Buscar

RESENHA PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA O ELEMENTO ESSENCIAL DO TRABALHO DO COORDENADOR PEDAGÓGICONTO - ATIVIDADE 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
CAMPUS DE ANGICOS
CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS
PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 
PROF. ME. RAFAEL ROSENO
ATIVIDADE 02 - RESENHA ACADÊMICA CRÍTICA
Discente: Julia Clara Roque de Brito
_______________________________________
RESENHA “PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA: O ELEMENTO ESSENCIAL DO TRABALHO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO”
BRISOLLA, Lívia Santos; DUTRA, Norivan Lustosa Lisboa. Projeto político-pedagógico da escola: o elemento essencial do trabalho do coordenador pedagógico. Dialogia, São Paulo, n. 33, p. 33-46, set./dez., 2019. Disponível em: https://doi.org/10.5585/dialogia.N33.13496. Acesso em: 11 ago. 2023.	Comment by JULIA CLARA ROQUE DE BRITO: 1 IDENTIFIQUE A OBRA
	A presente resenha trata do artigo publicado na revista “Dialogia”, na seção do Dossiê Temático “A Coordenação Pedagógica na Escola”, publicado em dezembro de 2019 e intitulado de “Projeto político-pedagógico da escola: o elemento essencial do trabalho do coordenador pedagógico”, de autoria da doutora em Educação pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Lívia Santos Brisolla, e da professora do IFB e, até então, doutoranda em Educação pela UFG, Norivan Lustosa Lisboa Dutra. O referido trabalho discute o papel da coordenação pedagógica e do projeto político-pedagógico (PPP) e relaciona-os, trazendo, inclusive, dados referentes à realidade de 3 escolas públicas diferentes do Distrito Federal a fim de subsidiar a discussão.	Comment by JULIA CLARA ROQUE DE BRITO: 2 APRESENTE A OBRA
O texto foi estruturado em 5 tópicos: a) considerações iniciais, que apresenta a pesquisa de maneira geral, b) função social da escola, que problematiza o papel da escola enquanto parte da sociedade capitalista, c) o projeto político-pedagógico na perspectiva da gestão democrática, que elenca significados fundamentais para a compreensão do PPP, d) o que dizem os coordenadores pedagógicos e os projetos político-pedagógicos: atribuições e metas, que expõe e analisa os dados coletados junto aos coordenadores pedagógicos das 3 escolas participantes, e e) para continuar as reflexões, que apresenta algumas considerações desenvolvidas a partir da pesquisa exposta.	Comment by JULIA CLARA ROQUE DE BRITO: 3 DESCREVA A ESTRUTURA
O primeiro tópico é iniciado pela evidenciação da condição da pessoa responsável coordenação pedagógica de uma escola: repleta de dificuldades, dentre as quais se destacam as questões da implementação de uma gestão democrática, da compreensão das necessidades das/os profissionais da educação e da conceituação acerca do que se trata o trabalho da coordenação pedagógica. A educação crítica e emancipatória é apontada como essencial para a superação dos desafios constatados. Parte-se, ainda, do entendimento que existe uma cultura e uma concepção formativa que permeiam o trabalho de coordenação pedagógica e o próprio PPP, e ambos precisam se ancorar na perspectiva de proporcionar espaços para que o debate/diálogo crítico dos problemas, das dificuldades e das possibilidades aconteçam de maneira participativa/colaborativa.
Na sequência, passa-se a afirmar que a educação perpassa o social, o político, o cultural e o econômico, de modo que os interesses do capital, que se desenvolve através de relações de produção, se difundem dentro da escola, tornando a produção de força de trabalho o foco do sistema educacional e o controle hierárquico o seu meio se desenvolver: essa é a realidade que precisa ser transformada, ou seja, não se pode permitir que a educação seja realizada somente para atender demandas do sistema capitalista, e, infelizmente, é essa perspectiva (neotecnicista) que ainda conduz muitas escolas no Brasil.
No ponto três, se discute o Projeto Político-Pedagógico e a necessidade de enxergá-lo enquanto dimensão política e pedagógica, não sobrepondo-se uma à outra. O PPP é entendido como um documento que apresenta os planos para todo o contexto escolar, e não somente as atividades desenvolvidas em sala de aula, e visa a construção de uma sociedade democrática, participativa e comprometida com as questões sociopolíticas e econômicas. A coordenação pedagógica, neste contexto, é essencial para que se constitua, de fato, uma escola autônoma: que promove as mudanças pertinentes, conforme os ideais democráticos e participativos, por meio da construção/atualização do próprio PPP. Ademais, as autoras ressaltam que tanto o processo de construção, quanto o de implementação são perpassados por inúmeros desafios à atuação da coordenação pedagógica.
Já no quarto tópico são apresentados os dados coletados junto a três coordenadoras e coordenadores pedagógicos de três escolas públicas do Distrito Federal, elencando alguns pontos de melhoria no trabalho desenvolvido nas escolas. Discute-se, assim, quais são as atribuições da coordenação pedagógica, que precisa ter em mente toda a complexidade da situação educativa para conseguir desenvolver suas atividades. As considerações construídas nesta pesquisa indicam que ainda existe uma simplificação das atribuições da coordenação pedagógica, que desconsidera a variedade de atividades diárias que a pessoa nesse cargo desenvolve, tendo como referência para essa afirmação as atribuições da coordenação pedagógica estipuladas nos PPP de duas das três escolas partícipes; além disso, é preciso considerar que existiram algumas atribuições específicas para cada escola, visto que há “necessidades e peculiaridades específicas.” (BRISOLLA e DUTRA, 2019, p. 41) em cada uma delas. Finaliza-se ressaltando a importância da formação continuada, uma ação que faz parte das atribuições da coordenação pedagógica, e a necessidade de ajustar anualmente o PPP das escolas.
Para encerrar o artigo, é feito um apanhado geral do que foi discutido até então, elevando as seguintes proposições: o trabalho da coordenação pedagógica ainda é visto de maneira simplificada, necessitando de estudos e reflexão coletiva e compromisso das/os profissionais da educação “para que a escola se torne um espaço de democratização e inclusão social.” (Ibid., p. 45), e a responsabilidade majoritária de implementar o PPP é da coordenação pedagógica, que conta com a colaboração e participação das professoras e dos professores. Assim, fica evidente a relevância do Projeto Político-Pedagógico e da coordenação pedagógica para o âmbito escolar, sendo ainda mais nítida a exigência de se aprofundar os conhecimentos acerca de ambos os tópicos, para que se concretizem a partir de um processo dialético-reflexivo e, assim, se edifique a educação emancipatória almejada.
Diante do exposto, cabe reafirmar que a gestão democrática considera uma complexidade de fatores, entendendo as pessoas enquanto seres históricos e ativos na construção de suas histórias (SANTOS, 2006), e por isso mesmo é apresentada como o modo de gerir que possibilita alcançar-se a qualidade desejada na educação. Segundo Silva (s.d., p. 3), “a perspectiva da gestão democrática da educação e da escola pressupõe o planejamento participativo como concepção e modelo de planejamento.”, o que também corrobora com o defendido pelas autoras do texto em resenha: participação ativa, diálogo e reflexão são elementos fundamentais para a concretização do planejamento participativo e da gestão democrática, que possibilita a formação de cidadãs e cidadãos comprometidas/os com as questões sociopolíticas e econômicas. É importante ressaltar que os estudos sobre o planejamento e organização do trabalho escolar são realizados desde a década de 1930, e com certa frequência “estiveram marcados por uma concepção burocrática, funcionalista, aproximando as características da organização escolar à organização empresarial.” (LIBÂNEO, 2004, p. 119); sendo assim, é possível compreender os motivos pelos quais ainda se simplifica as atribuições das/os profissionais que trabalham na coordenação pedagógica: é preciso implementar uma gestão realmente democrática e participativa, pois só assim alcançará-se a “escola de qualidade” (LIBÂNEO, 2016, p. 60), que possui, dentreoutras características, a compreensão ampla do papel da coordenação pedagógica, que por sua vez é pessoa fundamental para a manutenção dessa perspectiva educacional crítico-reflexiva.
Além Brisolla e Dutra (2019), a autora Franco (2008) também assinala a importância de se efetivar a práxis docente, que Pimenta (2012) conceitua quando diz que “teoria e prática são indissociáveis” (p. 107) e Vázquez (1977) complementa quando a coloca além, enquanto práxis revolucionária, na qual a pessoa “só pode libertar a si mesmo libertando tôda a humanidade” (p. 129): tem-se que implementar a pedagogia crítica-social dos conteúdos (LIBÂNEO, 2006), tendência pedagógica que defende ideais de formação individual e de sociedade semelhantes/iguais aos presentes nos conceitos de gestão democrático-participativa e de educação de qualidade, pois é imprescindível “inventar e reinventar a civilização sem a barbárie.” (GAMBOA, 2001, p. 101). Esse apanhado revela a importância de realizar-se essa leitura e discussão no âmbito da formação de professoras e professores, principalmente nos cursos de Pedagogia e nos espaços de formação continuada, tendo em mente que isso contribuirá para o desenvolvimento da educação de qualidade. Além do mais, as autoras deste texto resenhado possuem longa formação nas áreas de formação continuada (Dutra) e gestão educacional (Brisolla), assim como em áreas relacionadas. Destarte, cabe assinalar que a produção desta resenha é da autoria de Julia Clara Roque de Brito, discente do quinto período do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Campus Angicos, que desenvolveu-a como elemento avaliativo do componente curricular “Planejamento e Organização do Trabalho Pedagógico”.
REFERÊNCIAS
FRANCO, Maria Amélia Santoro. Coordenação pedagógica: uma práxis em busca de sua identidade. Revista Múltiplas Leituras, v. 1, n. 1, 2008.
GAMBOA, Silvio Sánchez. A globalização e os desafios da educação no limiar do novo século: olhar desde a América Latina. In: LOMBARDI, José Claudinel (Org.). Globalização, pós-modernidade e educação: história, filosofia e temas transversais. São Paulo: Autores Associados, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Políticas educacionais no Brasil: desfiguramento da escola e do conhecimento escolar. Cadernos de pesquisa, v. 46, p. 38-62, 2016.
______. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: ______. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 2006.
______. Avaliação de sistemas escolares e de escolas. In: ______. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. rev. e ampl. Goiânia: Editora Alternativa, 2004.
PIMENTA, Selma Garrido. Práxis ou indissociabilidade entre teoria e prática. In: ______. O estágio na formação de professores: unidade, teoria e prática? 11. ed. São Paulo: Cortez, 2012.
SANTOS, Ana Lúcia Félix dos. Gestão democrática da escola: bases epistemológicas, políticas e pedagógicas. Cadernos ANPED, Rio de Janeiro, 2006.
SILVA, Marcelo Soares Pereira da. Planejamento e Práticas da Gestão Escolar. [s.l.], [s.n.], [s.d.]. 
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. A concepção da praxis em Marx. In: ______. Filosofia da praxis. Tradução de Luiz Fernando Cardoso. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1977.

Continue navegando