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1 /;.////L,/ DEFINIÇÕES E TIPOS DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra- vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário DEFINIÇÕES E TIPOS DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS ........................... 1 NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4 DEFINIÇÃO DE DOCUMENTO. ........................................................................ 5 TIPOS DE DOCUMENTOS ................................................................................ 8 DEFINIÇÃO DE DOCUMENTO ELETRÔNICO. .............................................. 16 O DOCUMENTO ELETRÔNICO NO BRASIL. ................................................. 18 QUAIS SÃO OS TIPOS DE DOCUMENTOS FISCAIS ELETRÔNICOS NO BRASIL ............................................................................................................ 20 DOCUMENTO DIGITAL E DIGITALIZADO: ENTENDA AS DIFERENÇAS ..... 24 REFERÊNCIA .................................................................................................. 29 file:///C:/Users/b_bic/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/DEFINIÇÕES%20E%20TIPOS%20DE%20DOCUMENTOS%20ELETRÔNICOS.docx%23_Toc84002693 4 INTRODUÇÃO No ponto de vista tecnológico, existe uma diferença entre os termos “ele- trônico” e “digital”, apesar de na literatura arquivística internacional, ainda ser corrente o uso do termo “documento eletrônico” como sinônimo de “documento digital”. Um documento eletrônico é acessível e interpretável por meio de um equipamento eletrônico, podendo ser registrado e codificado em forma analógica ou em dígitos binários. Já um documento digital é um documento eletrônico ca- racterizado pela codificação em dígitos binários e acessado por meio de sistema computacional. Assim todo documento digital é eletrônico, mas nem todo docu- mento eletrônico é digital. Documento eletrônico e todo registro que tem como meio físico um su- porte eletrônico. É importante notar que, para a plena eficácia probatória do do- cumento, é preciso que ele possua capacidade de armazenar informações de forma que impeça ou permita detectar eliminação ou adulteração de conteúdo. https://www.estadovirtual.com.br/o-que-e-documento 5 DEFINIÇÃO DE DOCUMENTO. Figura 1: Definição de documentos Fonte: Google Antes de analisar especificamente a regulamentação legal do documento eletrônico, é preciso compreender alguns conceitos fundamentais, um dos quais o de documento. O Código Civil em diversos artigos refere-se a documento, porém não o define. Por seu turno, o Código de Processo Civil no Título VIII, Capítulo VI, Se- ção V, trata da prova documental. Contudo, nenhum dos 35 artigos dessa seção define o que seja documento. Assim, tal tarefa coube à Doutrina. Há quem defenda que a palavra documento deriva do verbo latino docere, que significa ensinar. Entretanto, o dicionário registra que o termo surgiu a partir do substantivo documentum, que significa prova, amostra. Em qualquer caso, mais importante do que a etimologia da palavra é o seu significado. https://jus.com.br/tudo/processo 6 Obviamente, não se pode confundir o sentido técnico-jurídico de uma ex- pressão com seu significado gramatical. Todavia, é altamente aconselhável ini- ciar uma análise jurídica a partir do significado gramatical. Afinal, a linguagem é o instrumento básico do Direito. O dicionário registra as seguintes acepções da palavra documento: 1). Qualquer escrito usado para esclarecer determinada coisa; 2) qualquer objeto de valor documental (fotografias, peças, papéis, filmes, construções etc.) que elucide, instrua, prove ou comprove cientificamente algum fato, acontecimento, dito etc; 3) atestado, escrito etc. que sirva de prova ou testemunho; 4) escrito ou registro que identifica o portador; 5) qualquer título, declaração, testemunho etc. que tenha valor legal para instruir e esclarecer algum processo judicial." A palavra documento possui, ainda, um sentido amplo e outro estrita- mente jurídico. Lato sensu, documento: "(...) é qualquer base de conhecimento, fixada materialmente e disposta de maneira que se possa utilizá-la para extrair cognição do que está registrado." Stricto sensu, considera-se como documento: "... a peça escrita ou gráfica que exprime algo de valor jurídico para escla- recer, instruir ou provar o que se alegou no processo pelas partes em lide." Esse significado jurídico é aceito de modo geral pela Doutrina: "Na definição de Carnelutti, documento é ‘uma coisa capaz de representar um fato.’ É o resultado de uma obra humana que tenha por objetivo a fixação ou retratação material de algum acontecimento. Contrapõe-se ao testemunho, que é o registro de fatos gravados apenas na memória do homem. Em sentido lato, documento compreende não apenas os escritos, mas toda e qualquer coisa que transmita diretamente um registro físico a respeito de 7 algum fato, como os desenhos, as fotografias, as gravações sonoras, filmes ci- nematográficos, etc. Mas, em sentido estrito, quando se fala da prova documental, cuida-se especificamente dos documentos escritos, que são aqueles em que o fato vem registrado através da palavra escrita, em papel ou outro material adequado." "Documento é toda coisa capaz de representar um fato. Pode constituir prova documental se for apta a indicar diretamente este fato ou prova documen- tada, quando a representação do fato se dê de forma indireta." Como se pode perceber, a ideia que se tem de documento, intuitivamente, não difere muito da definição gramatical e mesmo jurídica. Em sentido amplo, documento é todo objeto material destinado a provar um fato, podendo ser um texto, uma imagem, gravação, etc. Em sentido estrito, documento seria apenas o texto destinado à prova de um fato. Entretanto, é preciso esclarecer que nem todo bem corpóreo] é um docu- mento. O conceito não comporta essa elasticidade. É documento apenas o bem corpóreo que se destina à prova de um fato. Por exemplo, uma foto, devidamente revelada, é um bem corpóreo. Porém, nem toda foto é documento. Assim seriam apenas as fotos feitas com a intenção de provar um fato, como a que retrata atividade ilícita, objetivando fazer prova em um processo. Resta agora verificar se o que usualmente se denomina "documento ele- trônico" se enquadra no conceito jurídico de documento. 8 TIPOS DE DOCUMENTOS Figura 2: Documentos Fonte: Google Documento é toda a informação(elemento referencial ou dado) registrada em um suporte (material, base) e utilizada para estudo, prova e pesquisas. A informação, por sua vez, deve ser armazenada em um suporte, isto é, um tipo de material, podendo ser papel, filme, DVD, entre outros. Os documentos podem ser organizados conforme sua espécie ou formato (configuração física de um suporte de acordo com a sua natureza e o modo como foi produzido). Por isso, temos atas, cartas, decretos, folhetos, fotografias, me- morandos, ofícios, plantas e relatórios como alguns dos tipos de espécie. Outro conceito relacionado aos documentos é a tipologia, a junção da es- pécie documental com a função ou atividade que motivou sua produção. Um exemplo de tipologia é o ofício de convite, na qual “ofício” é a espécie documental 9 enquanto “de convite” é a sua função, ou seja, um documento criado para con- vidar alguém para alguma coisa. Em uma organização, os colaboradores podem lidar com documentos ofi- ciais (especialmente nas repartições públicas) e administrativos. Entre os docu- mentos administrativos mais utilizados por uma empresa, podemos citar os se- guintes: • nota fiscal: documento que oferece caráter legal a uma transação comer- cial. Só poderá ser emitida por uma pessoa jurídica. Pessoas jurídicas são as empresas em geral. Figura 3: Nota fiscal Fonte: Google 10 • fatura: resume a nota fiscal, citando seus principais dados, como a nota fiscal, citando seus principais dados Figura 4: Fatura Fonte: Google • duplicatas: se origina na fatura, e pode dar seguimento a dois vencimen- tos, surgindo então, a necessidade de se emitir uma duplicata para cada vencimento. 11 Figura 5: Dupliocata Fonte: Google • vale: identifica uma cessão de valores, sendo um comprovante para pres- tação de contas, não tendo, contudo, valor contábil. 12 Figura 6: Vale Fonte: Google • recibo: dá a quitação a uma transação de negócio. 13 Figura 7: Recibo Fonte: Google • fiança: ato pelo qual alguém assume o compromisso ou responsabilidade por valores ou atos praticados por outra(s) pessoa(s). • aval: ato pelo qual alguém (uma ou mais pessoas), assina(m) ao lado do emitente ou sacado, em um documento de crédito responsabilizando-se, conjuntamente, pelo seu pagamento. Os documentos oficiais, por sua vez, emanam do poder público ou enti- dades de direito privado, sendo capazes de produzir efeitos de ordem jurídica na comprovação de um fato. Estão inseridos na comunicação oficial, a troca de mensagens e informações entre os diversos órgãos do serviço público. São exemplos de comunicação oficial: 14 • Memorando: comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminente- mente interna. • Memorando-Circular: comunicação interna com diversas cópias dirigi- das a unidades diferentes de uma mesma instituição que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes • Ofício: modalidade de comunicação oficial que tem como finalidade o tra- tamento de assuntos oficiais pelos órgãos da administração pública entre si e também com particulares • Despacho: é a decisão ou ordem proferida por quem é de direito para dar continuidade às ações presentes no documento. Protocolo: Protocolo é a atividade de receber os documentos e efetuar a separação em oficial (matéria de interesse institucional) e particular (conteúdo de interesse pessoal). Os documentos são registrados em formulários ou sistemas eletrôni- cos, nos quais serão descritos os dados referentes ao seu número, nome do remetente, data, assunto, espécie, e outros elementos. Os dados utilizados para o registro de documentos nos serviços de proto- colo são metadados desses documentos. Após o registro, os documentos são numerados (autuados) conforme sua ordem de chegada ao arquivo. A palavra autuação também significa a criação de processo. Um ponto a destacar é que, ao receber uma documentação, é necessário proceder com o registro em recibo, cujos dados variam de departamento para departamento. Entretanto, é sempre importante colocar data, nome de quem re- cebeu o documento e o número do protocolo, assim como o assunto tratado (se necessário). Depois disso, há a análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da categoria de assunto sob a qual sejam recuperados, podendo atribuir a eles códigos. Esta tarefa é executada com o auxílio do plano de classificação, 15 caso a instituição possua esse instrumento. Em seguida, há a distribuição ou movimentação. Trata-se da entrega dos documentos aos respectivos destinatários. A dis- tribuição é a remessa dos documentos aos setores de trabalho, enquanto que a expedição consiste na remessa externa desses documentos. A próxima etapa é a tramitação, o que depende diretamente se as etapas anteriores foram feitas da forma correta. Se for esse o caso, fica mais fácil, com o auxílio do protocolo, acompanhar o desenrolar de suas funções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro da instituição, acelerando assim, processos que anteriormente encontravam di- ficuldades, como a não localização de documentos, não se podendo assim, usá- los no sentido de valor probatório, por exemplo. Por fim, temos a expedição do documento, a etapa onde seu destino é definido após o cumprimento de suas funções, seja a eliminação ou recolhi- mento. Na expedição, é feita a avaliação do documento, fase na qual é neces- sário recebê-lo e verificar a falta de dados e sua complementação; separação de cópias e originais; e, arquivamento das mesmas. É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não valem como regras, visto que cada instituição possui suas tipologias documentais, seus métodos de classificação, enfim, surgem situações diversas. Servem apenas como exemplos para a elaboração de rotinas em cada instituição. Apresentamos abaixo modelos de protocolo: SEÇÃO DE ARQUIVO Protocolo nº_ _ __ Data:_ / _/_ _ Assinatura_ _ __ TINTAS RUBI Protocolo Assunto: Pedido de catálogo 16 Nome: Empresa Dois Irmãos N 007 Data: 03/04/78 Recebido por: Carga: Registro cumulativo das entradas e saídas do documento de cada seção, feito na própria pasta ou envelope onde é colocado o documento. Quando o funcionário o recebe, risca a anotação relativa à seção onde se encontrava. DEFINIÇÃO DE DOCUMENTO ELETRÔNICO. Figura 8: Documentos digitais Fonte: Google 17 De acordo com os conceitos expostos na seção anterior, nada impede que um arquivo de computador exemplo típico de documento eletrônico, seja considerado como documento lato sensu. Exige-se apenas que ele seja fixado em meio material. Para tanto, bastaria gravar o arquivo em um disquete, CD, disco rígido, etc. É o caso da foto gravada no cartão de memória da máquina fotográfica digital. O problema surge ao se enquadrar o documento eletrônico no conceito estrito. Segundo este, o documento deve ser uma "peça escrita ou gráfica que exprime algo de valor jurídico". Contudo, quando se fala em peça escrita não se deve inferir, necessariamente, que seja escrita em papel. Contanto que seja con- sagrada em uma res material, o arquivo eletrônico pode ser considerado como documento. A Doutrina pátria, de um modo geral, defende tese contrária, apregoando que se considera "peça escrita" apenas a que for escrita em papel. A nosso ver, esse raciocínio é equivocado. Sem dúvida alguma a prova documental é uma prova real, no sentido de que deve sempre ser exprimida por meiode um suporte material. Todavia, não conduz à conclusão lógica de que documento seja sinônimo de papel. Pelo contrário. Além do papel, existem outros meios materiais capazes de corporificar um documento. Qualquer objeto material con- tendo um texto escrito ou em elemento gráfico dotado de significado jurí- dico e utilizado judicialmente para provar um fato deve ser considerado como documento, independentemente de qual seja seu suporte material. Portanto, que nada impede que o documento eletrônico seja considerado como documento em sentido técnico-jurídico, observadas as peculiaridades do suporte digital. 18 O DOCUMENTO ELETRÔNICO NO BRASIL. Figura 9: Documentos digitais Fonte: Google Em 24 de agosto de 2001, o Presidente da República editou a Medida Provisória nº 2.200-2, que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasi- leira, o ICP-Brasil: "O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: Art. 1º Fica instituída a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP- Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de docu- 19 mentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habili- tadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras. Art. 2º A ICP-Brasil, cuja organização será definida em regulamento, será composta por uma autoridade gestora de políticas e pela cadeia de autoridades certificadoras composta pela Autoridade Certificadora Raiz - AC Raiz, pelas Au- toridades Certificadoras - AC e pelas Autoridades de Registro - AR." Essa medida provisória foi a primeira iniciativa legal visando à regulamen- tação jurídica do documento eletrônico no país e, ainda hoje, constitui seu prin- cipal fundamento. Todavia, muito antes de sua edição, a Doutrina já havia alertado para a importância de se regulamentar a matéria: "Hoje, no Brasil, é grande a necessidade de novas leis regulamentado- ras das relações humanas que ocorrem em meio virtual. Como já tive- mos a oportunidade de ver, não só na área da privacidade on-line, como em outros aspectos do comércio eletrônico, o Brasil ainda carece de uma legislação específica." A Medida Provisória nº 2.200-2 buscou adequar o ordenamento jurídico brasileiro às necessidades do comércio internacional. Resta saber se a norma em questão é adequada para atingir os objetivos a que se propõe. Para tanto, faz-se necessário realizar uma análise crítica da Medida Provisória nº 2.200-2, contrapondo-a a outras iniciativas legais. 20 QUAIS SÃO OS TIPOS DE DOCUMENTOS FISCAIS ELETRÔNICOS NO BRASIL Figura 10: Tecnologia Fonte: Google A NF-e é o documento fiscal eletrônico mais utilizado pelos brasileiros. Ele deve ser emitido em todas as operações comerciais que envolvem a circula- ção de mercadorias, como venda para pessoa jurídica, devolução, transferência, entre outros. Para isso, é necessário seguir o seguinte passo a passo: 21 1. Efetuar o credenciamento do CNPJ da empresa junto à Sefaz do seu Es- tado; 2. Obter um certificado digital; 3. Instalar um sistema de emissão de NF-e. Lembrando que, como é um documento digital, o que comprova sua emis- são e validade fiscal é o arquivo XML que leva a assinatura digital do autor da nota. Além disso, sempre que uma NF-e é emitida, o respectivo XML deve ser enviado à Sefaz e, se a transação for autorizada, o responsável por ela deve imprimir sua representação física – DANFE, e entregá-la para o cliente. NFC-e: Nota Fiscal Eletrônica do Consumidor A Nota Fiscal Eletrônica do Consumidor é um documento fiscal digital as- sim como a NF-e. Mas, diferentemente dela, a NFC-e deve ser emitida em ope- rações de venda presencial ou entrega a domicílio para o consumidor final. Em casos de delivery, por exemplo, ela só é permitida se a entrega for no mesmo Estado da emissão. O processo inicial para emissão da NFC-e também é o credenciamento junto à Sefaz, porém ele pode variar entre os Estados brasileiros. Os passos seguintes ao credenciamento são os mesmos da NF-e: 1. Obter um certificado digital; 2. Instalar um sistema de emissão de NFC-e; 3. Entregar para o cliente o DANFE NFC-e, que é o comprovante físico da compra. É necessário também atentar-se às particularidades da NFC-e, pois: • O preenchimento dos dados do destinatário não é obrigatório, mas se a NFC-e for emitida com valor igual ou superior a R$ 10.000,00, ele deverá ser identificado; • Para valores iguais ou superiores a R$ 200.000,00, será necessário emitir uma NF-e modelo 55 em vez da NFC-e. https://blog.tecnospeed.com.br/nota-fiscal-eletronica-nf-e-tudo-que-voce-precisa-saber/ 22 CF-e SAT: Cupom Fiscal eletrônico O Cupom Fiscal eletrônico, assim como a NFC-e, foi criado para substituir o ECF, Emissor de Cupom Fiscal. Como todos os documentos fiscais eletrô- nicos deste post, o CF-e também existe apenas em formato digital. O processo com que o Cupom Fiscal é emitido pode variar entre os Esta- dos brasileiros. Em São Paulo, por exemplo, é necessário adquirir um SAT, ou Sistema Autenticador e Transmissor. O SAT é um equipamento que gera e transmite, de forma automática e periódica, os cupons fiscais ao sistema da Sefaz. A emissão do CF-e SAT é executado da seguinte forma: 1. Após a finalização da compra, o aplicativo comercial envia as informações para o SAT; 2. O SAT, então, válida, complementa, assina digitalmente e gera o arquivo com a chave de acesso; 3. Além disso, ele ainda transmite o CF-e-SAT para Sefaz; 4. Logo em seguida, o aplicativo comercial imprime o extrato do CF-e-SAT com a chave de acesso em impressora comum e entrega ao consumidor. NFS-e: Nota Fiscal de Serviços Eletrônica A Nota Fiscal de Serviços eletrônica é o documento fiscal eletrô- nico que mais dá dor de cabeça para os desenvolvedores de software, já que sua emissão não apresenta um padrão e, hoje em dia, existem mais de 100 tipos diferentes de layouts. A NFS-e é o tipo de nota fiscal que deve ser emitida para os contribuintes sempre que houver prestação de serviço (clínicas médicas, clínicas veterinárias, academias, entre outros) nos municípios em que o sistema estiver homologado. Para emitir as notas de serviço, as empresas devem ser, primeiramente, classificadas pela CNAE, ou Classificação Nacional de Atividade Econômica, para saberem corretamente quais tipos de impostos deverão pagar. 23 Em seguida, é necessário entrar no site do órgão municipal e efetuar o cadastro da empresa e do contador. A emissão das NFS-e são feitas manual- mente no site da prefeitura do município, porém sua gestão também pode ser feita por meio de software desenvolvido por empresas especialistas no assunto. CT-e: Conhecimento de Transporte eletrônico O CT-e é um documento fiscal eletrônico que deve ser emitido para co- brir operações de prestação de serviço de transporte de cargas. Sua emissão abrange transportadoras de diferentes modais e, assim como a NF-e e a NFC-e, é um arquivo em formato XML com validade fiscal e chave de nota. Durante a prestação de serviços, os responsáveis pelo transporte de carga devem carregar um documento físico chamado DACTE. Este papel im- presso possui um código de barras que possibilita a consulta do CT-e armaze- nado nos servidores da Sefaz, além de apresentar um resumo do serviço que está sendo prestado. MDF-e: Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais Este documento fiscal eletrônico deve ser emitido por todas as empre- sas prestadoras de serviços de transporte de carga. O objetivo principal desta documentação é diminuir a burocracia que existe neste segmento, facilitando o dia a dia doscontadores, empresários e profissionais do ramo. Assim como acontece com as notas fiscais e o CT-e, sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e autorizada pelo Ambiente Auto- rizador. Para emitir o MDF-e, as empresas devem: 1. Efetuar o credenciamento do CNPJ da empresa junto à Sefaz do seu Es- tado 2. Obter um certificado digital 3. Instalar um sistema de emissão de MDF-e. 24 BP-e (Bilhete de Passagem eletrônico) O Bilhete de Passagem eletrônico é um documento fiscal digital que do- cumenta as prestações de serviço de transporte de passageiros e é válido para todos os tipos de transporte, rodoviários, aquaviário, ferroviários, entre outros. A emissão do BP-e também é em formato XML, assinada digitalmente e transmitida para o ambiente autorizador, que valida o arquivo e retorna uma mensagem eletrônica dizendo se a prestação de serviço foi autorizada ou não. Assim como acontece com os documentos descritos acima, o responsável pelo transporte de pessoas deve imprimir um documento físico, sem validade legal, chamado DABPE. O DABPE é apenas uma representação simplificada da transação de venda do bilhete de passagem, de forma a facilitar a consulta do documento fiscal eletrônico, no ambiente da Sefaz, pelo comprador. DOCUMENTO DIGITAL E DIGITALIZADO: ENTENDA AS DIFERENÇAS Figura 11: Trabalhando com auxilio das tecnologias Fonte: Google 25 Em 2020, muitas empresas precisaram modernizar suas operações de escritório, sobretudo, no manuseio de documentos, acordos e contratos. Mas em meio a esse cenário, surgiu uma curiosidade importante no tema. Afinal de con- tas, documento digital e digitalizado são ou não são a mesma coisa? Essa é uma curiosidade bem comum na era do home office. Os documentos digitais e digitalizados são a mesma coisa Figura 12: Arquivo digital Fonte: Google https://www.docusign.com.br/blog/assinar-contratos-online https://www.docusign.com.br/blog/o-que-e-home-office 26 Resumidamente, não. Apesar dos nomes parecidos, o documento digital é uma instância completamente diferente dos documentos digitalizados. Para quem olha a um primeiro momento, pode parecer que a diferença só existe no nome. No entanto, existem distinções, até mesmo, de validade jurídica. Por isso esse tema é tão importante. Como todos sabem, os contratos são uma parte determinante para a estabilidade operacional de uma empresa. É fundamental, portanto, contar com os melhores recursos para garantir a segu- rança do seu empreendimento em todos os momentos. Especialmente em 2020, esse assunto ganhou muita popularidade. Afinal de contas, o trabalho remoto criou uma série de dificuldades expressivas para a rotina dos escritórios e departamentos, exigindo soluções mais seguras e funci- onais para a assinatura e manuseio de contratos. Quais as diferenças entre documento digital e digitalizado Logo de início, é importante entender um detalhe nessa disputa, há uma alternativa superior: o documento criado de forma digital. Como perceberá abaixo, essa opção carrega todos os atributos de segurança, versatilidade, au- tenticação, menor custo e validade jurídica. Por essa soma de fatores, o documento digital é, sem sombra de dúvidas, a melhor instância documental, pois carrega todos os atributos positivos do do- cumento autêntico manual, sem contar com as vulnerabilidades das versões ma- teriais. Origem A começar pela parte mais importante, a origem. Tecnicamente, um do- cumento digital já “nasce” no ambiente digital. Basicamente, isso quer dizer que o contrato, acordo, certificação ou termo já foi criado em uma instância eletrônica e, por isso, é autêntico, pois é um documento essencialmente digital. Em contrapartida, o documento digitalizado é, como sugere o nome, a digitalização de um material impresso. Por exemplo, imagine que você precisa escanear a versão impressa de um contrato, que foi assinado em papel. Para https://www.docusign.com.br/blog/qual-validade-juridica-dos-documentos-online https://www.docusign.com.br/blog/documento-digital 27 isso, você digitaliza o documento impresso, transformando-o em uma imagem eletrônica da versão impressa. No fim das contas, ambas as versões digital e digitalizada existem no am- biente digital e até podem exibir o mesmo formato eletrônico, como PDF. No entanto, apenas o documento originalmente digital é autêntico, enquanto o digi- talizado é uma cópia o que nos leva ao próximo ponto. Validade jurídica O Direito é bastante enfático no trato de documentos. O que é autêntico, é reconhecido. O que é copiado, não. Por exemplo, imagine que você firmou um contrato com uma provedora de internet, mas só recebeu uma versão escaneada do suposto físico e nunca chegou a assiná-lo. Logo aqui, é possível reconhecer várias irregularidades na atuação dessa empresa hipotética. O ponto em que queremos chegar é que um contrato esca- neado, portanto, uma fotocópia de uma versão impressa em PDF, não carrega a mesma validade jurídica de um documento digital e eletronicamente assinado. Pois a justiça apenas aceita o documento original e neste caso o original é a versão em PAPEL. Entre as várias ferramentas que permitem que você assine eletronica- mente um documento, destacamos a eSignature da DocuSign, que permite que você assine em qualquer lugar um documento eletrônico com total validade jurí- dica e de forma bem simples pelo seu celular. Com as nossas ferramentas de autenticação, as melhores imobiliárias do país, assim como as maiores empresas do Brasil, podem oferecer um meio prá- tico e remoto para que os clientes celebrem contratos, assinando com a certeza de estar protegido com privacidade e segurança jurídica. Conversão para formato digital Quando as pessoas ficam sabendo da diferença entre esses documentos, é comum que surja outra curiosidade. "Se os documentos digitalizados são tão 'frágeis' e sem valor jurídico, por que digitalizar, em primeiro lugar? Por conveni- ência. https://www.docusign.com.br/produtos/assinatura-eletronica 28 Geralmente, as pessoas precisam de uma versão para acessar rapida- mente pelo celular, como contratos de aluguel, faturas de serviços e por aí adi- ante. Não possui cópia física Por ser originalmente criados no ambiente eletrônico, os documentos ori- ginados de forma digital não precisam de cópias físicas em papel. No entanto, caso seja vontade do portador, basta imprimir uma cópia. O que acontecerá é o mesmo na relação do original físico com a cópia digital: • quando o original é digital, a cópia física não tem validade jurídica; • quando o original é físico, a cópia digitalizada não tem validade jurídica. • mais que você precisa para alavancar e proteger as suas decisões com eficiência, validade e segurança. Figura 13: Documentos digitais Fonte: Google 29 REFERÊNCIA BALDAM, R; GED - Gerenciamento eletrônico de documentos. São Paulo: Érica. BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e aborda- gens. Petrópolis : Vozes, 2004. BELLOTTO, H. L. Arquivos permanentes: tratamento documental. Rio de Ja- neiro : FGV, 2005. BODIN, Bruno; ROUX-FOUILLET, Jean-Paul. La gestion électronique de do- cuments. Paris: Dunod, 1992. BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro : Zahar , 2001. BLUM, Renato M. S. Opice. 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Coordenadores BLUM, Renato M. S. Opice; BRUNO, Marcos Gomes da Silva; ABRUSIO, Juliana Canha. 1ª ed, São Paulo, Ed. Lex, 2006. PAES, M. L. Arquivo: teoria e prática. Rio de Janeiro, FGV, 2005. ROSETTO, M.. Os novos materiais bibliográficos e a gestão da informação: livro eletrônico e biblioteca eletrônica na América Latina e Caribe. Ciência da Infor- mação, Brasília, v. 26, n. 1, p. 54-64, 1997. ROVER, Aires José. Do Analógico do Digital: Construindo Tecnologias Eman- cipadoras in Manual de Direito Eletrônico e Internet. Coordenadores BLUM, Renato M. S. Opice; BRUNO, Marcos Gomes da Silva; ABRUSIO, Juliana Ca- nha. 1ª ed, São Paulo, Ed. Lex, 2006. VOLPI, Marlon Marcelo. Assinatura Digital – Aspectos Técnicos, Práticos e Legais. 1ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Axcel Books, 2001.
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