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resumo 25-32

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À medida que aumenta a evaporação da água da parede, a interface ar-água desenvolve meniscos de raios cada vez menores, e a tensão superficial nessa interface gera progressivamente uma pressão cada vez mais negativa, a qual tende a deslocar mais líquido em direção a essa superfície. 
Além disso, se o rompimento da coluna for feito a partir do corte do caule abaixo de uma superfície com solução colorida, facilmente é visualizada a rápida absorção da solução para dentro dos elementos traqueais. 
Por intermédio de medidas sensíveis com dendrógrafos, usados para medir pequenas mudanças no diâmetro de caules, tem sido observado decréscimo na espessura dos caules durante períodos de transpiração ativa e retomo quando a transpiração declina. 
Cortando-se uma folha ou um ramo da planta durante a transpiração, as colunas de água recuam abruptamente para o interior do tecido, abaixo da superfície cortada, devido à tensão. 
Finalmente, também é importante como evidência o fato de o potencial de água (Pw) na base de uma planta ser menos negativo do que o Pw no topo, principalmente devido a diferenças do componente potencial de pressão. 
A teoria é chamada de coesão e tensão porque requer que as propriedades coesivas da água sejam capazes de suportar tensão da coluna de água do xilema, ou seja, é muito importante que a coluna contínua de água seja mantida. 
É necessário lembrar, também, que a adesão das moléculas de água às paredes dos traqueídeos e vasos do xilema e às paredes das células das folhas e raízes é tão importante para a ascensão da seiva quanto a tensão e a coesão. 
A manutenção da integridade da coluna de água ou a resistência à ruptura devem-se à força tênsil da água, que é alta devido às forças coesivas entre as moléculas de água. 
Isso é aproximadamente 10% da força tênsil do cobre e 10 vezes maior que a pressão (subatmosférica) negativa ou tensão de -3 MP a (.11/J'p = 3 MP a, definido anteriormente) requerida para deslocar uma coluna de água até o topo de uma árvore de 100 m, sem que seja interrompida. 
Além disso, a água no xilema contém diversos gases dissolvidos, como dióxido de carbono, oxigênio e nitrogênio, e, quando a coluna de água está sob tensão, os gases ficam propensos a se separar da solução. 
A expansão da cavitação no xilema pode ser impedida porque os gases não atravessam facilmente os pequenos poros das pontuações dos elementos de vaso e traqueídeos, um efeito também causado pela alta tensão superficial da água. 
No entanto, apesar de uma pequena quantidade de água ser perdida através de pequenas aberturas da casca de caules e ramos jovens (lenticelas), a maior proporção ocorre nas folhas (mais de 90%). 
 A multicamada de ceras conhecida como cutícula, que cobre a epiderme das folhas, funciona como uma barreira bastante efetiva à saída de água, tanto líquida quanto na forma de vapor, protegendo as células de uma eventual dessecação letal. 
O interior da folha é composto por células do mesofilo fotossintético apresentando um sistema interconectado de espaços intercelulares, que pode atingir até 70% do volume das folhas em alguns casos, ocupados por superfícies úmidas, de onde a água evapora, e por ar. 
Eles são localizados de forma que, quando abertos, a rota para as trocas gasosas (principalmente dióxido de carbono, oxigênio e vapor de água) entre os espaços internos das folhas e a atmosfera circundante seja facilitada. 
A difusão de vapor de água pode ocorrer também através das células da epiderme e cutícula (transpiração cuticular), um caminho com resistência alta e variável entre as espécies, dependendo da espessura da cutícula. 
É necessário destacar a importância da difusão como processo que controla a transpiração, visto que o movimento é dirigido pelo gradiente de concentração de vapor de água ou gradiente de pressão de vapor entre as superfícies onde a água está evaporando e a atmosfera. 
Embora tenha sido estabelecido que o movimento de água no sistema solo-planta-atmosfera é determinado por um gradiente de potencial de água, para a transpiração, onde ocorre difusão na forma de vapor, é melhor pensar em gradiente de concentração de vapor de água (LlCva) ou gradiente de pressão de vapor (Lle), que são equivalentes. 
A pressão de vapor da água (e) é medida em quilopascal (kPa) e é proporcional à concentração de vapor de água (Cva) que pode ser expressa em mol m-3.
 A pressão de vapor da água é a pressão exercida pelas moléculas de água na forma de vapor contra a superfície do fluido que está evaporando e sobre a parede da câmara onde a evaporação está ocorrendo. 
Enquanto, na evaporação, o escape do vapor de água é controlado simplesmente por uma resistência chamada de resistência da camada de ar adjacente ou camada de ar limítrofe à superfície evaporante (ra), no caso da transpiração soma-se a esta as resistências da própria folha (rf).

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