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COMUNICAÇÃO-HUMANA-E-MARKETING-PESSOAL-1

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 COMUNICAÇÃO ........................................................................................ 5 
2.1 Estilos de comunicação ........................................................................ 8 
2.1.1 Agressivo ........................................................................................ 8 
2.1.2 Passivo ........................................................................................... 9 
2.1.3 Manipulador .................................................................................. 10 
2.1.4 Assertivo ....................................................................................... 10 
3 FALAR EM PÚBLICO .............................................................................. 11 
3.1 Conhecer o público-alvo ..................................................................... 12 
3.2 Escolher o tema ................................................................................. 12 
3.3 Determinar objetivos........................................................................... 13 
3.4 Tempo disponível para a apresentação ............................................. 13 
3.5 Data de realização do evento ............................................................. 13 
3.6 Local da apresentação e sua infraestrutura ....................................... 14 
3.7 Desenvolver as ideias ........................................................................ 14 
3.8 Recursos audiovisuais........................................................................ 15 
4 ORATÓRIA ............................................................................................... 16 
4.1 Medo de falar em público ................................................................... 18 
4.2 Lidando com o nervosismo ................................................................. 20 
4.3 Comunicação clara, objetiva .............................................................. 22 
4.4 Fala verbal e corporal ......................................................................... 23 
4.5 Cuidados com a voz ........................................................................... 24 
4.6 Falhas de linguagem .......................................................................... 26 
4.7 Comunicação em reuniões empresariais ........................................... 27 
5 MARKETING PESSOAL .......................................................................... 29 
 
3 
 
5.1 Técnicas e aplicabilidades do marketing pessoal ............................... 30 
5.1.1 Imagem pessoal ........................................................................... 31 
5.1.2 Linguagem corporal ...................................................................... 31 
5.1.3 Vestimenta ................................................................................... 31 
5.1.4 Posturas corporais ....................................................................... 32 
5.1.5 As maneiras de olhar.................................................................... 32 
5.2 Networking ......................................................................................... 32 
5.2.1 Elaborando networking ................................................................. 33 
5.2.2 Formas de expandir o networking ................................................ 34 
5.3 Autopromoção .................................................................................... 35 
5.4 Conduta ética ..................................................................................... 36 
5.5 Habilidade para falar em público ........................................................ 36 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 COMUNICAÇÃO 
 
Fonte: politize.com.br 
A boa comunicação é uma das habilidades mais valorizadas e admiradas no 
mundo dos negócios e também uma das mais úteis na vida social. Trata-se, portanto, 
de uma habilidade crucial no âmbito das organizações. As pessoas que conseguem 
comunicar efetivamente se destacam em seus campos de atuação, seja por suas 
capacidades de se expressarem adequadamente para que os outros as conheçam 
melhor ou por conseguirem influenciar ideias e comportamentos por meio da utilização 
adequada de palavras. 
Comunicar bem é algo que pode ser aprendido, desenvolvido e aprimorado, 
conforme necessidades e objetivos delimitados. Existem técnicas e conhecimentos 
que podem ser úteis nesse sentido. Eis, um dos objetivos da nossa exposição: 
oportunizar ao estudante o conhecimento de técnicas e dispositivos teóricos que 
possam iniciá-lo na tarefa necessária e fundamental da busca da boa comunicação. 
Assim, começaremos por observar o que significa o ato de comunicar e como ele se 
constitui como fenômeno fundamental da existência humana. Penteado (2012) explica 
que a palavra comunicar: 
[...] vem do latim “communicare” com a significação de “pôr em comum”. 
Comunicação é convivência. Está na raiz de comunidade, agrupamento 
caracterizado por forte coesão, baseada no consenso espontâneo dos 
indivíduos. Consenso quer dizer acordo, consentimento, e tal acepção supõe 
a existência de um fator decisivo na Comunicação humana: a compreensão 
 
6 
 
que ela exige, para que se possam colocar, em “comum”, ideias, imagens e 
experiências. A Comunicação humana, portanto, por meio da compreensão, 
põe ideias “em comum”. Seu grande objetivo é o entendimento entre os 
homens. Para que exista entendimento, é necessário que os indivíduos que 
se comunicam se compreendam mutuamente (PENTEADO, 2012, p.1). 
 
O autor acrescenta que a comunicação só existe quando o interlocutor é capaz 
de compreender o significado dos sons articulados, associando-o com sua experiência 
anterior. Para isso, é necessário que os símbolos, no caso os sons, tenham 
significação comum para os indivíduos envolvidos, que são “o emissor, ou destinador, 
ou remetente, ou enunciador, ou codificador e o receptor, ou destinatário, ou ouvinte, 
ou enunciatário, ou decodificador” (PENTEADO, 2012, p.1) Observe o processo de 
comunicação na (Figura 1). 
 
 
Figura 1 - Processo de comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Penteado, 2012 
 
 
A comunicação é uma necessidade humana desde os primórdios da civilização. 
No entanto, com o passar do tempo, a comunicação deixou de ter uma conotação 
apenas de socialização e compartilhamento de impressões e percepções dentro de 
um grupo. No mundo moderno, à medida que o capitalismo se desenvolveu, ela 
passou a ser uma atribuição importante também nas relações comerciais. 
Nesse contexto, a comunicação é um componente essencial. Saberconduzir 
uma apresentação de forma didática e clara, transmitir seu ponto de vista a um grupo 
EMISSOR 
RECEPTOR 
Comunicação VERBAL 
Comunicação NÃO-VERBAL 
 
 
7 
 
sem deixá-lo desconfortável, obter parcerias e motivações são aspectos cruciais para 
uma organização onde os processos de comunicação exercem função fundamental. 
Assim, conhecer os elementos determinantes para uma boa comunicação é 
fundamental para ter sucesso nos negócios. 
A comunicação acontece em todas as direções e o tempo todo: entre 
pessoas, entre instituições, entre pessoas e instituições, entre membros de 
um grupo fechado, em uma multidão, entre conterrâneos, entre estrangeiros, 
entre indivíduos pertencentes a um mesmo grupo de conhecimento, entre 
pessoas de diferentes gêneros ou credos, etc. (PIMENTEL; RODRIGUES, 
2018, p. 19). 
A comunicação, é, portanto, ainda segundo os autores, a base das relações 
sociais. Refere-se a um componente formador e propulsor dos grupos sociais, de 
modo que cada um, apresentando um perfil de indivíduos específicos, possua códigos 
e expressões próprias, que muitas vezes são compreendidos apenas por aqueles que 
estão inseridos. Isso ajuda a estreitar o vínculo entre essas pessoas, aumentando a 
cumplicidade e a parceria entre elas. Entende-se, assim, que é através da 
comunicação, as pessoas compartilham significados, informam-se acerca de aspectos 
da vida cotidiana, geram dados para chegar a um local específico, entre outros 
aspectos da vida social onde a comunicação é determinante. 
Vale salientar que o conceito de comunicação humana como forma de 
interação social abrange três esferas: a comunicação interpessoal, a comunicação de 
massa e a comunicação organizacional. Para Pimentel e Rodrigues (2018) a 
comunicação interpessoal é aquela desenvolvida por todos os indivíduos em diversos 
momentos do dia. Refere-se à uma conversa informal entre amigos, conhecidos ou 
familiares, por exemplo. Essa conversa pode ocorrer pessoalmente ou ser mediada 
por algum meio de comunicação ou tecnologia, como rede social ou telefone. 
A comunicação de massa, por outro lado, necessita de um método para atingir 
um número considerável de pessoas ao mesmo tempo. Trata-se de um tipo de 
comunicação que ocorre sempre mediada, podendo ocorrer por uma rede social, um 
artigo de jornal ou conteúdo de televisão, por exemplo. Ao se comunicar com um 
grande grupo de pessoas, é necessário usar um vocabulário direto e democrático para 
evitar falhas de comunicação. 
 Já a comunicação organizacional, como o próprio nome indica, ocorre dentro 
do contexto dos negócios, ou em um ambiente organizacional. Esse tipo de 
 
8 
 
comunicação é geralmente formal e exige que um intermediário seja usado na maioria 
das vezes. É a comunicação pensada para dentro e para fora da organização 
(PIMENTEL; RODRIGUES, 2018). 
No mundo dos negócios, por exemplo, é fundamental entender as principais 
formas de comunicação. Isso porque é por meio delas que a comunicação, para uma 
apresentação ou negociação, por exemplo, poderá ser planejada. Os quatro principais 
estilos mais comuns são: assertivo, agressivo, passivo e manipulador. 
 
2.1 Estilos de comunicação 
A tendência dos indivíduos de se comunicarem uns com os outros por meio de 
padrões singulares ou combinações de vários componentes é conhecida como estilo 
de comunicação. Refere-se a um padrão ou conjunto de características que o 
indivíduo possui e emprega ao falar (HODGE; PADERSON; WALKER, 2015). 
Segundo Rego (2016), o estilo pode influenciar significativamente em um 
componente crucial para a comunicação: a resposta recebida. Como resultado, é 
fundamental entender cada uma desses estilos, para assim poder interagir com eles 
e alcançar resultados positivos. 
 
2.1.1 Agressivo 
 
As pessoas com o estilo agressivo de comunicação, também conhecidas como 
“do contra” têm a convicção de que os outros estão sempre contra elas e que precisam 
se proteger e defender o seu ponto de vista a qualquer custo. Para isso, 
frequentemente ameaçam e realizam ataques pessoais aos seus interlocutores. 
Essa comunicação frequentemente tenta dominar outras pessoas em sua 
constante busca por desvalorizá-las. Alguns sinais, como desinteresse, frieza e 
intolerância, são perceptíveis quando se utiliza esse tipo de abordagem. 
Comunicadores agressivos muitas vezes se tornam insubordinados e se rebelam 
contra o que lhes é falado quando precisam responder a alguém, como um gerente, 
por exemplo. 
Comumente pessoas com esse estilo de comunicação falam alto e tendem a 
interromper os outros quando estão falando. Além disso, quando têm a oportunidade 
 
9 
 
de falar, eles o fazem segurando suas palavras por mais tempo do que seria 
confortável. 
Em situações de conflito, os comunicadores agressivos podem ser úteis. Isso 
ocorre porque eles geralmente se sentem à vontade nesses tipos de circunstâncias e 
estão cientes de como reagir em situações tensas. No entanto, em circunstâncias 
normais, sua atitude pode levar a sentimentos desconfortáveis e criar situações 
delicadas, que precisam ser gerenciadas. Para Rego (2016, p. 303), uma pessoa com 
este estilo gera “desconfianças, inimizades e, mais cedo ou mais tarde, induz 
respostas igualmente agressivas nos seus interlocutores”. Essa postura pode resultar 
de sentimentos de vulnerabilidade e falta de confiança. Por vezes alguém é agressivo 
porque foi passivo por um tempo e acabou transbordando (REGO, 2016). 
 
2.1.2 Passivo 
 
Geralmente as pessoas que usam esse estilo de comunicação tendem a se 
sentir bloqueadas ou paralisadas diante de um desafio. Por sentirem receio de 
importunar os outros acabam deixando de fazer considerações significativas. Além 
disso, acabam não tomando algumas decisões, uma vez que frequentemente alguém 
fica decepcionado ou chateado com decisões tomadas, e os passivos não sabem lidar 
com esse tipo de rejeição. Uma pessoa passiva, segundo Rego: 
[...] comporta-se tímida e retraídamente. Tem dificuldade em defender os 
seus interesses, em comunicar o que pensa e em discordar dos outros. Acaba 
por encorajar as pessoas a tomar vantagem sobre si e desrespeitarem-na. 
Daqui resulta que, por vezes, se sente incompreendida e julga que os outros 
é que deveriam saber onde chegar (REGO, 2016, p. 311). 
Geralmente as pessoas que se comunicam dessa maneira tendem a lutar com 
baixa autoestima, especialmente porque não se sentem capazes de ter suas próprias 
opiniões sobre determinadas situações ou de se impor aos outros. No entanto, 
pessoas com este estilo não têm muita consideração por parte dos colegas. 
As pessoas que são passivas normalmente exibem alguns hábitos e 
comportamentos comuns, como revirar os olhos, misturar as pernas e bater com os 
dedos na mesa. Muitas pessoas que usam esse estilo de comunicação também 
sofrem de ansiedade e insônia. Na oratória, acabam usando linguagem ambígua e 
não são decisivas em suas respostas. 
 
10 
 
 
2.1.3 Manipulador 
 
 O estilo de comunicação de um manipulador tende a ser estratégico, 
valorizando seu público por meio de palavras e frases precisas em um esforço para 
mostrar inteligência e cultura. Geralmente exagera ou distorce as informações 
fornecidas por outros, podendo repeti-las de forma distorcida ou descontextualizada, 
atendendo aos seus próprios interesses. 
Pessoas deste estilo frequentemente utilizam a simulação como instrumento 
para manipular os demais, seja negando fatos ou inventando histórias, ou cenários 
que os farão concordar com eles. É alguém que geralmente fala por meias-palavras, 
favorecendo a ambiguidade, muitas vezes utiliza a culpa do seu interlocutor como 
arma a seu favor, justamente para no futuro poder se valer dela. Também é comum 
este indivíduo explorar as tradições, convicções e os escrúpulos das pessoas, bem 
como realizar a chamada chantagem moral. 
 
2.1.4 Assertivo 
 
A capacidade de expressaropiniões, desejos e sentimentos é o que define o 
comportamento de quem se comunica dessa forma. Além disso, aqueles que adotam 
esse estilo respeitam e apoiam as afirmações dos outros. O comunicador assertivo 
normalmente usa uma linguagem direta, visando oportunizar o diálogo e criar uma 
situação que beneficie todos os envolvidos. Eles são indivíduos que ouvem 
atentamente as opiniões dos outros e que podem expressar honestamente as suas. 
Conforme Rego, uma pessoa assertiva: 
[...] defende a esfera individual de forma direta, aberta e honesta, sem abusar 
da esfera individual do interlocutor. Baseia-se no princípio segundo o qual é 
incorreto violar os nossos próprios direitos, assim como os direitos dos outros 
em expressarem-se e serem tratados com dignidade e respeito (REGO, 2016, 
p. 328). 
Na maioria das vezes, são confiantes e decididos, preferem o diálogo e a 
negociação que geralmente resultam deles, do que a agressão ou mesmo a fuga, 
como fazem as pessoas de estilos diferentes. Habitualmente são respeitados pelos 
demais que os respeitam e consideram seu ponto de vista. 
 
11 
 
Apesar de buscarem o compromisso, os comunicadores assertivos conseguem 
assumir uma posição forte e sabem usar a palavra “não” quando necessário para 
proteger os interesses de seus representados. Pessoas com esse perfil constroem 
relações de confiança com a outra parte, o que pode levar a um relacionamento sólido 
e duradouro entre as partes após o término da negociação. 
Conforme Rego (2016, p. 313) “[...] o estilo de comunicação habitualmente 
considerado o mais desejável é o assertivo”. No entanto, a eficácia da comunicação, 
no sentido de obter melhores resultados em uma negociação, ainda depende da 
capacidade do indivíduo de adequar o seu estilo de acordo às circunstâncias que 
surgem (HODGE; PADERSON; WALKER, 2015). O indivíduo que é capaz de exercer, 
em momentos específicos, um pouco de cada um dos estilos de comunicação, obtém 
resultados mais satisfatórios em uma negociação. 
 
3 FALAR EM PÚBLICO 
 
Fonte: thespeaker.com.br 
A exposição ao público é um dos maiores desafios para as pessoas, 
principalmente para quem não tem experiência dessa atividade. Requer mais do que 
ter conhecimento; deve-se também planejar e organizar a apresentação, bem como 
controlar, dominar as emoções e os fatores internos que possam influenciar na 
atividade oral. Além disso, é importante utilizar algumas técnicas de comunicação e 
os recursos audiovisuais (FRANÇA, 2015). 
 
12 
 
Construir um pequeno projeto ou plano que aborde perguntas-chave é o 
primeiro passo para quem deseja ter sucesso em qualquer apresentação. As 
respostas dessas perguntas são cruciais para alcançar o sucesso desejado: 
• Quem é o público-alvo da apresentação? O que você sabe sobre esse grupo? 
• Qual é o tema a ser apresentado? Qual enfoque desse tema é mais motivador 
e interessante para o público-alvo? 
• Quais são os objetivos dessa apresentação? 
• Qual é o tempo disponível para a exposição ou da sua fala? 
• Quando será o evento? 
• Em que local será realizado? E que infraestrutura dispõe para apresentações? 
• Na relação tempo x tema, como pretende desenvolver suas ideias? 
• Que recursos audiovisuais serão usados na apresentação? (FRANÇA, 2015, 
p. 138). 
Na produção desse projeto é fundamental explicar o que envolve cada etapa, 
para esclarecer o que cada pergunta precisa ter como resposta, para cumprir com o 
bom planejamento para o ato de falar em uma audiência. 
 
3.1 Conhecer o público-alvo 
 
Trata-se de identificar para quem será feita a apresentação e adequar o 
vocabulário ao público. Para tanto, é necessário pesquisar e fazer um levantamento 
sobre o perfil dos ouvintes presentes no evento antes de pensar no tema e nas ideias. 
O sucesso depende da linguagem adequada ao nível cultural dos participantes. 
3.2 Escolher o tema 
 
O orador deve escolher o tema que seja de seu domínio, pois ele precisa ter 
conhecimento amplo sobre o que será explanado, tanto em termos de fundamentação 
teórica do tema, quanto das práticas que deram origem ao estudo da temática. 
Com isso, é necessário ler estudar muito sobre o tema, estudar, com a 
finalidade de escolher a melhor abordagem a ser adotada, considerando as 
 
13 
 
características do público. Um tema pode ser abordado em vários enfoques, portanto, 
é indicado escolher aquele que mais interessa e motiva o público e é relevante para o 
apresentador. 
 
3.3 Determinar objetivos 
 
Os objetivos são direcionamentos que devem ser alcançados através da 
apresentação. Estabelecer a intenção ao abordar esse tema é crucial. Pode-se 
motivar, persuadir, informar ou apresentar a solução de um problema, mas esses 
objetivos, mesmo que conjugados, devem ser previamente elaborados neste 
planejamento. O objetivo funciona como uma bússola para a apresentação. 
 
3.4 Tempo disponível para a apresentação 
 
O tempo é um fator delimitador das ações a serem realizadas na apresentação 
ou em qualquer atividade oral. O horário previsto para a apresentação não pode ser 
ignorado, pois, se terminar antes ou ultrapassar, será notório a falta de planejamento 
e organização. Ao terminar no tempo hábil, mostrará ao público profissionalismo e 
dedicação ao evento oral realizado. 
 
3.5 Data de realização do evento 
 
É preciso determinar com bastante observação a data para uma apresentação 
que deseja êxito. Embora, nem sempre o apresentador terá autonomia para escolher, 
mas quando houver a possibilidade, conforme França (2015), alguns fatores devem 
ser cuidadosamente considerados: 
 
• Não ser uma data anterior a um dia de feriado, pois o fato provoca diminuição 
do público presente ao evento; 
• Marcar com antecedência, para haver boa divulgação e preparação do orador; 
• Não ser coexistente a outro evento público que ocorra no mesmo dia (jogo de 
final de campeonato, atividade de trabalho, eventos sociais importantes etc.). 
Além de diminuir o público, coloca os participantes e o orador em situação de 
 
14 
 
estresse só pelo fato da locomoção e trânsito até chegar ao local do evento. 
 
3.6 Local da apresentação e sua infraestrutura 
 
 O local para o evento interfere sobre a atividade. Conhecer o local com 
antecedência e atentar para a infraestrutura de apoio facilita ao orador e lhe permite 
planejar melhor a sua apresentação. 
O ambiente físico, os recursos audiovisuais disponíveis, a posição do público, 
incluindo se há ou não palco e púlpito, afetam como se deve posicionar frente ao 
público. O planejamento deve considerar os cenários ambientais, espaciais e 
logísticos da apresentação. 
 
3.7 Desenvolver as ideias 
 
Segundo França (2015), as ideias devem ser organizadas dentro de uma 
estrutura lógica, cronológica e coerente, com a consideração básica do orador, naquilo 
que se chama de qualidade de estilo. Dessa forma, é essencial prestar atenção a três 
qualidades relevantes na estrutura das ideias: 
• Unidade e Concisão, uma só ideia predominante e delimitada no enfoque 
escolhido; 
• Coerência, relação entre a ideia principal e as ideias que decorrem dela, com 
comprovação e com argumentos; 
• Objetividade e Clareza, é preciso transmitir completamente a ideia, realizando 
a comunicação imediata sem redundâncias, de forma simples e direta. 
 
Fazer uma lista de tópicos com ideias sobre o que será dito em cada tópico e 
como ele se desenvolverá de forma lógica e significativa, facilita muito o trabalho do 
apresentador. Além disso, este guia de ideias pode ser usado para compor uma ficha 
que poderá ser usada durante o tempo da apresentação. Vale ressaltar que, apesar 
de em alguns casos se dispor de recursos tecnológicos, algumas vezes eles falham, 
necessitando usar apenas a guia como possibilidade de auxílio na hora do evento. 
Planejar as ideias a serem desenvolvidas e os argumentos a serem 
apresentadosfaz toda diferença ao falar em público. 
 
 
15 
 
3.8 Recursos audiovisuais 
 
 
Fonte: kingscomunicacao.com.br 
É necessário determinar os recursos que serão utilizados, e isso tem relação 
direta com a infraestrutura do local. Deve-se saber antecipadamente se o 
equipamento é apropriado ou não. Além disso, cada tipo de apresentação, requer o 
uso de um ou mais recursos (FRANÇA, 2015). 
Espera-se que o expositor utilize recursos visuais e/ou audiovisuais para 
facilitar sua comunicação com o público-alvo. O apresentador deve estar familiarizado 
com a operação do equipamento que terá à sua disposição, para evitar situações 
constrangedoras, por exemplo, quando o apresentador liga o Datashow e a imagem 
é projetada de forma inadequada ou retrocede os slides ao invés de avançá-los 
(CARMO; PRADO, 2005). 
Os slides da apresentação devem ser organizados de forma clara e objetiva, 
atentando para não exibir uma quantidade excessiva de informações na mesma tela 
e evitar qualquer tipo de conflito entre o que é dito e o que é projetado. O conteúdo da 
projeção precisa ser um auxiliar da exposição, não um concorrente. Da mesma forma, 
as dimensões e requisitos de iluminação do espaço onde será realizada a 
apresentação necessita ser considerado; isso ajudará decidir sobre especificidades 
como o tamanho do texto, das figuras e o esquema de cores a ser usado. Visto que 
nem sempre é possível obter tais informações antecipadamente, dispor de sugestões 
gerais é indicado (CARMO; PRADO, 2005). 
 
16 
 
Em relação ao uso de cores, é necessário um estudo de caso, pois depende 
do tipo de apresentação e da área. Se a apresentação for para um experimento 
científico, um contraste básico como preto e branco funcionará, mas se for para 
marketing ou promoção de produtos, um contraste de cores mais exóticas funcionará. 
No entanto, se for enfatizar o valor estético da apresentação usando cores, escolha 
as claras para o segundo plano e as escuras para o primeiro. 
Os recursos gráficos que incluem tipos diferentes de letras e outros elementos 
como efeitos 3D, sombreamento, conjuntos e formas geométricas requer moderação, 
escolha sempre a simplicidade e o bom senso ao aderir um padrão. 
É fundamental que a fala e o conteúdo que está sendo apresentado estejam 
sincronizados, pois é possível que ocorram projeções de informações que não tenham 
relação com o que está sendo apresentado, seja porque o apresentador simplesmente 
esqueceu de usar o auxílio visual ou porque a informação apropriada não foi projetada 
no momento certo. Provavelmente, esta dificuldade decorre de uma falta de 
planejamento adequado, da inabilidade do expositor, ou em razão do aparelho estar 
sendo operado por outra pessoa, sem um acerto prévio entre expositor e operador 
acerca dos detalhes da apresentação (CARMO; PRADO, 2005). 
Por mais clara que seja a exposição, a compreensão do ouvinte pode não 
corresponder exatamente ao que está sendo abordado. Isso é comum, portanto, 
lembre-se: clareza é imprescindível. Por isso, ao preparar uma apresentação, tente 
visualizar a expectativa do público. Isso poderá ajudar a prever possíveis dúvidas e 
dificuldades. 
 
4 ORATÓRIA 
 
 
17 
 
 
Fonte: marketingdeautoridade.org 
A maneira como se expressa e comunica constrói a reputação do indivíduo, 
gera impressões e influência nas relações com os outros. Sobre o conceito de oratória 
argumenta Moreira: 
Parece clichê, mas não há conceito melhor para definir oratória como “a arte 
de falar em público”, primeiro, porque a oratória é composta de métodos de 
comunicação e linguagens (verbais e não verbais), segundo, porque envolve 
nesse processo a persuasão como um ponto central, e persuadir-se a si 
mesmo ou alguém, é um desafio, uma arte quase teatral, cheia de entonação, 
expressão, articulação, postura e empatia, sim, empatia, é preciso 
conhecer seu público, conectar-se a ele, criar laços afetivos, e para 
isso, ser carismático (MOREIRA, 2020, p.2). 
Falar em público corretamente e sem inibições requer a compreensão de como 
transmitir, comunicar e expressar adequadamente, sabe-se que o orador precisa 
adequar a mensagem aos interesses do público-alvo. Por esta razão, desenvolver a 
sensibilidade demanda habilidades e experiência de oratória (POLITO, 2015). 
A comunicação é o fator imprescindível para o exercício da função em qualquer 
área e está diretamente ligada ao sucesso ou insucesso da carreira escolhida. Saber 
o que e quando falar transmite sentidos muito mais avançados do que apenas 
expressar bem, inclui o poder de influenciar com as próprias ideias outras pessoas. 
A Comunicação ou o ato de comunicar-se bem é uma atribuição 
imprescindível para todos os profissionais em suas respectivas áreas de 
atuação, mas principalmente para o profissional de secretariado executivo, 
esse é um ato primordial e que deve ser executado com clareza por este 
profissional, que é um agente de relações públicas. Algumas pessoas 
acreditam que entendem tudo sobre comunicação pelo simples fato de a 
 
18 
 
praticarem, mas na verdade este processo que parece obvio é muito mais 
complexo do que se pensa. Comunicar-se bem exige esforços, para que se 
possa transmitir pensamentos, ideias e conhecimentos com clareza na 
organização (SOUZA, 2011, p.15). 
Na oratória é preciso atender o interesse do público, visando compreender a 
problemática do assunto discorrido, as razões históricas pelas quais geram 
curiosidades e levam o público a procurar uma prerrogativa essencialmente relevante 
para ‘comprar’ a ideia do orador. Sendo assim, a comunicação é fundamental para 
todas as carreiras. 
4.1 Medo de falar em público 
O medo é a sensação que todo ser humano sente quando algo o ameaça, nota-
se que está exposto a um fator desconhecido, proporciona um estado físico e 
psicológico de nervosismo e pavor perante algo que possa ser prejudicial, seja um 
medo real ou fruto da imaginação. Pode ser definido como a alteração psíquica que 
se manifesta no instinto de autopreservação e autodefesa. O mesmo tem a função 
moderadora de disciplinar as pessoas em seu ambiente social (TULLIO; DE BARROS; 
VALIGURA, 2016). 
 
 
Fonte: hipnosenapratica.com.br 
Nas áreas das comunicações, falar em público pode despertar muitas inibições 
causadas principalmente por sentimentos de inadequação e vergonha. Acrescentam-
 
19 
 
se a isso os complexos de inferioridade ou de superioridade, o perfeccionismo 
exagerado, as inseguranças quanto à autoimagem, o medo da rejeição, a baixa 
estima, a preocupação excessiva com a crítica alheia, e pronto: está completo o 
bloqueio da comunicação. O medo proporciona submissão que impede a 
autoexpressão, calando a voz do emissor. 
A crítica é uma alimentadora do medo e muitas vezes é interpretada como algo 
negativo de caráter agressivo. Nessa perspectiva, entende-se que diante da plateia o 
orador é sempre julgado sobre suas ideias e conhecimentos que não atendem as 
expectativas dos ouvintes. No entanto, ser criticado não significa que o orador falhou; 
ele deve ter em mente a fonte primária dessa crítica e se ela tem fundamento ou não, 
pois sem argumentos não passará de uma opinião. Por exemplo, a crítica intelectual 
é baseada em conhecimentos somados da plateia; refere-se a algo quase sempre não 
observado pelo o orador, que deve ser investigado pelo mesmo, buscando entender 
seus aspectos construtivos, postos na perspectiva de um elemento para evolução do 
orador. Tornando-se, assim, uma maneira eficaz de subjugar obstáculo (TULLIO; DE 
BARROS; VALIGURA, 2016). 
Quando colocado em uma situação nova com muitas pessoas, faz parte da 
natureza humana sentir medo ou inibição. Surgem uma certa ansiedade que vem da 
perspectiva de iniciar uma ação inovadora diante do público. No entanto, é necessário 
controlar os excessos, pois a insegurança exagerada pode ter efeitos negativos em 
todos os aspectosda vida, principalmente nas atividades relacionadas ao trabalho ou 
estudo (FRANÇA, 2015). 
Falar em público é uma necessidade constante. Seja ao participar de uma 
reunião, fazer um relatório, apresentar um trabalho acadêmico ou fazer uma avaliação 
oral de uma disciplina, ou curso. Diante do exposto, sabe-se que falar em público é 
inevitável e, por isso, deve-se realizar da melhor forma possível. 
Segundo França (2015), em uma situação de estresse, o corpo só tem duas 
respostas possíveis: fugir ou lutar. Uma postura de luta deve ser imediata, pois falar 
com as pessoas é inevitável, e essa conscientização é muito importante. Há apenas 
uma opção: lutar, embora muitas reações aconteçam com o corpo devido o estresse. 
O controle dessas reações, somado aos outros elementos de planejamento de uma 
apresentação, é que transforma essa atividade oral em grande desafio. 
 
20 
 
Existem remédios que podem diminuir os efeitos de quem vai falar em público, 
até mesmo terapias, como a acupuntura emocional, mas o melhor mesmo é realizar 
essa luta em si mesmo e conquistar êxito para a batalha atual e as futuras. Além disso, 
é fundamental enfatizar que os medicamentos podem ter efeitos colaterais que pioram 
a atividade oral, como o bloqueio de ideias, trazer sono, dar fraqueza, etc. Abaixo 
segue algumas frases que constituem pensamentos que levam ao controle do medo: 
 
• “Sou capaz, pois estudei muito e tenho vivências, por isso, estou pronto para 
realizar essa atividade”. 
• “Tenho domínio sobre mim e sei perfeitamente que posso fazer o melhor, pois 
sou capaz”. 
• “Estou preparado tanto tecnicamente como psicologicamente para a 
apresentação”. 
• “Só tenho pensamentos positivos, e tudo vai dar certo, pois tenho domínio e 
sou capaz”. 
• “Sei bastante sobre o tema, e nenhum dos presentes conhece mais que eu 
sobre o assunto, sou capaz”. 
• “É necessário que eu fale em público e me saia bem, é fundamental para a 
minha vida pessoal e profissional” (FRANÇA, 2015, p. 142). 
 
Conforme estudos psicopedagógicos, a repetição é a chave para a 
aprendizagem; por isso, é fundamental repetir essas frases como pensamentos e, se 
necessário, como expressões verbalizadas para que as ideias se fixem. É crucial 
continuar, pois o medo é uma percepção que pode ser mudada (FRANÇA, 2015). 
 
4.2 Lidando com o nervosismo 
 
 
Em vez de tentar eliminar todo e qualquer traço de medo de falar em público, o 
indicado é procurar transformá-lo de uma força negativa em uma potência que 
especialistas chamam de nervosismo positivo, onde a sensaçao de nervosismo pode 
se dar como uma experiência de sentimentos prazerosos, entusiásticos e animados, 
acompanhado de uma ligeira agitação. Continua sendo nervosismo, mas a sensação 
 
21 
 
é diferente, porque não é mais vitimado por ele; ao contrário, é vitalizado por ele 
(LUCAS, 2013). 
Não assuma que tem medo de falar em público. Em vez disso, conceba como 
“instigação” ou “entusiasmo”, isso pode ajudar a concentrar e revigorar da mesma 
maneira que ajuda atletas, músicos e outros a se prepararem para um jogo ou um 
concerto. 
Conforme Lucas (2013, p. 30-33), existe seis métodos consagrados para 
transformar a força negativa do nervosismo em positiva: 
 
• Adquira experiência em oratória; 
• Prepare-se; outra maneira de ganhar confiança é escolher temas para palestrar 
pelos quais tem de fato interesse e, em seguida, prepará-los meticulosamente, 
para que assim o êxito seja garantido. 
• Pense de forma positiva; a confiança é o poder mais conhecido do pensamento 
positivo. 
• Utilize o poder da visualização; está intimamente relacionada com o 
pensamento positivo. Ela é utilizada por atletas, músicos, atores, oradores e 
outras pessoas para melhorar o desempenho em situações estressantes. 
• Grande parte do nervosismo não é visível; muitos oradores principiantes temem 
que o público perceba. É difícil falar com equilíbrio e confiança quando 
reconhece que está tenso e inseguro. Uma das constatações mais valiosas que 
terá ao longo de sua trajetória como palestrante é que apenas uma fração da 
ansiedade sentida internamente se evidencia de forma externa. 
• Não espere perfeição; talvez também ajude saber que não existe discurso 
perfeito. Até certo ponto, em toda apresentação, o orador diz ou faz alguma 
coisa que não sai exatamente como ele planejou. Felizmente, esses momentos 
não costumam ser visíveis para o público. Porque o espectador não sabe o que 
o orador pretende dizer. Ele ouve apenas o que é falado. 
 
Ao elaborar uma apresentação oral, procure prepará-la minuciosamente e fazer 
todo o possível para que a mensagem transmitida chegue aos ouvintes como 
esperado. No entanto, não fique ansioso com relação a ser perfeito ou com o que 
 
22 
 
ocorrerá se cometer um erro. Assim a mente é aliviada desses fardos, será bem mais 
fácil encarar as apresentações com confiança e, até mesmo, com entusiasmo. 
Para lidar com o nervosismo em suas primeiras apresentações, é importante: 
 
• Estar em sua melhor forma física e mental. Não é aconselhável ficar até as três 
horas da madrugada festejando com amigos ou estudar impacientemente para 
uma prova antes de uma apresentação. O mais apropriado é ter uma boa noite 
de sono. 
• Enquanto aguarda o momento de se apresentar, contrair e relaxar calmamente 
os músculos das pernas ou apertar as mãos uma contra a outra, soltando-as 
em seguida, são procedimentos que ajudam a diminuir a tensão porque dão 
vazão ao excesso de adrenalina. 
• Antes de começar a falar, respire lenta e profundamente algumas vezes. 
Quando as pessoas estão tensas, elas costumam fazer uma respiração curta 
e superficial, e isso aumenta a ansiedade. A respiração profunda interrompe 
esse ciclo de tensão e ajuda a aliviar o nervosismo. 
• Dedique-se especialmente à introdução. Pesquisas demonstram que o nível de 
ansiedade do orador começa a diminuir de forma significativa após os primeiros 
30 a 60 segundos de uma apresentação. Assim que passar da introdução, 
provavelmente prosseguirá sem dificuldades no restante do caminho. 
• Faça contato visual com os ouvintes. Lembre-se de que eles são indivíduos, e 
não uma massa disforme e sem rosto. 
• Preocupe-se em se comunicar com os ouvintes, e não com seu medo de falar 
em público. Ao se envolver com o que está falando, o público também se 
envolverá. 
• Utilize recursos visuais. Eles geram interesse, tirando o palestrante do centro 
das atenções e ajudando diminuir o constrangimento (LUCAS, 2013, p. 34). 
 
4.3 Comunicação clara, objetiva 
Clareza, objetividade, entusiasmo e espontaneidade são pré-requisitos básicos 
para um bom orador que venha traduzir de forma simples e ordenada a mensagem a 
ser passada. Segundo, Bezerra (2012) a credibilidade; a voz; o vocabulário; a 
 
23 
 
expressão corporal e a aparência também são fatores importantes. Alguns requisitos 
que diferencia um bom orador: 
• Expressões faciais e os gestos. 
• Volume, ritmo e inflexão da voz. 
• A clareza e objetividade do texto. 
• Interação com o público alvo. 
• Utilização de recursos audiovisuais e como eles complementam o que está 
sendo dito através da voz. 
• Os recursos utilizados para prender a atenção dos telespectadores. 
• Improvisação de maneira previamente pensada, fato que pode ser comprovado 
em jornais reconhecidos. 
• Vestimenta adequada. 
 
 
Ao fazer uma apresentação, a ansiedade é inevitável, mesmo os 
apresentadores experientes podem sentir desconforto, suar frio e ficar apreensivos. É 
uma reação perfeitamente natural face a uma situação aparentemente ameaçadora. 
Estar perante o que considera ser uma ameaça libera adrenalina, dilata as pupilas, 
torna os músculos tensos e provoca uma resposta de “fugir ou lutar”. 
Os bons apresentadores tendem a concentrar-se no que pode correr bem, nos 
aspectos favoráveis dasua mensagem e de que forma podem usá-la a favor da 
apresentação. Assim que detectam uma resposta positiva dos seus ouvintes, usam 
essa percepção para reforçar a sua autoconfiança, segurança, e acreditam que serão 
bem-sucedidos. 
4.4 Fala verbal e corporal 
Conforme Servilha e Costa (2015), como o próprio nome diz, comunicação 
verbal é realizada através da voz, enquanto a linguagem corporal é feita por intermédio 
do corpo, utilizando gestos, posturas, mãos, olhares, roupas, etc. As principais 
funções são: 
 
 
24 
 
• Voz: é fundamental na comunicação verbal, podendo ser grave, média ou 
aguda. O ritmo pode ser lento, normal ou rápido. 
• Olhar: cria uma ligação entre o comunicador e os seus ouvintes, podendo 
sensibilizar, agredir, comover, passar confiança, simpatia, etc. 
• Gestos: ampliam o poder da palavra, facilitando o entendimento da 
mensagem. Durante uma apresentação, evitar fazer gestos abaixo da linha da 
cintura ou em demasia, pois tiram a força da comunicação. 
• Mãos: devem ficar abaixadas, ao longo do corpo ou em forma de “conchas”, 
até necessitar das mesmas para criar gestos. 
• Postura corporal: ao falar em pé, o corpo deve estar ereto e o peso dividido 
entre as duas pernas. 
• Roupas: vestir-se de maneira adequada ao seu público. 
 
A linguagem corporal e verbal de uma pessoa deve transmitir credibilidade ao 
ouvinte, ao mesmo tempo em que combinam com o código de vestimenta de sua profissão 
e a postura a ser adotada. Uma função de voz apropriada apoia a comunicação eficaz, a 
autoestima e promove as habilidades de aprendizagem. Considerando-se que a 
exposição oral tem sido a estratégia didática mais utilizada em sala de aula, o que 
eleva a demanda vocal é imprescindível que a voz seja inteligível, acessível, 
motivadora, assertiva e eficaz. Isso porque a capacidade de manter a atenção dos 
ouvintes pode ser impactada negativamente pela monotonia da voz, fraqueza ou tensão 
sistemática, bem como por qualquer desvio da velocidade ou fluência da fala. Como 
resultado, a voz é extremamente exigente em termos de comunicação, e seu bom 
funcionamento é requisito básico para a profissão (SERVILHA; COSTA, 2015). 
4.5 Cuidados com a voz 
A voz é uma ferramenta crucial para preparadores físicos de futebol, oradores 
e outros profissionais. Essas profissões enfrentam altas demandas de uso vocal em 
situações que causam emoções intensas, pressão, ansiedade e estresse. 
 
25 
 
Os oradores persuasivos ajustam a voz para que ela seja ouvida claramente 
por toda a plateia. Além disso, adotam uma postura mais ereta e evitam maneirismos 
e hábitos verbais que provocam distrações (LUCAS, 2013). 
A voz existe pelo desejo que o ser humano possui de verbalizar pensamentos, 
opiniões e emoções, sendo parte integrante da identidade. É uma das extensões mais 
fortes da personalidade, muitas vezes é possível reconhecer alguém apenas pela voz. 
A voz transmite simpatia, ansiedade, tensão, emoção, inclusive a idade e experiência 
de vida. O uso inadequado pode resultar em disfonia, que é um sintoma de dificuldade 
na emissão normal da voz, podendo causar alterações nas cordas vocais (hiperemia, 
edema, nódulo, pólipo, etc.). 
Voz é metáfora da expressão. Quer ser aqui um pensamento que adquira sua 
expressão (não concordância, nem mero acordo), pela sensibilização das 
palavras pela voz. A voz não é algo dado, mas algo que dever ser produzido. 
Ela equivale à entrada do corpo na política. É por que me expresso por meio 
de minha voz que alcanço o outro, que estabeleço com ele um laço. Todo 
laço, toda relação é política, em seu melhor sentido, toda antirrelação é 
destrutiva da política (TIBURI, 2016, p. 47- 48). 
Segundo Matuck e da Silva (2005), o equilíbrio entre os parâmetros vocais, são 
aqueles representados pelas qualidades vocais e consistem em: ressonância, tipo de 
voz, intensidade, frequência, articulação, velocidade de fala, pronúncia e aspectos 
relacionados à emissão, é necessário para uma produção vocal adequada. Esse 
equilíbrio nem sempre existe e é responsável por características como rouquidão, 
ansiedade, tensão, entre outras, que podem ser detectadas tanto na voz de um adulto 
quanto de uma criança. 
O posicionamento correto da respiração, sem tensão ou relaxamento das 
cordas vocais, é necessário para produzir a voz corretamente. Estas devem ter uma 
tonicidade "ideal" para que sua movimentação ocorra normalmente. A respiração 
deverá ter uma coordenação entre inspiração e expiração, coordenação 
fonorespiratória, movimentos livres da musculatura da região torácica e do músculo 
diafragmático. Uma respiração ideal provoca o alargamento da base dos pulmões, 
permitindo maior entrada de ar e menor contração da musculatura torácica, pescoço 
e parte inferior da face (mandíbula e língua) (MATUCK; DA SILVA, 2005). 
 
26 
 
4.6 Falhas de linguagem 
 
Fonte: alunosonline.uol.com.br 
Segundo Brasileiro (2016), os vícios linguísticos são desvios das normas da 
língua padrão, provocados pela falta de conhecimento por parte do falante. Os vícios 
de linguagem se classificam em: 
• Barbarismo: desvio da norma quanto à grafia, pronúncia, morfologia, 
semântica e todas as formas de estrangeirismo são consideradas, por 
diversos autores, barbarismo. 
• Arcaísmo: emprego de palavras ou estruturas antigas que deixaram de ser 
usadas. 
• Neologismo: emprego de novas palavras que não foram incorporadas pelo 
idioma. 
• Solecismo: erros de sintaxe contra as normas de concordância, de regência 
ou de colocação. 
• Ambiguidade: ocorre quando uma frase causa duplo sentido de 
interpretação. 
• Cacófato: refere-se ao mau som que resulta na união de duas ou mais 
palavras no interior da frase. 
• Eco: ocorrência de terminações iguais. 
• Pleonasmo: redundância desnecessária de informação. 
 
27 
 
 
 
 
 
 
Segundo Brasileiro (2016), vícios linguísticos são notórios por serem 
desagradáveis, podem ser descobertos na fala e, em casos mais graves, na escrita. 
“Tipo assim”, " meio que" e " cara " são alguns cacoetes de linguagem frequentemente 
ouvidos na fala. 
Essa forma de raciocínio geralmente aparece fora de contexto e sem 
significado, ou seja, estão presentes na frase, mas não possuem formalmente nenhum 
valor linguístico. Em alguns casos, os cacoetes de linguagem são vistos como 
“trapaça comunicacional”. Isso acontece quando o falante utiliza termos 
desnecessários apenas para rebuscar o discurso, deixando-o assim mais impactante. 
Mas, na maioria das vezes, eles entram em foco naturalmente, agindo como uma 
espécie de mecanismo de autocorrelação de fala. 
Vale salientar que os diversos aspectos, como as variações linguísticas, a 
influência do coloquialismo e o dinamismo da comunicação devem ser observados. O 
objetivo principal da linguagem é facilitar as interações sociais e a compreensão. É 
fundamental se adequar aos tipos de linguagem de acordo com o contexto 
comunicacional e ser poliglota em seu próprio idioma. 
4.7 Comunicação em reuniões empresariais 
É imprescindível a importância das reuniões no mundo dos negócios e o quanto 
elas podem ser úteis para o cotidiano das empresas. Conforme Carmo e Prado (2005) 
ao solicitar uma apresentação durante a reunião, alguns conceitos devem ser 
abordados. A duração da apresentação deve seguir as normas previamente definidas 
para o evento, evitando extrapolar o tempo previsto, para não prejudicar a exposição 
dos demais apresentadores. O olhar deverá ser direcionado ao público, não se 
prendendo apenas à uma pessoa, ao contrário, deverá percorrer toda a plateia. A 
Concordância: Sobrou muitas vagas (em vez de sobraram). 
Regência: Hoje assistiremos o filme (em vez de ao filme). 
Colocação: Me empresta o carro? (Em vez de empresta-me). 
 
 
28 
 
altura da voz precisará ser adequada às dimensões do ambiente, ao número de 
pessoas na audiência e a acústica do ambiente. 
 É importante atentar paraa postura adequada nas reuniões, bem como a 
pronúncia das palavras, respiração, gestos, contato visual, entre outros, e até mesmo 
as pausas que permitem a reflexão e a reprodução de ideias em resposta ao que está 
sendo apresentado. 
O discurso deve identificar as partes e atuar como um facilitador para a 
transmissão de argumentos por meio de roteiros previamente organizados. O 
profissional proficiente em todas as formas de expressão, seja verbal ou escrita, é 
mais interessante para a empresa do que um membro da equipe que apenas domina 
a oratória. 
No ambiente empresarial, a comunicação é o que acontece entre uma 
organização e o mercado, fornecedores, concorrentes, consumidores, entre outros. É 
um componente crucial desse relacionamento, pois, mais do que um processo, é a 
base das relações interpessoais. Assim, a comunicação empresarial é uma 
ferramenta essencial para o desenvolvimento e crescimento das organizações e, se 
for eficaz, pode produzir resultados relevantes para o resultado final da organização. 
Portanto, a capacidade de se comunicar efetivamente é um pré-requisito para 
gerentes, supervisores e líderes no desempenho de suas funções. Isso significa que, 
para realizar suas tarefas de planejamento, organização, direção e controle, bem 
como seus processos interpessoais, informacionais e decisórios, esses profissionais 
devem possuir habilidades de comunicação efetivas (FERREIRA; MALHEIROS, 
2016). 
 
29 
 
5 MARKETING PESSOAL 
 
Fonte: portalolhardinamico.com.br 
Conforme Rizzo (2015), no mundo globalizado o processo de mudança e 
adaptação é constante, dada a sensação de redução de espaço e tempo e a 
aproximação e contato com outras culturas desperta novas expectativas e 
necessidades, fazendo com que as organizações se preocupem em manter ou criar 
vantagens competitivas. Nesse grande desafio de desenvolvimento de ideias e 
inovações que estejam em consonância com a modernidade, o profissional tem por 
obrigação situar-se com as características voltadas para este contexto, buscando por 
informações e capacitações. Por isso o marketing pessoal se torna um requisito chave 
para alcançar boas colocações. Segundo Kotler (2003, p. 91), o marketing pessoal é: 
 “[...] uma nova disciplina que utiliza os conceitos e instrumentos do marketing 
em benefício da carreira e das vivências pessoais dos indivíduos, valorizando 
o ser humano em todos os seus atributos, características e complexa 
estrutura”. 
Em outras palavras, é possível dizer o marketing pessoal implica dar valor à 
própria imagem. Muito mais do que autopromoção, é um conjunto de ações e atitudes 
que vão ajudar as pessoas a verem o profissional com muito mais respeito. 
 […] conjunto de ações planejadas que facilitam a obtenção de sucesso 
pessoal e profissional, seja para conquistar uma nova posição no mercado 
de trabalho, seja para manter sua posição atual. Essas ações compreendem 
não só a divulgação de uma melhor imagem de nós mesmos, mas também o 
 
30 
 
aprimoramento de nossas deficiências e o investimento em nossas 
qualidades (Ritossa, 2009, p. 17). 
A velocidade das ações indica uma diminuição acentuada do ciclo de vida das 
coisas como um elemento útil e contemporâneo. Hoje a permanência de um produto 
no mercado é instável, pois cada vez mais as pessoas procuram sanar suas carências 
e necessidades encontradas no dia a dia e facilitar seu serviço, assim o profissional 
tem que buscar atender essas prioridades. 
Tal como acontece com as marcas, as pessoas cada vez mais fazem jus à 
reputação que têm nos mercados em que atuam. Posto isto, é fundamental que essa 
imagem seja associada a algo positivo na mente das pessoas, de forma que, se um 
atributo é considerado relevante para uma função específica e o indivíduo não o 
desenvolveu, é recomendável que ele trabalhe para fazê-lo, em vez de apenas afirmar 
que o tem. 
 O marketing pessoal tem como objetivo construir uma imagem positiva do 
indivíduo, incentivando as pessoas a apoiar as ideias apresentadas por eles, seja 
oferecendo-lhe um cargo, uma promoção ou, fechando um negócio. Este resultado é 
alcançável utilizando adequadamente as estratégias de marketing pessoal 
necessárias. Com pesquisa, planejamento, e utilizando os argumentos adequados é 
possível que o indivíduo desenvolva uma imagem coerente e consistente, para a qual 
as pessoas à sua volta façam associações psicológicas positivas. Desse modo, 
obtém-se a visibilidade necessária para que o indivíduo se torne uma referência em 
seu ambiente e assim possa influenciar e participar dos projetos de vida das pessoas 
(DOIN, 2007). 
 
5.1 Técnicas e aplicabilidades do marketing pessoal 
Conforme Kotler (2000), o marketing pessoal utiliza as ferramentas tradicionais 
de marketing para beneficiar a carreira e a vida particular das pessoas, valorizando o 
ser humano em todos as suas qualidades, estrutura e características. O 
reconhecimento dos atributos de um indivíduo é, portanto, um dos principais 
componentes da marca pessoal. 
 
 
31 
 
5.1.1 Imagem pessoal 
 
A apresentação pessoal é um cartão de visita. Os profissionais que exploram a 
aparência de maneira correta promovem a valorização da imagem profissional. No 
mercado de trabalho, uma das características mais marcantes de uma pessoa é a 
aparência: entre dois candidatos com igual qualificação, sem dúvida, a vaga ficará 
com aquele com a aparência mais bem cuidada (PALMEIRA, 2014). 
Mesmo que a empresa tenha um ambiente organizacional mais descontraído 
existem cuidados que devem ser mantidos. Nessas horas, vale o bom senso de 
compreender onde está. Além disso, não é necessário comprar roupas grife para 
trabalhar o marketing pessoal, mas, sim, tomar cuidado com a linguagem corporal, 
pois o comportamento transmite a mensagem que deseja passar para os outros. Para 
os homens, manter barba bem aparada, e para as mulheres, usar roupas sem muito 
decote (SBCOACHING, 2018). 
 
5.1.2 Linguagem corporal 
 
O corpo expressa mais do que se pode imaginar. Inconscientemente, as 
pessoas usam a linguagem não verbal conhecida como linguagem corporal para 
comunicar ou expressar suas emoções. A partir da linguagem corporal, é possível 
reconhecer ansiedade, insegurança e fobia, que, muitas vezes não são expressas em 
palavras. 
 
5.1.3 Vestimenta 
 
 Um componente relevante do marketing pessoal é vestir-se adequadamente 
com a ocasião e as exigências da profissão. Visto que cada circunstância tem 
características próprias, o objetivo deve ser vestir da melhor forma possível para cada 
momento específico. Por exemplo, em muitos casos, o salto é importante, mas há 
ocasiões em que ele pode atrapalhar. Como tal, a imagem deve estar baseada em 
quatro princípios: 
 
• Equilíbrio: sem excessos; 
 
32 
 
• Bom senso; 
• Adequação: a roupa e os acessórios devem estar adequados ao lugar e às 
circunstâncias; 
• Elegância: não é questão de vestir roupas de grifes, mas de saber comportar-
se de acordo com a ocasião. 
 
5.1.4 Posturas corporais 
 
Cruzar os braços ao conversar transmite a imagem de uma pessoa que está 
na defensiva. As mãos na cintura mostram falta de classe, nos bolsos demonstram 
insegurança e timidez. Sentar na ponta da cadeira gera a impressão de querer 
encerrar a conversa. Além disso, é importante evitar balançar os pés, pois demonstra 
impaciência. 
 
5.1.5 As maneiras de olhar 
 
Os olhos são as janelas do corpo e podem transmitir uma variedade de 
emoções, incluindo felicidade, medo, tristeza, preocupação, raiva e motivação. 
Especialistas em comportamento humano podem dizer quem está mentindo apenas 
observando a expressão do olhar. Ao falar com alguém, o olhar deve estar voltado em 
sua direção, pois quem não o faz pode dar a entender que mentindo ou inseguro. 
Outras inconveniências em relação ao contato visual incluem o uso de lentes escuras 
em ambientes fechados e olhar uma pessoada cabeça aos pés, demonstrando 
grosseria e falta de respeito. 
 
5.2 Networking 
Há algumas décadas, boa parte dos profissionais permaneciam toda ou quase 
toda, a sua carreira profissional na mesma empresa. O emprego das pessoas era mais 
estável e havia mais preocupação com a produção do que com as relações 
interpessoais. 
 
33 
 
Atualmente, os profissionais estão com as suas carreiras mais dinâmicas. É 
difícil para um profissional trabalhar em apenas uma empresa durante toda a sua 
carreira, destacando assim a necessidade do networking. Trabalhar e ampliar a rede 
de relacionamentos é uma dica fundamental, onde conseguir bons trabalhos, exige a 
quebra de paradigmas e uma boa estratégia de marketing pessoal. 
Vale ressaltar alguns pontos para pensar sobre networking para o mercado de 
trabalho: 
• Estima-se que 70% dos empregos disponíveis não são anunciados em 
qualquer tipo de mídia. São anunciados internamente nas empresas ou 
preenchidos por conhecidos dos funcionários da empresa. A possibilidade de 
conseguir um emprego por meio de anúncios de vagas é de apenas 7%. 
• As empresas que anunciam para os funcionários recebem tantos pedidos que 
é praticamente impossível analisar todos os candidatos. Segundo pesquisa 
feita no site vagas.com, a média de candidatos por vaga para o cargo de 
administrador é de 500 inscritos por vaga. Devido à alta demanda, as empresas 
acabam contratando especialistas em seleção e recrutamento que escolhem 
os candidatos com base em especificações extremamente rígidas. 
 
Portanto, o networking é a maneira mais eficaz de procurar novas 
oportunidades de trabalho. Além disso, essa rede de conexões precisa ser 
configurada o mais rápido possível, principalmente enquanto a pessoa ainda estiver 
empregada. Para Passos e Najjar (1999), é importante trabalhar as competências 
relacionadas ao networking como: 
 
• Pensamento sistêmico, visão do todo; 
• Capacidade de criar e manter relacionamentos interpessoais de qualidade; 
• Capacidade de buscar informações e rapidamente processá-las, 
transformando-as em conhecimento e gerando resultados. 
• Flexibilidade e rapidez de raciocínio. 
 
5.2.1 Elaborando networking 
 
 Para elaborar um networking é necessário: 
 
34 
 
• Fazer um exercício de brainstorming listando os nomes, sem crítica e sem se 
importar com a origem e os eventuais benefícios que o nome possa vir a trazer. 
• Iniciar uma triagem dos contatos e relacionar os que são mais prováveis de 
auxiliá-lo profissionalmente, atualmente ou no futuro. 
• Analisar a listagem observando o seguinte: 
A quantidade de contatos é razoável? 
Sua rede precisa ser ampliada? 
Os contatos existentes podem ajudá-los profissionalmente? 
Como manter a rede ativa? 
 
Algumas sugestões incluem ligar pelo menos uma vez por mês, enviar 
mensagens sobre temas de interesses das pessoas (evitando, excessos), convidar as 
pessoas para eventos sociais e/ou profissionais e enviar cumprimentos em datas 
específicas. 
 
5.2.2 Formas de expandir o networking 
 
• Participe de congressos, seminários, feiras, cursos e ações de formação. 
Nesses tipos de evento, costumam estar presentes pessoas que são 
referência na sua área de interesse. Um bom momento de aproximação é na 
hora do “coffee break” do evento, em que as pessoas estão mais à vontade 
para conversar. 
• Participe dos eventos da empresa, que são importantes momentos para 
conhecer pessoas de diferentes cargos e áreas da organização. 
• Esteja conectado nas mídias sociais. Gostando ou não, as redes sociais 
vieram para ficar e permitem reencontrar pessoas e expandir a rede de 
contatos. Dependendo do objetivo, vale a pena investir mais profundamente 
nas redes sociais para expandir o marketing pessoal. 
• Sempre que possível, participe de projetos de voluntariado. 
• Faça parte de associações profissionais da área de atuação. 
 
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5.3 Autopromoção 
É de suma importância, sempre que possível, expor suas habilidades, pois 
qualquer produto necessita de propaganda, e isso não poderia ser diferente na área 
profissional. Assim, é possível criar fatos que virem notícias e divulgá-las, estar 
sempre presente, visível e acessível com o mundo, com as pessoas, sem esquecer 
de que tudo deve ser feito com moderação e bom senso. Mas cuidado: exageros na 
autopromoção devem ser evitados. 
 Para receber os benefícios almejados, a autopromoção precisa ser realizada 
da forma correta, já que fazer esse trabalho da maneira errada pode prejudicar a 
imagem e dificultar o crescimento. Por isso, recomenda-se traçar um plano com 
objetivos bem definidos. 
Cada profissional deve saber a melhor forma de vender seu próprio trabalho, e 
isso vai além de simplesmente dizer qual é a profissão. Assim, é necessário pensar 
naquilo que o diferencia dos demais e, a partir disso, elaborar um resumo daquilo que 
há de mais valioso no seu trabalho. Deve-se tomar cuidado para usar termos que 
realmente chamem atenção para o seu valor e, a partir do resumo, elaborar um “Pitch”, 
que é uma apresentação rápida, em torno de 3 minutos, das características pessoais 
mais relevantes e das principais atividades profissionais que já realizou. 
Para praticar a autopromoção, é necessário pensar como se fosse um produto. 
Para isso, um dos aspectos fundamentais é a escolha dos canais de comunicação 
que serão utilizados: “in loco” no trabalho, na faculdade, na associação de moradores, 
em plataformas como Facebook, Youtube, blogs, entre outros canais, deve-se 
escolher aquelas que têm identificação com o seu público-alvo. Ultimamente, muitas 
pessoas têm optado por fazer sua autopromoção exclusivamente nas mídias sociais 
de forma, muitas vezes, exaustiva e, em alguns casos, de forma muito diferente do 
que corresponde à realidade. 
 Um exercício fundamental para que a autopromoção seja eficaz é aprender a 
lidar com as críticas e, nesse sentido, não aceitar críticas pode ser prejudicial para o 
marketing pessoal. Assim, é preciso encarar cada feedback negativo como 
possibilidade de melhorar. Caso seja um comentário grosseiro e ofensivo, deve-se 
manter a calma e a compostura e seguir o caminho. 
 
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Assim, o marketing pessoal está ligado às ações e, portanto, é necessário 
cultivá-las, tendo em mente a credibilidade no mercado em que atua. Além de evitar 
envolver-se em confusões, também é importante participar de boas ações, como 
projetos sociais, mas cabe ressaltar que a aproximação deve ser por vontade própria, 
estando a autopromoção em segundo plano. 
 
5.4 Conduta ética 
 
Não adianta saber “se vender” bem se não se tem valores e princípios éticos. 
É importante lembrar que o indivíduo é um reflexo do que faz, e, do mesmo modo que 
observa os comportamentos dos outros, também será observado. Logo, a ética deve 
ser entendida como um conjunto de princípios básicos que visa disciplinar e regular o 
costume, a moral e a conduta das pessoas. “Cada cidadão deve ter ações e atitudes 
éticas na sua atividade profissional, pois cada indivíduo é responsável por contribuir 
positivamente para a construção de uma sociedade dentro dos princípios éticos” 
(PORTAL EDUCAÇÃO, 2019). 
 O caráter e a conduta ética do profissional são tão importantes quanto suas 
habilidades e competências profissionais, e a discrição, a honestidade e o equilíbrio 
emocional são qualidades muito valorizadas pelas instituições. Assim, a conduta e a 
ética são ações de marketing pessoal utilizadas para formar um profissional de 
sucesso (SANTOS, 2002). 
5.5 Habilidade para falar em público 
Enfim, sabe-se que falar em público é um dos maiores desafios enfrentados 
diariamente. Onde o medo de expor é algo normal e recorrente, o que, às vezes, 
dificulta a vida profissional das pessoas. Em um mundo competitivo, esse medo pode 
causar sérios danos. O aumento da competitividade mundial faz com que as pessoas 
busquem melhorarseu desempenho em suas profissões, gerando profissionais mais 
competentes e bem preparados. Nessa busca por ser “o melhor”, está a capacidade 
de expressão e de falar em público, considerada uma competência essencial no 
marketing pessoal. Se as competências, ou seja, a soma de conhecimentos, 
habilidades e atitudes, forem fracas em comunicação, a vida pessoal ou empresarial 
 
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pode sofrer grandes prejuízos, pois uma apresentação inadequada pode causar 
danos ao marketing pessoal (PALMEIRA, 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Informações Gerenciais da Justiça Federal, n. 14, 2007. 
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aplicação e resultados. São Paulo: Atlas, 2016. 
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1.ed. São Paulo: Atlas, 2015. 
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profissional precisa saber. 3. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 
 
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RITOSSA, C. M. Marketing pessoal: quando o produto é você. 1.ed. Curitiba: IBPEX, 
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RIZZO, Cl. Marketing pessoal: no contexto pós-moderno. 3.ed. São Paulo: 
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