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Compreender a importância da voz para o ser humano e para as relações interpessoais; A comunicação interpessoal utiliza-se de recursos vocais, verbais e não verbais. Consideram-se recursos verbais o que se fala, estando relacionados ao conteúdo da mensagem, é o conjunto de vocábulos que o sujeito dispõe e que serão selecionados para cada situação de comunicação ou tipo de mensagem. Já os recursos vocais são as variações que acontecem com a voz, que mudam de acordo com a intenção da ideia, referem-se aos parâmetros para linguísticos que compõem a emissão: a ênfase, a curva melódica, o uso das pausas e as modificações da velocidade, volume, entonação e ritmo, com intenção comunicativa, e os recursos não verbais referem-se à expressividade corporal, engloba o corpo como canal de expressão, considera-se a postura corporal, o uso de gestos e a expressão facial, importante termos consciência que o nosso corpo fala. Junto com os recursos vocais, respondem por cerca de 80% da mensagem. O trabalho integrado e harmonioso desses três grupos de recursos estabelece uma comunicação rica, convincente e eficiente. Em qualquer situação a comunicação tem como função diminuir a distancia e estreitar a relação entre as pessoas, por isto há uma necessidade de que seja realizada com eficiência. Diante disto, o domínio e o aperfeiçoamento dos recursos vocais, verbais e não verbais são fundamentais para um bom desempenho comunicativo. Numa relação interpessoal, tanto os elementos verbais, como os nãos verbais são importantes para que o processo de comunicação se complete. De <https://www.douradosagora.com.br/2018/08/14/confira-o-artigo-comunicacao-interpessoal-e-voz/> https://www.douradosagora.com.br/2018/08/14/confira-o-artigo-comunicacao-interpessoal-e-voz/ Desde que o homem nasce a voz se faz presente em sua vida, seja através do choro, da emissão de sons até a fala. Falar é uma necessidade vital do ser humano, por meio dela são expressos sentimentos, emoções, o estado em que o sujeito se encontra. Segundo Fontana (2011), por meio da voz se deixa transparecer pareceres, opiniões e relações que o ser humano mantém com as pessoas por meio da interação que se estabelece durante o ato discursivo. A voz muda de acordo com o contexto, referindo, denunciando sensações e intenções. Revela os verdadeiros propósitos do falante e acompanha-o em suas diferentes etapas da vida, modificando-se com o passar dos anos denunciando as suas vivências egundo os autores Behlau e Pontes (2001, p.12), pode-se concluir que a voz é uma característica individual, ou seja, não há vozes iguais. Por meio da voz é possível reconhecer o falante, seu ambiente sócio-cultural, entre outros aspectos. Também é por meio de sua manifestação observar problemas de ordem fisiológica, Para Fontana (2011), a maneira como é dada a entonação, a forma como se mantêm a postura, o modo como se utiliza as expressões gestuais e faciais também influenciam na interpretação da mensagem, porém muitas vezes a mesma não se dá da maneira pretendida, trazendo como consequência a não compreensão ou a interpretação errônea do que fora dito. Entender os fundamentos da anatomia, neurofisiologia vocal e as funções desempenhadas pela laringe; DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO existem várias teorias, porém, segundo o sistema de classificação Carnegie o desenvolvimento se divide em 23 estágios, sendo o 9 e o 23° estágio de desenvolvimento principal. Entre a 10° e 11° semana a configuração topográfica da laringe tá formada e as cartilagens em fase de endurecimento. Porém só dá 4° a 10° semana forma-se a laringe(período que pode aparecer malformações) COMPONENTES DA LARINGE > Formada por cartilagem, músculos, membranas e mucosa >Dividida em três espaços: •Supraglote: estrutura acima da glote, incluindo o ventrículo laríngeo e limite superior o adito laríngeo •Glote: espaço entre as pregas vocais, onde o som da voz é produzido •Infraglote: abaixo da glote, com limite no primeiro anel traqueal CARTILAGENS LARÍNGEAS 9 Cartilagens - 3 ímpares, 1 par principal e 2 pares consideradas acessórias ● Ímpares: Tireóidea, Cricóidea e Epiglote ● Par principal: Aritenóides ● 2 pares Acessórias: Corniculadas e Cuneiformes - tritriceas e sesamóides( menor importância) Tireóidea, Cricóidea e Aritenóides são as mais importantes!!! Constituídas principalmente de fibras hialinas, mas também de colágenas e elásticas. Todas tem fibras colágenas e elásticas distribuídas na estrutura, porém tem + elásticas- região de grande mobilidade. E + colágenas nas regiões de maior sustentação >Osso hióide: único que não se liga com nenhum outro, responsável por dar sustentação ao esqueleto cartilagíneo laríngeo e apoio aos músculos da língua. CARTILAGEM TIREÓIDEA Única, maior cartilagem da laringe e tem formato de escudo. 2 lâminas laterais: limite da junção- incisura Tireóidea| Ângulo de uniãoproeminência laríngea(varia de acordo com o sexo: masculino- 90°, feminino120° mais aberto),impacta na Fisiologia vocal, ex: medida de definição do tamanho das pregas vocais. 2 pares de cornos posteriores: conecta a cartilagem a outras estruturas. Superior- osso hióide. Inferior- cartilagem cricóidea CARTILAGEM CRICÓIDEA Única, e a segunda maior da laringe, com formato de anel completo. Variação entre o diâmetro ântero posterior e lateral de acordo com o sexto, homens- ovóide e mulheres- circular Possível impacto- fenda, devido a posição lateralizada das cartilagens aritenóides nas mulheres CARTILAGEM ARITENÓIDEA Par de pequenas cartilagens móveis Unidade funcional- função fonatória e respiratória Pouca variabilidade, devido a sua configuração mais estável. Sua base possui três ângulos: anterior- pra dentro da laringe- processo vocalfixa a prega vocal Póstero-lateral: pra fora da laringe- processo muscular- fixação de vários músculos Póstero-mediano: nenhum nome. Dois movimentos: rotação médio-lateral e deslizamento ântero- posterior - simplista- anteriormente: processo vocal descende e muscular se eleva. Posteriormente: ao contrário. CARTILAGEM EPIGLOTE Única em formato de folha, mais fechada na infância e aberta na puberdade Fixa através de ligamentos e conecta-se às cartilagens aritenóides Função é de proteger as vias aéreas inferiores através de abaixamento e fechamento do ádito laríngeo, além de ser formada principalmente por fibras elásticas CARTILAGENS ACESSÓRIAS CORNICULADAS E CUNEIFORMES Pequeno tamanho Corniculadas/Santorini- formato de cone, localiza-se no Ápice das cartilagens aritenóides e serve para prolongá-las para cima e para trás. Cuneiformes/Wrisberg- forma de haste e são mergulhadas nas pregas ariepiglóticas- provável participação na constrição supraglótica. MÚSCULOS LARÍNGEOS Musculatura intrínseca Constituído por músculos que se originam e se inserem na laringe e possui relação direta com a função fonatória. Aproxima, afasta e é responsável pela tensão das pregas vocais, nas funções laríngeas de respiração e esfíncter de proteção e fonação Três tipos de fibras: ● 1- altamente resistente a fadiga, diâmetro reduzido, contração lenta e metabolismo aeróbico. ● 2A- contração rápida, resistente a fadiga, metabolismo oxidativo, alto nível de enzimas oxidativas e de glicógenos. ● 3B- contração muito rápida, rápida fadiga, maior diâmetro. Músculo tireoaritenóideo - TA !!! Par que compõem as pregas vocais, com a forma de um grosso feixe. Origina-se no ângulo da cartilagem Tireóidea e inserção principal no processo vocal, sua ação é encurtar e aduzir as pregas vocais diminuindo a distância entre a cartilagem tireóidea e a aritenóidea. Feixe externo: insere-se no processo muscular e a presença fibras de contração rápida, menor ação sobre a fonação e esta mais envolvido na adoção das pregas. Feixe interno: direto no processo vocal, apresenta fibras de contração rápida e participação ativa na produção da fonação- vocal vibra sincronizado com a vibração da mucosa. Músculo cricoaritenóideo posterior- CAP !!! Par, em forma de leque Músculo da vida- constitui-se no único músculoabdutor das pregas vocais permitindo a respiração. Ativo na respiração, ele abduz, leva, alonga e afila prega vocal mantendo todas as camadas da mucosa rígida, porém com a borda livre arredondada. Músculo cricoaritenóideo lateral- CAL !! Músculo cricoaritenóideo lateral- CAL Par, é principais adutores das pregas vocais, Aduz, abaixa e alonga a prega vocal, afinando sua borda livre que fica angulada. Auxilia na coaptação glótica necessária para a fonação. Músculo aritenóideo -A Único, e com ação adutora. Ele aproxima e aduz as cartilagens aritenóideas para fechar a glote posterior. Possui dois feixes: transverso- horizontal e oblíquo- superficial. Músculo cricotireóideo- CT Musculo par, com ação adutora secundária das pregas vocais. Maior mm intrínseco da laringe Aduz na posição paramediana, abaixa, longa e a fila prega vocal deixando com camada rígida e margem livre angulada Responsável pela tensão longitudinal da prega vocal, músculo do controle de frequência da voz. (Sons agudos) Músculo ariepiglótico- AE Músculo contínuo ao oblíquo, sua contração a baixa epiglote aproximando-as das aritenóideas, promovendo o fechamento do ádito da laringe. Músculo tireoepiglótico- TE Responsável pelo retorno da Epiglote a posição original, depois da contração causada pela ação do AE. Musculatura extrínseca Músculos inseridos nas cartilagens laríngea, porém proveniente de estruturas não-laríngeas. Função básica: manter a laringe no pescoço sendo crítica na manutenção da estabilidade laríngea. Supra-hióides- elevam a laringe no pescoço Infra-hióides- abaixam a laringe Ligamentos, Juntas e Membranas Laríngeas A laringe possui ligamentos intrínsecos e extrínsecos, além de membranas e tecidos com a função básica de interligação. Os ligamentos intrínsecos conectam as cartilagens laríngeas entre si; já os ligamentos extrínsecos conectam o osso hióide com a cartilagem tireóidea e a epiglote, e a cartilagem cricóidea com os anéis traqueais A) Ligamentos intrínsecos da laringe e juntas articulares Os ligamentos intrínsecos da laringe apresentam suas duas inserções nesse órgão, auxiliando sua sustentação e flexibilidade. As juntas cricotireóidea e cricoaritenóidea etão intimamente relacionadas à mecânica laríngea, favorecendo as mudanças de freqüência e a adução das pregas vocais. Ligamento cricotireóideo mediano e membrana cricotireóidea o ligamento cricotireóideo mediano encontra-se anteriormente na laringe, conectando a cartilagem tireóidea ao arco da cartilagem cricóidea. Este ligamento estende-se lateralmente através da membrana cricotireóidea. Ligamento cricoaritenóideo posterior O ligamento cricoaritenóideo posterior conecta a cartilagem aritenóidea à cartilagem cricóidea, em sua região posterior. Ligamento tireoepiglótico O ligamento tireoepiglótico insere o pecíolo da cartilagem epiglótica no ângulo da cartilagem tireóidea, internamente e logo acima da comissura anterior das pregas vocais. Pregas vestibulares Antes chamadas de falsas pregas vocais, são duas dobras de tecido espesso e mole com inúmeras glândulas em seu interior, e são recobertas por mucosas localizadas acima das pregas vocais. Em situações habituais, as pregas vestibulares não participam do processo fonatório, ficando lateralizadas em relação às pregas vocais; observa-se porém que, em freqüências muito graves, como asido registro basal, elas podem ser envolvidas passivamente, vibrando durante a produção do som ou abafando sua ressonância. Contudo a maior ativação dessas estruturas ocorre nas situacões em que é requerido o selamento laríngeo, como na execucão de atividades de esforço, tais como a defecação e a ação de levantar ou empurrarpesos Ventrículo laríngeo. situa-se entre as pregas vestibulares e as pregas vocais, bilateralmente, possui importante suprimento de glândulas, com função de lubrificar a laringe, especialmente as pregas vocais. Além da função de lubrificação, a presença do ventrículo laríngeo permite que as pregas Vocais vibrem livremente. Uma função secundaria e a ressonância dos componentes graves do espectro. Neurofisiologia vocal O mecanismo neurofisiológico central O mecanismo neurofisiológico da laringe ainda não é completamente compreendido, embora os estudos em neurolaringologia tenham acrescentado O sistema nervoso pode ser dividido em central (SNC) e periférico (SNP). O SNC inclui o cérebro e a medula, enquanto o SNP inclui os receptores sensoriais e os nervos. Alterações vocais neurológicas podem ter origem central, como a doença de Parkinson, ou periférica, como a paralisia do ner vo laríngeo recorrente ● Vias finais comuns: denominadas neurônio motor, é a finalização da cadeia de eventos neurais ● Vias de ativação direta: sistema voluntário, tem função excitatória influenciando os movimentos conscientes. ● Vias de ativação indireta: extremamente complexas e não são completamente descritas e compreendidas. ● Circuito de controle: integração e coordenação das informações sensoriais e das vias de ativação direta e indireta. A região cortical é porção do cérebro responsável pela conceituação, planejamento e execução do ato da fala, incluindo a fonação, Os estudos pioneiros de Penfield & Roberts (1959) identificaram três áreas principais da região cortical diretamente responsáveis pela vocalização: giro pré-central (área 4 de Broadmann) e pós-central, área anterior (ou de Broca, área 44 de Broadmann) e a área motora suplementar, localizada na superficie medial do hemisfério esquerdo ou dominante. O cerebelo está profundamente relacionado ao controle do movimento, principalmente no que diz respeito ao planejamento de padrões de movimento, ou seja, à sintonia da coordenação dos movimentos rápidos, como no ritmo da fala. Muitas estruturas do sistema límbico estão envolvidas em comportamentos afetivos e são capazes de estimular a vocalização específica que acompanha aS emoções. O tála-mo, em particular, tem vias que se ligam ao córtex motor à e área de Broca; O mecanismo neurofisiológico periférico. Os nervos cranianos associados à producão da voz e da fala são: V ou trigêmeo (misto), VII ou facial (misto), VIll ou vestibulococlear (sensitivo), IX ou glossofaríngeo (misto), X ou vago (misto), XI ou acessório (motor), e Xll ou hipoglosso (motor). O V par, o trigêmeo, é um nervo misto, o maior de todos os nervos cranianos, cuja porção sensitiva inerva as estruturas superficiais e profundas da face, boca e mandíbula; seu componente motor principal responde pela mastigação e pelo palato mole, inervando também o músculo milo-hióideo e o ventre anterior do digástrico. O VII par, o facial, é um nervo misto, que supre principalmente a musculatura da expressão facial, levando também informação aferente global e específica. Uma característica desse nervo é a comunicação com outros pares cranianos, entre eles os pares V, VIll, lX e X, O IX par, o glossofaríngeo, é um nervo misto, responsável pelas sensações da região posterior da cavidade oral e da faringe, e também pelo suprimento motor de alguns músculos da faringe e do véu palatino. Sua lesão pode produzir diversas reações, como perda de sensação e paladar na região posterior da língua, perda unilateral de reflexo nauseoso e desvio da úvula contralateral à lesão, associado à disfagia. O X par, vago é um nervo misto que desempenha funções sensitivas e motoras em todo O trato faringolaringoesofágico, tendo estreita relação com o nervo glossofaríngeo, principalmente na formação do plexo faríngeo. Este é o nervo mais importante na fonacão XI par, o acessório, é um nervo motor, que supre os músculos trapézio e o esternocleidomastóide O XII par, O hipoglosso e um nervo motor, responsável pelo suprimento dos músculos extrínsecos e intrínsecos da língua, distribuindo-se ainda para alguns músculos do pescoço como o esterno-hióideo, esternotireóideo, tireo-hióideo, estiloglosso, hipoglosso, genioglosso, gênio-hióideo, milo-hióideo e o ventre anterior do omo-hióideo. 0 nervo laríngeo é um dos poucos ramos do nervo vago (X par),que tem este nome devido aos longos e tortuosos caminhos que percorre no corpo (Fig. 1-20), sendo responsável por todas as atividades motoras laríngeas envolvida na fonação e na deglutição. Funções da laringe Funçaõ respiratória É a função que requer menos energia e que ocupa aior parte do tempo do orgão. A abertura da laringe garante a entrada e a saída livre do ar, sendo garantida pela ação potente do CAP. Durante a inspiração a laringe é tracionada ligeiramente para baixo, passando a ser tracionada ligeiramente para cima durante a expiração; Além disso, os mm infra-hióideos e esternotireóideos contribuem para a descida da cartilagem tireóidea e , consequentemente, para a abertura da laringe. Função deglutitória É a função que ocupa menor tempo. O fechamento máximo da laringe ocorre durante a fase faríngea da deglutição. O selamento conseguido é essencial para que não ocorra a entrada de alimentos na árvore respiratória. Função fonatória (Função neurofisiológica inata ) A laringe produz a fonação, enquanto que o trato vocal produz a voz. Laringe: fonação Trato focal: voz - som produzido pelas pregas vocais e modificado pelas cavidades Produção da voz- para que isso ocorra é necessário a interação de órgãos de diferentes sistemas do corpo(aparelho fonador Compreensão detalhada- conceitos principais Mecanismo de vibração glótica: a mucosa da prega vocal vibra em uma velocidade muito rápida e essa vibração acontece em ciclos.( ciclos glóticos). Essa frequência de vibração acontece em cerca de 100 Hz em homens, e 200 Hz em mulheres. >Ciclo glótico dormido por etapas: Fase fechada Fase de abertura Fase aberta Fase de fechamento O ciclo glótico inicia-se quando a pressão subglótica é maior que a resistência glótica e dá início ao processo vibratório. Os ciclos góticos sucessivos são exatamente iguais, podendo ser observado perturbações no período como na amplitude, conhecido como jitter e shimmer. Pode existir diferenças na duração de cada fase do ciclo, sendo que em casos de fase fechada mais curta, observa-se fadiga vocal e disfonia, em casos de fechada mais longa, verifica-se um padrão fonatório mais saudável, com maior impacto gerado durante a fonação. Controle de frequência: existem variações grandes na frequência das vozes entre indivíduos de diferentes cidades e sexo. Quanto menor a prega vocal, mais aguda é a frequência, já quando as pregas são maiores, o som fica mais grave. A principal estratégia para produção do som mais agudo, é alongar as pregas vocais, ou fazer com que elas vibrem mais rapidamente. Controle de intensidade: A variação de intensidade que o ser humano pode produzir é também muito ampla, podendo chegar a sons de140 dBNA, nas vozes treinadas de grande ópera. A intensidade de um som produzido pelas pregas vocais depende diretamente da resistência que a glote oferece à passagem do ar; em outras palavras, uma glote eficiente gera um aumento da pressão subglótica, responsável pela variação da intensidade. Fatores como velocidade da emissão do ar e quantidade de ar emitido também interferem na intensidade a ser emitida, e são diretamente relacionados à pressão subglótica, ou seja, quanto maior for a pressão subglótica, maior serão a velocidade e a quantidade do ar emitido. D) Controle de qualidade vocal Enquanto os mecanismos anteriores são envolvidos diretamente na produção da fonação, as variações na qualidade vocal dizem respeito à produção da voz como um todo. Quando produzimos uma voz mais rouca, mais clara, mais nasal, mais enérgica ou mais melosa, modificamos todo o trato vocal, e não somente o mecanismo de produção fonatória em nível laríngeo, ou seja, na produção das diferentes qualidades vocais envolvemos aspectos ressonantais, modificando a curva espectral do som. Distinguir as teorias da produção vocal (mioelástica-aerodinâmica e muco-ondulatória). Teoria mioelastica-aerodinâmica: conceito central: a elasticidade dos músculos e a pressão do ar produzem o som. Bernoulli essa teoria combina a inter-relação de forças da natureza •elástica dos músculos faríngeos •forças físicas aerodinâmica da respiração Aplicação a laringe: aumento da velocidade das partículas de a ocasionando a redução da pressão entre as pregas vocais desencadeando efeito de sucção que aproxima as pregas vocais seguidas de um retrocesso elástico que promove a adição gótica . Teoria muco-ondulatória: conceito central: a mucosa define a vibração das pregas vocais. Perelló apresentou essa teoria, reforcando a importancia da mucosa que reveste as pregas vocais no processo de vibração. É uma complementação da Teoria mioelastica-aerodinâmica, acrescentando a importancia do movimento muco-ondulatório da mucosa. De acordo com a teoria muco-ondulatória, a intensidade do som emitido depende de um maior ou menor grau de adução glótica; já a freqüência vocal é dependente da contração dos músculos cricotireoideo e tireoaritenóideo, os quais modificam a forma e o volume das pregas vocais. Por ser considerada uma complementação da mioelástica-aerodinâmica, esta teoria é muito aceita e empregada na descrição da produção vocal básica; contudo essa proposta se mostra insuficiente para explicar as variações vocais súbitas e imprevisíveis, assim como as emissões extremamente desviadas