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1 
 
SAÚDE DA COMUNIDADE E QUALIDADE DE 
VIDA DA FAMÍLIA 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-
sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação 
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos 
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficientepara que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Sumário 
Saúde da comunidade e qualidade de vida da família ...................................................... 1 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2 
1 SAÚDE COMUNITÁRIA ............................................................................................ 4 
1.1 Introdução ............................................................................................................... 4 
1.2 Definições básicas .................................................................................................. 4 
2 ENFOQUE EPIDEMIOLÓOICO DA SAÚDE COMUNITÁRIA ............................... 5 
3 ASSISTÊNCIA COMUNITÁRIA ................................................................................ 8 
4 MARCO CONCEITUAL DE SAÚDE COMUNITÁRIA .......................................... 10 
5 O PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) ................................................... 12 
6 A QUALIDADE DE VIDA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: 
REFLETINDO SOBRE SIGNIFICADOS ..................................................................... 16 
6.1 Atributos da qualidade do cuidado em saúde ....................................................... 19 
7 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: 
UMA PESQUISA QUALITATIVA .............................................................................. 21 
8 HABITAÇÃO SAUDÁVEL NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) ....... 24 
9 MARCOS CONCEITUAIS DE SAÚDE, AMBIENTE E HABITAÇÃO ................. 26 
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 29 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Usuario/Desktop/APOSTILA%20Saúde%20da%20comunidade%20e%20qualidade%20de%20vida.docx%23_Toc77949973
 
 
 
4 
1 SAÚDE COMUNITÁRIA 
 
1.1 Introdução 
 
 Saúde Comunitária, tema atual, o qual se vem dando muita ênfase, porém 
sujeito a interpretações diversas. A complexidade do assunto e a peculiaridade 
de assistência que envolve tal especialidade, implica ainda, numa análise e in-
terpretação de algumas definições que são fundamentais à uniformidade de ob-
jetivos, filosofias e diretrizes. Dentre as definições existentes, selecionou-se 
aquelas emanadas da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e Organi-
zação Mundial de Saúde (OMS). 
1.2 Definições básicas 
 
 Atenção primária em saúde — conjunto de ações que se põe ao alcance 
do indivíduo, família e comunidade, para satisfazer suas necessidades 
básicas de saúde tanto em aspectos de promoção e conservação da 
mesma, como prevenção e recuperação da enfermidade (Figura 1). 
 
 
Figura 1: Atendimento odontológico para a comunidade (Fonte: Projeto Leouve). 
 Extensão de cobertura — é a expressão numérica ou em percentual da 
população atendida pelos Serviços de Saúde. 
 
 
 
5 
 Participação da comunidade — é o processo que cria nos indivíduos um 
sentido de responsabilidade quanta à sua saúde e da comunidade, assim 
como a capacidade de participar consciente e construtivamente nos pro-
gramas cujo objetivo seja o bem-estar da população. 
 Prevenção — é a aplicação de tecnologia e de métodos científicos, a nível 
de grupos ou de indivíduos para promover, manter ou restaurar a saúde. 
 Saúde da comunidade — é o resultado da interação do homem com seu 
ambiente e o impacto dos serviços de saúde sobre eles. 
 Sistema de Serviços de Saúde — denomina-se os diversos meios de or-
ganização e administração de serviços que permitem cumprir com os pro-
pósitos de fomentar, proteger e recuperar a saúde. 
 
2 ENFOQUE EPIDEMIOLÓOICO DA SAÚDE COMU-
NITÁRIA 
 
 A saúde comunitária no Brasil apresenta-se deficitária, sob os diversos 
aspectos: 
 prevalência da morbimortalidade por enfermidades transmissíveis, sobre-
tudo aquelas controláveis por vacinação; 
 elevada incidência de desnutrição proteico-calórica, considerada como 
causa principal, associada ao problema das enfermidades infecciosas e 
parasitárias de menores de 5 anos; 
 precariedade de saneamento básico, em especial a provisão de água e a 
eliminação das excretas (Figura 2); 
 
 
 
6 
 
Figura 2: Destino inadequa do lixo, que está sendo despejado em um córrego. (Fonte: Trata 
Brasil). 
 Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser cha-
mado de país desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e tratamento 
dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na 
saúde Infantil com redução da mortalidade infantil, melhorias na Educação, na 
expansão do Turismo, na valorização dos Imóveis, na Renda do trabalhador, na 
Despoluição dos rios e Preservação dos recursos hídricos, etc. 
 grande absorção da equipe ao atendimento à demanda, relegando para 
segundo plano as medidas de prevenção primária; 
 maior ênfase à assistência curativa, em detrimento da preventiva, quer 
pelas Instituições formadoras de profissionais, como naquelas prestado-
ras de serviços de saúde; 
 ausência de programas sistematizados de prestação de serviços; 
 falta de valorização da prevenção primária e da racionalização da assis-
tência sanitária, retratando uma tendência inflacionária na economia. 
Somam-se, outrossim, a esta situação, a existência de algumas barreiras, que 
interferem negativamente, na produção, expansão e qualidade de assistência 
oferecida ao indivíduo, família e comunidade. 
 
 
 
7 
Estas barreiras podem ser agrupadas quanto a: 
Instituição 
 deficiência de participação interinstitucional; 
 ambiente físico obsoleto; 
 escassez de equipamentos e ou deterioramento, por falta de manutenção; 
 falta de infra-estrutura assisten-cial quanto a pessoal, material e recursos 
financeiros; 
 insuficiência dos sistemas de prestação de serviços. 
Recursos humanos 
a. Formação de pessoal 
o Inadequação do sistema educacional: 
1. — formação com maior destaque na individualidade do ser 
humano e recuperação da saúde; 
2. — preparo distanciado das necessidades reais da saúde co-
munitária; 
3. — falta de integração docente — assistencial. 
b. Utilização de pessoal 
1. — precariedade de recursos; 
2. — má distribuição de pessoal; 
3. — prestação de serviços em sua maioria, por pessoal não qualifi-
cado; 
4. — inexistência de um processo de adestramento; 
 
 
 
8 
5. — falta de visão dos profissionais e seus auxiliares quanto à ne-
cessidade da prestação de serviço integrada em equipe multipisci-
plinar; 
6. — falta de habilidade em adaptar os métodos eprocedimentos à 
tecnologia disponível 
Política 
 previsão orçamentária não compatível com as necessidades de assistên-
cia à saúde comunitária; 
 maior destaque aos programas de prevenção secundária; 
 oferta de assistência mais voltada para a demanda. 
 
3 ASSISTÊNCIA COMUNITÁRIA 
 
 A assistência comunitária em nosso meio pode ser efetuada sob duas 
modalidades (Figura 3): 
a. O Hospital como verdadeiro centro de saúde, ou seja, local para onde se 
convergem todas as ações de saúde, em qualquer nível de prevenção. 
Esta porém, requer: 
o estrutura física especial; 
o administração centralizada; 
o maior preparo e distribuição de recursos; 
o reformas radicais no sistema de oferta de serviços de saúde. 
b. O Hospital e o Centro de Saúde integrados, propiciando ao indivíduo, fa-
mília e comunidade, uma assistência integral, continuada, não apenas 
quantitativa, mas também, qualitativamente satisfatória. 
 
 
 
9 
 
 
Figura 3: Modalidades de Assistência comunitária: A: Hospital. B: Centro de saúde 
 (Fonte: Adaptada do Google). 
 
 A assistência deve atingir a todos os elementos da comunidade, quer das 
áreas urbanas, periféricas, como e, essencialmente, das áreas rurais, uma vez 
que, 1/3 da população da América Latina e Caribe não tem acesso aos serviços 
de saúde. Precisa caracterizar-se pela oferta de prestação de serviços de saúde, 
intra e extramuros, com ênfase na atenção primária, atenção esta "capaz de so-
lucionar 66% dos casos que habitualmente solicitam a consulta médica". Neces-
sita ser desenvolvida dentro de um sistema de serviços de saúde, em que todos 
 
 
 
10 
os elementos da comunidade dele façam parte, evitando desta forma, a existên-
cia de sãos e doentes não protegidos. 
 A oferta desses serviços pode proceder dos Hospitais, dos Centros de 
Saúde e, paralelamente, da Assistência Domiciliaria. 
Precisa abranger os diferentes níveis de prevenção: 
 primária, envolvendo a promoção e a proteção da saúde; 
 secundária, com o diagnóstico e tratamento precoce; 
 terciária, voltada para a diminuição da incapacidade, reabilitação e aten-
ção aos estados agônicos. 
 Desta maneira, teremos sãos protegidos, clientes recuperados, doentes 
melhorados e o óbito assistido, quer sob o aspecto biológico, como patológico e 
espiritual. 
 
4 MARCO CONCEITUAL DE SAÚDE COMUNITÁRIA 
 
 Como marco conceitual para o Plano de Ações em Saúde Comunitária, 
deve-se ter como diretrizes: 
a. As características da Assistência Comunitária, que devem ser essencial-
mente: 
o dentro do contexto da Política Nacional de Saúde; 
o planejadas e executadas de forma sistematizadas; 
o baseadas nas necessidades do indivíduo, família e comunidade; 
o com a participação da comunidade — aspecto que constitui a mais 
recente e promissora estratégia para obtenção de melhor cober-
tura. 
 
 
 
11 
b. A observação de alguns requisitos básicos, para um atendimento qualita-
tivo, como por exemplo: 
o identificação do grupo de alto risco às patologias; 
o fazer o levantamento das necessidades prioritárias; 
o estabelecer metas e diretrizes para a cobertura de assistência; 
o estruturar as ações a partir da atenção primária; 
o preparo adequado dos elementos prestadores de serviços. 
c. Mobilizar meios para o atendimento às prioridades estabelecidas pela Po-
lítica Nacional, tais como: 
o reduzir a morbimortalidade causada por enfermidades transmissí-
veis prevalentes, sobretudo a malária e aquelas que podem ser 
controladas por vacinação; 
o atenção à saúde materno-infantil, considerando os grupos mais 
vulneráveis e o componente central da unidade familiar; 
o redução da desnutrição proteico-calórica, considerada como 
"causa primordial associada ao problema das enfermidades infec-
ciosas e parasitárias gastrointestinais, em especial aos menores 
de 5 anos; 
o saneamento do meio ambiente, em especial a provisão de água e 
a eliminação das excretas. 
d. Proporcionar atenção de saúde em nível primário, assim como a referên-
cia sistemática das mesmas, de acordo com suas necessidades, aos ní-
veis de atenção especializada. 
e. Situar as funções de cada elemento da equipe no contexto do sistema de 
saúde e em todos os níveis de prevenção. 
f. Estudar a eficácia dos métodos e procedimentos de prestação de serviços 
e procurar aperfeiçoá-los e adaptá-los às realidades locais. 
 
 
 
12 
g. Promover com parcialidade e igualdade o acesso à assistência. 
h. Incrementar a oferta de melhores serviços de saúde. 
i. Promover a integração docente-assistencial. 
j. Reformular a política de atendimento à demanda, empregando as alter-
nativas: 
o redução da demanda a longo prazo; 
o reorientação da mesma, dando destaque a atenção primária às en-
fermidades suscetíveis de prevenção e de atenção precoce. 
 
5 O PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) 
 O Programa de Saúde da Família, também conhecido 
como PSF, foi criado em 1994, como consequência de uma ação da socie-
dade organizada, o programa passou a receber um tratamento exclusivo do 
Ministério da Saúde e do Governo Federal a partir de 1996, mas foi em 1998 
que a conta foi agregada ao Orçamento da União, com verbas regulares e 
crescentes. Há que se registrar, como fato histórico, que foi no exercício do 
ministro da saúde José Serra que o PSF se converteu em base política de 
reestruturação da saúde adotada pelo governo federal. 
 Desse modo, observa-se que a verdadeira origem do programa 
está nos movimentos reformistas das décadas de 1970 e 1980, que visavam 
à substituição do modelo tradicional de saúde, baseado na valorização do 
hospital e da doença, por um novo modelo que priorizasse a prevenção e 
promoção da saúde, com a participação da população. 
 
Esta reflexão é importante porque se a relação saúde-doença não for 
enfrentada como um processo tem-se uma visão parcial e, portanto, limitada, 
das condições que determinam as formas individuais e coletivas de adoecer 
e morrer. 
 
 
 
13 
No ano de 1970, teve início o processo de redemocratização política 
e social no Brasil. A mobilização nacional pela luta cidadã se materializou na 
área da saúde através do ideário do Movimento da Reforma Sanitária. Inte-
gravam o movimento professores universitários, estudantes de medicina, pro-
fissionais da saúde, sindicalistas, militantes partidários de esquerda e, com 
esse entusiasmo, novas idéias foram se incorporando às instituições de sa-
úde existentes, resultando numa surpreendente mudança no então sistema 
centralizado, garantindo recursos para manutenção do que seria em breve 
tempo o SUS. 
As reivindicações do movimento sanitário mantiveram-se firmes na 
luta pela criação de um sistema único de saúde gratuito e universal, essenci-
almente gerido pelo Estado, sendo que ao setor privado caberia apenas um 
papel complementar. 
 Desse modo, muitas forças políticas, originada da sociedade civil e arti-
culadas ao movimento sanitarista, disputaram, na época, no âmbito político, 
a conquista proposta de reforma sanitária que privilegiasse a universalidade 
de atendimento nos serviços de saúde e o dever do Estado em garantir esse 
direito. 
 Assim, a ONU (Organização das Nações Unidas), através da OMS, orga-
nizou seminários, lançou publicações específicas e ainda prestou assesso-
rias a diversos países latino-americanos ao longo da década de 1970. Em 
resposta às demandas, demonstrou-se que as políticas de saúde pública de-
veriam tomar por paradigma a saúde da família. 
No Brasil, podia-se observar uma expectativa de trabalhadores de sa-
úde por mudanças, já que o índice de mortalidade infantil era um problema 
dos mais sérios e o país ainda notificava questões de doenças epidemiológi-
cas como problemas históricos e políticos. 
 
Pesquisas realizadas durante a década de 1970 e início da de 1980 
procuram discutir as questões vinculadas ao problema da redução do ritmode queda da mortalidade geral e infantil, em particular, nos países menos 
 
 
 
14 
desenvolvidos. Preocupam-se com o caráter estratificado dessas socieda-
des, com destaque para a distribuição desigual da renda, o acesso diferenci-
ado aos recursos da saúde, saneamento, educação e outros componentes 
do padrão de vida das populações, culminando com avaliações sobre os im-
pactos diferenciados desses fatores nos níveis de mortalidade entre os dis-
tintos estratos sociais. 
 
Um outro fato influenciador do sucesso do PSF estimulado pela ONU 
foi o debate iniciado na conferência da UNICEF (Fundo das Nações Unidas 
para a Infância) sobre cuidados primários de saúde. O Congresso foi reali-
zado em 1978, na cidade de Alma-Ata, na antiga União Soviética, hoje Afe-
ganistão. O aspecto mais interessante desse encontro internacional foi à re-
visão das práticas brasileiras. Também foi importante por impulsionar a cria-
ção de uma estratégia política de atenção primária de saúde visando a atingir 
a meta de saúde para todos no ano 2000. 
 
No caso brasileiro, o referencial proposto em Alma-Ata inspirou as pri-
meiras experiências de implantação dos serviços municipais de saúde no fi-
nal da década de 1970 e início de 1980, e trouxe aportes conceituais e práti-
cos para a organização dos mesmos. Porém, no transcorrer do tempo e com 
o desenvolvimento do SUS, este referencial parece perder gradativamente 
sua potência sendo, cada vez mais, substituído pela concepção da Atenção 
Básica à Saúde e, em meados da década de 1990, com a implantação do 
PSF e dos incentivos financeiros específicos dirigidos aos municípios, em 
especial o Piso da Atenção Básica, em 1998, que resultou no fortalecimento 
da Atenção Básica e do PSF no âmbito municipal, percebe-se uma intensifi-
cação desse movimento. 
Dessa forma, pode-se concluir que as atividades de atenção básica se 
aprimoram junto com o fortalecimento do PSF. O padrão de atenção primária 
integral à saúde, proposta pelo Programa Saúde da Família, é um modelo 
assistencial ainda em construção e, portanto, não possui características bem 
definidas. 
 
 
 
15 
O atendimento primário de saúde compreende um conjunto de proce-
deres e serviços de promoção, prevenção, cura e reabilitação, bem como a 
proteção de grupos populacionais específicos e a abordagem de problemas 
de saúde com tecnologias apropriadas deste nível de atendimento, dirigido 
ao indivíduo, à família, à comunidade e ao meio. O atendimento primário de 
saúde em Cuba sentou precedentes na saúde pública internacional, por seu 
caráter inovador e futurista, especialmente com a implantação e desenvolvi-
mento do modelo de atendimento de medicina familiar, a partir de 1984. O 
programa do médico e a enfermeira da família ratifica-se como o eixo do atual 
desenvolvimento estratégico, orientando-se o resto das estratégias a partir e 
em função do programa. 
Já no Brasil, as estratégias do Programa de Saúde da Família são 
resultadas de uma parceria entre o Ministério da Saúde e Fundo das Nações 
Unidas para a Infância (UNICEF), iniciada em 1994. Mesmo influenciado por 
outras instituições, pode-se afirmar que, a partir do Movimento de Reforma 
Sanitária, o Programa Saúde da Família surge no Brasil a partir do reconhe-
cido sucesso do trabalho de assistência comunitária, tendo como base o mo-
delo cubano de Medicina Familiar. 
Verifica-se no modelo brasileiro que o Programa Saúde da Família 
propõe a criação de equipes de profissionais composta por um médico gene-
ralista, um enfermeiro, um auxiliar ou técnico de enfermagem e cinco a seis 
agentes comunitários de saúde. A equipe é responsável por uma população 
de determinado território com abrangência de 600 mil famílias por equipe, o 
que corresponde entre 2.400 a 2.700 habitantes. 
 
As famílias são cadastradas e inscritas por equipe, onde passam a 
manter vínculos entre usuários e profissionais de saúde. Desse modo, os 
profissionais ficam responsáveis pelos cuidados sanitários daquela área e 
dos habitantes que nela vivem. A família é considerada como o núcleo central 
da atenção básica, sendo que o Programa de Saúde da Família apresenta-
se como uma estratégia assistencial que procura implantar um novo modelo 
 
 
 
16 
de atenção à saúde, voltada para a saúde da família, considerando-a em to-
dos os seus espaços de vida”. 
O modelo de atenção proposto pelo PSF se assenta sobre uma visão 
ampliada do processo saúde-doença, que pretende ultrapassar as concep-
ções marcadas por um viés biologizante e curativo, passando a ter na família 
e no meio no qual ela vive o centro da atenção à saúde, uma vez que não 
aguarda a demanda que chega à unidade de saúde, processo típico do mo-
delo tradicional. Ao contrário, pretende reorganizar a demanda à medida que 
busca agir preventivamente, identificar as necessidades em saúde daquele 
território e organizar a demanda a partir da comunidade, das famílias e dos 
domicílios. 
Atualmente, o PSF é definido como ESF (Estratégia Saúde da Famí-
lia), por não se tratar de apenas um “programa”. 
 
6 A QUALIDADE DE VIDA NA ESTRATÉGIA DE SA-
ÚDE DA FAMÍLIA: REFLETINDO SOBRE SIGNIFICADOS 
 
As revisões mais atuais sobre o tema confundem nível de vida e qua-
lidade de vida (QV). O primeiro seria um indicador de variáveis como mora-
dia, educação, trabalho, condições de saneamento básico, disponibilidade e 
facilidade para a assistência ambulatorial e hospitalar, ou seja, condições que 
dependem primordialmente de definições e perspectivas políticas, portanto 
voltadas para a comunidade como um todo. Os vários estudiosos sobre o 
tema enfatizam que nível de vida e qualidade de vida são conceitos total-
mente diferentes, sendo o primeiro voltado para a comunidade e o segundo 
ou QV sendo um atributo do indivíduo. São conceitos bastante distintos, mas 
de complementares. 
Um outro ponto que gera ambiguidade, frente ao uso e aplicação da 
qualidade de vida, é a adoção de apenas uma das duas dimensões da vida, 
 
 
 
17 
ou quantitativa/objetiva ou qualitativa/subjetiva. No primeiro, a vida se ex-
pressa em termos de média de expectativa de vida, taxas de mortalidade e 
morbidade e de indicadores de causa mortis, entre outros. A qualidade é uma 
dimensão mais complexa, que sofre evolução por acompanhar a dinâmica da 
humanidade, suas culturas, suas prioridades e crenças. Implica em algo 
muito maior que presença ou ausência de doença, inclui a capacidade e ha-
bilidade para o desempenho de papéis domésticos, vocacional e social do 
indivíduo, seu bem-estar emocional, a percepção sobre sua vida e saúde 
A natureza subjetiva da QV faz com que existam várias formas de de-
finição que se referem à satisfação individual, satisfação das necessidades, 
habilidade para exercer funções, realização de planos e gerenciamento da 
própria vida. A QV de pessoas com doenças específicas é do interesse dos 
clientes e também das famílias, que se defronta com os efeitos da saúde 
comprometida e seu tratamento, portanto, deve ser levada em conta quando 
se cuida de um cliente e quando se escolhe um determinado tratamento. 
Um dos objetivos do sistema de cuidado de saúde é maximizar com-
ponentes da QV, isto é, o estado de saúde. Além da dimensionalidade, a 
saúde contém um amplo “espectrum” de variação dos estados de saúde, de 
doença e bem-estar. Recomenda-se cinco componentes do conceito de sa-
úde quais sejam: saúde física, saúde mental, funcionamento social, funcio-
namento no papel e percepções da saúde em geral. 
Meeberg (1993), define atributos críticos da QV possibilitando a dife-
renciação deste conceito de outros relacionados: (1) sentimento de satisfa-
ção com a própria vida; (2) capacidade mental para avaliar sua própria vida 
como satisfatória ou não; (3) um aceitável estado de saúde física, mental, 
social e emocional; (4) uma avaliação, por validadoresexternos, se as con-
dições de vida daquela pessoa são adequadas e sua vida não está amea-
çada. 
De acordo com uma teoria antropológica do bem-estar os componen-
tes deste são: a saúde física, a satisfação e a felicidade. Nestes termos bem-
estar e QV poderiam ser tomados como equivalentes. Considera que bem-
estar possa ser conhecido e atingido numa escala transnacional e transcul-
tural. A teoria antropológica do bem-estar identifica três campos do interesse 
 
 
 
18 
humano e comportamental: (1) o ecológico, o mundo material da subsistên-
cia, tecnologia, trabalho e economia; (2) o social o mundo do relacionamento 
interpessoal, ancorado em estruturas sociais e guiado por convenções ético 
sociais; e (3) o interpretativo, o mundo do meta pensamento, do sistema sim-
bólico, e nível de meta análise, incluindo o meta comportamento e meta ati-
tudes. O sistema cognitivo representa esses mundos na mente do indivíduo 
combinado em um “espaço de vida” que inclui muitos papéis que ele assume, 
a interrelação entre eles e a avaliação que ele faz de si mesmo e das outras 
pessoas e situações. 
Da perspectiva evolucionária, bem-estar nestes três mundos deveria 
significar sucesso biocultural que por sua vez depende do potencial adapta-
tivo. No mundo ecológico a primeira condição na qual as forças seletivas ope-
ram é a adaptação no ambiente físico ou material a qual decorre da eficácia 
e diversidade de repertório dos padrões culturais. No mundo social, a condi-
ção para o sucesso biocultural é o altruísmo, ou, boa vontade de fazer algo 
por outrem, mesmo significando algum prejuízo para si mesmo; requer afeto 
social positivo e autonomia pró-social e esta última envolve a tolerância. 
No 3º mundo do interesse humano, o interpretativo, o sucesso biocul-
tural pressupõe a criatividade. A criatividade depende da imaginação, da ca-
pacidade de abstração, variação analógica, predição e mudança contextual. 
O potencial adaptativo além de adaptação, altruísmo e criatividade, inclui mo-
dos comportamentais e características situacionais através da tríade ator va-
lores situação. Omelhor indicador do sucesso biocultural é a longevidade e 
esta é consequência da saúde. 
É fundamental pensar na QV aplicada a portadores de doenças crôni-
cas. Como a expectativa de vida vem aumentando dramaticamente em todo 
o mundo, mudando o foco do cuidado das doenças infecciosas para as crô-
nicas, e frente às novas tecnologias, reforça a importância do exame da re-
lação entre prolongamento da vida X qualidade de vida. Essa importância da 
QV é em função do predomínio crescente da doença crônica e destaca as 
áreas para exame da QV como a do câncer, das doenças renais, estresse, 
AIDS, entre outras. Kuczynski & Assumpção (1999) apontam que no ano 
2000, um em cada mil adultos entre 20 e 24 anos será sobrevivente do câncer 
infantil, e estes sujeitos que emergiram de um processo de sofrimento longo 
 
 
 
19 
e doloroso até chegarem à cura, medem seu sucesso terapêutico não apenas 
pela sobrevida livre do câncer, pela capacidade funcional e desempenho, 
mas pela QV a qual define como experiência subjetiva de bem-estar. 
 
 
6.1 Atributos da qualidade do cuidado em saúde 
 
 Além dos princípios e diretrizes constitucionais que devem reger 
os processos de atenção à saúde, alguns atributos (Tabela 1) dizem respeito 
à qualidade do cuidado, conforme apresentado a seguir. 
Eficácia: este atributo diz respeito à possibilidade da ação desenvolvida re-
sultar na solução do problema para o qual a ação está dirigida. Quando al-
guém nos procura em um serviço de saúde com uma dor, a expectativa teó-
rica é de que façamos algo que acabe com a dor. Aqui podemos encontrar 
algum problema com respeito às expectativas dos diferentes atores envolvi-
dos. Para o cidadão que nos procura, o importante é acabar com a dor e, 
nesse caso, um tratamento sintomático pode ser, momentaneamente, “efi-
caz”, considerando essa expectativa. Para o profissional de saúde, a expec-
tativa é controlar o motivo da dor e, neste caso, um tratamento sintomático 
certamente não será eficaz. E qual seria a expectativa do gestor de saúde ou 
do prefeito? Um tratamento sintomático seria eficaz? Neste caso, é sempre 
importante nos perguntarmos qual é o problema que estamos tentando resol-
ver e de quem é esse problema. 
Eficiência: este atributo refere-se à relação custo-benefício, da nossa capa-
cidade de utilizarmos bem os recursos disponíveis e produzirmos a maior 
quantidade possível de ações. Por exemplo: se gastarmos pouco tempo com 
cada consulta, poderemos, num determinado período de tempo, produzir 
muitas consultas. Esta é geralmente uma expectativa muito presente entre 
os administradores e mesmo da população. Não importa aqui se essas con-
sultas vão gerar o resultado esperado, qual seja o de resolver os problemas, 
e sim se estamos utilizando “bem” os nossos recursos, no caso, o tempo. 
Efetividade: este atributo está ligado à combinação dos dois atributos ante-
riores, ou seja, a eficiência e a eficácia. O que nos interessa aqui é resolver 
 
 
 
20 
os problemas do maior número de pessoas utilizando eficientemente os re-
cursos disponíveis. Às vezes, na busca da eficácia nos esquecemos da efici-
ência, e vice-versa. Por exemplo: uma equipe tem sob sua responsabilidade 
em torno de 400 portadores de hipertensão arterial e entre suas atividades 
em busca de mais eficácia do cuidado, resolve trabalhar com grupos opera-
tivos. O objetivo do trabalho, neste caso, é melhorar a informação dos porta-
dores de hipertensão arterial sobre o seu problema, melhorar a adesão ao 
tratamento e fazer com que cada um adote hábitos de vida mais saudáveis. 
Não é muito comum observarmos, na prática das equipes, que a abrangência 
desse tipo de atividade seja pequena, com alguns poucos grupos funcio-
nando e com poucas pessoas participando, muito embora consumindo um 
tempo de trabalho razoável da equipe com essa atividade. 
 
 
Tabela 1: Alguns atributos da qualidade do cuidado em saúde. (Fonte: tecconcursos). 
 
Continuidade: Este atributo refere-se à forma como o cuidado iniciado em 
um nível assistencial se articula e continua em outros níveis assistenciais em 
função das necessidades do usuário. Não adianta apenas fazermos o di-
agnóstico de câncer de mama na atenção básica se não conseguimos atendi-
mento ao nosso paciente em outros níveis do sistema de saúde para iniciar 
 
 
 
21 
o tratamento o mais precocemente possível. Essa integração entre os níveis 
assistenciais e dentro de cada nível assistencial constitui uma linha de 
atenção fundamental para que o cuidado seja oportuno e eficaz. 
Oportunidade: Este atributo relaciona-se ao momento em que oferecemos 
o cuidado, ou seja, se ele acontece no momento em que é necessário. Uma 
situação, infelizmente bastante comum, é propiciarmos um tratamento 
quando sua eficácia já está comprometida. A demora entre o diagnóstico ou 
a suspeita diagnóstica e o início do tratamento, como costuma acontecer, por 
exemplo, no câncer de mama, compromete a possibilidade de sucesso do 
tratamento; ou a demora no início de tratamento de algumas infecções 
levando a quadro de septicemias; ou a demora em se indicar ou realizar uma 
cirurgia. São exemplos em que a efetividade da ação é comprometida por 
não acontecer no momento oportuno. Um cuidado não oportuno quase sem-
pre é pouco eficiente e pouco eficaz 
 Existem também outros atributos, que são: equidade, acessibilidade, acei-
tabilidade, otimidade, ética e legitimidade. 
 
7 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA EQUIPE 
DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA PESQUISA QUALITATIVA 
 
 Neste tópico vamos abordar uma pesquisa qualitativa, com o objetivo em 
conhecer o quanto o trabalho em equipe de saúde da família favorece a partici-
pação da comunidade na construção de um projeto assistencial. 
Material empírico foi obtido por meio de entrevista semi-estruturadacom traba-
lhadores e conselheiros de uma Unidade de Saúde da Zona Leste do Município 
de São Paulo, e documentos oficiais da Secretaria Municipal de Saúde, no perí-
odo de 2001 e 2002. 
Utilizaram técnicas de análise de conteúdo e categorias analíticas: participação, 
controle social, trabalha em equipe e processo saúde-doença. 
Os depoimentos evidenciam três dimensões distintas sobre participação: 
 
 a participação como direito de cidadania e pelo direito à saúde, 
 a necessidade de capacitação para participação, 
 
 
 
22 
 participação como assistencialismo 
 
 Na primeira dimensão, os depoimentos tratam da ideia de participação 
como força da população em busca de melhorias de vida e como conscientiza-
ção do direito à cidadania para requisitar atenção à saúde com qualidade. 
 Quanto à capacitação para a participação, os relatos mostram a consta-
tação da necessidade de cursos e de repasse de informações para que um maior 
número de pessoas envolva-se nessas questões e tome consciência de que o 
Estado tem o dever de garantir as condições adequadas para obtenção de me-
lhorias nas condições de vida. Porém, é interessante observar que nenhum dos 
entrevistados abordou a necessidade de capacitação para os trabalhadores da 
saúde quanto à participação, que é vista, pela maioria, como uma questão da 
comunidade. 
 A terceira dimensão, a participação como assistencialismo, mostra-se as-
tante presente entre os entrevistados e está relacionada à forte presença de um 
grupo da Terceira Idade, surgido de uma atividade de caminhada proposta pela 
Unidade de Saúde. Este grupo desempenha a função de ajudar aos necessita-
dos com cestas básicas, equipamentos hospitalares e outros. 
Notam-se duas noções para o controle social, fiscalização e parceria. 
 Os trabalhadores destacam o trabalho em equipe, mas não incluem os 
usuários na dinâmica do grupo de trabalho e no planejamento das ações. Os 
avanços na participação e no trabalho em equipe não garantem ainda a constru-
ção de um projeto assistencial comum, o que deve constituir-se no próximo 
passo, pois o PSF representa um potencial para o fortalecimento das relações 
entre usuários e trabalhadores, já que as características peculiares do PSF pa-
recem favorecer a integração entre comunidade e equipes de saúde da família, 
bem como a relação trabalhador-usuário. 
Neste sentido, destacam-se a introdução dos agentes comunitários de saúde 
(ACS) nas equipes, descrição de clientela num território definido, atuação das 
equipes na ótica da Vigilância em Saúde e o trabalho em equipe composto por 
um médico, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem e quatro a seis agen-
tes comunitários de saúde. 
 
 
 
23 
 O Programa Saúde da Família decorre dos sucessos e dificuldades de 
outros modelos de organização da atenção básica, dentre estes os Distritos Sa-
nitários, os Sistemas Locais de Saúde (Silos), o modelo Em Defesa da Vida 
(Silva Jr., 1998), a Ação Programática em Saúde (Nemes, 1990) e, no plano 
internacional, os modelos de saúde da família, particularmente, de Cuba e Ca-
nadá. Conforme supracitado, O PSF, vem sendo adotado em nível nacional 
como estratégia de reorganização da atenção à saúde, partindo da mudança do 
modelo da atenção básica através do ESF. 
 A noção de trabalho em equipe utilizada nesta pesquisa defende que a 
atenção à saúde, planejada e executada de forma a atingir o que se propõe, 
compreende uma série diversificada de ações para as quais se torna necessário 
um elenco diversificado de trabalhadores. Desta forma, é necessário conseguir 
o relacionamento consciente e coordenado de um certo número de profissionais 
para que o conjunto do trabalho executado, o serviço de atenção à saúde, cons-
titua-se em um só movimento em direção a um só fim e não na justaposição 
alienada de certa quantidade de trabalhos desconexos. 
 Alguns estudiosos conceituam trabalho em equipe como uma modalidade 
de trabalho coletivo, em que se configura a relação recíproca entre as interven-
ções técnicas e a interação dos agentes. Com base na teoria do agir comunica-
tivo de Jürgen Habermas, a autora destaca a dimensão da intersubjetividade do 
trabalho, quer entre profissionais e usuários querem entre os próprios profissio-
nais. Por meio da mediação simbólica da linguagem, os trabalhadores que com-
põem a equipe podem efetivar sua interação, a articulação das ações e a inte-
gração dos saberes especializados e comuns no campo da saúde. Assim, o tra-
balho em equipe pressupõe a interação entre as pessoas envolvidas, que se 
posicionam de acordo para coordenar seus planos de ação. 
 A prática de trabalho em equipe com a integração entre os profissionais e 
as intervenções executadas, em substituição à mera justaposição das ações e 
agrupamento dos agentes, pode ser reconhecida e apoiada nos critérios apon-
tados por Peduzzi (2001): 
 a comunicação entre os agentes do trabalho, 
 a articulação das ações, o reconhecimento das diferenças técnicas entre 
os trabalhos especializados, 
 
 
 
24 
 questionamento das desigualdades estabelecidas entre os diversos tra-
balhos e o reconhecimento do caráter interdependente da autonomia pro-
fissional. 
 
 À medida que a equipe configura o trabalho cotidiano nesta direção, tende 
a construir um projeto comum que se torna o eixo em torno do qual os diferentes 
agentes executam seu trabalho especializado e integrado aos demais. 
 O PSF está pautado, dentre outras diretrizes, no trabalho em equipe mul-
tiprofissional e na participação social/controle social. Entende-se que ambas as 
diretrizes estão relacionadas à medida que decorrem e expressam as relações 
entre a população de referência e o serviço e a equipe de trabalho, bem como 
em um plano ainda mais microscópico, as relações entre trabalhadores e usuá-
rios. 
 Uma questão que deve ser levada em conta é introdução equivocada de 
questões de poder, concentradas tanto nos membros da equipe como em algu-
mas pessoas da própria comunidade que se transformam em interlocutores pri-
vilegiados da equipe. Assim, a presença desses mediadores comunitários pode 
ser entendida como uma maneira de facilitar a relação da equipe com a comuni-
dade; mas por outro lado, ela cria uma nova estrutura de poder que inibe partici-
pação dos demais que ficaram fora do círculo decisório. 
 
8 HABITAÇÃO SAUDÁVEL NO PROGRAMA SAÚDE 
DA FAMÍLIA (PSF) 
 
 O Estado brasileiro ainda se apresenta muito dividido por setores e frag-
mentado em suas ações, desvinculando o social do econômico. Porém, através 
de esforços da sociedade em redemocratizar o País, foram alcançados muitos 
avanços em 1988, como a elaboração da atual Constituição e a criação do Sis-
tema Único de Saúde. 
 A política de saúde que esta sendo implementada na atualidade, vem 
contribuindo para a melhoria da qualificação do Sistema Único de Saúde, tendo 
 
 
 
25 
em seu arcabouço princípios de Promoção da Saúde como universalidade, inte-
gralidade e equidade das diretrizes de descentralização e organização hierarqui-
zada, que constitui uma visão ampliada no nível nacional e tem como ponto cen-
tral sua preocupação com o processo gradual de melhoria da qualidade de vida. 
Tal melhoria só é efetiva através da utilização de estratégias e iniciativas capa-
zes de operacionalizar sua interação por intermédio da elaboração de políticas 
públicas saudáveis, que exigem a ação intersetorial e de uma nova instituciona-
lidade social. Esta se materializa através de propostas como a Estratégia da Sa-
úde da Família, que tem em sua lógica central a operacionalização de conceitos 
como a territorialização, vinculação, responsabilização e resolutividade com um 
olhar integral sobre o ambiente em suas dimensões físicas, socioculturais, bio-
psicossociais, nas quais estão inseridos os indivíduos e suas famílias. Essas 
estratégias necessitam incorporar às suas práticas conceitoscomo a integrali-
dade da atenção à saúde e a perspectiva da troca entre saberes técnico-cientí-
ficos e o saber popular, com o qual a comunidade se identifica e está dele imbu-
ída. Outras iniciativas que operacionalizam os princípios da Promoção da Saúde 
são: 
 municípios saudáveis, 
 vigilância ambiental em saúde, 
 melhoria sanitária domiciliar, 
 Agenda 21, 
 desenvolvimento local integrado/sustentável, 
 rede brasileira de habitação saudável. 
 
 Nesse contexto de melhoria de qualidade de vida, a Rede Brasileira de 
Habitação Saudável (RBHS) é uma ferramenta para operacionalização da polí-
tica de promoção de saúde no âmbito da habitação. Sua estratégia se baseia no 
enfoque intersetorial, multidisciplinar, na participação comunitária e na aliança 
em rede. Seu propósito é identificar, avaliar e manejar a questão da habitação 
saudável na esfera local. 
 Portanto, a RBHS desenvolve um plano de atividades baseado na cons-
trução de capacidades, projetos e desenvolvimento de pesquisa, serviços téc-
nico-científicos e intervenção comunitária, bem como no desenvolvimento de 
 
 
 
26 
 
metodologias e procedimentos, na implementação da vigilância epidemiológica 
e ambiental em saúde. 
 Assim, a precariedade habitacional deteriora a qualidade de vida, impac-
tando na saúde de ambientes insalubres, e o distanciamento da comunidade 
científica da realidade comprovam a necessidade de aumentar a eficácia e efici-
ência das políticas públicas de saúde. Sendo assim, foram feitos acordos, esta-
belecidas alianças e propostas estratégicas para concentrar esforços e recursos 
a partir das potencialidades das instituições acadêmicas e públicas envolvidas 
com as questões de saúde e habitação. 
 Neste contexto inclui a proposta da incorporação do conceito de habitação 
saudável da RBHS com a política pública de saúde, a partir de seu grande nú-
mero de pontos afins. Do ponto de vista do paradigma do ambiente como deter-
minante da saúde, a habitação se constitui em um espaço de construção da sa-
úde e consolidação do seu desenvolvimento. A família tem seu assento na habi-
tação e, com isto, a habitação é o espaço essencial, o veículo da construção e 
desenvolvimento da Saúde da Família. Para o enfrentamento do desafio da con-
solidação da intervenção sobre os fatores determinantes da saúde no espaço 
construído, faz se necessária a articulação das políticas públicas, de habitação, 
saúde, meio ambiente e infraestrutura urbana. Isso convoca a formação de ali-
anças intersetoriais em uma visão holística integradora e multidisciplinar, em que 
a participação comunitária tem um papel essencial para o enfrentamento das 
questões locais da precariedade das relações do meio ambiente e o homem em 
seu habitar. 
 
9 MARCOS CONCEITUAIS DE SAÚDE, AMBIENTE E 
HABITAÇÃO 
 
 O entendimento da habitação como um espaço onde a função principal é 
ter a qualidade de ser habitável faz com que uma análise incorpore a visão das 
múltiplas dimensões que compõem a habitação: cultural, econômica, ecológica 
e de saúde humana. 
 
 
 
27 
 A concepção integradora da habitação considera os usos que fazem da 
mesma os habitantes, incluindo os estilos de vida e condutas de risco; é, por-
tanto, uma concepção sociológica, devendo o conceito habitação saudável in-
cluir o seu entorno, como ambiente, e agenda da saúde de seus moradores 
(OPAS, 2000). 
 O conceito de habitação saudável se aplica desde o ato da elaboração do 
seu desenho, microlocalização e construção, estendendo-se até seu uso e ma-
nutenção. Está relacionado com o território geográfico e social onde a habitação 
se assenta, os materiais usados para sua construção, a segurança e qualidade 
dos elementos combinados, o processo construtivo, a composição espacial, a 
qualidade dos acabamentos, o contexto global do entorno (comunicações, ener-
gia, vizinhança) e a educação em saúde ambiental de seus moradores sobre 
estilos e condições de vida saudável. 
 O conceito de ambiente e entorno saudável incorpora a necessidade de 
ter equipamentos urbanos básicos com saneamento, espaços físicos limpos e 
estruturalmente adequados e redes de apoio param se conseguir hábitos psicos-
sociais sãos e seguros, isentos de violência (abuso físico, verbal e emocional). 
 A ideia de municípios/cidades saudáveis só é possível se houver uma po-
lítica de habitação saudável. Sendo assim, a estratégia de habitação saudável 
se insere através da colaboração interprogramática em municípios/cidades sau-
dáveis. Entende-se por padrão de habitabilidade a adoção de tipologias em cor-
respondência aos requisitos mínimos que garantam o morar com desfrute de 
saúde e bem-estar e propiciem a dignidade humana. 
 Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS),” entende-se 
por fatores de risco o espectro de causalidades que têm a possibilidade de inter-
ferir nos sistemas vivos, psicossociais e do ser humano em seu funcionamento, 
com prejuízo às condições individuais ou coletivas de saúde.” Na análise de fa-
tores de risco são considerados os aspectos: físicos, químicos, psicossociais, 
biológicos, socioeconômicos e sindrômicos. 
 Outro conceito importante para ser desenvolvido é o da atenção primária 
ambiental, considerada uma estratégia de ação ambiental preventiva e partici-
pativa, que reconhece o direito das pessoas a viverem em um meio ambiente 
saudável e de serem informadas sobre os riscos ambientais em relação a sua 
saúde e bem-estar. 
 
 
 
28 
 Considera se importante para ser desenvolvido no campo da saúde e da 
habitação é o de vigilância ambiental em saúde. Por definição, a vigilância am-
biental em saúde se configura como um conjunto de ações que proporcionem o 
conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes do meio ambiente que interfe- rem na saúde humana, com a fi-
nalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle dos fato-
res de riscos e das doenças ou agravos relacionados à variável ambiental. 
 A vigilância ambiental em saúde se aplica no âmbito da habitação saudá-
vel, a partir do monitoramento ambiental e estabelecimento de valores-limite de 
exposição para estressores ambientais e conduzem a uma proposta de medidas 
de intervenção e controle para otimização sanitária do ambiente. 
A Carta de Ottawa define a promoção da saúde como o processo de capacitação 
da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, inclu-
indo uma maior participação no controle deste processo (Buss, 2000 apud WHO, 
1986). A habitação é o espaço principal da promoção da saúde na comunidade. 
 No processo de incremento da qualidade de vida, sobretudo em forma-
ções sociais com alta desigualdade sociossanitária é importante que sejam mos-
trados movimentos que concretizem, através de seus próprios fundamentos e 
práticas, a ideia da promoção da saúde Um deles é o das cidades saudáveis, 
surgido na Europa, em 1986, é uma proposta de promoção da saúde, cujos mol-
des foram delineados na Carta de Ottawa, formulada no mesmo ano. 
 A ideia de municípios/cidades saudáveis só é viável se houver uma polí-
tica de habitação saudável, pois não é possível encontrar um município/cidade 
sem a existência de habitações saudáveis. Portanto, a estratégia de habitação 
saudável se insere através da colaboração interprogramática em municípios/ci-
dades saudáveis. Segundo a OPAS, o município/cidade saudável é uma estra-
tégia que permite fortalecer a execução das atividades de Promoção da Saúde 
como a mais alta prioridade em uma agenda política local, desenvolvendo planos 
de ação baseados nos princípios de saúde para todos da OMS. Esta proposta 
um grande passo para a inclusão do conceito e da metodologia de habitação 
saudável nas políticas públicas de saúde, através do Programa da Saúde da 
Família. 
 
 
 
 
29 
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A prestação de serviçosdentro do contexto de Saúde Comunitária, apesar 
de suas características e peculiaridades, apresenta efeitos satisfatórios, quer em 
termo de assistência, como de atendimento à demanda e às necessidades do 
indivíduo, família e comunidade. Deve fundamentar-se essencialmente na aten-
ção primária. Para isto, torna-se imprescindível, o estabelecimento de um marco 
conceitual de saúde comunitária, segundo definições abalizadas e a Política Na-
cional de Saúde vigente. Uma vez estabelecidas as diretrizes, deve-se partir 
para a elaboração de um programa e sua implementação, enfatizando a admi-
nistração, controle e avaliação. 
 Desta forma, poderemos assegurar a máxima produtividade e eficácia dos 
recursos existentes e ainda, fomentar e contribuir para melhor participação da 
comunidade e, conseqüentemente, para a obtenção de melhores níveis de sa-
úde do indivíduo, família e comunidade. 
A política da RBHS deve ser liderada e impulsionada pelo setor de saúde, 
com ação intersetorial nos campos da habitação, do desenvolvimento urbano e 
do ambiente para melhoria do quadro dos determinantes sociais da saúde. Para 
tanto, é importante que se transforme em legislações para, desse modo: a) sal-
vaguardar as condições necessárias para desenvolver estilos de vida saudáveis; 
b) resguardar os direitos humanos e liberdades fundamentais dos membros das 
comunidades; c) proteger famílias e indivíduos dos componentes de risco; d) 
promover as condições que façam com que as opções mais saudáveis sejam as 
mais fáceis de eleger e de alcançar. É imperativo que as condições da habitação 
promovam a saúde física, mental e social de seus moradores, pois existe uma 
relação concreta entre qualidade da habitação e a saúde de seus habitantes. A 
precariedade da habitação afeta as populações mais pobres e os indivíduos mais 
vulneráveis, como crianças menores de cinco anos, aqueles que padecem de 
enfermidades crônicas, como AIDS/HIV, os deficientes e os idosos, pois eles 
passam a maior parte do tempo na habitação. Dada a diversidade de enfermi-
dades, é imprescindível pensar nas condições fundamentais para a construção 
de uma habitação saudável. Assim, a habitação saudável aludirá a um espaço 
caracterizado por um conjunto de condições que inclui de modo favorável, nos 
 
 
 
30 
 
processos de restauração, proteção e promoção da saúde, e incentiva aatividade 
criativa e o processo de ensino-aprendizagem de seus usuários. A sua constru-
ção será exitosa se a iniciativa estiver incorporada a programas e projetos de 
habitação e de desenvolvimento urbano, empreendidos pelos governos não 
como um componente separado, mas, sim, como um princípio fundamental ou 
política de Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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