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Mar ia R aqu elOftalmologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaPálpebrasTipo Patogenia TratamentoAnquilobléfaro Falha na abertura da fissura palpebral Animais devem abrir os olhos até 15 dias após nascimento Se for associada com conjuntivite → oftalmia neonatal Abrir → lavar → tirar secreções → realizar testes para verificar úlceras Massagem delicada Distensão mecânica com pinça + Pomada OFTÁLMICA ou colírio antibiótico por 3 dias - Neomicina Não usar corticosteróides em úlceras de córneas Colírio: instilar 1 gota a cada X horas durante X dias Tipo Tipos Neoformações palpebrais Adenoma sebáceo: neoplasia benigna da glândula tarsal. Idade avançada. Não é obrigatório retirada (em casos de lesões, sangramento ou aproveitar cirurgia) Papiloma palpebral: neoplasia benigna de etiologia viral, com aspecto de couve-flor. Tratamento: Thuya occidentalis C6, 10 gotas, VO, BID por 10 dias TVT conjuntival: Dexametasona e após fazer retirada cirúrgica (terapia antiinflamatória mais efetiva para doenças inflamatórias crônicas) Carcinoma de células escamosas: mais comum em felinos Hemangioma da conjuntiva da terceira pálpebra: pode atingir todas as pálpebras Mar ia R aqu elOftalmologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaTipo Causas Sinais TratamentoEntrópioInversão damargem palpebral→ cílios e pelosirritando a córnea Cães: Bulldog inglês, São Bernardo, Cocker, Rottweiler, SRD Diferença de tensão entre músculos Conformação do crânio Anatomia da órbita Pregas cutâneas Filhotes de Sharpei com menos de 1 ano possuem pregueamento temporário das pálpebras→ Nylon 4-0 Lacrimejamento Enoftalmia Blefaroespasmos Úlcera de córnea Secreção mucopurulenta Depende: espécie, raça, severidade, idade e posição Técnica definitiva: Blefaroplastia de Hotz-Celsus - Modificada para entrópio medial - Modificada para entrópio canto lateral Tira fragmento palpebral e sutura → suturas simétricas e não rentes ao tarso → podemos usar a técnica do pinçamento Colar por 15 dias (até tirar os pontos) Limpar com solução fisiológica Pomada oftálmica antibiótica nos pontos BID Analgésico (Tramadol + Dipirona) por 4 dias AINE: Meloxicam ou Carprofeno BID ATB sistêmico em casos + graves, entrópio bilateral, tutor não consegue aplicar pomada → Amoxicilina + ácido Clavulânico BID por 7 dias CUIDADO: SUPER CORREÇÃO → ECTRÓPIO Ectrópio: reversão da margem palpebral → Não faz nada Mar ia R aqu elOftalmologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaAfecções de cíliosTipo Sinais TratamentoDistiquíase Vários cílios emergem das glândulas tarsais e atingem a córnea Cães: Bulldog, Cocker, Poodle, Pequinês, Dachshund, Shih tzu Lacrimejamento Blefaroespasmos Úlcera de córnea Ceratite superficial Microcrioepilação (óxido nitroso) Eletro Epilação: corrente elétrica por 20 segundos ( a melhor) Epilação com pinça: volta a cada 2 meses Lubrificante em gel ( colírios com ácido hialurônico → hidratante natural e estimulante da produção de colágeno, o ácido hialurônico mantém a pele jovem e saudável) - Hyabak - Systane - Refresh gel - Optivet Tears Mar ia R aqu elOftalmologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaTipo Sinais TratamentoTriquíaseCílios localizadosnormalmente, masdirecionados para córnea Cães: Pug, Bulldog, Cocker, Sharpei, Chow Chow Animais + velhos → mais pregas na cabeça → Ptose de pálpebras superiores Lacrimejamento Epífora Blefaroespasmos Úlcera de córnea Ceratite superficial Secreção Síndrome ocular do cão braquicefálico - Fissura macro palpebral ou Euribléfaro - Triquíase caruncular - Distiquíase - Entrópio medial inferior - Prega nasal exuberante OBS: Raças braquicefálicas tem predisposição a olho seco Depende da causa e localização Cão idoso: Técnica de Stades: incisão paralela a 0,5 mm da margem palpebral → flap de pelo em sobrancelha de palhaço → sutura da borda dorsal a 5 mm da margem palpebral (fio poliglactina)→ a porção aberta da ferida tem fechamento por 2ª intenção Pós: Colar elizabetano por 3 dias Limpar com solução fisiológica Pomada oftálmica antibiótica BID por 5 dias Cefalexina VO por 10 dias (antibiótico sistêmico) Analgésico (Tramadol ou Dipirona) por 5 dias Não pode corticóide → atrapalha cicatrização Tipo Sinais Tratamento Cílio ectópico Cílio adicional e único que se origina da glândula tarsal, emerge da conjuntiva palpebral e atinge a córnea Lacrimejamento Blefaroespasmos Úlcera de córnea (geralmente na parte superior da córnea) Ceratite superficial Secreção Excisão em cunha do cílio e da glândula tarsal Mar ia R aqu elOftalmologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaAfecções da glândula lacrimalTipo Causas Sinais TratamentoCherry eye Hipertrofia da glândula lacrimal da 3ª pálpebra Cães: Bulldog, Cocker, Sharpei Hereditária: afrouxamento da ligação entre glândula e cartilagem Período vacinal: pálpebra tem folículos linfóides que são estimulados Massa avermelhada no canto do olho Secreção ocular Hipertrofia da glândula Redução da produção lacrimal Conjuntivite Epífora Edema na terceira pálpebra. Recolocação e sepultamento através de suturas na conjuntiva bulbar → faz parte da produção lacrimal Se a causa for sistêmica: muitas vezes tem resolução espontânea com o tratamentos da doença primária. Causa primária: antibioticoterapia e uso de antiinflamatórios, o que promoverá redução de infecções e do edema, porém a resolução não é completa. Excisão completa: reduz a produção de lágrimas e como consequência leva à ceratoconjuntivite seca. Técnica da bolsa de Morgan Sutura e ancoragem da glândula no tecido conjuntivo da terceira pálpebra ou o periósteo da órbita. O uso de corticóides (colírio dexametasona 3x/dia por 7 dias) é empregado em casos que não hajam complicações como úlceras de córnea e pode ser utilizado no período anterior a cirurgia para redução do edema e da inflamação local. Pós operatório: Colar elizabetano por 3 semanas Limpeza com solução fisiológica Pomada oftálmica com antibiótico: Cloranfenicol, BID, 7 dias Analgésico: Dipirona + Tramadol, BID por 4 dias Antiinflamatório: Meloxicam por 4 dias Mar ia R aqu elOftalmologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaTipo Causas Sinais Diagnóstico e TratamentoCeratoconjuntiviteseca (CCS) Inflamação da córnea e conjuntiva, causada pela baixa produção da porção aquosa lacrimal Yorkshire, Cocker, braquicefálicos, Buldog Diminuição da porção aquosa → aumento da porção lipídica → secreção CCS ataca a produção aquosa (glândula lacrimal principal e da 3ª pálpebra) → Ataque imunomediado progressivo (80%) Forma iatrogênica: sulfas, atropina, excisão da glândula da terceira pálpebra Aplasia ou hipoplasia de glândulas lacrimais Atrofia da glândula lacrimal → senilidade Doenças sistêmicas: cinomose, herpesvírus, hipotireoidismo Falta de brilho na córnea Secreção mucosa (cães não tem conjuntivite bacteriana primária) Blefaroespasmos Úlcera de córnea Pigmentação e neovascularização (crônicos) Superfície córnea irregular Desconforto Atentar para : CINOMOSE: secreção ocular e olhos secos ANORMALIDADES: triquíase Sinais clínicos, insucesso com antibióticos e teste lacrimal de Schirmer (>15mm/min NORMAL; Entre 10-15mm-min SUSPEITO; <10mm/min CCS) Lacrimoestimulantes (agentes imunomoduladores) Ciclosporina A ------------------------------- 2% Colírio q.s.p. ------------------------------- 10ml Instilar 1 gota em cada olho a cada 12h até o retorno Leva 30 dias para começar a agir Colírio dexametasona ------------------------------- 1 frasco Instilar 1 gota em cada olho a cada 12h por 30 dias Entre uma medicação e outra, aguardar 30 min Antibióticos: obrigatório em casos de úlceras de córnea decorrente da CCS Lubrificantes: Hyabak colírio 0,15% -------------------------------1 frasco Instilar 1 gota em cada olho a cada 8h até retorno - Soro autólogo ou heterólogo o máximo de vezes por dias (manter em geladeira por até 5 dias) Mar ia R aqu elOftalmologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaTipo Classificação Sinais Causas Diagnóstico e TratamentoCeratiteulcerativaPerda do epitélioassociada aperda do estroma Córnea não tem vascularização, mas tem muita inervação Epitélio corneano Estroma: colágeno paralelo Membrana de Descemet: colágeno elástico Endotélio: em contato com humor aquoso Superficial: lesão no início do estroma e podemos tratar clinicamente Indolente: superficial, mas insistente e de difícil cicatrização Profunda: grande perda do estroma e requer tratamento cirúrgico (falha genética na membrana basal entre epitélio e estroma por falha nos hemidesmossomos) Descemetocele: perda de todo o estroma e fluoresceína não cora região central Melting: perda do estroma, derretido → colagenólise (destruição do colágeno do estroma pelas colagenases) Blefaroespasmos Epífora Fotofobia Miose (dor) Uveíte reflexa (lesão na córnea refletida na íris) Edema de córnea: estroma exposto puxa água Neovascularizaçã o: tentativa de conduzir células para reparar Superficiais são mais dolorosas Anormalidades palpebrais, de cílios e pelos Anormalidades do filme lacrimal (CCS) Traumas Infecções (fungos, bactérias, vírus) Químicos e irritantes Profunda, Descemetocele e Melting → CIRURGIA Flap de 3ª pálpebra | Flap de conjuntiva 360º ATB sistêmico e analgésico Inspeção: lupa, lanterna e sala escura Procurar causa base + Teste de fluoresceína COLAR ELIZABETANO Colírio antibiótico de amplo espectro a cada 1h | Tobramicina ATB sistêmico: Doxiciclina VO Ciproplégicos (Atropina 1%, SID por 3 dias) Anestésicos tópicos são epiteliotóxicos Inibidor de colagenase: Soro sanguíneo ou EDTA 0,35% QID Úlceras indolentes: debridamento corneando com swab Colar, ATB, ácido hialurônico e carboximetilcelulose, soro sanguíneo, debridamento ou ceratotomia, lentes de contato terapêutica Úlceras profundas (sem Melting) Colar + Colírio antibiótico + ATB sistêmico (doxiciclina) + Atropina 1% SID por 3 dias + soro sanguíneo - Estafiloma: prolapso de íris e córnea por cima - Sinéquia anterior: íris encosta e adere na córnea - Sinéquia posterior: íris encosta e adere no cristalino Mar ia R aqu elOftalmologia. Clínica Médica de Caninos e Felinos. UFPB 2023. Discente Maria Raquel Amorim de AlmeidaAfecções da úveaTipo Causas Sinais TratamentoAnterior: corpociliar e íris Posterior: coróide Uveíte + hifema = cão Uveíte + hipópio = gato TIPOS DE UVEÍTE: -Idiopática (+frequente) Reflexa Facogênica Endógenas: processos infecciosos, metabólicos, tóxicos, inmunomediados, neoplásicos Causam vasculite → vaza para humor aquoso (hemácias, leucócitos, fibrinas, fatores de coagulação) Erlichiose, Leptospirose, bactérias, fungos, vírus e protozoários Exógenos: trauma, ceratite ulcerativa (uveíte reflexa), cirurgia intraocular Animais com hifema podem obstruir ângulo iridocorneano e levar a glaucoma O humor aquoso é formado antes do sistema imunológico, em casos de catarata há liberação de proteínas que serão vistas como estranhas ao organismo → inflamação A luxação anterior pode gerar glaucoma por entupir o ângulo iridocorneano O cristalino é mantido em seu lugar por ligamentos. Quando o animal tem cataratas esses ligamentos podem se romper Epífora Blefaroespasmos Miose Fotofobia Hiperemia conjuntival Injeção ciliar (vasos congestos) Diminuição da visão Edema corneano (células endoteliais da córnea alteradas pela alteração no humor aquoso) Rubeosis iridis (íris avermelhada) Alteração da coloração da íris Hifema Hipópio Hipotonia TRATAR DOENÇA BASE Atropina 1% SID por 5 dias (CUIDADO: diminui produção lacrimal) Colírio dexametasona BID a QID (pedir retorno e medir PIO) Uveíte com úlcera: tratar úlcera e depois uveíte Síndrome uveodermatológico em Akitas e Huskey → toda pele mais pigmentada e virando feridas -Prednisolona 2mg/Kg BID com retirada gradativa -Colírio prednisolona QID -Colírio dexametasona QID -Atropina 1% SID por 5 dias
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