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RESUMO ANALÍTICO - O INFERNO DO DEVER

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Resumo de leitura. – Jacson Marçal Pereira de Jesus, 
O INFERNO DO DEVER – O DISCURSO DO OBSESSIVO. 
 
RESUMO ANALÍTICO. 
 
A obsessão analisada por Freud tinha como princípio, partir do ambiente antes 
jamais presenciado, quais eram seus fundamentos, de onde surgiria tais obsessões, como 
poderia buscar fundamentos de mentes fechadas e direcionadas, nem mesmo os estudos 
lacanianos poderiam suprir essa abordagem. 
A psicanálise no seu início se mostrava muito frágil para tais analogias, se fazia 
simplória perante ao universo obsessivo ainda não investigado. 
O obsessivo tem como fundamento uma formidável máquina de pensar, sua 
complexidade tanto nos seduz quanto nos afasta, raramente ele atrai simpatia. 
Os não-tolos erram, a histeria não crê em ninguém, já obsessivo crê além de 
duvidar. Lacan, seminário 1973-1974. 
Antes de Freud a histeria era considerada um estado intermediário, um estado entre 
dois padrões, obsessivos eram considerados semiloucos, obsessão ocupava um estado 
limite entre pessoas que estariam a um passo do limite. 
Uma análise histórica das ideias de Kraepelin tentam ajudar os médicos a ganhar 
alguma perspectiva. Infelizmente, os historiadores sociais da psiquiatria têm pouco gosto 
por histórias de casos detalhados e parecem aceitar a visão de que, para Kraepelin, "uma 
pessoa mentalmente doente parece ser um conjunto de sintomas" (Zilboorg, 1941, p. 452; 
Decker, 1977). 
Essa visão tem sido ecoada até por historiadores simpáticos: "o que se sente faltar 
na descrição de Kraepelin do quadro clínico é a 'psique'. Kraepelin, não há relação entre 
a obsessão e o delírio maníaco, depressivo, insano e paranóia,1976. 
Análise de psicólogos que adoram filosofia, se tornam terríveis metafísicos em 
comparação a análise de obsessão, precisamos criar um filtro central entre os setores, 
respeitando a linha da filosofia em meio ao seu enfático modelo de abordagem. 
A neurose obsessiva é uma espécie de defesa contra todo tipo de tentativas de 
aproximação ou de captura. Um sintoma nunca definiu uma estrutura, sendo a grande 
diferença do histérico para o obsessivo, o histérico organiza sua sintomatologia com o 
objetivo de afirmar sua objetividade, já o obsessivo organiza a sua linguagem para salvar 
sua subjetividade e não para se livrar dela, na obsessão tudo se produz no campo das 
ideias, na histeria a motivação inconsciente das condutas é motivada pelo prazer. 
Resumo de leitura. – Jacson Marçal Pereira de Jesus, 
O INFERNO DO DEVER – O DISCURSO DO OBSESSIVO. 
Toda mãe em seu processo de desenvoltura para com seu filho teria a influência 
primordial na participação do futuro de um possível quadro histérico de seu filho, na 
narrativa de estudo, Denise tenta demostrar que todo quadro evolutivo precisa passar pela 
absorção própria da vida, que a psicanálise pode ajudar dentro de suas normalidades a 
lidar com os mais diversos quadros histéricos, agressivos e incompreensíveis. 
Freud a todo momento se na necessidade de retroagir para conseguir entrar no modo 
incisivo da obsessão, onde em uma abordagem inicial começa a decifrar que todo modelo 
de neurose seja agrupado ou não precisa ser separada da obsessão, não deixando de fora 
a possibilidade de um quadro extremo de junção entre a obsessão e neurose. 
Na ligação direta temos os quadros mais simples, como os casos de TOC1 que 
podem incidir em um nível supra inferior, baseado em seu maior nível de afeição perante 
as estratégias de abordagem da psicanalise. 
Freud em comparação para quadros extremos nos demonstram quadros superiores 
de TPP2, onde a dúvida, criando mundos diferentes de sua realidade, abastecendo tudo 
que foi criado como divisor único, quando não tratado pode ser desencadeado para níveis 
graves de descontrole emocional em níveis extremos uma abordagem suicida. 
Lacan fez importantes observações sobre o enigmático mundo do obsessivo, existe 
grande risco de fazer um obsessivo cair um uma psicose perante a uma psicanálise mal 
interpretada. 
Talvez a psicanálise deva escutar o obsessivo de outra forma, de outra forma com 
total importância invés de deixar o obsessivo criar e não se destruir pela fala. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
________ O inferno do dever, O discurso obsessivo, Denise Lachaud, 2007. 
 
1 Perturbação obsessiva-compulsiva (POC) ou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma perturbação 
mental caracterizada por obsessões e compulsões. As obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens 
recorrentes que provocam na pessoa ansiedade ou mal-estar. A pessoa sente a necessidade de ignorar 
ou suprimir a ansiedade causada por essas obsessões através de pensamentos, rotinas ou atividades 
repetitivas denominadas compulsões ou rituais. American Psychiatric Publishing. 2013. pp. 237–242. 
2 Transtorno de personalidade paranoide é um transtorno mental caracterizado por paranoia e por um 
padrão invasivo de desconfiança e suspeitas generalizadas em relação aos outros, interpretando as 
intenções dos outros como malévolas. Dentre os possíveis causadores do transtorno estão o excesso de 
ansiedade, experiências de agressividade frequentes na infância e adolescência (geralmente da família 
e/ou escola), cultura violenta e fatores genéticos. Se tornam pessoas difíceis de se conviver causando 
sérios prejuízos a seu desenvolvimento social, acadêmico, profissional e de relacionamentos amorosos 
saudáveis. Baltimore, Williams & Wilkins, 6th, 1995, pp. 1434-6.

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