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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS II
Dentro da Teoria Geral dos Direitos Fundamentais, não é possível fugir de um assunto que 
é muito importante: a evolução dos direitos fundamentais.
ATENÇÃO
Aqui se faz necessário um alerta: existe aquilo que é focado na doutrina, sobre evolução dos 
direitos fundamentais, e existe aquilo que é cobrado nas provas.
De modo uniforme, CESPE, FCC, FGV, CONSULPLAN etc. perguntam sobre esse tema 
de um modo muito peculiar, que é trazendo, basicamente, três gerações ou três dimensões 
sobre os direitos fundamentais.
Antes de tratar sobre geração / dimensão de direito fundamental é preciso lembrar-se de 
quando o professor de história falava na Revolução Francesa.
O que tem a ver Revolução Francesa com o que será abordado a seguir?
Nela havia três ideais: liberdade, igualdade e fraternidade. As bancas vão associar cada 
um desses motes a uma geração / dimensão.
Obs.: existe diferença entre geração e dimensão? Na sua prova pode cair qualquer um dos 
dois; tanto faz.
O grande desafio é que, para a doutrina internacionalista, o termo “geração” é um pouco 
ultrapassado. Seria atualmente “dimensão”. Eles alegam que uma geração substitui a outra e 
nos direitos fundamentais não é assim. Elas vão se acumulando, convivem, coexistem.
Ao falar em Revolução Francesa talvez você se lembre da pirâmide do ordenamento social 
da França na época:
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• A burguesia explorava os plebeus, tinha muito dinheiro, produzia riqueza, mas mandava 
/ repassava para a nobreza e para o clero.
• A Revolução Francesa foi feita pela burguesia. Esta queria continuar a explorar os ple-
beus e não mandar mais dinheiro para nobreza e clero.
É o momento em que nasce o primeiro ideal: liberdade (1789). Esse ideal está ligado 
a uma atuação negativa do Estado.
• Entre 1914 e 1918 aconteceu a 1ª Guerra Mundial, que ocorreu, basicamente, na Europa.
• Quando terminou a 1ª Grande Guerra, a Europa estava destruída, devastada. O Estado 
que tinha ficado de fora na época da Revolução Francesa teve que voltar. Nesse 
momento era preciso uma atuação positiva do Estado. É quando nasce o Welfare State 
(Estado do Bem-Estar Social).
• Os direitos sociais nascem em 1917, no México. Este não é um país de tanto relevo 
no cenário internacional de Direito Constitucional. E por que nasce no México? Por 
causa de uma Encíclica Papal – uma carta escrita pelo Papa. A Encíclica Papal cha-
mada Rerum Novarum (Novo Tempo). 
Obs.: o Papa não é só uma influência religiosa; é também uma influência política.
• O Papa escreveu a encíclica Rerum Novarum afirmando que era chegado um novo 
tempo; o Estado precisava intervir, precisava assegurar direitos sociais para os cida-
dãos. E o México por ser um país muito católico foi o primeiro a lançar direitos sociais 
dentro da sua Constituição.
• Em 1918, no Áustria; em 1919, na Alemanha: direitos sociais nas Constituições.
• 1970 – Direitos de Fraternidade. É pensar no coletivo. Aqui surgem os direitos difusos, 
coletivos, individuais homogêneos, transindividuais, metaindividuais.
É só fechar o olho e pensar: todo mundo precisa disso? Então é direito de 3ª Geração.
– Quem é consumidor? Todo mundo, sem exceção.
– Quem precisa de um meio ambiente equilibrado para as presentes e futuras gera-
ções? Todo mundo.
Pode ser consumidor, meio ambiente, aposentadoria. Tudo isso pode entrar aqui.
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Nos direitos de fraternidade começa a se pensar no princípio da solidariedade.
• É dentro da ideia de princípio da solidariedade, de fraternidade que – por exemplo – foi 
declarada constitucional, foi declarada a validade da contribuição dos inativos quando 
em 2003 – EC n. 41/2003 – a Reforma da Previdência colocou para servidores púbicos 
a obrigatoriedade de contribuir mesmo após a aposentadoria.
Foi para o STF e a alegação que se tinha era que a EC n. 41/2003 feria, ofendia o direito 
adquirido. No STF prevaleceu por 9 x 2 o placar de que era válida a contribuição dos inativos 
dentro dessa premissa de que todo mundo precisa se sacrificar um pouquinho para não faltar 
dinheiro para as próximas gerações.
RELEMBRANDO
Liberdade – 1789
Igualdade – 1917
Fraternidade – 1970
1ª Geração / Dimensão: “Liberdade” – Absenteísmo ou abstensionismo estatal (liberda-
des clássicas)
Obs.: 
• Art. 5º da CF e direitos políticos.
• Atuação negativa do Estado.
 
2ª Geração / Dimensão: “Igualdade” – Welfare state ou estado do bem-estar social (direi-
tos sociais, culturais e econômicos)
Obs.: 
• Atuação positiva do Estado.
• Art. 6º ao art. 11; art. 193 ao 232 (CF).
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ATENÇÃO
– Estado do bem-estar social: Europa devastada. Era preciso fazer frente a essa necessidade. 
Era preciso regular as relações entre patrão e empregado para evitar, para coibir um excessivo 
agir por parte do patrão. É aí que vem a implementação de direitos sociais.
– A primeira Constituição do Brasil a tratar de direitos sociais foi a de 1934.
– O Presidente Getúlio Vargas era chamado “pai dos pobres” porque ele trouxe muitos 
direitos sociais. Entretanto não era um movimento do Vargas, era um movimento do mundo 
e que aconteceu em 1917 no México, 1919 na Europa.
– A primeira Constituição do Brasil foi em 1824; a segunda, 1891. Ninguém falava em 
direitos sociais. A próxima foi em 1934. Então o que aconteceu é que Vargas encaixou em 
um momento histórico e não porque ele era o pai dos pobres; era um movimento mundial de 
trazer direitos sociais para a Constituição.
3ª Geração / Dimensão: “Fraternidade” – Direitos trans/meta individuais, difusos ou cole-
tivos (meio ambiente, consumidor, aposentadoria)
Há outras gerações / dimensões?
Não há consenso. Mas o que prevalece na doutrina é:
4ª Geração / Dimensão: está aqui bioética, biodireito, preocupação com clonagem humana, 
globalização.
5ª Geração / Dimensão: Paulo Bonavides trata sobre isso. Aborda a paz mundial.
ATENÇÃO
Em regra, as bancas param na 3ª.
 Os Quatro Status de Jellinek – 1949
Para Jellinek – doutrinador alemão – o cidadão se posiciona frente ao Estado de quatro 
formas diferentes. Ele chama essas quatro formas de quatro status.
• Status Negativo – Proximidade com a 1ª geração/dimensão.
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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
• Status Positivo – Proximidade com a 2ª geração/dimensão.
• Status Ativo – Possibilidade de o cidadão intervir na vontade estatal (direitos políticos). 
• Status Passivo – Possibilidade de o Estado intervir na relação entre particulares.
Dimensões de Aplicação dos Direitos Fundamentais
• Os direitos fundamentais nascem para proteger o particular contra abusos do Estado.
• No status passivo de Jellinek o Estado pode intervir na vontade entre particulares.
• A depender da relação – isso se vê muito na relação de consumo e trabalho – embora 
sejam dois particulares, um tem extrema ascendência sobre o outro; um tem maior 
poder sobre o outro.
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���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Aragonê Fernandes. 
A presente degravaçãotem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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