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Métodos PDCA e DMAIC e suas ferramentas analíticas Cadastre-se em www.elsevier.com.br para conhecer nosso catálogo completo, ter acesso a serviços exclusivos no site e receber informações sobre nossos lançamentos e promoções. Cristina WERKEMA Rio de Janeiro 2012 Métodos PDCA e DMAIC e suas ferramentas analíticas © 2013, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/98. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia escrita da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Copidesque: Casa Editorial BBM Editoração Eletrônica: C&C Criações e Textos Ltda. Revisão: Geisa Mathias de Oliveira Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, 111 – 16o andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil o andar Serviço de Atendimento ao Cliente 0800-0265340 sac@elsevier.com.br ISBN Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação à nossa Central de Atendimento, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão. Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicação. Sindicato Nacional dos Editores de livros, RJ W521m Inclui bibliografia ISBN 978-85-352-5429-7 II. Série. sobre a autora Cristina é autora das obras Criando a Cultura Lean Seis Sigma; DFLSS – Design for Lean Six Sigma: Fer- ramentas Básicas Usadas nas Etapas D e M do DMADV; Lean Seis Sigma: Introdução às Ferramentas do Lean Manufacturing; Avaliação de Sistemas de Medição e Perguntas e Respostas Sobre o Lean Seis Sigma, e do Lean Manufacturing, bem como na aplicação de outras iniciativas para a obtenção de resultados nas organizações, tais como metodologias para o desenvolvimento humano e para a comunicação estratégica. Sua carteira de clientes inclui empresas como Aços Villares, AGCO, América Latina - torantim Metais, entre outras. agradecimentos “Too many people are thinking of security instead of opportunity. They seem more afraid of life than death.” James F. Byrnes prefácio Este texto é uma edição revista e ampliada do livro As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos publicados mais de 40.000 exemplares do livro, que se tornou, portanto, uma obra de grande sucesso. Plan, Do, Check, Action (Define, Measure, Analyze, Improve, Control Lean Seis Sigma de melhoria de desempenho de produtos e processos. seja, as explicações esclarecem como método, de acordo com os objetivos da etapa que está sendo executada. Após o estudo do presente texto, o leitor interessado em obter um maior detalhamento das ferramen- Lean Manufacturing Capítulo 1 A história do controle da qualidade: do uso do gráfico de controle ao Lean Seis Sigma “The significance of a man is not in what he attains, but rather what he longs to attain.” Khalil Gibran 13 A história do controle da qualidade: do uso do gráfico de controle ao Lean Seis Sigma - do com que a importância dada a tal etapa – um procedimento baseado na detecção e na correção dos problemas relacionados à qualidade, de modo a impedir que os produtos com defeitos fossem produzidos. No entanto, a Segunda Guerra Mundial foi o grande catalisador para a aplicação do controle da produção de suprimentos militares de boa qualidade, em grande quantidade e mais baratos, e tam- A produção norte-americana, dos pontos de vista qualitativo, quantitativo e econômico, foi O controle da qualidade também foi adotado relativamente cedo na Inglaterra. Em 1935, os - lacionados ao controle da qualidade foram formulados e utilizados na Inglaterra também durante o No entanto, os resultados desse trabalho foram expressos sob complexa forma matemática, o que dificultou sua adoção. Além disso, o Japão também enfrentava dificuldades com os métodos adminis- não era satisfatória, já que nem todos os produtos eram suficientemente inspecionados. Naquela época, os produtos japoneses competiam em preço no mercado internacional, mas não em qualidade. 14 Métodos PDCA e DMAIC Após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, as forças norte-americanas de ocupação 1946, que a indústria de telecomunicações japonesa implantasse um programa eficiente de controle da qualidade, com o objetivo de eliminar os defeitos e a falta de uniformidade na qualidade dos equi- diretamente a partir do método norte-americano, que não foi modificado para se adaptar melhor à cultura japonesa. Esse fato gerou algumas dificuldades, mas como foram obtidos resultados muito bons, o método passou a ser utilizado por empresas de outros setores da economia. Controle da Qualidade, cujos membros trabalhavam em universidades, indústrias e órgãos gover- namentais. O grupo tinha como objetivos pesquisar e disseminar os conhecimentos sobre controle da qualidade, para que as indústrias japonesas pudessem melhorar a qualidade de seus produtos e proferir um seminário sobre controle da qualidade para administradores e engenheiros. Nesse se- minário, foram abordados os seguintes tópicos: a importância do entendimento da variabilidade presente em todos os processos de produção de bens e serviços; utilização de gráficos de controle para gerenciamento de processos. Esse seminário foi de grande importância, já que contribuiu para que os administradores perce- bessem a importância do controle da qualidade para suas empresas. O procedimento foi, então, amplamente empregado no Japão na década de cinquenta, com um - 15 A história do controle da qualidade: do uso do gráfico de controle ao Lean Seis Sigma pressão incorreta de que o controle da qualidade era algo muito complexo. Outra dificuldade foi o pouco interesse demonstrado pelos presidentes e pelos diretores das empresas em relação ao controle da qualidade, que permanecia como um movimento de engenheiros e operários. norte-americano J. M. Juran para ministrar seminários para a alta administração de várias empresas japonesas. Nesses seminários, foi explicado o papel que esses administradores deveriam desempe- nhar para a implantação e o desenvolvimento das atividades do controle da qualidade. A partir da controle da qualidade total como é praticado atualmente, envolvendo a participação de todos os setores e de todos os empregados da empresa. japoneses começaram a perceber que, enquanto alguns ramos do conhecimento são universais e Controle da Qualidade Total (TQC – Total Quality Control K.,1, 2 1. da qualidade. 2. Educação e treinamento em controle da qualidade. 3. 3 4. da empresa. 5. de outras técnicas mais avançadas. 6. Campanhas nacionais de promoção do controle da qualidade. 16 Métodos PDCA e DMAIC produtos da mais alta qualidade, os quais são globalmente importados. - Na evolução do controle da qualidade, é importante mencionar o Lean Manufacturing, uma ini- velocidade à empresa. As origens do Lean Manufacturing Just-in-Time criação e a implantação de um sistema de produção cujo principal foco era a identificação e a posterior produzir cada vez mais com cada vez menos, foi denominado produção enxuta (Lean Production ou Lean Manufacturing A máquina que mudou o mundo.4 The Machine that Changed the World - 5 do Seis Sigma na Motorola, em 15 de janeiro de 1987, com o objetivo de tornar a empresa capaz de enfrentar seus concorrentes, que fabricavam produtos de qualidade superior a preços menores. O programa foi lançado em uma palestra do CEO da empresa na época, Bob Galvin, divulgada em - nheiro e cientista que trabalhava no negócio de produtos de comunicação da Motorola. Bob Galvin foi contagiado pela forte convicção de Bill Smith quanto ao sucesso do Seis Sigma e então criou as condições para que Billcolocasse o programa em prática e o transformasse no principal componente da cultura da Motorola na época. Baldrige, o Seis Sigma tornou-se conhecido como o programa responsável pelo sucesso da organi- 17 A história do controle da qualidade: do uso do gráfico de controle ao Lean Seis Sigma - pressivos resultados financeiros obtidos pela empresa através da implantação da metodologia (por difusão do programa. No Brasil, a utilização do Seis Sigma está crescendo a cada dia. As empresas cujas unidades de negócio – conhecem bem o programa e, usualmente, treinavam seus especialistas fora do Brasil, por meio dos Master Black Belts da própria organização ou de consultorias estrangeiras. Agora, grande parte dessas empresas já está implementando o programa com o suporte de consultorias nacionais ou de sua própria equipe de Master Black Belts e Black Belts. A partir da divulgação dos resultados obtidos pelas primeiras empresas multinacionais que adotaram o Seis Sigma, várias outras organizações que não tinham qualquer consultores brasileiros e obtendo resultados expressivos. Os resultados das organizações brasileiras que exemplo, o método DMAIC (Define, Measure, Analyze, Improve, Control MAIC (Measure, Analyze, Improve, Control Seis Sigma de melhoria de desempenho de produtos e processos (o método DMAIC será apresen- como as práticas e a filosofia do Lean Manufacturing, foram integradas ao Seis Sigma, dando origem ao Lean Seis Sigma, uma estratégia mais abrangente, poderosa e eficaz do que cada uma das partes individualmente (a partir de agora passaremos a usar somente a terminologia Lean Seis Sigma, visto que a integração do Lean Manufacturing - ção foi o surgimento do Design for Lean Six Sigma e do método DMADV (Define, Measure, Analyze, Design, Verify e processos.6 Neste ponto, é natural que surja a pergunta: quais são as principais diferenças entre o Lean Seis e menos destacados pelo TQC são: 18 Métodos PDCA e DMAIC orientação para a obtenção de resultados para o negócio (o Lean Seis Sigma é uma estratégia elevado comprometimento da alta administração da empresa; - nidos para os patrocinadores e especialistas do Lean Seis Sigma (Sponsors, Champions, Master Black Belts, Black Belts, Green Belts, Yellow Belts e White Belts projetos Lean Seis Sigma associados às metas prioritárias da empresa; resultados dos projetos traduzidos para a linguagem financeira, permitindo a mensuração direta elevada dedicação dos especialistas do Lean Seis Sigma ao desenvolvimento dos projetos; mensuração do retorno sobre o investimento dos treinamentos realizados; DMAIC e DMADV o alcance das metas. Lean - crescente implementação em empresas que atuam na área de prestação de serviços (setores adoção do Lean Seis Sigma pela empresa como um todo – principalmente nos setores en- volvidos diretamente no relacionamento com os clientes/consumidores – e não apenas nas áreas de manufatura; disseminação do Design for Lean Six Sigma (DFLSS Lean Seis Sigma integração da Teoria das Restrições ao Lean Seis Sigma; maior valorização dos chamados soft savings que podem ser gerados pelos projetos Lean Seis soft saving são os ganhos que resultam quando são evitadas perdas produto e/ou da empresa; envolvimento cada vez mais efetivo dos fornecedores da empresa no programa; integração do Lean Seis Sigma a um sistema global de gerenciamento da qualidade; reconhecimento do programa como um mecanismo para o desenvolvimento de lideranças – Green Belt como pré-requisito para promoções para cargos gerenciais. 19 A história do controle da qualidade: do uso do gráfico de controle ao Lean Seis Sigma Vale ressaltar que o Lean Seis Sigma não se tornará obsoleto. Atualmente existe a ampliação do consenso de que o programa veio para ficar, não sendo apenas mais uma moda passageira na área da Gestão ou da Qualidade. O Lean Seis Sigma é uma estratégia gerencial para a melhoria do de- sempenho do negócio e, como sabemos, a necessidade de melhoria sempre existirá. Além disso, os elementos que constituem os pilares do Lean Seis Sigma sempre serão necessários para o sucesso de qualquer empresa. Não podemos deixar de lembrar que o programa já existe há 25 anos, a partir do nascimento do Seis Sigma na Motorola, e que vem sofrendo aprimoramentos desde então, sendo adotado por um número cada vez maior de organizações. O lançamento da ASQ7 Six Sigma Forum Magazine, a implementação do ASQ Six Sigma Forum, a instituição do exame da ASQ para certificação de Black Belts e Green Belts - solidação mundial do Lean Seis Sigma. Capítulo 2 Controle da Qualidade Total “When there are harmony and stillness within, I can hear the voice of my own wisdom.” Brahma Kumaris 21 Controle da Qualidade Total 2.1 Introdução O Controle da Qualidade Total – TQC (Total Quality Control na participação de todos os setores e de todos os empregados de uma empresa, no estudo e na condução do Controle da Qualidade. Seu núcleo é, portanto, o Controle da Qualidade, o qual é definido, segundo a norma japonesa JIS Z 8101, como um “sistema de técnicas que permitem a denominado controle estatístico da qualidade. 1,2 “praticar um bom controle da qualidade é desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto de qualidade que seja mais econômico, mais útil e 2.2 Conceitos básicos do TQC 2.2.1 Qualidade 3 “um produto Esse autor também estabelece cinco componentes ou dimensões para a qualidade, os quais geram o conceito de Qualidade Total, conforme está apresentado na Figura 2.1. 22 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 2.1 Componentes da Qualidade Total, segundo Campos, V. F.3 Dimensões da qualidade total Qualidade Total Pessoas atingidas Qualidade Cliente, vizinho Produto/Serviço Rotina Custo Cliente, acionistaCusto Preço Entrega Cliente empregado e vizinho Prazo certo Local certo Quantidade certa Moral EmpregadoEmpregados Segurança Cliente, empregado e vizinho Empregados Usuários Os componentes da Qualidade Total apresentam os seguintes significados: 1. Qualidade - - 2. Custo Esse componente diz respeito ao custo operacional para fabricação do bem ou fornecimento do serviço e envolve, por exemplo, os custos de compra, de venda, de produção, de recrutamento e de treinamento. O custo resulta do projeto, fabricação e desempenho do produto. O preço é estabelecido pelo mercado em função de fatores, tais como valor agregado, disponibilidade, imagem 3. Entrega Esse componente está relacionado à entrega dos produtos finais e intermediários da empresa, a qual deve ocorrer na quantidade, na data e no local certos. 23 Controle da Qualidade Total 4. Moral - por uma equipe de pessoas, é claro que deverá haver um bom ambiente de trabalho para que possa haver uma produção de boa qualidade, capaz de garantir o atendimento das necessidades do cliente. 5. Segurança Essa dimensão da Qualidade Total se refere à segurança das pessoas que trabalham na empresa e dos usuários de seus produtos ou serviços, que não devem provocar acidentes para seus usuários nem acidentes de trabalho na empresa. A partir dessa apresentação dos componentes da Qualidade Total, fica claro que qualidade não lado, o cliente não comprará um produto que não cumpra adequadamente a função para a qual foi projetado, ou que não seja seguro, por mais baixo que seja o preço. 2.2.2 Processo “processo” pode ser definido de forma sucinta, como um conjunto de causas que têm como objetivo produzir um determinado efeito, o qual é denominado produto do processo - insumos ou matérias- -primas, equipamentos ou máquinas, informações do processo ou medidas, condições ambientais ou meio ambiente, pessoas ou mão de obra e métodos ou procedimentos. Essa caracterização do processo está representada na Figura 2.2 - 24 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 2.2 Caracterização de um processo por meio do Diagrama de Causa e Efeito Conjunto de causas Insumos ou matérias-primas Pessoas oumão de obra Equipamentos ou máquinas Processo Condições ambientais ou meio ambiente Métodos ou procedimentos Informações do processo ou medidas Produto Efeito É importante destacar que podemos visualizar uma empresa como um processo, sendo que fazem parte dela vários outros processos menores, os quais compõem o fluxo de produção dos bens ou de causas, que por sua vez provocam o efeito principal, que é o serviço fornecido pela empresa: roupa lavada, seca e passada. As causas são os insumos, os equipamentos, os métodos de trabalho, as pessoas, os instrumentos de medição, entre outros. A Figura 2.3 mostra uma representação de fluxo de fornecimento do serviço. Alguns desses processos são, por exemplo, processo de recebi- mento da roupa suja, processo de lavagem, processo de secagem, processo de passagem e processo de entrega da roupa lavada, seca e passada. Mesmo esses processos podem ser subdivididos em outros processos ainda menores, com o objetivo de facilitar as atividades de gerenciamento. No caso da lavanderia, por exemplo, o processo de lavagem pode ser subdividido nos processos de roupa, agitação, enxágue, centrifugação, descarregamento da lavadora e limpeza do filtro. 25 C ontrole da Q ualidade T otal FIG U R A 2.3 R epresentação de um a lavanderia por m eio de um D iagram a de C ausa e Efeito Insumos ou matérias-primas Produtividade Limpeza Secadoras Temperatura Umidade Iluminação Mesas de passar Motivação Sabão líquido Temperatura Nível Adição de sabãoLimpeza dos equipamentos Controle da secagem Operação da mesa de passar Controle da água Lavadora Secadora Peso da carga Lavagem Temperatura Lavagem Mesas de passar Secagem Secagem Tempo Sabão em pó Água Plásticos Cabides Amaciante líquido Energia elétrica Condição emocional Filtros Máquinas de lavarDesconforto Condições físicas Doença Treinamento Pessoas ou mão de obra Equipamentos ou máquinas Informações do processo ou medidas Métodos ou procedimentos Condições ambientais ou meio ambiente Roupa lavada, seca e passada 26 Métodos PDCA e DMAIC A divisibilidade de um processo é importante por permitir que cada processo menor seja causas desses problemas, o que resulta na condução de um controle mais ef iciente de todo o processo. 2.2.3 Item de controle e item de verificação clientes, os quais deverão ter suas necessidades satisfeitas. Em muitos casos, esses clientes serão internos à empresa, fato que não torna menos importante o cuidado com a sua satisfação, já que - mente às necessidades de seu cliente interno. Após a definição dos clientes, o próximo passo será a identificação dos produtos que lhe serão entregues. - itens de controle - trega e a segurança do produto que será fornecido ao cliente e o moral das pessoas que trabalham indesejáveis do processo. - cadas, o custo de roupa lavada, o número de entregas atrasadas, o número de acidentes e o número de sugestões dadas pelas pessoas que trabalham na empresa. Os itens de controle de um processo são afetados por várias causas. As principais causas que afetam os itens de controle do processo, e que podem ser medidas e controladas, são denominadas itens de verificação. Alguns exemplos de itens de verificação são o consumo de sabão por quilograma de roupa lavada, o tempo médio de lavagem e a tempe- ratura de secagem. 27 Controle da Qualidade Total A Figura 2.4 mostra o relacionamento entre os itens de verificação e os itens de controle de um processo. O leitor deve observar que os itens de controle são estabelecidos sobre o resultado do pro- cesso e, portanto, definem responsabilidade. Já os itens de verificação são determinados sobre as causas do processo e então definem autoridade. Os bons resultados de um item de controle são garantidos pelo acompanhamento dos itens de verificação. FIGURA 2.4 Itens de verificação e itens de controle de um processo Causas Itens de verificação Processo Insumos ou matérias-primas Pessoas ou mão de obra Equipamentos ou máquinas Condições ambientais ou meio ambiente Métodos ou procedimentos Informações do processo ou medidas Itens de controle Efeito Produto Resultado É importante destacar que um item de verificação de um processo pode ser um item de controle de um processo anterior. No exemplo da lavanderia, o peso da roupa lavada pode ser um item de controle do processo de lavagem e, ao mesmo tempo, pode ser um item de verificação do processo de secagem. Note que no fluxo de fornecimento de serviço de uma lavanderia, o processo anterior ao de secagem é o de lavagem da roupa. 2.2.4 Problema Finalmente, é importante definir o que representa um problema segundo os conceitos do Con- Figura 2.5 28 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 2.5 Conceito de problema Problema Nível desejado para o item de controle Nível alcançado pelo item de controle ferramentas para a solução de problemas, a qual deve ser conduzida com base em fatos e dados, 2.2.5 Controle de processo Referindo-se aos conceitos apresentados anteriormente, Campos, V. F.3 estabelece que o controle 1. Estabelecimento da “diretriz de controle” (Planejamento da Qualidade): A diretriz de controle consta da meta, que é a faixa de valores desejada para o item de controle 2. Manutenção do nível de controle (Manutenção de Padrões): Consiste em garantir que a meta estabelecida no Item 1 seja atingida. Caso isso não ocorra, será necessário atuar nas causas que provocaram o desvio e recolocar o processo no estado de funcionamento adequado. 3. Alteração da diretriz de controle (Melhorias): qualidade planejado inicialmente. O controle de processos é exercido por meio do Ciclo PDCA de controle de processos. O Ciclo PDCA Capítulo 3 O Ciclo PDCA de controle de processos “Love is the ability and willingness to allow those that you care for to be what they choose for themselves without any insistence that they satisfy you.” Wayne W. Dyer 30 Métodos PDCA e DMAIC 3.1 Introdução PDCA de controle de processos, o qual é apresentado na Figura 3.1 1 e Campos, V. F.,2,3 o Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action FIGURA 3.1 Ciclo PDCA de controle de processos, segundo Campos, V. F.3 ACTION CHECK DO PLAN A C D P Atue no processo em função dos resultados Verifique os efeitos do trabalho executado Defina as metas Determine os métodos para alcançar as metas Eduque e treine Execute o trabalho lavin Realce 31 O ciclo PDCA de controle de processos 1. Planejamento (P) Essa etapa consiste em: estabelecer metas; estabelecer o método para alcançar as metas propostas. 2. Execução (D) Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento e coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de verificação do processo. Na etapa de execução são essenciais a educação e o treinamento nas atividades a serem executadas no trabalho. 3. Verificação (C) A partir dos dados coletados na execução, comparar o resultado alcançado com a meta planejada. 4. Atuação corretiva (A) Essa etapa consiste em atuar no processo em função dos resultados obtidos. Existem duas formas : adotar como padrão o plano proposto, caso a meta tenha sido alcançada; agir sobre as causas do não atingimento da meta, caso o plano não tenha sido efetivo. O Ciclo PDCA é um método de gestão, representando o caminho a ser seguido para que as metas estabelecidas possam ser atingidas. Na utilização do método, poderá ser preciso empregar - sárias à condução das etapas do PDCA técnicas estatísticas são de especial importância. Algumas dessas técnicas são: Sete Ferramentas da Qualidade; Amostragem; Análise de Variância; Análise de Regressão; Análise Multivariada; Confiabilidade. lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce 32 Métodos PDCA e DMAIC PDCA, deve- PDCA chances de alcance da meta e maior será a necessidade de utilização de ferramentas apropriadas para coletar, processar e dispor essas informaçõesdurante o giro do PDCA. Com o objetivo de mostrar PDCA, faremos, nos próximos parágrafos, uma breve discussão sobre como funciona o Ciclo PDCA no TQC, com base no trabalho desenvolvido por Campos, V. F.3,4 que podem ser aplicadas em cada etapa do Ciclo PDCA girado com os objetivos de manter e me- lhorar resultados. Vale destacar que o aumento da sofisticação das ferramentas empregadas deverá ocorrer em função do aumento da capacidade de gerenciamento da empresa, isto é, do aumento da capacidade de alcance de metas. PDCA no TQC, é importante, primeira- 1. Metas para manter: - siderado, representando especificações de produto provenientes dos clientes internos e externos da empresa. As metas para manter são denominadas metas padrão. Como exemplos de meta padrão podemos citar “fabricar uma peça de aço cuja dureza sempre atenda à faixa de especificação” e “entregar o produto ao cliente no prazo máximo de dois dias” a serem mantidas. 2. Metas para melhorar: As metas para melhorar, ou metas de melhoria, surgem, geralmente, de necessidades emergentes entrega cada vez mais precisa. A entrada de novos concorrentes no mercado e o surgimento de novos materiais e novas tecnologias também levam à necessidade do estabelecimento de metas de melhoria. Observe que as metas de melhoria envolvem necessariamente modificações na forma atual de se trabalhar. As expressões “reduzir em 30% a variação na dureza das peças de aço fabricadas pela empresa até o final do ano” e “reduzir o prazo máximo de entrega do produto ao cliente de dois dias para um dia até o final do ano” são exemplos de metas para melhorar. Lembrando da definição lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce 33 O ciclo PDCA de controle de processos As metas para manter e para melhorar estão representadas na Figura 3.2. FIGURA 3.2 Metas para manter e metas para melhorar Metas Para melhorar (Método: PDCA) 3 250 2 1 0 Índice de Defeitos (%) 2,5 2,0 Melhor Competitividade Para manter (Método SDCA) Previsibilidade 200 150 0 15 1 2 3 4 5 6 7 8 35 2011 2012 JAN DEZ 2013 Problema para 2013 Situação atual Meta “Benchmark” Tempo X R n = 3 – Item de Controle: Dureza Nº da amostra LSC LM LIC LSC LM LIC Figura 3.3. lavin Realce 34 Métodos PDCA e DMAIC Clientes FIGURA 3.3 Relacionamento entre metas, clientes, produtos e processos de uma empresa Processo (trabalho humano) (Autoridade) (Responsabilidade) Insumos ou matérias-primas Pessoas ou mão de obra Equipamentos ou máquinas Informações do processo ou medidas Métodos ou procedimentos Condições ambientais ou meio ambiente Produtos Problema Fins Meios Metas para melhorar possam ser atingidas. 3.2 Atuação para o alcance das metas para manter - das. A Figura 3.4 mostra o Ciclo PDCA utilizado para atingir as metas padrão. Como o plano que Standard PDCA maneira como devemos trabalhar para manter o resultado desejado. lavin Realce 35 O ciclo PDCA de controle de processos FIGURA 3.4 Ciclo PDCA utilizado para o alcance das metas padrão, segundo Campos V. F.3 GERENCIAMENTO PARA MANTER META PADRÃO META PADRÃO: Qualidade padrão, custo padrão, etc. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (P.O.P.): P.O.P. Para atingir as metas padrão EXECUÇÃO: Cumprir o P.O.P. VERIFICAÇÃO: Confirmação da efetividade do P.O.P. AÇÃO CORRETIVA: Remoção do sintoma Ação na causa A C D S 1 2 3 4 5 Sim M an te r Não 450 400 350 100 50 LSC = 449,79 LM = 406,31 LIC = 362,84 LSC = 75,55 LM = 23,13 LIC 10 2 3 4 5 6 7 8 X R n = 2 Dia EFETIVO 36 Métodos PDCA e DMAIC S A meta padrão representa o resultado que desejamos atingir com o nosso trabalho e o proce- dimento operacional padrão é o planejamento do trabalho repetitivo que deve ser executado para é o próprio planejamento operacional a partir do qual decorre todo o treinamento operacional ou treinamento no trabalho. D Os elementos necessários ao cumprimento dos procedimentos operacionais padrão são: Treinamento no Trabalho (On the Job Training Cada pessoa da empresa deve estar bem treinada para executar as tarefas que realizará no dia procedimentos operacionais padrão. Supervisão: com o objetivo de verificar se os procedimentos operacionais padrão estão sendo cumpridos. Auditoria: A certeza de que todos os procedimentos operacionais padrão da empresa estão sendo cumpridos pelas auditorias regulares das próprias chefias e pelas auditorias externas. C não nas estapas intermediárias. lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce 37 O ciclo PDCA de controle de processos A Caso a meta padrão não tenha sido atingida, deve ser adotada a ação corretiva sobre o desvio relato da anomalia; remoção do sintoma; análise da anomalia, seguida da adoção de contramedidas sobre as causas imediatas e da emissão do relatório de anomalias; revisão diária, seguida da adoção de contramedidas adicionais. Esse procedimento está indicado na parte intermediária da Figura 3.5. Essa figura representa o Figura 3.4 figura corresponde ao levantamento das anomalias crônicas e prioritárias para o tratamento pre- Portanto, dentro do SDCA devem existir os seguintes sistemas: 1. 2. 3. 4. 5. 3.3 Atuação para o alcance das metas para melhorar PDCA conforme consta na Figura 3.6. O PDCA já que cada meta de melhoria gera um problema que a empresa deverá solucionar. lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce 38 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 3.5 “Controle do Processo Avançado”, segundo Campos, V. F.3 Relatório semestral da “situação atual” (“Status Report”) (todos os níveis gerenciais) Tratamento dos problemas crônicos (gerente) Revisão periódica (Análise de Pareto) Identificação de anomalias crônicas (gerente) Contramedidas sobre as causas imediatas Revisão diária (gerente) Relatório de anomalias (supervisor) Diagnóstico/ treinamento (supervisor) Sim Especial Não 450 400 350 100 50 LSC = 449,79 LM = 406,31 LIC = 362,84 LSC = 75,55 LM = 23,13 LIC 10 2 3 4 5 6 7 8 X R n = 2 Dia ResultadosProcesso Matérias-primas Condições ambientais Procedimentos InformaçõesEquipamento Pessoas Cumprimento dos procedimentos operacionais pelos operadores Contramedidas adicionais (gerente) Comum (crônica) Mantém Método de Solução de Problemas (“QC Story”) A C D P Contramedidas sobre as causas fundamentais (Parte do gerenciamento pelas diretrizes) Entre parênteses está indicado o responsável pela ação. Análise da anomalia (supervisor) Remoção do sintoma (operador/supervisor) Relato de anomalias (operador) – 5 sentidos Estudo dos relatórios de situação atual e colocação de diretrizes anuais de redução de anomalias (alta administração) Ok Causa 39 O ciclo PDCA de controle de processos FIGURA 3.6 Ciclo PDCA utilizado para o alcance das metas de melhoria, segundo Campos, V.F.3 GERENCIAMENTO PARA MELHORAR META DE MELHORIA PROBLEMA: Identificação do problema. ANÁLISE DO FENÔMENO: Reconhecimento das características do problema. ANÁLISE DO PROCESSO: Descoberta das causas principais. PLANO DE AÇÃO: Contramedidas às causas principais. EXECUÇÃO: Atuação de acordo com o “Plano de Ação”. VERIFICAÇÃO: Confirmação da efetividade da ação. PADRONIZAÇÃO: Eliminação definitiva das causas. CONCLUSÃO: Revisão das atividades e planejamento para trabalho futuro. A C D P 1 2 3 4 7 8 5 6 Sim Não EFETIVO 40 Métodos PDCA e DMAIC Em relação ao Ciclo PDCA de melhorias, devemos fazer as seguintes observações: P PDCA é gerado a partir da meta de melhoria É aquela proveniente das anomalias crônicas (veja as ações localizadas abaixo da linha pontilhada na Figura 3.5 que deverá ser atingida por meio do giro do Ciclo PDCA para melhorias. corrige algo que anteriormente foi malfeito. Após o estabelecimento da meta e a identificação do problema, deve ser feita uma análise do fenômeno ou análisedo problema - das. A análise do fenômeno, realizada levando em conta os objetivos a serem alcançados, consiste de vista. Essa análise permite a localização do foco do problema. análise do processo, realizada sobre os meios, que objetiva a descoberta das causas fundamentais do problema. Na análise do processo, devemos investigar o relacionamento existente entre o fenômeno, concentrando nossa atenção no foco do problema Após a condução da análise do processo, deve ser estabelecido o plano de ação WHAT WHEN WHO WHERE (WHY HOW lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce 41 O ciclo PDCA de controle de processos A etapa de planejamento do Ciclo PDCA de melhorias consiste, então, no estabelecimento de metas sobre os f ins e na def inição das ações que deverão ser executadas sobre os meios PDCA . No entanto, quan- to mais informações forem agregadas ao planejamento, maiores serão as possibilidades de que a meta seja alcançada. Além disso, quanto maior for o volume de informações utilizadas, maior será a necessidade do emprego de ferramentas apropriadas para coletar, processar e dispor essas informações. Também é importante destacar que a quantidade de informações de atividade no qual o giro do PDCA está inserido, ou seja, dependem da complexidade do problema em questão. As ideias discutidas nesse parágrafo estão sumarizadas na Figura 3.7. FIGURA 3.7 Necessidades de informações e ferramentas na execução da etapa de planejamento (P) do Ciclo PDCA de melhorias, em função do tipo de atividade no qual o PDCA está inserido, segundo Campos, V. F.4 1 2 3 4 Fases da Etapa P do Ciclo PDCA de Melhorias (Método) S is te m as d e S ug es tõ es C ír cu lo s de C o nt ro le da Q ua lid ad e (C Q C ) P la ne ja m en to d a Á re a G er en ci al E ng en ha ri a de P ro ce ss o s E ng en ha ri a de P ro du to s Estabelecimento da meta (Fins) Análise do fenômeno (Fins) Análise do processo (Meios) Estabelecimento do plano de ação (Meios) (fatos e dados, conhecimento) Sofisticação das ferramentas necessárias para coletar, dispor e processar as informações Menor Maior lavin Realce 42 Métodos PDCA e DMAIC D A etapa de execução do PDCA de melhorias consiste no treinamento nas tarefas estabelecidas no plano de ação, na execução dessas tarefas e na coleta de dados que serão utilizados na etapa seguinte, de confirmação da efetividade da ação adotada. C Na etapa de verificação do Ciclo PDCA de melhorias será feita a confirmação da efetividade da ação de bloqueio adotada. Se o bloqueio não foi efetivo e a meta de melhoria não foi atingida, devemos retornar à fase de análise do fenômeno, fazer uma nova análise, elaborar um novo plano - ço de se atingir a meta por meio do giro do PDCA Caso o bloqueio tenha sido efetivo, resultando no alcance da meta, devemos passar à etapa A do PDCA de melhorias. A A fase de padronização da etapa A consiste em adotar como padrão as ações que “deram certo isto é, as ações cuja implementação permitiu o alcance da meta. Observe que, para que a consoli- dação do alcance da meta de melhoria possa ocorrer, a nova maneira de trabalhar definida a partir do giro do PDCA de melhorias deverá ser utilizada no dia a dia, passando, então, a constituir o novo PDCA patamar de desempenho mais elevado. Após a padronização, vem a fase de conclusão, na qual deve ser feita uma revisão das atividades realizadas e o planejamento para o trabalho futuro. lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce 43 O ciclo PDCA de controle de processos - portante ressaltar que existem duas maneiras pelas quais essas metas podem ser atingidas por meio do giro do Ciclo PDCA: 1 Melhorando-se continuamente os processos existentes. Nesse tipo de atuação, são feitas sucessivas modificações nos processos existentes na empresa, tais como dar mais treinamento aos operadores, empregar matérias-primas de qualidade mais uniforme e otimizar a forma de utilização de equipamentos e ferramentas. Essas modificações geralmente con- duzem a ganhos sucessivos obtidos sem nenhum investimento ou com pequenos valores investidos. 2 Projetando-se um novo processo ou fazendo-se modificações substanciais nos proces- sos existentes. O projeto de um novo processo ou a realização de grandes modificações no processo existente são ações necessárias quando as metas colocadas pelo mercado são tão desafiadoras que não podem ser atingidas pelo processo preexistente. Geralmente, esse procedimento resulta em grandes avanços para a empresa, mas também implica na realização de investimentos elevados. A implantação de um processo totalmente informatizado, visando o alcance das metas de melhoria, é um exemplo desse modo de atuação. 3.4 Funcionamento conjugado dos ciclos PDCA para manter e melhorar A forma de funcionamento conjugado dos Ciclos PDCA para manter e melhorar os resultados de um processo é apresentada na Figura 3.8. Observe que todos os produtos internos e externos da empresa decorrem do PDCA PDCA colocando o ciclo para manter em um novo patamar de desempenho. lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce lavin Realce 44 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 3.8 Funcionamento conjugado dos Ciclos PDCA para manter e melhorar resultados, segundo Campos, V. F.3 Revisão periódica dos problemas crônicos A C D S Ação corretiva Metas anuais A C D P Padronização Produtos DIRETRIZES ANUAIS DA ALTA ADMINISTRAÇÃO Problemas crônicos prioritários Melhora Mantém PDCA aplicado para a inovação, que envolve o desenvolvimento de novos produtos e processos. O detalhamento do PDCA 45 O ciclo PDCA de controle de processos FIGURA 3.9 Conjugação dos Ciclos SDCA e PDCA que compõem o Melhoramento Contínuo, segundo Campos, V. F.5 Conceito de Melhoramento Contínuo A S C D A P C D A P C D Nível do resultado Tempo “Processo existente” (Kaizen) “Processo existente” “Novo processo” Inovação (breakthrough) Tomando as Figuras 3.4 a 3.8 fer- ramentas analíticas PDCA, exercendo o papel de instru- mentos para a coleta, a disposição e o processamento das informações necessárias à manutenção e à melhoria dos resultados dos processos de uma empresa. integração das ferramentas analíticas às diversas etapas do Ciclo PDCA Capítulo 4 As ferramentas analíticas e os ciclos PDCA para manter e melhorar “Judgments prevent us from seeing the good that lies beyond appearances.” Wayne W. Dyer 48 Métodos PDCA e DMAIC 4.1 Uma visão geral das principais ferramentas analíticas 4.1.1 Ferramentas estatísticas como ferramentas integradas aos Ciclos PDCA para manter e melhorar, consta na Tabela 4.1. Essas ferra- 4.1.2 Sete Ferramentas do Planejamento ou Ferramentas Administrativas da Qualidade A Tabela 4.2 apresenta, de forma resumida, a finalidade de cada uma das Sete Ferramentas do Planejamento, que também são utilizadas no giro dos Ciclos PDCA para manter e melhorar. Essas ferramentas são apropriadas para o tratamento de dados não numéricos, sendo muito importantes - 49 PD C A para m anter e m elhorar TABELA 4.1 Visão geral das principais ferramentas estatísticas utilizadas no giro dos Ciclos PDCA para manter e melhorar Consiste no agrupamento da informação (dados) sob vários pontos de vista, de modo a focalizar a ação. Os fatores equipamento, material, operador, tempo, entre outros, são cate- gorias naturais para a estratifi- cação dos dados. Formulário no qual os itens a serem verificados para a obser- vação do problema já estão impressos, com o objetivo de facilitar a coleta e o registro dos dados. O tipo de Folha de Veri- ficação a ser utilizado depende do objetivo da coleta de dados. Normalmente é construída após a definição das categorias para a estratificação dos dados. FerramentaFinalidade Esquema 1. Estratificação 2. Folha de Verificação 50 M étodos PD C A e D M AIC TABELA 4.1 Gráfico de barras verticais que dispõe a informação de forma a tornar evidente e visual a prio- rização de temas. A informação assim disposta também permite o estabelecimento de metas numéricas viáveis de serem alcançadas. Utilizado para apresentar a rela- ção existente entre um resul- tado de um processo (efeito) e os fatores (causas) do pro- cesso que, por razões técnicas, possam afetar o resultado con- siderado. É empregado nas ses- sões de “brainstorming” realiza- das nos trabalhos em grupo. Ferramenta Finalidade Esquema 3. Gráfico de Pareto 4. Diagrama de Causa e Efeito 60 80 40 20 0 100 (%) 50 0 Fr eq uê nc ia Mãos Pernas Tipos de acidentes de trabalho Olhos Outros Total: 80 Ano: 1994 P o rcentagem acum ulada (continuação) 51 PD C A para m anter e m elhorar TABELA 4.1 Gráfico de barras que dispõe as informações de modo que seja pos- sível a visualização da forma da dis- tribuição de um conjunto de dados, e também a percepção da localiza- ção do valor central e da dispersão dos dados em torno do mesmo. A comparação de histogramas com os limites de especificação nos permite avaliar se um processo está entrado no valor nominal e se é necessário adotar alguma medida para reduzir a variabilidade do processo. Essas medidas processam a informa- ção de modo a fornecer um sumário dos dados sob a forma numérica. O sumário quantifica a locação (onde se localiza o centro da distribuição dos dados) e a variabilidade (dispersão dos dados em torno do centro). O cálculo dessas medidas é o ponto de partida para a avaliação da capacidade de um processo em atender às espe- cificações estabelecidas pelos clientes internos e externos. Ferramenta Finalidade Esquema 5. Histograma 6. Medidas de Locação e Variabilidade Esses índices processam as informa- ções de forma que seja possível ava- liar se um processo é capaz de gerar produtos que atendam às especifi- cações provenientes dos clientes internos e externos. 7. Índices de Capacidade de Processos (Cp e Cpk) Variável (x): Temperatura. Média de x: x = 52 °C. Desvio padrão de x: s = 2 °C; (x e s calculados a partir de n = 60 observações de x). Se x tem distribuição normal: 99,7% das medidas de temperatura devem estar na faixa x ± 3s = (46 ; 58) °C. Especificações: (45 ; 60) °C. Classificação de processos segundo o índice Cp: Cp Nível do processo Cp ≥ 1,33 1 ≤ Cp < 1,33 Cp < 1 Capaz (verde) Razoável (amarelo) Incapaz (vermelho) (continuação) LIE LSE Temperatura 52 M étodos PD C A e D M AIC TABELA 4.1 Gráfico utilizado para a visualiza- ção do tipo de relacionamento existente entre duas variáveis. Essas variáveis podem ser duas causas de um processo, uma causa e um efeito do processo ou dois efeitos do processo. Ferramenta que dispõe os dados de modo a permitir a visualização do estado de controle estatístico de um processo e o monitora- mento, quanto à locação e à dis- persão, de seus itens de controle. Ferramenta Finalidade Esquema 8. Diagrama de Dispersão 9. Gráfico de Controle ou Carta de Controle As técnicas de amostragem per- mitem que sejam coletados, de forma eficiente, dados represen- tativos da totalidade dos elemen- tos que constituem o universo de nosso interesse (população). 10. Amostragem Nota do “trainee” no teste simulado de vendas (efeito) y x Nº de dias de treinamento (causa) Tendência processo fora de controle. Pos- sível causa: desgaste de ferramenta.x 15 10 5 5 10 15 n = 5 Nº da amostra (continuação) 53 PD C A para m anter e m elhorar TABELA 4.1 Essas ferramentas permitem um processamento mais apro- fundado das informações con- tidas nos dados, de modo que possamos controlar, abaixo de valores máximos preestabele- cidos, os erros que podem ser cometidos no estabelecimento das conclusões sobre as ques- tões que estão sendo avaliadas. Concluir, com 95% de confiança, que as melhorias implementadas pelo hospital diminuíram o tempo médio de espera dos pacientes. Ferramenta Finalidade Esquema 11. Intervalos de Confiança, Testes de Hipóteses, Análise de Variância Ferramenta que processa as informações contidas nos dados de forma a gerar um modelo que represente o relacionamento existente entre as diversas variá- veis de um processo, permitindo a determinação quantitativa das causas mais influentes para o alcance de uma meta. 12. Análise de Regressão μ = tempo médio de espera para um paciente fazer exames em um hospital. Y = 22 + 2X1 + 3X2 + 1,3X1X2 Onde Y = rendimento de uma reação química. X1 = temperatura do reator. X2 = pressão do reator. ^ Hipóteses H0: μ ≥ 10 minutos H1: μ < 10 minutos Estatística de teste t = -4,815 Conclusão t = -4,815 < - t2,5% = -2,131 (continuação) 54 M étodos PD C A e D M AIC TABELA 4.1 Processam as informações nos dados de modo a fornecer indi- cações sobre o sentido no qual o processo deve ser direcionado para que a meta de interesse possa ser alcançada. Ferramenta Finalidade Esquema 13. Planejamento de Experimentos e Otimização de Processos Processa as informações de modo a simplificar a estrutura dos dados e a sintetizar as informações quando o número de variáveis envolvidas é muito grande. 14. Análise Multivariada Meta: aumentar o teor de pureza do produto de 75% para 95% até julho de 2012. (continuação) 55 PD C A para m anter e m elhorar TABELA 4.1 Fazem parte desse grupo de fer- ramentas a Análise de Tempo de Falha (também conhecida como Análise de Weibull) e os Testes de Vida Acelerados. Essas técni- cas processam as informações de tal forma que as necessidades dos clientes em segurança, dura- bilidade e manutenabilidade dos produtos possam ser atendidas pela empresa. Ferramenta Finalidade Esquema 15. Confiabilidade Essas técnicas permitem a ava- liação do grau de confiabilidade dos dados gerados pelos siste- mas de medição, inspeção e registro utilizados na empresa. 16. Avaliação de Sistemas de Medição/ Inspeção (MSE) Nome da Peça Velocímetro Medidor de Combustível Taxa de Falha λi 0,397 0,036 x 10-3 - Centro de cada alvo = valor verdadeiro da variável - Pontos = medidas repetidas da variável (continuação) 56 M étodos PD C A e D M AIC TABELA 4.2 Visão Geral das Sete Ferramentas do Planejamento Utiliza as similaridades entre dados não numéricos para faci- litar o entendimento, de forma sistemática, da estrutura de um problema. Essa ferramenta é utilizada para: Mostrar a direção adequada a ser seguida em um processo de solução de problemas. Organizar as informações dis- poníveis para a solução de um problema. Prever situações futuras. Organizar as ideias provenien- tes de alguma avaliação (por exemplo, a avaliação/auditoria do presidente). Ferramenta Finalidade Esquema 1. Diagrama de Afinidades Adaptado de Asaka, T. Ozeki, .1 Problema no gerenciamento de atividades de melhoria Pouca habilidade para liderança Não entende os métodos do TQC Não se lembra dos métodos do TQC Não entende as opiniões dos membros do grupo Incapaz de ensinar os métodos do TQC Pouco entusiasmo Não realiza estudos individuais Falta de liderança Não gosta do papel de líder 57 PD C A para m anter e m elhorar TABELA 4.2 Ferramenta Finalidade Esquema Apresenta a intrincada estrutura das relações de causa e efeito de um conjunto de dados não numéricos, permitindo a orga- nização da tecnologia disponí- vel sobre o problema analisado. Tem sido utilizado quando: O problema é complexo, de modo que a visualização das relações de causa e efeito não é fácil. A sequência correta das ações é crítica para o alcance do objetivo. 2. Diagrama de Relações Adaptado de Asaka, T. & Ozeki, K.1 (continuação) 58 M étodos PD C A e D M AIC TABELA 4.2 FerramentaFinalidade Esquema Empregado na definição da estratégia para a solução de um problema e na elucidação da essência (ponto principal) de uma área a ser aprimorada. O diagrama de árvore mostra o mapeamento detalhado dos caminhos a serem percorridos para o alcance de um objetivo, sendo efetivo quando: A tarefa considerada é especí- fica, complicada e não deve ser atribuída a apenas uma pessoa. A perda de uma tarefa básica é perigosa. Obstáculos levaram ao fra- casso as tentativas anteriores de execução de uma tarefa. É necessário o desdobramento das tarefas associadas ao alcance de um objetivo básico. 3. Diagrama de Árvore (continuação) 59 PD C A para m anter e m elhorar TABELA 4.2 Ferramenta Finalidade Esquema Consiste no arranjo dos ele- mentos que constituem um evento ou problema de inte- resse nas linhas e colunas de uma matriz, de forma que a existência ou a força das rela- ções entre os elementos é mostrada, por meio de símbo- los, nas interseções das linhas e colunas. É utilizado na visualiza- ção de um problema como um todo, deixando claras as áreas nas quais o problema está con- centrado. Essa ferramenta per- mite: A exploração de um problema sob mais de um ponto de vista e a construção de uma base multidimensional para sua solução. A distribuição de tarefas entre as diversas equipes de trabalho disponíveis. A identificação de gargalos e pontos críticos. 4. Diagrama de Matriz (continuação) 60 M étodos PD C A e D M AIC TABELA 4.2 Ferramenta Finalidade Esquema Essa ferramenta processa as informações contidas em um conjunto de dados constituído por um grande número de vari- áveis, de modo que essas variá- veis possam ser representadas por apenas duas ou três carac- terísticas gerais. O DP mostra a priorização dos fatores compo- nentes de um problema, sendo utilizado quando: Os pontos chaves de um pro- blema foram identificados, mas sua quantidade tem que ser reduzida. Existe concordância sobre os fatores, mas discordância sobre a ordem de abordagem desses fatores. Existem limitações de recur- sos humanos e financeiros e uma grande quantidade de problemas. As opções para solução do problema são fortemente correlacionados. 5. Diagrama de Priorização (DP) Habilidade específica Trabalho administrativo Trabalho técnico Baixa Alta G H E B C F A D Habilidade global Cada letra indica um funcionário da empresa X. (continuação) 61 PD C A para m anter e m elhorar TABELA 4.2 Ferramenta Finalidade Esquema Essa ferramenta é utilizada para garantir o alcance de uma meta pelo estudo da lógica de todas as possibilidades de ocorrên- cia de eventos no caminho para se atingir a meta e das soluções que podem ser adota- das, melhorando as condições de tomada de decisões e, con- sequentemente, aprimorando o plano de ação. O diagrama de processo decisório tem se mostrado muito útil quando: A tarefa em mãos é nova ou única. A solução do problema é complexa e de difícil execução. É de interesse realizar a padronização de atividades na área de prestação de serviços. 6. Diagrama de Processo Decisório Extraído de Futami, R2. (continuação) 62 M étodos PD C A e D M AIC TABELA 4.2 Ferramenta Finalidade Esquema Mostra o cronograma de execu- ção das tarefas de um projeto, bem como o seu caminho crí- tico e como eventuais atrasos afetam o tempo de execução. O diagrama de setas tem se mos- trado muito efetivo quando: O tempo é um fator crítico. É necessário negociar o tempo de duração do projeto. É preciso estabelecer cuidados especiais para que o tempo de duração do projeto seja pre- servado. 7. Diagrama de Setas ou PERT/CPM Extraído de Futami, R.2 (continuação) 63 PDCA para manter e melhorar 4.1.3 FMEA e FTA Os métodos FMEA e FTA são utilizados no Ciclo PDCA com o objetivo de melhorar resultados. ou em processos técnicos e administrativos, e funcionam como importantes ferramentas para a identificação das causas fundamentais dos problemas, a priorização das causas das falhas quanto à sua importância e risco e o estabelecimento de planos de ação para bloqueá-las. O uso ideal dessas ferramentas se faz na etapa de projeto do produto ou do processo, quando problemas já existentes, como ferramentas auxiliares dentro do PDCA de melhorias. 4.2 Integração das ferramentas da qualidade aos Ciclos PDCA para manter e melhorar A Tabela 4.3, apresentada a seguir, é um sumário de uma possível forma de integração das fer- ramentas que acabamos de apresentar ao leitor, às diversas etapas dos Ciclos PDCA para manter e melhorar os resultados de um determinado processo. Ao observarmos a tabela fica evidente o fato de que existem várias ferramentas que podem ser utilizadas em cada fase do Ciclo. Na verdade, o emprego conjunto de mais de uma ferramenta, de acordo com a natureza do problema em questão, permite o aprimoramento do processo de coleta, processamento e disposição das informações, o PDCA. Com o objetivo de complementar as informações fornecidas pela Tabela 4.3 e tornar mais claro, para o leitor, o papel exercido pelas ferramentas da qualidade, nas duas próximas seções giraremos os Ciclos PDCA para manter e melhorar, e faremos uma descrição resumida sobre como algumas das ferramentas mais apropriadas a cada fase dos Ciclos podem ser utilizadas, de acordo com os objetivos da fase que estará sob consideração. Com o propósito de não entediar o leitor, essa des- 64 M étodos PD C A e D M AIC TABELA 4.3 Forma de integração das ferramentas analíticas às etapas dos Ciclos PDCA para manter e melhorar os resultados de um processo Problemas crônicos prioritários Revisão periódica dos problemas crônicos Ciclos PDCA para manter (SDCA) e melhorar Padronização Produtos A P C D A S C D Metas anuais Diretrizes anuais da alta administração Sete Ferramentas da Qualidade Sete Ferramentas do Planejamento Outras Ferramentas Estatísticas Análisede Falhas Legenda: estágio da capacidade de gerenciamento (alcance de metas) da empresa Inicial Intermediário Avançado M el ho ra M an té m Ação corretiva Ferramenta efetiva Ferramenta muito efetiva Ferramentas da Qualidade Fases do PDCA/SDCA Estrati- ficação Folha de Verifi- cação Gráfico de Pareto Diagrama de Dispersão Gráfico de Controle Diagrama de Priori- zação Repeti- bilidade e Reproduti- bilidade Amos- tragem Análise de Regressão Planej. Experi- mentos Otimi- zação de Processos Análise Multi- variada Inspeção por Amos- tragem Confiabi- lidade FMEA/ FTA Int. Conf. Testes Rip. Anova Diagrama de Processo Decisório Diagrama de Setas Diagrama de Matriz Diagrama de Relações Diagrama de Árvore Diagrama de Afinidades Diagrama de Causa e Efeito Histo- grama, Medidas de Loc. e Var. Índices de Capa- cidade de Processos Identificacao do problema Análise do fenômeno Análise do processo Plano de ação Execução Verificação Padronização Conclusão Meta padrão Procedimento operacional padrão Execução Verificação Ação corretiva 64 65 PDCA para manter e melhorar mais de uma fase dos Ciclos PDCA uma repetição desnecessária, visto que acabamos de apresentar uma visão geral das principais que essa discussão poderá contribuir para que fiquem cada vez mais claras para o leitor a função e a importância das ferramentas durante o giro dos Ciclos PDCA para melhorar e manter resultados. 4.3 Utilização das ferramentas estatísticas no Ciclo PDCA para melhorar resultados Etapa P – Fase 1: Identificação do problema Iniciando nossa análise com o Ciclo PDCA - de melhoria e o problema correspondente, que serão analisados, são os mais importantes, no a seguir podem ser muito úteis: 1. Amostragem e Análise Multivariada (Pesquisa de Mercado) que a empresa identifique seus clientes e também as necessidades desses clientes, as quais podem PDCA. Essas formas eficientes de coleta e análise dos dados que permitirão o estabelecimentoda meta de melhoria. 2. Folha de Verificação A Folha de Verificação será empregada para a coleta dos dados necessários à identificação da meta de melhoria e do problema por ela gerado. 3. Gráfico de Pareto viáveis para serem alcançadas por meio do giro do Ciclo PDCA de melhorias (ver a Figura 4.1 66 Métodos PDCA e DMAIC FI G U R A 4 .1 U til iz aç ão d o G rá fic o de P ar et o na fa se d e id en tif ica çã o do p ro bl em a do C ic lo P D C A de m el ho ri as , a p ar tir d a de fin iç ão d as a no m al ia s cr ôn ic as p ri or itá ri as ( m et as “ ru in s” ) Nº de defeitos em automóveis 10 00 80 0 20 11 42 0 24 0 50 30 20 20 12 J F M A M J J A S O N D Nº de defeitos em automóveis Carroceria Acessórios Motor Sist. Elétrico Transmissão 50 0 0 76 0 M el ho r M et a (5 00 ) Pr ob le m a 16 0 50 20 10 Nº de defeitos nos acessórios Ar condi- cionado Limpador para-brisa Outros Rádio 12 0 20 10 10 Nº de defeitos no ar condicionado Não funciona Muito quente Outros Muito frio 20 0 10 0 80 40 Nº de defeitos na carroceria Pintura Para-brisa Outros Estofamento 15 0 20 20 10 Nº de defeitos no na pintura Arranhão Bolha Outros Mancha 67 PDCA para manter e melhorar 4. Histograma, Medidas de Locação e de Variabilidade e Índices de Capacidade de Processos Essas ferramentas, quando utilizadas a partir do emprego de dados históricos, dispõem e proces- processo em gerar produtos que atendam às especificações. Essa falta de capacidade do processo pode dar origem a uma meta de melhoria (ver a Figura 4.2 FIGURA 4.2 Utilização do Histograma e dos Índices de Capacidade de Processos na fase de identificação do problema do Ciclo PDCA de melhorias. Cp = 1,0 LIE Alcançado Problema LSE Cp = 1,5 LIE Desejado LSE 68 Métodos PDCA e DMAIC 5. Carta de Controle pelas causas comuns de variação. Essas causas podem resultar nos problemas crônicos e dar origem Figura 4.3 FIGURA 4.3 Utilização da Carta de Controle na fase de identificação do problema do Ciclo PDCA de melhorias Problema p = 0,10 (alcançado) p = 0,05 (desejado) Carta de Controle p n = 100 0,18 0,10 0,02 0 5 10 15 20 25 30 Meta: reduzir a proporção amostral média de produtos defeituosos de 10% para 5% até dezembro de 2012. P ro po rç ão a m o st ra l d e de fe it uo so s – p LSC LIC Nº da amostra LM = p 69 PDCA para manter e melhorar Etapa P – Fase 2: Análise do fenômeno PDCA de melhorias consiste no reconheci- exercem um papel de grande importância: 1. Estratificação Local: os resultados são distintos nas diferentes linhas de produção da indústria ou nas dife- 2. Folha de Verificação Todos os fatores de estratificação de interesse (máquinas, operadores, turnos, matérias-primas, a coleta e o registro dos dados empregados na observação do problema (ver a Figura 4.4 3. Gráfico de Pareto (ver a Figura 4.4 70 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 4.4 Utilização da Folha de Verificação e do Gráfico de Pareto na fase de análise do fenômeno do Ciclo PDCA de melhorias Folha de Verificação para classificação de produto defeituoso Produto: lente Estágio de fabricação: inspeção final Tipo de defeito: arranhão, trinca, revestimento inadequado, muito grossa ou muito fina, não acabada. Total inspecionado: 1200 Data: 03/01/2012 Seção: INSPROD. Inspetor: Augusto Bicalho Observações: Contagem Arranhão Trinca Revestimento inadequado Muito grossa ou muito fina Não acabada Outros Subtotal Total 127 90 12 41 55 11 5 3 Total rejeitado Quantidade Percentagem Percent. Acum. 55 43,3 43,3 41 32,3 75,6 12 9,4 85,0 11 8,7 93,7 5 3,9 97,6 3 2,4 100,0 Gráfico de Pareto para os defeitos de lentes Q ua nt id ad e Pe rc en ta ge m a cu m ul ad a100 50 0 100 80 60 40 20 0 Revest. inadeq. Trinca Arranhão Fina ou grossa Não-acabada Outros 71 PDCA para manter e melhorar 4. Histograma e Medidas de Locação e de Variabilidade está mais relacionado à localização do valor médio ou à magnitude da variabilidade dos resultados gerados pelo processo. 5. Intervalos de Confiança, Testes de Hipóteses e Análise de Variância diferente nos diversos grupos definidos na estratificação realizada na etapa de análise do fenômeno, 6. Técnicas de Avaliação da Capacidade de Sistemas de Medição (Repetibilidade e Repro- dutibilidade) - rado no giro do Ciclo PDCA de melhorias sejam confiáveis, é necessário que o sistema de medição condição está sendo realmente satisfeita, será necessário quantificar a repetibilidade e a reproduti- bilidade dos métodos de medição. FIGURA 4.5 Utilização de Testes de Hipóteses na fase de análise do fenômeno do Ciclo PDCA de melhorias Teste de Hipóteses H0: Nº médio de quebras da máquina A = Nº médio de quebras da máquina B H1: Nº médio de quebras da máquina A ≠ Nº médio de quebras da máquina B t = 6,905 t = 6,905 > t2,5% = 2,131 Hipóteses Estatística de teste Conclusão Podemos concluir, com 95% de confiança, que o número médio de quebras da máquina A é diferente do número médio de quebras da máquina B. 72 Métodos PDCA e DMAIC Etapa P – Fase 3: Análise do processo PDCA de melhorias consiste na descoberta apresentadas a seguir são muito utilizadas nessa fase: 1. Diagrama de Causa e Efeito também atua como um guia para a identificação da causa fundamental e para a determinação das ações que deverão ser adotadas. É importante destacar que as causas relacionadas nessa ferramenta devem ser reduzidas por meio da eliminação das causas menos prováveis. Essa redução pode ser feita com base nos resul- A Figura 4.6 do PDCA de melhorias. 2. Amostragem O emprego das técnicas de amostragem permitirá que sejam coletados, de forma eficiente, dados representativos do processo. Esses dados devem ser utilizados na análise das causas mais prováveis do problema. 3. Gráfico de Pareto Tomando como ponto de partida o conjunto das causas mais prováveis que tenham sido con- quais são as poucas causas vitais que deverão ser bloqueadas para que a meta de melhoria possa ser atingida. 73 PD C A para m anter e m elhorar FIGURA 4.6 Utilização de Diagrama de Causa e Efeito na fase de análise do processo do Ciclo PDCA de melhorias Definição das causas influentes: Diagrama de Causa e Efeito Matéria-prima Máquina Especificação errada do cabo de abrir caçamba. (*) Esse símbolo indica as causas consideradas prováveis. Projeto inadequado do guincho de abrir caçamba. (*) Ocorrência de desalinhamento do guincho de abrir caçamba. (*) Ângulo incorreto da alavanca do ferrolho. (*) Diâmetro incorreto do cabo de abrir caçamba. (*) Mão de obra MétodoMeio ambiente Procedimento inadequado de ajustes do sistema na escavadeira 29. (*) Treinamento insuficiente da turma PN 12. Má qualidade do minério. Alto índice de rompimentos do cabo de abrir caçamba nas proximidades do guin- cho, na escavadeira 29. 74 Métodos PDCA e DMAIC 4. Histograma e Medidas de Locação e de Variabilidade as causas mais prováveis que estão sendo testadas afetam a locação e a dispersão dos resultados 5. Diagrama de Dispersão existente entre o problema considerado no giro do PDCA e cada causa mais provável que tenha sido identificada. O emprego dessa ferramenta também pode permitir a visualização de algum pos- podem ser a causa do problema em questão (ver Figura 4.7 FIGURA 4.7 Utilização do Diagrama de Dispersão na fase de análise do processo do Ciclo PDCA de melhorias (Meios) Pr ob le m a (Fim) 75 PDCA para manter e melhorar 6. Análise de Regressão A Análise de Regressão pode ser empregada para modelar e quantificar a intensidade do re- lacionamento existente entre o problema que está sendo solucionado e as causas mais prováveis 7. Carta de Controle indicações sobre as prováveis causas do problema (ver Figura 4.8 FIGURA 4.8 Utilização da Carta de Controle na fase de análise do processo do Ciclo PDCAde melhorias Tendência Processo fora de controle n = 5 Possível causa: desgaste da ferramenta Nº da amostra X 40 5 10 15 20 30 20 76 Métodos PDCA e DMAIC 8. Intervalos de Confiança, Testes de Hipóteses e Análise de Variância - prováveis identificadas. 9. Planejamento de Experimentos PDCA de melhorias, porque seu emprego permite a identificação das principais causas do processo sobre as quais devemos atuar no sentido de fazer com confiança preestabelecido para as conclusões, por meio da realização de experimentos estatisticamente planejados. Esses experimentos são especialmente importantes quando é necessário projetar um novo processo ou fazer modificações substanciais no processo existente com o intuito de que a meta de processo já existente. 10. Otimização de Processos análise das causas mais prováveis do problema considerado no giro do PDCA - ladas nos fatores do processo com o propósito de observar as mudanças correspondentes nos seus efeitos. Esse procedimento irá gerar informações que serão processadas para que possamos confirmar as causas mais prováveis e determinar o sentido no qual o processo deverá ser direcionado, com o propósito de atingir a meta de melhoria (ver Figura 4.9 77 PDCA para manter e melhorar FIGURA 4.9 Utilização das Técnicas de Otimização de Processos na fase de análise do processo do Ciclo PDCA de melhorias Meta: aumentar o teor de pureza do produto de 75% para 95% até julho de 2012. Método de Superfície de Resposta, que se mostra especialmente adequado quando é necessário projetar um novo processo ou fazer modificações substanciais no processo existente para que a meta de melhoria possa ser atingida. Já a técnica conhecida como Operação Evolutiva (EVOP) é bastante apropriada quando a meta de melhoria 11. Análise Multivariada A Análise Multivariada processa as informações de forma a facilitar o entendimento do relacio- namento existente entre as variáveis do processo. 78 Métodos PDCA e DMAIC 12. Confiabilidade Nessa fase, os Testes de Vida Acelerados são importantes para uma rápida obtenção de dados - tados obtidos sob condições de aceleração permite a condução de uma Análise do Tempo de Falha nas condições de uso do produto/componente. Etapa P – Fase 4: Plano de ação PDCA de melhorias consiste na concepção de um plano para bloquear as causas principais que tenham sido identificadas na fase de análise do processo, ou seja, consiste no estabelecimento das contramedidas às causas principais. informações envolvidas no cumprimento das fases anteriores devem sempre ser levadas em consi- deração durante a elaboração da estratégia de ação. Etapa D – Fase 5: Execução PDCA de melhorias consiste na atuação de acordo com o plano de ação. Nessa fase, devem ser coletados dados que serão utilizados na fase seguinte, de utilizadas são: 1. Análise de Regressão Nas situações relacionadas a seguir, a Análise de Regressão pode ser utilizada na coleta de dados do processo. de interesse, por um ensaio não destrutivo. A Análise de Regressão pode ser utilizada, por exemplo, para determinar uma equação que - riável de interesse. 79 PDCA para manter e melhorar 2. Carta de Controle A Carta de Controle permite o processamento e a disposição das informações sobre a estabilidade do processo. Essas informações são muito importantes para a avaliação da efetividade do bloqueio adotado, tarefa que será realizada na próxima fase do PDCA, já que após a adoção das contramedidas esperaremos obter um processo estável, operando em um patamar de desempenho mais elevado. Etapa C – Fase 6: Verificação A fase de verificação da etapa C do Ciclo PDCA de melhorias consiste na confirmação da efe- tividade da ação de bloqueio. Essa confirmação deve ser feita por meio do emprego dos dados coletados antes e após a ação de bloqueio, os quais permitirão a comparação dos resultados. Nessa 1. Gráfico de Pareto adoção das medidas para melhoria do processo pode ser utilizada para avaliar se as ações executadas da meta (ver Figura 4.10 2. Histograma e Medidas de Locação e de Variabilidade Essas ferramentas processam e dispõem as informações sobre a forma, a locação e a dispersão da distribuição dos resultados gerados pelo processo após a adoção das medidas de bloqueio. Essas informações nos permitem avaliar se o bloqueio foi efetivo e se foram provocados efeitos secundários. 3. Intervalos de Confiança, Testes de Hipóteses e Análise de Variância ou não do problema, mantendo um controle do erro que pode ser cometido no estabelecimento da conclusão. 80 M étodos PD C A e D M AIC Utilização do Gráfico de Pareto na fase de verificação do Ciclo PDCA de melhorias ANTES DA EXECUÇÃO DA MELHORIA DEPOIS DA EXECUÇÃO DA MELHORIA Tipo de defeito P o rcentagem acum ulada0 0 A B C D Outros 50 100 (%) 100 200 Tipo de defeito 0 0 B C D A Outros 50 100 Efeito total da execução das melhorias(%) 100 200 Q ua nt id ad e de it en s de fe it uo so s P o rcentagem acum ulada Q ua nt id ad e de it en s de fe it uo so s FIGURA 4.10 81 PDCA para manter e melhorar 4. Carta de Controle A Carta de Controle pode ser utilizada para processar e dispor as informações necessárias para que possamos avaliar se após a adoção das contramedidas foi obtido um processo estável, operando no patamar de desempenho desejado. Esse gráfico é muito útil para a verificação da continuidade ou não do problema (ver Figura 4.11 5. Índices de Capacidade de Processos Se tiver sido obtido um processo estável após a adoção das ações de bloqueio, os Índices de Capacidade podem ser empregados como ferramentas que nos permitem avaliar se o processo é de fato capaz de atender à meta de melhoria. 6. Confiabilidade à durabilidade do produto, por meio da realização de Testes de Vida Acelerados. Etapa A – Fase 7: Padronização A fase de padronização da etapa A do Ciclo PDCA de melhorias consiste na eliminação definitiva das causas influentes detectadas, ou seja, trata-se da prevenção contra o reaparecimento do proble- ma. Nessa fase, o novo procedimento operacional padrão deve ser estabelecido ou o procedimento antigo deve ser revisto. Essas medidas significam que a nova maneira de trabalhar deve ser adotada objetivo de manter o processo no novo patamar de desempenho que foi alcançado. Nesse sentido, são fundamentais a educação e o treinamento no trabalho e o acompanhamento da utilização do 1. Folha de Verificação A Folha de Verificação é útil na coleta de informações que podem ser utilizadas na verificação da utilização do padrão (ver Figura 4.12 82 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 4.11 Utilização da Carta de Controle na fase de verificação do Ciclo PDCA de melhorias 0,00 LSC LM LIC LSC LM LIC “Antes” 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 “Depois” P ro po rç ão a m o st ra l d e de fe it uo so s – p Nº da amostra 83 PDCA para manter e melhorar FIGURA 4.12 Utilização da Folha de Verificação na fase de padronização do Ciclo PDCA de melhorias Folha de Verificação para registro de descumprimento de padrões Padrão Operador Dia Hora Desvio detectado XY21 XY21 Hélio Carlos 19/06 19/06 14:40 17:50 Pressão de ar do aparafusador pneumático incorreta (5 kg/cm2) Aparafusou o parafuso pequeno antes do grande 2. Amostragem O emprego das técnicas de Amostragem propicia que sejam obtidas informações representativas sobre a efetividade do cumprimento do padrão. Etapa A – Fase 8: Conclusão A fase de conclusão da etapa A do Ciclo PDCA de melhorias consiste na recapitulação de todo o processo de solução do problema e no planejamento de futuras atividades. Nessa fase, deve ser feita uma relação dos problemas remanescentes e também deve ser elaborado o planejamento da solução desses problemas. Além disso, deve ser efetuada uma reflexão sobre a própria ativi- exercem um importante papel: 84 Métodos PDCA e DMAIC 1. Gráfico dePareto remanescentes que serão atacados no futuro. 2. Carta de Controle A Carta de Controle permite que os resultados indesejáveis remanescentes devidos às causas comuns de variação sejam isolados das anomalias provocadas por causas especiais de variação, para as quais a adoção de contramedidas deve ser imediata. 3. Histograma e Medidas de Locação e de Variabilidade Essas ferramentas podem ser empregadas para processar as informações de modo a tornar 4.4 Utilização das ferramentas estatísticas no Ciclo PDCA para manter resultados (SDCA) Etapa S – Fases 1 e 2: Meta padrão e procedimento operacional padrão A meta padrão representa a faixa de valores desejados para o item de controle de interesse do processo, devendo ser mantida, ou seja, atingida no trabalho do dia a dia. A meta padrão é alcançada padrão resultam da fase de padronização do Ciclo PDCA Etapa D – Fase 3: Execução padrão. Nessa fase, devem ser coletados dados que serão utilizados na fase seguinte, de verificação da efetividade do procedimento operacional padrão. Nessa fase, podem ser utilizadas as mesmas PDCA de melhorias. 85 PDCA para manter e melhorar Etapa C – Fase 4: Verificação padrão operacional. Essa confirmação deve ser feita por meio do emprego dos dados coletados durante a fase de execução. Se o procedimento operacional padrão for efetivo, tudo o que deve ser feito é manter sem alterações a operação do processo. Em caso contrário, devemos passar à são especialmente importantes: 1. Histograma e Medidas de Locação e de Variabilidade As informações processadas e dispostas por essas ferramentas nos permitem avaliar se a meta padrão está sendo atingida. 2. Carta de Controle A Carta de Controle pode ser utilizada para processar e dispor as informações necessárias para Figura 4.13 FIGURA 4.13 Utilização da Carta de Controle nas etapas de verificação e ação corretiva do Ciclo SDCA P ro po rç ão a m o st ra l d e de fe it uo so s –p 1 5 10 n = 50 Nº da amostra LM = 0,04 LSC = 0,08 Anomalia (falta de estabilidade do processo) 86 Métodos PDCA e DMAIC 3. Índices de Capacidade de Processos Se o processo estiver estável, os Índices de Capacidade podem ser empregados como ferramen- tas que processam as informações necessárias à avaliação da capacidade do processo em atender à meta padrão. Etapa A – Fase 5: Ação corretiva A fase de ação corretiva será acionada quando os dados coletados durante a fase de execução indicarem que o procedimento operacional não é efetivo. Nesse caso, deverão ser feitos o relato da anomalia e a remoção do sintoma e, a seguir, a análise da anomalia, o estabelecimento de contrame- deve ser realizada uma revisão das anomalias para a identificação dos problemas crônicos prioritários, os quais deverão ser tratados por meio do giro do Ciclo PDCA - portante: 1. Diagrama de Causa e Efeito provocado a anomalia. 2. Diagrama de Dispersão 3. Histograma e Medidas de Locação e de Variabilidade As informações processadas e dispostas por essas ferramentas podem permitir uma avaliação dos motivos pelos quais os procedimentos operacionais padrão não estão se mostrando efetivos. 4. Carta de Controle 87 PDCA para manter e melhorar 4.5 Considerações finais sido capazes de tornar claro para o leitor o fato de que os Ciclos PDCA para manter e para melhorar PDCA, devemos coletar dados, medir resultados, compará-los com a meta considerada e adotar a ação a coleta, o processamento e a disposição de dados, o que permitirá a tomada de decisões confiáveis. PDCA com os objetivos de manter e melhorar os resultados de um processo já foi apresentado na Tabela 4.3. Com o intuito de fazer com que o leitor, cada vez mais, eficiente do gerenciamento de processos, apresentaremos no Anexo A uma sucinta discussão sobre Capítulo 5 O método DMAIC e sua correspondência com o Ciclo PDCA “To admit my mistakes is a sign of strength.” Brahma Kumaris 89 O método DMAIC PDCA é a constituição de equipes para executar projetos que contribuam fortemente para o alcance das metas estratégicas da empresa. O desenvolvimento desses projetos é realizado com base em um método denominado DMAIC.1 O método DMAIC (Figuras 5.1 e 5.2 D - Define M - Measure A - Analyze l - Improve C - Control Garantir que o alcance da meta seja mantido a longo prazo. FIGURA 5.1 90 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 5.2 91 O método DMAIC PDCA Métodos PDCA e DMAICFIGURA 5.3 92 Diversas ferramentas são utilizadas de maneira integrada às etapas do DMAIC, que se transfor- ma, então, em um método sistemático baseado em dados e no uso de ferramentas estatísticas para se atingir os resultados estratégicos desejados pela empresa. O esquema de integração das ferramentas Seis Sigma ao método DMAIC utilizado para a melhoria do desempenho de produtos e processos, apresentado nesta figura, será discutido detalhadamente neste capítulo. O método DMAIC PDCAFIGURA 5.3 (continuação) 93 Métodos PDCA e DMAICFIGURA 5.3 (continuação) Gráfico de Pareto Atribuir à área responsável e acompanhar o projeto para que a meta seja alcançada. 94 O método DMAIC PDCAFIGURA 5.3 (continuação) 95 Métodos PDCA e DMAICFIGURA 5.3 (continuação) 96 O método DMAIC PDCAFIGURA 5.3 (continuação) Gráfico de Pareto 97 98 Métodos PDCA e DMAIC PDCA e o método DMAIC, apresenta- mos novamente o PDCA na Figura 5.4 3 A análise das Figuras de 5.1 a 5.4 DMAIC e o Ciclo PDCA, que pode ser visualizada nas Figuras 5.5 a 5.7. FIGURA 5.4 99 O método DMAIC PDCA FIGURA 5.5 As Figuras 5.6 e 5.7 mostram claramente a grande ênfase dada pelo método DMAIC ao planeja- mento FIGURA 5.6 10 0 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 5.7 Correspondência entre o Método DMAIC e o Ciclo PDCA4 Terceira forma de visualização PROBLEMA: Identificação do problema. DEFINE ANÁLISE DO FENÔMENO: Reconhecimento das características do problema. ANÁLISE DO PROCESSO: Descoberta das causas principais. PLANO DE AÇÃO: Contramedidas às causas principais. EXECUÇÃO: Atuação de acordo com o “Plano de Ação”. VERIFICAÇÃO: Confirmação da efetividade da ação. PADRONIZAÇÃO: Eliminação definitiva das causas. CONCLUSÃO: Revisão das atividades e planejamento para trabalho futuro. A C D P D1 2 3 4 7 8 5 6 Sim Não Número de reclamações por mês Melhor 2011 2012 JAN DEZ 2013 Meta Tempo MEASURE M ANALYZE A IMPROVE I CONTROL C EFETIVO 10 1 O método DMAIC PDCA DMAIC e o PDCA e, sim, uma complemen- taridade, de modo que ambos podem ser utilizados em uma mesma empresa. O DMAIC, com seu PDCA, FIGURA 5.8 Capítulo 6 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC “How people treat you is their karma; how you react is yours.” Wayne W. Dyer 10 3 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC 6.1 Introdução O esquema de integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao método DMAIC foi mostrado na Figura 5.3 DMAIC e também algumas ferramentas DMAIC será mostrada no Anexo A e o detalhamento de cada uma, bem como uma introdução às ferramentas do Lean Manufacturing 6.2 Etapa D: Define (Definir) Na primeira etapa do DMAIC (veja a Figura 6.1 claramente definidos, com base no Business Case elaborado pelo Champion. Nesta etapa, deverão ser respondidas as seguintes questões: Qual é o problema - resultado indesejável ou oportunidade detectada - a ser abordado no do trabalho, é o Project Charter (Figura 6.2 O Project Charter é um documento que representa uma espécie de contrato firmado entre a equipe responsável pela condução do projeto e os gestores da empresa (Champions e Sponsors tem os seguintes objetivos: apresentar claramente o que é esperado em relação à equipe; manter a equipe alinhada aos objetivos prioritários da empresa; formalizar a transição do projeto das mãos do Champion para a equipe; manter a equipe dentro do escopo definido para o projeto. Métodos PDCA e DMAICFIGURA 6.1 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC - Etapa Define 104 FIGURA 6.1 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC - Etapa Define 10 4 10 5 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAICFIGURA 6.1 (continuação) Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC - Etapa Define a Existem dados confiáveis para levantamento do histórico? Por que os dados foram classificados como confiáveis para levantamento (ou como não confiáveis)? Caso os dados não sejam confiáveis, como será possível levantar o histórico do problema / da oportunidade? 10 5 10 6 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 6.2 10 7 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC O Project Charter deverá conter os tópicos apresentados a seguir: Descrição do problema A descrição do problema deve apresentar respostas às seguintes questões: do Lean Seis Sigma em várias empresas, incluindo a GE, ensinam-nos que a descrição do problema é muito importante para: Garantir que a equipe responsável pelo desenvolvimento do projeto entenda corretamente a situação apresentada no Business Case. Consolidar os pontos de consenso entre a equipe e as responsabilidades de seus membros. Lean Estabelecer o patamar inicial dos indicadores usados para medir o problema (baseline utilizado como base de comparações para avaliação dos resultados alcançados com o projeto. Definição da meta Objetivo = reduzir as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I Valor = em 50% Avaliação do histórico do problema: Fatos e dados históricos que ajudarão no entendimento e na valorização do problema (como Project Charter - rante o levantamento do histórico do problema, o retorno econômico e o impacto do projeto sobre os clientes/consumidores e sobre as estratégias da empresa deverão ser avaliados. 10 8 Métodos PDCA e DMAIC Nessa fase, as ferramentas Métricas do Seis Sigma, Gráfico Sequencial, Carta de Controle e Análise de Séries Temporais FIGURA 6.3 Figura 6.2 Na avaliação do retorno econômico, fatores como aumento nas vendas, melhoria nas margens, aumento de produtividade e maior retenção de clientes devem ser levados em consideração. Ela deverá ser validada pelo departamento financeiro/controladoria da empresa. 10 9 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC É importante destacar que, para que as conclusões obtidas a partir da análise do histórico do problema possam ser, de fato, consideradas verdadeiras, os dados que deram origem a essa análise medição, inspeção e registro utilizados durante a execução de todas as etapas do DMAIC, devem ser usadas as ferramentas para Avaliação de Sistemas de Medição e Inspeção Após o levantamento do histórico do problema e do retorno econômico, a equipe – juntamente com o Champion – deve avaliar se o projeto é realmente prioritário para a unidade de negócio e se será patrocinado pelos gestores envolvidos, isto é, deve identificar se o mesmo deverá, de fato, ser desenvolvido. Em caso negativo, o projeto não deverá ser executado e o Champion ficará responsável por selecionar novo projeto. Em caso afirmativo, a equipe deverá continuar a elaboração do Project Charter, definindo os tópicos a seguir: Apresentação de possíveis restrições e suposições Project Charter. Também devem ser documentadas suposições associadas a necessidades para o desenvolvimento DMAIC. - siderar inviável. Definição dos membros da equipe de trabalho e de suas responsabilidades O Project Charter deve apresentar a identificação e as responsabilidades dos membros full-time Black Belt ou Green Belt Champion. Definição da logística da equipe Neste item, devem ser respondidas questões, como: Champion e com os Sponsors Definição do cronograma preliminar do projeto Neste tópico deverão ser definidas datas preliminares para a finalização de atividades prioritárias do projeto, como a conclusão de cada etapa do DMAIC (milestones 11 0 Métodos PDCA e DMAIC DMAIC, deverá ser utilizada outra ferramenta muito útil – –, que é uma documentação progressiva da forma de pensamento empregada durante o giro completo do DMAIC. Ele deve ser iniciado quando começa a etapa Define e atualizado continuamente, à medida que as atividades previstas no DMAIC vão sendo realizadas. Somente ao término da última etapa do DMAIC Na etapa Define do DMAIC, é importante identificar os principais clientes/consumidores do pro- jeto e incorporar informações geradas por procedimentos utilizados para avaliar as necessidades desses clientes/consumidores. Essas informações são usadas com os seguintes objetivos: Garantir que o problema e a meta já definidos estejam realmente relacionados a questões prioritárias para a satisfação dos clientes/consumidores. Enfatizar a importância de se manter sempre o foco na satisfação dos clientes/consumidores, mesmo que o projeto tenha como objetivo principal a melhoria de resultados que afetem mais diretamente outros beneficiários da empresa. Assegurar que não sejam implementadas medidas prejudiciais às relações da empresa com seus clientes/consumidores. O conjunto de dados que representam as necessidades e expectativas dos clientes/consumidores e suas percepções quanto aos produtos da empresa é denominado Voz do Cliente (Voice of the Customer ou VOC e respostas a pesquisas, devem ser usados para a identificação das chamadas Características Críticas para a Qualidade (Critical to Quality ou CTQs - O problema do projeto deverá ser relacionado às CTQs “Se a empresa já possui implementado um sistema para avaliação da satisfação de consumidores, a ob- tenção da Voz do Cliente ser realizada uma análise mais cuidadosa dos recursos necessários à obtenção das informações sobre a Na etapa Define também deve ser utilizado um diagrama que tenha como objetivo definir o principal processo envolvido no projeto e, consequentemente, facilitar a visualização do escopo do trabalho. Esse diagrama é denominado SIPOC (veja a Figura 6.4 SIPOC resulta das Suppliers (Inputs Process Outputs Customers SIPOC Champions e demais gestores, do escopo do projeto e da forma de visualização do principal processo envolvido. 11 1 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC Detalhes do processo não devem ser apresentados no SIPOC, já que não são úteis nessa etapa do DMAIC. O detalhamento deverá ser feito na etapa Analyze, por meio do uso das ferramentas FIGURA 6.4 6.3 Etapa M: Measure (Medir) Na segunda etapa do DMAIC (Figura 6.5 isso, as duas questões a seguir devem ser respondidas: Métodos PDCA e DMAICFIGURA 6.5 Gráfico de Pareto Atribuir à área responsável e acompanhar o projeto para que a meta seja alcançada. aqueles 11 2 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAICFIGURA 6.5 (continuação) 11 3 11 4 Métodos PDCA e DMAIC 11 4 elevada perda de produção por parada de linha na Fábrica I poderá ser visto, após a realização das atividades previstas na etapa Measure - blemas prioritários: reagente. própria meta estabelecida e suas causas e soluções identificadas. Os dados representam o ponto de partida para a realização da etapa Measure. Neste ponto, a equipe deverá decidir entre as alternativas de coletar novos dados ou usar dados já existentes na empresa. Frequentemente, os dados já existentes não são confiáveis, o que implica a necessidade de coleta de novos dados. No entanto, antes da coleta de novos dados ou da análise dos dados já existentes, a forma de estratificação para o problema deverá ser identificada. A Estra- tificação consiste na observação do problema sob diferentes aspectos, isto é, no agrupamento dos dados sob vários pontos de vista, de modo a focalizar o problema. Tempo: Local: Tipo: Os resultados são diferentes dependendo do fornecedor, do produto, da embalagem, do 11 5 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC Sintoma: Os resultados são diferentes se o defeito é do tipo A ou do tipo B, se o sucateamento de produtos é por devolução, recusa ou avaria interna, se a parada de linha é por falta de ma- Indivíduo:Após a definição da forma de estratificação, deve ser iniciado o planejamento da coleta de dados. Plano para Coleta de Da- dos (Figura 6.6 5W1H – who, what, where, when, why e how – do processo de coleta de dados. FIGURA 6.6 Folhas de Ve- rificação (Figura 6.7 Amostragem a ser utilizada, com o objetivo de garantir que os dados sejam coletados de modo eficaz. para Avaliação de Sistemas de Medição e Inspeção, as quais permitem a quantificação do grau de exatidão dos dados gerados pelos sistemas de medição e inspeção da empresa. 11 6 Métodos PDCA e DMAIC O próximo passo consiste, finalmente, na coleta dos dados, que deverá ser realizada de acordo A seguir, com base nos dados obtidos e na forma de estratificação previamente definida, a equipe deverá analisar o impacto das várias partes do problema e identificar os problemas prioritários, por meio da construção de Gráficos de Pareto. Esses gráficos tornam evidente e visual a estratificação FIGURA 6.7 11 7 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC FIGURA 6.8 A Figura 6.8 reduzir em 50% as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, até o final do ano. As informações nela contidas são apresentadas com o objetivo de facilitar a visualização e a priorização Figura 6.9. 11 8 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 6.9 Gráficos 11 9 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC A partir da análise da Figura 6.9 contribuem para o problema inicial elevadas perdas de produção por parada de linha na Fábrica I são: Falta de ordem de fabricação de reagente. Fabricação de produto com viscosidade elevada. Measure do DMAIC descritas até o momento permitem a divisão do problema inicial em problemas diferentes, mais focalizados e de solução menos complexa. É importante destacar que conhecimentos preciosos para o alcance da meta também serão obtidos por meio do estudo das variações12 exemplo, vamos considerar o problema prioritário fabricação de produto com viscosidade elevada, que resultou da análise da Figura 6.9. A informação viscosidade elevada é muito ampla e necessita ser mais detalhada antes de se iniciar poderia ser realizada a comparação entre o valor médio da viscosidade das produções do último trimestre do ano 2011 e as especificações existentes para a viscosidade do produto. Considere que, realizando essa comparação, tenham sido obtidos os seguintes resultados (dados Viscosidade média = 70 centipoises. centipoises. Aparentemente, poderia parecer que não há problemas em relação à viscosidade. No entanto, se for utilizada a ferramenta Histograma, com base nos valores individuais para a viscosidade das produções do último trimestre do ano 2011, as conclusões obtidas poderão ser bastante diferentes. A Figura 6.10 apresenta um histograma que poderia ser obtido a partir dos valores individuais para a viscosidade das produções do último trimestre do ano 2011. 12 0 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 6.10 Nesse histograma, as barras verdes correspondem aos produtos que, devido à elevada viscosidade, resultaram em perda de produção por parada de linha (o produto estava muito viscoso e entupiu as tubulações; além da perda imediata desse produto, o trabalho de desobstrução das tubulações que diz respeito à parada de linha, viscosidade elevada é equivalente à viscosidade igual ou superior a 75 centipoises. Além do histograma, poderiam ser empregadas as ferramentas Índices de Capacidade e Mé- tricas do Lean Seis Sigma melhorar (baseline Com o objetivo de complementar os conhecimentos gerados na fase de estudo das variações dos problemas prioritários, também podem ser usadas as Cartas de Controle. A Figura 6.11 apresenta a Carta de Controle para os valores individuais da viscosidade das produções do último trimestre do ano 2011. 12 1 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC FIGURA 6.11 Como no gráfico da Figura 6.11 a 75 centipoises são resultantes da variação natural do processo produtivo14 (a ferramenta Carta de Após a realização da fase de estudo das variações, a meta inicial reduzir em 50% as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, até o final do ano poderia ser desdobrada nas seguintes Reduzir em 70% as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, por atraso na im- Eliminar as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, por falta de ordem de fabri- cação de reagente, até o final do ano. centipoises, resul- tantes da variação natural do processo produtivo, até o final do ano. 12 2 Métodos PDCA e DMAIC Figura 6.9 estabelecidas anteriomente são suficientes para levar ao alcance da meta definida inicialmente: Reduzir em 70% as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, por atraso na im- Eliminar as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, por falta de ordem de fabri- cação de reagente, até o final do ano: Redução 2 = 1.899,65 toneladas. centipoises, resul- tantes da variação natural do processo produtivo, até o final do ano: Redução 3 = 939,93 toneladas. Total da redução = 2.250,19 + 1.899,65 + 939,93 = 5.089,77 toneladas. - ção por parada de linha na Fábrica I serão reduzidas em 61,73% e a meta inicial será superada. Note que, dependendo da natureza do projeto, as ferramentas Gráfico Sequencial, Análise de Séries Temporais e Análise Multivariada também podem ser utilizadas na fase de estudo das variações Measure do problema. Essa investigação ou observação pode ser feita por meio do emprego de fotografias e filmagens, para a coleta de informações adicionais que não podem ser obtidas sob a forma de dados numéricos. É importante destacar que cada meta prioritária estabelecida ao final da etapa Measure pode perten- cer ou não à área de atuação da equipe responsável pela condução do projeto original. Se uma meta for classificada como pertencente à área da equipe, o giro do DMAIC deverá ter continuidade, agora na etapa Analyze iniciado um novo projeto, que terá essa meta como inicial. O desenvolvimento desse projeto deverá ser acompanhado pela equipe responsável pelo alcance da meta associada ao projeto original. 12 3 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC inicial reduzir em 50% as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, até o final do ano seja responsabilidade de uma equipe liderada por um Black Belt do departamento de planejamento e Champion do mesmo departamento. A meta prioritária reduzir em 70% as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I por atraso na importação de polímeros, até o final do ano por um Black Belt do departamento de compras da empresa, área diretamente envolvida com o problema prioritário associado à meta. A equipe do departamento de compras, ao receber essa meta, deverá estabelecer um novo projeto, para o qual ela se transformará em meta inicial. Note que, na etapa Measure do DMAIC referente a esse novo projeto, o problema associado à nova meta inicial poderia ser desdobrado segundo a forma mostrada na Figura 6.12. FIGURA 6.12 12 4 Métodos PDCA e DMAIC Como os dois problemas prioritários identificados na Figura 6.12 possivelmente mostram variações significativas, a equipe do departamento de compras deveria, a seguir, realizar a fase de estudo das variações prevista no DMAIC. As Figuras de 6.13 a 6.16 FIGURA 6.13 12 5 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC FIGURA 6.14 12 6 Métodos PDCA e DMAIC FIGURA 6.15 12 7 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC FIGURA 6.16 12 8 Métodos PDCA e DMAIC metas prioritárias poderiam ser estabelecidas: Meta prioritária 1 Eliminar as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, por atraso no tempo entre a chegada do material ao porto e o desembaraço, decorrente da variação natural do processo Meta prioritária 2 Eliminar as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, por atraso no tempo entre a emissão do pedido e o embarque do material, decorrente da variaçãonatural do processo É fácil perceber que as duas metas prioritárias definidas anteriormente seriam suficientes para levar ao alcance da nova meta inicial: Meta prioritária 1 Redução = 1.575,13 toneladas. Meta prioritária 2 Redução = 1.260,11 toneladas. Total da redução = 1.575,13 + 1.260,11 = 2.835,24 toneladas. metas prioritárias fossem alcançadas, a nova meta inicial seria superada. Já a meta prioritária eliminar as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, por falta de ordem de fabricação de reagente, até o final do ano é uma meta que pertence à área de atuação Analyze do DMAIC. eliminar a ocorrência de produções com viscosidade igual ou superior a 75 centipoises, resultantes da variação natural do processo produtivo, até o final do ano 12 9 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC 6.4 Etapa A: Analyze (Analisar) Na terceira etapa do DMAIC (Figura 6.17 problema prioritário associado a cada uma das metas definidas na etapa anterior. Isto é, nesta etapa, Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC - Etapa Analyze FIGURA 6.17 Analisar o processo gerador do problema prioritário (Process Door). Analisar dados do problema prioritário e de seu processo gerador (Data Door). Métodos PDCA e DMAICFIGURA 6.17 (continuação) 13 0 13 1 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC Se representarmos por Y uma medida do problema prioritário e por x1, x2,x3......., xn os elemen- tos do processo gerador desse problema, então, na etapa Analyze, a equação Y = f(x1, x2, ...., xn deverá ser resolvida. Solucioná-la significa determinar quais são os xs do processo que mais afetam o desempenho de Y. Estes xs são as causas fundamentais do problema, que buscamos descobrir. - meiro consiste no exame do processo gerador do problema prioritário (Process Door um melhor entendimento do fluxo e a identificação de oportunidades para a redução do tempo de ciclo e dos custos do processo. As ferramentas Fluxograma (Figura 6.18 Mapa de Processo, Mapa de Produto, Análise do Tempo de Ciclo, FMEA (Figura 6.19 e FTA serão extremamente úteis à condução dessa análise. FIGURA 6.18 FIGURA 6.19 13 2 Métodos PDCA e DMAIC O próximo passo consiste na análise de dados do problema prioritário e de seu processo gerador (Data Door coletados na etapa Measure pistas causas do problema prioritário. Neste passo, busca-se, basicamente, descobrir quais são os fatores (x Y se apresentam. eliminar a ocorrência de produções com viscosidade igual ou superior a 75 centipoises, resultantes da variação natural do processo produtivo, até o final do ano, poderiam ser utilizados dados do processo, para avaliação das variações na viscosidade dentro de uma mesma batelada de produto e também entre diferentes bateladas. As ferramentas que serão muito úteis para a análise dos dados com os propósitos descritos acima são Avaliação de Sistemas de Medição e Inspeção, Histograma, Boxplot, Estratificação, Diagrama de Dispersão (Figura 6.20 Cartas “Multi-Vari” (Figura 6.21 FIGURA 6.20 13 3 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC FIGURA 6.21 13 4 Métodos PDCA e DMAIC Após a conclusão das atividades Process Door e Data Door, a equipe deve identificar e organizar as realizado um Brainstorming, do qual devem participar os membros da equipe, além de especialistas no problema e processo envolvidos no projeto. As informações levantadas deverão ser organizadas, para maior facilidade de visualização, por meio do uso de uma destas ferramentas: Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama de Afinidades e Diagrama de Relações. geralmente é identificado um grande número de causas potenciais para o problema. No entanto, será necessário coletar dados para verificar as que, realmente, contribuem de modo significativo potenciais identificadas, será necessário priorizá-las, por meio do emprego de um Diagrama de Matriz ou de uma Matriz de Priorização. FIGURA 6.22 oficialmente a 13 5 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC Figura 6.22 apresenta como exemplo uma configuração reduzir em 50% as perdas de produção por parada de linha na Fábrica I, até o final do ano. - do, através do uso de ferramentas, como Avaliação de Sistemas de Medição e Inspeção, Cartas de Controle, Diagrama de Dispersão, Análise de Regressão, Testes de Hipóteses, Análise de Variância, Planejamento de Experimentos (Design of Experiments – DOE), Análise de Tempos de Falhas e Testes de Vida Acelerados. Esta fase do Analyze corresponde, então, à quantificação da importância das causas potenciais - tacar que as ferramentas utilizadas nesta última fase da etapa Analyze do DMAIC podem variar e dependem muito do problema e do processo abordados no projeto. ocorrência de produções com viscosidade igual ou superior a 75 centipoises, resultantes da variação natural do processo produtivo, a equipe do departamento de engenharia industrial da empresa do exemplo tenha determinado as seguintes causas potenciais prioritárias: Temperatura de mistura inadequada Baixa velocidade de mistura - mentos (ver Figura 6.23 Analyze, as causas fundamentais do problema prioritário devem estar - rerá na próxima etapa do DMAIC. 13 6 Métodos PDCA e DMAICFIGURA 6.23 estava Gráfico 13 7 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC 6.5 Etapa I: Improve (Melhorar) Na quarta etapa do DMAIC (Figura 6.24 - tenciais para a eliminação das causas fundamentais do problema prioritário detectadas na etapa Analyze. Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC - Etapa Improve FIGURA 6.24 M Métodos PDCA e DMAIC 13 8 FIGURA 6.24 (continuação) Nesta fase inicial da etapa Improve 21 nos ensinam que, durante uma sessão de Brainstorming, as seguintes perguntas devem ser formuladas e respondidas pela equipe: Todas essas ideias podem ser transformadas em soluções de elevado potencial para imple- Que soluções possivelmente levarão ao alcance da meta com menor custo e maior facilidade Como testar as soluções escolhidas, com o objetivo de se garantirem o alcance da meta e a As ideias levantadas nesta fase devem ser refinadas e combinadas para darem origem às solu- ções potenciais para o alcance da meta prioritária. O uso de uma destas ferramentas: Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama de Afinidades ou Diagrama de Relações poderá auxiliar a equipe na condução dessa tarefa. É importante que as soluções potenciais sejam elaboradas de modo claro e formalmente registradas. 13 9 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC O próximo passo consiste na priorização das soluções potenciais, por meio do emprego de um Diagrama de Matriz ou de uma Matriz de Priorização (veja um exemplo na Figura 6.25 FIGURA 6.25 A seguir, os riscos das soluções prioritárias devem ser avaliados e minimizados. A ferramenta FMEA (Failure Mode and Effect Analysis de riscos, pode ser bastante útil para limitar os riscos associados à implementação de mudanças no processo, decorrentes das soluções prioritárias consideradas. Outra ferramenta que deve ser utilizada nesta fase é denominada Stakeholder Analysis22 (Análise stakeholder é uma pessoa, área ou departamento que será afetado pelas soluções prioritárias consideradas ou que deverá participar da implementação dessas soluções. Stakeholders e nos processos imediatamente anteriores e posteriores a ele, além de consumidores, fornecedores e a área financeira da empresa. O resultado da Stakeholder Analysis stakeholders stakeholder stakeholder necessário à implementação, com sucesso, das soluções prioritárias stakeholder 14 0 Métodos PDCA e DMAIC stakeholder, para que as soluções prioritárias sejam implementadas com sucesso. A Figura 6.26 apresenta um exemplo de uso da ferramenta Stakeholder Analysis. FIGURA 6.26 - mentos que a equipe responsável pelo projeto pode utilizar para promover a mudança necessária stakeholder, com o objetivo de minimizar os riscos parao sucesso da implementação das soluções prioritárias. A próxima fase do Improve consiste em realizar Testes na Operação das soluções prioritárias Nessa fase, dependendo da natureza do projeto, as ferramentas Testes de Mercado e Simulação poderão ser utilizadas. ferramentas Operação Evolutiva (EVOP) e Testes de Hipóteses. 14 1 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC tiveram potencial suficiente para levar ao alcance da meta e se não produziram efeitos correlatos indesejáveis. Caso o resultado dessa avaliação seja desfavorável, a equipe deverá retornar à etapa M do DMAIC para um maior aprofundamento da análise ou considerar a possibilidade de implemen- tar o Design for Lean Six Sigma (DFLSS considerados no trabalho. - das soluções em larga escala. Nessa fase poderão ser utilizadas como ferramentas de planejamento: Diagrama de Gantt, Diagrama de Árvore, 5W2H, PERT/CPM e o Diagrama do Processo Decisório 6.6 Etapa C: Control (Controlar) A primeira fase da quinta etapa do DMAIC em larga escala. Com esse objetivo, os resultados obtidos após a ampla implementação das soluções devem ser monitorados para a confirmação do alcance do sucesso. Essa confirmação deve ser feita por meio do emprego de dados coletados antes e após a imple- mentação das soluções em larga escala, que permitirão a comparação dos resultados e a verificação do alcance da meta. Nesta fase, as ferramentas Avaliação de Sistemas de Medição e Inspeção, Gráfico de Pareto, Carta de Controle, Histograma, Índices de Capacidade e Métricas do Lean Seis Sigma serão es- pecialmente úteis. Caso o resultado do mapeamento do alcance da meta em larga escala seja desfavorável, a equipe deverá retornar à etapa M do DMAIC para um maior aprofundamento da análise ou considerar a possibilidade de implementar o Design for Lean Six Sigma (DFLSS produto e/ou do processo considerados no trabalho 14 2 Métodos PDCA e DMAIC Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC - Etapa Control FIGURA 6.27 Gráfico de Pareto M performance 14 2 Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC 14 3 FIGURA 6.27 (continuação) Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC - Etapa Control adotadas. Nesse sentido, novos procedimentos operacionais padrão devem ser estabelecidos ou os procedimentos antigos devem ser revisados. Os procedimentos operacionais padrão devem incorporar mecanismos que garantam a realiza- Mistake-Proofing ou Poka-Yoke - ção e correção de erros, antes que esses se transformem em defeitos transmitidos para o cliente/ consumidor. Também é muito importante que os novos padrões sejam divulgados para todos os envolvidos, por meio da elaboração de manuais de treinamento e da realização de palestras, reu- niões e treinamento no trabalho (On the Job Training – OJT). É fundamental que os padrões sejam no local e na forma necessários. 14 4 Métodos PDCA e DMAIC A próxima fase da etapa Control consiste em definir e implementar um plano para monitoramento da performance do processo e do alcance da meta. Essa fase é muito importante para impedir que o pro- As ferramentas Avaliação de Sistemas de Medição e Inspeção, Plano para Coleta de Dados, Folha de Verificação, Amostragem, Carta de Controle, Histograma, Índices de Capacidade, Mé- tricas do Lean Seis Sigma e Auditoria do Uso dos Padrões podem ser utilizadas no dia a dia, para garantir que os resultados alcançados sejam mantidos. Também deve ser definido e implementado um plano para a tomada de ações corretivas, caso surjam problemas no processo. Esse plano deve contemplar o uso de Relatórios de Anomalias e do OCAP (Out of Control Action Plan Finalmente, todas as atividades realizadas devem ser recapituladas, para que seja feita uma re- flexão sobre a forma de condução do projeto e também para que sejam levantados os pontos não abordados no trabalho. Esses, por sua vez, deverão ser apresentados aos gestores envolvidos no sumarizar o que foi aprendido e fazer recomendações para trabalhos futuros. Anexo A A Estatística e a variabilidade “Only talent filled with humility is of real use to humanity.” Brahma Kumaris 14 6 - - do o estabelecimento de conclusões confiáveis sobre algum fenômeno que esteja sendo estudado. A Figura A.1 - coleta, o processamento e a disposição da informação, de forma que o conhecimento assim gerado possa ser utilizado – por meio do método gerencial (Ciclo PDCA ou Método DMAIC ANEXO A.1 Forma de visualização de Estatística, segundo Campos, V. F. Estatística Processo Gerencial (PDCA ou DMAIC) (Solução de Problemas) Informação (Fatos e Dados) Metas (Sobrevivência Humana) Conhecimento Disposição da Informação Processamento da Informação Coleta da Informação de dados que irão contribuir para a sua análise, coletar esses dados e, a seguir, estabelecer conclusões e determinar um plano de ação para a solução do problema detectado. 14 7 e interpretar a variabilidade, a qual é a causa da fabricação de produtos defeituosos. A variabilidade, também denominada variação ou dispersão, está presente em todos os processos de produção de bens e de fornecimento de serviços. Considere, por exemplo, uma situação em que serão selecionadas algumas peças provenientes de uma linha de produção e, a seguir, será medido o diâmetro de cada uma dessas peças. Se o instrumento de medida utilizado tiver resolução suficiente, os resultados obtidos serão diferentes, ou seja, existirá variabilidade entre as medidas do diâmetro. - mas chapas apresentarão um pequeno número de defeitos, enquanto outras apresentarão vários defeitos. Além disso, se forem registrados todos os tempos gastos por uma camareira para arrumar resultados que serão obtidos. que a variabilidade é o resultado de alterações nas condições sob as quais as observações são feitas. Essas alterações podem refletir diferenças entre as matérias-primas, as condições dos equipamentos, os métodos de trabalho, as condições ambientais e os operadores envolvidos no processo considerado. A variabilidade também é decorrente do sistema de medição empregado. Quando medimos o peso de um objeto, por exemplo, o valor que será obtido dependerá da localização exata do objeto na - sentido, o processo pode ser visualizado como um conjunto de causas de variação. Essas causas origem aos produtos com defeitos. Note que um produto será considerado defeituoso se as suas perfeito ou não defeituoso em caso contrário. Mesmo os produtos não defeituosos apresentam variações dentro dos limites de sua especificação, o que significa dizer que esses produtos não são 14 8 Com o objetivo de ilustrar o que foi dito até agora sobre a variabilidade, considere como exem- indústria quando é necessário aumentar a dureza das peças de aço para atender às especificações estabelecidas pelos clientes. Vamos, então, tentar identificar algumas causas de variação que atuam das peças temperadas. Em primeiro lugar, devemos notar que se as peças forem aquecidas em um forno elétrico, a temperatura do forno variará continuamente em torno de algum valor médio, como resultado das oscilações na voltagem da energia fornecida ao forno. Se for utilizado um forno a gás, a temperatura ao topo, à base, às laterais ou à parte central do forno, apresentam condições térmicas diferentes entre si e, então, a quantidade de calor que cada peça de aço irá receber variará de acordo com sua posição relativa no interior do forno. Outra causa de variação nesse processo é a temperatura do banho no qual as peças são resfriadas, a qual sofrerá alterações à medida que as peças de aço variação na qualidade das peças temperadas. Já que os produtos defeituosos são provocados por variações nas condições de operações do processo, se essas variações forem reduzidas, os defeitos certamente diminuirão, o que implicará em a um valor alvo desejado e dentro dos limites de especificação estabelecidos. A redução da variabilidade dos processos deveser feita por meio do giro do Ciclo PDCA ou do Método DMAIC e envolve a coleta, o processamento e a disposição de dados, para que o emprego das ferramentas estatísticas contribui para que a redução da variabilidade possa ser alcançada de forma eficaz. Nesse ponto, é importante destacar que existem dois tipos de causas para a variação na quali- dade dos produtos provenientes de um processo: causas comuns ou aleatórias; causas especiais ou assinaláveis. 14 9 A variação provocada por causas comuns, também conhecida como variabilidade natural do pro- cesso, é inerente ao processo considerado e estará presente mesmo que todas as operações sejam executadas empregando métodos padronizados. Quando apenas as causas comuns estão atuando em um processo, a quantidade de variabilidade se mantém em uma faixa estável, conhecida como sob controle estatístico, Já as causas especiais de variação surgem esporadicamente, devido a uma situação particular que faz com que o processo se comporte de um modo completamente diferente do usual, o que pode a atuação de causas especiais de variação, dizemos que está fora de controle estatístico, e, nesse caso, sua variabilidade geralmente é bem maior do que a variabilidade natural. Alguns exemplos de causas especiais de variação são a admissão de um novo operador para a realização de uma tarefa, - cumprimento dos padrões operacionais, o desgaste de ferramentas e a calibração inadequada de instrumentos de medição. eliminação das causas especiais de variação; redução das causas comuns de variação. As causas especiais de variação devem ser imediatamente identificadas, analisadas e eliminadas - da Figura 3.5 da linha pontilhada da Figura 3.5 As causas comuns e especiais de variação estão representadas na Figura A.2. O gráfico na Figura A.2 é conhecido como Gráfico Sequencial, o qual se configura como uma ferramenta bem simples que foram produzidos e, a seguir, ligar os pontos obtidos. Na interpretação do gráfico sequencial, há pontos muito afastados dos demais. A presença de alguns desses padrões pode estar indicando a atuação de causas especiais de variação no processo considerado. 15 0 ANEXO A.2 Causas Comuns e Causas Especiais de Variação. Causas especiais Causas comuns P er ce nt ua l d e D ef ei tu o so s Tempo Melhoria 0 0 10 20 30 40 50 60 70 1 2 3 4 5 6 7 8 A Carta de Controle é outra ferramenta muito útil para a avaliação do estado de controle Concluindo, devemos dizer que, para que a redução da variabilidade de um processo possa ser alcançada, é fundamental diferenciar, na prática, os dois tipos de causas de variação, já que para cada - processos produtivos. Anexo B Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC “When I have learned to be gentle with myself, my words will and deeds will never hurt anyone.” Brahma Kumaris 15 2 ANEXO B.1 15 2 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 15 3 trabalho ou projeto. A meta inicial do projeto. As questões às quais a equipe precisou responder durante o desenvolvimento do projeto O que foi feito para responder as questões e as respostas obtidas. Novas questões, novos passos, novas respostas. ANEXO B.2 15 4 Finalidade: documento que representa uma espécie de contrato firmado entre a equipe respon- sável pela condução do projeto e os gestores da empresa (Champions e Sponsors O Project Charter tem os seguintes objetivos: Apresentar claramente o que é esperado em relação à equipe. Manter a equipe alinhada aos objetivos prioritários da empresa. Formalizar a transição do projeto das mãos do Champion para a equipe. Manter a equipe dentro do escopo definido para o projeto. ANEXO B.3 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 15 5 Finalidade: as Métricas do Lean Seis Sigma são usadas para quantificar como os resultados de uma empresa podem ser classificados no que diz respeito à variabilidade e à geração de defeitos ou erros. Lean ANEXO B.4 15 6 Finalidade: o Gráfico Sequencial é um diagrama utilizado para mostrar os valores individuais do resultado de um processo em função do tempo. Finalidade: a Carta de Controle é uma ferramenta que dispõe os dados do fenômeno que está sendo analisado, de modo a permitir a visualização do tipo de variação desse fenômeno – variação ANEXO B.5 ANEXO B.6 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 15 7 - ticamente o comportamento futuro do fenômeno analisado, relacionando os dados históricos do próprio fenômeno com o tempo. ANEXO B.7 ANEXO B.8 15 8 Finalidade: a Análise Econômica é usada para quantificar os ganhos econômicos resultantes do alcance da meta. Finalidade: a Voz do Cliente (Voice of the Customer expectativas dos clientes/consumidores e suas percepções quanto aos produtos da empresa. ANEXO B.9 ANEXO B.10 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 15 9 no projeto e, consequentemente, facilitar a visualização do escopo do trabalho. ANEXO B.11 16 0 ANEXO B.12 16 0 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 16 1 Finalidade: as técnicas para Avaliação de Sistemas de Medição/Inspeção permitem a quantificação do grau de confiabilidade dos dados gerados pelos sistemas de medição, inspeção e registro utilizados pela empresa. Finalidade: a Estratificação consiste no agrupamento dos dados sob vários pontos de vista, de modo a focalizar o fenômeno estudado. Os fatores equipamento, material, operador e tempo, entre outros, são categorias naturais para a estratificação dos dados. ANEXO B.13 ANEXO B.14 16 2 5W1H – Who, What, Where, When, Why e How – do processo de coleta de dados. Finalidade: a Folha de Verificação é um formulário no qual os itens a serem verificados para a observação do problema já estão impressos, com o objetivo de facilitar a coleta e o registro dos dados. O tipo de Folha de Verificação a ser utilizado depende do objetivo da coleta de dados. ANEXO B.15 ANEXO B.16 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 16 3 Finalidade: as técnicas de Amostragem permitem que sejam coletados, de forma eficiente, da- dos representativos da totalidade dos elementos que constituem o universo de nosso interesse a tornar evidente e visual a estratificação e a priorização de um fenômeno, além de permitir o ANEXO B.17 ANEXO B.18 Gráfico 16 4 - analisado e a percepção da localização do valor central e da dispersão dos dados em torno do mesmo. A comparação de histogramas com os limites de especificação nos permite avaliar se um processo está centrado no valor nominal e se é necessário adotar alguma medida para reduzir a variabilidade desse processo. Finalidade: o Boxplot conjunto de dados, como locação, dispersão, simetria ou assimetria e presença de observações discrepantes (outliers ANEXO B.19 ANEXO B.20 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 16 5 se um processo é capaz de gerar produtos que atendam às especificações provenientes dos clientes internos e externos. Finalidade: quando o número de variáveis envolvidas no fenômeno é muito grande, a Análise Multivariada processa as informações de modo a sintetizá-las e simplificar a estrutura dos dados. ANEXO B.21 ANEXO B.22 16 6 ANEXO B.23 16 6 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 16 7 (Y y x É a base para a quantificação dos relacionamentos existentes entre os parâmetros de processo e os de produto: y=h(x Y=g(y x ANEXO B.24 ANEXO B.25 16 8 de modo a auxiliar na organização das relações existentes entre seus componentes e a fornecer informações básicas para a utilização posterior de outras ferramentas, como FTA, FMEA e DOE. ANEXO B.26 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 16 9 Finalidade: a Análise do Tempo de Ciclo é usada para avaliar o tempo gasto na produção de um bem ou serviço.ANEXO B.27 17 0 Finalidade: FMEA é uma ferramenta que tem como objetivo identificar, hierarquizar e prevenir as falhas potenciais de um produto ou processo. Suas principais utilizações são: Avaliação dos riscos associados às falhas. de um processo. Avaliação de prioridades para a coleta de dados e a realização de estudos quantitativos para a descoberta das causas fundamentais de um problema. Finalidade: a FTA - ração de uma relação lógica entre falhas primárias e falha final do produto. ANEXO B.28 ANEXO B.29 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 17 1 - cionamento existente entre duas variáveis, que podem ser duas causas, uma causa e um efeito ou dois efeitos de um processo. ANEXO B.30 17 2 sobre um resultado de interesse. ANEXO B.31 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 17 3 Finalidade: o Brainstorming considerado. É empregado nas sessões de brainstorming realizadas nos trabalhos em grupo. ANEXO B.32 ANEXO B.33 17 4 informações sobre o tema em grupos cujos elementos possuem afinidade entre si. ANEXO B.34 os membros Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 17 5 tema ou problema, a partir de um conjunto de dados não numéricos. Sua utilização é recomendada quando as relações entre as causas de um problema são complexas e é necessário evidenciar que cada evento não é o resultado de uma única causa, mas de múltiplas causas inter-relacionadas. ANEXO B.35 ANEXO B.36 17 6 linhas e colunas. É utilizado na visualização de um problema como um todo, deixando claras as áreas nas quais está concentrado. Analyze, tem como objetivo a identificação das prin- cipais causas potenciais para o problema considerado. ANEXO B.37 oficialmente a Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 17 7 Finalidade: as Cartas de Controle permitem o entendimento de como as causas de variação que podem estar presentes em um processo afetam os resultados do mesmo. São ferramentas importantes para a quantificação e priorização das causas de variação de um processo. Finalidade: a Análise de Regressão processa as informações contidas nos dados de forma a gerar um modelo que represente o relacionamento entre as diversas variáveis de um processo. Esse modelo nos permite determinar como as variáveis xs devem ser alteradas para que alguma meta associada à variável Y seja alcançada. ANEXO B.38 ANEXO B.39 17 8 - mações contidas nos dados, de modo que possamos controlar, abaixo de valores máximos preestabelecidos, os erros que podem ser cometidos no estabelecimento das conclusões sobre as questões avaliadas. Finalidade: a Análise de Variância nos permite comparar vários grupos de interesse, mantendo controle dos erros que podem ser cometidos no estabelecimento das conclusões. ANEXO B.40 ANEXO B.41 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 17 9 fornecer indicações sobre o sentido no qual o processo deve ser direcionado para que a meta de interesse possa ser alcançada. Finalidade: a Análise de Tempos de Falhas utiliza dados amostrais referentes a tempos de falha Weibull e log-normal. A distribuição que melhor explicar o comportamento do tempo de falha do produto será utilizada para estimar percentis, frações de falhas e taxas de falha. ANEXO B.42 1 ANEXO B.43 18 0 Finalidade: acelerar o aparecimento de falhas em testes de vida realizados com produtos (ou são utilizados para estimar figuras de mérito nas condições de projeto. ANEXO B.44 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAICANEXO B.45 M 18 1 18 2 Finalidade: um stakeholder é uma pessoa, área ou departamento que será afetado pelas soluções prioritárias consideradas em um projeto ou que deverá participar da implementação dessas soluções. A Stakeholder Analysis tem como objetivo levantar e apresentar as seguintes informações: stakeholders stakeholder o problema. ANEXO B.46 ANEXO B.47 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 18 3 Finalidade: os Testes na Operação permitem avaliar em pequena escala as soluções selecionadas, para Finalidade: um Teste de Mercado é um experimento controlado, realizado em uma parte limitada, vendas ou sobre os lucros, de uma ou mais ações de marketing propostas. stakeholder necessário à implementação, com sucesso, das soluções prioritárias. stakeholder. stakeholder, para que as soluções prioritárias sejam implementadas com sucesso. ANEXO B.48 ANEXO B.49 18 4 - cias futuras de ações alternativas e a definição de medidas apropriadas de eficácia, de modo a viabilizar o cálculo do mérito relativo a cada uma dessas ações. ANEXO B.50 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 18 5 Finalidade: a Operação Evolutiva é utilizada para a determinação da condição ótima de operação EVOP não é necessário realizar grandes alterações na forma de operação do processo. Finalidade: o 5W2H tem o objetivo de definir, para a estratégia de ação elaborada, os seguintes itens: o que será feito (What When Who (Where Why How feito (How much ANEXO B.51 ANEXO B.52 história. história 18 6 percorridos para o alcance do objetivo. ANEXO B.53 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 18 7 Finalidade: o PERT/CPM mostra o cronograma de execução das tarefas de um plano de ação, seu PERT/CPM tem se de um projeto e se for preciso estabelecer cuidados especiais para que o tempo de duração do projeto seja preservado. ANEXO B.55 ANEXO B.54 18 8 Finalidade: o PDPC é utilizado para garantir o alcance de uma meta através do estudo da lógica pensar sobre as contramedidas que podem ser adotadas. Isso melhora as condições de tomada de decisões e, consequentemente, aprimora o plano de ação. O diagrama de processo decisório ANEXO B.56 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAICANEXO B.57 Gráfico de Pareto M performance 18 9 19 0 execução das tarefas de um processo, de modo que os resultados desejados possam ser alcan- çados e mantidos. ANEXO B.58 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 19 1 Finalidade: a ferramenta Poka-Yoke (Mistake-Proofing um processo, antes que eles se transformem em defeitos percebidos pelo cliente/consumidor. ANEXO B.59 19 2 Finalidade: o Relatório de Anomalias indica as ações corretivas para a eliminação de anomalias ANEXO B.60 Visão geral das ferramentas Seis Sigma integradas ao DMAIC 19 3 Finalidade: o OCAP indica os procedimentos para a descoberta e a eliminação de causas especiais de variação que venham a atuar em um processo produtivo. ANEXO B.61 A carta x para a profundidade de corrosão apresenta pontos externos aos limites de controle ou aproximados aos limites? Anexo C Comentários e referências “Don´t let a mad world tell you that success is anything other than a successful present moment.” Eckhart Tolle 19 5 Capítulo 1 Introduction to Quality Control. Controle de Qualidade Total: à Maneira Japonesa. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 1993, 221 p. em um mesmo setor de uma empresa, as quais praticam voluntariamente atividades de controle da qualidade. Esses grupos realizam o autodesenvolvimento e o desenvolvimento mútuo como partes integrantes das atividades do TQC e utilizam as ferramentas do controle da qualidade para melhorar continuamente seus setores de trabalho, sempre com a participação de todos os membros do grupo. A Máquina que Mudou o Mundo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, 342 p. 5. Informações adicionais sobre o Lean Manufacturing podem ser obtidas no livro Lean Seis Sigma: Introdução às Ferramentas do Lean Manufacturing da Série 6. Informações detalhadas sobre o Lean Seis Sigma e o Design for Lean Six Sigma podem ser obtidas Capítulo 2 Introduction to Quality Control. Controle de Qualidade Total: à Maneira Japonesa. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 1993, 221 p.TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). 19 6 Capítulo 3 Introduction to Quality Control. TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia a Dia. e Serviços Ltda., 2004, 266 p. Curso Aperfeiçoamento da Prática do TQC Gerenciamento pelas Diretrizes. Capítulo 4 1. ASAKA, T.; OZEKI, K. Handbook of Quality Tools: The Japanese Approach. Guide to Seven Management Tools for QC Technical Scholarship, 1985, 162 p. Capítulo 5 The Six Sigma Way – How GE, Motorola, and Other Top Companies Are Honing Their Performance. 2000, p. 410, “O DMAIC teve sua origem na GE Capital e, posteriormente, foi adotado por etapas: Measure-Analyze-Improve-Control 2. O esquema de integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao método DMAIC foi elaborado qualidade, em seu trabalho como consultora de empresas. 19 7 Juran’s Quality Handbook – Fifth Edition. 4. O Ciclo PDCA utilizado para o alcance de metas de melhoria mostrado na Figura 5.7 foi ex- Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia a Dia. Tecnologia e Serviços Ltda., 2004, 266 p. Capítulo 6 Gandelman, De Gutemberg à Internet: Direitos Autorais na Era Digital, 4a ed. Ampliada e Atuali- zada. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 118: “Já dizia Santo Tomás de Aquino que ‘tudo começa R. Cavanagh, The Six Sigma Way – How GE, Motorola, and Other Top Companies Are Honing Their Performance. 3. Gostaria de agradecer aos candidatos a Black Belts dado a oportunidade de conhecer melhor a estrutura dos processos que embasam parte dos 4. Os dados, gráficos, cálculos, situações, análises e conclusões apresentados nos exemplos desse - The Six Sigma Way – How GE, Motorola, and Other Top Companies Are Honing Their Performance. 6. Vicente Falconi Campos, Gerenciamento pelas Diretrizes. 19 8 7. Vicente Falconi Campos, Gerenciamento pelas Diretrizes. The Six Sigma Way – How GE, Motorola, and Other Top Companies Are Honing Their Performance. As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. 12. A importância do estudo das variações na etapa Measure do DMAIC é bastante enfatizada nas Rath & Strong.’s Six Sigma Pocket Guide, Understanding Variation. 13. Centipoise é uma unidade de medida da viscosidade. 14. Na verdade, a conclusão: “as produções com viscosidade igual ou superior a 75 centipoises são e para as amplitudes móveis da viscosidade. 15. Vicente Falconi Campos, Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia a Dia. 16. A importância de se desdobrar um projeto complexo em projetos menores e, a seguir, delegá- Juran.’s Quality Handbook – Fifth Edition. Elephant-Sized and Bite-Sized Projects. 17. As expressões Process Door e Data Door The Six Sigma Revolu- tion – How General Electric and Others Turned Process Into Profits. Inc., 2001, Rath & Strong.’s Six Sigma Pocket Guide. Lexington: Rath & Strong Management Consultants, 2000, p. 102-103. 19 9 Rath & Strong.’s Six Sigma Pocket Guide. Lexington: Rath & Strong Management Consultants, 2000, p. 24-26. tendo como modelo a Figura 3.7: Form for documentation of a planned experiment Quality Improvement Through Planned Experimen- tation, 2a ed. 20. A situação apresentada nesse parágrafo é similar à descrita nas quatro últimas linhas do primeiro Design and Analysis of Experiments, 5th The Six Sigma Way – How GE, Motorola, and Other Top Companies Are Honing Their Performance. 22. Nossa apresentação da ferramenta Stakeholder Analysis foi inspirada pela leitura dos textos de The Six Sigma Revolution – How General Electric and Others Turned Process Into Profits. Rath & Strong’s Six Sigma Pocket Guide. Lexington: Rath & Strong Management Consultants, 2000, p. 9-10. 23. Esse parágrafo incorpora ensinamentos de Vicente Falconi Campos, Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia a Dia. Anexo A Contatos Pessoais - Anexo B - Planejamento, Programação e Controle da Produção: MRP II / ERP – Conceitos, Uso e Implantação – 2ª ed. 20 0 Business Statistics: Contemporary Decision Making – Second Edition. Sandres, Bill Ross e Jim Coleman, The Process Map, Quality Engineering Black Belts da empresa e Reinaldo A. Moura, Guia para Redução do Tempo de Ciclo. Confiabilidade: Análise de Tempo de Falha e Testes de Vida Acelerados. 1997, p. 10. The Memory Jogger II As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. Análise de Variância: Comparação de Várias Situações. - tas e Enrico Colosimo, Confiabilidade: Análise de Tempo de Falha e Testes de Vida Acelerados. As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. Confiabilidade: Análise de Tempo de Falha e Testes de Vida Acelerados. 1997, p. 11. 20 1 Pesquisa Operacional, - ma, As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. 13. A ilustração da ferramenta PERT/CPM As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. Ferramentas Estatísticas Básicas para o Gerenciamento de Processos. Belo 16. A ilustração da ferramenta Poka-Yoke - gazine, Poka-Yoke: Improving Product Quality by Preventing Defects. 1988, p. 16. 17. A ilustração da ferramenta OCAP A. Thomas Bassett III. “The OCAP Quality Progress 1 - A história do controle da qualidade: do uso do gráfico de controle ao Lean Seis Sigma 2 - Controle da Qualidade Total Introdução Conceitos básicos do TQC Qualidade Processo Item de controle e item de verificação Problema Controle de processo 3 - O Ciclo PDCA de controle de processos Introdução Atuação para o alcance das metas para manter Atuação para o alcance das metas para melhorar Funcionamento conjugado dos ciclos PDCA para manter e melhorar 4 - As ferramentas analíticas e os ciclos PDCA para manter e melhorar Uma visão geral das principais ferramentas analíticas Ferramentas estatísticas Sete Ferramentas do Planejamento ou Ferramentas Administrativas da Qualidade FMEA e FTA Integração das ferramentas da qualidade aos Ciclos PDCA para manter e melhorar Utilização das ferramentas estatísticas no Ciclo PDCA para melhorar resultados Etapa P - Fase 1: Identificação do problema Etapa P - Fase 2: Análise do fenômeno Etapa P - Fase 3: Análise do processo Etapa P - Fase 4: Plano de ação Etapa D - Fase 5: Execução Etapa C - Fase 6: Verificação Etapa A - Fase 7: Padronização Etapa A - Fase 8: Conclusão Utilização das ferramentas estatísticas no Ciclo PDCA para manter resultados SDCA Etapa S - Fases 1 e 2: Meta padrão e procedimento operacional padrão Etapa D - Fase 3: Execução Etapa C - Fase 4: Verificação Etapa A - Fase 5: Ação corretiva Considerações finais 5 - O método DMAIC e sua correspondência com o Ciclo PDCA 6 - Integração das ferramentas Lean Seis Sigma ao DMAIC Introdução Etapa D: Define Definir Descrição do problema Definição da meta Avaliação do histórico do problema: Apresentação de possíveis restrições e suposições Definição dos membros da equipe de trabalho e de suas responsabilidades Definição da logística da equipe Definição do cronograma preliminar do projeto Etapa M: Measure Medir Etapa A: Analyze Analisar Etapa I: Improve Melhorar Etapa C: Control Controlar