que a cadeia dominial reste completamente esclarecida para todos que consultem o repositório fiel da "vida" do imóvel, ou seja, sua matrícula.
 D força probante. Força de presunção iuris et iure de propriedade, dono é aquele que tem a propriedade registrada em seu nome
E territorialidade. 
o registro dos direitos reais sobre bens imóveis se subordina ao princípio da territorialidade, que prescreve que o protocolo e a efetivação do ato deverá se dar na "Zona Imobiliária" específica, ou seja, no Ofício de Registro de Imóveis da municipalidade onde estiver situado o imóvel objeto do direito real (foro rei sitae), ou, havendo mais de um, naquele ao qual a lei conferir competência para tanto. tem como pressuposto a delimitação da atuação do Oficial de Registro de Imóveis, devendo este exercer suas funções delegadas dentro da área definida em lei, sob pena de nulidade, salvo as exceções previstas no art. 169 da Lei Registros Públicos.
QUESTÃO 10 Se, mediante escritura pública, o proprietário de um terreno conceder a terceiro, por tempo determinado, o direito de plantar em seu terreno, então, nesse caso, estará configurado o 
A direito de superfície. 10=A art. 1.369 do Código Civil
B direito de uso. Usará e perceberá os frutos para suas necessidades, art. 1.412 CC
C usufruto resolutivo. Tem caráter temporários, admite menor duração quando convencionado a termo ou condição resolutiva, direito para que possa gozar, fruir, as utilidades e os frutos de uma coisa, cuja propriedade pertence a outro
D usufruto impróprio. Ou imperfeito ou quase usufruto, recai sobre coisas utilizáveis ou fruição, permite a consumação das coisas art. 1.392 § 10 CC
E comodato impróprio. Art. 579 do CC comodato é o empréstimo de uso gratuito de coisa infungível pois ela tem de ser devolvida.O chamado comodato irregular ou impróprio, o qual tem como característica a infungibilidade limitada ao gênero, vale dizer, uma fungibilidade na espécie, não está presente no Direito italiano. Neste caso, de infugibilidade do gênero, poderia se falar sempre da eadem res, ou seja, a repetição de uma mesma coisa dentro no gênero. O motivo é a contastação de que nem sempre é certo que uma coisa seja, ao mesmo tempo econômica e juridicamente igual a outra dentro do mesmo gênero. Além disso, é inadmissível que a propriedade determinada do comodante, torne-se uma propriedade sobre coisa indeterminada. Por fim, o chamado comodato irregular ou impróprio não é nada mais que um contrato de mútuo (contrato de empréstimo a título oneroso).
QUESTÃO 11 Matheus e Isaac — o primeiro residente e domiciliado em São Paulo – SP, e o segundo em Recife – PE — resolveram adquirir, em condomínio, imóvel localizado na praia de Jurerê, em Florianópolis – SC, pertencente a Tarcísio, residente e domiciliado em Recife – PE. Após a celebração da promessa de compra e venda com caráter irrevogável e irretratável e depois do pagamento do preço ajustado, Tarcísio se recusou a lavrar a escritura pública definitiva do imóvel, sob a alegação de que o preço deveria ser reajustado, em razão da recente instalação de dois famosos beach clubs na região. Inconformados, Matheus e Isaac resolveram buscar tutela judicial, a fim de obrigar Tarcísio a cumprir o negócio jurídico. Nessa situação hipotética,é correto afirmar, à luz das regras do Código de Processo Civil (CPC) e da jurisprudência majoritária do STJ, que o mecanismo jurídico adequado para a tutela pretendida é 
A a ação de adjudicação compulsória, que independerá do prévio registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis competente e deverá ser ajuizada em Florianópolis – SC ou Recife – PE, mas não em São Paulo – SP. 
B a ação reivindicatória, que independerá do prévio registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis competente e deverá ser ajuizada necessariamente em Florianópolis – SC. 
C a ação de adjudicação compulsória, que independerá de prévio registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis competente e deverá ser ajuizada necessariamente em Florianópolis – SC. 11=C art. 825 I CPC Lei 13.105/2015 com art. 1.418 do Código Civil Lei 10.406/2002 com súmula 239 do STJ , o foro é do local do imóvel, art. 47 § 20 do CPC Lei 13.105/2015
D a ação reivindicatória, que dependerá do prévio registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis competente e deverá ser ajuizada em Florianópolis – SC ou Recife – PE, mas não em São Paulo – SP. Art. 1.228 do Código Civil na ação reinvidicatória busca-se a restituição da coisa, da qual o proprietário foi desapossado
E a ação de adjudicação compulsória, que dependerá do prévio registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis e deverá ser ajuizada em Florianópolis – SC ou Recife – PE, mas não em São Paulo – SP. 
QUESTÃO 12 A ação de prestação de contas em desfavor de instituição financeira pode ser proposta, de acordo com a jurisprudência do STJ, por Questão anulada pela banca
I titular da conta-corrente bancária, em contrato de conta-corrente. I=Certo Súmula 259 do STJ 
II tomador do mútuo, em contratos de mútuo bancário. II=Errado
III tomador do financiamento, em contratos de financiamento bancário com garantia de alienação fiduciária. III=Errado
Assinale a opção correta. 
A Apenas o item I está certo. 12=A
B Apenas o item II está certo. 
C Apenas os itens I e III estão certos.
D Apenas os itens II e III estão certos. 
E Todos os itens estão certos. 
Informativo 0558 de 19 março a 6 de abril de 2015 DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR EM AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CONTRATOS DE MÚTUO E FINANCIAMENTO. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. 8/2008-STJ). Nos contratos de mútuo e financiamento, o devedor não possui interesse de agir para a ação de prestação de contas. A ação de prestação de contas constitui procedimento especial de jurisdição contenciosa normatizado nos arts. 914 a 919 do CPC e presta-se, essencialmente, a dirimir incertezas surgidas a partir da administração de bens, negócios e interesses alheios, cabendo ao gestor a apresentação minuciosa de todas as receitas e despesas envolvidas na relação jurídica e, ao final, a exibição do saldo, que tanto pode ser credor quanto devedor. O art. 914 do CPC dispõe que a "ação de prestação de contas competirá a quem tiver: I - o direito de exigi-las; II - a obrigação de prestá-las". A hipótese a que se refere o inciso I - única que interessa ao presente caso - visa a permitir que o autor exija do réu o oferecimento de contas. Fundamenta-se exclusivamente na existência ou não do direito de exigir essas contas, sem que seja necessário que se invoque alguma desconfiança sobre o trabalho exercido pelo administrador ou algum saldo supostamente existente em razão da atuação deste. Assim, na ação de prestação de contas, é fundamental a existência, entre autor e réu, de relação jurídica de direito material em que um deles administre bens, direitos ou interesses alheios. Sem essa relação, inexiste o dever de prestar contas. Nessa ordem de ideias, são duas conclusões acerca do interesse de agir nesse tipo de ação: a) o interesse sobre o qual versa a prestação de contas independe da existência ou não de débito e b) requer apenas a existência de vínculo jurídico capaz de obrigar uma das partes a prestá-las em favor da outra. No contrato de mútuo bancário, a obrigação do mutuante cessa com a entrega da coisa. Nesse contexto, não há obrigação da instituição financeira em prestar contas, porquanto a relação estabelecida com o mutuário não é de administração ou gestão de bens alheios, sendo apenas um empréstimo. Conclui-se, então, pela inexistência de interesse de agir do cliente/mutuário para propor ação de prestação de contas, haja vista que o mutuante/instituição financeira exime-se de compromissos com a entrega da coisa. Ou seja, "a atividade da instituição financeira limita-se a entrega de recursos ao tomador do empréstimo, no valor estipulado contratualmente, cabendo a este a restituição da quantia emprestada, na forma pactuada". (REsp 1.225.252-PR, Terceira Turma, DJe 6/5/2013). No que concerne à matéria, a Segunda Seção do STJ, no julgamento do REsp 1.201.662-PR, firmou o entendimento de que, na hipótese de contrato de financiamento, não há, para o tomador do financiamento, interesse de agir na propositura de ação de prestação de contas, uma vez que o banco não administra recursos do financiado. Ademais, importante salientar que a questão analisada é diversa da regulada na Súmula 259 do STJ, que dispõe sobre o cabimento da ação de prestação de contas em contratos de conta-corrente bancária. Aliás, toda argumentação utilizada até aqui deve ser estendida aos contratos de financiamento em geral. Nessa espécie contratual, assim como no empréstimo bancário, o cliente adquire certa quantia em dinheiro com a instituição financeira, comprometendo-se a saldá-la em determinado prazo, na forma avençada no contrato. A diferença entre eles é que, no contrato de financiamento, há destinação específica dos recursos tomados, como, por exemplo, para a aquisição de um bem imóvel ou de um veículo. Ademais, geralmente o contrato de financiamento possui algum tipo de garantia, como a hipoteca ou a alienação fiduciária. Conclui-se, então, que, na hipótese de contrato de financiamento, assim como no de mútuo, não há, para o tomador do financiamento, interesse de agir na propositura de ação de prestação de contas, uma vez que o banco não administra recursos do financiado: trata-se aqui de contrato fixo, em que há valor e taxa de juros definidos, cabendo ao próprio financiado fazer o cálculo, pois todas as informações constam no contrato. REsp 1.293.558-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, julgado em 11/3/2015, DJe 25/3/2015.
QUESTÃO 13 No que se refere à arguição de falsidade como instrumento processual para impugnação de documentos, assinale a opção correta. 
A A falsidade documental pode ser suscitada em contestação, na réplica ou no prazo de dez dias úteis, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos. 15 dias, art. 430 CPC Lei 13.105/2015
B O STJ pacificou o entendimento de que a arguição de falsidade é o meio adequado para impugnar a falsidade material do documento, mas não de falsidade ideológica. O STJ vem admitindo argüição de falsidade para impugnar conteúdo do documento
C Após os momentos processuais da contestação e da réplica, se arguida a falsidade, esta será autuada como incidente em apartado e, nesse caso, o juiz suspenderá o processo principal. 
Nos termos do art. 430, CPC/2015, a falsidade deve ser arguida na primeira oportunidade em que a parte deva se manifestar. Será na contestação, se o documento constar da inicial; será na réplica do autor, se constar na contestação.
O prazo para arguição da falsidade tem caráter preclusivo, ou seja, se a parte não observá-lo, não poderá mais discutir a veracidade do documento por meio do incidente. Isso não quer dizer que não seja mais possível, em ação autônoma, provar a falsidade material ou ideológica desse documento.
D Após a instauração do procedimento de arguição de falsidade, a outra parte deverá ser ouvida em quinze dias e, então, não será admitida a extinção prematura do feito sem o exame pericial do documento, mesmo que a parte concorde em retirá-lo dos autos. Art. 432 + parágrafoúnico do CPC Lei 13.105/2015
Logo que arguida a falsidade, o juiz intimará a parte contrária, que terá o prazo de quinze dias para se manifestar (art. 432, CPC/2015). Esgotado o prazo para resposta, o juiz determinará a realização de exame pericial, salvo se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo (art. 432, parágrafo único, CPC/2015).
E Uma vez arguida, a falsidade documental será resolvida como questão incidental; contudo, é possível que a parte suscitante requeira ao juiz que a decida como questão principal, independentemente de concordância da parte contrária. 13=E parágrafo único do art. 430 com 433 do CPC
QUESTÃO 14 Sérgio ajuizou ação indenizatória para reparação de danos morais contra determinado estabelecimento de Florianópolis, sob a alegação de que, em razão de sua orientação sexual, fora vítima, em quatro dias diversos, de ofensas por parte de prepostos da pessoa jurídica. Na fase de saneamento e organização do processo, o magistrado deferiu a produção da prova testemunhal, e Sérgio apresentou o rol de testemunhas, sendo quatro delas para provar as ofensas ocorridas na primeira ocasião; outras três para a segunda ocasião; outras duas testemunhas para a terceira ocasião; e, por fim, outras duas testemunhas para a quarta ocasião. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz do CPC. 
A O referido rol não extrapolou o limite máximo de testemunhas para a prova de cada fato, mas extrapolou o limite máximo global. 
B Não há previsão de limite máximo de testemunhas para a prova de cada fato, mas somente previsão de número máximo global. 
C Não há previsão de limite máximo global de testemunhas, mas apenas de número máximo para a prova de cada fato, cabendo ao magistrado determinar o máximo global no caso concreto. 
D O referido rol extrapolou o limite máximo de testemunhas para a prova de cada fato bem como o limite máximo global. Para o fato 1 apresentou 4, extrapolou § 60 do art. 357 CPC Lei 13.105/2015
E O referido rol não extrapolou o limite máximo de testemunhas para a prova de cada fato nem o limite máximo global. 
Questão 14 anulada. Podem arrolar 10 testemunhas no total e 3 para cada fato, art. 357 § 60
QUESTÃO 15 De acordo com as disposições do CPC, assinale a opção correta relativa aos procedimentos especiais. 
A Entre os legitimados para requerer a abertura de inventário, estão os credores dos herdeiros ou do autor da herança, mas não os credores do legatário. Credor do legatário é art. 616 Vi CPC Lei 13.105/2015
B No caso da ação possessória multitudinária, o oficial de justiça procurará, por uma vez, os ocupantes no imóvel, sendo citados por edital os que não forem encontrados na ocasião, independentemente de outras diligências para citação por hora certa. 15=B, art. 554 §§ 10 e 20 do CPC Lei 13.105/2015
C Em razão da sumariedade do procedimento monitório, o CPC vedou a possibilidade da reconvenção em demandas dessa natureza. Admite-se a reconvenção, sendo vedado a reconvenção à reconvenção § 60 do art. 702 do CPC Lei 13.105/2015
D Falecendo qualquer uma das partes no curso do processo, a sucessão processual acontecerá por meio do procedimento de habilitação, que ocorrerá nos mesmos autos da demanda, independentemente de suspensão do processo. abre-se habilitação na instância em que estiver o processo, suspendendo o processo a partir de então. Art. 689 com 692 do CPC Lei 13.105/2015
E Em regra, o proprietário fiduciário do bem constrito ou ameaçado não detém legitimidade ativa para ajuizar embargos de terceiro. § 10 do art. 674 do CPC Lei 13.105/2016
QUESTÃO 16 O Ministério Público ajuizou ação civil pública contra determinada empresa e seus sócios, visando tutelar direitos de consumidores lesados por contratos celebrados para a prática de esquema de pirâmide financeira. A sentença condenatória na ação coletiva foi publicada em 5/1/2003 e, após recurso, transitou em julgado em 2/6/2005. Em 6/7/2012, um consumidor beneficiário da referida demanda apresentou execução individual da sentença coletiva. Nessa situação hipotética, de acordo com o entendimento do STJ, é correto afirmar que, à época da propositura da execução individual pelo beneficiário, a sua pretensão 
A estava prescrita desde o transcurso de cinco anos após o trânsito em julgado da sentença coletiva. 16=A informativo 0515 de 3 de abril de 2013. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PRAZO PRESCRICIONAL PARA O AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO INDIVIDUALDE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. N. 8/2008-STJ). No âmbito do direito privado, é de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento da execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação civil pública. O emprego pelo julgador de determinada regra como parâmetro para fixar o prazo de prescrição no processo de conhecimento em ação coletiva não impõe a necessidade de utilizar essa mesma regra para definir o prazo de prescrição da pretensão deexecução individual, que deve observar a jurisprudência superveniente ao trânsito em julgado da sentençaexequenda. Assim, ainda que na ação de conhecimento, já transitada em julgado, tenha sido reconhecida a aplicabilidade do prazo de prescrição vintenário, deve ser utilizado, no processo de execução individual, conforme orientação da Súmula 150 do STF, o mesmo prazo para ajuizar a ação civil pública, que é de cinco anos nos termos do disposto no art. 21 da Lei n. 4.717/1965 - Lei da Ação Popular. Precedentes citados: REsp 1.070.896-SC, DJe 4/8/2010; AgRg no AREsp 113.967-PR, DJe 22/6/2012, e REsp n. 1.276.376-PR, DJ 1º/2/2012. REsp 1.273.643-PR, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 27/2/2013.
 B não estava prescrita, e só será assim considerada após o transcurso de dez anos do trânsito em julgado da sentença coletiva. 
C estava prescrita desde o transcurso de cinco anos após a publicação da sentença coletiva. 
D não estava prescrita, e só será assim considerada após o transcurso de dez anos após a publicação da sentença coletiva. 
E estava prescrita desde o transcuro de três anos após o trânsito em julgado da sentença coletiva. 
QUESTÃO 17 José ajuizou ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis atrasados em desfavor de Paulo, tendo o magistrado julgado procedentes os pedidos, declarando rescindido o contrato de locação, determinando a desocupação do imóvel e condenando Paulo ao pagamento dos valores atrasados. Paulo interpôs recurso de apelação, pedindo a reforma integral da sentença. Durante o trâmite recursal, José iniciou a execução provisória apenas em relação à cobrança dos aluguéis, pois Paulo, após interpor apelação, desocupou voluntariamente o imóvel. Intimado para pagamento da parte líquida da condenação, Paulo agravou da decisão, sustentando ser necessário aguardar o julgamento da apelação antes de se dar andamento à execução provisória. Nessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da jurisprudência do STJ. 
A O recurso de agravo de instrumento deverá ser provido, uma vez que, ficando a ação limitada à cobrança dos aluguéis, seria autorizado o recebimento da apelação no efeito suspensivo, visto que a ação passaria a ter natureza exclusivamente condenatória. 
B O recurso de agravo de instrumento deverá ser provido, pois a Lei n.º 8.245/1991 não prevê regramento específico em relação aos efeitos do recebimento do recurso de apelação; portanto, o apelo deveria ter sido recebido nos efeitos devolutivo e suspensivo, atendendo à regra geral no CPC. 
C O recurso de agravo de instrumento deverá ser denegado, porque a apelação que ataca sentença proferida em ação de despejo, ainda que cumulada com ação de cobrança de débitos atrasados, deve ser recebida somente no efeito devolutivo, em razão de regramento específico da Lei n.º 8.245/1991 em relação aos efeitos do recebimento da apelação. 17=C, art. 58 V da Lei 8.245/1991 com Recurso Ordinário em Mandado de Segurança – RMS 4323/SP T6 sexta turma DJ 15/03/1999.
D O recurso de agravo de instrumento deverá ser denegado, já que, embora não haja regramento específicoacerca dos efeitos do recebimento da apelação na Lei n.º 8.245/1991, a desocupação voluntária implicou em desistência do recurso de apelação. 
E O recurso de agravo de instrumento não deverá ser conhecido, por ausência de pressuposto objetivo de admissibilidade recursal, pois, além de existir regramento específico acerca dos efeitos do recebimento da apelação na Lei n.º 8.245/1991, a desocupação voluntária implicou desistência do recurso de apelação. 
QUESTÃO 18 De acordo com os princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo civil, assinale a opção correta. 
A Segundo o princípio da igualdade processual, os litigantes devem receber do juiz tratamento idêntico, razão pela qual a doutrina, majoritariamente, posiciona-se pela inconstitucionalidade das regras do CPC, que estabelecem prazos diferenciados para o Ministério Público, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública se manifestarem nos autos. 
B O conteúdo do princípio do juiz natural é unidimensional, manifestando-se na garantia do cidadão a se submeter a um julgamento por juiz competente e pré-constituído na forma da lei. O princípio do juiz natural garante que a função estatal jurisdição sejam realizados por juízes instituídos pela Constituição: julgamento por juiz investido; competência prevista na constituição e preexistência do órgão judiciário (art. 50 XXXVII e LIII com art. 92 CF/88) 
C O novo CPC adotou o princípio do contraditório efetivo, eliminando o contraditório postecipado, previsto no sistema processual civil antigo. Art. 344 do CPC o réu sendo efetivamente intimado e não se manifestar será considerado revel, não pecando o processo por falta de contraditório. O contraditório efetivo ocorre quando a intimação é realizada por meios precários (publicação em editais) fazendo com que o réu permaneça revel, a lei manda o juiz dar curador ao demandado (art. 72)
D O paradigma cooperativo adotado pelo novo CPC traz como decorrência os deveres de esclarecimento, de prevenção e de assistência ou auxílio. 18=D art. 60 do CPC Lei 13.105/2015.
E O CPC prevê, expressamente, como princípios a serem observados pelo juiz na aplicação do ordenamento jurídico a proporcionalidade, moralidade, impessoalidade, razoabilidade, legalidade, publicidade e a eficiência. 
QUESTÃO 19 O CPC considera título executivo extrajudicial 
I o instrumento de transação referendado por conciliador credenciado por tribunal, após homologação pelo juiz. I=Errado, art. 784 IV CPC Lei 13.105/2015
II o contrato celebrado por instrumento particular, garantido por direito real de garantia, independentemente de ter sido assinado por duas testemunhas. II=Certo, art. 784 V do CPC 
III o contrato celebrado por instrumento particular, garantido por fiança, desde que assinado por duas testemunhas. III=Errado, art. 784 V da Lei 13.105/2015
IV o crédito de contribuição extraordinária de condomínio edilício, aprovada em assembléia geral e documentalmente comprovada. Iv=Certo, art. 784 X do CPC Lei 13.105/2015
Estão certos apenas os itens 
A I e III. 
B I e IV. 
C II e IV. 19=C
 D I, II e III. 
E II, III e IV. 
QUESTÃO 20 Acerca da reconvenção, assinale a opção correta. 
A A decisão que indefere a petição inicial da reconvenção é irrecorrível, podendo o reconvinte formular os mesmos pedidos em ação própria autônoma. Art. 487 III “a’ e “c” com 354 parágrafo único do CPC lei 13.105/2015 impugnável por agravo de instrumento.
B Se o autor da demanda originária estiver atuando na condição de substituto processual, haverá ilegitimidade passiva caso o réu reconvinte proponha reconvenção para discutir relação jurídica de direito material com o substituto. § 50 do art. 343 do CPC Lei 13.105/2015
C Configurada a revelia, o juiz deverá extinguir, sem julgamento de mérito, eventual reconvenção apresentada pelo réu. Não obsta ao prosseguimento do processo quanto a reconvenção, § 20 do art. 343 do CPC Lei 13.105/2015
D Por ser a reconvenção uma demanda conexa e incidental, quando houver desistência regular da ação principal, o juiz deverá extinguir a reconvenção em razão da ausência de interesse processual. , § 20 do art. 343 do CPC Lei 13.105/2015
E Apresentada a reconvenção, o reconvindo será citado pessoalmente para apresentar a resposta no prazo de quinze dias. Na pessoa de seu advogado, art. 343 § 10 do CPC lei 13.105/2015
Questão 20 anulada.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Cargo: JUIZ SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. Aplicação: 28/04/2019.
QUESTÃO 71 Entre as competências da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, órgão do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), inclui-se a de 
A decidir pela insubsistência dos indícios, arquivando os autos do inquérito administrativo ou de seu procedimento preparatório. Compete à Superintendência-Geral, art. 13 IV da Lei 12.529/2011
B sugerir ao Tribunal Administrativo de Defesa Econômica condições para a celebração de acordo em controle de concentrações e fiscalizar o seu cumprimento. Compete à Superintendência-Geral, art. 13 X da Lei 12.529/2011
C desenvolver estudos e pesquisas objetivando orientar a política de prevenção de infrações da ordem econômica. Compete à Superintendência-Geral, art. 13 XIV da Lei 12.529/2011
D opinar, quando considerar pertinente, sobre proposições legislativas em tramitação no Congresso Nacional, nos aspectos referentes à promoção da concorrência. 71=D, art. 19 III da Lei 12.529/2011
 E instruir o público sobre as diversas formas de infração da ordem econômica e os modos de sua prevenção e repressão. Compete à Superintendência-Geral, art. 13 XV da Lei 12.529/2011
QUESTÃO 72 Determinado título de crédito foi emitido com eficácia sujeita às normas previstas no Código Civil, não sendo aplicável, na espécie, nenhuma norma especial. A respeito desse título, é correto afirmar que será possível a realização do 
A aval, que será válido com a simples assinatura do avalista no anverso do título. 72=A art. 897 com 898 § 10 do CC lei 10.406/2002
B endosso, que deverá ser dado exclusivamente no anverso do título. Pode ser no verso ou anverso do próprio título, art. 910 do CC Lei 10.406/2002
C endosso, na forma parcial. 
D aval, na forma parcial. É vedado aval parcial, parágrafo único do art. 897 do CC lei 10.406/2002
E endosso condicional e o aval cancelado. O endosso é cancelado é considerado não escrito, § 30 do art. 910 do CC 
QUESTÃO 73 Para recuperação judicial nos termos legais, as microempresas e as empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, poderão apresentar plano especial de recuperação judicial, o qual 
A deverá abranger todos os credores, sendo possível em qualquer hipótese a inclusão posterior dos credores não habilitados na recuperação judicial. § 20 do art. 71 da Lei 11.101/2005
B não deverá abranger os créditos vincendos na data do pedido de recuperação judicial. Abrangerá todos os créditos existentes. Exceto: os de repasse de recursos oficiais, fiscais, o que foi entregue ao devedor em moeda, e titular crédito proprietário arts. 49 §§ 3 e 4 com art. 71 inciso I da lei 11.101/2005
C deverá prever o parcelamento em até sessenta parcelas, iguais e sucessivas, atualizadas monetariamente, mas sem acréscimo de juros. 36 parcelas, art, 71 II da lei 11.101/2005
D deverá prever o pagamento da primeira parcela no prazo máximo de sessenta dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial. 180 dias, art. 71 III da Lei 11.101/2005
E não deverá acarretar a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano de recuperação judicial. 73=E certo, art, 71 parágrafo único da lei 11.101/2005
QUESTÃO 74 À luz do Código Civil, assinale a opção correta a respeito das empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI). 
A O nome empresarial deverá ser formado com o uso do termo limitada após a firma ou a denominação social. Para as sociedades limitada, art. 1.158 ao nome empresarial ‘EIRELI” ART. 980-A § 10 do CC Lei 10.406/2002
B A participação do empresário em outra EIRELI é permitida,sendo a ele, entretanto, vedada a participação em outras espécies societárias. Figura em uma única empresa, § 20 art. 980-A CC lei 10.406/2002
C A formação dessas empresas poderá ser resultado da concentração de quotas de outra modalidade societária na pessoa de um único sócio. 74=C certo, § 30 do art. 980-A do CC 
D As regras previstas para as sociedades em comandita simples serão aplicadas às EIRELI, no que couber. As regras de responsabilidade limitada, § 60 do art. 980-A do CC 
E A constituição de tais empresas exige um capital social integralizado, com valor máximo de quarenta salários mínimos. 100 x o maior salário mínimo vigente no país, art. 980-A caput do código civil
QUESTÃO 75 Um juiz de direito substituto que considerar as normas previstas no Código Civil e no Código de Processo Civil acerca de estabelecimento comercial procederá corretamente se 
A decidir pela eficácia da alienação do estabelecimento, ocorrida sem anuência ou ciência dos credores, e determinar a divisão do valor, mesmo que insuficiente para solver o passivo do estabelecimento. Art. 1.145 do CC lei 10.406/2002
B indeferir pedido da defesa para nomeação de um administrador-depositário, determinando-lhe que apresente plano de administração sobre a penhora de um estabelecimento comercial. Art. 862 do CPC lei 13.105/2015
C decidir que, após doze meses contados da data do negócio, o alienante poderá fazer concorrência ao adquirente de um estabelecimento comercial caso não exista disposição sobre esse ponto no contrato. Art. 1.147 do CC lei 10.406/2002 cinco anos
D reconhecer efeito da cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido aos devedores, desde a publicação da transferência, porém o devedor será exonerado da obrigação se, de boa-fé, pagar ao cedente. 75=D art. 1.149 do CC lei 10.406/2002
E indeferir o pedido de ineficácia dos efeitos do arrendamento do estabelecimento comercial quanto a terceiros, ainda que comprovado o fundamento do pedido sobre a falta de publicidade e do devido registro do ato de arrendamento. Art. 1.144 do CC 
QUESTÃO 76 Um banco emissor assumiu perante o ordenante a obrigação de proceder ao pagamento em favor de beneficiário, condicionado esse pagamento à apresentação de determinada comprovação do negócio jurídico realizado entre o ordenante e o beneficiário. Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que esse contrato é um 
A depósito bancário.
B desconto bancário. 
C mútuo bancário. 
D resseguro. 
E crédito documentário. 76=E
QUESTÃO 77 Para aprovação das deliberações, as sociedades limitadas exigem quóruns diferenciados, a depender da matéria a ser discutida. Acerca desse assunto, assinale a opção que indica uma matéria que exige, no mínimo, o quórum de três quartos do capital social para sua aprovação. 
A aprovação das contas da administração 
B destituição dos administradores da sociedade 
C pedido de recuperação de empresa em juízo 
D nomeação e destituição do liquidante e julgamento de suas contas 
E modificação do contrato social 77=E art. 1.071 art. 1.071 inciso V com art. 1.076 I do CC

Mais conteúdos dessa disciplina