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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Av. João Naves de Ávila, 2.121, Sala 1K 217, Bloco 1K, campus Santa Mônica, Uberlândia – MG, CEP: 38400-902 www.feq.ufu.br – e-mail: malagoni@ufu.br – Tel. 34 3230-9534 RELATÓRIO DE LEQ II PRÁTICA 7 – TROCADOR DE CALOR Data de realização da prática: 02/05/2023 GRUPOS G1 E G2 Ana Laura Martins Barbosa, 11711EQU013 Augusto Vinicius de Campos Pedroso, 12111EQU058 Henrique Gonçalves Nogueira, 12011EQU003 Maria Gabriela Lacerda Cabral Silva, 11911EQU029 Mateus Henrique de Marco Ávila, 12011EQU005 Nicole Salvador, 12011EQU004 UBERLÂNDIA – MG 2023 mailto:malagoni@ufu.br SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Av. João Naves de Ávila, 2121, Sala 1K217, Bloco 1K, campus Santa Mônica, Uberlândia – MG, CEP: 38400-902 www.feq.ufu.br – e-mail: malagoni@ufu.br – Tel. 34 3230-9534 1 RESUMO – Trocadores de calor são equipamentos projetados para transferir a energia térmica de um fluido a outro sem que haja contato direto entre eles. Com o intuito de estimar as propriedades relacionadas a esse tipo de processo, acompanharam-se as temperaturas de entrada e saída tanto da água quente quanto da água fria, respectivamente, pelo software Arduino Mega 2560 nas vazões de 2,25 e 2,5 L/min, 2,25 e 1,00 L/min, 1,00 e 2,25 L/min. Após o tratamento de todas as informações coletadas, determinou-se que os coeficientes globais de troca térmica equivalem a 198,4307 J/s K m2, 66,2773 J/s K m2 e 132,6466 J/s K m2. PALAVRAS-CHAVE: Calor, efetividade, transferência. Objetivo: determinar o coeficiente global de troca térmica de um trocador de calor real a partir do método da efetividade. 1. INTRODUÇÃO O trocador de calor é um dispositivo utilizado para ceder a energia térmica de um fluido a outro, viabilizando o resfriamento ou o aquecimento de uma das substâncias. Por esse motivo, a operação unitária de transferência de calor é influenciada por fatores como a condutividade térmica dos materiais envolvidos, a área de superfície do trocador de calor e a taxa de fluxo dos fluidos. (KREITH & BOHN, 2003) Durante seu funcionamento, os fluidos escoam em caminhos separados, mas próximos o suficiente para permitir a transferência de calor entre eles. Dependendo do projeto e da configuração do equipamento, podem fluir em correntes paralelas, cruzadas ou contracorrentes. Nesse sentido, é importante salientar que o arranjo selecionado determinará tanto a eficiência do trocador de calor quanto sua capacidade de transmitir energia térmica. (SERTH & LESTINA, 2014) Por desempenharem um papel fundamental em diversas aplicações industriais, podem ser classificados de acordo com sua geometria, sendo mais comuns os de casco e tubos, placas e serpentinas. Enquanto o primeiro é versátil e amplamente empregado em refinarias e usinas de energia, os de placas são compactos, eficientes e utilizados nas indústrias alimentícia e farmacêutica. Como os do tipo serpentina são ideais para processos contendo fluidos viscosos mailto:malagoni@ufu.br SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Av. João Naves de Ávila, 2121, Sala 1K217, Bloco 1K, campus Santa Mônica, Uberlândia – MG, CEP: 38400-902 www.feq.ufu.br – e-mail: malagoni@ufu.br – Tel. 34 3230-9534 2 ou com tendência a incrustações, podem ser encontrados em caldeiras e setores químicos. (MITROVIC, 2012) Figura 1 – Trocadores de calor tipo placa. (Fonte: Soluções Industriais) Figura 2 – Trocador de calor tipo serpentina. (Fonte: Materiais Cerâmicos) mailto:malagoni@ufu.br SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Av. João Naves de Ávila, 2121, Sala 1K217, Bloco 1K, campus Santa Mônica, Uberlândia – MG, CEP: 38400-902 www.feq.ufu.br – e-mail: malagoni@ufu.br – Tel. 34 3230-9534 3 O método da efetividade baseia-se na análise dos parâmetros de transferência de calor para determinar a eficiência e a capacidade de um trocador de calor. Assim, a fim de otimizar o desempenho térmico, minimizar custos, avaliar a eficiência energética dos dispositivos em operação e identificar possíveis melhorias no sistema, aplica-se essa ferramenta na seleção e no projeto de trocadores de calor. (BEJAN & KRAUS, 2003) 2. MATERIAIS UTILIZADOS • Trocador de calor tubo carcaça; • Dois rotâmetros; • Tanque para água fria; • Tanque para água quente; • Mangueiras; • Termopares; • Arduino Mega 2560. Figura 3 – Montagem experimental. (Fonte: autor) mailto:malagoni@ufu.br SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Av. João Naves de Ávila, 2121, Sala 1K217, Bloco 1K, campus Santa Mônica, Uberlândia – MG, CEP: 38400-902 www.feq.ufu.br – e-mail: malagoni@ufu.br – Tel. 34 3230-9534 4 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL A princípio, abriu-se o arquivo sketch_nov04a.ino contido na pasta Programa temperatura. Em seguida, foram executados os comandos Tools > Board > Arduino Mega 2560 com o intuito de certificar que a opção Tools serial port estava ativa. Além disso, no If ao final do programa colocou-se tensao1 <10 e tensao1 >10. Por fim, as alterações feitas foram carregadas através da seta horizontal para a direita. Posteriormente, ligou-se a tomada da unidade do trocador de calor e, em sequência, a chave preta. Após isso, as vazões 1 e 2 foram ajustadas em 74 e 61, respectivamente, e aguardou-se até que todas as saídas estivessem circulando água para repetir a última etapa relacionada ao programa com tensao1 <60 e tensao1 >60, clicar em Serial monitor e acompanhar as temperaturas. A título de comparação, as vazões 1 e 2 também foram definidas tanto como 79 e 25 quanto 39 e 56. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir da metodologia descrita acima, foram coletadas as informações abaixo, necessárias para mensurar o coeficiente global de troca térmica do trocador de calor. Tabela 1 – Valores medidos ao longo do experimento. 1 2 3 TEQ (ºC) 60,12 59,16 61,80 TSQ (ºC) 49,05 51,76 46,70 TEF (ºC) 23,83 24,19 24,27 TSF (ºC) 32,18 40,76 28,74 VQ (L/min) 2,25 2,25 1,00 VF (L/min) 2,5 1,00 2,25 Para isso, deve-se determinar tanto as propriedades físicas da água nas temperaturas de referência de 25 e 60 °C quanto as vazões mássicas, possibilitando estimar os parâmetros C por: 𝐶 = 𝑚 ∙ 𝑐𝑃 (1) Tabela 2 – Propriedades físicas da água em suas respectivas temperaturas de referência. Temperatura (ºC) ρ (kg/m3) μ (kg/m s) k (W/m K) cP (J/kg K) 25 997,13 0,891 ∙ 10-3 0,617 4181,4 60 983,13 0,467 ∙ 10-3 0,660 4184,3 mailto:malagoni@ufu.br SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Av. João Naves de Ávila, 2121, Sala 1K217, Bloco 1K, campus Santa Mônica, Uberlândia – MG, CEP: 38400-902 www.feq.ufu.br – e-mail: malagoni@ufu.br – Tel. 34 3230-9534 5 Tabela 3 – Vazões mássicas e parâmetros C. 1 2 3 VQ (L/min) 2,25 2,25 1,00 VF (L/min) 2,5 1,00 2,25 mQ (kg/s) 0,0368 0,0368 0,0164 mF (kg/s) 0,0415 0,0164 0,0368 CQ 153,9822 153,9822 68,6225 CF 173,5281 68,5750 153,8755 Posteriormente, calcula-se a área de troca térmica disponível no trocador de calor. Por ser cilíndrico, tem-se que: 𝐴 = 𝑛 ∙ 𝜋 ∙ 𝐷 ∙ 𝐿 (2) Onde n equivale a 26 tubos, sendo 13 em cada uma das duas passagens, D a 0,0095 m de diâmetro interno e L a 0,4 m de comprimento. Desse modo, A é igual a 0,3104 m2. Como intuito de verificar Cr, efetividade e NUT, utilizam-se as seguintes relações: 𝑪𝒓 = 𝑪𝒎í𝒏 𝑪𝒎á𝒙 (3) 𝜺 = 𝑻𝑬𝑸−𝑻𝑺𝑸 𝑻𝑬𝑸−𝑻𝑬𝑭 (4) Figura 4 – Gráfico ε vs NUT. mailto:malagoni@ufu.br SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Av. João Naves de Ávila, 2121, Sala 1K217, Bloco 1K, campus Santa Mônica, Uberlândia – MG, CEP: 38400-902 www.feq.ufu.br – e-mail: malagoni@ufu.br – Tel. 34 3230-9534 6 Dessa forma, pode-se calcular os coeficientes globais de troca térmica pela fórmula abaixo: 𝑵𝑼𝑻 = 𝑼𝑨 𝑪𝒎í𝒏 (5) Assim, os parâmetros equivalem a: Tabela 4 – Resultados. 1 2 3 Cr 0,8874 0,4453 0,4460 ε 0,3050 0,2116 0,4023 NUT 0,4 0,3 0,6 U (J/s K m2) 198,4307 66,2773 132,6466 Como o maior valor estipulado para U é referente ao primeiro caso, infere-se que houve uma maior troca térmica e, consequentemente, uma maior eficiência ao operar com vazões de de água quente e fria iguais a 2,25 e 2,5 L/min. 6. CONCLUSÃO Conforme evidenciado anteriormente, ao manipular as vazões de água quente e fria que entram no trocador de calor, são obtidos coeficientes globais de troca térmica consideravelmente distintos. Nesse sentido, os valores de U nos casos 1, 2 e 3 foram iguais a: 198,4307 J/s K m2, 66,2773 J/s K m2 e 132,6466 J/s K m2, respectivamente. Como o maior valor estipulado para U é referente às vazões de 2,25 e 2,5 L/min, tem-se que o primeiro arranjo é o processo mais eficiente e com maior troca térmica. REFERÊNCIAS BEJAN, A.; KRAUS, A. D. Heat Transfer Handbook. Wiley-Interscience, 2003. KREITH, F.; BOHN, M.S. Princípios de transferência de calor. 1ª edição. Cengage, 2003. MITROVIC, J. Heat Exchangers: Basics Design Applications. IntechOpen, 2012. mailto:malagoni@ufu.br SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Av. João Naves de Ávila, 2121, Sala 1K217, Bloco 1K, campus Santa Mônica, Uberlândia – MG, CEP: 38400-902 www.feq.ufu.br – e-mail: malagoni@ufu.br – Tel. 34 3230-9534 7 SERTH, R. W.; LESTINA, T. Process Heat Transfer: Principles, Applications and Rules of Thumb. 2nd edition. Academic Press, 2014. TROCADOR de calor tipo placa. Soluções Industriais. Disponível em: https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/maquinas-e-equipamentos/global- trocadores-de-calor/produtos/maquinas-ferramenta/trocador-de-calor-tipo-placa. Acesso em: 17 mai. 2023. TROCADOR de calor tipo serpentina. Materiais Cerâmicos. Disponível em: https://www.reidotitanio.com.br/trocador-de-calor-tipo-serpentina. Acesso em: 17 mai. 2023. mailto:malagoni@ufu.br
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