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AULA 3 ED ESPECIAL 2021

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EDUCAÇÃO ESPECIAL
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: PRINCÍPIOS E 
DESAFIOS
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Reconhecer os pressupostos da educação inclusiva.
2. Caracterizar o aluno do atendimento educacional especializado.
3. Identificar a dinâmica de trabalho do atendimento educacional especializado.
4. Explicar a importância da parceria escola, família, comunidade na perspectiva da educação inclusiva.
A discussão sobre inclusão/exclusão social está presente no cenário atual brasileiro e vem mobilizando um
amplo debate sobre os mecanismos socioculturais que viabilizam, dificultam ou impedem o acesso
permanente aos direitos políticos, civis e sociais a todas as pessoas que compõem a sociedade. No campo
educacional, o movimento da educação inclusiva assegura o direito à educação a todos os alunos,
independentemente de suas características ou necessidades especiais.
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Nesta aula, vamos conhecer os fundamentos da educação inclusiva e a proposta de atendimento educacional
especializado que procura garantir os serviços e suportes de apoio à escolarização do aluno com deficiência ou
transtorno global de desenvolvimento, matriculado na escola regular, convivendo, interagindo e construindo
conhecimentos junto com os demais alunos.
Destacamos a reflexão sobre a importância da parceria:
 
Escola
 
Família
 
Comunidade
No movimento da educação inclusiva e na construção de uma rede de apoio aos alunos com necessidades
educacionais especiais.
Acompanhando a história da Educação Especial no Brasil, a partir das décadas de 60 e 70, observamos o
surgimento, ainda que reduzido, de políticas públicas que procuravam garantir e orientar o trabalho neste
campo. Veja a seguir essas manifestações:
Lei de Diretrizes e Bases LDB (Lei nº 4.024/61)
Explica a preocupação do poder público com a educação especial no país.
Lei nº 5.692/71
Introduz a visão tecnicista em relação ao aluno com deficiência no contexto escolar e sugere a implementação de
técnicas e serviços especializados para seu atendimento.
O Conselho Nacional de Educação Especial – CENESP
Foi criado por decreto, em 1973, com o intuito de funcionar como representação do poder público neste campo
específico da educação.
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Nos anos 80, desponta pela primeira vez no cenário brasileiro a discussão sobre as transformações significativas
que deveriam ocorrer para a viabilização de projetos educacionais mais inclusivos, orientados pelo novo
paradigma de suporte e o debate sobre a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade.
No cenário político-social brasileiro, as iniciativas mais pontuais em relação à necessidade de se criar
mecanismos de inclusão no sistema educacional encontram apoio e subsídios nas ideias levantadas por
diferentes movimentos sociais, documentos e leis, que surgiram como resultado de uma maior mobilização da
sociedade em relação à necessidade de garantir o direito de todos à educação e ao exercício da cidadania.
Ao longo dessa trajetória, destacamos também:
• Constituição Federal de 1988
Recomenda o “atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular de ensino” (art.
208).
• Declaração de Salamanca
Redigida em 1994, por cerca de cem países reunidos em conferência internacional apoiada pela UNESCO,
realizada em Salamanca, na Espanha, como um importante marco na luta pelos direitos humanos, pela
igualdade de oportunidades para todas as pessoas e pela participação social efetiva da pessoa com
deficiência como cidadão.
Após a Declaração de Salamanca, o movimento de educação inclusiva ganha força e vários países passam a
orientar suas ações tendo como base os princípios e as propostas redigidas e assinadas em comum. Neste
documento, diferentes países defendem a ideia de que o sistema educacional deve organizar-se de forma a
atender a todos os alunos, onde o sistema de segregação de alunos com necessidades educacionais especiais em
instituições especializadas não é recomendado.
Segundo este princípio, a escola deve utilizar recursos, programas, serviços e tecnologias disponíveis para todos
os alunos, adaptando o currículo, apenas quando necessário, para atender aos alunos com necessidades
especiais. Na perspectiva da inclusão, é de responsabilidade do sistema educacional e das instituições escolares a
criação dos suportes para viabilizar o acesso ao currículo e a quebra de barreiras que impeçam ou dificultem o
aprendizado de todos os alunos.
Outras leis foram elaboradas no Brasil após a Declaração de Salamanca:
1. A Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência - nesse documento existe o compromisso
com a adoção de medidas para garantir às crianças com deficiência o pleno exercício de todos os seus direitos e
liberdades fundamentais em igualdade de oportunidade com as demais crianças. Trata-se de um acordo
•
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internacional que reconhece e valoriza a diversidade humana presente em nossas escolas para crianças com
deficiência, demodo que elas tenham acesso à educação de qualidade e estejam incluídas nos sistemas
educacionais em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino. Leia a declaração na íntegra em https://www.
fundacaodorina.org.br/a-fundacao/deficiencia-visual/convencao-da-onu-sobre-direitos-das-pessoas-com-
deficiencia/ 
2. Outro marco importante é o artigo 7º da RESOLUÇÃO Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009, que fixa as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Esse documento oficial determina a obrigação das
escolas em prover "acessibilidade de espaços, materiais, objetos, brinquedos e instruções para as crianças com
deficiência, transtornos globais de desenvolvimento altas habilidades / superdotação". Disponível em
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=2298-rceb005-
09&category_slug=dezembro-2009-pdf&Itemid=30192
3. Um grande marco na política de inclusão no Brasil é a LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015, que institui a
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Essa lei define que uma pessoa com deficiência (PcD) está
acometida por algum tipo de impedimento de longo prazo seja de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Mas, como podemos avaliar uma pessoa com deficiência (PcD)? É obrigatório que a avaliação de qualquer 
deficiência, quando necessária, seja biopsicossocial, isto é, seja realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar, e deve considerar os seguintes aspectos:
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
III - limitação no desempenho de atividades e
IV - a restrição de participação.
Mas, quando essa lei deve ser aplicada? Bom, para que a cidade ou as empresas, incluindo as escolas, pode
oferecer a inclusão de PcDs é importante que considere os seguintes aspectos:
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços,
mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas
e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações aberta ao público, de uso público ou privado de uso
coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;
II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados ​​por todas as
pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva;
https://www.fundacaodorina.org.br/a-fundacao/deficiencia-visual/convencao-da-onu-sobre-direitos-das-pessoas-com-deficiencia/
https://www.fundacaodorina.org.br/a-fundacao/deficiencia-visual/convencao-da-onu-sobre-direitos-das-pessoas-com-deficiencia/
https://www.fundacaodorina.org.br/a-fundacao/deficiencia-visual/convencao-da-onu-sobre-direitos-das-pessoas-com-deficiencia/https://www.fundacaodorina.org.br/a-fundacao/deficiencia-visual/convencao-da-onu-sobre-direitos-das-pessoas-com-deficiencia/
https://www.fundacaodorina.org.br/a-fundacao/deficiencia-visual/convencao-da-onu-sobre-direitos-das-pessoas-com-deficiencia/
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=2298-rceb005-09&category_slug=dezembro-2009-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=2298-rceb005-09&category_slug=dezembro-2009-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=2298-rceb005-09&category_slug=dezembro-2009-pdf&Itemid=30192
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III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, métodos, metodologias, práticas,
práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa
com deficiência ou redução reduzida, avançada à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão
social;
IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social
da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e
de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros,
classificadas em:
a) barreiras urbanísticas: como existentes nas vias e nos espaços públicos e públicos públicos ao público ou de
uso coletivo;
b) barreiras arquitetônicas: como existentes nos públicos e privados;
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes;
d) barreiras atitude nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo, ou comportamento que
dificuldade ou impossibilidade de expressão ou o recebimento de mensagens e informações por intermédio de
sistemas de comunicação e tecnologia de informação;
e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamento que impeçam ou prejudiquem a participação social da
pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas;
f) barreiras tecnológicas: como que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias;
V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, como línguas, inclusive a
Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de
comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita
e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e
alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias de informação e das comunicações;
VI - adaptações exigidas: adaptações, adaptações e repassagens e ajustes que não acarretem ônus
desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso, um fim de garantir que uma pessoa com
deficiência exercer, em igualdade de condições e com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades
fundamentais;
VII - elemento de urbanização: quaisquer componentes de obras de urbanização, tais como os referentes a
pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos, distribuição de energia elétrica e gás, iluminação,
serviços de comunicação, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam como
indicações do planejamento urbanístico;
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VIII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias e nos espaços públicos, superpostos ou
elementos aos elementos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modificação ou seu traslado não
provoque alterações substanciais elementos elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares,
terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos,
quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;
IX - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação,
permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou
da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança colo e obeso;
X - residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de Acolhimento do Sistema Único de Assistência Social
(Suas) necessidades em áreas residenciais da comunidade, com estruturas, que pode contar com apoio
psicossocial para o atendimento das necessidades da pessoa acolhida, designada a jovens e Adultos com
deficiência, em situação de dependência, que não serve de condições de autossustentabilidade e com vínculos
familiares fragilizados ou rompidos;
XI - moradia para a vida independente da pessoa com deficiência: moradia com estruturas de prestação de
serviços de apoio coletivos e individualizados que respeitem e ampliem o grau de autonomia de jovens e adultos
com deficiência;
XII - atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem atendimento, assiste ou presta
cuidados básicos e essencial à pessoa com deficiência no exercício de suas atividades diárias, excluídas como
técnicas ou os procedimentos fornecidos com profissões legalmente baseadas;
XIII - profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e locomoção do
estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se faz necessária, em todos os níveis
e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos
identificados com profissões legalmente disponíveis;
XIV - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não profissional como
funções de atendimento pessoal ( LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.)
Saiba mais
Veja a legislação em: http://diversa.org.br/artigos/a-legislacao-federal-brasileira-e-a-
educacao-de-alunos-com-deficiencia.
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.146-2015?OpenDocument
http://diversa.org.br/artigos/a-legislacao-federal-brasileira-e-a-educacao-de-alunos-com-deficiencia.
http://diversa.org.br/artigos/a-legislacao-federal-brasileira-e-a-educacao-de-alunos-com-deficiencia.
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Desde a década de 90 até os dias de hoje, observamos que a proposta da inclusão foi aceita como desafio e
algumas transformações ocorreram no sistema educacional brasileiro com o objetivo de oferecer condições para
sua implementação.
Figura 1 - Evolução da Política de Atendimento na Educação Especial
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, publicados em 1998, reafirmam a intenção do governo em trabalhar
neste sentido, e também as orientações do MEC e da Secretaria de Educação Especial, que determinam “o direito
ao acesso ao ensino público, preferencialmente na rede regular de ensino, a toda e qualquer criança com
necessidades educacionais especiais”.
O governo procura implementar a educação inclusiva, através das políticas educacionais instituídas, por meio da
legislação (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96; Lei 7.853/89), de documentos norteadores
(Resolução do CNE/CEB nº 2/2001 que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica, entre outros) e de ações, que procuram garantir o acesso e permanência do aluno com necessidades
educacionais especiais no ensino comum.
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Fonte: Portal Mec
Fique ligado
De acordo com o Parecer CNE / CEB nº 13/2009, que trata das “Diretrizes Operacionais para o
Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial”, a
educação especial é uma modalidade de educação que não tem caráter substitutivo à
escolarização comum do aluno com deficiência física, intelectual, sensorial, do aluno com
transtornos globais de desenvolvimento e aluno com altas habilidades. Segundo este parecer, o
AEE- Atendimento Educacional Especializado- deve ser oferecido a este aluno de forma
complementar aoensino comum, em turno inverso ao da escolarização, com o objetivo de
garantir seu acesso à educação comum e de disponibilizar os serviços, apoios e recursos que
complementam a formação deste aluno nas aulas comuns da rede regular de ensino.
A discussão sobre a Educação Especial e Inclusiva no Brasil, especialmente no que tange à
educação formal, tem sido muito intensa. Nos dias atuais, o Ministério da Educação (MEC) está
revisando a atual Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
(PNEEPEI), que é de 2008. O texto tem sido muito debatido por alguns educadores, porque
traz de volta a necessidade de separação das pessoas com deficiência, como está descrito na
introdução da Base Nac ional Comum Curricular (BNCC), que sinaliza a necessidade de uma
"diferenciação curricular", o que é repudiado por especialistas, por ser uma forma de
discriminação. (Leia a íntegra da BNCC em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images
/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Para alguns educ adores é necessário que as pessoas com deficiência têm um espaço específico
para suas necessidades, enquanto outros educadores entendem que essa proposta vai na
contramão da ideia de inclusão.
E você? Como vê essa questão?
Portanto, temos no Brasil, além da CF de 88, da LDB de 96, do ECA, outros documentos como o
Além do Estatuto da Pessoa com Deficiência, o PNE, a BNCC e ainda outras leis, portarias,
decretos e resoluções que tratam sobre a educação especial e inclusiva. Para conhecer melhor
todos esses marcos legais acerca da educação inclusiva no Brasil, acessehttps://www.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-inclusao
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Sabemos que existem barreiras e dificuldades a serem superadas pela sociedade em relação ao processo de
inclusão educacional do aluno com alguma deficiência física, intelectual e/ou sensorial ou com transtornos
globais de desenvolvimento. Aos poucos, amplia-se a conscientização social sobre o caráter discriminador e
segregador que perpassa a proposta de trabalho em espaços especiais, destinados somente ao atendimento de
alunos com necessidades especiais de aprendizagem, de forma isolada dos demais alunos.
Atualmente, no contexto educacional brasileiro, observamos várias iniciativas do poder público que procuram
criar medidas legais para que seja garantido o acesso desse aluno ao ensino regular. Porém, sabemos que ainda é
bastante contraditório e problemático esse processo de inclusão educacional. A inclusão não ocorre somente
com a inserção do aluno num mesmo espaço físico, nem está condicionada apenas à assinatura de um decreto ou
lei.
O desafio da escola e de todos aqueles envolvidos no processo educativo é mediar esse processo de inclusão e
criar condições para remover as barreiras de aprendizagem, sem isolar o aluno que apresente alguma
dificuldade ou necessidade educacional especial.
Inúmeras transformações são necessárias, e essas transformações dependem de uma complexa rede de
adaptações por parte de diferentes setores, para que, efetivamente, o aluno sinta-se integrado ao grupo,
participando do processo de construção de conhecimento e de socialização.
todos esses marcos legais acerca da educação inclusiva no Brasil, acessehttps://www.
todospelaeducacao.org.br/conteudo/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-inclusao
Em setembro de 2020, foi publicada a nova política para a educação especial: a Política
Nacional de Educação Especial. Leia a íntegra da lei em https://www.in.gov.br/en/web/dou/-
/decreto-n-10.502-de-30-de-setembro- de-2020-280529948
Saiba mais
Para saber mais sobre o assunto acesse http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018
/2015/lei/l13146.htm
https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-inclusao
https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-inclusao
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Barreiras físicas, humanas, sociais ou políticas, como por exemplo, a inadequação dos prédios escolares, a falta
de uma orientação política e educacional que priorize e viabilize a inclusão, a incompreensão e não aceitação dos
responsáveis, o despreparo dos profissionais da educação, o preconceito em relação à deficiência são alguns dos
problemas que perpassam a educação e dificultam as iniciativas inclusivas.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, vamos caracterizar a deficiência física procurando conhecer o aluno e suas necessidades
educacionais especiais. A partir deste estudo, pretendemos identificar as adaptações curriculares e de acesso ao
currículo, passíveis de serem adotadas para atender alunos com deficiência física.
CONCLUSÃO
Nesta aula, definimos o conceito de educação inclusiva e discutimos os desafios e as possibilidades de construção
de uma escola para todos. Caracterizamos o aluno do atendimento educacional especializado, conhecendo os
serviços, os suportes e a dinâmica de trabalho que deve ser oferecida de forma a garantir o acesso e a
permanência, na escola regular, do aluno com diferentes tipos de deficiência ou com transtornos globais de
desenvolvimento.
Vimos que, na educação inclusiva a parceria e o apoio da família e da comunidade são essenciais para a
construção da rede de suportes que contribuirá para a escolarização e para que todos os profissionais,
envolvidos neste processo, possam melhor conhecer o educando e atender suas necessidades.
Saiba mais
Texto complementar: Inclusão escolar de alunos com deficiência: expectativas docentes e
implicações pedagógicas.
Para saber ainda mais leia o texto complementar: SOMMERSTEIN, L. & WESSELS, M.
Conquistando e utilizando o apoio da família e da comunidade para o ensino inclusivo. In:
STAINBACK S. & STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artmed,
1999. (Capítulo 25 -p.414-431).
	Olá!
	
	Constituição Federal de 1988
	Declaração de Salamanca
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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