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Mariana Marques – T29 Citoesqueleto ∆G° → energia livre de Gibbs - disponível para realizar trabalho Quanto maior a quantidade de ligações menor é o ∆G° - mais estável é a molécula A quantidade de ligações está diretamente relacionada com a estrutura Quanto maior a quantidade de ligações químicas, maior será a constante de equilíbrio (Keq) Taxa de associação → Ton = Koff . [A] . [B] Taxa de dissociação → Toff = Koff . [AB] Microfilamentos de actina Determinam a forma e a superfície celular Desempenham importante função durante a contração muscular Constituídos pela associação de subunidades solúveis de α-actina Actina G → Actina Globular Actina F → Actina Filamentosa Microtúbulos Determinam o posicionamento de organelas Direcionam o transporte de vesículas Participam do processo de divisão celular Responsáveis pelo movimento de cílios e flagelos Constituídos pela associação de subunidades solúveis de α-tubulina e β-tubulina Microtúbulos crescem sempre perto da região nuclear. Em células animais, o crescimento dos microtúbulos só ocorre na extremidade +, porque a extremidade - permanece presa ao centrossomo. Filamentos intermediários Conferem resistência mecânica às células Constituídos pela associação de subunidades de proteínas fibrosas (naturalmente insolúveis) Encontram-se associados a desmossomos e hemidesmossomos A α-queratina é um exemplo de proteína fibrosa que participa da constituição de filamentos intermediários Dinâmica do citoesqueleto A associação de proteínas ocorre através de interações não-covalentes As interações entre proteínas devem respeitar uma constante de equilíbrio Conforme as proteínas se associam, as concentrações de subunidades livres vão reduzindo e, consequentemente, a taxa de associação também será reduzida Ton = kon . [A] . [B] Toff = koff . [AB] Em equilíbrio: Ton = Toff, ou seja, Keq =[AB][A] . [B]= KonKoff Quanto maior a afinidade entre as moléculas, maior será o valor de Keq Mariana Marques – T29 Concentração crítica É a concentração de subunidades livres no equilíbrio químico. Em outras palavras, é quando a concentração de subunidades livres foi reduzida ao ponto de não haver mais crescimento de polímero (quando a velocidade de associação é igual a de dissociação). Taxa de nucleação Pequenos oligômeros podem se associar, espontaneamente, porém são instáveis e se dissociam rapidamente Esta instabilidade cria uma barreira cinética para a nucleação Células possuem proteínas e complexos enzimáticos que catalisam a nucleação em locais específicos e conforme a necessidade. Extremidades (+) vs. Extremidades (-) Alterações conformacionais que ocorrem nas subunidades, conforme elas interagem entre si, acarretam em taxas de crescimento distintas, em cada extremidade Instabilidade dinâmica em microtúbulos (Catástrofe) GTP = trifosfato de guanosina (sempre permanece na extremidade) Capa de GTP = presença de pelo menos uma α- tubulina na forma T na extremidade, assim há o favorecimento da polimerização → quando a adição de novas formas T ocorre uma taxa maior do que a taxa de hidrólise de GTP em GDP, haverá sempre ao menos uma forma T na extremidade, o que favorecerá o crescimento do polímero. Quando um heterodímero de α/β tubulinas se associa a um feixe de microtúbulos, a subunidade β-tubulina sofre uma mudança conformacional, adquirindo atividade catalítica capaz de hidrolisar GTP em GDP+PO43- A α-tubulina, no entanto, não tem essa atividade, permanecendo ligada a GTP. A forma T (α/β- tubulinas ligadas a GTP/GTP) possui maior Keq do que a forma D (α/β- tubulinas ligadas a GTP/GDP). Catástrofe em microtúbulos ocorrerá quando a capa de GTP for desfeita, ou seja, a hidrólise de GTP em GDP ocorreu antes que uma nova forma T foi adicionada. Qualquer interferência ou defeito celular que acarrete em prejuízo à esta instabilidade dinâmica, terá um efeito citotóxico. Treadmilling Processo que ocorre somente em actina nas células animais. Para ocorrer treadmilling é necessário que as duas extremidades estejam livres. A taxa de associação na forma T a extremidade (+) é igual à taxa de dissociação que a forma D se dissocia da extremidade (-). Então, não há crescimento do polímero. Treadmilling ocorrerá quando subunidades solúveis de α-actina (Forma T), são adicionadas à extremidade (+) a uma taxa (velocidade) igual à taxa de remoção de subunidades de α-actina (Forma D), a partir da extremidade (-) A adição na extremidade (-) é lenta → a hidrólise alcança o ponto de adição de subunidades A adição na extremidade (+) é rápida → a hidrólise se encontra atrasada em relação à adição de subunidades. Mariana Marques – T29 Dinâmica de citoesqueleto: MICROTÚBULOS ACTINA - F α/β- tubulinas α- actina (actina G) α GTP e β GTP → T α GTP e β GDP → D α- actina ATP α- actina ADP Instabilidade dinâmica Treadmilling Extremidade (-) presa ao centrossomo Extremidade (+) e (-) podem estar livres Obs: → Alguns fármacos interferem na dinâmica de microtúbulos e filamentos de actina (todos os fármacos que atingem os filamentos de actina são citotóxicos) FÁRMACOS ACTINO-ESPECÍFICOS Faloidina Liga-se aos filamentos, estabilizando-os Citocalasina Promove o capeamento da extremidade (+) do filamento Swinholide Quebra os filamentos Latrunculina Liga-se a subunidades e evita sua polimerização FÁRMACOS MICROTÚBULO-ESPECÍFICOS Taxol Liga-se aos microtúbulos, estabilizando-os Colchicina, colcemida Liga-se às subunidades e evita sua polimerização Vimblastina, vincristina Liga-se às subunidades e evita sua polimerização Nocodazol Liga-se às subunidades e evita sua polimerização Proteínas acessórias de microtúbulos → COMPLEXO γ-TuRC Promove a nucleação da montagem, permanecendo associado à extremidade (-) Fazem a nucleação de microtúbulos que ocorre a partir dos centrossomos → ESTATMINAS São proteínas que se associam a subunidades de α/β-tubulinas, livres em solução, impedindo que estes heterodímeros se associem a um microtúbulo. QUINASES: catalisam a transferência de fosfato a partir de uma molécula mais energética para uma molécula menos energética (ex: glicose → glicose-6-fosfato (reação irreversível)) FOSFATASE: glicose-6-fosfato →glicose (glicose-6-fosfatases são capazes de remover os fosfatos). Mariana Marques – T29 → MAPs: MAP, MAP-2, TAU São proteínas que se associam a microtúbulos, estabilizando-os individualmente e/ou em feixes MAP: estabiliza microtúbulos através de ligações laterais (fosforilada fica inativa, para ativar é necessário retirar o fosfato - a quinase é responsável pela superfosforilação) MAP-2: Associação de microtúbulos em feixes (paralelos) TAU: Associação de microtúbulos em feixes (nos neurônios é mais abundante no corpo celular) Proteínas motoras associadas a microtúbulos → CINESINAS Há, pelo menos, 14 diferentes superfamílias de cinesinas, proteínas motoras que se deslocam sobre microtúbulos Cinesina 13: não se move - fator de catástrofe → DINEÍNAS Proteínas motoras que se deslocam sobre microtúbulos e exercem importante papel, por exemplo, no movimento de cílios e flagelos É associada à fertilidade e problemas respiratórios Proteínas acessórias de filamentos de actina → COMPLEXO ARP É um complexo de proteínas que possui duas Proteínas Relacionadas à Actina (Actin-Related Proteins), cada proteína apresentando cerca de 45% de similaridade com a actina Promove a nucleação do crescimento do filamento de actina na extremidade (-), permitindo o rápido alongamento na extremidade (+) Esse complexo pode se ligar lateralmente a um outro filamento, permanecendo ligado à extremidade (-), dando origem a filamentos individuaisorganizados em uma rede ramificada → PROFILINAS Proteínas que se associam a monômeros de actina, impedindo a associação destes à extremidade (-), favorecendo o crescimento a partir da extremidade (+) Bloqueadores neuromusculares 1- Despolarizantes Succinilcolina → dessensibiliza o nAChR após uma breve abertura (agonistas - simulam a ação da acetilcolina, mas com muito mais força; não é competitivo, porque há a dessensibilização; degradados pela Acetilcolinesterase em 10 minutos) 2- Não despolarizantes Antagonistas Competitivos Se há aumento da concentração de acetilcolina, desloca o bloqueador, ou seja, desfaz o efeito Conhecidos como curarizantes Filamentos intermediários → Fornecem resistência mecânica às células. → Constituídos pela associação de proteínas fibrosas, como a α-queratina. → Fosforilação: Dissociação → Desfosforilação: Associação Mariana Marques – T29 TIPOS DE FI COMPONENTES POLIPEPTÍDICOS LOCALIZAÇÃO Nuclear Laminas A, B e C Lamina nuclear (revestimento interno do envelope nuclear) Epitelial Queratinas tipo I (ácidas) e tipo II (básicas) Células epiteliais e seus derivados (Ex.: unha e cabelo) Axonal Proteínas de neurofilamento Neurônios Semelhantes à vimentina Vimentina Diversas células de origem mesenquimal Desmina Músculo Proteína ácida glial fibrilar Células gliais (astrócitos e algumas células de Schwann) Periferina Alguns neurônios Junções celulares, adesão celular e matriz extracelular → Junções de ancoramento JUNÇÃO PROTEÍNA DE ADESÃO TRANSMEMBRANA LIGANTE EXTRACELULAR LIGAÇÃO AO CITOESQUELETO INTRACELULAR PROTEÍNA DE ANCORAMENTO INTRACELULAR CÉLULA-CÉLULA Junções aderentes Caderina (caderina clássica) Caderina da célula vizinha Filamentos de actina α-catenina,- catenina, placoglobina (- catenina), catenina p120, vinculina, α- actina Placogonina (- catenina), placofilina, desmoplaquina Desmossomos Caderina (desmogleína, desmocolina) Desmogleína e desmocolina da célula vizinha Filamentos intermediários Talina, vinculina, α- actinina, filamina, paxilina, cinase de adesão focal (FAK) Plectina, distonina (BP230) CÉLULA-MATRIZ Adesão célula-matriz ligada à actina Integrina Proteínas da matriz extracelular Filamentos de actina Hemidesmossomos Integrina α64, colágeno tipo XVII (BP180) Proteínas da matriz extracelular Filamentos intermediários Plectina, distonina (BP230) Mariana Marques – T29 → Junção de adesão célula/matriz: integrinas (hemidesmossomo) → Junção de adesão célula/célula: caderinas (desmossomo) → CADERINAS Proteínas que promovem a adesão homofílica (entre células iguais) Ligação mediada pelo íon Ca2+ Controlam a adesão seletiva das células As metástases ocorrem quando há uma mudança na expressão das caderinas → CATENINAS As cateninas ligam as caderinas ao citoesqueleto de actina, exercendo importante função na estrutura das junções de adesão → DESMOSSOMOS PROPORCIONAM FORÇA MECÂNICA AO EPITÉLIO Desmossomos são estruturalmente semelhantes às junções de adesão, porém estão associados à filamentos intermediários Cateninas também efetuam a interligação entre as caderinas e o citoesqueleto → PÊNFIGO Trata-se de uma condição autoimune, onde há produção de anticorpos anticaderinas, os quais rompem as estruturas dos desmossomos, resultando na formação de bolhas na pele e/ou mucosas. Pênfigo foliáceo: quando há autoanticorpos antidesmogleína 1, uma caderina predominante no tecido epitelial. Por essa razão, as lesões do pênfigo foliáceo ocorrem na pele. Razão pela qual é conhecido como “fogo selvagem”. Pênfigo vulgar: quando há autoanticorpos antidesmogleína 1 e antidesmogleína 3, esta última presente em mucosas. Nesse sentido, no pênfigo vulgar, as lesões têm início em mucosas (boca, por exemplo) e atingem, posteriormente, a pele. Produz anticorpos contra as caderinas da mucosa e da pele. Pênfigo bolhoso (ou penfigóide bolhoso), os autoanticorpos produzidos são reativos contra uma proteína relacionada à adesão mediada por hemidesmossomos. Sendo assim, no pênfigo bolhoso, diferente do pênfigo vulgar e pênfigo foliáceo, as estruturas comprometidas são hemidesmossomos, acarretando prejuízo na adesão entre as células e a lâmina basal. - ATENÇÃO: como os autoanticorpos no penfigóide bolhoso são contra proteínas associadas a hemidesmossomos, estas proteínas, obviamente, não são da família das caderinas, como ocorre no pênfigo foliáceo e pênfigo vulgar (integrinas). → INTEGRINAS SÃO RESPONSÁVEIS POR UNIR A CÉLULA À MATRIZ EXTRACELULAR Proteínas que promovem forte adesão entre células São ativadas após ligação de um ligante específico → SELECTINAS Proteínas que promovem a adesão (mais fraca) transiente entre células Importante no processo de rolamento de leucócitos → JUNÇÕES COMPACTAS (JUNÇÕES DE OCLUSÃO) Claudinas e Ocludinas - interações fracas Constituem uma barreira entre duas células Formam a barreira hematoencefálica - junções mais firmes Controlam a permeabilidade intestinal - o estresse afrouxa as proteínas e isso pode causar inflamação, como no celíaco, que o glúten atravessa duas células e chega à circulação sem ser digerido → JUNÇÕES COMUNICANTES (TIPO GAP) Permitem a comunicação intercelular através da passagem de pequenos solutos. - Ex: Aminoácidos, nucleotídeos, carboidratos, íons inorgânicos etc. Mariana Marques – T29 INTEGRINA LIGANTE DISTRIBUIÇÃO FENÓTIPO QUANDO A SUBUNIDADE α É MUTADA FENÓTIPO QUANDO A SUBUNIDADE É MUTADA α51 Fibronectina Diversa Morte do embrião; defeitos nos vasos sanguíneos, somitos e crista neural Morte precoce do embrião (na implantação) α61 Laminina Diversa Severas bolhas na pele; defeito em outros epitélios Morte precoce do embrião (na implantação) α71 Laminina Músculo Distrofia muscular; defeitos nas junções miotendinosas Morte precoce do embrião (na implantação) αL2(LFA1) Contra-receptores da superfamília das lgs (ICAM) Leucócitos Redução no recrutamento dos leucócitos Deficiência na adesão dos leucócitos (LAD); resposta inflamatória reduzida; infecções recorrentes com risco de morte αIIb3 Fibrinogênio Plaquetas Sangramento; não- agregação de plaquetas (doença de Glanzmann Sangramento; não-agregação de plaquetas (doença de Glanzmann; osteoporose moderada α64 Laminina Hemidesmossomos de epitélio Severas bolhas na pele; defeito em outros epitélios Severas bolhas na pele; defeito em outros epitélios Mariana Marques – T29 Doença de Alzheimer Bases fisiopatológicas “Demência”: uma perda progressiva de desempenho em dois ou mais dos cinco domínios cognitivos. 1. Memória 2. Atenção 3. Linguagem 4. Executar atividades do cotidiano 5. Percepção visual/espacial Hipóteses fisiopatológicas Formação de placas de oligômeros densos com formação de placas difusas Segregação anormal da proteína TAU Dislipidemias e aumento da homocisteína sérica Tabagismo, obesidade e dieta rica em gorduras saturadas. “Post-Morten” Placas beta-amilóides extracelulares (formadas pela proteína tau e pela desagregação do microtúbulo do neurônio) Neurônios com emaranhados de proteína tau (triângulo) CONSEQUÊNCIAS Porções insolúveis de beta-amilóide (entre 39 a 42 aminoácidos) se agrupam, formando placas difusas Placas se agregam progressivamente, atrapalhando as funções celulares Neurônio afetado→ apoptose; placas não são digeridas Recrutamento de células de defesa amplificam os danos Classificada como transtorno neurodegenerativo. À medida que a doença evolui, o quadro de sintomas pode incluir confusão, irritabilidade, alterações de humor, comportamento agressivo, dificuldades com a linguagem e perda de memória a longo prazo. As causas e progressão da doença aindanão são completamente compreendidas, embora se saiba que estão associadas às placas senis (β- amilóide) e aos novelos neurofibrilares no cérebro. HIPERFOSFORILAÇÃO DA PROTEÍNA TAU Microtúbulo se desfaz, causando a morte da célula Desmembra a estruturação do microtúbulo nas terminações nervosas dos axônios Essa desagregação solta a proteína tau, formando um aglomerado chamado de placa beta-amiloide, degenerando o neurônio.
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