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Resumo do texto Cenário Pós-Ditaduras Cívico-Militares uma análise comparativa entre Argentina e Brasil de Laís Siqueira Ribeiro Cavalcante

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Aluna :Quésia Santos
Resumo do texto: Cenário Pós-Ditaduras Cívico-Militares: uma análise comparativa entre Argentina e  Brasil de Laís Siqueira Ribeiro Cavalcante
O autor inicia contextualizando o período em que se deu’ início e a perseguição e força  de repressão utilizada pela ditadura, um cenário que levou muitas pessoas ao exilio e até a morte e terminou em 1983 na Argentina e 1985 no Brasil, porém só teve a responsabilidade  reconhecida pelo Estado anos depois.  
Na sequência aborda o período pôs ditadura, abordando uma inicial omissão que gerou a criação de vários movimentos na Argentina e a retomada da participação da população, que  foi oficializada pela criação de partidos políticos que deram origem as eleições de 1983. Essas eleições foram a principio vistas como um primeiro passo para estabilizar a democracia  e mudar a politica Argentina, mas em pouco tempo houve uma decepção já que as promessas  não eram cumpridas e os problemas foram agravados. 
O primeiro governo democrático, de Raúl Alfonsín, deixou de lado
questões sobre a ditadura, e propôs a “Lei de Ponto Final”, que visava
estabelecer um prazo para receber denúncias e para iniciar o processo
de julgamento dos acusados, os que não fossem citados para depor em
60 dias corridos, não poderiam mais ser processados no futuro. Em
1987, o parlamento argentino sancionou a “Lei de Obediência
Devida” que amparava os militares subalternos, com a afirmação de
que eles estavam sob ordens de seus superiores e que não tinham
poder de decisão, e por isso teriam sido isentos de responsabilidade.
(Cavalcante , 2018 pag. 158)
Segundo o autor neste periodo os movimentos sindicais retomaram o protagonismo e  era grande o poder de atuação restrito aos sindicatos e aos partidos politicos. E na decada de 1990 foram desenvolvidos movimentos sociais que estavam também ligados a  luta por questoes ambientais de gênero, igualdade racial, questões indígenas, dentre outras. Sendo evidenciados os que lutavam pelos direitos humanos e lutavam contra as leis que  possuiam como finalidade silenciar os crimes e abusos do governo ditatorio. Alguns desses 
como as “Madres de Plaza de Mayo” , promoviam eventos afim de que a luta ganhasse força e  não fosse esquecida.  
Em 2001 houve uma tentativa de corte de gastos em educação e os estudantes universitarios  foram pras ruas, genhando apoio dos servidores públicos, professores universitários,  movimentos dos trabalhadores desempregados, etc. 
Segundo Rodríguez (2013) apud Cavalcante (2018): “neste momento há uma crise das  formas tradicionais de participação, como os sindicatos e os partidos políticos, é o momento  em que a hegemonia neoliberal é posta em cheque.” 
E em 2003, Néstor Kirchner assumiu a presidência, que apoiou a revogação da“Lei de Ponto  Final” e da “Lei de Obediência Devida”, retirou fotos de ditadores de predios e se aproximou  de movimentos que defendiam os direitos humanos. Anos mais tarde sua sucessora Cristina  Fernández Kirchner ordenou que fossem desclassificados todos os documentos que estivessem  vinculados às ações das Forças Armadas na última ditadura, apoiando a liberalização de  documentos sigilosos e pelo fim das Leis de Anistia, que permitiram o julgamento e a punição  dos envolvidos nos crimes. 
No caso do Brasil, houve a aprovação da lei de anistia ainda durante a ditadura em, 28  de agosto de 1979, mas não se beneficiaram da anistia pessoas que foram condenadas “pela prática de crimes de terrorismo, assalto, sequestro e atentado pessoal”. 
Nos anos de 1983 e 1984, por pressão popular a campanha pelas “Diretas Já” foi ganhando  destaque, tratava-se de uma emenda constitucional que assegurava eleições diretas para a  Presidência. (Cavalcante , 2018 pag. 161) 
Entre outras coisas o autor destaca a importancia da mobilização social para que tematicas  relacionadas aos direitos humanos e ao não silencio a ditadura não fossem perdidas ao longo  do tempo na Argentina, mas segundo ele no Brasil não houve movimentos bem articulados por  longos anos.  
Ressalta ainda que ambos os governos se omitiram nos primeiros anos com relação aos  crimes de lesa humanidade, mas no caso argentino, os movimentos sociais se converteram em organizações as quais até hoje lutam pela busca da verdade e da punição aosenvolvidos,  consequentemente, pressionando as figuras políticas a se posicionar perante estes  acontecimentos. (Cavalcante , 2018 pag. 164) 
Conclusão: É intrigante observar como os dois países enfrentaram os legados das ditaduras de maneiras distintas. A Argentina, com movimentos sociais persistentes, pressionou ativamente por justiça e verdade, enquanto o Brasil, apesar de momentos de mobilização, parece ter enfrentado desafios na articulação prolongada desses movimentos. O texto destaca a importância contínua da mobilização social na preservação da memória e na busca pela verdade, indicando que a resistência pós-ditadura é um processo dinâmico que molda as sociedades de maneiras singulares.

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