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CITOESQUELETO: � Proteínas do citoesqueleto: ● Actina: São unidades solúveis (globulares), as quais formam os microfilamentos (monômeros de actina) e determinam a forma e superfície celular. ● alfa-queratina: São unidades insolúveis (fibrosas), as quais formam os filamentos intermediários e conferem resistência mecânica à célula. ● Tubulinas: São unidades solúveis (globulares), as quais formam os microtúbulos (heterodimeros de alfa e beta tubulinas) e determinam o posicionamento das organelas, além de direcionar o transporte intracelular. -Os protofilamentos possuem, em uma unidade, poucas interações entre proteínas e portanto, são instáveis. Já múltiplos protofilamentos possuem muitas interações entre proteínas, tornando-se , dessa forma, estável. Alem disso, quanto maior o numero de interações entre proteínas, mais resistente e dinâmica é a molécula e quanto maior sua estabilidade, menos energia livre a molécula possui. *as interações entre proteínas ocorrem por meio de ligações não covalentes. -Constante de equilíbrio: As interações entre proteínas devem respeitar uma constante de equilíbrio (Keq). O equilíbrio se da quando a taxa de associação (Ta) = taxa de dissociação (Td) Como Ta= Kon.[R] e Td= Koff. [P], pode se afirmar que quanto maior a concentração de reagentes, maior a taxa (e velocidade) de associação. E à medida que os reagentes são consumidos, a velocidade de associação diminui enquanto a velocidade de dissociação aumenta. *quanto maior a afinidade entre as moléculas, maior a Keq. A concentração crítica é a concentração tão baixa, de forma que o equilíbrio seja atingido (Ta=Td) e, dessa forma, NÃO haverá mais crescimento do polímero *quanto mais interações moleculares, maior a Keq, menor a energia livre e, portanto, menor é a concentração crítica, o que leva a um polímero grande. -Taxa de nucleação: Pequenos oligômeros podem associar-se espontaneamente, mas, como são instáveis, dissociam-se rapidamente. Para que ocorra a nucleação deve haver uma quantidade pré-associada de moléculas de forma que a polimerização seja favorecida (ocorre rapidamente a partir daí. Alem disso, a célula possui proteínas que catalisam a nucleação em locais específicos da célula. Dessa forma, a célula possui a vantagem de CONTROLAR os mecanismos de polimerização. -Extremidades (+) e (-): Alterações conformacionais nas subunidades resultam nas taxas de crescimento distintas em cada uma das extremidades. No momento em que o monômero/ heterodimero se liga a um polímero, ocorre hidrolise do ATP, tornando-se ADP. Por isso, pode-se dizer que existem as dinâmicas trifosfatada (forma T) e difosfatada (forma D). Sendo que na forma T (polímero grande), há mais energia, a Keq é maior e a Concentração crítica é menor, quando comparada a forma D (polímero pequeno). Enquanto na extremidade do polímero houver a capa de ATP ou GTP, ou seja, possuir uma forma T, o crescimento será favorecido. No entanto, se a incorporação de um novo monômero/heterodímero ao polímero levar mais tempo do que o tempo necessário para hidrolise do ATP ou GTP, estabelecendo um equilíbrio termodinâmico na forma D e, assim, haverá um desmanche do polímero (catástrofe) o que gera a instabilidade dinâmica em microtúbulos e na actina o treadmilling, � Microtúbulos: associação de alfa e beta tubulinas. -O crescimento do polímero ocorre mais rapidamente na extremidade + -A nucleação de microtúbulos ocorre no centrossomo (próximo ao núcleo), pois a extremidade - fica voltada ao interior do centrossomo. -Uma subunidade beta-tubulina, quando incorporada ao polímero, hidrolisa GTP em GDP. Essa hidrolise forma um heterodímero alfa/beta-tubulina na forma D, sendo menos favorável à polimerização. Kt > Kd Cct < Ccd A instabilidade dinâmica é muito importante para o processo de divisão celular (cromossomos e proteínas motoras auxiliam na montagem da fibra de fuso). -Catástrofe: A importância da catástrofe está relacionada à ligação entre cinetócoro e microtubulos para formar as fibras de fuso, pois essa ligação é feita através de tentativa e erro! (aqueles que derem errado devem sofrer catástrofe). Os microtúbulos e filamentos de actina são proteínas solúveis quando em unidade e fibrosas quando associadas e isso os dá a vantagem de serem transportadas pelo citosol de forma eficiente após a catástrofe, já que elas são prontamente solubilizadas. Além disso, a separação de cromátides ocorre através da indução catastrófica. microtúbulos Microfilamentos de actina Assoc. de heterodímeros de alfa/beta tubulina Assoc. de monômeros de actina Nucleotídeo: GTP/GDP Nucleotídeo: ATP/ADP Nucleação ocorre no centrossomo Nucleação ocorre no ectoplasma Assoc/dissoc. Ocorrem mais rapidamente na extremidade + Assoc/ dissoc. Ocorrem em ambas as extremidades -Actina: haverá associação na extremidade + da actina se a concentração de monômeros de alfa-actina na forma T for maior que a Cct. E haverá dissociação de monômeros D na extremidade – se a concentração de monômeros de alfa-actina na forma D for menor que a Ccd. O treadmilling ocorre quando a Tont = Toffd. Logo não haverá crescimento do polímero, mas sim seu deslocamento. � Proteinas acessórias aos microtúbulos: ● estatminas: associam-se a heterodimeros livres, impedindo a associação e gerando catástrofe. A regulação é feita através da fosforilação da estatmina, pois a estatmina fosforilada não se liga a heterodimeros. (Modificação covalente) � Proteínas associadas a microtúbulos: ● MAP 2: estabiliza e resulta em microtúbulos mais estáveis e dinâmicos ● TAU: organizam feixes de microtúbulos ● gama-TURC: responsável pela nucleação de microtúbulos no centrossomo *MAP 2 e TAU quando em processo patológico não se ligam aos microtúbulos, causa necrose e neurodegeneracao (Alzheimer, Príon) � Proteínas acessórias a actina: I- Complexo arp: responsável pela nucleação da actina; associa-se ao filamento. O complexo arp se mantem ligado com sua extremidade – ao filamento de actina, criando uma ramificação (permite formar rede). II- forminas: realizam a nucleação através da captura de dois monômeros. Não gera ramificação. III- Timosina: impede a associação de monômeros (tanto entrada quanto saída) nas extremidades + ou – da actina e impede a hidrolise do ATP. A timosina se liga ao monômero que iria se ligar ao polímero. IV- Profilina: aumenta a associação de monômeros na extremidade +, pois ela se liga na extremidade – não permitindo associação na extremidade -. A profilina se liga ao monômero que iria se ligar à extremidade – do polímero. -Proteínas de capeamento: Associam-se à extremidade + do filamento impedindo a associação/dissociação de novos monômeros (mais rápido). -Proteínas motoras: I- Cinesinas: associam-se a microtubulos normalmente, e promovem o deslocamento de organelas membranosas II- Dineínas: associadas a microtubulos, estão relacionadas a movimentos de cílios e flagelos. III- Miosina: associada a actina, é importante na contração muscular (exige muito ATP) *cada “passo” dado pelas proteínas motoras gasta um ATP. � Filamentos intermediários: conferem resistência mecânica, formados por queratinas, vimentina, desmina, periferina na forma de associação de proteínas fibrosas. Há presença de junções celulares. -Os desmossomos e hemidesmossomos estão relacionados aos filamentos intermediários e conferem adesão mais fortes, quando comparados as junções de adesão (célula-célula ou célula-matriz), as quais estão relacionadas aos filamentos de actina. *As caderinas fazem a mediação da adesão célula-célula dependentes de Ca2+ e controlam a organização seletiva das células (diferentes tipos em diferentes células). Enquanto isso, as cateninas mantem as caderinas ligadas ao citoesqueleto de actina. -Desmossomos, hemidesmossomos e filamentos intermediários: tipo de filamento. Intermediário é determinado pelo tipo celular (tecido epitelial-queratina/tecido muscular cardíaco – desmina). -O pênfigo é uma doença autoimune em que anticorpos anticaderinas rompem os desmossomos que mantem as células epiteliais unidas,resultando na formação de bolhas na pele. � Adesão: ● Selectinas: associadas a actina, promovem adesão célula-celula e permitem captura de linfócitos circulantes para serem direcionados ao foco de lesão. ● Integrinas: associadas a filamentos intermediários, promovem adesão (célula-matriz) e essa adesão é muito forte. Defeitos de integrinas são causadores de muitas doenças genéticas. ● Junções compactas: formam barreiras entre as células (claudinas e ocludinas) As junções de oclusão estão relacionadas a integridade da barreira hemato-cefalica e a elevação da permeabilidade intestinal na doença celíaca. Se houver uma lesão, há reconhecimento dos padrões moleculares associados ao dano (DAMPs). Este reconhecimento (Toll-like receptors) acarreta na expressão e secreção de citocinas, as quais aumenta, a expressão de selectinas e integrinas, recrutando linfócitos para lesão. (VAMPs e PAMPs).
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