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DIREITO 
 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
 
ARTIGO 150 DO CÓDIGO PENAL (CP) – VIOLAÇÃO DE DOMICILIO. 
Classificação do Crime: É um crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa. 
Interpretação dos fatos: O texto jurídico apresentado refere-se a uma condenação por violação de 
domicílio, tipificada no artigo 150, § 1º do Código Penal, em conjunto com o artigo 5º, inciso III, da Lei nº 
11.340/2006, que trata da violência doméstica. O réu foi condenado a uma pena de 07 (sete) meses de 
detenção em regime inicial aberto. Adicionalmente, a pena corporal foi substituída por uma pena restritiva 
de direito, conforme os termos estabelecidos na sentença. Essa substituição pode envolver medidas como 
prestação de serviços à comunidade, pagamento de multa, limitação de fim de semana, entre outras, a serem 
determinadas pelo juiz responsável pelo caso. 
Sujeito Ativo: Pode ser praticado por qualquer pessoa que pratique o ato de violar o domicílio alheio. 
Sujeito Passivo: É a pessoa prejudicada pela violação do domicílio, ou seja, o titular do direito de posse 
sobre o local. 
Objeto Material: É um crime próprio domicílio invadido sem autorização. 
Objeto Jurídico: A norma é proteger a inviolabilidade do domicílio, garantindo a privacidade e a segurança 
da residência. 
Elemento Subjetivo: Significa que o agente deve ter a intenção de violar o domicílio, sabendo que não tem 
autorização para isso. 
Próprio: Só pode ser praticado por quem realiza a ação de invadir o domicílio. 
Impróprio: Não se aplica. 
Formal: Se consuma com a simples invasão do domicílio, independentemente de eventuais danos causados. 
Material: Exige a efetiva invasão do domicílio. 
Forma Livre: A forma é livre, o que significa que o agente pode escolher o meio pelo qual irá realizar a 
invasão do domicílio. 
Forma Vinculada: Não se aplica. 
Comissivo: É comissivo, pois exige uma ação positiva do agente, que é a invasão do domicílio. 
Omissivo: Não se aplica. 
Instantâneo: É instantâneo, pois se consuma no momento em que o domicílio é invadido. 
Habitual: Não se aplica. 
Permanente: Não se aplica. 
De Perigo Concreto: O crime exige um perigo concreto, ou seja, é necessário que a invasão do domicílio 
represente efetivamente uma ameaça à privacidade e segurança dos ocupantes. 
De Perigo Abstrato: Também pode ser considerado um crime de perigo abstrato, pois a mera invasão do 
domicílio já é suficiente para configurar o delito. 
Unissubjetivo: O crime normalmente é cometido por um único agente, não sendo necessariamente 
plurissubjetivo. 
Plurissubjetivo: Cometido por mais de uma pessoa, como em situações de invasões realizadas por grupos. 
Unissubsistente: É unissubsistente, ou seja, se consuma com a simples invasão do domicílio, independente 
do resultado obtido. 
Plurissubsistente: Não se aplica. 
Admite Tentativa: Sim, o crime admite tentativa, quando o agente, tenta invadir o domicílio, mas não 
obtém sucesso. 
Acordão: Negar provimento unanime. 
 
Jurisprudência do STJ/STF: ARTIGO 150 DO CÓDIGO PENAL (CP) – VIOLAÇÃO DE 
DOMICILIO. APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO 
QUALIFICADO. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. SENTENÇA 
CONDENATÓRIA. PLEITO ABSOLUTÓRIO. INVIABILIDADE. AUTORIA E 
MATERIALIDADE DEVIDAMENTE DEMONSTRADAS. RECURSO CONHECIDO E NÃO 
PROVIDO. 1. Em crimes praticados no âmbito doméstico e familiar, a palavra da vítima assume especial 
relevância. In casu, as provas dos autos demonstram que o réu pulou o muro e adentrou na residência da 
ofendida, sem o consentimento dela, e lá permaneceu até a chegada dos policiais. 
2. Não há que se falar em absolvição por ausência de dolo específico quanto ao crime de violação de 
domicílio qualificado se o conjunto probatório revela que o réu entrou e permaneceu clandestinamente na 
residência da ofendida, contra a vontade expressa dela, demonstrando sua vontade livre de praticar as 
condutas descritas no tipo penal. 3. Recurso conhecido e não provido para manter a condenação do 
recorrente na sanção do artigo 150, § 1º , do Código Penal , c/c o artigo 5º , inciso III , da Lei nº 11.340 
/2006 (violação de domicílio qualificado no contexto da violência doméstica), à pena de 07 (sete) meses de 
detenção, em regime inicial aberto, substituída a pena corporal por uma restritiva de direito, nos termos da 
sentença. 
 
ARTIGO 151 DO CÓDIGO PENAL (CP) – VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA 
Classificação do Crime: O crime de violação de correspondência é um crime comum, que pode ser 
praticado por qualquer pessoa. 
Sujeito Ativo: Pode ser qualquer pessoa que pratique o ato de violar a correspondência alheia. 
Sujeito Passivo: É a pessoa prejudicada pela violação da correspondência, geralmente o destinatário 
legítimo. 
Objeto Material: O objeto material do crime é a própria correspondência que foi violada sem autorização. 
Objeto Jurídico: O objetivo jurídico da norma é proteger a inviolabilidade da correspondência, garantindo a 
privacidade das comunicações. 
Elemento Subjetivo: O crime é doloso, o que significa que o agente deve ter a intenção de violar a 
correspondência, sabendo que não tem autorização para isso. 
Próprio: O crime é próprio, pois só pode ser praticado por quem tem acesso à correspondência e a viola 
intencionalmente. 
Impróprio: Não se aplica. 
Formal: O crime é formal, pois se consuma com a simples violação da correspondência, independentemente 
de eventuais danos causados. 
Material: O crime é material, pois exige a efetiva violação da correspondência. 
Forma Livre: A forma é livre, o que significa que o agente pode escolher o meio pelo qual irá realizar a 
violação da correspondência. 
Forma Vinculada: Não se aplica. 
Comissivo: O crime é comissivo, pois exige uma ação positiva do agente, que é a violação da 
correspondência. 
Omissivo: Não se aplica. 
Instantâneo: O crime é instantâneo, pois se consuma no momento em que a correspondência é violada. 
Habitual: Não se aplica. 
Permanente: Não se aplica. 
De Perigo Concreto: O crime exige um perigo concreto, ou seja, é necessário que a violação da 
correspondência represente efetivamente uma ameaça à privacidade das comunicações. 
De Perigo Abstrato: Também pode ser considerado um crime de perigo abstrato, pois a mera violação da 
correspondência já é suficiente para configurar o delito. 
Unissubjetivo: O crime pode ser cometido por um único agente, não sendo necessariamente plurissubjetivo. 
Plurissubjetivo: O crime também pode ser cometido por mais de uma pessoa, como em situações de 
conivência ou cumplicidade na violação da correspondência. 
Unissubsistente: O crime é unissubsistente, ou seja, se consuma com a simples violação da correspondência, 
independente do resultado obtido. 
Plurissubsistente: Não se aplica. 
Admite Tentativa: Sim, o crime admite tentativa, quando o agente tenta violar a correspondência, mas não 
obtém sucesso. 
Indenização por dano moral. Valor arbitrado: A jurisprudência desta Corte estabelece que a revisão do 
valor arbitrado a título de indenização por dano moral apenas é viável quando a condenação é irrisória ou 
exorbitante. No caso, a reclamada foi condenada ao pagamento de indenização no valor de R$ 5.000,00 
(cinco mil reais), e, ante os fatos consignados (assédio moral e violação de correspondência eletrônica), não 
é desproporcional o valor fixado, o que não justifica a excepcional intervenção desta Corte no feito. Recurso 
de revista de que não se conhece. 
 
 
Jurisprudência do STJ/STF: ARTIGO 151 DO CÓDIGO PENAL (CP) – VIOLAÇÃO DE 
CORRESPONDÊNCIA. Jurisprudência do STJ/STF: ARTIGO 151 DO CÓDIGO PENAL (CP) – 
VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA RECURSO DE REVISTA. INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MORAIS. ASSÉDIO MORAL E VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA ELETRÔNICA (E-
MAIL). Trata-se de pedido de indenização por danos morais, em razão de assédio moral e violação de 
correspondência eletrônica (e-mail). 
 
O Tribunal Regional, soberano na análisedo conjunto probatório, entendeu que ficou comprovado o 
assédio moral (por meio de perseguição, rigor excessivo e chacota) e a violação da correspondência 
eletrônica (chacota baseada no conteúdo dos e-mails), ferindo direitos da imagem e vida privada da 
reclamante. Assim, sob o enfoque probatório, não há como se chegar a conclusão contrária nesta 
esfera recursal, pois, nos termos da Súmula nº 126 do TST, é vedado o reexame do conteúdo das 
provas produzidas e a sua valoração. 
 
A aplicação da Súmula nº 126 do TST impede o exame da alegação de violação de lei e de que foi 
contrariada súmula, bem como dos arestos colacionados. Recurso de revista de que não se conhece. 
 
ARTIGO 152 DO CÓDIGO PENAL (CP) – CORRESPONDÊNCIA COMERCIAL 
Classificação do Crime: O crime de violação de correspondência comercial é um crime comum, que pode 
ser praticado por qualquer pessoa. 
Sujeito Ativo: Pode ser qualquer pessoa que pratique o ato de violar a correspondência comercial alheia. 
Sujeito Passivo: É a pessoa prejudicada pela violação da correspondência comercial, geralmente o 
destinatário legítimo. 
Objeto Material: O objeto material do crime é a correspondência comercial que foi violada sem 
autorização. 
Objeto Jurídico: O objetivo jurídico da norma é proteger a confidencialidade e a inviolabilidade da 
correspondência comercial, garantindo a privacidade das comunicações comerciais. 
Elemento Subjetivo: O crime é doloso, o que significa que o agente deve ter a intenção de violar a 
correspondência comercial, sabendo que não tem autorização para isso. 
Próprio: O crime é próprio, pois só pode ser praticado por quem tem acesso à correspondência comercial e a 
viola intencionalmente. 
Impróprio: Não se aplica. 
Formal: O crime é formal, pois se consuma com a simples violação da correspondência, independentemente 
de eventuais danos causados. 
Material: O crime é material, pois exige a efetiva violação da correspondência comercial. 
Forma Livre: A forma é livre, o que significa que o agente pode escolher o meio pelo qual irá realizar a 
violação da correspondência comercial. 
Forma Vinculada: Não se aplica. 
Comissivo: O crime é comissivo, pois exige uma ação positiva do agente, que é a violação da 
correspondência comercial. 
Omissivo: Não se aplica. 
Instantâneo: O crime é instantâneo, pois se consuma no momento em que a correspondência comercial é 
violada. 
Habitual: Não se aplica. 
Permanente: Não se aplica. 
De Perigo Concreto: Exige um perigo concreto, ou seja, é necessário que a violação da correspondência 
comercial represente efetivamente uma ameaça à privacidade das comunicações comerciais. 
De Perigo Abstrato: Também pode ser considerado um crime de perigo abstrato, pois a mera violação da 
correspondência já é suficiente para configurar o delito. 
Unissubjetivo: O crime pode ser cometido por um único agente, não sendo necessariamente plurissubjetivo. 
Plurissubjetivo: O crime também pode ser cometido por mais de uma pessoa, como em situações de 
conivência ou cumplicidade na violação da correspondência. 
Unissubsistente: O crime é unissubsistente, ou seja, se consuma com a simples violação da correspondência, 
independente do resultado obtido. 
Plurissubsistente: Não se aplica. 
Admite Tentativa: Sim, o crime admite tentativa, quando o agente tenta violar a correspondência comercial, 
mas não obtém sucesso. 
 
 
Jurisprudência do STJ/STF: ARTIGO 152 DO CÓDIGO PENAL (CP) – CORRESPONDÊNCIA 
COMERCIAL 
 
Jurisprudência do STJ/STF: ARTIGO 152 DO CÓDIGO PENAL (CP) – CORRESPONDÊNCIA 
COMERCIAL - RECURSO ESPECIAL. AÇÃO MONITÓRIA. REVELIA. CUMPRIMENTO DE 
SENTENÇA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CITAÇÃO POSTAL. MANDADO 
CITATÓRIO RECEBIDO POR TERCEIRO. IMPOSSIBILIDADE. RÉU PESSOA FÍSICA. 
NECESSIDADE DE RECEBIMENTO E ASSINATURA PELO PRÓPRIO CITANDO, SOB PENA 
DE NULIDADE DO ATO, NOS TERMOS DO QUE DISPÕEM OS ARTS. 248 , § 1º , E 280 DO 
CPC/2015 . TEORIA DA APARÊNCIA QUE NÃO SE APLICA AO CASO. NULIDADE DA 
CITAÇÃO RECONHECIDA. RECURSO PROVIDO. 
 
1. A citação de pessoa física pelo correio se dá com a entrega da carta citatória diretamente ao citando, 
cuja assinatura deverá constar no respectivo aviso de recebimento, sob pena de nulidade do ato, nos 
termos do que dispõem os arts. 248 , § 1º , e 280 do CPC/2015 . 
 
2. Na hipótese, a carta citatória não foi entregue ao citando, ora recorrente, mas sim à pessoa estranha 
ao feito, em clara violação aos referidos dispositivos legais. 
 
3. Vale ressaltar que o fato de a citação postal ter sido enviada ao estabelecimento comercial onde o 
recorrente exerce suas atividades como sócio administrador não é suficiente para afastar norma 
processual expressa, sobretudo porque não há como se ter certeza de que o réu tenha efetivamente 
tomado ciência da ação monitória contra si ajuizada, não se podendo olvidar que o feito correu à sua 
revelia. 
 
4. A possibilidade da carta de citação ser recebida por terceira pessoa somente ocorre quando o 
citando for pessoa jurídica, nos termos do disposto no § 2º do art. 248 do CPC/2015 , ou nos casos em 
que, nos condomínios edilícios ou loteamentos com controle de acesso, a entrega do mandado for feita 
a funcionário da portaria responsável pelo recebimento da correspondência, conforme estabelece o § 
4º do referido dispositivo legal, hipóteses, contudo, que não se subsumem ao presente caso. 
 
5. Recurso especial provido. 
 
 
ARTIGO 153 DO CÓDIGO PENAL (CP) – DIVULGAÇÃO DE SEGREDO 
Classificação do Crime: O crime de divulgação de segredo é um crime comum, que pode ser praticado por 
qualquer pessoa. Porém na interpretação dos fatos, não há interesse da Administração Pública, diante da 
ausência de prejuízo (tanto efetivo como presumido), quando os efeitos do cometimento da conduta atribuída 
ao agente - delito de divulgação de segredo 
Sujeito Ativo: Pode ser qualquer pessoa que pratique o ato de divulgar um segredo alheio sem autorização. 
Sujeito Passivo: É a pessoa prejudicada pela divulgação do segredo, geralmente a titular da informação 
confidencial. 
Objeto Material: O objeto material do crime é o próprio segredo que foi divulgado sem autorização. 
Objeto Jurídico: O objetivo jurídico da norma é proteger a confidencialidade das informações e evitar que 
sejam divulgadas sem autorização, o que pode causar danos a terceiros. 
Elemento Subjetivo: O crime é doloso, o que significa que o agente deve ter a intenção de divulgar o 
segredo, sabendo que não tem autorização para isso. 
Próprio: O crime é próprio, pois só pode ser praticado por quem tem conhecimento do segredo e divulga 
intencionalmente. 
Impróprio: Não se aplica. 
Formal: O crime é formal, pois se consuma com a simples divulgação do segredo, independentemente de 
eventuais danos causados. 
Material: O crime é material, pois exige a efetiva divulgação do segredo. 
Forma Livre: A forma é livre, o que significa que o agente pode escolher o meio pelo qual irá realizar a 
divulgação do segredo. 
Forma Vinculada: Não se aplica. 
Comissivo: O crime é comissivo, pois exige uma ação positiva do agente, que é a divulgação do segredo. 
Omissivo: Não se aplica. 
Instantâneo: O crime é instantâneo, pois se consuma no momento em que o segredo é divulgado. 
Habitual: Não se aplica. 
Permanente: Não se aplica. 
De Perigo Concreto: O crime exige um perigo concreto, ou seja, é necessário que a divulgação do segredo 
seja capaz de causar dano a terceiros. 
De Perigo Abstrato: Também pode ser considerado um crime de perigo abstrato, pois a mera divulgação do 
segredo já é suficiente para configurar o delito. 
Unissubjetivo: O crime pode ser cometido por um único agente, não sendo necessariamente plurissubjetivo. 
Plurissubjetivo: O crime pode ser cometido por mais de uma pessoa, como em situações de conivência ou 
cumplicidade na divulgação do segredo. 
Unissubsistente: O crime é unissubsistente, ou seja, se consuma com a simples divulgaçãodo segredo, 
independente do resultado obtido. 
Plurissubsistente: Não se aplica. 
Admite Tentativa: Sim, o crime admite tentativa, quando o agente tenta divulgar o segredo, mas não obtém 
sucesso. 
 
 
Jurisprudência do STJ/STF: ARTIGO 153 DO CÓDIGO PENAL (CP) – DIVULGAÇÃO DE 
SEGREDO - TRF-4 - Recurso Criminal em Sentido Estrito: RCCR XXXXX20104047201 SC 
XXXXX-15.2010.4.04.7201 - Jurisprudência • Acórdão • PENAL. RECURSO EM SENTIDO 
ESTRITO. ARTIGO 153 , § 1º - A, DO CP . DIVULGAÇÃO DE SEGREDO. VULNERAÇÃO DOS 
SISTEMAS INFORMATIZADOS MANTIDOS PELA ADMINISTRAÇÃO. INTERESSE DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. NATUREZA DA AÇÃO PENAL. 
 
Não há interesse da Administração Pública, diante da ausência de prejuízo (tanto efetivo como 
presumido), quando os efeitos do cometimento da conduta atribuída ao agente - delito de divulgação 
de segredo (artigo 153 , § 1º-A, do CP )- não desbordam dos limites da esfera individual. Para tanto, 
não importa o fato de as informações vulneradas terem origem em sistemas de informações da 
Administração Pública, uma vez que é elemento (normativo) do tipo penal. 
 
ARTIGO 154 DO CÓDIGO PENAL (CP) – VIOLAÇÃO DO SEGREDO PROFISSIONAL 
Classificação do Crime: O crime de violação do segredo profissional é um crime comum, que pode ser 
praticado por qualquer pessoa. Ao trancar a ação penal, a Sexta Turma determinou a remessa dos autos ao 
Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina ao qual o médico está vinculado, para que os órgãos 
tomem as medidas que entenderem pertinentes. De acordo com o processo, a paciente teria 
aproximadamente 16 semanas de gravidez quando passou mal e procurou o hospital. Durante o atendimento, 
o médico suspeitou que o quadro fosse provocado pela ingestão de remédio abortivo e, por isso, decidiu 
acionar a Polícia Militar. Após a instauração do inquérito, o médico ainda teria encaminhado à autoridade 
policial o prontuário da paciente para comprovação de suas afirmações, além de ter sido arrolado como 
testemunha. Com base nessas informações, o Ministério Público propôs a ação penal e, após a primeira fase 
do procedimento do tribunal do júri, a mulher foi pronunciada pelo crime do artigo 124 do CP. CPP proíbe 
médico de revelar segredo profissional obtido durante atendimento: No pedido de habeas corpus, além de 
sustentar a tese de quebra de sigilo profissional pelo médico, a defesa apontou suposta incompatibilidade 
entre a criminalização do aborto provocado e os princípios constitucionais, requerendo a declaração de não 
recepção, pela Constituição de 1988, do artigo 124 do CP. 
Código de ética: O ministro mencionou também o Código de Ética Médica – citado em voto vencido no 
julgamento do caso em segundo grau –, cujo artigo 73 impede o médico de revelar segredo que possa expor 
o paciente a processo penal e determina que, se convocado como testemunha, deverá declarar o seu 
impedimento. 
Sujeito Ativo: Pode ser qualquer pessoa que pratique o ato de violar o segredo profissional. 
Sujeito Passivo: É a pessoa prejudicada pela violação do segredo profissional, geralmente o titular do 
segredo. 
Objeto Material: O objeto material do crime é o segredo profissional violado, que é uma informação 
confidencial relacionada à atividade profissional da pessoa. 
Objeto Jurídico: O objetivo jurídico da norma é proteger a confidencialidade das informações profissionais 
e evitar que sejam divulgadas sem justa causa, o que pode causar danos a terceiros. 
Elemento Subjetivo: O crime é doloso, o que significa que o agente deve ter a intenção de violar o segredo 
profissional, sabendo que não há justa causa para isso. 
Próprio: O crime é próprio, ou seja, só pode ser praticado por quem tem acesso à informação em razão de 
função, ministério, ofício ou profissão. 
Impróprio: Não se aplica. 
Formal: O crime é formal, pois se consuma com a simples violação do segredo, independentemente de 
eventuais danos causados. 
Material: O crime é material, pois exige a efetiva violação do segredo profissional. 
Forma Livre: A forma é livre, o que significa que o agente pode escolher o meio pelo qual irá violar o 
segredo profissional. 
Forma Vinculada: Não se aplica. 
Comissivo: O crime é comissivo, pois exige uma ação positiva do agente, que é a violação do segredo 
profissional. 
Omissivo: Não se aplica. 
Instantâneo: O crime é instantâneo, pois se consuma em um único ato de violação do segredo. 
Habitual: Não se aplica. 
Permanente: Não se aplica. 
De Perigo Concreto: O crime exige um perigo concreto, ou seja, é necessário que a violação do segredo 
represente efetivamente uma ameaça à segurança da informação. 
De Perigo Abstrato: Também pode ser considerado um crime de perigo abstrato, pois a mera violação do 
segredo já é suficiente para configurar o delito. 
Unissubjetivo: O crime pode ser cometido por um único agente, não sendo necessariamente plurissubjetivo. 
Plurissubjetivo: O crime também pode ser cometido por mais de uma pessoa, como em situações de 
conivência ou cumplicidade na violação do segredo. 
Unissubsistente: O crime é unissubsistente, ou seja, se consuma com a mera violação do segredo, 
independente do resultado obtido. 
Plurissubsistente: Não se aplica. 
Admite Tentativa: Sim, o crime admite tentativa, quando o agente tenta violar o segredo, mas não obtém 
sucesso. 
 
Jurisprudência do STJ/STF: ARTIGO 154 DO CÓDIGO PENAL (CP) – VIOLAÇÃO DO SEGREDO 
PROFISSIONAL - Sexta Turma tranca ação penal por aborto ao ver quebra de sigilo profissional entre 
médico e paciente. A constatação de quebra do sigilo profissional entre médico e paciente levou a Sexta 
Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a trancar, nesta terça-feira (14), uma ação penal que apurava o 
crime de aborto provocado pela própria gestante (artigo 124 do Código Penal – CP). Além de ter acionado 
a polícia por suspeitar da prática do delito, o médico foi arrolado como testemunha no processo – situações 
que, para o colegiado, violaram o artigo 207 do Código de Processo Penal (CPP) e geraram nulidade das 
provas reunidas nos autos. 
O ministro Sebastião Reis Júnior, relator, destacou que o habeas corpus não é a via judicial adequada para a 
realização do controle difuso de constitucionalidade, mesmo porque a definição sobre o tema está pendente 
de análise pelo Supremo Tribunal Federal (ADPF 442). O relator lembrou que, segundo o artigo 207 do 
CPP, são proibidas de depor as pessoas que, em razão de suas atividades profissionais, devam guardar 
segredo – salvo se, autorizadas pela parte interessada, queiram dar o seu testemunho. "O médico que 
atendeu a paciente se encaixa na proibição, uma vez que se mostra como confidente necessário, estando 
proibido de revelar segredo de que tem conhecimento em razão da profissão intelectual, bem como de depor 
sobre o fato como testemunha", concluiu. 
 
ARTIGO 154-A DO CÓDIGO PENAL (CP) – INVASÃO DE DISPOSITIVO INFORMÁTICO 
Classificação do Crime: O crime de invasão de dispositivo informático é um crime comum, que pode ser 
praticado por qualquer pessoa. 
Sujeito Ativo: Pode ser qualquer pessoa que pratique o ato de invadir um dispositivo informático alheio sem 
autorização. 
Sujeito Passivo: É a pessoa titular do dispositivo informático invadido. 
Objeto Material: O objeto material do crime é o próprio dispositivo informático que foi invadido, como um 
computador, smartphone, tablet, entre outros objetos eletrônicos. 
Objeto Jurídico: O objetivo jurídico da norma é proteger a segurança e a privacidade das informações 
armazenadas em dispositivos informáticos. 
Elemento Subjetivo: O crime é doloso, o que significa que o agente deve ter a intenção de invadir o 
dispositivo informático, sabendo que não possui autorização para tal. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm#art124
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art207
Próprio: O crime é próprio, ou seja, só pode ser praticado porquem possui capacidade técnica para invadir 
dispositivos informáticos. 
Impróprio: Não se aplica. 
Formal: O crime é formal, sendo suficiente a mera tentativa de invasão, independentemente do resultado. 
Material: O crime é material, pois exige a efetiva invasão do dispositivo informático. 
Forma Livre: A forma é livre, o que significa que o agente pode escolher o meio pelo qual irá realizar a 
invasão, desde que viole a segurança do dispositivo. 
Forma Vinculada: Não se aplica. 
Comissivo: O crime é comissivo, pois exige uma ação positiva do agente, que é a invasão do dispositivo 
informático. 
Omissivo: Não se aplica. 
Instantâneo: O crime é instantâneo, pois se consuma em um único ato de invasão. 
Habitual: Não se aplica. 
Permanente: Não se aplica. 
De Perigo Concreto: O crime exige um perigo concreto, ou seja, é necessário que a invasão represente 
efetivamente uma ameaça à segurança do dispositivo ou aos dados armazenados nele. 
De Perigo Abstrato: Também pode ser considerado um crime de perigo abstrato, pois a mera invasão já é 
suficiente para configurar o delito. 
Unissubjetivo: O crime pode ser cometido por um único agente, não sendo necessariamente plurissubjetivo. 
Plurissubjetivo: O crime também pode ser cometido por mais de uma pessoa, como em situações de 
ciberataques realizados por grupos. 
Unissubsistente: O crime é unissubsistente, ou seja, se consuma com a mera invasão, independente do 
resultado obtido. 
Plurissubsistente: Não se aplica. 
Admite Tentativa: Sim, o crime admite tentativa, quando o agente, tenta invadir o dispositivo, mas não 
obtém sucesso. 
 
Jurisprudência do STJ/STF: ARTIGO 154-A DO CÓDIGO PENAL (CP) – INVASÃO DE 
DISPOSITIVO INFORMÁTICO 
 
APELAÇÃO CRIMINAL. INVASÃO DE DISPOSITIVO INFORMÁTICO. FORMA 
QUALIFICADA. TIPICIDADE CONFIGURADA. CONDENAÇÃO MANTIDA. DOSIMETRIA. 
CONSEQUENCIAS DO CRIME. ANÁLISE ESCORREITA. QUANTUM. READEQUAÇÃO. PENA 
PECUNIÁRIA. EXCLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE. REDUÇÃO. PROPORCIONALIDADE COM A 
PENA CORPORAL. SUBSTITUIÇÃO. POSSIBILIDADE. 
I - A expressão "dispositivo informático" não se refere apenas aos equipamentos físicos (hardware), mas também os sistemas, 
dispositivos que funcionam por computação em nuvem, facebook, instagram, e-mail e outros. 
 
II - O crime previsto no art. 154-A do CP possui dois núcleos de conduta típica não cumulativos: (i) invadir dispositivo informático 
alheio, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização do titular e (ii) instalar vulnerabilidades, 
visando obter vantagem ilícita. Pela literalidade do dispositivo, a ausência de violação de dispositivo de segurança impede a configuração 
típica apenas da conduta de invadir. 
 
III - Pratica a conduta tipificada no art. 154-A , § 3º, do CP aquele que, sem o conhecimento de sua então namorada, instala programa 
espião no notebook dela, com o fim de monitorar as conversas e atividades e, diante dessa vulnerabilidade, consegue violar os 
dispositivos de segurança e, com isso, ter acesso ao conteúdo das comunicações eletrônicas privadas e outras informações pessoais, 
inclusive diversas senhas. 
 
IV - A constatação de que a conduta do réu causou transtornos de ordem psicológica que excederam a normalidade do tipo justifica a 
avaliação desfavorável das consequências do crime. V - Ausente determinação legal acerca do quantum de aumento da pena-base, a par 
da análise desfavorável de circunstância judicial, a jurisprudência entende adequada a fração de 1/8 (um oitavo) sobre o intervalo entre 
os limites mínimo e máximo abstratamente cominados no tipo legal. 
 
VI - A pena de multa é sanção que integra o preceito secundário do tipo penal sob exame e de aplicação cogente. Deve, ainda, ser 
estabelecido observando os mesmos parâmetros utilizados para fixação da pena corporal. 
 
VII - Em se tratando de crime cometido no contexto das relações domésticas, mas sem o emprego de violência ou grave ameaça, admite-
se a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, desde que presentes os requisitos do art. 44 do CP . 
 
VIII - Recurso conhecido e parcialmente provido.

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