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UNIDRUMMOND 
CURSO DE NIVELAMENTO EM LÍNGUA PORTUGUESA 
Prof. Dr. Emerson Salino 
 
TEORIA 
AULA 6 – CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
É chamada de concordância nominal a relação de combinação que se estabelece entre: 
substantivos e adjetivos, artigos, pronomes e numerais. 
Os nomes se flexionam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). 
Os termos determinantes da oração (artigo, pronome, numeral e adjetivo) sempre 
acompanham um nome (substantivo ou pronome substantivo). Assim, os determinantes terão 
as mesmas características de gênero e número que os substantivos e pronomes substantivos. 
A concordância entre os determinantes e os nomes é obrigatória em nossa língua. 
 
As minhas duas belas primas chegaram. 
Note que a base da concordância nominal é o substantivo “primas”. 
O artigo (as), o pronome (minhas), o numeral (duas) e o adjetivo (belas) variam em gênero e 
número para concordar com o substantivo (primas). 
 
Substantivo usado como adjetivo 
Se a palavra que funciona como adjetivo for originalmente um substantivo, ficará invariável: 
Ele comprou ternos cinza e camisas rosa. 
Ele ouviu falar dos homens-bomba. 
Na infância, assistia na tevê a série sobre a família-monstro. 
 
Adjetivos compostos 
 
Quando houver adjetivo composto, apenas o último termo do composto concordará com o 
substantivo a que se refere; os demais termos ficarão no masculino/singular: 
Encontrei várias mulheres luso-franco-brasileiras. 
Não li as crônicas sócio-político-econômico-financeiras. 
Observação: Se o último termo do composto for um substantivo usado como adjetivo, o 
composto ficará invariável: 
Comprei uma camisa verde-musgo. 
Ele adora móveis branco--marfim. 
Azul-marinho e azul-celeste são adjetivos invariáveis: 
Tenho várias camisas azul-marinho. 
Tenho várias camisas azul-celeste. 
Surdo-mudo é exceção à regra, pois ambos variam em gênero e número: 
Encontrei o menino surdo-mudo. 
Encontrei a menina surda-muda. 
Encontrei os meninos surdos-mudos. 
Encontrei as meninas surdas-mudas. 
 
Muito, bastante, meio, todo, mesmo 
 
a) quando modificarem um substantivo, concordarão com ele, por serem pronomes adjetivos 
ou numerais. 
 
b) quando modificarem um verbo, um adjetivo ou um advérbio, ficarão invariáveis, por serem 
advérbios. 
Bastantes funcionários ficaram bastante satisfeitos com a empresa. 
Há provas bastantes de sua culpa. 
Elas saíram bastante apressadas. 
As meninas estão bastante nervosas. 
Elas comeram muitas jacas. 
Elas comeram muito. 
Elas são muito gulosas. 
Elas passaram muito mal. 
Elas beberam meias garrafas de vinho. 
As garotas estão meio tristes. 
Elas chegaram a casa meio tarde. 
Todas as meninas voltaram molhadas. 
As meninas voltaram todo molhadas. 
As meninas mesmas farão o bolo. 
As meninas farão mesmo o bolo? 
 
Anexo, só, junto, incluso, excluso, próprio, quite, obrigado 
 
São adjetivos e concordam com o substantivo a que se referem. 
Anexas, seguem as fotos solicitadas. 
Em anexo, seguem as fotos solicitadas. 
Estou enviando anexos ao pacote os documentos do divórcio. 
Estou enviando em anexo ao pacote os documentos do divórcio. 
A menina disse “Obrigada”. 
Os meninos disseram “Muito obrigados”. 
 
Observação: Em anexo, a sós, junto a, junto com, junto de são locuções invariáveis: 
 
As cópias seguem em anexo aos documentos. 
Mandei as fotos em anexo à carta. 
Radegondes ficou a sós em casa. 
As meninas continuam junto aos carros. 
As meninas continuam junto com a mãe. 
As meninas continuam junto dos pais. 
 
Menos, alerta, pseudo 
 
São palavras invariáveis. 
Os escoteiros devem estar sempre alertas. 
Houve menos reclamações dessa vez. 
As pseudopedagogas foram desmascaradas. 
 
Particípio + substantivo 
 
O particípio, por funcionar como um adjetivo, concorda com o substantivo a que se refere: 
Feitas as contas. 
Vistas as condições. 
Dadas as chuvas. 
Restabelecidos os pagamentos. 
Postos os pingos nos is. 
Salvas as crianças. 
 
Verbo ser + predicativo do sujeito 
 
Quando o sujeito for tomado em sua generalidade, sem qualquer determinante, o verbo 
ser e o adjetivo que o acompanha ficarão no masculino/singular. Se o sujeito vier determinado 
por artigo, numeral ou pronome, a concordância do verbo ser e do adjetivo será regular, ou seja, 
concordarão com o sujeito em número, gênero e pessoa: 
Caminhada é bom para a saúde. 
Esta caminhada é boa para a saúde. 
É proibido entrada. 
É proibida a entrada. 
Tardes felizes é necessário. 
Algumas tardes felizes são necessárias. 
Pimenta é bom. 
Sua pimenta é boa. 
 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
É chamada de concordância verbal a relação de combinação que se estabelece entre o 
sujeito e o verbo. 
O verbo se flexiona em pessoa (1a, 2a e 3a) e número (singular e plural) para fazer a 
concordância com o sujeito: 
Tu saíste pela manhã, eu saí à tarde. 
Vós sois meus amigos. 
A menina e o menino saíram. 
 
Concordância do sujeito simples 
 
Sujeito simples é aquele que possui apenas um núcleo, então o verbo concordará em 
pessoa e número com esse núcleo: 
O chefe da seção pediu maior assiduidade. 
A violência deve ser combatida por todos. 
Os servidores públicos do Ministério da Fazenda discordaram da proposta. 
 
a) Sujeito simples constituído de substantivo coletivo + determinante: verbo concorda com o 
coletivo ou com o determinante: 
O bando voou. 
O bando de aves voou. 
O bando de aves voaram. 
A multidão invadiu o palco depois da apresentação. 
A multidão de fãs invadiu o palco depois da apresentação. 
A multidão de fãs invadiram o palco depois da apresentação. 
 
b) Sujeito simples constituído de expressão quantitativa + determinante: verbo concorda com a 
expressão quantitativa ou com o determinante: 
A maioria das pessoas viajou para o sul do país. 
A maioria das pessoas viajaram para o sul do país. 
A maior parte dos alunos faltou. 
A maior parte dos alunos faltaram. 
1% dos aposentados não compareceu ao INSS. 
1% dos aposentados não compareceram ao INSS. 
10% da população apresentaram a declaração de Imposto de Renda. 
10% da população apresentou a declaração de Imposto de Renda. 
Um terço dos bens desapareceu. 
Um terço dos bens desapareceram. 
 
c) Sujeito simples constituído de nome próprio no plural: sem artigo — verbo no singular; com 
artigo — verbo concorda com o artigo: 
Alpes fica na Europa. 
Os Alpes ficam na Europa. 
Estados Unidos domina o mundo. 
Os Estados Unidos dominam o mundo. 
Amazonas é um grande rio. 
O Amazonas é um grande rio. 
 
 Observação: Se o artigo é parte do nome próprio, podemos usar o verbo no singular ou no 
plural: 
“Os Lusíadas” conta a história do povo português. 
“Os Lusíadas” contam a história do povo português. 
“Os Miseráveis” mostra o sofrimento do povo. 
“Os Miseráveis” mostram o sofrimento do povo. 
 
d) Sujeito simples constituído de pronome indefinido plural + pronomes pessoais nós ou vós: 
o verbo pode concordar com o pronome indefinido ou com o pronome pessoal: 
Alguns de nós farão o trabalho. 
Alguns de nós faremos o trabalho. 
Quais de vós serão os premiados? 
Quais de vós sereis os premiados? 
Muitos de nós participarão das competições. 
Muitos de nós participaremos das competições. 
Quantos de vós irão aos Estados Unidos? 
Quantos de vós ireis aos Estados Unidos? 
 Observação: Se o indefinido estiver no singular, a concordância será feita obrigatoriamente no 
singular: 
Algum de nós fará o trabalho. 
Qual de vós será o premiado? 
 
e) Sujeito simples constituído de pronome relativo QUE: o verbo concorda com o referente do 
pronome relativo: 
Fui eu que escrevi a carta. 
Fostes vós que escrevestes a carta. 
Não serão os meninos que farão esse trabalho. 
 
f) Sujeito simples constituído de pronome relativo QUEM: o verbo concorda com o referente 
do pronome relativo, ou com o próprio pronome relativo (3a pessoa do singular): 
Fui euquem escrevi a carta. 
Fui eu quem escreveu a carta. 
Fostes vós quem escrevestes a carta. 
Fostes vós quem escreveu a carta. 
Não serão os meninos quem farão esse trabalho. 
Não serão os meninos quem fará esse trabalho. 
 
g) Sujeito simples constituído da expressão um dos que / uma das que: verbo no singular ou no 
plural, facultativamente: 
João foi um dos alunos que faltou à prova. 
João foi um dos alunos que faltaram à prova. 
Pedrina é uma das que ficou de castigo. 
Pedrina é uma das que ficaram de castigo. 
A urgência de obter resultados concretos foi um dos fatores que influenciou a decisão do 
presidente. 
A urgência de obter resultados concretos foi um dos fatores que influenciaram a decisão do 
presidente. 
 
Concordância do sujeito composto 
 
Sujeito composto é aquele que possui dois ou mais núcleos, então o verbo concordará em pessoa 
e número com esses núcleos: 
A menina e o menino saíram. 
As joias e os dólares desapareceram. 
Iremos ao mercado vocês e eu. 
 
a) Sujeito composto constituído de pessoas gramaticais diferentes: o verbo vai pa-ra o plural e 
para a pessoa que tiver a primazia, nesta ordem: 1a pessoa tem prio-ridade sobre 2a e 3a; 2a e 3a 
são equivalentes. 
Felipa e eu fomos ao mercado. 
Tu e eu viajaremos para o sul do país. 
Ele e eu não fizemos a prova. 
Ele, tu e eu seremos amigos para sempre. 
Tu e ele sereis amigos para sempre. 
Tu e ele serão amigos para sempre. 
 
b) Sujeito composto posposto ao verbo: o verbo fica no plural, concordando com o conjunto, 
ou concorda com o núcleo que estiver mais próximo: 
Chegaram o presidente e seus ministros. 
Chegou o presidente e seus ministros. 
Na semana passada, estivemos aqui tu e eu. 
Na semana passada, estiveste aqui tu e eu. 
Todas as manhãs, aparecem aqui no meu quintal um sabiá e alguns pombos. 
Todas as manhãs, aparece aqui no meu quintal um sabiá e alguns pombos. 
 
Observação: Se o núcleo mais próximo estiver no plural, o verbo ficará obrigatoriamente no 
plural. 
Todas as manhãs, aparecem aqui no meu quintal alguns pombos e um sabiá. 
 
c) Sujeito composto constituído de termos sinônimos ou quase sinônimos: quando os sinônimos 
formam um todo indivisível, ou simplesmente se reforçam, a concordância é facultativa no 
singular ou no plural: 
A sociedade, o povo se une para construir uma nação mais justa. 
A sociedade, o povo se unem para construir uma nação mais justa. 
Amor e paixão move o mundo. 
Amor e paixão movem o mundo. 
 
d) Sujeito composto constituído de termos em gradação: o verbo vai para o plural ou concorda 
com o núcleo mais próximo: 
Um mês, um ano, uma década de ditadura não calou a voz do povo. 
Um mês, um ano, uma década de ditadura não calaram a voz do povo. 
Despertador, banho e café ajuda a acordar! 
Despertador, banho e café ajudam a acordar! 
 
e) Sujeito composto resumido por pronome: o verbo concorda com o pronome resumitivo: 
Desvios, fraudes, roubos, tudo acontecia naquela cidade. 
Jocasta, Ana, Maria, José, ninguém foi à festa. 
Jocasta, Ana, Maria, José, todos foram à festa. 
 
f) Sujeito composto constituído de termos ligados por COM: a concordância se faz com o 
primeiro núcleo ou no plural. 
O pai com a mãe saiu. 
O pai com a mãe saíram. 
O diretor com todos os atores resolveu cortar algumas cenas do filme. 
O diretor com todos os atores resolveram cortar algumas cenas do filme. 
 
Observação: Se o termo iniciado por COM vier entre vírgulas, funcionará apenas como adjunto 
adverbial, não mais sendo parte do sujeito: 
O pai, com a mãe, saiu. 
O diretor, com todos os atores, resolveu cortar algumas cenas do filme. 
 
g) Sujeito composto constituído por termos ligados por OU: 
a ação verbal se refere a todos os núcleos do sujeito — verbo no plural: 
Laranja ou mamão fazem bem para a saúde. 
Maria ou Ana serão eleitas vereadoras. 
a ação verbal se aplica a apenas um dos termos do sujeito composto (indicação de exclusão) — 
verbo no singular. 
Laranja ou mamão será a fruta do lanche da tarde. 
Maria ou Ana casará com José. 
OU introduz uma retificação — o verbo concorda com o termo retificador: 
O ladrão ou os ladrões não deixaram vestígios. 
Os pais ou o pai não concordou com a atitude do filho. 
os termos ligados por OU são sinônimos — verbo no singular: 
A Linguística ou Glotologia é uma ciência recente. 
 
h) sujeito composto constituído por expressões correlacionadas — não só ... mas também, não 
só ... como, tanto ... quanto etc.: o verbo concorda no plural ou com o primeiro núcleo: 
Não só a mãe mas também o pai compareceram à reunião escolar. 
Não só a mãe mas também o pai compareceu à reunião escolar. 
Não só o trabalho como o lazer engrandecem a pessoa. 
Não só o trabalho como o lazer engrandece a pessoa. 
Tanto o carro quanto a moto ficam na garagem do prédio. 
Tanto o carro quanto a moto fica na garagem do prédio. 
 
i) Sujeito composto constituído das expressões “um ou outro”, “nem um nem outro”: o verbo 
deve ficar no singular: 
Um ou outro aluno fará a prova. 
Nem um nem outro aluno fará a prova. 
Um ou outro receberá uma medalha de “honra ao mérito”. 
Nem um nem outro sofrerá discriminação. 
 
j) Sujeito composto constituído da expressão “um e outro”: o verbo pode facultativamente 
concordar no singular ou no plural: 
Um e outro decreto trata da mesma questão jurídica. 
Um e outro decreto tratam da mesma questão jurídica. 
Uma e outra aluna compareceu ao evento. 
Uma e outra aluna compareceram ao evento. 
 
Concordância do sujeito indeterminado 
 
Sujeito indeterminado é aquele que não se conhece, sabe-se que existe um praticante da ação 
verbal, mas não se consegue definir quem ou o quê. Há duas maneiras de se construir uma frase 
com sujeito indeterminado: 
 
a) com verbo na 3a pessoa do plural, sem sujeito expresso: 
Roubaram o meu carneiro. 
Atiraram uma pedra na minha janela. 
 
Observação: Se o contexto permite conhecer o sujeito, deixa de ser indeterminado e passa a 
sujeito simples oculto. 
Uns homens maus estiveram aqui e roubaram o meu carneiro — o termo “uns homens maus”, 
que é sujeito do primeiro verbo, é também a referência de sujeito oculto para o verbo 
“roubaram”. 
Os meninos da rua de baixo vieram aqui e atiraram uma pedra na minha janela — o termo “os 
meninos da rua de baixo”, que é sujeito do primeiro verbo, é também a referência de sujeito 
oculto para o verbo “atiraram”. 
 
b) verbo na 3a pessoa do singular + SE — índice de indeterminação do sujeito: 
Precisa-se de moças. 
Acredita-se em marcianos. 
 
Concordância da oração sem sujeito 
 
Oração sem sujeito é aquela que trata de fenômenos que independem da participação/ação de 
qualquer ser. Como não há sujeito, o verbo da frase deve ficar sempre na 3ª pessoa do 
singular. Os verbos dessas orações são chamados de verbos impessoais. 
A oração sem sujeito ocorre nos seguintes casos: 
 
a) com verbos que expressam fenômenos naturais: 
Nevou em várias cidades do sul do país. 
Relampejou muitas vezes seguidas. 
Choveu durante quarenta dias. 
 
b) com os verbos ESTAR e FAZER indicando tempo meteorológico ou cronológico: 
Está muito calor hoje. 
Está tarde! 
Faz dias frios aqui! 
Fará noites quentes no próximo verão. 
Ontem fez vinte dias que não o vejo. 
Faz muitos anos que estive aqui. 
Amanhã fará dez anos que nos conhecemos. 
 
c) com o verbo HAVER expressando existência ou acontecimento: 
Havia muitos conhecidos na festa de ontem. 
Haverá aqui amanhã vários carros para revisão mecânica. 
Há duzentos alunos no pátio esperando a visita do presidente do clube. 
Houve comemorações pelos 456 anos da cidade. 
Nunca mais haverá festas tão grandiosas quanto esta! 
Há brigas no “Gigantão Dance” todo sábado... 
 
Observação: Os verbos impessoais podem constituir locução verbal. Nesse caso, colocados 
como principais em locução verbal, transferem sua impessoalidade para o verbo auxiliar: 
Deve nevar em várias cidades do suldo país. 
Poderá relampaguear muitas vezes seguidas. 
Vai chover durante quarenta dias. 
Deve estar muito calor hoje. 
Deve estar tarde! 
Vai fazer dias frios aqui! 
Poderá fazer noites quentes no próximo verão. 
Ontem deve ter feito vinte dias que não o vejo. 
Deve fazer muitos anos que estive aqui. 
Amanhã vai fazer dez anos que nos conhecemos. 
Podia haver muitos conhecidos na festa de ontem. 
Deverá haver aqui amanhã vários carros para revisão mecânica. 
Há de haver duzentos alunos no pátio esperando a visita do presidente do clube. 
Vai haver comemorações pelos 456 anos da cidade. 
Nunca mais deverá haver festas tão grandiosas quanto esta! 
Pode haver brigas no “Gigantão Dance” todo sábado... 
Casos especiais de concordância verbal 
 
a) Verbo parecer + infinitivo: 
O verbo parecer é o único verbo auxiliar da língua portuguesa que pode transferir para o 
principal a flexão de número. Assim: 
As meninas parecem sorrir para mim. 
As meninas parece sorrirem para mim. 
As estrelas parecerão brilhar mais, se você vier me visitar esta noite. 
As estrelas parecerá brilharem mais, se você vier me visitar esta noite. 
No outono, as árvores parecem ficar tristes. 
No outono, as árvores parece ficarem tristes. 
No outono, as árvores parece que ficam tristes. 
 
Observação: Apenas a flexão de número se transfere para o principal, pois as flexões de pessoa, 
modo, tempo e voz continuam no auxiliar. 
As estrelas parecerão brilhar... 
As estrelas parecerá brilharem... 
As estrelas pareciam brilhar... 
As estrelas parecia brilharem... 
Se as estrelas parecessem brilhar... 
Se as estrelas parecesse brilharem... 
 
b) Com os verbos dar, bater e soar: 
Podem concordar com o praticante da ação ou, na ausência deste, com as expressões de tempo 
da frase, que passam a ser o sujeito dos verbos: 
A torre da igreja deu três horas. 
Na torre da igreja, deram três horas. 
O relógio bateu cinco horas. 
No relógio, bateram cinco horas. 
O sino soou seis horas. 
No sino, soaram seis horas. 
 
c) Com a expressão haja vista: 
A palavra vista é invariável. O verbo haver pode sofrer variação de acordo com: 
expressão não seguida de preposição, o verbo haver pode variar ou não: 
Haja vista o caso. 
Hajam vista os casos. 
expressão seguida de preposição, o verbo haver não varia: 
Haja vista ao caso. 
Haja vista aos casos. 
 
 
d) Com sujeito oracional: 
O verbo que tem como sujeito uma oração fica na 3a pessoa do singular: 
Espera-se que as meninas tragam as tortas. 
Aos alunos cabe resolver as questões. 
 
Concordância do verbo ser 
A concordância do verbo ser segue a regra geral na maioria dos casos, mas existem casos em que 
ele concorda com o predicativo ou com outras expressões da frase. 
O verbo ser concorda com o predicativo do sujeito: 
 
a) quando o sujeito é um nome singular e o predicativo um nome plural: 
Minha preocupação são as crianças. 
O problema da apresentação foram as conversas paralelas. 
 
b) quando o sujeito é um pronome demonstrativo (tudo, isso, isto, aquilo) e o predicativo um 
nome plural: 
Tudo são flores. 
Isso foram gastos inúteis. 
Isto são as possibilidades concretas de solucionar o problema. 
Aquilo são animais invertebrados. 
 
Observação: Também é possível a concordância com o sujeito: 
Tudo é flores. 
Isso foi gastos inúteis. 
Isto é as possibilidades concretas de solucionar o problema. 
Aquilo é animais invertebrados. 
 
c) quando o predicativo é um pronome pessoal: 
Naquele ano, o assessor da direção fui eu. 
O atleta és tu. 
O ganhador do prêmio seremos nós. 
 
d) quando o predicativo é um nome que se refere a pessoas: 
As alegrias da casa é a criança. 
As esperanças do clube é o atleta recém--contratado. 
 
Verbo ser impessoal 
 
O verbo ser pode ser impessoal; nesse caso, haverá concordância especial. 
 
a) na expressão de distância, concorda com o adjunto adverbial de distância: 
Daqui à praia são 100 quilômetros. 
Daqui à praia é um quilômetro. 
Do Planalto ao Congresso são duzentos metros. 
 
b) na expressão de tempo, concorda com o núcleo do adjunto adverbial de tempo: 
É dia 13 de julho. 
São 13 de julho. 
É uma hora. 
É bem mais de uma hora. 
São duas horas. 
 
Observação: Com os adjuntos adverbiais do tipo anteontem, ontem, hoje, amanhã etc., o verbo 
ser pode ficar no singular, ou concordar com o numeral da expressão de tempo: 
Hoje é 13 de julho. 
Hoje são 13 de julho. 
 
c) as expressões de peso, medida ou quantidade são invariáveis: 
Quinze quilos de arroz é pouco. 
Cinco metros de tecido é muito. 
Trezentas pessoas é suficiente para a produção na fábrica. 
 Observação: Não expressando peso, medida ou quantidade, tais expressões passam a ser 
variáveis, e o que era advérbio vira adjetivo: 
Os quilos de arroz estocados são poucos. 
Os metros de tecido comprados são muitos. 
As pessoas presentes são suficientes para a produção na fábrica. 
 
d) a partícula expletiva, ou de realce, É QUE é invariável: 
Eu é que fiz o bolo. 
Nós é que fizemos o bolo. 
 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
MARTINO, Agnaldo. Português Esquematizado – Gramática, Interpretação de texto, 
Redação Oficial e Redação Discursiva. São Paulo: Saraiva, 7ª ed., 2018. 
 
 
BIBLIOGRAFIA DE APOIO 
 
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 37ª 
ed., 2009. 
CEREJA, Willian e COCHAR, Thereza. Gramática reflexiva: texto, semântica e 
interpretação. São Paulo: Atual, 3 ed., 2010. 
________________________________e CILEY, Cleto. Interpretação de Textos: 
construindo competências e habilidades em leituras. São Paulo: Atual. 2009. 
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 10ª ed., 2005. 
KOCH, Ingedore Vilaça & ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: Estratégias de produção 
textual. São Paulo: Contexto, 2009.

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