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Wilson Rogério Rescigno RECREAÇÃO E LAZER E-book 3 Neste E-Book: INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3 CONCEITUAÇÕES E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS SOCIAIS DE RECREAÇÃO E LAZER ��������������������������������������������������������������������������4 Conceituações ���������������������������������������������������������������������������4 O jogo no contexto escolar e social ���������������������������������������14 Atividades de inclusão de Recreação e Lazer �����������������������15 ATIVIDADES CIRCENSES �������������������������������������21 Recreação e Lazer na questão ambiental �����������������������������23 Elaboração e organização de eventos de Recreação e Lazer ����������������������������������������������������������������������������������������27 CONSIDERAÇÕES FINAIS ������������������������������������31 SÍNTESE ��������������������������������������������������������������������34 2 INTRODUÇÃO Neste módulo, aprofundaremos um pouco mais as conceituações de atividades físicas, esportes, jogos e recreação; verificando quais suas contribuições e utilização como ferramentas na organização de eventos escolares e projetos sociais de recreação e lazer� Será importante entendermos a estrutura de um projeto, as etapas a serem seguidas e as adequações de espaços para efetivação e sucesso do projeto, definições de metas, prazos, recursos disponíveis e a complexidade do projeto� Vamos enfatizar as ca- pacidades que os profissionais de Educação Física devem aprimorar para a execução de tais tarefas� Será de extrema importância a análise de diversos fatores que envolvem projetos de recreação e lazer relacionados à inclusão de pessoas com deficiência. Então, vamos começar! 3 CONCEITUAÇÕES E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS SOCIAIS DE RECREAÇÃO E LAZER Nesta etapa, você terá a oportunidade de saber mais sobre as conceituações e escolhas adequadas das modalidades de projetos, além da possibilidade de enquadramento de atividades específicas, relacionan- do espaços de realização, faixas etárias, objetivos dos projetos e diversas possibilidades de trabalhos de inclusão social para as pessoas deficientes. Conceituações Ser fisicamente ativo é uma das ações mais impor- tantes que as pessoas de todas as idades podem tomar para melhorar a sua saúde� A Atividade Física pode ser definida como qualquer movimento do corpo que exija gasto de energia� Isso inclui qualquer movimento que você faz durante o dia, excluindo-se ficar sentado ou deitado. Por exem- plo, caminhar para a aula, subir as escadas, cortar a grama e até limpar a casa pode ser considerado uma atividade física, além dos exercícios físicos es- truturados e os esportes� A atividade física pode ter caráter intencional ou obrigatório, uma frequência de realização diária ou somente aos fins de semana. 4 A atividade física pode ser dividida a por categorias: ● Atividades esportivas; ● Exercícios de condicionamento físico; ● Tarefas domésticas; ● Outras atividades que geram gasto calórico� A atividade física pode ser dividida por nível de intensidade: ● Leve – Os exemplos incluem caminhar a um ritmo lento ou de lazer, cozinhar, ou as tarefas domésticas simples; ● Moderada – Os exemplos incluem caminhar rapi- damente ou limpar o quintal; ● Alta – Os exemplos incluem correr, carregar ma- teriais pesados, subir escadas, participar de práticas esportivas� Ao participar de diferentes tipos de atividades físi- cas, os indivíduos geralmente têm motivos diver- sos para realizá-las, ou seja, tipos diferentes de atividades que possuem diferentes funções. Por exemplo, uma das principais razões para muitos participantes de atividades físicas é melhorar sua saúde e condicionamento físico; outros buscam alguma mudança estética e alguns buscam me- lhorar o desempenho esportivo. Enfim, os objetivos para a prática de atividades físicas podem variar, de acordo com cada indivíduo� 5 Podemos observar que as pessoas, ao praticarem alguma atividade física que apresente características mais descontraídas, buscam uma mudança gradual e contínua, diferentemente de um atleta, que bus- ca melhorar o seu desempenho e tem uma postura muito mais séria� As atividades físicas apresentam níveis graduais de evolução� Inicialmente, no nível básico, sendo que a primeira introdução à atividade física ou es- porte, acontece nas fases iniciais da vida escolar das crianças� Nesse nível é importante a inclusão de atividades recreativas e jogos cooperativos, pois, como já estudado anteriormente, eles auxiliam no desenvolvimento das crianças� Em seguida, temos o nível de participação, com ênfase na diversão, so- ciabilização e desenvolvimento de amizades, parti- cipando de maneira recreativa e descontraída� No nível de desempenho, em que há um compromisso com o envolvimento regular no esporte, os indivíduos devem ser mais focados e dedicados – neste nível a ênfase está na vitória. O Esporte pode ser encarado, basicamente, como uma experiência competitiva e pode ser identificado por algumas características específicas: ● É altamente estruturado e estabelece regras bem definidas, como período de tempo de duração as atividades; ● Envolve o uso de equipamento especializado e uniformes; 6 ● Acompanham as atividades esportivas árbitros e representantes de federações e confederações; ● As preparações técnicas, táticas e estratégicas são constantemente desenvolvidas com o objetivo de superar os adversários; ● Os objetivos a serem alcançados como resultado do melhor desempenho podem ser troféus, medalhas e também financeiro, além dos objetivos pessoais, como a sensação de vitória, a satisfação própria ou da equipe com o resultado alcançado; ● A alta performance e o elevado nível de habilidade são visíveis no esporte; ● Elevadas cargas de treinamentos e comprometi- mento envolvem os esportistas para manter e melho- rar os níveis de aptidão e habilidade, pois o esporte exige uma evolução constante; ● O esporte competitivo busca sempre a vitória in- dividual ou da própria equipe� FIQUE ATENTO Quanto mais características de competição, altos níveis de habilidade e regras definidas, maior será a probabilidade dessa atividade ser classificada como esporte, em oposição à recreação� A participação no esporte tem vários benefícios im- portantes para os indivíduos e para a sociedade em geral� Alguns são até semelhantes aos benefícios promovidos pelas atividades de recreação� 7 Os esportes praticados como lazer podem ajudar a melhorar a saúde, a qualidade de vida e o bem- -estar, além de melhorar os níveis de aptidão físi- ca. A autoconfiança, geralmente, aumenta como resultado da melhoria do condicionamento físico e do sucesso das habilidades, o que pode elevar o fator de bem-estar para os participantes� O esporte oferece oportunidades sociais, como a melhora na comunicação, na sociabilização, e no trabalho como integrante de uma equipe� A participação no esporte não competitivo pode ajudar a desenvol- ver a moral e atitudes esportivas positivas, como o respeito e o espírito esportivo, que também podem influenciar positivamente o comportamento geral de uma pessoa, quando utiliza seu de tempo de lazer da forma propícia� Para a sociedade, o envolvimento regular dos cida- dãos em atividades esportivas promove vários be- nefícios: ajuda a diminuir o estresse e a reduzir os níveis de obesidade, na medida em que a saúde e o condicionamento físico melhoram� Os níveis de crimi- nalidade também podem ser reduzidos, à medida que os indivíduos fazem um uso mais positivo do tempo livre praticando esportes� O aumento da integração social e a igualdade de oportunidades podem resul- tar do aumento da participação no esporte, quando aliado a outros fatores sociais� A participação no esporte traz benefícios econômicos, pois as indús- trias e lojas de equipamentos esportivos oferecem muitos produtos aos esportistas, o que faz girara economia� As oportunidades de emprego são gera- 8 das naturalmente como resultado da participação esportiva, profissionais de Educação Física e outros profissionais envolvidos também são beneficiados. Objetivos e características do esporte escolar: o es- porte escolar possui características diferentes das atividades desenvolvidas nas aulas de Educação Física, pois sua prática é desenvolvida principalmen- te em períodos extracurriculares como uma opção para os alunos que frequentam a escola� O esporte escolar é competitivo e objetiva a participação em campeonatos escolares em nível municipal, esta- tual e nacional� Muitas vezes, as escolas contratam professores especialistas nas modalidades espor- tivas ministradas na escola, aumentando assim a quantidade de atividades esportivas extracurriculares disponíveis para os alunos; além disso, com profes- sores especialistas, as habilidades podem ser mais bem desenvolvidas, possibilitando o surgimento de novos talentos esportivos� Existem vários benefícios em participar do esporte escolar: no aspecto físico, proporciona o aumento dos níveis de atividade e, por consequência, ocorre uma melhora na saúde, além da aptidão física e nos níveis de habilidade, o que proporciona o aumento da autoestima das crianças participantes� Socialmente, novos grupos e novas amizades podem ser forma- dos� As habilidades cognitivas são aprimoradas e podem resultar em uma melhora na capacidade de tomadas de decisão, além de um estímulo para a melhora do desempenho pedagógico, quando o es- 9 porte está atrelado aos resultados em notas e com- portamentais na sala de aula� Tendo considerado os conceitos de atividade física e esporte, principalmente isolados, também é impor- tante considerar como eles se comparam e contras- tam de várias maneiras diferentes� A Recreação, como estudado anteriormente, pode ser definida como “o aspecto ativo do lazer”. Tempo livre é o que pode ser gasto ativa ou passivamente� Se usado ativamente, pode ser classificado como re- creação, pois é voluntário para uma pessoa escolher as atividades em que participam. A ênfase está na participação com prazer nas atividades escolhidas, sem o objetivo de ganhar� Características da Recreação: ● É de natureza divertida, agradável, segura e infor- mal; portanto, vencer não é importante, participar é o principal motivo� ● É fisicamente ativa, ou seja, envolve esforço físico aplicado à atividade� ● Participar é uma questão de escolha do indivíduo, destinando seu tempo livre para a atividade� ● Tende a envolver adultos em busca de uma mu- dança gradual de comportamento� ● É de natureza flexível, ou seja, as regras e o tempo de duração das atividades podem ser alterados a qualquer momento� ● Quaisquer decisões durante as atividades são tomadas pelos próprios participantes� Tamanho de 10 campo, número de participantes, forma de divisão das equipes, entre outros� As funções da recreação podem ser vistas em ter- mos de resultados positivos para os indivíduos, bem como para a sociedade que se beneficia proporcio- nalmente, em relação ao número de indivíduos ade- rindo aos eventos recreativos; quanto mais pessoas elevarem o seu nível de atividade física e recreação, maiores serão o benefícios sociais� A participação regular em atividades de recreação proporciona benefícios como a melhora da saúde e o nível de aptidão física dos indivíduos e também auxi- lia no desenvolvimento de novas habilidades e manu- tenção das já adquiridas anteriormente. Proporciona aos indivíduos um desafio que, se o superarem, levará a um senso de conquista e a um aumento dos níveis de autoestima e de autoconfiança. A recreação pode proporcionar uma chance de relaxar e pode atuar como alívio do estresse no trabalho� A participação em atividades de recreação pode ajudar os indivíduos na sociabilização, facilitando novas amizades� Como a recreação ocorre em um ambiente descontraído, proporciona às pessoas uma sensação de diversão e prazer e, com isso, é possível prolongar as atividades por toda a vida, pois a ênfase está em participar no seu próprio ritmo, em vez de tentar derrotar os outros – a atenção deve sempre recair sobre as adaptações que as atividades precisam passar� 11 Diferenças e semelhanças básicas entre Recreação e Esporte Esporte e Recreação são semelhantes, pois ambos envolvem atividade física, o que ajuda a aumentar a saúde e a boa forma� Eles podem ser realizados no tempo livre – como atividades voluntárias –, quando indivíduos obtêm benefícios intrínsecos como resul- tado da participação, alcançando uma sensação de satisfação pessoal ao atingir seus objetivos� Observe na tabela abaixo as diferenças entre esporte e recreação: RECREAÇÃO ESPORTE Disponível para todos Voluntário Livre escolha Mais seletivo Obrigatório Imposição (até a si mesmo) Ênfase em participar Foco no prazer Ênfase em ganhar Seriedade Competitividade Esforço Compromisso limitado Apresenta variações Alto nível de esforço Compromisso Competição específica As regras podem ser modificadas Escolha de horários e número de participantes Atendem a regras aplicadas As decisões são dos participantes Árbitros aplicam regras Recompensas principalmente intrínsecas, prazer, bem-estar, satisfação pessoal Recompensas extrínsecas dispo- níveis para o êxito no resultado, premiações, troféus, medalhas e financeira 12 RECREAÇÃO ESPORTE Níveis variados de habilidade e condicionamento físico Níveis mais altos de habilidade e condicionamento físico Equipamentos básicos e roupas apropriadas Equipamentos e roupas de alta tecnologia Tabela 1: Diferenças entre esporte e recreação� Fonte: Elaboração própria� O Exercício Físico é um tipo de atividade física, po- rém nem toda atividade física pode ser considerada um exercício� O exercício é uma atividade planejada, estruturada e repetitiva, com o objetivo de melhorar ou manter a aptidão física� Atividade física e exercício físico são termos que descrevem diferentes conceitos� No entanto, eles geralmente são confundidos entre si e os termos, às vezes, são usados como sinônimos� O exercício físico pode ser dividido em cinco objetivos: ● Aumento de força muscular; ● Melhora do condicionamento físico; ● Melhora da capacidade cardiorrespiratória; ● Aumento da mobilidade e flexibilidade; ● Prevenção de doenças. REFLITA A tão divulgada frase “Esporte é saúde” não deve estar associada ao esporte competitivo, pois, para 13 obtenção de resultados positivos, vitórias e do melhor desempenho, as cargas de treinamento devem ser muito elevadas, o que acarreta aos atle- tas, muitas vezes, lesões e um nível de estresse altíssimo� O jogo no contexto escolar e social O jogo na escola apresenta benefícios a todas as crian- ças – o desenvolvimento completo do corpo e da men- te. Por isso, na atividade lúdica, o que importa não é apenas a ação, mas o produto da atividade que dela resulta� Momentos de fantasia são transformados em realidade, momentos de percepção, de conhecimentos, momentos de vida� O jogo permite também o desen- volvimento da afetividade, cujo território é o dos senti- mentos, das paixões, das emoções por onde transitam medos, sofrimentos, interesses e alegrias� Uma relação educativa pressupõe o conhecimento de sentimentos próprios e alheios, o que requer do educador atenção mais profunda e interesse em querer conhecer mais e conviver com o aluno: o envolvimento afetivo, como também o cognitivo de todo o processo de criatividade que envolve o sujeito ser criança� (IAVORSK, 2008) Nas aulas de Educação Física é importante que o professor motive os alunos, despertando o espírito de cooperação e a ludicidade� Somente com uma aula motivante é possível conseguir um número grande de alunos envolvidos nas atividades e, o mais impor- tante, sendo fisicamente ativos. 14 As aulas de Educação Física escolar atualmente apresentam características que direcionam para atividadesesportivas� Isso acontece principalmente nas séries finais do ensino fundamental e no ensino médio� As atividades recreativas, que são trabalha- das intensamente nas séries iniciais da formação escolar, acabam sendo deixadas de lado, dando espaço a atividades esportivas� Sabemos que isso é uma tendência natural, de acordo com o desen- volvimento dos alunos, percebe-se que o interesse pelas atividades recreativas diminui muito, porém, o profissional de Educação Física deve estar atento a isso e, de forma alguma, perder a oportunidade de desenvolver todos os benefícios – descritos ante- riormente – que a recreação proporciona� A mescla de atividades esportivas e recreativas talvez seja o melhor a fazer� É possível um grande envolvimento nas aulas de Educação Física, mesmo quando as atividades propostas não mensurem resultado ou performance, daí a possibilidade de inserção, nas aulas, de atividades cooperativas que promovem uma participação efetiva, sem evidenciar os mais habilidosos em detrimento dos demais alunos� Atividades de inclusão de Recreação e Lazer SAIBA MAIS Antes de começarmos o próximo tópico, que tal assistirmos a um vídeo? 15 “A vida que você escolheu”, disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=Z2dxnw336uU Crianças e jovens com deficiência precisam de opor- tunidades para desfrutar de atividades recreativas e de lazer com outras pessoas da mesma idade que não tenham deficiência. Pais e professores sempre souberam da importância de atividades integradas� Há diversas maneiras em que crianças com defi- ciência podem ser envolvidas em brincadeiras com outras crianças� Esse envolvimento exige alto grau de comprometi- mento dos pais e profissionais, como quando uma família instala uma piscina nova e convida todos para festas ou quando um grupo de crianças reinventa a cadeira de rodas de uma criança com deficiência para ser usada como “carro” – essas são brincadei- ras comuns� Brincadeiras e amizades espontâneas dentro da comunidade e da escola geralmente são algumas das experiências mais agradáveis para qual- quer indivíduo� As atividades recreativas organizadas são outra ex- periência importante para as crianças. Com muita frequência, crianças com deficiência não participam de atividades organizadas por instituições e clubes ou mesmo nas atividades extracurriculares da escola� Isso acontece porque não se tem o suporte neces- sário e este, na maioria das vezes, só está disponível quando os pais fornecem� No entanto, muitas orga- nizações estão procurando meios para prover esse 16 tipo de apoio, em vez de somente limitar as crianças com deficiência. A inclusão de crianças com alguma deficiência em grupos em que seja possível a participação geral pode ser desenvolvida com experiências recreativas e devem ter como base que a integração é possível para todos� As instituições e os indivíduos que pres- tam apoio às crianças com deficiência devem aceitar o desafio de descobrir a melhor forma de promover a participação e a interação e como ajudar a tornar isso possível� A partir do momento em que as crianças que apre- sentam alguma deficiência não recebem apoio para a sua integração social, elas acabam ficando vulne- ráveis ao isolamento. Cabe, também, aos profissio- nais de Educação Física enfrentarem esse desafio, principalmente por meio de atividades recreativas, e proporcionar oportunidades para essas crianças� A amizade é vital para uma vida feliz. Portanto, a in- tegração deve incluir uma dimensão social e também física� As atividades de recreação e lazer permitem que as pessoas se divirtam, relaxem e encontrem outras pessoas que compartilham interesses seme- lhantes e podem se tornar amigos� Muitas vezes, no entanto, quando as pessoas com deficiência parti- cipam de atividades em ambientes integrados, elas experimentam pouca ou nenhuma interação social com as pessoas ao seu redor� Estar atento a essa si- tuação é uma obrigação do profissional de Educação Física e saber analisar as diversas possibilidades de 17 atividades a serem prescritas, pensando sempre nos jogos cooperativos, que têm um potencial enorme de promover essa inclusão� Para promover essa inclusão, o profissional de Educação Física precisa fornecer apoio para agre- gar a criança com deficiência a outras crianças e criar oportunidades para fomentar o respeito e novas amizades� Existem várias maneiras de conseguir isso: o envol- vimento do profissional deve ser com as crianças sem deficiência para, depois, incluir nas atividades a criança com deficiência. Envolvendo as crianças e fornecendo um elo para conexão entre elas� Esse profissional não deve ser encarado como aquele que se relaciona apenas com a criança com deficiência e sim aquele responsável por promover a integração entre todos, pois a troca de aprendizados é mútua� Todas as crianças terão a oportunidade de aprender umas com as outras, independentemente de apresen- tarem deficiência ou não. Quem presta esse apoio deve estar ciente de que suas interações com as crianças com deficiência podem servir de modelo para outras crianças e adultos� Isso pode ser par- ticularmente importante para ajudar a sociedade a enxergar a eficiência de diferentes formas e entender que a realização das atividades propostas pode ser executada de diversas maneiras e que não existe um padrão para isso� 18 É importante a supervisão nas interações das crian- ças sem o envolvimento direto do profissional, pois a sua presença pode inibir certas ações� Algumas vezes é necessário deixar que as coisas aconteçam naturalmente – e tudo o que for observado pode ser- vir de ferramenta para próximas atividades� É essencial observar as interações de todos os envol- vidos nas atividades� Algumas atividades são mais propícias para reunir as crianças do que outras; o profissional que direciona a atividade deve perce- ber e promover oportunidades de interação, mesmo que isso signifique revisar planejamentos de aulas para permitir brincadeiras espontâneas� Nem todas as interações são verbais: torcer juntos, sentar-se juntos e assistir a um evento, trabalhar em equipe para construir algo, entre outros, são exemplos de interações não verbais� A integração não garante que amizades se desenvol- vam entre as crianças; no entanto, atividades integra- das de lazer e recreação, com o apoio adequado po- dem oferecer muitas oportunidades para as crianças se divertirem, se familiarizarem e experimentarem maior vínculo social e escolar� Respeitar a individualidade significa que os tipos de estímulos devem focar as necessidades de uma criança em particular e devem ser adaptáveis, levan- do-se sempre em consideração as necessidades individuas de todas as crianças� Conhecer suas ca- racterísticas específicas é o mais importante pas- so no processo de integração� É primordial, nesse 19 contexto, determinar qual a melhor abordagem e estratégia de integração� O ato de estimular a aquisição de habilidades, embo- ra muito importante, precisa estar alinhado a outros aspectos da interação social e não deve determinar a natureza exata da participação da criança em uma atividade� As atividades propostas com objetivo de desenvolvimento de habilidades devem ser apresen- tadas de forma global e, quando possível, indo para o desenvolvimento específico. Habilidades e compor- tamentos indiretamente associados a uma atividade também são relevantes, como: torcer para a execução de uma tarefa e comemorar a conclusão com êxito, além de aprender sobre a tarefa proposta� As crianças precisam de períodos variáveis de tempo para aprender novas habilidades, rotinas e atividades� Isso se rela- ciona diretamente com a individualidade da criança� Atividades adaptadas com participações em determi- nados momentos permitem maior integração; isso pode acontecer quando se mescla atividades cooperativas e competitivas� Essas adaptações podem proporcionar novas maneiras de integração entre as crianças� A supervisãodeve acontecer de forma coerente, sem superproteção da criança com deficiência, pois isso pode criar barreiras; ela pode não aprender o que é necessário na atividade proposta� É importante: estar consciente das necessidades de uma criança, do apoio direto, e de saber quando recuar� Acesse o Podcast 1 em Módulos 20 https://famonline.instructure.com/files/708156/download?download_frd=1 ATIVIDADES CIRCENSES Figura 1: Fonte: Circus Akimbo� Por meio da aprendizagem das artes circenses, os alunos desenvolvem a atenção, o foco e a persistên- cia; além de ganhar confiança e força para lidar com os desafios cotidianos. As atividades circenses aju- dam a despertar maior percepção para a resolução de problemas e a determinação que será necessária na idade adulta� Os alunos melhoram a concentração e aprendem como lidar com a frustração temporária para alcançar o sucesso� Essas atividades funcionam como incentivo e capacitam os alunos para a defi- nição e o alcance de metas para, com isso, atingir a excelência pessoal em seus próprios níveis. 21 https://circusakimbo.com.au/store/youth-performance-troupe/ O grau de dificuldade das atividades sofre grande va- riação e isso promove o senso de autoconfiança, bem como estabelece desafios pessoais proporcionais ao nível de habilidade de todos� Enquanto propõe-se desafiar todos os participantes, enfatiza-se também uma abordagem não competitiva� Sem objetivos com- petitivos, cada aluno é liberado para aprender novas habilidades em seu próprio nível e ritmo� A abordagem trabalhada nas atividades circenses tem como objetivo compartilhar as habilidades e a cultura do circo nos aspectos de recreação e lazer, por meio da interação positiva e do entusiasmo� É possível desenvolver uma atmosfera cooperativa, não competitiva e inclusiva; e fornecer a cada criança experiências positivas e duradouras que vão além das aulas de Educação Física. O profissional de Educação Física pode utilizar as atividades circenses para a evolução da comunidade escolar e atender demandas que, muitas vezes, não são atendidas com outras atividades propostas� É possível, por meio de atividades circenses, introduzir gradativamente os jogos cooperativos em substitui- ção às atividades competitivas� É conveniente ressaltar que as atividades circen- ses são atraentes e estimulam a participação dos alunos, principalmente nas séries finais do ensino fundamental e no ensino médio� 22 O circo pode estar na escola o ano todo� Os planos de aula e as propostas do planejamento pedagógico oferecem inúmeras oportunidades para estender as artes circenses para todas as séries, além de possibi- litar uma ampla variedade de atividades adequadas às faixas etárias� Essas atividades podem ser usadas ainda no desenvolvimento de projetos anuais, com apresentação aos pais em fechamentos de ciclos ou em atividades de finais de ano. Recreação e Lazer na questão ambiental Acesse o Podcast 2 em Módulos Atualmente, vivemos em uma sociedade extrema- mente urbana, havendo um exacerbado crescimento e uma “supervalorização” de espaço nas grandes cidades� De forma geral, a busca individualista passa a ditar as regras de sobrevivência de cada indivíduo, incentivados por diversas informações consumis- tas. A carência de contato com as áreas verdes vem provocando uma reaproximação entre o ser huma- no e a natureza� Nesse contexto, as atividades de aventura se estabelecem como uma manifestação corporal para suprir tal falta� Tais práticas de aventura expressam as incertezas geradas pelo praticante, referenciando o risco calculado e contrapondo-se à tendência dos esportes tradicionais, os quais permi- tem o reconhecimento do espaço em que a atividade será praticada� 23 https://famonline.instructure.com/files/708157/download?download_frd=1 A alegria das atividades de recreação ao ar livre tem sido uma tendência no mundo de hoje. Geralmente, isso causa impactos diretos e indiretos na natureza� Assim, todas as atividades precisam ser realizadas com base na preservação e nos cuidados com o meio ambiente� Isso é crucial para que as próximas gerações tenham oportunidade de convivência com a natureza. Com base nesse fenômeno, os profis- sionais de Educação Física devem estar prepara- dos para propor atividades conscientes de contato com a natureza, enfatizando sempre a relevância da preservação ambiental, expondo os problemas e os desafios que se apresentam. Embora a aventura – como experiência subjetiva da busca de emoções frente aos novos desafios – talvez seja uma busca iniciada em tempos remotos ela, cer- tamente, faz parte do instinto intrínseco de aventura do ser humano, e é nos tempos atuais que os indiví- duos estão buscando ainda mais essa experiência e também uma diversificação dessas atividades na perspectiva do lazer� Em tese, elas estão ligadas a sensações de risco, a elevações controladas das emo- ções e, em muitos casos, à proximidade extrema com a natureza e outras dimensões sensíveis, cuja busca de revalorização aponta para um diferencial dessas práticas em relação aos esportes convencionais� (BRUHNS, 2003; SCHWARTZ, 2006; MARINHO, 2008) A consolidação da sociedade capitalista e das rela- ções humanas pautadas por valores materiais e que ainda busca, de forma desenfreada, a otimização dos 24 meios de produção e a maximização da incorporação dos elementos naturais à economia e à indústria – e também o considerável aumento da urbanização –, tem fortalecido o sentimento de procura, no homem moderno, por experiências diferenciadas que bus- quem valorizar sua relação com a natureza também de forma diferenciada (BAHIA; SAMPAIO 2005). Em decorrência do extrativismo exacerbado, em que se aproveita tudo o que a natureza pode produzir e oferecer para o consumo, tenta-se incrementar uma conscientização e humanização do homem pelas práticas de lazer que podem ser vivenciadas em um meio mais natural� A recreação ao ar livre é a melhor maneira de cons- truir a relação entre as pessoas e a natureza� Mas, se as regras e regulamentos sobre preservação ambiental não forem devidamente respeitadas, os indivíduos dessa geração serão responsabilizados por todos os prejuízos causados à biodiversidade e não darão oportunidades às gerações futuras de apreciarem e compartilharem os benefícios que a natureza nos oferece� Então, cabe aos profissionais envolvidos nas ativi- dades de recreação em meio a natureza zelar por esse patrimônio que nos é oferecido� O meio am- biente pode ser danificado quando o ser humano não possui a devida conscientização e o cuidado com a manutenção de todo o ecossistema� Em termos do impacto das atividades recreativas no meio am- biente, embora não seja especialmente significativo, 25 quando comparado a fatores como poluição indus- trial, há uma série de impactos que não podem ser ignorados, pois a gravidade desses impactos tam- bém pode estar fortemente relacionada aos níveis de uso e exploração que as atividades de recreação proporcionam� Para que as atividades de aventura sejam propos- tas como conteúdo da Educação Física, o primeiro passo deve ser uma análise do conteúdo educativo dessas práticas como pressuposto preliminar para a sua utilização como prática de desenvolvimento programático� Nessa perspectiva, o potencial educa- tivo dessas atividades junto à natureza parece ser bastante extenso, principalmente porque facilita si- tuações educativas em experiências pouco habituais para os participantes, possuindo um forte caráter motivador, carregadas de emoção, de significado e de intenção. (PEREIRA; MONTEIRO, 1995) Figura 2: Fonte: Freepik� 26 https://br.freepik.com/fotos-gratis/mae-com-filhos-fazendo-piquenique-na-floresta_7869920.htm#page=1&query=floresta&position=16 Elaboração e organização de eventos de Recreação e Lazer Neste tópico, abordaremos alguns fatores que in- fluenciam e colaboram para a elaboração e a orga- nização de eventos de recreação e lazer, tais como:● Explorar fatores que afetam o sucesso dos proje- tos de recreação; ● Planejar a execução completa do projeto; ● Realizar um projeto, relacionando a recreação e seus benefícios; ● Refletir sobre as responsabilidades do profissional de Educação Física na realização de um projeto de recreação� Antes de começar a elaborar um projeto de recrea- ção, é preciso pensar sobre todos os diferentes fa- tores que podem afetar seu sucesso� Isso ajudará no planejamento e evitará possíveis problemas� Entretanto, independentemente de suas caracte- rísticas ou de seu grau de complexidade, todos os projetos devem conter: ● Escopo (O que fazer): São propósitos específicos, alvos a serem alcançados, ao longo de determinado período, a fim de que a razão de ser do projeto seja alcançada; ● Cronograma (Quando fazer): Relaciona as ativi- dades a serem executadas e o tempo previsto para sua realização� O cronograma é responsável pela identificação do tempo necessário para a execução 27 total do projeto e também de várias microações que compõem o escopo� ● Método (Como fazer): São os meios escolhidos que sugerem como a empresa ou a pessoa espera materializar seus objetivos e, por conseguinte, sua missão� ● Responsável (Quem fará): Indica a pessoa ou as pessoas responsáveis pelas micro e macroexe- cuções� As ações devem sempre estar ligadas a alguém, ou seja, não há ações sem responsáveis� Porém, por mais que seja habitual haver uma só pes- soa responsável por várias ações, a sobrecarga de trabalho nunca evidencia resultados positivos� Desse modo, é muito importante o bom planejamento do número de pessoas envolvidas no projeto� ● Recursos (Com quanto e com quem será feito): Identifica os recursos humanos e financeiros neces- sários para o empreendimento� ● Definir metas claras: É importante ter objetivos cla- ros e definidos, antes de começar a colocar em prá- tica a elaboração de qualquer projeto� Realizar uma coleta minuciosa de informações, abrangendo todos os aspectos do projeto. Com objetivos definidos, será possível concentrar-se no que se pretende alcançar e evitar qualquer distração� Essas metas devem ser esclarecidas e explanadas para toda a equipe que participa do projeto� É crucial a elaboração de um cronograma para controle sobre os períodos em que cada objetivo do projeto será alcançado; com isso, será mais prático verificar o prazo global e ter a visão macro do projeto� 28 É preciso ter certeza de que o projeto estará sob controle e, para isso, é fundamental o levantamento dos recursos que precisarão estar disponíveis para completar o projeto, tais como: equipamentos, pes- soal e tempo para a realização� Muitas vezes, alguns aspectos do projeto não são de domínio do profissional de Educação Física; isso sig- nifica que será necessário o auxílio de profissionais de outras áreas� Ao elaborar um projeto de recrea- ção, é preciso uma análise sobre a demanda geral de trabalho e a capacidade de execução� A gestão do tempo de dedicação à execução do proje- to é de extrema importância e deve ser dimensionada de acordo com a capacidade produtiva da equipe organizadora� A elaboração adequada do projeto mi- nimiza erros e imprevistos, por isso, a dedicação ao planejamento inicial é tão imprescindível quanto ao seu desenvolvimento� Na elaboração inicial de um projeto de recreação é primordial dimensionar os obstáculos que podem surgir durante a execução, tais como: saída de pessoal da equipe de organização, problemas relacionados às licenças e autorizações de órgãos públicos, principalmente se for necessário espaço público para realização de eventos� Algumas observações importantes também devem ser levadas em consideração: A resolução de problemas deve ser rápida� Os proje- tos podem apresentar problemas independentemente do nível de critério usado durante o planejamento, 29 porém, é crucial lidar com isso rapidamente para que os prazos estimados não sejam prorrogados – esses problemas podem afetar a escala de tempo� Projetos alternativos devem ser programados, caso algo não aconteça conforme planejado. Isso significa ter um plano de contingência, como: pessoas para substituir alguém, se houver saída de membros da equipe, ou um lugar pré-reservado para realização do projeto, caso necessário� Isso ajudará a manter o cronograma efetivo com menor risco de insucesso� É importante que o gerenciamento do projeto seja realizado de forma eficaz. Para isso, deve-se moni- torar todo o progresso de execução e verificar se a direção seguida está de acordo com os objetivos determinados na fase inicial� Estar constantemente atento ao que estava planejado – isso garantirá o sucesso do projeto� 30 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste módulo, analisamos as diferenças e seme- lhanças conceituais de atividades físicas, esportes, exercícios físicos e os contextualizamos na área de recreação e lazer� Foi apresentada, de forma abrangente, a importância da prática de atividades físicas e entendido o quanto o esporte e a recreação podem ser semelhantes em muitos benefícios, porém, extremamente distintos na maneira como alcançá-los� Definimos também a estruturação particular do exercício físico, seus benefícios e características� Traçamos uma comparação direta entre esporte e recreação e, com isso, percebemos que, quando uma atividade apresenta predominantemente aspectos competitivos, ela gera resultados e é definida por regras fixas, que as caracterizam como esporte, em contraposição às atividades de recreação� Estas são atividades com regras passíveis de serem modifi- cadas a qualquer momento pelos próprios partici- pantes; em que os níveis de habilidade e condicio- namento físico são proporcionais à capacidade dos envolvidos e, por não estarem atreladas a resultados, são mais fáceis de serem praticadas, mesmo por pessoas de mais idade� Contextualizamos o jogo na escola e na socieda- de: sua importância, principalmente na atuação do profissional de Educação Física como mediador da 31 promoção da recreação e obtenção de prazer com as atividades desenvolvidas� Explanamos, de forma particular, a inclusão de crian- ças com deficiência em atividades escolares e so- ciais� Discutimos estratégias e características dos profissionais envolvidos e a importância da integra- ção – o resultado é um aprendizado para todas as pessoas envolvidas. Verificamos que profissionais entusiasmados, conhecedores da atividade, dispostos e capazes de se envolver com todos nas atividades de integração, não apenas com as crianças com deficiên- cia, facilitam e dinamizam todos os benefícios que essas atividades de integração podem proporcionar� Apresentamos as atividades circenses que, predomi- nantemente, utilizam a recreação para o seu desen- volvimento e sua relação direta com as atividades cooperativas� Relacionamos a relevância da preservação do meio ambiente e a responsabilidade dos profissionais que atuam na área dos esportes de aventura, além de entender por quais motivos as atividades em contato com a natureza tornaram-se uma bus- ca constante dos indivíduos, na sociedade atual� Identificamos as diversas possibilidades de desen- volvimento dessas atividades, em virtude de nosso território ser de uma beleza exuberante e possuir características naturais propícias para a realização de diversos esportes de aventura� 32 Por fim, e agora com conhecimento mais específico sobre as particularidades que envolvem a recreação e o lazer, abordamos as características e a relevân- cia do planejamento na organização de um evento de recreação� Entendemos fatores que podem ser cruciais para o resultado de sucesso ou fracasso, a definição de metas, o controle efetivo do tempo e da sequência do cronograma planejado, as adaptações necessárias para a elaboração específica do evento, em função das características dos indivíduos que farão parte do evento� Espero que você tenha desfrutado a leitura! 33 SÍNTESE Recreação e LazerCONTEÚDO: Atividade Física – qualquer movimento do corpo que exija gasto de energia. - O Esporte - experiência competitiva - A Recreação - o aspecto ativo do lazer - O Exercício Físico - atividade planejada, estruturada e repetitiva com o objetivo de melhorar ou manter a aptidão física. O jogo na escola: benefícios a todas as crianças, desenvolvimento completo do corpo e da mente. Na atividade lúdica: não importa a ação apenas, mas o produto da atividade que dela resulta – momentos de fantasia são transformados em realidade, momentos de percepção, de conhecimentos, momentos de vida. A inclusão de crianças com alguma deficiência em grupos em que seja possível a participação geral pode ser desenvolvida com experiências recreativas e devem ter como base: “a integração é possível para todos”. As instituições e os indivíduos que prestam apoio às crianças com deficiência devem aceitar o desafio de descobrir a melhor forma de promover a participação e a integração. As atividades circenses ajudam a despertar maior percepção para resolução de problemas e a determinação necessária na idade adulta. A recreação integrada à preservação do meio ambiente é a melhor maneira de construir a relação entre pessoas e natureza. Principais características do planejamento na organização de um evento de recreação. Referências Bibliográficas & Consultadas BAHIA, M. C.; SAMPAIO, T. M. V. Na trilha dos su- jeitos praticantes do lazer na natureza: um deba- te conceitual sobre lazer e meio ambiente� Belo Horizonte: Licere, 2005� [Biblioteca Virtual] BRAMANTE, A. C.; PINA, L. W. A. C.; SILVA, M. R. Gestão de espaços e equipamentos de esporte e lazer� Curitiba: Intersaberes, 2020� [Biblioteca Virtual] BRUHNS, H. T. No ritmo da aventura: explorando sensações e emoções. In: Turismo, lazer e nature- za. São Paulo: Manole, 2003. [Biblioteca Virtual] GONÇALVES, P. S.; HERNANDEZ, S. S. S.; RONCOLI, R. N. Recreação e lazer. Porto Alegre: SAGAH, 2018. [Minha Biblioteca] IAVORSKI, J�; VENDITTI, J� R� A ludicidade no desenvolvimento e aprendizado da criança na escola: reflexões sobre a Educação Física, jogo e inteligências múltiplas. EFDeportes.com, Revista Digital� Buenos Aires, Ano 2008� Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd119/a-ludicidade- -no-desenvolvimento-e-aprendizado-da-crianca-na- -escola.htm� Acesso em: 23 mar� 2020� ISAYAMA, H. F. Lazer em estudo: currículo e for- mação profissional. Campinas: Papirus, 2015. [Biblioteca Virtual] MARCELLINO, N� C� Lazer e recreação: repertório de atividades por ambientes. Campinas: Papirus, 2013� [Biblioteca Virtual] MARCELLINO, N� C� Lazer: formação e atuação profissional. Campinas: Papirus, 2013. [Biblioteca Virtual] MARCELLINO, N� C� Repertório de atividades de recreação e lazer: para hotéis, acampamentos, prefeituras, clubes e outros. Campinas: Papirus, 2019. [Biblioteca Virtual] MARINHO, A. Lazer, aventura e risco: refle- xões sobre atividades realizadas na natureza. Movimento, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 181-206, 2008. [Biblioteca Virtual] PEREIRA, J. M.; MONTEIRO, L. R. (1995) Atividades físicas de exploração da natureza: em defesa do seu valor educativo. Revista Horizonte 69, pp. 111-116. [Biblioteca Virtual] PIERONI, M. C. B. B.; SERAGLIA, M. C.; NAKASHIMA, L� E� M� Atividades físicas recrea- ção e jogos. São Paulo: Pearson, 2013. [Biblioteca Virtual] SCHWARTZ, G. M. (Org.). Aventuras na nature- za: consolidando significados. Jundiaí: Fontoura, 2006. [Biblioteca Virtual] SILVA, J. V. P. Lazer e esporte no século XXI: novi- dades no horizonte? Curitiba: Intersaberes, 2020� [Biblioteca Virtual] INTRODUÇÃO CONCEITUAÇÕES E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS SOCIAIS DE RECREAÇÃO E LAZER Conceituações O jogo no contexto escolar e social Atividades de inclusão de Recreação e Lazer ATIVIDADES CIRCENSES Recreação e Lazer na questão ambiental Elaboração e organização de eventos de Recreação e Lazer CONSIDERAÇÕES FINAIS Síntese
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