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LEGISLAÇÃO - Crédito Tributário - Garantias e Privilégios

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Crédito tributário 
Crédito tributário é um valor que o sujeito ativo, o Estado, pode exigir do sujeito passivo, o
contribuinte ou responsável. Essa cobrança é decorrente de uma obrigação tributária, e é
constituída após o lançamento. É preciso três requisitos para que o crédito tributário exista:
sua previsão em lei, o fato gerador e o lançamento do tributo.
O crédito tributário não pode ser confundido com a obrigação tributária, apesar de ambos
terem a mesma natureza. O Fisco não possui meios para cobrar obrigações tributárias, mas
dispõe de ações para receber os créditos tributários, que são líquidos, certos e exigíveis. Se
houver alteração no crédito tributário, ainda assim a obrigação existirá. Por outro lado, se a
obrigação for extinta, também será eliminado o crédito.
Não se pode esquecer que a obrigação é independente da manifestação do sujeito passivo.
Ou seja, se está disposto na lei, o contribuinte ficará responsável pelo crédito tributário
mesmo que desconheça sua obrigação. Por isso, é importante uma constante atualização
sobre a legislação tributária.
Lançamento do crédito tributário
O lançamento é um processo essencial para a constituição do crédito tributário. O
lançamento é entendido pelo artigo 142 do Código Tributário Nacional como “procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível”.
O lançamento é referente à data em que o fato gerador ocorreu, e é regido pela lei vigente no
momento, mesmo que posteriormente seja revogada ou alterada. Apenas depois do
lançamento e da constituição do crédito é que o Estado pode exigir o pagamento do tributo.
Há casos ainda em que o próprio sujeito passivo, o contribuinte, declara o valor devido ao
Estado, realiza o cálculo e o recolhe. Ainda assim, considera-se que o Estado constitui o
crédito.
Suspensão do crédito tributário
A suspensão da exigibilidade do crédito tributário consiste na paralisação do curso do
processo enquanto persistir a causa da suspensão. O prazo já percorrido permanece
computado e após a solução da causa suspensiva continua do ponto onde parou. As causas
que geram a suspensão está descrita no artigo 151 do CTN. Basta dizer que o fato gerador
ocorreu, a exigibilidade do crédito é legitima e de fato existe ao contribuinte a obrigação de
arcar com o referido tributo, entretanto, por força da suspensão, esta exigibilidade fica
paralisada, não surtindo mais seus efeitos enquanto a causa que a gerou não for
integralmente resolvida. Para melhor esclarecer veja o exemplo a seguir:
Por exemplo, imagine que você possui um crédito com a fazenda pública municipal de IPTU
no valor de R$ 3.000,00 do ano de 2000, e a fazenda o executa visando a quitação do débito
por esta arcada. Entretanto ao ter sido notificado do crédito você comparece até o órgão
administrativo competente e negocia esta divida. Pronto! A exigibilidade do crédito se torna
suspensa, pois o acordo é uma das previsões contidas na lei, e a ação de execução não
prosseguirá até o acordo ser quebrado, gerando então o fim da causa suspensiva.
A lei estipula alguns casos em que o crédito tributário será suspenso, conforme artigo 151 do CTN,
vejamos:
• moratória (ampliação do prazo de pagamento, mesmo antes do pagamento da dívida);
• o depósito do seu montante integral;
• as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;
• a concessão de medida liminar em mandado de segurança;
• a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
• o parcelamento;
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.
Exclusão do crédito tributário
A exclusão consiste em apenas 2 (duas) hipóteses a qual o CTN menciona tal "beneficio" ao
contribuinte, sejam elas pela anistia ou pela isenção observando que a exclusão do crédito
tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação
principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.
A Isenção vem disciplinada no CTN dos artigos 176 ao 179 e consiste basicamente em um ato
ainda que determinado por contrato que é, via de regra, sempre decorrente de lei, que
especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se
aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração, não é extensiva, salvo lei em contrario. Ou seja,
para melhor compreender, uma das funções da isenção é fomentar determinada área em
suas relações mercantis de modo a possibilitar maiores recursos para que o desenvolvimento
ocorra. Imagine que a cidade X precise de mais empresas em seu território, entretanto os
impostos recolhidos sobre qualquer natureza (ISSQN) são altos, então para solucionar este
problema a Fazenda Municipal estipula a isenção destes impostos especificando tudo que é
pertinente para que, a principio, as empresas possam encontrar naquela cidade condições de
se instalarem e desenvolverem suas atividades visando o lucro.
Já a Anistia vem regulamentada dos artigos 180 ao 182 do CTN e, por sua vez, abrange
exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede e, não
se confunde com a remissão (abrange todo o credito tributário já constituído, ou seja,
abrange o tributo e as penalidades, é modalidade de extinção, artigo 156 CTN), pois somente
se aplica às penalidades e, poderá ser concedida em caráter geral ou limitadamente e,
quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da
autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do
preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua
concessão sendo que o despacho supracitado não gera direito adquirido, aplicando-se,
quando cabível, o disposto no artigo 155 do CTN.
Da Extinção do crédito tributário
A extinção por sua vez consiste no desaparecimento da exigibilidade do crédito tributário
motivado por qualquer ato jurídico ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação
respectiva, desde que prevista em lei, conforme explicita o artigo 156 do CTN, ao qual
mencionará as modalidades de extinção de crédito tributário.
A extinção poderá ser total ou parcial e, será assim definida, após a verificação de
irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149 do CTN
(tratam do lançamento). Para melhor entender vejamos o exemplo: Imagine que aquele IPTU
suspenso, por decorrência de um acordo celebrado entre as partes, chegue ao final e o
contribuinte quite a divida de (R$ 3.000,00 reais), neste caso há o pagamento integral daquele
tributo, incidindo em uma das hipóteses previstas na vigente lei, ensejando deste modo a
extinção total da exigibilidade do crédito tributário.
Outro exemplo, agora para melhor compreender a extinção parcial, Imagine que um
contribuinte adquiriu um imóvel e a Fazenda Municipal para lhe expedir o habite-se concedeu
um crédito e solicitou posteriormente a este que apresentasse os recolhimentos realizados.
Ao demonstra-los com as respectivas notas, constata-se que já houve o pagamento de parte
do valor que está sendo exigido pela Fazenda, logo, ao se constatar tal irregularidade no
lançamento, extingue-se parcialmente a dívida, permanecendo então o contribuinte com a
obrigação de arcar com o que ainda lhe resta.
Vejamos as modalidades de extinção do crédito tributário, consoante artigo 156 do Código
Tributário Nacional:
• o pagamento;
• a compensação
• a transação;
• a remissão;
• a prescrição (perda do prazo para cobrança do crédito. Contabiliza-se 5 anos desde sua 
constituição) e a decadência (perda do prazo de 5 anos para o lançamento);
• a conversão de depósito em renda;
• o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nostermos do disposto no artigo 
150 e seus §§ 1º e 4º, CTN;
• a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164, do CTN;
• a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa,
que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
• a decisão judicial passada em julgado;
• a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei;
Pagamento
É a modalidade mais comum de extinção do crédito tributário, consiste na entrega ao sujeito
ativo pelo sujeito passivo, ou quem o faça em seu nome, da pecúnia correspondente ao
crédito. Para Luciano Amaro o pagamento é “o modo natural de extinção da obrigação
tributária”. Para Eduardo Saggab “é modalidade direta de extinção do crédito tributário,
prescindido de autorização por lei”.
Compensação
A próxima modalidade de extinção do crédito tributário está previsto no artigo 156, inciso II,
do CTN. Trata-se da compensação, que é uma das demais modalidade de extinção definido na
disposição do artigo 170 do CTN. A compensação traz vantagens recíprocas entre o
sujeito passivo e ativo, para o sujeito passivo evita-se a mora de um processo de
restituição do que fora pago indevidamente, para o sujeito ativo (Fazenda Pública)
economiza os custos burocráticos do processo.
Transação
A transação no Direito Tributário se dá somente para por fim ao litígio, mas não para o evitar.
Ocorre que “a lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso (CTN,
artigo 171, § único). Sendo, portanto, somente a lei apta para indicar autoridade para autorizar a
transação, falando-se em Direito Tributário. Transação é acordo similar à transação de direito civil,
porém, em direito tributário só pode ocorrer se instaurado o litígio e se houver previsão legal.
Remissão
Ocorre remissão quando a autoridade administrativa expressamente autorizada por lei perdoa o
tributo, ou seja, dispensa o sujeito passivo do pagamento. Há previsão no CTN da remissão, no
seu artigo 172, o qual prevê que a “lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por
despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: (I) à situação
econômica do sujeito passivo; (II) ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a
matéria de fato; (III) à diminuta importância do crédito tributário; (IV) a considerações de
equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; (V) a condições
peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Decadência
O artigo 173 e 174 do CTN preveem a extinção do crédito tributário pelo lapso temporal
de cinco anos, configurando decadência ou prescrição respectivamente.
A diferença entre decadência e prescrição em direito tributário, é que a primeira
“extingue a relação jurídica tributária antes do lançamento, enquanto a prescrição
extingue a relação jurídica tributária depois de formalizada pelo lançamento. É que o
artigo 173 fala em “constituir o crédito tributário” já o artigo 174, em “ação para
cobrança do crédito tributário”.
A decadência qual ora estudamos, é a perda do direito de a Fazenda Pública constituir o
crédito tributário após o decorrer de 5 (cinco) anos, contados: (I) do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; (II) da data em
que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado.
Esse prazo de cinco anos, nos casos de lançamento por homologação, começa a correr a
partir da data de ocorrência do fato gerador, exceto se comprovar que ocorreu simulação,
dolo ou fraude, podendo a lei correspondente fixar prazo diverso para homologação, que
se omissa será de cinco anos. Findando tal prazo, de acordo com o artigo 150 § 4º,
do CTN, “sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o
lançamento e definitivamente extinto o crédito”. Porém, se houver dolo, fraude ou
simulação, tal prazo só começa no primeiro dia útil do exercício seguinte.
No seu parágrafo único, do artigo 173, o CTN aponta a previsão de que em cinco anos
extingue-se definitivamente o direito previsto em tal artigo, contado da data em que
tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito
passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento” (CTN,
artigo 173, § único).
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571574/par%C3%A1grafo-4-artigo-150-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
O STF e o STJ já se posicionaram no sentido de ser a matéria de decadência e prescrição, privativa
de lei complementar, sendo declarado pelo STF a inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da
Lei 8.212/91, “que haviam fixado em 10 anos o prazo para o lançamento e o prazo para a cobrança
de contribuições de seguridade social”, por meio da súmula vinculante 8, in verbis:
Súmula Vinculante 8
São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os
artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991 (seguridade social), que tratam da prescrição e decadência
do crédito tributário.
Quando se trata de crédito tributário que se constitui como apenas uma penalidade pecuniária, o
prazo decadencial começa do primeiro dia seguinte à data do cometimento do ilícito respectivo,
pois nessa data do cometimento já poderá ter sido lançada a multa. Porém, se tratar de multa
referente a tributo, se for de lançamento por homologação, havendo a apuração e a
homologação, poderá a multa ser lançada apenas em revisão do lançamento, com prazo
decadencial de cinco anos, a começar a contar do fato gerador, conforme artigo 150, § 4º ,do CTN.
Prescrição
O prazo de a Fazenda Pública cobrar crédito tributário judicialmente, em ação de
execução, prescreve (CTN, artigo 156, inciso V) em cinco anos, contados da
sua constituição definitiva (CTN, artigo 174). A prescrição, diferentemente da decadência,
se interrompe: (I) pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (II)
pelo protesto judicial; (III) por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
(IV) por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor (CTN, artigo 174, § único).
Interromper significa que passará a contar do zero, já na suspensão conta-se a partir de
onde parou a contagem do quinquênio da prescrição.
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Diferente da decadência, na prescrição o que se perde é o direito de cobrar
judicialmente, perde-se a tutela jurisdicional, porém, também o próprio crédito,
atingindo a relação material tributária, enquanto na decadência o decurso do prazo
atinge diretamente o próprio direito do crédito, fazendo extinguir o crédito, que faz
perder, também, a possibilidade de cobrança.
Caso não atingisse a relação material tributária, e se só atingisse o direito de cobrar
judicialmente, a Fazenda não prestaria, por exemplo, a certidão negativa ao sujeito
passivo, o que não ocorre, pois a prescrição extingue o próprio crédito.
A posição do STF – Supremo Tribunal Federal, é a de que a prescrição só tem início
quando o crédito tributário já estiver definitivamente constituído.
Conversão do depósito em renda
A conversão do depósito em renda somente acontece nos casos de embargos à
execução fiscal, extingue o crédito tributário e pressupõe, portanto, a existência
deste.
Exceto quando se trata de tributo sujeito a lançamento por homologação onde é
viável o depósito antes da existência do crédito, portanto antes de uma ação de
execução, sendo que o depósito suspende a exigibilidade da antecipação do
pagamento e equivale ao lançamento.
Porém, no âmbito federal, a Lei 9.703/98 praticamente aboliu a conversão do
depósito em renda, na medida em que determinou que a Caixa Econômica Federal
credite os valores depositados à conta única do Tesouro Nacional, mediante DARF,
específico para essa finalidade, consoanteartigo 1º, §§ 1º e 2º da aludida lei.
Pagamento antecipado e homologação do lançamento
A extinção do crédito, no caso de tributos sujeitos a homologação, ocorre após o
pagamento no momento da homologação do lançamento.
Nessa modalidade de extinção do crédito tributário, era na data do fato gerador
quando começava a correr o prazo de cinco anos para pedir restituição, porém, hoje,
conforme Lei Complementar nº 118/05 e, jurisprudência do STJ, a data inicial do
prazo para o pedido de restituição é o pagamento.
Consignação em pagamento
A ação de consignação em pagamento extingue o crédito tributário existente para o
sujeito passivo, que usa tal medida pois não consegue efetuar o pagamento, por a
Fazenda Pública não aceitar o mesmo.
Porém é direito do sujeito passivo efetuar o pagamento do tributo, e dispõe o CTN,
artigo 164, os casos em que tal ação pode ser proposta: (I) de recusa de recebimento,
ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao
cumprimento de obrigação acessória; (II) de subordinação do recebimento ao
cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; (III) de exigência,
por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um
mesmo fato gerador.
Sendo que a consignação só pode versar sobre o crédito que se propõe pagar (CTN,
artigo 164, § 1º).
Se for julgada procedente a ação, considera-se efetuado o pagamento, convertendo-
se a importância consignada em renda, porém, se julgada improcedente a
consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem
prejuízo das penalidades cabíveis (CTN, artigo 164, § 2º).
Decisão administrativa
A decisão administrativa, irreformável, pode extinguir o crédito tributário, mesmo
quando este se encontre em constituição. Anula o lançamento já feito ou em
elaboração.
Irreformável quer dizer que não pode ser reexaminada pela administração e não mais
possa ser objeto de ação anulatória.
A decisão administrativa que gera a extinção é aquela que, em sede de impugnação
ou recurso do sujeito passivo, encerra o procedimento administrativo de lançamento.
Decisão judicial
A decisão judicial transitada em julgado, que decida pela invalidade do lançamento,
extingue o crédito tributário. Anula o lançamento já feito ou em elaboração.
Na extinção do crédito tributário validamente constituído há extinção da condizente
obrigação tributária. No desfazimento do procedimento de constituição do crédito
tributário, extingue-se apenas o crédito, como realidade formal, considerando
inexistente a obrigação. Mas se existia em face de ser a anulação por vício formal,
enseja novo lançamento.
Dação em pagamento em bens imóveis
Tal previsão de dação em pagamento em bens imóveis implica dizer que a Fazenda
pode optar por receber prestação diversa da pecuniária.
Ocorre que tal forma de extinção do crédito tributário é, na verdade, instituto de
direito privado, do direito das obrigações, onde o credor pode consentir em receber o
imóvel no lugar da prestação em dinheiro, porém, a rigor, equivale a uma compra e
venda, posto que, determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações
entre as partes regular-se-ão como as de contrato de compra e venda, devendo ser
observadas as normas de aquisição de bens imóveis do direito administrativo.
Das Garantias e dos Privilégios do Crédito Tributário
Os Artigos 183 a 193 do CTN disciplina as garantias e privilégios inerentes ao crédito
tributário. Garantias são os meios jurídicos assecuratórios que cercam o direito
subjetivo do Estado de receber a prestação do tributo. Privilégio é a posição de
superioridade de que desfruta o crédito tributário com relação aos demais.
Os termos garantias e privilégios são utilizados de forma semelhante, serve para
designar quaisquer ordens de preferências, conferidas ao sujeito ativo da obrigação
tributária, contra o inadimplemento da obrigação, por parte do sujeito passivo,
visando também assegurar comodidade ou regularidade ao pagamento do tributo.
Garantia é meio ou modo de assegurar o direito, de dar eficácia ao cumprimento de
uma obrigação.
Portanto, garantia, são os meios, modos, maneiras ou formas de assegurar a plena
satisfação do crédito fiscal. Privilégios de crédito fiscal é a preferência de que goza
para ser ressarcido em um dado concurso de créditos, ocasião em que não
necessitando de prévia habilitação, não se sujeitando à fila dos créditos e, ao próprio
concurso terá preferência no ressarcimento. Entende-se o termo garantias como os
meios jurídicos que garantem ao sujeito ativo o direito de receber o Crédito Tributário
do sujeito passivo. Já privilégio consiste na postura de superioridade que possui o
crédito tributário em relação aos demais créditos.
Somente a União tem competência para legislar a respeito, mas Estados e Municípios
podem legislar de forma supletiva.
As garantias enumeradas pelo CTN não excluem outras que sejam expressamente
previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se
refiram.
Artigo 184, do CTN, diz que sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados
bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário:
- a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza; do sujeito passivo; 
seu espólio ou sua massa falida, inclusive gravados por ônus real ou impenhorabilidade e 
inalienabilidade.
O artigo 185, do CTN, aponta que presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de 
bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda 
Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
Assim, se alguém é devedor de tributo e vende ou por qualquer forma aliena algum bem depois
de inscrito o seu debito tributário como divida ativa, essa alienação se considera fraudulenta.
Presume-se que o ato de alienação teve por objetivo frustrar a execução do credito tributário.
Cuida-se de presunção legal absoluta, isto é, que não admite prova em contrario.
Como privilégio deve ser entendida a regalia que a lei concede a um dado credito de ser pago com
preferência a outros. Significa que executado determinado devedor, seus bens e rendas serão
utilizados para o pagamento de suas dívidas com o fisco, antes do pagamento de outras dívidas,
como as gravadas por ônus real, por exemplo, as dívidas relativas às relações de trabalho
assalariado são as únicas pagas antes das fiscais. Pois embora o crédito tributário sejam
imperativamente exigido, por ser matéria de ordem pública, de interesse da sociedade, o
pagamento das dívidas trabalhistas deve anteceder às dívidas fiscais, por ter caráter alimentar,
gozando de privilégio absoluto.
O artigo 186 do CTN determina que o crédito tributário prefere a qualquer outros, excetuando-se
os créditos trabalhistas. Consequentemente, o crédito tributário não se sujeita a concurso de
credores ou habilitação em falência, concordata, inventário ou arrolamento.

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