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FORMAÇÃO NO E PARA O TRABALHO – SIMULADO 3 – NÍVEL DIFÍCIL A CORREÇÃO EM VIDEOAULA JÁ ESTÁ DISPONÍVEL NO CURSO 1 - A década de 1980 foi marcada por lutas no âmbito político-econômico-social, como o processo de abertura democrática; a ascensão às prefeituras e aos governos de candidatos pertencentes a partidos de oposição ao governo militar; a campanha reivindicando eleições diretas para presidente da República; a transição para um governo civil em nível federal. No âmbito educacional, muitas discussões surgiram para saber qual era o papel da educação no processo de redemocratização do país, como repensar o ensino com as questões da problemática que assolava a sociedade, a urgência da democratização da educação e da escola pública, bem como a necessidade da igualdade de oportunidades e qualidade de ensino. As discussões empreendidas visavam, desse modo, a um projeto educacional emancipatório. Devido a esse conjunto de ações, a década de 1980 foi um período que privilegiou a emersão de propostas pedagógicas contra-hegemônicas. No que diz respeito às propostas contra-hegemônicas, considerando o atual contexto político brasileiro, assinale a alternativa correta. a) Sandra Soares Della Fonte, em Formação no e para o Trabalho, destaca que modelo neoliberal se faz cada vez mais ausente no atual contexto político brasileiro, elevando os gastos públicos com educação sem uma formação emancipatória do indivíduo. b) A ascensão do autoritarismo no Brasil é sinalizada por Sandra Soares Della Fonte como o resultado direto de uma educação precária, de influência neoliberal e sem rigor científico. c) As propostas contra-hegemônicas, apesar de estarem ausentes nas discussões dentro dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF’s) podem e devem ser fortalecidas em outros espaços formais de ensino. d) Ao tomar partido de uma proposta contra-hegemônica, Sandra Soares Della Fonte considera em vista a transformação da sociedade, posicionando-se contra a ordem existente. 2 - Marx entendia que o desenvolvimento histórico do gênero humano tem sido um processo contraditório e conflituoso, movido pela luta de classes e pela contradição entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações sociais de produção. Uma das maneiras como pode ser entendido o conceito de liberdade em Marx é justamente a de que o gênero humano constrói sua liberdade à medida que os processos sociais sejam fruto de decisões coletivas e conscientes, diferenciando-se dos processos naturais espontâneos e superando os processos sociais alienados nos quais aquilo que é social, e portanto criado pelos próprios seres humanos, domina estes como se fossem forças naturais incontroláveis tais como um terremoto, um furação, a erupção de um vulcão. Sobre o formar-se humano, na perspectiva marxiana, é correto afirmar: a) O formar-se humano ocorre a partir da empregabilidade do homem no mundo. b) Um aspecto central é o de que os mesmos processos dialéticos que diferenciam a atividade humana da atividade animal são aqueles que produzem a historicidade do ser humano, isto é, que movem a história humana. c) Os animais, quando se relacionam com o meio ambiente à sua volta, realizam atividades que resultam na satisfação de suas necessidades construídas historicamente. PROFEPT 2024 Acesso ao curso preparatório em https://afascursos.com.br/ver/curso/preparatorio-profept-2024/ https://www.facebook.com/groups/profept https://afascursos.com.br/ver/curso/preparatorio-profept-2024/ d) A atividade humana nem sempre foi coletiva. Só recentemente é que foram desenvolvidas as relações sociais. 3 – O sentido dos conceitos de “trabalho vivo”, “subjetividade” e “cooperação” e a maneira como eles se harmonizam e constituem um sistema não pode ser compreendido sem referência ao pensamento de Marx (1818-1883). Neste sentido, é incorreto afirmar: a) O trabalho vivo, na condição de lugar de realização de práxis e de atualização da subjetividade do homem, constitui o núcleo entre os eventos da atividade humana. b) O trabalho vivo se opõe ao trabalho abstrato e ao trabalho alienado, signos de um empobrecimento da vida que favorece a cooperação. c) O trabalho vivo preserva um contato natural com os elementos materiais [as matérias-primas e os instrumentos da produção] de sua existência que ele transforma em elementos constitutivos de sua própria dinâmica. d) Como fonte de alimentação da efetivação do processo de trabalho, o trabalho morto é também a práxis, enquanto atividade humana, material e social de transformação conjunta da natureza exterior e da natureza do trabalhador, como o vínculo dialético entre o homem e a natureza. 4 - O ideal de homem que deveria servir de modelo para os indivíduos não representa um esquema vazio, desvinculado do espaço e do tempo. Ao contrário, o ideal de homem forma-se no contexto de uma história e, portanto, sempre está sujeito às transformações históricas. O mesmo pode-se dizer a respeito da relação do homem com o trabalho. Sobre as diferentes concepções de trabalho no decorrer da história, assinale a alternativa correta: a) Na obra de Hesíodo, a felicidade consistia no trabalho e no exercício das virtudes morais. b) Entre os gregos, o trabalho era tido como a expressão da riqueza humana, portanto, valorizado. Para famosos pensadores como Aristóteles e Platão o trabalho estava ligado com o campo da necessidade, como, por exemplo, alimentar-se e cobrir-se. O próprio termo “executivo” tão admirado nos dias de hoje soaria positivo para os pensadores gregos na medida em que deriva do ato de executar uma determinada tarefa. c) Em Hesíodo, a atividade digna dos homens deveria ser o "ócio". Neste sentido, a noção de cidadania grega estava intimamente ligada com o trabalho, ou seja, somente as pessoas que precisassem trabalhar, ou ocupar-se das atividades ligadas ao campo da necessidade, poderiam de fato se considerar cidadãos plenos e participar efetivamente da politiké, isto é, dos assuntos da pólis. d) A maioria dos indivíduos dentro da sociedade grega tinham o "ócio" necessário para se tornarem cidadãos plenos e decidir democraticamente os assuntos das pólis gregas. Acesso ao curso preparatório em https://afascursos.com.br/ver/curso/preparatorio-profept-2024/ https://www.facebook.com/groups/profept https://afascursos.com.br/ver/curso/preparatorio-profept-2024/ 5 – Em comparação com os dias de hoje, podemos perceber na sociedade grega uma diferença fundamental em relação à noção de cidadania e democracia. Os gregos inventaram o ideal de democracia, e o exerciam de forma plena, contudo, se podemos dizer que a democracia era plena, a cidadania não. Neste sentido, para ser cidadão na pólis grega a) era necessário ter negócio. b) era necessário trabalhar. c) era necessário ter ócio. d) era necessário estar inserido no mundo do labor. 6 - Se considerarmos o conceito de trabalho na sua origem etimológica, ele indica, na grande maioria das línguas europeias, a atividade dos servos ou dos escravos. Em latim ‘laborare’ (trabalhar) significa cansar-se, sofrer. E assim o francês travail, ou o espanhol trabajo, que derivam do latim tripalium, que era um instrumento de tortura. Arbeit em alemão indica o trabalho que desenvolve o órfão, pois não há ninguém que se encarrega dele. Pela sua origem etimológica o trabalho indica, portanto, um destino social infeliz, uma atividade com a qual se perde a liberdade, com a qual, de qualquer forma, torna-se escravo de qualquer outro. A generalização do trabalho a todos os membros da sociedade não é, portanto, mais nada que a generalização da dependência servil. O trabalho no sentido ontológico, considerado por Sandra Soares Della Fonte, a) é um processo entre o homem e a Natureza, no qual o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo coma Natureza. b) é a ação do homem sobre a natureza externa, modificando-a sem, no entanto, modificar a si próprio. c) é o que desumaniza o homem, tornando-o escravo de outro homem, alienando-se. d) é a forma assumida no modo de produção capitalista. 7. Vivenciamos na atualidade a intensificação da produção destrutiva do capital no modo de produção capitalista que já mereceu estudo aprofundado por parte de Mészáros. No tocante ao processo de transformação da natureza realizado pelo homem por meio do trabalho, é incorreto afirmar: a) A prévia ideação é a construção na consciência do provável resultado que uma ação terá, ou seja, consiste em antecipar no pensamento o produto de uma ação que ainda irá ocorrer, imaginando o provável resultado. b) A prévia ideação surge em decorrência de uma necessidade concreta, e se constitui enquanto resposta a tal necessidade. c) Devido a uma necessidade real, o homem desenvolve uma prévia ideação que, quando objetivada vai transformar a natureza e o próprio homem. d) O trabalho é uma atividade prioritariamente humana, nenhum outro ser vivo, além do homem e do macaco o desenvolve. 8 - Ao transformar a natureza pelo trabalho, o homem também se transforma, pois no processo vai adquirindo novos conhecimentos e habilidades que não possuía antes. Neste sentido, é correto afirmar: a) O trabalho é visto como um ciclo inconstante e terminável. b) Pelo trabalho, não é possível criar algo novo. c) O trabalho remete para além dele mesmo, gerando novas necessidades, novas possibilidades e, consequentemente, novos conhecimentos e novas habilidades. d) As novas necessidades e possibilidades decorrentes do trabalho dão origens a antigas relações, gerando um ciclo repetitivo. 9- Segundo Marx, o trabalho é a condição eterna da vida social. No entanto, com a exploração do homem pelo homem a) surgem novas formas de convivência, caracterizada pelo progresso econômico. b) no escravismo, o escravo podia vender a sua força de trabalho. c) no feudalismo, o servo pertencia ao seu senhor. d) na sociedade capitalista, o trabalho é destinado a atender às necessidades de reprodução humana. 10. Considerar o trabalho enquanto princípio educativo na perspectiva marxista pode parecer um tanto contraditório ao se observar o caráter negativo do trabalho enfatizado por Marx. No entanto, entender o princípio educativo do trabalho requer uma compreensão ampliada desta categoria, para além do sentido histórico de trabalho alienado e fetichizado que assume sob o modo de produção capitalista. É preciso ainda compreender a dimensão dupla e contraditória que o trabalho assume neste contexto, e que Marx destaca, afirmando que ao mesmo tempo em que o trabalho cria e humaniza, também aliena, degrada e subordina o homem. Sobre a dimensão contraditória do trabalho, é correto afirmar: a) Contrariamente à unilateralização presente tanto nas teses que desconstroem o trabalho, quanto naquelas que fazem seu culto acrítico, na longa história da atividade humana, em sua incessante luta pela sobrevivência, pela conquista da dignidade, humanidade e felicidade social, o mundo do trabalho mostra-se irrelevante. b) Foi por meio do ato laborativo, que Marx denominou atividade vital, que os indivíduos, homens e mulheres, distinguem-se dos animais. c) Se por um lado, necessitamos do trabalho humano e reconhecemos seu potencial emancipador, devemos também aceitar o trabalho que explora, aliena e infelicita o ser social. d) A concepção que afirma o trabalho enquanto princípio educativo parte da análise de sua dimensão histórica. 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