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Histórico da contabilidade
Introdução
A seguir serão abordados os principais fatos históricos que demonstram 
o nascimento e a evolução da Contabilidade como Ciência. Começando nos 
primórdios, quando não se conhecia a escrita, porém, já se registrava o patri-
mônio, passando pela confirmação do status de ciência e culminando com a 
evolução que deu origem ao sistema que atualmente é utilizado.
Evolução histórica da contabilidade
Sá (1997, p.15) cita que “a contabilidade nasceu com a civilização e jamais 
deixará de existir em decorrência dela, talvez por isso seus progressos quase 
sempre tenham coincidido com aqueles que caracterizaram os da própria 
evolução do ser humano”. De acordo com Iudícibus e Marion (1999), na an-
tiguidade o homem não conhecia números e muito menos a escrita, en-
tretanto, com a chegada do inverno, este se preparava por um longo pe-
ríodo, fazendo toda a provisão para o rebanho de ovelhas. Apesar de não 
saber exatamente as estações do ano, ele sabia, pelas folhas das árvores que 
caiam, que o inverno estava perto. Com relação ao aumento de seu rebanho, 
o homem utilizava pedras e um sistema rudimentar, que deu início ao regis-
tro do inventário e que dava ideia do seu patrimônio.
Quadro 1 – Forma rudimentar de inventário
Cada símbolo (pedrinha) corresponde a uma cabeça de ovelha
Primeiro inverno Segundo inverno Comparação entre 2 invernos
1.º inventário 2.º inventário Acréscimo de cabeças 
de ovelha. 
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Histórico da contabilidade
Assim, com base nesse pequeno inventário, o homem podia fazer os se-
guintes raciocínios:
Trocando as ovelhas por agasalhos, seriam usadas pelo menos duas �
para vestir toda a família.
Para representar os instrumentos de caça e pesca, ele separava mais �
três pedrinhas.
E, caso ele vendesse a lã obtida, conseguiria mais quatro ovelhas para �
seu rebanho.
Assim ele conseguia fazer um raciocínio mais avançado com os itens que 
começavam a compor o seu patrimônio.
Quadro 2 – Inventário patrimonial rústico
Acréscimos do período
1.º inverno 2.º inverno Agasalhos Inst. caça/pesca Estoque de lã
1.º inventário 2.º inventário Corresponde a 2 
ovelhas
Corresponde a 3 
ovelhas
Corresponde a 4 
ovelhas
Total do rebanho Resultado da produção do período
Total da riqueza à disposição do pastor
Dessa forma, com base no inventário de todos os bens que possuía, o 
homem era capaz de desenvolver um relatório contábil.
Quadro 3 – Relatório contábil
Itens Inverno anterior Inverno atual
Rebanho de ovelhas 15 ovelhas 20 ovelhas
Estoque de lã – 4 ovelhas
Agasalhos de lã – 2 ovelhas
Instrumentos caça/pesca – 3 ovelhas
Total 15 ovelhas 29 ovelhas
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Histórico da contabilidade
Nota-se que o acréscimo do primeiro para o segundo período foi corres-
pondente a 14 ovelhas, o que pode ser considerado, num sentido econômi-
co, como lucro. Após isso a contabilidade foi evoluindo, marcando sua passa-
gem por importantes civilizações, como Egito, Creta, Grécia e Roma.
Sá (1997) afirma que o nascimento do débito e do crédito, baseado em 
uma equação em que todo débito corresponde a um crédito e vice-versa, 
nada mais foi que o registro de um fato em sua causa e efeito. O autor afirma 
que o nascimento do débito e do crédito tem origem desconhecida, mas se 
especula que o crescimento do capitalismo, nos fins da Idade Média, bem 
como a aplicação dos números arábicos à escrituração, a maior necessidade 
de dar relevo às contas de lucro e fazer com que estas tivessem importân-
cia até superior às contas de natureza creditícia, a ampliação das operações 
cambiais, entre outros.
Destaca-se no raciocínio das partidas dobradas Luca Pacioli e a edição 
da Suma de aritmética, geometria, proporção e proporcionalidade, ocorrida 
em 1494, em Veneza. A obra era composta por 36 capítulos e dedicava um 
módulo especial à contabilidade. Após a divulgação do método das partidas 
dobradas a contabilidade se desenvolveu como ciência e ganhou cada vez 
mais espaço.
Iudícibus e Marion (1999) afirmam que na Idade Moderna (séculos XIV 
a XVI), durante o Renascimento, acontecimentos no mundo das artes e da 
economia proporcionaram um impulso das Ciências Contábeis, sobretudo 
na Itália. Dessa forma, é fácil de se compreender por que a contabilidade flo-
resceu em cidades como Veneza, Gênova, Florença, Pisa, entre outras. Nessas 
cidades fervilhavam atividades mercantis, econômicas e culturais.
Ao contrário do que muitos autores difundem, Pacioli não foi o inventor 
do método das partidas dobradas, uma vez que a literatura contábil já estava 
amadurecida neste período (SÁ, 1997).
A contabilidade daquela época difere um pouco da que é apresentada 
atualmente, pois o sistema contábil visava somente informar ao sócio a situ-
ação da empresa, já que não existiam tantos interessados na situação patri-
monial das entidades quanto hoje.
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Histórico da contabilidade
Além disso, a separação do patrimônio dos sócios e da empresa não era 
feita como atualmente. Outro aspecto que não era explorado na época do 
desenvolvimento da contabilidade era o de períodos contábeis e de conti-
nuidade das entidades, também não era necessário que o balanço fosse re-
gistrado através dos períodos na mesma moeda, era admitida a moeda que 
o empresário achasse mais conveniente.
Depois dessa fase de consolidação da contabilidade, começaram a ser 
desenvolvidas teorias, que nasceram de observações, que levavam a racio-
cínios organizados, levando assim a uma escola científica, de pensamentos 
semelhantes (SÁ, 1997). As principais escolas e seus representantes foram:
Quadro 4 – Doutrinas contábeis
Doutrina/escola/ 
corrente científica
Precursor/ 
líder intelectual Alguns principais intelectuais
Materialismo substancial Francesco Villa Foi base para Besta, Zappa e Masi.
Personalismo Giuseppe Cerboni Giovanni Rossi, Giovanni Massa, Frances-co Alberigo Bonalumi, Vincenzo Masi.
Controlismo Fábio Besta
Carlo Ghidiglia, Pietro DÁlvise, Vittorio 
Alfieri, Pietro Rigobon, Francesco De 
Gobbis.
Reditualismo Eugen Schmalenbach
Mallberg, Geldamcher, E.Walb, K. Mallero-
wicz, M.R. Lehmann, W.Rieger F Leitner, A. 
Hoffmann.
Aziendalismo Alberto Ceccherelli, Gino Zappa
Pietro Onida, Lino Azzini, Carlo Masini, G. 
Cudini, Aldo Amaduzzi.
Patrimonialismo Vincenzo Masi
Francisco D’Áuria, Alberto Arevalo, Jaime 
Lopes Amorim, José Maria Fernandez 
Pila.
A primeira escola, conhecida como Materialismo substancial, entendia 
que a riqueza era “substância”, sendo caracterizada como um objeto essen-
cial de estudo, necessitando ser observada em sua intimidade, sendo que 
os registros são meras informações, subsídios para os estudos, não devendo 
confundir tais coisas e não se admitindo que a contabilidade limita-se a re-
gistrar e demonstrar. Neste momento nascia a necessidade de julgamento 
dos fatos ou fenômenos denominados “operações” (SÁ, 1997).
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Histórico da contabilidade
Já o Personalismo, em sua essência, deixou evidente que competia à ciên-
cia contábil o estudo de todas as variações da riqueza em relação à azienda. 
Nessa época houve a preocupação com as funções administrativas e seus 
controles. Cerboni chegou a denominar a ciência contábil, conforme cita Sá 
(1997, p. 72) como a “ciência da administração aziendal”.
O Controlismo, por sua vez, admitia, por meio de seu maior representan-
te, Fábio Besta, que a contabilidade tinha como objeto de seu estudoo “con-
trole da riqueza aziendal”. Besta inicia seu trabalho identificando o que é uma 
ciência, o que é azienda, assim como a necessidade da existência da riqueza 
para que possa existir a azienda (SÁ, 1997).
Ainda segundo Sá (1997), o Reditualismo desenvolveu-se principalmente 
na Alemanha, embora tivesse forte influência em outros países. Os reditualis-
tas tiveram como princípio admitir que o lucro é o que mais preocupa como 
objeto de estudo, sendo um fenômeno básico a ser observado.
Posteriormente, o Aziendalismo, mediante os conceitos apresentados 
por seus pensadores, admitiu que o Passivo é a explicação do Ativo, e este é 
o efeito ou o que resultou em razão de existir o Passivo, em resumo, o Passivo 
é a causa do Ativo. Assim nascia o raciocínio de que as contas são apenas 
meios utilizáveis para que se conheça o que aconteceu e a utilização delas 
pode ser feita por ciências como Contabilidade ou Estatística.
Por fim, o Patrimonialismo, cujo expoente máximo era Vincenzo Masi, 
que defendia o patrimônio como objeto de estudo. Foi nesse contexto que 
nasceu também o conceito de Patrimônio Líquido. Para Sá (1997), no Brasil a 
escola implantada e utilizada atualmente é o Patrimonialismo.
Evolução histórica da contabilidade no Brasil
Especificamente no Brasil a contabilidade dava seus primeiros passos 
para a organização no ano de 1808, com a publicação mediante um alvará 
para que os contadores usassem obrigatoriamente as partidas dobradas 
como método de escrituração. Já em 1850, com a promulgação do Código 
Comercial Brasileiro, torna-se obrigatória a escrituração contábil, além da 
elaboração de forma anual do balanço.
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Histórico da contabilidade
A Escola Politécnica do Rio de Janeiro passou, em 1890, a oferecer as pri-
meiras disciplinas de Direito Administrativo e Contabilidade.
Já em 1902, há o surgimento da Escola de Comércio Álvares Penteado 
que, em 1905, passou a ter o reconhecimento do curso de guarda livros e 
também de perito contador.
Em 1946 surge a faculdade de Ciências Contábeis da USP, o que coincide 
com a criação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Houve a promulgação da Lei 4.230, em 1964, que instituiu as principais 
normas para elaboração e controle de orçamento, para a União, Estados, 
Municípios e Distrito Federal.
Em 1976, o grande marco da contabilidade no Brasil foi a criação da Lei 
6.404, ou Lei das Sociedades por Ações, nesse ano também houve a Criação 
da Comissão de Valores Mobiliários (CMV). Em 2007, a contabilidade brasilei-
ra passou por grandes mudanças através da promulgação da Lei 11.638, que 
alterou diversos dispositivos da Lei das Sociedades Anônimas e aproximou 
a contabilidade brasileira do modelo que vem sendo adotado mundialmen-
te. A partir de 2007, o Brasil passou a utilizar os princípios das IFRS visan-
do uma melhor apresentação e compreensão das normas e demonstrações 
contábeis.
A contabilidade vem evoluindo no sentido de se tornar mais compreen-
sível não somente para os contabilistas e para o fisco, mas também para o 
público em geral.
Na atualidade o conhecimento da contabilidade torna-se necessário não 
somente para aqueles diretamente envolvidos com as operações contábeis, 
mas também para aqueles que dão suporte operacional na área. Assim, tor-
na-se necessário que sejam conhecidos alguns dos conceitos básicos que 
norteiam a contabilidade e que serão apresentados a seguir.
Noções gerais de contabilidade
Em resumo, a contabilidade pode ser definida como a ciência responsável 
pelo estudo dos fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, ou seja, 
como ocorreu a transformação patrimonial, seja por aumento, diminuição 
ou transformação.
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Histórico da contabilidade
Além disso, a contabilidade é a responsável pelo registro, classificação e 
demonstração dos fatos ocorridos no patrimônio das entidades, através de 
uma técnica conhecida como escrituração contábil, que consiste em regis-
trar de forma ordenada tudo o que ocorre nas entidades.
A contabilidade também fornece informações para análise e interpre-
tação dos fatos obtidos mediante a escrituração contábil, e possibilita que 
sejam evidenciadas, ou seja, conhecidas as variações através dos períodos 
do que houve no patrimônio.
Objeto de estudo da contabilidade
O objeto da contabilidade se resume a uma palavra: patrimônio, que 
é o conjunto de bens, direitos e obrigações de determinada pessoa ou 
entidade.
Bens são todas aquelas coisas que são capazes de atender às necessida-
des das pessoas físicas ou jurídicas e que podem ser mensuradas, ou seja, 
têm valor econômico. Por direitos pode-se entender valores que determi-
nada entidade tem a receber de terceiros. O exemplo mais comum classifi-
cado nesse grupo é o de clientes, que são indivíduos para quem a empresa 
vendeu e dos quais, no futuro, terá o direito de receber. Obrigações, ou passi-
vos exigíveis, são dívidas que a empresa assumiu com terceiros, ou seja, com 
pessoas alheias à entidade.
Já o patrimônio líquido é a diferença entre tudo o que a empresa tem 
(bens), tudo o que ela tem para receber (direitos) menos as suas obrigações. 
Dessa forma, o que sobra, no caso de liquidação de dívidas, é o que real-
mente é da propriedade. No patrimônio líquido da entidade estão o Capital 
Social e outras contas que pertencem aos sócios ou acionistas da empresa.
Sendo assim, o campo de estudo da contabilidade é o patrimônio, seja de 
uma pessoa física natural, que pode ser você mesmo, por exemplo, ou o pa-
trimônio de uma entidade, que pode ser formada por uma ou mais pessoas.
Pode ser considerada pessoa física toda pessoa natural que é registra-
da em cartório e que possui bens, direitos e obrigações junto ao Estado. 
A pessoa física responde individualmente por seus atos, e só terá fim quando 
decretada a sua morte.
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Histórico da contabilidade
Já a pessoa jurídica é a composição, por uma ou mais pessoas físicas, de 
um contrato que deverá ser registrado em cartório, receita federal ou junta 
comercial. Os responsáveis pela pessoa jurídica são as pessoas físicas que a 
formaram e seu término será dado por um acordo entre essas pessoas ou 
por decisão judicial. No caso de constituição de pessoa jurídica, os dois tipos 
mais comuns são as sociedades limitadas e as sociedades anônimas, sendo 
que para as limitadas o documento de nascimento é o contrato social e para 
as anônimas é o estatuto social.
O estatuto social é o documento pelo qual são constituídas as socieda-
des anônimas. No caso dessas sociedades, é feita uma assembleia, que é a 
reunião dos representantes, que deverão representar no mínimo metade do 
capital social, ou seja, o capital da empresa. Nesse documento de nascimen-
to das sociedades anônimas deverão constar dados como: o nome, o prazo 
de duração, onde ficará localizada a empresa, o objeto social, ou seja, o que 
ela terá como atividade, seu capital social e outros dados primordiais para o 
nascimento da entidade.
Já o contrato social é o documento de nascimento de uma entidade com 
fins lucrativos e não anônima. Esse documento não pode conter nenhum 
tipo de emendas, rasuras ou qualquer tipo de entrelinha. Além disso, o do-
cumento deverá designar o objeto e o nome da sociedade.
Objetivo da contabilidade
O objetivo da contabilidade nada mais é do que fornecer informações 
sobre como são compostas as variações do patrimônio e como elas funcio-
nam. É preciso estar atento a quem é o principal usuário dessas informações 
e para o que elas serão utilizadas.
Atualmente a contabilidade tem duas finalidades básicas: uma ligada ao 
planejamento, servindo de base para a análise de situações futuras, e a outra 
ao controle do que acontece com a instituição.
Usuáriosda contabilidade
Os usuários da contabilidade podem ser agrupados em dois tipos, os in-
ternos e os externos à entidade.
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Histórico da contabilidade
Como agentes internos, podem ser apresentados aqueles usuários que 
têm algum tipo de relação direta com a entidade e que por consequência 
têm facilidade de acesso às informações contábeis. Esses usuários e seus res-
pectivos interesses são:
Gerentes – utilizam a informação para a tomada de decisão. �
Funcionários – utilizam as informações da empresa para saber se re- �
ceberão ou não seus salários, férias e benefícios, quando definidos em 
política da empresa.
Sócios/proprietários – estão interessados, principalmente, no lucro de �
suas empresas.
Já os agentes externos são aqueles que não possuem uma relação direta 
com a entidade, mas que mesmo assim mantêm algum tipo de relaciona-
mento com ela:
Bancos – utilizam a informação contábil para a concessão ou não de �
financiamentos, empréstimos e créditos em geral.
Concorrentes – agentes que utilizam a formação para que possam tor- �
nar-se competitivos nos mercados cada vez mais acirrados.
Governo – este é o principal entre os interessados, pois está sempre �
buscando informações relativas a despesas e receitas, que geram o re-
sultado para atingir o seu objetivo, que é a tributação das entidades.
Fornecedores – seu principal interesse é na capacidade de pagamento �
das entidades, ou seja, se ainda poderão continuar ou não vendendo a 
prazo e se vão continuar recebendo.
Clientes – apesar de não ser uma informação percebida diretamente �
da contabilidade, estes têm interesse ligado ao atendimento de suas 
compras no prazo ou não, de como serão atendidos, de no caso de 
uma devolução de como isso irá ocorrer.
Investidores – no caso das sociedades de capital aberto o principal in- �
teresse é saber como está o desempenho daquela entidade na qual já 
investem, para saber se mantêm o seu dinheiro em determinada em-
presa. No caso de investidores que ainda não investiram seu dinheiro, 
o seu maior interesse é saber se vale a pena colocar esse dinheiro e 
deixá-lo aplicado em determinada entidade, o que ela vai trazer de re-
torno, como estão suas perspectivas para o futuro.
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Histórico da contabilidade
Evolução histórica da contabilidade
Faculdade Machado de Assis
Origem da contabilidade
A contabilidade existe desde o princípio da civilização humana e durante 
muito tempo foi chamada “a arte da escrituração mercantil”. O homem obser-
vou que era preciso controlar, administrar e preservar seus bens e que pode-
ria, através desse controle, obter lucros e foi por meio dessa necessidade que 
surgiu a contabilidade.
Não é descabido afirmar que a contabilidade é tão antiga quanto a origem 
do homo sapiens. Historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos 
da existência contábil aproximadamente há 4 000 anos a.C. Entretanto, antes 
disso, o homem primitivo ao inventariar o número de instrumentos de caça e 
pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas de bebi-
das, praticava uma forma rudimentar de contabilidade.
Com o uso de sua arte, o homem primitivo evidenciava a sua riqueza patri-
monial, em inscrições em paredes de grutas (pinturas) e também em pedaços 
de ossos. O desenho do animal ou coisa representava a natureza da utilidade; 
os riscos que se seguiam ao desenho denunciavam a quantidade existente.
Conta
Qualidade Quantidade
(Desenho) (Risco)
É claro que sua evolução foi relativamente lenta até o aparecimento da 
moeda. Na época de troca de mercadorias os negociantes anotavam as obri-
gações, os direitos e os bens. Tratava-se, portanto, de um inventário físico, sem 
avaliação monetária. Como a preocupação com as propriedades e a riqueza é 
uma constante, o homem teve de ir aperfeiçoando seu instrumento de avalia-
Ampliando seus conhecimentos
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Histórico da contabilidade
ção da situação patrimonial à medida que as atividades foram desenvolven-
do-se em dimensão e em complexibilidade. O acompanhamento da evolução 
do P. L. das entidades de qualquer natureza constituiu-se no fator mais impor-
tante da evolução da disciplina contábil.
Da arte da inscrição para a técnica dos registros
Assim nasceram os registros contábeis; porque se quantificava e evidencia-
va a riqueza patrimonial do indivíduo ou da família. Tais registros eram feitos 
em peças de argila. O “meu” e o “seu” deram, na época, origem aos registros de 
“débito” e “crédito”.
No Egito, o papiro deu origem aos livros contábeis, utilizando-se o sistema 
baseados em lógica matemática.
Matematicamente: A = B
Contabilmente: débito = crédito
Logicamente: efeito = causa
Com a invenção da escrita, desenvolver-se-ia o sistema de registros e vários 
estudiosos da questão acreditam que foi a escrita contábil que deu origem à 
escrita comum, e não o inverso.
As escolas do pensamento contábil
O grau de desenvolvimento da teoria contábil e suas práticas está direta-
mente associado, na maioria das vezes, ao grau de desenvolvimento comer-
cial, social e institucional das sociedades, cidades ou nações. É assim, fácil de 
entender, porque a conta teve o seu florescer, como disciplina, nas cidades 
italianas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa, e outras. Essas cidades e outras da 
Europa fervilhavam de atividade mercantil, econômica e cultural a partir do 
século XII, até o inicio do século XVII. Elas representaram o que de mais avan-
çado poderia existir, na época, em termos de empreendimentos comerciais 
e industriais. Nesse período, Luca Pacioli (1494) escreveu seu famoso Tracta-
tus de Computis et Scripturis, que é a exposição atual da nossa contabilidade. 
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Histórico da contabilidade
Assim iniciou-se o período de domínio da “Escola Italianis”, em particular, e 
europeia, em geral, razão pela qual o Brasil foi fortemente e inicialmente in-
fluenciado pela escola italiana.
A Escola Norte-Americana
A partir de 1920, com a ascensão econômica e cultural do colosso norte- 
-americano e com o surgimento das gigantescas corporações, desenvolve-se 
o approach norte-americano, favorecido pela ampla estrutura econômica e 
política, mas também por pesquisa e trabalho de vários órgãos associativos. 
Não se pode, também, esquecer que os Estados Unidos herdaram da Inglater-
ra uma excelente tradição no campo da auditoria, criando, lá, sólidas raízes.
Avanço das instituições econômicas e sociais; �
Informações detalhadas a curto prazo; �
Pesquisas científicas pelo governo, universidades e corpos associativos �
de contadores;
Órgãos contábeis atuantes etc. �
Apesar das diferenças de abordagem das várias escolas, reconhece-se 
que somente existe uma contabilidade, baseada em postulados, princípios, 
normas e procedimentos racionalmente deduzidos e testados pelo desafio da 
praticabilidade.
Atividades de aplicação
1. Qual foi o primeiro registro que se tem da contabilidade?
2. Como foi considerado o nascimento do débito e do crédito?
3. Quando a contabilidade foi divulgada por Pacioli, em que ela diferia da 
atual?
4. Qual o conceito de contabilidade?
5. Qual o objeto de estudo da contabilidade?
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