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Fisiologia Humana - Sistema Cardíaco e Respiratório

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@anaodontoufpb 
Fisiologia Humana 
Sistema Cardiovascular 
Bomba cardíaca. Função: Bombear o sangue após trocas 
gasosas pelo corpo. 
Componentes: Coração, artérias, arteríolas. 
Gradiente de pressão nos vasos sanguíneos 
Diferença do gradiente de pressão, se desloca do local de maior 
para o de menor pressão. A pressão também diminui com o 
aumento da distância. 
Válvulas cardíacas 
• Valva atrioventricular direita (tricúspide) e Valva 
atrioventricular esquerda (bicúspide) 
• Válvulas semilunares: Valva pulmonar e Valva aórtica 
Condução elétrica: Coordenação da contração 
1. Nó sinoatrial (Nó AS) 
2. Nó atrioventricular (Nó AV) 
3. Feixe de His (Feixe atrioventricular) 
4. Fibras de Purkinje 
• Por que o marcapasso mais rápido determina a frequência 
cardíaca? Porque a tendência do coração é seguir as células 
com maior estímulo. O músculo em conjunto acompanha esse 
marcapasso. Células do nó sinoatrial que determinam a 
velocidade dos batimentos cardíacos (função marca passo). 
O estímulo partindo do nó sinoatrial despolariza as 
células e percorre a via atrioventricular (átrio), 
atingindo o Feixe de His (região septal) e finalmente 
propagando o impulso nervoso pelas Fibras de 
Purkinje (ventrículo). Acontecendo assim por 
despolarização a contração cardíaca e sístole dos 
ventrículos. A sístole dos átrios ocorre antes da dos 
ventrículos, pois o estímulo passa por esse 
primordialmente. Esse estímulo deve partir sempre 
da parte superior do coração (nó sinoatrial ou nó AS), 
para que o sangue percorra o sentido correto da 
contração (ventrículo-aorta, de baixo para cima). 
Eletrocardiograma (ECG) 
Reflete a atividade elétrica do coração. Os batimentos 
por minuto (bpm) são medidos pela frequência de 
repetição desses componentes. Frequência cardíaca é 
o espaço de tempo entre uma onda P e o início da onda 
P seguinte. A frequência cardíaca normal (em 
repouso) = 60 a 100 bpm. 
Componentes: 
 Onda P (despolarização atrial, átrio contraído, 
condução do nó SA ao AV) 
Complexo QRS (despolarização ventricular, ventrículo contraído, 
repolarização atrial) 
Onda T (repolarização ventricular, relaxamento/diástole completa) 
Regulação da frequência cardíaca 
Neurônios autônomos e catecolaminas (noradrenalina). 
Controle reflexo da frequência cardíaca 
Regulação do volume de ejeção 
Quanto maior a força de contração, maior será o volume de ejeção. A força de contração é afetada por 
comprimento da fibra muscular no início da contração e contratilidade (força) do coração. Volume de ejeção e 
controle venoso. Quanto ao sangue: 
Pré-carga: Sangue oxigenado ejetado no batimento. 
Pós-carga: Sangue que circula o organismo e retorna ao coração. 
 
@anaodontoufpb 
Ciclo cardíaco 
1. Coração em repouso: diástole atrial e ventricular 
2. Término do enchimento ventricular: sístole atrial 
3. Início da contração e primeira bulha cardíaca (valvas 
bicúspide/mitral e tricúspide fechando, TUM) 
4. Coração como bomba: ejeção ventricular 
5. Relaxamento ventricular e segunda bulha cardíaca 
(válvulas semilunares fechando, TLA) 
Sons de Korotkoff = Bulhas cardíacas 
Volume diastólico final (VDF): Preenchimento 
máximo dos ventrículos no final da diástole (135ml). 
Volume sistólico final (VDF): Quantidade de sangue 
que resta no ventrículo após ejeção (cerca de 65ml). 
Ventrículo esquerdo: Mudança de pressão e volume 
durante um ciclo cardíaco. 
• Enquanto a valva mitral não abre, a quantidade de 
volume permanece constante, 65ml pois o coração nunca 
está totalmente vazio: Ponto A. 
• Onde ocorre a primeira e segunda bulha cardíaca, 
respectivamente? Pontos B e D. 
Enchimento passivo e contração atrial: A – B 
Contração isovolumétrica: B - C 
Ejeção de sangue na aorta: C – D 
Relaxamento isovolumétrico: D – A 
A) valva mitral se abre 
B) valva da aorta se fecha 
C) valva da aorta se abre 
D) valva da aorta se fecha 
Fatores que afetam o débito cardíaco 
Varia de acordo com a frequência cardíaca e o 
volume sistólico, principalmente. 
Simpático x Parassimpático 
A estimulação pelos parassimpáticos diminui a 
frequência cardíaca. A estimulação pelos nervos 
simpáticos aumenta a frequência cardíaca. 
Hemodinâmica 
Princípios que governam o fluxo de sangue pelo 
sistema cardiovascular, fatores – fluxo, pressão, 
resistência, complacência (capacitância) – que 
influenciam na velocidade de circulação 
sanguínea. 
As características dos vasos sanguíneos – 
viscosidade, densidade e diâmetro – influenciam 
na velocidade da passagem do sangue. Além da 
alteração da conformação normal em: 
Vasoconstrição: Rico em oxigênio, baixo em 
gás carbônico, alta endotelina e angiotensina, frio 
e alto estímulo simpático. 
Vasodilatação: Baixo em oxigênio, rico em gás 
carbônico, alto óxido nítrico e histamina, calor e 
baixo estímulo simpático. 
 
 
Ictus cordis é a pulsação do ápice do coração 
@anaodontoufpb 
Área e volume nos vasos sanguíneos sistêmicos 
V = 
𝐐
𝐀
 
V = Velocidade / Q = Fluxo / A= Área 
Quanto maior a área, menor a velocidade, ocorre especialmente nos capilares 
para que o tempo necessário seja suficiente para a troca de nutrientes. O fluxo 
por vaso sanguíneo é idêntico = 10ml/s 
Fluxo sanguíneo por um vaso ou grupo de vasos é determinado por dois 
fatores: 
Diferença de pressão (∆P) e Resistência do vaso ao fluxo (R) 
Segundo a lei de Ohm 
Quanto maior a diferença de pressão, maior o fluxo. 
Quanto maior a resistência, menor o fluxo. 
Vasoconstrição x Vasodilatação 
O principal mecanismo para alterar o fluxo de sangue no sistema 
cardiovascular é por variação da resistência dos vasos sanguíneos, principalmente nas arteríolas. 
Resistência 
Resistência periférica total. Resistência ao fluxo sanguíneo por diâmetro, comprimento e viscosidade. 
R = 
∆𝐏
𝐐
 
 
Exemplo: R = 
∆P entre art.e veia renal
Fluxo sanguíneo renal
 
Define a resistência de só um órgão. 
Equação da resistência hidráulica (Poiseulle) 
Diretamente proporcional a viscosidade e comprimento 
Inversamente proporcional ao diâmetro, se o raio diminui a resistência aumenta. 
Fluxo Laminar x Fluxo Turbulento 
Fluxo laminar - perfil parabólico de velocidade. 
Fluxo turbulento 
O fluxo tende a se tornar turbulento quando: 
1. A velocidade do fluxo é alta 
2. A viscosidade do fluxo é baixa 
3. A densidade do fluxo é grande 
4. O diâmetro do tubo é grande 
5. A parede do vaso é irregular 
Número de Reynolds 
Número sem dimensão, utilizado para prever se o fluxo será laminar ou turbulento. Acima de 2000 é turbulento. 
Nr = 
𝒑𝒗𝒅
𝐧
 
p = Densidade do sangue / d = Diâmetro do vaso / v = Velocidade média de fluxo / n = Viscosidade do sangue 
A velocidade é o fator mais importante, por ser calculada ao quadrado, será o valor mais significativo. 
Velocidade crítica: Ponto no qual a relação Fluxo de sangue vs ∆P deixa de ser linear, passa a ser turbulento. 
Depende principalmente de densidade, raio e velocidade. 
Aplicação do Número de Reynolds 
Anemia: Perca de hemácias, o sangue perde sua viscosidade e fica mais fluído = fluxo turbulento. 
Trombos: Obstrução dos vasos, diminuição do diâmetro, porém isso aumenta sua velocidade = fluxo turbulento. 
Complacência dos vasos sanguíneos 
Complacência ou capacitância - distensibilidade, descreve o volume de sangue que o vaso pode armazenar em 
uma dada pressão. 
Diretamente proporcional ao volume e indiretamente proporcional a pressão, sendo uma veia mais complacente. 
Volume estressado - Artéria, maior pressão 
Volume não estressado - Veia, menor pressão 
Alteração da complacência dos vasos 
Venoconstrição 
Venodilatação 
Envelhecimento 
Perca da complacência (distensão), causa aumento da pressão pela alteração da parede do vaso sanguíneo o fluxo 
sanguíneo usa desse meio para compensar e conseguir circular com o volume total. 
@anaodontoufpb 
Pressão no sistema cardiovascular: 
Pressão arterial média 
À medida que nos afastamosdo coração, os 
vasos vão perdendo sua pressão. Aorta, 
grandes artérias, arteríolas, capilares, veia 
cava, átrio direito, respectivamente. 
Patologias relacionadas 
Aterosclerose: Acúmulo de gordura 
diminuição do diâmetro, maior velocidade 
em menor quantidade de fluxo, fluxo 
desviado aumenta a pressão em outros 
vasos que não suportam e se rompem. 
Estenose aórtica: Estreitamento da válvula, diminui e interrompe a passagem do sangue. 
Regurgitação aórtica: Retorno sanguíneo, pelo não fechamento total das valvas. 
Regulação da pressão arterial 
Pressão arterial: Elasticidade das artérias 
Pressão do sangue e força da fibra elástica direcionam o fluxo 
sanguíneo. 
Pressão arterial 
Pressão sistólica (picos, contração, 120mm Hg) 
Pressão diastólica (bases, relaxamento, 80mm Hg) 
Pressão de pulso (P sistólica - P diastólica, 40mm Hg) 
Pressão arterial média (PAM) 
PAM = P diastólica + 1/3 (P sistólica - P diastólica) 
A pressão de pulso é levada em consideração pois o coração passa mais tempo em diástole. 
Retorno venoso 
Ocorre por Válvulas, Musculatura esquelética e Bombas respiratórias. 
A bomba na musculatura esquelética ocorre por fechamento e abertura de válvulas 
conforme a contração do músculo, impulsionando o sangue de volta contra a gravidade. 
• As veias que vem do encéfalo para o coração possuem válvulas? 
Não possuem válvulas, por seguirem o fluxo da gravidade. 
Medida de pressão arterial: Esfigmomanômetro 
Realiza inflamento para a obstrução do vaso. Ao soltar o ar do esfigmomanômetro, 
temos como aferir a pressão sistólica máxima (120mm Hg) e depois a diastólica (80mm 
Hg), o barulho indicador gerado pela constrição do vaso, som de Korotkoff, provém do 
fluxo turbulento, aferindo a pressão normal (12/8). 
Controle da pressão arterial 
Um aumento do volume 
sanguíneo acarreta no aumento de pressão, ativando a 
compensação pelos rins, excreção de urina para diminuir 
o volume sanguíneo, e pelo sistema cardiovascular, por 
vasodilatação e diminuição do débito cardíaco. Dessa 
forma a pressão sanguínea volta ao normal. 
Fatores que influenciam a pressão arterial média 
Determinado pelo volume sanguíneo, efetividade cardíaca 
como bomba, resistência e distribuição dos vasos. 
Barorreceptores = Detectam pressão. 
Regulação da pressão arterial: Componentes do reflexo barorreceptor 
Simpática: Aumenta a frequência cardíaca 
Parassimpática: Diminui a frequência cardíaca 
Reflexo barorreceptor: Resposta para a pressão arterial aumentada 
Aumento de pressão, aumento no disparo dos barorreceptores, estímulo no centro integrador (medula) envia a 
informação para a ativação do parassimpático. Em uma hemorragia, esse mecanismo seria ativado para o 
aumento de pressão. 
Reflexo barorreceptor: Resposta à hipotensão ortostática 
Hipotensão ortostática é a queda significativa na pressão arterial, os barorreceptores a detectam e enviam ao 
centro integrador para que ocorra vasoconstrição e aumento da frequência cardíaca. 
Doenças cardiovasculares: Ataque cardíaco, Desenvolvimento de placas ateroscleróticas. 
@anaodontoufpb 
Sistema respiratório 
Principais funções: Troca de gases, defesa do organismo (constitui parte do sistema imune), metabolismo. 
Respiração - Processo automático sob controle do SNC. 
Movimentação dos gases do local de maior para o de menor pressão. 
Componentes do Sistema Respiratório 
O principal músculo é o diafragma: Sua contração aumenta o volume torácico inflando o pulmão, seu 
relaxamento diminui o volume torácico. Revestindo o pulmão temos sacos pleurais. 
Vias aéreas são subdivididas em porções: 
Superiores - Mantem o ar em temperatura corporal e umidificado. boca, cavidade nasal, faringe e laringe 
Inferiores - Bronquíolos e alvéolos. 
Células das vias aéreas 
Células caliciformes, células de clara e as células alveolares 
(300.000 alvéolos) se subdividem em: 
Tipo I - Troca de gases. 
Tipo II - Sintetiza surfactante, regeneração alveolar. 
Tipo III - Funciona como quimiorreceptor. 
Surfactante, considerado sabões ou detergentes (fosfolipídios, 
lipídios neutros, ácidos graxos e proteínas). diminui a tensão 
superficial, tem propriedade “anti-adesiva” produz uma barreira 
na interface ar-líquido. 
Vantagens fisiológicas: 
1. Diminui o trabalho respiratório, 
redução nas forças de tensão. 
2. Evita o colapso e aderência dos alvéolos na expiração, devido às propriedades 
anti-adesivas. 
3. Estabilização dos alvéolos, permite a diminuição da tensão superficial à medida 
que os alvéolos se tornam maiores. 
Patologia 
Doença da membrana hialina ou Síndrome do desconforto respiratório 
Crianças prematuras deficientes em surfactantes, sendo a principal causa de mortalidade e morbidade no 
período neonatal. 
Principais características: Progressiva atelectasia e insuficiência respiratória. 
Principal deficiência em surfactante: fosfatidilglicerol. 
Tratamento: terapia de reposição de surfactante. 
Solubilidade 
Facilidade com a qual um gás se dilui em uma solução. 
Se um gás é muito solúvel - grande quantidade de moléculas de gás irá para dentro da solução em uma 
pressão parcial baixa. CO2 é mais 
solúvel, sendo mais facilitada sua saída 
do organismo. 
Se os gases são menos solúveis – pressão 
parcial alta causa a dissolução de poucas 
moléculas de gás na solução. O2 é menos 
solúvel, sua entrada no corpo é mais 
dificultada. 
Mecânica pulmonar estática: volumes 
pulmonares 
Capacidade pulmonar total (CPT) 
Capacidade vital (CV), volume total de ar 
expirado após inspiração e expiração máxima. 
Volume residual (VR), volume de ar que 
permanece nos pulmões após a expiração 
máxima. 
Capacidade residual funcional (CRF), volume 
de ar que permanece nos pulmões após 
expiração basal (total). 
Conseguimos medir somente CPT e VR, 
clinicamente. 
@anaodontoufpb 
Clínica médica 
A relação VR/CPT é utilizada para diferenciar os diferentes tipos de 
pneumopatias. 
Doenças pulmonares obstrutivas – aumento de VR/CPT por aumento 
do VR, aprisionamento/retenção de ar devida à obstrução das vias 
aéreas. Ex: enfisema, asma, bronquite. 
Doenças pulmonares restritiva – aumento de VR/CPT por diminuição 
da CPT. Ex: fibrose cística. 
Complacência pulmonar 
Distensibilidade, medida das propriedades elásticas do pulmão. Valor normal: 0,21. 
Resistência pulmonar 
Resistência ao fluxo de ar nas vias respiratórias. Local de resistência ocorrem em vias aéreas de maior calibre e 
brônquios de grande calibre. 
Fatores que contribuem para a resistência: Diminuição do volume pulmonar, edema, muco, contração do 
músculo liso brônquico (diminui calibre das vias aéreas). 
Mal asmático - Patologia associada com elevação da resistência das vias aéreas. A inalação de oxigênio e hélio 
diminui a resistência das vias aéreas pela expansão. 
Limitação de fluxo e ponto de igual pressão 
Ponto igual de pressão - Ponto entre alvéolos e a boca na qual a pressão dentro das vias aéreas se equaliza com 
a pressão que circunda as vias aéreas. A medida em que o ponto de igual pressão fica mais próximo dos alvéolos, 
vias aéreas sofrem compressão e entram rapidamente em colapso. 
Patologias 
Doenças pulmonares agudas e crônicas alteram a relação fluxo respiratório – volume por mudanças na: 
1. Pressão da retração pulmonar estática. 
2. Resistência das vias aéreas e distribuição da resistência. 
3. Perda das forças mecânicas, não consegue expandir sua caixa torácica. 
4. Alteração na rigidez ou propriedades mecânicas das vias aéreas. 
Implicações clínicas 
Doença pulmonar obstrutiva crônica: Enfisema 
Características: Destruição das paredes capilares e alveolares 
Aumento na complacência pulmonar - se expande, mas tem dificuldade de retornar, aumentando o volume de 
ar retido e dificuldade em absorver ar externo. Ponto de igual pressão mais perto dos alvéolos Fechamento 
prematuro das vias aéreas. 
Ocorre retenção de ar e aumento de VR, CRF e CPT. Aumenta resistênciadas vias aéreas, portanto ocorre 
aumento do trabalho respiratório. 
Ventilação e perfusão 
Processo pelo qual gases novos se movem para dentro e fora do 
pulmão 
Ventilação minuto = f x Vc 
f =Número de incursões respiratórias/min 
Vc = Volume de ar inspirado por incursão respiratória (volume 
corrente) 
Adulto (tamanho médio) - Vc = 500ml 
Criança - Vc = 3 a 5ml/kg 
Músculo usados na ventilação 
Esternocleidomastoideo, internos intercostais e músculos abdominais 
(respiração), escaleno e diagframa. 
Ventilação alveolar 
Composição do ar ambiente: 21% de O2, 79% de N2 
Pressão parcial de O2 (Po2) no ar ambiente: 
Po2 = Fo2 x Pb 
Fo2 - fração de gás na mistura gasosa / Pb - pressão barométrica 
0,21 x 760 mmHg = 159 mmHg ou 159 torr 
Significa dizer que quando respirar, a pressão que entra no organismo 
de O2 é de 159 mmHg. Quando ele adentra e percorre o organismo, 
ele vai ser umidificado e esse valor vai ser mudado pela influência da 
saturação de vapor de água (47 mmHg). Ao chegar no alvéolo será de 
cerca de 100 mmHg. 
@anaodontoufpb 
Espaço morto anatômico 
Regiões do sistema respiratório onde o 
ar não participa efetivamente na troca 
de oxigênio e dióxido de carbono com o 
sangue, não interagindo com alvéolos. 
Espaço morto fisiológico 
Corresponde ao volume total de gás em 
cada incursão respiratória que não 
participa da troca gasosa. 
 Indivíduos normais – 25 a 30% 
da ventilação por minuto. 
Inclui espaço morto anatômico, espaço 
morto secundário aos alvéolos 
perfurados, mas não 
Perfusão 
Processo pelo qual o sangue 
desoxigenado passa através do pulmão e 
torna-se reoxigenado. 
Relação entre ventilação-perfusão: 
 Sem ventilação, o sangue que 
entra e sai de uma área permanece inalterado e não-oxigenado. 
Sem perfusão, o gás que entra e sai dos alvéolos permanece inalterado, pois não tem sangue para realizar 
as trocas gasosas. 
Indivíduos normais em repouso: Ventilação alveolar ~4,0l/min e Fluxo sanguíneo pulmonar ~5,0l/min 
Portanto: V/Q = 0,8 
Desequilíbrio entre o fluxo sanguíneo pulmonar e ventilação alveolar é a causa mais frequente de hipoxemia 
(pouco oxigênio no sangue) arterial sistêmica em pacientes com doença cardiopulmonar. 
Anormalidades gasosas do sangue arterial 
 Hipoxemia - PaO2 < 80 mmHg 
 Hipercapnia - PaCO2 > 40 mmHg (desvio padrão: 42 ou 38 mmHg) 
 Hipocapnia - PaCO2 < 35 mmHg 
Ventilação-perfusão em um único alvéolo: 
Pressão em um alvéolo: PaO2 = 102 mmHg / PaCO2 = 40 mmHg 
Pressão de oxigênio não oxigenado: PvO2 = 40 mmHg / PvCO2 = 46 mmHg 
Pressão de oxigênio oxigenado: PaO2 = 102 mmHg / PaCO2 = 40 mmHg 
Shunt anatômico 
Ocorre mistura de sangue desoxigenado com sangue oxigenado. Resulta em vários graus de hipoxemia arterial, 
não resolve quando o indivíduo respira O2 a 100%, por ser um problema anatômico, haverá pontos que não 
passam por alvéolos, posteriormente o sangue oxigenado (passou pelo alvéolo) e não oxigenado (que não passou) 
irão se misturar da mesma forma. 
Shunt fisiológico 
Descontinuidade da ventilação para uma das unidades pulmonares, o V/Q = 0. Ex: ateclasia, edema e tumores 
nas vias aéreas. Também pode ocorrer por bronquiconstrição. 
Hipoventilação 
Diminuição o nível de PaO2 (a - vaso sanguíneo). Aumenta o nível de PaCO2. 
Exceto quando o paciente respira por fonte enriquecida de O2 
Também diminui a PAO2 (A – alvéolo) 
Hipoxia arterial - Observada principalmente em indivíduos normais durante exercício em grandes altitudes 
(acima de 3.300m), pouco oxigênio é absorvido. 
Doenças associadas com a hipoxia 
Tetralogia de Fallot - cardiopatia congênita cianótica 
Características: Estenose da válvula pulmonar e defeito no septo ventricular 
Consequência: Pressão do ventrículo direito aumenta e sangue desoxigenado é desviado para o ventrículo 
esquerdo (shunt fisiológico), não passando pelo pulmão. 
Alterações na difusão 
Síndrome de Guillain-Barré: doença neuromuscular aguda. Quando atinge o músculo respiratório 
diminui ventilação minuto e PaCO2, aumenta PACO2, criando uma tendência de saída do ar. 
Asma: Obstrução do fluxo de ar, áreas de ventilação pobre e desequilíbrio da relação ventilação/perfusão. 
@anaodontoufpb 
Transporte de oxigênio e dióxido de carbono 
Importância funcional: Metabolismo intracelular de O2 supre a célula com sua maior fonte de energia – ATP. 
Captação de O2 pelos tecidos intensifica a eliminação de CO2. 
Difusão dos gases 
Velocidade do ar inspirado diminui à medida que o ar se aproxima dos alvéolos. Motivo: Múltiplas bifurcações 
do trato respiratório, aumento da área seccional transversa. 
Poros de Kohn – Presente nos alvéolos funcionam como canais intra-alveolares. 
Teoricamente, se a pressão parcial 
permanece constante: Quando a 
pressão parcial de um gás aumenta a 
do outro deve diminuir. 
Menor espessura e maior área, a 
difusão do gás será maior. 
Transporte de oxigênio 
Pode ser transportado dissolvido no 
plasma ou ligado à hemoglobina (Hb) - 
oxiemoglobina (HbO2). A anemia 
falciforme (HbS) afeta a ligação do 
oxigênio a hemoglobina. Metemoglobulina – Bloqueia liberação de O2 da hemoglobina (ferro do grupo heme 
muda de forma: ferroso para férrico). 
Total arterial de O2 
O oxigênio dissolvido em plasma depende da composição do ar inspirado, ventilação alveolar, profundidade da 
respiração, difusão do oxigênio entre o alvéolo e o sangue (área da superfície e distância para difusão). Oxigênio 
ligado a hemoglobina depende do número de sítios de ligação, saturação da Hb (pH, temperatura, 2-3DPG). 
Saturação da hemoglobina 
Menor saturação, maior pressão. Maior saturação, menor pressão. Isso se relaciona a afinidade de ligações. 
Fatores que deslocam a curva de dissociação 
Aumento da P50 (diminui a afinidade). Maior temperatura, CO2, pH, 2-3DPG. 
1. CO2 e pH – efeito Bohn (aumento de CO2) 
Intensifica a liberação de O2 para os tecidos e O2 captados nos pulmões. Causado por mudanças no pH 
e efeito direto do CO2 na Hb, desloca o gráfico para a direita, pH é exceção desloca pra esquerda. 
Diminuição no pH - Intensifica a dissociação do O2 
Aumento no pH - Aumenta a afinidade para o O2 
2. Temperatura 
Aumento – Durante exercícios, maior liberação de O2 para os tecidos 
Diminuição – Frio, liberação de O2 não é facilitada nas extremidades 
3. 2-3 Difosfoglicerato (2,3DPG) 
Aumento do nível de 2,3 DPG – diminui a afinidade da Hb por O2, se liga fortemente a Hb, fazendo que 
o O2 esteja livre pra se ligar ao tecido. 
Hipóxia - diminuição da hemonoglobulina e aumento 2,3 
HbS - aumento de 2,3DPG 
Hipóxia 
O2 disponível para as células é insuficiente para manter um metabolismo aeróbico adequado para as atividades 
celulares. Aumenta quantidade de desoxiemoglobina. Extremidades cianóticas. 
Tipos de hipóxia: 
Hipóxica - diminuição no aporte de O2 para os tecidos. 
Circulatória - inibição do fluxo sanguíneo para um órgão. 
@anaodontoufpb 
Anêmica - intoxicação com CO. 
Histotóxica - bloqueio do sistema transportador de elétrons, impede a utilização de O2 pelas células. 
Hormônio eritropoietina – Doença renal crônica 
Sintetizado nos rins, regula a produção de hemácias na medula óssea. Fatores estimulatórios: 
Diminuição do aporte de O2, Baixa concentração de Hb e Baixa Pao2 
Transporte de dióxido de carbono 
Função importante – Manutenção da homeostase. 
Fator mais importante na regulação da concentração de H+ no sangue, células e outros tecidos. Atua como 
estímulo químico dos quimiorreceptores da circulação periférica e do SNC. Atua na regulação da respiração em 
indivíduos normais. 
Principal fonte de produção 
Mitocôndrias (respiração celular). 
Conversão de carboidratos em gordura. 
Produto do metabolismo celular – ácido carbônico (H2CO3 – CO2 + H2O) 
Metabolismo da glicose – produz 6mol de CO2 
Indivíduo normal – taxa de produção de CO2 = 200ml/min 
Valor aumentado 6x durante estresse ou exercícios. 
CO2 se difunde facilmente do alvéolo para o capilare vice-versa. PACO2 = PcCO2 (pressão no alvéolo/capilar). 
Condições normais: 
PtCO2 = 50 mmHg (tecidos) 
PvCO2 = 46 mmHg (venosa) 
PaCO2 = 40 mmHg (arterial) 
Transporte de CO2: 
Ocorre no plasma e hemácias, em 3 formas químicas. Bicarbonato (HCO3) forma predominantemente dentro 
das hemácias. CO2 dissolvido. Complexos proteicos de tipo carbamino. 
CO2 + H2O ⇿ H2CO3 ⇿ H+ + HCO3- 
(Difusão para fora da célula por troca de Cl-) 
Controle da respiração 
Objetivos da respiração 
1. Minimizar o trabalho (perspectiva mecânica) 
2. Manter os gases sanguíneos (perspectiva fisiológica) 
3. Regular a Pco2 arterial 
4. Manter o equilíbrio ácido-base do SNC através dos efeitos da ventilação na Pco2 arterial 
Geração e regulação do ritmo da respiração pelo centro respiratório – Tronco encefálico. 
Controle da ventilação: Componentes envolvidos 
Centro de controle respiratório – medula oblonga do tronco cerebral. 
Quimiorreceptores centrais – abaixo da superfície ventrolateral da medula oblonga. 
Quimiorreceptores periféricos – células especializadas do arco aórtico e corpos carotídeos no pescoço. 
Mecanorreceptores pulmonares 
Principais características 
Centro de controle 
Ajuste do padrão rítmico (frequência e amplitude). Processamento de informações oriundas dos centros 
encefálicos superiores e de quimiorreceptores que controlam a frequência e amplitude do padrão ventilatório. 
Quimiorreceptores centrais 
Detectam alterações da Pco2 e pH do líquido intersticial do tronco cerebral (LCR), modulação da ventilação, 
respondem a alterações na composição química do sangue. 
Quimiorreceptores periféricos 
Detectam Po2, Pco2 e pH no sangue arterial, envia informações para núcleos na medula oblonga através do 
nervo vago e nervos dos seios carotídeos, transmite informações aferentes para o centro do controle respiratório. 
Mecanorreceptores pulmonares 
Em resposta ao grau de insuflação do pulmão ou pela presença de fator irritativo nas vias respiratórias. 
Sensores carotídeos de oxigênio: Células de glomus 
Localizados nas artérias carótidas, atuam na regulação da concentração de oxigênio no sangue. 
Resposta ao CO2 
Ventilação é regulada por: 
Oxigênio, gás carbônico e pH do sangue. 
Morfina, barbitúricos e anestésicos – deprimem o centro respiratório. 
 
@anaodontoufpb 
Via de sinalização – Gás carbônico 
Controle da ventilação 
Centro de controle respiratório 
Ritmicidade – Medula oblonga, Geração de padrão respiratório 
Grupo respiratório dorsal (GRD) – responsáveis pela inspiração – células no núcleo do trato solitário 
(região medial da medula oblonga). 
Grupo respiratório ventral (GRV) – 3 grupos de células (neurônios inspiratórios e expiratórios) 
Núcleo retrofacial rostral 
Núcleo retroambíguo caudal 
Núcleo para-ambíguo 
Centro pneumotáxico (inibitório, controla a amplitude da respiração) e Centro apnéustico (estimulatório, 
informação passa aos motoneurônios para o aumento do ritmo da capacidade respiratória). 
Anormalidades no controle da respiração 
Síndromes da apnéia do sono. Duração anormalmente prolongada, alterações da Po2 e Pco2 arterial. Categorias: 
1. Apnéia do sono obstrutiva 
Mais comum, fechamento das vias aéreas superiores (hipofaringe), causa mais comum é a obesidade, 
complacência excessiva da hipofaringe e edema das vias áreas superiores são outras causas. Indivíduo 
desperta quando hipoxemia e hipercarbia estimulam os quimiorreceptores. 
2. Apnéia do sono central 
Causa – diminuição do impulso ventilatórios para os motoneuronios respiratórios. 
3. Hipoventilação alveolar central 
Respiração voluntária – normal 
Automaticidade – anormal 
Pessoa com HAC podem respirar desde que não durmam 
Tratamento – ventilação mecânica ou uso de marcapasso diafragmático bilateral

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