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Formações Profissionais TEMA 4: PATRIMÓNIO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Conforme visto nos capítulos anteriores, o PATRIMÔNIO é o objeto de estudo da Contabilidade. Assim, ratifica-se que a Contabilidade é uma ciência, por possuir objeto próprio (PATRIMÔNIO DAS ENTIDADES) e, consequentemente, seus próprios princípios. As demais classificações que se queiram atribuir à Contabilidade, por sua vez, como método, técnica, arte, são apenas alguns dos aspectos da Contabilidade concernentes à sua aplicação prática em casos concretos. A principal finalidade da Contabilidade é registrar a movimentação do patrimônio de uma entidade, quer qualitativa ou quantitativamente, a fim de fornecer informações úteis aos seus usuários e interessados. O patrimônio movimenta-se em função dos acontecimentos diários, como as compras, as vendas, os pagamentos, os recebimentos etc. Registrando tais acontecimentos, a Contabilidade poderá fornecer informações sobre a situação do patrimônio. 1. PATRIMÓNIO 1.1 Conceito do Património O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, vinculados a uma entidade (pessoa física, sociedade, empresa ou instituição de qualquer natureza) que tenha ou não fins lucrativos, independentemente de sua finalidade. O patrimônio das entidades é autônomo em relação aos demais patrimônios, podendo a entidade dispor dele livremente, dentro do ordenamento jurídico e com racionalidade econômica e administrativa. Embora hajam outras ciências que têm como seu objeto o patrimônio, à Contabilidade interessa apenas sob o aspecto qualitativo e quantitativo. Qualitativamente, o patrimônio é analisado pela natureza de seus elementos, como caixa, valores a receber e a pagar expressos monetariamente (moeda), máquinas, estoques de materiais ou mercadorias, participações fianceiras etc. Mas, interessam à Contabilidade a particularização e a individualização de cada componente, devendo-se decompor os termos coletivos como máquinas, por exemplo, pois é objeto da Contabilidade o acompanhamento individual de cada um dos componentes de elementos coletivos. Assim, dentro do elemento máquinas, podemos ter a máquina X, e esta terá um acompanhamento de sua evolução contábil, enquanto fizer parte do patrimônio da entidade com valor econômico, mesmo que venha a ser, contabilmente, depreciada de modo integral. Já o aspecto quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais em termos de valores econômicos ou monetários. De uma maneira geral, o que interessa às entidades é o aspecto valorativo ou monetário, de modo que os bens possam servir de meio à consecução dos objetivos sociais, quer diretamente, quer por meio de investimentos, quando então produzirão resultados acessórios. Dessa forma, se a entidade trocar mercadorias por dinheiro, houve apenas uma variação qualitativa no patrimônio, mas, se dessa troca resultar uma diferença (lucro ou prejuízo), a variação terá sido qualitativa e quantitativa. 1.1 Composição do Património Conforme vimos na definição do património, este é composto por três componentes essenciais: BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES. Portanto, há que se ter cuidado quando se fala que uma determinada pessoa possui um grande patrimônio, pois, apesar de ela possuir carros, imóveis, dinheiro, pode ser que possua também enorme quantidade de dívidas a serem pagas a terceiros. É importante ressaltar também que o montante das dívidas pode superar o total dos bens e direitos. É uma situação especial, de insolvência, que será vista em detalhes mais adiante, porém o patrimônio continua a existir. O patrimônio será analisado pela Contabilidade tanto no aspecto estático, quando são controlados, mensurados e demonstrados os seus elementos (bens, direitos e obrigações), quanto no aspecto dinâmico, quando são analisadas e controladas as operações que resultarem em modificações nos componentes patrimoniais 1.1.1 Bens Bens são coisas úteis, suscetíveis de avaliação econômica e que estejam à disposição de uma entidade para atingir sua finalidade. Sob o ponto de vista contábil, são elementos que compõem o patrimônio. Por avaliação econômica, devemos entender a menor fração da moeda de um país, no nosso caso, o centavo de real. Desta forma, mesmo que um bem valha somente um centavo, ou uma transação seja realizada e envolva tão somente um valor ínfimo, mesmo assim, ela deve ser registrada pela Contabilidade, pois, por menor que seja a variação patrimonial, quer qualitativamente ou quantitativamente, ela deve ser registrada pela Contabilidade. Vale ressaltar que até mesmo uma doação, quando envolva um bem, ou seja, algo que possui valor, deve ser objeto de registro na Contabilidade. Contabilisticamente, os bens classificam-se em: Classificação Descrição Bens Tangíveis Possuem existência física. São concretos, podem ser tocados Exemplo: Dinheiro, Mercadorias, Carros, Edificios, Telemóveis, Computadores, etc. Bens Intangíveis São abstratos. Não possuem existência física, mas representam uma aplicação do capital da empresa, pois possuem valor econômico. Exemplo: Patentes, Marcas, Softwares de computador como office, whatsapp, anti-virus, propriedades industriais, etc. 1.1.2 Direitos São valores que a empresa tem a receber de terceiros ou valores de propriedade da entidade, que se encontram em posse de terceiros, decorrentes ou não da atividade principal da entidade. Na linguagem comercial, são os créditos da empresa. Podem ser valores a receber (de clientes) ou a recuperar (como os tributos do governo). Os direitos são representados por títulos e documentos, tais como duplicatas a receber, cheques e notas promissórias. Exemplo: Dívidas de clientes, nercadorias em poder de terceiros, pagamentos adiantados a fornecedores, empréstimos concedidos a instituições financeiras ou particulares, Imposto que tem a recuperar do Estado. 1.1.2 Obrigações São valores a pagar em função de dívidas ou compromissos de qualquer natureza, assumidos perante terceiros, ou por bens de terceiros que se encontrem em posse da entidade, sobre os quais esta possui uma responsabilidade, quer pela devolução (empréstimo), quer pela indenização ou pelo pagamento. Assim, quando uma empresa compra um determinado bem a prazo (ex: um veículo), este passa imediatamente a compor o patrimônio da sociedade, ao mesmo tempo em que deverá ser registrada na Contabilidade a dívida (obrigação) assumida com o vendedor do bem. Como exemplos de obrigações teríamos ainda: salários a pagar, contas a pagar, fornecedores, financiamentos bancários, impostos a recolher, impostos a pagar etc. Essas são as obrigações propriamente ditas ou exigíveis (contraídas com terceiros). 1.1.3 Representação Gráfica do Património O patrimônio, como já visto, é composto pelo conjunto de bens, direitos e obrigações. Ao conjunto dos bens e direitos, que equivale às aplicações de recursos da empresa, representando, em tese, a parte positiva, chamamos de ATIVO. Às obrigações, que representam as origens de recursos, teoricamente, a parte negativa, chamamos de PASSIVO. Esses componentes patrimoniais são dispostos na demonstração contábil chamada balanço patrimonial, de forma simplificada, num gráfico em forma de “T”, como segue: PATRIMÓNIO OU PATRIMÓNIO BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES ACTIVOS PASSIVOS Além do ATIVO e do PASSIVO, há ainda um terceiro componente patrimonial, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO, correspondendo exatamente à diferença entre ATIVO e PASSIVO. Este também é denominado de investimento próprio por alguns autores, ou CAPITAL PRÓPRIO, e até mesmo de SITUAÇÃO LÍQUIDA. Isto porque, no lado direito, estão as obrigações com terceiros (é o passivo propriamente dito ou passivo exigível – PE), e as obrigações com os sócios (patrimônio líquido – PL). Estas últimas se referem ao valorinvestido pelo sócio na empresa (capital social), somado aos resultados (positivos ou negativos) gerados pela sua atividade. Não são valores exigíveis como as obrigações com terceiros. Assim, graficamente, a nossa representação gráfica fica assim: PATRIMÓNIO OU PATRIMÓNIO BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES ACTIVOS PASSIVOS + PATRIMÓNIO LÍQUIDO 1.2 Equação Fundamental da Contabilidade O patrimônio líquido é a diferença entre o ATIVO e o PASSIVO da empresa. Também é conhecido como capital próprio. O capital representa a importância que os sócios ou acionistas entregaram à sociedade, bem como as importâncias geradas por esta entidade e que estejam formalmente incorporadas ao mesmo. Prejuízos acumulados representam o resultado negativo gerado pela entidade e que não pôde ser absorvido pelas reservas anteriormente constituídas. COMPONENTE FORMULA CAPITAL PROPRIO ACTIVO – PASSIVO ACTIVO PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO ACTIVO – CAPITAL PRÓPRIO 1.2.1 Diferentes Situações do Património a) Activo > Passivo Situação Líquida Positiva, Favorável ou Superavitária – quando o valor do ativo (bens e direitos) é maior que o valor do passivo exigível (obrigações com terceiros), ou A > P; consequentemente, o patrimônio líquido, de acordo com a equação fundamental do patrimônio, é maior do que zero (PL > 0). É uma situação desejada por todas as entidades. b) Activo < Passivo Situação Líquida Negativa, Desfavorável, Deficitária ou Passivo a Descoberto quando o valor do ativo é menor que o valor do passivo (A < P) e consequentemente, o patrimônio líquido, de acordo com a equação fundamental do patrimônio, é menor do que zero (PL < 0). c) Activo = Passivo Situação Líquida Nula ou Compensada ou Equilíbrio Aparente – quando o valor do ativo é igual ao valor do passivo (A = P) e, consequentemente, o patrimônio líquido, de acordo com a equação fundamental do patrimônio, é igual a zero (PL = 0). 1.3 Estudo das Variações do Património Antes de falar da variação do património em si, interessa falar os factos patrimoniais. Factos Patrimoniais são transações ou movimentos realizados pela empresa capazes de gerar uma modificação na composição do patrimonio. Tal modificação pode ser qualitativa ou quantitativa. Assim importa falar de dois tipos de factos patrimoniais: Factos Patrimoniais modificativos e Factos Patrimoniais Permutativos. Os Factos Patrimoniais Permutativos são aqueles que geram uma modicação apenas na composição qualitativa do patrimonio. Exemplo: Compra de mercadorias a pronto pagamento, constituição de um deposito a prazo, emissão de ações para pagamento de dívidas de fornecedores, etc. Os Factos Patrimoniais modificativos são aqueles que alem de modificar a composição qualitativa do patrimonio, modificam tambem a composição quantitatiava, podendo aumentar ou reduzir o patrimonio. Os modificativos aumentativos são aqueles que provocam um aumento do património. Exemplo: Venda de mercadorias, compra de mercadorias a credito, recebimento de juros de deposito a prazo, etc. Os modificativos diminuitivos são aqueles que geram uma redução do patrimonio. Exemplo: Pagamento de dividas de fornecedores, pagamento de juros de emprestimos, venda de mercadorias a um preço abaixo do custo. 1.3.1 Despesas Para gerir suas atividades, a empresa incorre em gastos, normais ou extraordinários, sempre com o objetivo de obter receitas. A esses gastos dá-se o nome de DESPESAS, que resultam em redução do patrimônio líquido (aumento do passivo ou redução do activo) Perdas representam outros itens que se enquadram na definição de despesas e podem ou não surgir no curso das atividades ordinárias da entidade, representando decréscimos nos benefícios econômicos e, como tal, não são de natureza diferente das demais despesas. Analogamente às receitas, as despesas são reconhecidas na demonstração do resultado quando surge um decréscimo, que possa ser determinado em bases confiáveis, nos futuros benefícios econômicos provenientes da diminuição de um ativo ou do aumento de um passivo. 1.3.2 Receitas São os ingressos de elementos para o ativo, sejam de disponibilidades, de bens ou de direitos, geralmente correspondentes a um esforço produtivo da empresa, ou ainda a uma redução de obrigações com terceiros. Provocam aumento da situação líquida. A receita inclui somente os ingressos brutos de benefícios econômicos recebidos e a receber pela entidade quando originários de suas próprias atividades A diferença entre as receitas e as despesas temos o RESULTADO LÍQUIDO, que pode ser: a) POSITIVO: se Receitas > Despesas b) NEGATIVO: se Receitas < Despesas c) NULO: se Receitas = Despesas 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As Demonstrações financeiras devem ser elaboradas baseadas nas informações constantes da escrituração contabilístico da empresa, apresentando os valores do exercício actual e os do exercício imediatamente anterior, permitindo a comparação Devem ser assinadas pelos administradores da empresa e por contabilista legalmente habilitado As demonstrações registarão a destinação do resultado do exercício no pressuposto de sua aprovação pelos acionistas em assembleia geral. O objetivo das Demonstrações financeiras é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira da entidade (Balanço), sobre seu desempenho em um determinado período (Demonstração do resultado) e sobre as modificações na sua posição financeira (Demonstração dos fluxos de caixa), informações essas que sejam úteis a um grande número de Utentes em suas avaliações e tomadas de decisão econômica As Demonstrações devem ser complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações que permitam o adequado entendimento sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho em um determinado período e as modificações na sua posição financeira, a fim de propiciar uma boa avaliação do que ocorreu no passado e de ajudar nas projeções sobre o futuro 2.1 Características das Demonstrações Financeiras As características qualitativas das demonstrações financeiras identificam os tipos de informação que muito provavelmente são reputadas como as mais úteis para os investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e em potencial, para tomada de decisões acerca da entidade que reporta, estando elas divididdas em: a) Características Qualitativas Fundamentais Se a informação contabilístico-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar Portanto, são duas as características qualitativas fundamentais A RELEVÂNCIA da informação contabilístico-financeira diz respeito à sua capacidade de influenciar a tomada de decisões pelos Utentes As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas dos Utentes, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros, confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores. Os relatórios contabilístico-financeiros consignam informações e fenômenos econômicos em palavras e números. Para serem úteis, os relatórios contabilístico- financeiros não têm somente que representar um fenômeno relevante, mas têm também que REPRESENTAR COM FIDEDIGNIDADE o fenômeno a que se propõem representar. Para uma representação fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro A divulgação de um evento econômico deve incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda o fenômeno retratado, incluindo todas as descrições e explicações necessárias b) Características Qualitativas de Melhoria Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é representadacom fidedignidade COMPARABILIDADE é a característica qualitativa que permite que os Utentes identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles Diferentemente de outras características qualitativas, a comparabilidade não está relacionada a um único item A comparação requer no mínimo dois itens A VERIFICABILIDADE ajuda a assegurar aos Utentes que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico a que se propõe representar A verificabilidade significa que diferentes observadores podem chegar a um consenso quanto ao retrato de uma realidade econômica de um elemento contabilístico-financeiro TEMPESTIVIDADE significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões Em geral, uma informação disponibilizada com atraso, deixa de ser útil COMPREENSIBILIDADE é classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão torna-a compreensível Entretanto, embora certos fenômenos sejam inerentemente complexos e não podem ser facilmente compreendidos, não podem deixar de serem divulgados 2.2 Tipo de Demonstrações Financeiras 2.2.1 Balanço Patrimonial O Balanço é uma demonstração estática que tem por finalidade apresentar, qualitativa e quantitativamente, a posição patrimonial e financeira da empresa em determinada data O Balanço é uma demonstração de elaboração obrigatória pelas empresas e pode ser considerado o principal demonstrativo contabilístico, do qual são extraídas as principais análises acerca da situação patrimonial e financeira da empresa, como níveis de liquidez, solvência e de endividamento O Balanço é dividido em três grupos: activo, passivo e património líquido as contas integrantes do activo são apresentadas em ordem decrescente do seu grau de liquidez (ordem crescente dos prazos de realização), e as contas integrantes do passivo são apresentadas em ordem decrescente de exigibilidade (ordem crescente dos prazos de pagamento) 2.2.2 Demonstração de Resultados A Demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração dinâmica e de preparação obrigatória pelas empresas As receitas e as despesas constantes da conta ARE (Apuração do resultado do exercício) são apresentadas na DRE de forma resumida, padronizada e estruturada, permitindo que os Utentes das informações contabilístico compreendam o resultado das atividades – Lucro líquido do exercício ou Prejuízo do exercício – apurado pela empresa no exercício social findo A DRE relaciona todas as receitas auferidas e as despesas incorridas em determinado ano, independentemente de terem sido recebidas ou pagas Portanto, a DRE deve incluir as receitas e despesas em obediência ao Princípio da Competência 2.2.3 Demonstração de Fluxos de Caixa A Demonstração de Fluxo de Caixa, cuja sigla bastante utilizada é DFC, é um demonstrativo financeiro que tem o objetivo de relatar todas as movimentações da empresa em um período. Um dos principais objetivos da Demonstração de Fluxo de Caixa consiste em detalhar a origem dos recursos que a empresa possui, bem como a maneira que eles foram utilizados. É importante destacar que, apesar de em seu nome constar, especificamente, o fluxo de caixa, esse demonstrativo não relata apenas o fluxo de caixa. A DFC mostra também as contas bancárias disponíveis e as aplicações de liquidez imediata. Vale a pena destacar que a Demonstração de Fluxo de Caixa deve ser dividida em três segmentos: Atividades operacionais; Atividades de investimento; Atividades de financiamento. a) Atividades operacionais São as atividades que geram receita, decorrentes da operação cotidiana da empresa e relacionadas à produção e entrega de produtos ou serviços. Subtrai-se, no relatório, as despesas de produção do caixa total gerado pelas operações da empresa. Essas atividades se relacionam ao capital circulante da empresa e reúnem informações da DRE e do balanço patrimonial. b) Atividades de investimento São as atividades de aquisição e venda de ativos. Aqui também são incluídas as aplicações financeiras de curto prazo que não são classificadas como equivalentes de caixa. Podemos dizer que as atividades de investimento referem-se à utilização do capital da empresa com o objetivo de obter benefícios futuramente para que a empresa se mantenha na ativa. Enquanto as atividades operacionais estão ligadas ao capital circulante da empresa, as atividades de investimento se relacionam ao intangível, àquilo que pode ser realizado a longo prazo. c) Atividades de financiamento São as atividades que alteram o capital próprio e a situação de endividamento da empresa, ou seja, dizem respeito à captação de recursos, seja de terceiros ou dos próprios sócios. As atividades de financiamento podem ser demandadas a partir da escassez de dinheiro ou de outras necessidades específicas da organização. Algumas possibilidades são os empréstimos, financiamentos, aumentos de capital e emissões de ações. Devem ser incluídas não só as entradas, mas também as saídas ligadas a essas atividades, como o dinheiro necessário para o pagamento das dívidas, os dividendos e a distribuição de lucros. As atividades de financiamento se relacionam ao passivo não circulante e ao patrimônio líquido da organização.
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