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Mar ia R aqu elEndocrinologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaHipotireodismoPrimário: problemana tireóide (TRH eTSH normais e T3 eT4 baixos)Prognóstico bom Secundário: problema na hipófise (TSH, T3 e T4 baixos) Prognóstico reservado a desfavorável Terciários: problema no hipotálamo (tudo baixo) Prognóstico reservado a desfavorável Tipos Sinais Diagnóstico Tratamento Hipotireoidismo primário congênito: hipoplasia, aplasia, cretinismo, língua grande, retardo mental Hipotireoidismo primário adquirido: Iatrogênico Tireóide linfocítica (distúrbios imunomediados e hereditários) Atrofia idiopática (Perda do parênquima ou atrofiou em casos não tratados) Destruição neoplásica Hipotireoidismo secundário Hipotireoidismo terciário Hipotireoidismo primário adquirido Cães de 2 a 6 anos Dermato: SEM PRURIDO, alopecia, pelagem seca/sem brilho, otite externa, cauda de rato, mixedema, piodermite secundária Neuromusculares: SNC → convulsão, ataxia, andar em círculos, sinais vestibulares Periférico → paralisia do nervo facial, da laringe, fraqueza, andar com apoio, atrofia muscular Reprodutivos: Anestro persistente, cios fracos, sangramento estral prolongado, ginecomastia, galactorréia Metabólicos: letargia, inatividade, ganho de peso (diminui metabolismo e aumenta deposição de gordura), intolerância ao frio. Oculares: depósito de lipídeos na córnea e ceratoconjuntivite seca Cardiovasculares: bradicardia, arritmias, CARDIOMIOPATIA DILATADA, redução da contratilidade cardíaca Gastrintestinais: diarréia, constipação, hipomotilidade esofágica Cretinismo: crescimento retardado, desenvolvimento mental deficiente, letargia Exames complementares: -Anemia normocítica normocrômica -Leve aumento nas enzimas hepáticas ALT e FA -US abdominal e da Tireóide (forma, contorno, tamanho,textura, ecogenicidade) -Histopatologia na pele -Dosagem hormonal (T4 total, T4 livre, TSH, anticorpos antitireoglobulina) Fatores que interferem: -Diminuindo: doenças concomitantes, drogas (sulfas, glicocorticóides e fenobarbital), cirurgias e anestesia -Aumentando: obesidade e gestação Reposição hormonal Levotiroxina sódica (T4) 0,01mg/Kg BID 0,02mg/Kg BID 7 dias: maior atividade, força e apetite 15 dias: colesterol normaliza 30 dias: melhora hiperlipidemia 2 meses: melhora pele e perda de peso Monitorar terapia com avaliação das respostas clínicas e dosagem de T4 -------------------------------------- Ausência de resposta: Administração errada Produto incorreto Tempo insuficiente Diagnóstico errado -------------------------------------- Tireotoxicose (excesso de dose): suspender terapia ou ajustar dose -Dose BID, dificuldade de biotransformação por IR ou IH -Dosar T4 -Respiração ofegante, agressividade, poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso Mar ia R aqu elEndocrinologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaHipertireoidismofelino Sinais Diagnóstico TratamentoExcesso de produçãode T3 e T495% em gatos commais de 10 anos Causas nutricionais ou ambientais Todos devem ser encaminhados para EGC e ECO HIPERPLASIA ADENOMATOSA BENIGNA MULTINODULAR (98%) 2% CARCINOMA Excesso de iodo na dieta ou alimentos enlatados. Hipertensão + aumento da liberação de eritropoietina + estimulação do SN simpático Polifagia, Polidipsia, Poliúria (aumento da TFG) e Perda de peso (catabolismo protéico) Vômito, diarréia e alopecia Exame físico: tireóide palpável, magro, hiperativo, taquicardia, alopecia, rins diminuídos (hipermetabolismo mascarando DRC) e agressividade DRC pode acentuar poliúria e polidipsia ALTERAÇÕES CONCOMITANTES: Hipertrofia miocárdica secundária ao hipertireoidismo: hipertensão arterial, taquicardia, sopro, ritmo de galope RX: cardiomegalia, edema, efusão ECG: arritmias e distúrbios de condução ECO: hipertrofia VE, hipercontratilidade, dilatação VE e AE Hipertensão sistêmica por estimulação beta adrenérgica: cefaléia, dor de cabeça, pressão da cabeça contra objetos, vocalização, nictalopia (retinoplastia hipertensiva) Insuficiência renal crônica: rins pequenos. Ao tratar o hipertireoidismo, a TFG volta a normalidade, caso o animal apresente aumento de creatinina e ureia, significa que ele tem DRC. SEMPRE tratar com Metimazol. Sinais clínicos US Palpação do nódulo na tireóide Hemograma: eritrocitose, leucograma de estresse (leucocitose com linfopenia) Bioquímico: enzimas hepáticas elevadas (ALT e FA) + azotemia (uréia e creatinina pelo aumento do catabolismo protéico) Urinálise: diferenciar diabetes mellitus (glicosúria) e DRC (proteinúria, alteração da densidade) Concentração sérica de T4: sempre alta (fidedigna) Concentração sérica de T4 livre (complementar) Cintilografia (mapeamento radioativo da tireóide) Tireoidectomia Dieta sem iodo Iodo radioativo: corrige sem anestesia ou cirurgia, única aplicação, IC ou SC, destroem só tecido hiperplásico. Prognóstico excelente, com cura Medicações antitireoidianas orais para o resto da vida Prognóstico bom (pior com DRC ou melhor sem DRC) METIMAZOL OU CARBINAZOL (Tapazol 5mg) -Inibe a síntese dos hormônios tireoidianos, inibindo a enzima que acopla o iodo à molécula de tireoglobulina) -Droga de escolha para gatos com IR, baixo custo, sem hospitalização | administração oral para o resto da vida Iniciar: 2,5mg/gato/VO/BID -Avaliar sinais, TFG e T4 em 2 semanas - TFG normal e T4 baixo = manter - TFG baixo (creatinina aumentou) = diminuir dose - T4 auto= aumentar para TID Mar ia R aqu elEndocrinologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaHiperadreno-corticismoou Síndromede Cushing A zona fasciculada da adrenal produz cortisol endógeno que tem atividade em diversos órgãos Tipos Sinais Diagnóstico Tratamento HHD: Hiperadrenocorticismo hipófise dependente Tumor ou hiperplasia da hipófise Libera mais ACTH → adrenais liberam mais cortisol e não tem feedback negativo HAD: hiperadrenocorticismo adrenal dependente Neoplasia ou hiperplasia adrenocortical → aumenta a liberação de cortisol → faz feedback negativo → hipófise diminui ACTH → adrenal oposta atrofia Iatrogênico: mais comum → cortisol exógeno faz feedback negativo e adrenais atrofiam Polifagia (glicose), poliúria (aumenta taxa de filtração e diminui ação do ADH), polidipsia compensatória, enfraquecimento muscular (neoglicogênese), distensão abdominal (hepatomegalia, bexiga cheia e redistribuição da gordura), flacidez muscular, obesidade, fraqueza Pele: alopecia no tronco, poupando as extremidades. NÃO PRURIGINOSA, hiperpigmentação, comedões (cravos), TELANGIECTASIA (pele fina com evidência dos vasos sanguíneos), calcinose cutânea Felinos: fragilidade cutânea, DM transitória, poliúria, polidipsia, glicosúria, hemograma e FA normais Hemograma: leucograma de estresse (leucocitose, DNNE com linfopenia e neutrofilia) Bioquímicos: ALT e FA aumentados pela gliconeogênese Aumento de triglicerídeos e colesterol Urinálise: hipostenúria ( >TFG e <ADH), proteinúria, glicosúria (cortisol é diabetogênico), cistite, bacteriúria, hematúria, ITU. Baixa os hormônios tireoidianos (síndrome do eutireoideo) Exames de imagem: aumento do contraste abdominal (redistribuição da gordura, hepatomegalia, distensão da bexiga, massa/calcificação da adrenal) US: tumor da adrenal, fígado e bexiga repleta TESTE DO EIXO HIPOFISÁRIO-ADRENOCORTICAL Dose basal: 1,4ug/dL 1-Supressão com dexametasona baixa dose 0,01mg/Kg/IV HHD: pode ou não suprimir nas 4h HAD: não suprime 2-Supressão com dexametasona alta dose 0,1mg/Kg/IV HHD: supressão do cortisol após 8h HAD: não suprime 3-Estimulação com ACTH 0,25mg/cão Cortisol basal: 0,5-6ug/dL Se não aumentar o cortisol após 1h=HAC iatrogênico >22ug/dL → HHD ou HAD HHD: Trilostano HAD: Adrenalectomia da glândula afetada OU Trilostano Trilostano é inibidor da enzima presente na síntese dos esteróides 0,5mg/Kg/BID→ se a dose for eficaz. os sinais clínicos vão melhorando Mar ia R aqu elEndocrinologia. Clínica Médicade Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaDiabetesMellitusDesordemmetabólica,hiperglicemia decorrente da falta de insulina ou da sua incapacidade de exercer efeitos metabólicos -Pancreatite, insulinoma imunomediada, uso excessivo de glicocorticóides, HAC, obesidade, amiloidose, hipotireoidismo Tipos Sinais Diagnóstico Tratamento Tipo 1: hiperinsulinemia permanente. Células beta param de produzir. Insulite imunomediada ou Pancreatite Tipo 2: disfunção das células beta + resistência insulínica. Obesidade, amiloidose, glicocorticóides sintéticos. Tipo 3: secundária, fatores que induzem a resistência insulínica (hormônio do crescimento, hiperadrenocorticismo, infecções, diestro, excesso de cortisol) Hiperglicemia → ultrapassa limiar de reabsorção tubular → glicosúria → poliúria → polidipsia compensatória. Perda de peso: diminuição da glicose celular + lipidose + catabolismo protéico Polifagia: diminuição da glicose no centro de saciedade Catarata diabética: aumento da glicose → enzima aldose redutase→ sorbitol → efeito osmótico Neuropatia periférica: posição palmígrada ou plantígrada Hiperglicemia + glicosúria + sinais clínicos (4P) + frutosamina (albumina + glicose) + cetonúria Hemograma:sinais de infecção ou inflamação. Urinálise: glicosúria, cetonúria, proteinúria, bacteriúria Bioquímico: aumento de ALT e FA (lipidose hepática), colesterol, triglicéridos, enzimas pancreáticas (pancreatite). Ureia e creatinina normais. Insulinoterapia + dieta + exercícios constantes + manejo da obesidade (gatos) Cão: Caninsulin [ ] → 40UI/ml Dose → 0,25-0,5 UI/Kg/BID O cão vai ganhando peso e a dose vai aumentando Gato: Glargina Dose → 0,5 - 1,5 UI/Kg/BID Dosar glicose antes da alimentação e dosar insulina após alimentação. Manejo dietético: 4 refeições Ao tutor: Registrar sinais clínicos com horários, apatia, PU, PD, peso, fitas para glicosúria, glicosímetro portátil Explicar a doença, aplicação após alimentação a cada 12h, homogeneizar e armazenar na geladeira, injeção SC Curva glicêmica: medição a cada 2h -Dose mínima de insulina por 1 semana para avaliar Nadir baixo: hipoglicemiante → diminuir dose Nadir alto: aumentar dose Ideal o nadir de 90-130 mg/dL após 6h Glicose máxima: 150-270 mg/dL
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